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E se Kanye West realmente se candidatar à presidência dos EUA em 2020?

De certo, ninguém realmente esperava que Donald Trump se tornasse vitorioso nas eleições para a presidência dos Estados Unidos e, como já sabe, isso aconteceu. Mas enquanto muitos já se abraçam a desesperança, por conta dos discursos de ódio defendidos pelo ex-apresentador do reality show “O Aprendiz”, outros se apegam ao que o futuro pode nos reservar, e isso inclui uma provável candidatura de Kanye West, em 2020.


Como você deve se lembrar, durante seu discurso no MTV Video Music Awards 2015, ao receber o prêmio ‘Michael Jackson de Artista Vanguarda’, o rapper Kanye West afirmou que iria tentar a sua chance na presidência dos EUA e, até então muitos ainda viam a declaração do cara como uma brincadeira, mas se teve uma coisa que a eleição de Trump provou, é que não devemos duvidar de mais nada e, por conta disso, eis que surgiu a dúvida: seria o rapper um bom presidente?

Para responder essa pergunta, reunimos então algumas pautas que julgamos necessárias para o bom desempenho de um presidente, principalmente falando de uma potência como os EUA, e aqui está o nosso veredito.


Black Lives Matter

O carro-chefe da campanha de Kanye West para presidência provavelmente seria contra a violência policial aos negros americano, pautada pelo movimento apoiado pelo rapper e outros artistas, Black Lives Matter. 

Numa entrevista para a BBC’s Radio 1, o rapper de “Famous” afirmou: “Nós fechamos nossos olhos... Fechamos nossos olhos para as 500 crianças que são mortas em Chicago por ano, fechamos os olhos para o fato de que houveram sete tiroteios policiais no começo de julho... Fechamos os olhos para lugares do mundo em que não vivemos – tipo, nossa vida está bem, mas está tudo bem quanto a vida de outras pessoas não estarem bem?”.

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Em suas músicas, incluindo os trabalhos com o disco “The Life of Pablo”, Kanye West também discute bastante sobre racismo. Se tratando desse último álbum, o rapper chegou a pedir, pelo Twitter, pra que publicações escritas por brancos, como Pitchfork, Rolling Stones e New York Times, poupassem seu tempo e opiniões sobre suas canções. 
“Eu amo, amo pessoas brancas, mas vocês não entendem o que significa ser o bisneto de um ex-escravo e ter chegado tão longe.”

Ele daria apoio aos LGBT+

A comunidade LGBT+ americana nunca recebeu tanto apoio de um presidente como aconteceu com Barack Obama, mas enquanto pode estar prestes a vivere um pesadelo com Donald Trump, as coisas estariam sob controle com Kanye West.

Desde 2005, quando ainda promovia seu segundo disco, “Late Registration”, o rapper se mostra crítico à homofobia presente no hip-hop e, ao longo dos anos, falou bastante sobre a forma como busca não reproduzir esses discursos preconceituosos.

Na biografia “Kanye West: God & Monster”, tem uma declaração em que Kanye West explica: 
“Quando você vai para o ensino médio e você não costumava ficar na rua, não tinha a figura de um pai ou não ficava por aí o tempo todo com ele, você vai agir como quem? Você vai agir como a sua mãe. Daí, todos na escola ficavam como, ‘Ei, você parece um viadinho. Você é gay?’”.

O rapper conta então que ter sofrido bullying na época da escola, fez com que visse a homossexualidade como algo pejorativo e, desta forma, se tornado homofóbico. “Quando você vê algo que não quer ser, porque há uma grande conotação negativa sobre isso, você tenta tanto se afastar disso, que me tornei homofóbico nesta época em que estava na escola. Para qualquer um que era gay, eu dizia tipo ‘yo, fica longe de mim!”.

E conforme passou a se dedicar à arte e, posteriormente, ao rap, viu as coisas não mudarem muito. “Era como se eu corresse atrás de um modelo de masculinidade que estava o tempo todo na minha frente. Eu usava a palavra ‘viado’ e sempre desprezava os gays.”

As coisas só mudaram mesmo quando Kanye descobriu que seu tio era gay: “Eu o amava, ele é um dos meus tios favoritos. (...) E neste momento, eu percebi, ‘ele é meu tio, eu o amo e tenho discriminado gays.”

“Eu acho que isso deveria ser dito como um elogio”, brinca Kanye. “Tipo, ‘Cara, isso é tão que está quase gay.’ (...) Mas todo mundo no hip-hop discrimina as pessoas gays... E eu só queria ir na TV e dizer aos meus rappers, contar aos meus amigos, ‘Pô, parem com isso, manos!’”.

Kanye West também é amigo e grande fã de Frank Ocean, e afirmou, quando o cantor revelou ser gay: “Pessoas que quebram estereótipos fazem história.” Além de, segundo Caitlyn Jenner, ter sido o responsável por ajudar Kim Kardashian a compreender e aceitar o seu processo de transição.

E também estaria ao lado dos imigrantes...

Além de, obviamente, ser uma pessoa horrível, Donald Trump pensa em medidas extremamente xenofóbicas sobre os imigrantes nos EUA, com projetos como a construção de um muro que inviabilize a entrada de pessoas pela fronteira com o México, entretanto, Kanye West também poderia fazer algo sobre isso.

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Em 2010, o rapper chegou a convocar outros músicos para boicotar Arizona, após uma controversa lei que prejudicaria imigrantes. Pelas redes sociais, Kanye comparou seu protesto com o movimento Montgomery Bus Boycott, de 1955, no qual ativistas começaram uma campanha contra a política de segregação racial nos transportes públicos de Montgomery, em Alabama, afirmando: “E se nós assinarmos juntos uma carta, dizendo ‘nós não vamos concordar, nós não vamos tocar  no Arizona. Vamos boicotar Arizona?!”.

Sua primeira dama seria Kim Kardashian (!)

Assim como muitas pessoas cogitaram deixar os EUA após a eleição de Donald Trump, não ficaríamos surpresos em ver todos voltarem por conta de Kim Kardashian.

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Os últimos anos foram ótimos para a modelo, que calou a boca dos que duvidavam do seu potencial, enquanto se mostrava, entre outras coisas, uma grande empreendedora, fazendo do seu nome a marca que todos gostariam de contratar, e tê-la como a primeira dama dos Estados Unidos significaria muitas selfies na Casa Branca, o que, definitivamente, todos gostariam de ver, não é mesmo?

Os EUA teriam o primeiro presidente realmente viciado no Twitter

As redes sociais foram um ótimo canal de comunicação entre Obama e seu eleitorado mais jovem, incluindo até mesmo um perfil oficial do presidente no Spotify, mas, embora não utilize o Facebook, Kanye West poderia facilmente manter essa conduta, acrescentando ainda plataformas como o Tidal.


O Twitter, entretanto, seria o foco do rapper, que já utiliza a rede social o tempo todo naturalmente. Enquanto músico, Kanye West utiliza o site para dividir boa parte dos seus processos de criação, além de, publicamente, tocar por lá diversas discussões com outros usuários e artistas, de forma que daria sequência a mesma transparência ao se tornar presidente.

Legalização da maconha

Quando se fala da legalização da maconha, muitos enxergam a posição dos que apoiam como  uma mera maneira de liberá-la apenas para o uso próprio, mas, por trás dessa reivindicação, está uma importante forma de avançar um mercado que já existe, além de, por meio da legalização, cessar de vez o tráfico, responsável pela morte de muitos jovens na periferia.

Kanye, durante o mesmo discurso em que anunciou sua candidatura, confessou em rede nacional ter usado a droga para relaxar um pouco, o que nos leva a crer que também apoiaria sua legalização.

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O único problema seria a economia

Por mais que faça muito dinheiro com sua música, além de investimentos como sua linha de roupa, Kanye West já demonstrou ser um pouco desorganizado quando a missão é cuidar de suas finanças e, pensando num país como os Estados Unidos, isso talvez se tornasse um problema.

Neste ano, por exemplo, o rapper protagonizou um episódio verdadeiramente desesperador, no qual usou seu Twitter para pedir publicamente US$1 bilhão ao dono do Facebook, Mark Zuckerberg, para seus investimentos e acerto de dívidas. O criador da rede social, por sua vez, se limitou a curtir uma publicação em que o ex-engenheiro de seu site sugeriu: “Querido Kanye West, se você vai pedir um bilhão de dólares ao CEO do Facebook, talvez não devesse fazer isso pelo Twitter.”


Mas, vamos lá, estamos certos de que esse problema com a economia pode facilmente ser resolvido com alguns conselhos de Kim Kardashian, que, ao contrário do marido, tem cuidado muito bem do seu dinheiro.

Por fim, não podemos encerrar esse post de outra forma, senão com esse vídeo maravilhoso, feito por um perfil do Twitter que, desde já, começou sua campanha a favor de Kanye West para 2020:


A concorrência será dura para Donald Trump. Yes, we Kanye!

O clipe de “16 Shots”, do rapper Vic Mensa, é mais importante do que você imagina

Se você ainda não ouviu falar de Vic Mensa, esta é a primeira vez e, provavelmente, não será a última. O rapper de Chicago está crescendo e é a nova aposta do hip-hop. Em sua bagagem, parcerias com Kanye West e Chance The Rapper, festivais como Coachella e contrato com a Roc Nation, gravadora do JAY Z. Em sua história, encarou a morte duas vezes na adolescência: uma descarga elétrica de 15 mil volts derrubou o artista de uma altura de nove metros, quando ele tentava se infiltrar no Lollapalooza. Dois anos depois, ele dirigia para casa após um longa noite no estúdio, quando o carro capotou.
Esses são os motivos pelos quais eu tenho 'Still Alive' tatuado na minha barriga. Eu digo que não é uma coincidência eu ainda estar vivo. Estou vivo para mudar o mundo e fazer coisas que são importantes. Eu não sei das outras pessoas, mas fui colocado nesta terra por uma razão.
Em seu mais novo vídeo, "16 Shots", que estreou exclusivamente no Tidal, Mensa vinga Laquan McDonald, um jovem negro assassinado com 16 tiros por um policial de Chicago, em 2014. O visual angustiante traz poderosas reflexões abordando o racismo, principalmente por parte da polícia.

O rapper, que aparece usando uma jaqueta com a palava "resist" (resistir), é agredido e baleado por policiais, mas permanece ileso, trazendo o ideal de que sua vontade de resistir não poderá ser oprimida ou silenciada. O vídeo permanece, então, retratando o modo violento como os negros são abordados pela polícia americana.
Nossas vidas não são respeitadas.

Ao final do clipe, que pode ser conferido logo abaixo, foi inserida uma gravação da noite em que Laquan foi morto, mostrando o jovem caminhando na rua enquanto os policiais chegam e os tiros são disparados cruelmente.

A exposição continua! Nova versão de “Famous”, do Kanye West, é ainda mais machista


A novela não acabou! Vazou na internet o aúdio de uma versão não-finalizada da música "Famous", do rapper Kanye West, que gerou um grande buzz no mundo pop.

Taylor Swift, Kanye West... Não dá pra defender ninguém

Para relembrarmos a história, o single do álbum "The Life of Pablo" trouxe versos machistas, dizendo que a cantora Taylor Swift devia fazer sexo com ele, porque ele a tornou famosa. Na época, Swift se defendeu dizendo que não sabia da letra da música e até levou a rivalidade para um discurso no Grammy de 2016, quando aceitou o prêmio de Álbum do Ano. West, então, lançou o clipe da música mostrando várias celebridades, incluindo Taylor Swift, nuas em uma grande cama com lençóis brancos.

Kanye West, a infame sextape de “Famous” e a famosa hora de parar

Ele explicou que o conceito do vídeo, além de ser uma referência ao quadro "Sleep" do pintor Vincent Desiderio, era mostrar como o público gosta de invadir a privacidade dos artistas, violando a vida pessoal para sempre estar cientes de tudo que acontece por baixo dos panos. Alguns dias se passaram e Kim Kardashian, socialite e esposa de Kanye West, postou em seu Snapchat vídeos que comprovam que Taylor não só sabia, como havia aceitado o verso "I feel like me and Taylor might still have sex" ("Eu acho que eu e a Taylor ainda faremos sexo").

A hashtag #KimExposedTaylorParty subiu no Twitter e em poucos minutos era Trending Topics mundiais. O último capítulo de tudo isso foi quando a MTV convidou Kanye para se expressar no VMA 2016, dando a ele alguns minutos livres para que ele pudesse fazer o que quisesse. Ele conversou conosco, explicou o vídeo, brincou com a audácia de colocar Anna Wintour ao lado de Donald Trump e Ray J (ex-namorado de Kim Kardashian), e mais: lançou o clipe de "Fade".

O clipe de “Fade”, do Kanye West, é sobre o empoderamento negro e feminino

Agora uma nova etapa dessa novela mexicana está começando, após o vazamento dessa versão de "Famous".

[...] Eu sinto que Taylor Swift ainda me deve sexo. Por quê? Eu fiz essa vadia famosa! [...] Eu sinto que Amber Rose ainda me deve sexo. Por quê? Eu fiz essa vadia famosa! Não muito, mas um pouco mais famosa.
EITA. Antes da versão finalizada, Kanye West também citava sua ex-namorada Amber Rose, que está no polêmico vídeo da música. Eles finalizaram o relacionamento em agosto de 2010 e de uma forma não muito amigável, mas recentemente Amber e Kim Kardashian se encontraram e aparentemente fizeram as pazes, e o rapper até brincou com ela durante seu discurso no VMA deste ano. O que será que vem pela frente? Amber vai cancelar a trégua? Taylor vai se pronunciar?

A gente aposta no vazamento de uma terceira versão, COM A PARTICIPAÇÃO de Taylor.

10 clipes pop para começar uma revolução

Se engana quem pensa que a política e cultura pop não andam de mãos dadas. De Madonna lutando contra estereótipos machistas e sexistas a Beyoncé levantando a bandeira da luta contra o racismo, foram muitas as vezes que o discurso de resistência se encontrou na música e, cá entre nós, nada melhor do que um bom refrão e puta videoclipe para espalhar uma mensagem tão importante, não é mesmo?


Em tempos que omissão se torna tão prejudicial quanto um mau posicionamento, aproveitamos o espaço tão amplo que construímos aqui no blog para relembrar alguns dos videoclipes que trazem essa proposta de luta contra as opressões, lembrando-os de quem são os inimigos e, claro, que não devemos deixar de lutar por nossos direitos jamais.


Madonna, “American Life”

Madonna nunca foi das mais sutis quando sua intenção era criticar algo. Entretanto, quando idealizou “American Life”, um manifesto anti-fashionista contra as guerras, ela talvez não esperasse que sua parceria com o diretor Jonas Akerlund fosse de encontro com a invasão americana ao Iraque. O clipe sofreu censura e chegou a ser removido dos canais oficiais da cantora, embora seja um dos seus vídeos mais relevantes.


M.I.A., “Borders”

Num dos melhores clipes desse ano, M.I.A. foi contra todas as convenções, mais uma vez, ao encarnar a líder de grupos de refugiados no clipe de “Borders”, lançado em meio às discussões dos supostos ataques terroristas na França.  Outro clipe dela que vale a menção é “Born Free”, do disco “/\/\/\Y/\”.


Brooke Candy, “Paper or Plastic”

Também entre os destaques desse ano, a volta de Brooke Candy dividiu opiniões pelas mudanças na estética de seu trabalho, mas continuou tão inquieta e agressiva quanto os materiais anteriores. “Paper or Plastic” traz ela e outras mulheres dando início a uma revolução contra o patriarcado.


Beyoncé, “Formation”

E falou em feminismo, chega Beyoncé. A maior ativista que você respeita, levantou as bandeiras do feminismo e movimento negro com o disco “Lemonade”, dando sequência ao discurso que abordou pelas beiradas ou de forma indireta, em trabalhos como “Run The World (Girls)” e “Single Ladies”. “Formation” tem Beyoncé se posicionando contra a violência policial com a população negra, chamando todas as mulheres negras pra entrarem em formação.


Lady Gaga, “Born This Way”

E o que você faz quando vive numa sociedade que não te aceita como realmente é? No caso de Lady Gaga e sua ode a autoaceitação, constrói uma nova. “Born This Way” é uma das maiores e mais significativas produções visuais de Gaga, abordando vertentes como o feminismo e a luta LGBT+, e traz a cantora como a mãe de uma nova geração. Esse é o manifesto da chamada “mãe monstro”.


Adam Lambert, “Never Close Our Eyes”

Entrando em um contexto fictício, “Never Close Our Eyes” é um dos melhores clipes da carreira de Adam Lambert, e se inspira nos clássicos distópicos da literatura, como “1984”, do George Orwell, e “Admirável Mundo Novo”, do Aldous Huxley, colocando-o dentro de uma prisão que controla mais do que sua liberdade e, daí em diante, incitando uma grande rebelião contra o sistema.


Halsey, “New Americana”

Agora bebendo de referências modernas de distopias, como “Jogos Vorazes” e “Divergente”, quem também se prepara para quebrar o sistema é Halsey, no clipe de “New Americana”. A produção traz a cantora como membro de um grupo secreto, que sobrevive de forma independente e se prepara para um eventual combate. Eis que o local é invadido e começam uma verdadeira caça às bruxas.


Emicida, “Boa Esperança”

Tem clipe nacional também. O rapper Emicida tocou em inúmeras feridas com seu último disco, “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa...”, e um dos clipes mais expressivos neste sentido é “Boa Esperança”, no qual o rapper lidera uma revolta dos empregados, negros, contra seus patrões, brancos. Todo o conceito é bastante semelhante ao clipe “GOMD”, do J. Cole, que também merece uma menção na lista.


Kendrick Lamar, “Alright”

Ainda no rap, não dá pra falar em música e revolução da atualidade, sem lembrar de Kendrick Lamar e seu impactante “To Pimp a Butterfly”. O favorito do hip-hop de 2015 rendeu muito assunto e, no clipe de “Alright”, volta a abordar a violência policial, com uma grandiosidade visual de encher os olhos.


Kanye West X Jay Z, “No Church In The Wild”

Pra fechar a lista, ficamos com “No Church In The Wild”, do projeto Watch The Throne, de Kanye West e Jay Z. Nesse, a dupla nos coloca no meio de um puta protesto, repleto de brutalidade vinda da polícia e devolvida pelos manifestantes. Incômodo e certeiro, como deve ser.


Lembrou de algum clipe que merecia uma menção por aqui? Conta pra gente nos comentários! Aos interessados, disponibilizamos uma edição estendida da playlist no Spotify. E não se esqueça: temer jamais. Não há conquistas sem lutas. 

O clipe de “Fade”, do Kanye West, é sobre o empoderamento negro e feminino

Tudo o que envolve o trabalho de Kanye West com o disco “The Life of Pablo” tem sido grandioso e, para o lançamento de seu novo clipe, o rapper não economizou. Sem qualquer aviso prévio, foi no palco do MTV Video Music Awards que West estreou o vídeo de seu novo single, “Fade”, e surpreendeu o público mais uma vez, agora sem polêmicas ou várias participações especiais, mas apenas, como disse o próprio, por um pedaço da sua arte.

“Fade” é estrelado pela atriz e cantora Teyana Taylor que, ao longo do vídeo, protagoniza belíssimas cenas nas quais dança e realiza movimentos de ginástica, facilmente remetendo ao clássico “Flashdance”, da década de 80, mas com uma agressividade, força, que combina com a musicalidade de Kanye.


Nos segundos finais, o clipe conta com uma mudança brusca: Teyana Taylor aparece ao lado de seu marido, o jogador de basquete Iman Shumpert, e, na sequência, com uma criança e rodeado por ovelhas. A câmera foca na atriz e, no lugar do seu rosto, o que vemos é a feição de um gato. Fade out.

Assim como “Famous”, “Wolves” e muitos outros de sua videografia, “Fade” não é um clipe de fácil interpretação – e, inclusive, abre margem para várias delas. Mas a diretora e coreógrafa da produção, Jae Blaze, contou um pouco sobre o seu conceito e, enfim, tornou mais clara a mensagem pretendida por Yeezus.
“Eu acho que a visão por trás disso é sobre o quão incrível a Teyana é”, contou Jae, ao Pitchfork. “e como ela tem ascendido e como está se esforçando, então você pode vê-la florescendo para essa leoa feroz, essa gata feroz. Ela tem trabalhado em busca disso e agora está numa ótima posição com a sua vida. Ela tem sua família, está agarrada ao seu incrível marido e tem uma linda criança. Sabe, ‘a leoa sempre protege a sua prole’. Eu realmente acho que isso é sobre ela se tornando poderosa e onde ela está com a sua vida agora. Ela está se descobrindo.”
Gritando representatividade, além de carregar um conceito de empoderamento feminino e negro, o novo vídeo segue justamente o caminho oposto de “Famous”, que possui um discurso misógino, por conta da violência implícita e explicita contra nomes como Rihanna e Kim Kardashian, mas repete a sua grandiosidade em termos visuais, sendo, até aqui, o melhor clipe de Kanye West com esse novo disco.

Por enquanto, o clipe de “Fade” só está disponível no Tidal, sem previsão de lançamento no canal Vevo do rapper.

Os fãs de Kanye West querem que o rapper se apresente no Super Bowl


Atualização (17/04): A imagem que ilustrava a matéria foi substituída, após reivindicações de direitos do site Getty Images.

Kanye West teve uma exposição significativa com o disco “The Life of Pablo”, que, entre outras coisas, contou com uma grandiosa estreia para o clipe de “Famous”, indicado ao Vídeo do Ano no VMA, e enquanto segue colhendo frutos desse álbum, o rapper se tornou um nome em potencial para se apresentar no Super Bowl de 2017... Pelo menos para os seus fãs.

Nesta segunda (15) um dos assuntos mais comentados do Twitter foi a hashtag #KanyeWestForSuperBowl51, na qual os fãs do rapper pedem pra que a NFL e a Pepsi considerem convidá-lo para se apresentar no evento, após as notícias de que Adele teria sido uma das artistas cotadas e recusado o convite.

Uma apresentação de Kanye iria contra tudo o que o Super Bowl tem buscado, uma vez que o evento vem evitando controvérsias desde a performance da Janet Jackson com o Justin Timberlake (2004), além do dedo da M.I.A. naquela outra da Madonna, mas visando a audiência, bem como uma grande performance, a possibilidade não é tão remota. E o Kanye, que ama ser o centro das atenções, não pensaria duas vezes, né? Talvez apenas exigisse algo como uma mudança do nome para ‘KanyeTime’ ou ‘SuperYeezyBowl’, você sabe.

Enquanto o rapper e a NFL não se manifestam sobre o assunto, outro evento sai na frente quanto a participação do rapper. O Video Music Awards, da MTV, acontece no dia 28 de agosto e, ao colocá-lo entre um dos principais indicados da noite, além de preparar também uma homenagem para a sua amiga, Rihanna, deve garantir a sua presença, bem como uma performance do seu atual single.

Será que a NFL ousaria convidar Kanye West para o Super Bowl? Faça suas apostas!

Kanye West e Travis Scott estão na versão remix de “In Common”, da Alicia Keys

A gente estava pensando que Alicia Keys havia esquecido “In Common” num churrasco, mas a cantora não abandonou o seu hino e, na última semana, revelou um novo remix para a canção, agora em parceria com Kanye West (!) e Travis Scott.

Esse é o segundo remix da música, que já havia sido lançada numa versão pelo DJ Kaskade, e em sua nova edição, ela mantém o arranjo original, com leves alterações por conta das participações dos rappers.

Kanye, que não é bobo, nem nada, aproveita seus versos para fazer referência ao clipe de “Famous”, afirmando: “não importa o que ninguém diga. Nós passamos por coisas que não podemos disfarçar e, no fim do dia, estaremos de volta àquela cama, como se fôssemos ‘famosos’”.

Já Travis Scott, aproveita para linkar o conceito de ter algo “em comum” com os movimentos africanos e Black Lives Matter, dando um peso maior para a faixa.

Ouça abaixo:


“In Common” abre os trabalhos de Alicia com seu novo disco, sucessor de “Girl On Fire” (2012).

Está chegando? Kanye West e Drake querem lançar um disco JUNTOS!

O Kanye West não para, gente! Mas calma que, pelo menos dessa vez, não viemos pra falar sobre nenhuma treta dele com ninguém e, sim, sobre uma amizade que, enfim, será levada a frente em estúdio.

Por mais que o mundo esteja aguardando um próximo “Watch The Throne”, de Kanye com o Jay Z, Yeezus voltou a falar em um disco colaborativo, só que, em vez do marido da Beyoncé, ele quer mesmo é lança-lo com o Drake.


Logo após apresentar a sua parceria em “Pop Style”, no OVO Fest, o hitmaker de “Father Stretch My Hands” pediu a atenção do público e perguntou, “Vocês querem um álbum?”. Enquanto a plateia enlouquecia, o rapper explicou: “Eu não estou falando do ‘Pablo’. Eu não estou falando do ‘Views’. Estou falando de um disco com esse cara aqui”. Drake voltou ao palco neste momento e a histeria foi coletiva. Dá uma olhada no vídeo com esse momento abaixo:


Já faz um tempo que Ye’ e Drake falam em um disco colaborativo, mas após a proximidade deles durante os trabalhos com o álbum “Views”, há muitas razões para acreditarmos que ele finalmente sairá das promessas.

O que você acha de toda essa história, Jay?
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Kanye West e Kim Kardashian são traídos pela elite da moda no inquietante clipe de “Wolves”

Kanye West deve estar comemorando a indicação de “Famous” ao VMA, nas categorias ‘Vídeo do Ano’ e ‘Melhor Vídeo Masculino’, mas, sem tempo a perder, o rapper revelou mais uma amostra visual do disco “The Life of Pablo”, lançando o videoclipe da parceria com a Sia e Vic Mensa em “Wolves”.


Revelado sem qualquer aviso prévio, o clipe de “Wolves” foi dirigido pelo Steven Klein com o próprio Kanye e, todo em P&B, conta com a participação de Kim Kardashian e outros rostos famosos, como Kylie Jenner, Anna Cleveland, Cindy Crawford, Alessandra Ambrosio, Jourdan Dunn e Ronald Epps.

Na história, Kanye West parece interpretar um pária fashionista, que começa sendo ouvido por o que seriam seus seguidores, enquanto chora, mas termina vendo todos, com exceção de sua esposa, deixando-o para trás. Kim, que também havia aparecido no clipe de “Famous”, mas com uma estátua de cera, aqui é adorada pelo rapper e outros personagens, saindo com Kanye na cena final, aos flashes dos sedentos paparazzis.

Os colaboradores da faixa, Sia e Vic Mensa, aparecem em cenas paralelas ao contexto principal, em lugares escuros, com projeções de árvores ao redor.

De certo, não é um clipe que deva causar tanta comoção quanto “Famous”, mas mantém a qualidade da videografia de Kanye West, bem como a sua inquietação artística, que causa estranhamento e fascínio ao mesmo tempo.

Assista abaixo:

Kanye West pode fazer uma performance de “Famous” no VMA 2016

Kanye West disse, no lançamento do disco “The Life of Pablo”, que se o seu novo álbum não for indicado à “disco do ano” no Grammy, ele sequer comparecerá a premiação. Embora a Academia não tenha se manifestado sobre o assunto, a MTV pegou o recado e, para o VMA 2016, tratou de indicar o clipe de “Famous” entre os Vídeos do Ano – com Beyoncé, Justin Bieber, Drake e Adele.

Taylor Swift acerta as contas com Kanye e Kim Kardashian no novo episódio de “Disk Duny”

Agora, a história é outra. Além de ser indicado a uma das principais categorias da premiação, West, que recebeu o prêmio de Artista Vanguarda na edição passada, deve ser uma das atrações do evento, e, claro, apresentando “Famous”, que conta com a participação da Rihanna em sua versão de estúdio.

O que fica no ar, entretanto, é se o rapper usará ou não essa oportunidade para bater na mesma tecla, tocando no assunto da sua confusão com Taylor Swift. A briga, pra quem não lembra, começou no VMA, em 2009, e teve um capítulo que poderia tê-la encerrado no ano passado, quando os dois se reencontraram no palco da premiação.


Imagina a loucura que seria se o rapper abrisse a apresentação com a polêmica ligação com a cantora, que também estará no documentário do disco “The Life of Pablo”?


A parte boa é que nesse ano, Taylor Swift não deve pisar no VMA. A cantora e sua gravadora optaram por não enviar seus videoclipes para a premiação e, sem indicações e amigos por lá, ela não deve estar muito interessada em assistir ao evento. Acompanhemos.

Documentário do CD “The Life of Pablo”, do Kanye West, será lançado em breve

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Depois de revelado um trecho da sua conversa com Taylor Swift, que resultou na canção “Famous”, o rapper Kanye West pode estar perto de lançar o documentário com todo o processo de gravação do álbum “The Life of Pablo”, lançado em fevereiro desse ano.

Taylor Swift, Kanye West... Não dá pra defender ninguém

Pra quem ainda não havia entendido, foi apenas por isso que Kanye e Kim gravaram sua ligação com Taylor: todo o processo de composição e gravação de seu novo CD foi documentado de alguma forma, visando essa futura produção.

As especulações em torno de um possível lançamento do documentário sobre o disco “The Life of Pablo” começaram após, nessa quinta-feira (21), a equipe de Kanye atualizar a descrição do clipe “Famous” em seu canal Vevo, incluindo o nome dos compositores da canção e a chamada “documentário em breve”.

Informação foi atualizada na descrição do vídeo “Famous”, na Vevo.
Se confirmado, o lançamento desse documentário pode, de uma vez por todas, dar um fim à polêmica envolvendo Taylor Swift, visto que, como o próprio rapper já afirmou, sua decisiva conversa com a cantora durou quase uma hora, sendo que apenas alguns segundos foram revelados no Snapchat de Kim Kardashian.

Além da tal ligação, o documentário de “The Life of Pablo” deve contar com a participação de Rihanna, que canta os versos de Nina Simone na mesma canção, além de nomes como Sia, Frank Ocean, Vic Mensa e Chance The Rapper, que são alguns dos colaboradores desse álbum.


Taylor Swift acerta as contas com Kanye e Kim Kardashian no novo episódio de “Disk Duny”

A gente não deu muita importância para o novo episódio da discussão sobre Kanye West, Taylor Swift e a música “Famous”, mas se tem uma coisa que realmente merece a nossa atenção nessa história toda, é o novo episódio de “Disk Duny”, que fala justamente de toda essa confusão, só que dentro de um reality show ao estilo do programa das Kardashians. Hahahahah.
Como já explicamos em posts anteriores, “Disk Duny” é um spin-off de “Girls In The House”, uma websérie feita em “The Sims”, que mescla humor com cultura pop, e, vamos lá, o que é mais pop atualmente do que Kim Kardashian, Kanye West e Taylor Swift numa discussão praticamente transmitida ao vivo pela internet?

No terceiro episódio da série, acompanhamos o momento em que Kim decide revelar a farsa de Taylor Swift, que fingiu não saber sobre a música de Kanye West, e a reviravolta após a própria cantora decidir acertar as contas com a família West, na casa do reality. O mais legal é o formato do vídeo, com repetições óbvias e pausas dramáticas, exatamente como no “Keeping Up With The Kardashians”, além dos versos de Kanye West que causaram toda a confusão, que são bem diferentes da história real e tornam a bagunça ainda mais engraçada.

Assista abaixo:



Kanye: Eu vou falar assim: “Taylor desgraçada”.
Taylor: Oh, meu deus! Eu adorei!
Kanye: Aí vai ter uma parte que eu vou dizer: “Vou vazar suas músicas no Spotify...”
Taylor: Caraca, que foda!
Kanye: E eu vou dizer: “Ela vai me cobrar o boleto!”
Taylor: Adorei, Kanye.
HAHAHAHAHAHAHAHAH!

Genial, gente! E todos os personagens ficaram TÃO parecidos. Sem falar que houveram várias sacadas muito inteligentes. As que mais gostamos foram da explicação para o vídeo do momento em que Kanye West avisa que irá chamar a Taylor de “vadia”, quando ela diz que vai processá-los AND divulgar isso (muito a cara dela, rs) e a Selena Gomez chegando para salvar a pátria, mas pouco se importando com as vidas negras.

Todos os episódios de “Disk Duny” estão no Youtube, mas você também pode assisti-los aqui no blog: em sua estreia, Duny e Priscilão resgataram a Sia do cativeiro da Beyoncé, e, no episódio seguinte, as meninas ficaram presas em séries como “Game of Thrones” e “Sense8”.

Taylor Swift, Kanye West... Não dá para defender ninguém


Atualização (17/04): A imagem que ilustrava a matéria foi substituída, após reivindicações de direitos do site Getty Images.

A internet está indo a loucura e o assunto da vez, você já sabe: Kim Kardashian revelou nesse domingo (17) o vídeo que comprova a versão de Kanye West sobre  a música “Famous”, sobre Taylor Swift ter aprovado a música antes que o disco fosse lançado, sabendo do trecho no qual o rapper diz que deveria transar com ela, pois a tornou famosa.



Em suas redes sociais, Swift publicou uma nota que já estava pronta em seu celular, no qual diz que o problema na canção foi ser chamada de “vadia” na frente de todo o mundo e que se esforçou pra ter uma relação amigável com Kanye West, afirmando ainda não ter aprovado a canção, já que sequer teve acesso ao áudio dela finalizada. No vídeo da Kim, entretanto, ela garante para Kanye: “siga em frente com os versos que achar melhor! E eu realmente fico feliz por você ter vindo me avisar sobre isso. É muito legal.”



No meio de toda a discussão, há muitos pontos que não podem ser perdidos: Kanye West foi machista e misógino, independente de Taylor ter permitido a canção ou não, entretanto, a cantora também possui um histórico racista e que fica claro quando usa o seu privilégio branco para momentos como esse, no qual desmentiu publicamente algo que havia aprovado inicialmente, pintando o rapper, que é negro, como o louco e agressivo, numa velha estereotipação que já acompanha a sua cor de pele, dentro de um episódio detalhadamente manipulado.

Isso não é uma defesa, pois não há quem defender. E isso precisa ficar muito claro.


Dá pra ficar de um lado da história? Sim, é uma escolha de cada um. Mas dá pra fazer isso sem precisar ofender Taylor Swift ou Kim Kardashian, chamando-as de “vadia”, “puta”, entre outras coisas, bem como dá pra entender a questão racial, sempre tão eclipsada quando se trata da cantora de “Blank Space” (quem se lembra daquele VMA com a Nicki Minaj?). Alimentar isso como uma disputa feminina, fazendo de toda a discussão uma batalha à la “Taylor X Kim”, não está em questão.

Toda essa discussão ainda vai longe. Mais um VMA está vindo aí e a MTV jamais perderia essa fatia do bolo. Mas, se isso te ajudar a compreender a complexidade do assunto, leve pra casa essa suposição: estariam todos tão divididos se, no lugar da Taylor Swift, essa discussão fosse do Kanye West com a Azealia Banks? A gente aposta que não.

Por fim, chega a ser cômico pensar que a opinião mais sensata sobre toda essa história veio da própria rapper de “The Big Big Beat”, que usou seu Facebook para deixar um recado para Kanye West: “Pessoas negras não querem saber da Taylor Swift. Tire mais fotos com a North, porque ela é adorável – e com Saint também. E tenha mais bebês fofos. Fim. Ah, e cadê o ‘Watch The Throne 2’??? POR FAVOR!”


Ria dos memes, respeite as minas e, por favor, não seja um babaca, essa história precisa ser vista com todos os seus recortes. Que venha “Watch The Throne II”!

Kanye West e Bon Iver estão dançando em “Friends”, clipe novo do Francis and The Lights

Kanye West está empenhado em fazer parcerias. Embora esteja promovendo o disco “The Life of Pablo” e a turnê “Saint Pablo”, além de trabalhar em projetos paralelos e um novo disco de inéditas, o rapper encontrou, desta vez, tempo para participar do clipe de “Friends”, que é o novo single do Francis and The Lights, em parceria com o Bon Iver.

Francis and The Lights é um projeto americano, encabeçado pelo Francis Farewell Starlite, que, entre outros nomes, já colaborou com Kesha, La Roux, Drake, MGMT e Chance The Rapper. Nesse novo trabalho, o músico conta ainda com a produção de nomes como Ariel Rechtshaid, Rostam Batmanglij e Cashmere Cat, que estiveram por trás de alguns dos principais álbuns do ano passado.

No clipe de “Friends”, Francis, Kanye e Bon Iver fazem uma performance dentro de um espaço neutro, no qual os jogos de câmera trabalham em conjunto com suas coreografias, resultando em algo básico, mas muito bem executado. A dancinha desses três é uma das coisas mais inusitadas que você verá nessa semana.

Assista ao clipe abaixo:

Carly Rae Jepsen, Troye Sivan, Bieber e outros se juntam em paródia de “Famous”, do Kanye West

Como a BBC é maravilhosa, gente! Depois de toda a polêmica em torno do clipe “Famous”, do Kanye West, no qual o rapper aparece ao lado de estátuas de cera de artistas como Kim Kardashian, Rihanna, Taylor Swift, entre outros nomes, a emissora decidiu fazer uma versão descontraída para a produção e, assim como no vídeo original, repleto de gente famosa.

Nessa paródia, o clipe é estrelado por Carly Rae Jepsen, Nick Jonas, Justin Bieber, Cheryl, Troye Sivan, Meghan Trainor e 5 Seconds of Summer, e, no lugar da câmera caseira do vídeo de West, o que temos é algo mais próximo de programas como o “Big Brother”, enquanto acompanhamos alguns diálogos bem sem noção deles, como o Bieber falando o quanto ele é mais bonito que a Cheryl Cole, Carly dizendo que realmente gosta muito, muito, muito do Nick Jonas e, a nossa parte favorita, Troye Sivan fazendo perguntas para Meghan Trainor e, como na sua música, ela respondendo “não” para tudo. Genial, hahahah.

Ao contrário do clipe de Kanye West, a versão da BBC é classificada pela própria como “SFW”, que é a sigla “safe for work” e, em tradução livre, quer dizer que você pode assisti-la se estiver no trabalho. E todos estão devidamente vestidos.

É um amor de vídeo, gente, e engraçado demais! Dá só uma olhada:



Será que o Kanye vai curtir? O melhor é que, se viralizar, todos poderão dizer que tornaram essa música famosa.

Os melhores álbuns do ano (até aqui)

Se você chegou até aqui com o pensamento de que 2016 não rendeu bons discos para uma lista como essa, precisa repensar o que andou ouvindo nos últimos seis meses.

Foi em janeiro que antecipamos nossos “30 discos mais aguardados do ano” e, entrando no segundo semestre de 2016, já estamos com vários deles entre nós. Neste momento, é muito importante pensar positivo e esperar que, daqui em diante, Rihanna não nos faça mais esperar vinte anos para um próximo disco, além de torcer pra que Beyoncé passe o resto de sua carreira lançando álbuns visuais  – prometemos fingir surpresa pelos próximos dez anos, pelo menos.

Esse ano foi, antes de qualquer coisa, um período e tanto para estreias de nos tirar o fôlego e, de quebra, ainda tivemos diversos artistas que nos fizeram deixar para trás qualquer impressão negativa que tenha ficado de seus trabalhos anteriores. O que é uma ótima coisa, por provar que não guardamos rancor e ainda nos garantir músicas bem interessantes para ouvirmos pelos próximos seis meses (e além).

Sinta-se livre para usar os comentários pra nos mostrar os seus favoritos (seja em ordem alfabética ou de sua preferência), bem como reclamar sobre aquele álbum, daquela cantora que foi friamente esnobado por nossa equipe. E não deixe de ouvir também todos os discos mencionados por aqui que você ainda não conheça, são todos imperdíveis.

OS MELHORES DISCOS DO ANO (ATÉ AQUI)


Gallant parece estar perdido em algum período entre as décadas de 80 e 90 – e isso é um elogio, caso se questione. Em seu álbum de estreia, “Ology”, o cantor apresenta um R&B sexy e classudo, que não se esforça para emplacar coisa alguma nos dias atuais, mas se preocupa em soar bem o suficiente para os fãs do gênero. Missão cumprida.

Pra testar: “Bourbon”, “Weight In  Gold” e “Open Up”.



Membro da A$AP Mob, que, entre outros nomes, também conta com o A$AP Rocky, o rapper A$AP Ferg levou a sua música para outro nível com o disco “Always Strive and Prosper”. No caminho contrário ao dancehall do Drake e rap-gospel de Kanye e Chance, “Strive” é um álbum majoritariamente eletrônico, no qual as rimas de Ferg são acompanhadas por ágeis arranjos, tornando-o um álbum favorito em potencial para os fãs de parcerias entre rappers e grandes DJs.

Pra testar: “Hungry Ham”, “Strive” e “New Level”.



Ainda que apresente certas similaridades com outros trabalhos lançados nos últimos anos, é inegável dizer que através de "Mind of Mine", ZAYN conseguiu se desprender da imagem teen que o seguia no 1D. Mostrando toda sua qualidade vocal entre baladas, midtempos e uptempos, que flertam desde o Pop, passando pelo R&B contemporâneo, até chegar no Alt-R&B (claramente influenciado por Frank Ocean e Malay Ho, que produziu ambos), o moço mostra nesse ótimo material de estreia, que não só tem muito potencial, como sair da boyband foi a decisão mais certeira de sua carreira.

Pra testar: “Pillowtalk”, “She” e “Wrong”.




O visual todo banda de rock, somado ao seu inexpressivo álbum de estreia, quase nos engana quanto ao potencial da boyband The 1975. No disco “I Like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It”, entretanto, os caras se permitem explorar seu lado mais pop e o resultado é verdadeiramente animador, fazendo desse um disco dançante, cheio de nuances e com uma proposta oitentista contagiante.

Pra testar: “UGH!”, “Somebody Else” e “The Sound”.


A norueguesa que já vinha nos impressionando há algum tempo, Aurora, traz em seu disco de estreia, “All My Demons Greeting Me As A Friend”, temas obscuros, quase mórbidos, aliados a um instrumental quase sempre condizente e uma voz cristalina. Sua jornada musical está apenas começando, mas, de certo, a cantora tem um grande potencial e foi capaz de nos entregar um disco impecável. Estamos ansiosos para ver até onde ela pode ir.

Pra testar: “Running With The Wolves”, “Winter Bind” e “Warrior”.


Sucedendo o disco “Master Of My Make-Believe”, “99c” mostra os efeitos da música atual na sonoridade de Santigold que, numa discussão sobre o preço da arte, se permite reproduzir aquilo que tocam nas rádios. Essa é uma escolha arriscada, já que poderia fazer com que ela perdesse sua autenticidade, tornando-a “apenas mais uma”, mas basta ouvir o disco para saber que, desse risco, ela passou longe.

Pra testar: “Banshee”, “Chasing Shadows” e “Run The Races”.



A estreia viral de Baauer, com “Harlem Shake”, fez dele um dos nomes mais genialmente insuportáveis da nova EDM. Não é a toa que, no meio dessa ascensão, foi Diplo quem tratou de apadrinhar o cara. Anos após o seu smash hit, Baauer apresenta seu disco de estreia, “Aa”, com uma esforçada tentativa de inovar e se desvencilhar do hit viral, provando ser mais que um sucesso de internet.

Pra testar: “GoGo!”, “Sow” e “Temple (feat. MIA & G-Dragon)”.


Quando James Blake entra em ação, você precisa se preparar para ouvir a melhor e mais estranha música de toda a sua vida. O disco “The Colour In Anything” chega após sua participação no disco “Lemonade”, da Beyoncé, e entrega uma proposta bem mais ampla que seus primeiros trabalhos, embora mantenha características que o consagraram entre os fãs do seu alt-pop underground.

Pra testar: “Radio Silence”, “Choose Me” e “I Need A Forest Fire”.


O álbum “Hopelessness”, da britânica ANOHNI, definitivamente, não é para qualquer um. Da sua sonoridade à capa, na qual mistura o seu rosto com o Boy George que ilustra o disco de estreia do Culture Club (1982), esse é um álbum que provoca, toca em inúmeras feridas e, com seus arranjos, ora tímidos e contidos, ora agressivos, transforma todas elas em discursos poeticamente lindos, ainda que, na maioria dos casos, trágicos. Esse é um disco que, com todo o eufemismo do mundo, te fará cantarolar sobre assuntos que vão do transtorno de identidade de gênero à crise da AIDS que devastou toda uma geração queer.

Pra testar: “Drone Bomb Me”, “Execution” e “Why Did You Separate Me From The Earth?”.



Aquecendo o terreno para o seu novo disco, sucessor do impecável “Donker Mag”, o trio sul-africano Die Antwoord volta às raízes explosivas do seu álbum de estreia na mixtape “Suck On This”. Depois de fazer shows por várias partes do mundo, Yo-Landi, Ninja e DJ High-tek abrem o novo material zombando da forma que seus fãs pronunciam seu nome fora da África – “Soa estúpido pra caralho”, diz Ninja – e nos entregam uma verdadeira surra de seu rap eletrônico, contando, inclusive, com uma série de remixes que revitalizam músicas como “Pitbull Terrier”, “I Fink U Freeky” e “Enter Da Ninja”.

Pra testar: “Bum Bum”, “Gucci Coochie” e “Fok Julle Naaiers (God's Wicked Jungle Remix)”.


O disco de estreia do duo Majid Jordan é uma boa maneira de entendermos porque o rapper Drake não hesitou em contratá-los e, inclusive, colaborar algumas vezes com os caras (“Hold On, We’re Going Home” e “My Love”). No seu primeiro CD, a dupla de Toronto consegue ir do hip-hop ao pop realmente radiofônico, com uma sonoridade que remete aos trabalhos de nomes como The Weeknd, MNEK e Bruno Mars, além do próprio Drake, que parece ter trocado muitas figurinhas com os novatos.

Pra testar: “Pacifico”, “Something About You” e “King City”.


Ironia ou não, em seu primeiro disco autointitulado, a banda Fitz and The Tantrums foge por completo da sonoridade pela qual eram conhecidos. No terceiro registro da banda, com a produção do hitmaker em ascensão Jesse Shatkin (Sia, Fifth Harmony, Kelly Clarkson), eles miram no pop-de-festival, com refrãos certeiros, muitas palmas e arranjos verdadeiramente dançantes, sem perder o ar de frescor que sempre manteve o interesse do público em seus outros trabalhos. É despretensiosamente grandioso.

Pra testar: “Handclap”, “Complicated” e “Get Right Back”.


“Moth” significa “mariposa”, em inglês. Antes de ganhar asas, o inseto passa por um processo de metamorfose semelhante aos da borboleta, mas parece sofrer algum problema nesse caminho, tornando-se uma espécie diferente e com uma curiosa característica: ela é atraída pela luz, ainda que essa possa matá-la. Em seu terceiro disco, o duo Chairlift gosta de usá-la como uma metáfora sobre a vulnerabilidade humana, que se entrega às suas atrações, cientes dos riscos que poderão machucá-los mais do que gostariam. Tudo isso sob uma sonoridade pop fora do comum, repleto de coros, palminhas e sintetizadores, flertando com trip-hop e uma verdadeira variedade de gêneros.

Pra testar: “Ch-Ching”, “Crying In Public” e “Moth To The Flame”.


Os anos 80 voltam para os dias atuais com o disco “Matter”, da banda St. Lucia. Com um synthpop “para cima” e refrãos que fazem de cada uma dessas faixas, verdadeiros hinos para cantarmos a pleno pulmões, esse álbum é daqueles que nos fazem dançar sobre a maior decepção amorosa de nossas vidas e cresce a cada audição, sendo, de longe, uma das nossas maiores surpresas desse ano.

Pra testar: “Home”, “Help Me Run Away” e “Always”.


O pop roqueiro de garagem das meninas do HINDS e seu disco de estreia, “Leave Me Alone”, é o que provavelmente esperaríamos de uma parceria da Sky Ferreira com o HAIM. De Madrid para o mundo, o quarteto tem chamado a atenção das principais publicações alternativas americanas e, nesse álbum, imprime uma identidade instigante, que nos faz querer mais dessa sonoridade suja e descoordenada, acompanhada de letras tão pessoais. É um disco para se ouvir bêbado.

Pra testar: “Garden”, “Warts” e “Fat Calmed Kiddos”.



Para um artista que já tem toda uma carreira para chamar de sua, se reinventar pode ser um perigoso desafio, mas que Gwen Stefani soube tirar de letra no álbum “This Is What The Truth Feels Like”. Repleto de hits em potencial, o novo disco da voz do No Doubt chega batendo de frente com outros como “Revival”, da Selena Gomez, e “Purpose”, do Justin Bieber, e, devido a essa necessidade de reinvenção para se adequar às rádios atuais, nos lembra bastante do “Rebel Heart”, da Madonna.

Pra testar: “Where Would I Be?”, “Red Flag” e “Naughty”.


O último ano de Nick Jonas foi complicado, mas, no que depender dos frutos colhidos por seu novo disco, o cantor terá uma fase bem mais fácil daqui pra frente. Se em seu primeiro trabalho pop, autointitulado, Jonas nos trouxe um pop redondo, mas óbvio, bastante inspirado em artistas como Maroon 5 e Justin Timberlake, em seu novo passo, o cantor ousa e, longe de sua zona de conforto, agora de olho no Drake e Bieber, acerta mais uma vez, apresentando um material bem mais interessante do que foi a sua chegada às rádios do gênero.

Pra testar: “Voodoo”, “Touch” e “Under You”.



Na sua chegada musical aos EUA, a sueca Elliphant veio acompanhada por uma lista de grandes produtores, incluindo nomes como Diplo, Skrillex e o nome por trás do disco de estreia da Lorde, Joel Little. Mas se, com tantos nomes conhecidos, seu público esperou por um álbum óbvio, foi pego de surpresa pela mesma agressividade de seus trabalhos anteriores, aqui somados a um maior cuidado quanto às letras e arranjos, que resultaram num disco que grita por ser uma novidade do início ao fim, prendendo-nos desde a primeira audição.

Pra testar: “Everybody”, “Love Me Long” e “One More”.


Mesmo jovem, Birdy sempre nos mostrou uma maturidade instigante. Em seu novo trabalho, a britânica coloca tudo isso à prova, se permitindo um passo à frente na ousadia, enquanto arrisca novos estilos e firma ainda mais os seus poderosos vocais. “Beautiful Lies” é um dos álbuns mais consistentes e emotivos do ano, além de ser também o melhor registro de sua carreira, até aqui.

Pra testar: “Keeping Your Head Up”, “Hear You Calling” e “Save Yourself”.



O synthpop foi muito bem representado por nomes como Taylor Swift e Carly Rae Jepsen nos últimos dois anos, mas se tem uma artista que sabe fazê-lo como ninguém, é a dupla Tegan and Sara. No seu álbum de retorno, “Love You To Death”, as meninas parecem terem feito a lição de casa sobre as rádios atuais, enquanto mantém a maturidade de suas letras, sob arranjos comerciais e, ainda assim, muito bem elaborados.

Pra testar: “That Girl”, “Boyfriend” e “Dying To Know”.



Com uma sonoridade que foge às regras, semelhante ao que escutamos com AWOLNATION há alguns anos, Stephen pode ser o projeto musical que você sempre procurou. No disco “Sincerely”, suas letras vão desde a redescoberta de si mesmo às discussões políticas, com uma musicalidade vasta, que passeia entre o rock e música pop, flertando bastante com a música eletrônica.

Pra testar: “Remembering Myself”, “Line It Up” e “Crossfire”.



De nome crescente na cena underground, o produtor australiano Flume trouxe em "Skin", talvez, o álbum mais eclético do ano, que cumpre um papel importantíssimo, ao possibilitar uma experiência que vai muito além de só mover os pés. De nomes desconhecidos (e muito interessantes), como Vince Staples, em faixas como "Smoking & Retributions", à adorados pelo público, como Tove Lo, em "Say It", Flume equilibra muito bem todas as nuances de seu grande álbum.

Pra testar: “Never Be Like You”, “Lose It” e “Take A Chance”.



Saber que o disco “Death Of A Bachelor”, do Panic! At The Disco, foi o primeiro da banda a alcançar o topo das paradas americanas não é algo impressionante. Desta vez, apenas com Brendon Urie, a banda soube reunir o melhor do seu lado dramático e teatral, enquanto mescla influências que vão do blues ao hip-hop, além de, claro, o rock que os tornaram conhecidos. Daqueles discos que não conseguimos – e nem deveríamos – passar nenhuma faixa.

Pra testar: “Victorious”, “Death Of A Bachelor” e “The Good, The Bad and The Dirty”.



“To Pimp A Butterfly” colocou Kendrick Lamar no centro das atenções, fazendo com que todos quisessem um pedaço do rapper que entregou um dos melhores álbuns de hip-hop do ano passado. Mas, sem se apegar à pressão de superar o álbum anterior, o cara revelou uma compilação de faixas que não foram finalizadas e sequer intituladas, com uma ousadia que, sem dúvidas, Kanye West amaria ter feito primeiro. Embora seja um projeto apresentado de maneira despretensiosa, na medida do possível, “untitled unmastered.” mantém o nível dos outros trabalhos do rapper, provando que, sem muito esforço, ele consegue manter as nossas expectativas sob controle.

Pra testar: “untitled 02”, “untitled 04” e “untitled 07”.



O trip-hop, R&B noventista e alt-R&B se encontram em “Don’t You”, do trio novaiorquino Wet. Com vocais delicados, que contrastam com o peso momentâneo de seus arranjos, o disco nos pega pela profundidade de suas letras, além de instrumentais que criam toda uma áurea bastante singular, semelhante ao que Lorde nos causou com seu “Pure Heroine” (2013). É um álbum que consegue soar grandiosamente minimalista e te entrega novidades a cada nova audição.

Pra testar: “Don't Wanna Be Your Girl”, “All The Ways” e “You're The Best”.


A EDM teve uma ascensão significativa nos últimos anos, enfim, voltando a dominar as rádios e paradas, mas, com todo esse sucesso, também aconteceu de grandes hits se tornarem cada vez mais genéricos e, com isso, o gênero sofresse com uma enorme falta de novidades. Nesse meio, quem vai contra a maré, merece o seu reconhecimento e, em 2016, um disco que fez a sua parte nesse quesito foi o material de estreia do The Knocks, “55”. Seu pop passeia entre o dance para às pistas e para às rádios, com influências que vão do funk ao alt-pop, além de inúmeras participações especiais.

Pra testar: “Tied To You”, “Love Me Like That” e “Purple Eyes”.


Embora seja novo, o trio londrino Daughter já possuía uma sonoridade bem definida e aceitou os riscos de fugir da fórmula consolidada em seu novo material, “Not To Disappear”. No trabalho, a melancolia, carregada pela voz da vocalista Elena Tonra, continua, mas Daughter ousa e se aventura em novas referências adicionadas ao seu repertório. Aqui, podemos ver toques eletrônicos, dream pop e até faixas que nos remetem ao The XX, The Drums e até Florence + The Machine, mostrando um amadurecimento muito bem-vindo.

Pra testar: “Numbers”, “Alone/With You” e “Mothers”.



É como o ditado já diz: "em terra de "Reflection", "7/27" é rei!". Após terem uma estreia pra lá de morna (com algumas ressalvas evidentes), o Fifth Harmony retorna com uma sonoridade pra lá de madura, sem deixar de lado todo o apelo comercial que levou as meninas ao estrelato. Com músicas pra todos os gostos, Camila Cabello e sua trupe garantem a diversão com um álbum extremamente radiofônico e gostoso de se ouvir. Ponto pra quinta harmonia!

Pra testar: “That's My Girl”, “Scared Of Happy” e “Not That Kinda Girl”.



Quando se permitiu ir além dos hits, Rihanna descobriu todo um lado inexplorado de sua musicalidade, no qual conseguiu encaixar até um cover de Tame Impala. Em seu anti-disco, a cantora encarna uma persona mais séria, centrada em fazer boa música, e ainda que se perca vez ou outra, demonstra bastante maturidade, numa oportunidade de aprender mais do que é capaz e ensinar isso ao seu público.

Pra testar: “Consideration”, “Same Ol' Mistakes” e “Love On The Brain”.



Depois de um disco de estreia introspectivo e sem muito a acrescentar para uma indústria que havia acabado de conhecer uma cantora chamada Lorde, o duo neozelandês Broods não passou muito tempo na sua zona de conforto e, em seu passo seguinte, expandiu a sua sonoridade para fórmulas que vão bem além da sua intenção alternativa de estreia. “Conscious” é o disco em que Georgia e Caleb Nott começam a construir sua identidade, sob um solo formado por sintetizadores, refrãos chicletes e, claro, muita autenticidade.

Pra testar: “Free”, “Hold The Line” e “Recovery”.


O sucesso de “Hotline Bling” fez de Drake o rapper mais pop dos últimos tempos e, enquanto tocava nas rádios sem parar, o canadense se preparava para entregar um disco prometido há muito tempo, enfim apresentado no que hoje conhecemos como “Views”. No seu novo álbum, o rapper marca uma importante fase da sua carreira, na qual está mais disposto a assumir riscos, se afasta dos raps ágeis de suas mixtapes e entrega um trabalho ora contido e comercial, ora verdadeiramente ousado, e indiscutivelmente funcional.

Pra testar: “Feel No Ways”, “With You” e “Too Good”.



The Weeknd fez um ótimo trabalho enquanto cantava sobre sexo no disco “Beauty Behind The Madness”, com  uma maturidade que já não ouvíamos com o R&B nas rádios há algum tempo, mas bastou chegar o disco de estreia do duo contratado pelo Drake, dvsn, pra que Abel perdesse o seu posto. “SEPT. 5th” é um disco extremamente adulto, mas nada vulgar, no qual temos refletida em cada uma de suas letras a experiência de seus integrantes, contrastada com a leveza e sensação de novidade oferecida por seus arranjos, que vão do alt-R&B ao trip-hop.

Pra testar: “With Me”, “Hallucinations” e “Angela”.


Passada uma carreira repleta de clássicos que fez dele uma verdadeira lenda, o músico David Bowie não poderia ter se despedido do seu público de uma forma menos poética. O seu disco de adeus, “Blackstar”, é seu último passo de ousadia, no qual se desamarra da sonoridade de seus últimos trabalhos, investindo numa faceta grandiosamente obscura, melancólica, na qual brinca com seus próprios demônios, exorcizando um por um, até que, enfim, possa descansar em paz.

Pra testar: “Lazarus”, “Girl Loves Me” e “I Can't Give Everything Away”.


Uma versão mais descolada do Sam Smith, Jack Garratt fez seu hype valer a pena com o disco de estreia “Phase”, lançado em meio ao tumulto que estava a sua carreira, após ter sido aposta da BBC e cumprido uma série de festivais Reino Unido afora. Enquanto o disco “In The Lonely Hour”, do Sam, nos afundava naquela bad que nem imaginávamos sofrer, o “Phase” do Garratt serve mesmo para nos levantar, com arranjos pop desconstruídos e vocais que, sem dúvidas, parecem ter saídos de algum remix do Disclosure.

Pra testar: “Far Cry”, “Worry” e “Chemical”.



Todo ano o mundo pop escolhe um puta álbum pra ser injustiçado. E depois de Carly Rae Jepsen sofrer com isso em 2015, é a vez da Foxes passar pelo mesmo em 2016. “All I Need” é um álbum pop na medida para agradar as rádios, com produções redondas, vocais incríveis e ainda ótimas letras. Desde a primeira vez que o escutamos, estivemos certos de que teria um lugar cativo em nossas listas.

Pra testar: “Body Talk”, “Cruel” e “Devil Side”.



Ariana Grande comeu muito arroz e feijão e provou estar pronta para brigar pelo topo dos charts com outras grandes divas pop. Em “Dangerous Woman”, a garota mostra a evolução que todos esperávamos e entrega seu trabalho mais maduro e polido até agora. Com músicas que nos levam da balada aos mais variados gêneros, do dance ao blues, passando pelo reggae e, claro, seu tradicional R&B. Muito bem acompanhada, ela nos entrega o melhor álbum pop do ano, com participações de nomes como Nicki Minaj, Lil Wayne e Future.

Pra testar: “Into You”, “Everyday” e “Touch It”.


Em seu terceiro álbum sob o nome de Blood Orange, Dev Hynes sente em sua música o impacto dos EUA que não apenas mata negros, mas também os gays. “Freetown Sound” é um disco que dialoga com outros como “To Pimp A Butterfly”, do Kendrick Lamar, e “Lemonade”, da Beyoncé, enquanto aborda assuntos que vão do racismo ao feminismo, trazendo muito empoderamento e, sendo esse um cuidado louvável, participações que permitem que as pessoas certas falem sobre suas lutas. Tudo isso, entretanto, é embalado por uma sonoridade que passeia pelo R&B, soul e funk, tornando essa jornada menos pesada, ainda que repleta de assuntos sérios, e até um tanto dançante.

Pra testar: “Augustine”, “Best To You” e “Better Than Me”.


Embora seja uma obra inacabada, sofrendo alterações até hoje, o disco “The Life of Pablo”, do Kanye West, é daqueles que não conseguimos passar uma só faixa. Ainda que tenha prometido bastante antes de lançá-lo, o rapper sabia que alcançaria as expectativas do público, fosse seus fãs ou não, e assim o fez, com um álbum agressivo, bem-humorado, reflexivo e, como o próprio descreveu, um tanto quanto religioso. Esse é um álbum gospel. “Não é o melhor álbum de todos os tempos, mas um dos”, disse Kanye.

Pra testar: “Ultralight Beam”, “Father Stretch My Hands” e “I Love Kanye”.



“Lemonade” não é um disco sobre uma traição, mas, sim, sobre uma mulher que precisa lidar com esse momento e o supera da melhor forma, enquanto descobre uma força absurda dentro de si mesma e esfrega na cara do traidor: eu não preciso de você. Na sua fase mais madura, artisticamente falando, Beyoncé ousou da sonoridade às letras, entregando um disco que, sem dúvidas, faz com que ela faça mais que hits, faça história. É um marco na sua carreira e na cultura pop moderna. É um empoderamento necessário para os dias atuais e que ainda incomodará muita gente, mas você pensa que ela se preocupa? “She ain’t sorry.”

Pra testar: “Don't Hurt Yourself”, “6 Inch” e “Daddy Lessons”.



Três anos separam a nova mixtape do Chance The Rapper, “Coloring Book”, do seu material solo anterior, “Acid Rap”. E se em 2013, o cara já se mostrava um nome para ficarmos de olho, nesse novo álbum ele se consagra como uma das apostas mais fortes do hip-hop atual, bebendo bastante da fonte de outro nome que já passou por nossa lista: Kanye West. Em “Coloring”, Chance nos entrega o trabalho mais consistente, poderoso e singular do ano, com um rap que passa longe das fórmulas genéricas apostadas por tantos para as rádios e inspirações que chegam, inclusive, ao início da música negra nos EUA. Da última vez que vimos o rap ser tão bem representado, estávamos ouvindo um disco chamado “To Pimp A Butterfly”, de um cara chamado Kendrick Lamar.

Pra testar: “No Problem”, “D.R.A.M. Sings Special” e “How Great”.



(Textos por Gui Tintel, Maicon Alex, Luccas Almeida e Guilherme Calais)

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