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O gueto é livre com Emicida, Ibeyi e o funk 150 de sua nova parceria, “Libre”

Emicida lançou há alguns dias “Libre”, terceiro single do seu novo disco, que contou com a parceria de Pabllo Vittar e Majur em “AmarElo”, e tem lançamento previsto para esse semestre. Para rebolar com a mão na consciência em uma mistura de funk e música latina, a canção conta trechos fortes que refletem o grito de liberdade e resistência.

Dirigido por Fred Ouro Preto, o clipe em tom animado e colorido foi filmado na ocupação Ouvidor 63, no centro de São Paulo. Em sua conta no Instagram, o rapper publicou um trecho da música onde faz se manifesta em prol da liberdade do DJ Rennan da Penha, precursor do funk em 150BPM e preso após acusação arbitrária de associação com tráfico de drogas. 



A parceria do trio não é nova, em 2018, Emicida e Ibeyi lançaram a música "Hacia el Amor", que, assim como “Libre”, conta com rimas em inglês, português e espanhol. Os três se apresentarão no Rock in Rio dia 3 de outubro.

Confira o clipe:

Se você piscar, perde uma referência foda em “Mandume”, clipe novo do Emicida

É difícil não se arrepiar com o clipe novo do Emicida. O rapper lançou no ano passado o disco “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”, e em seus videoclipes, fez críticas ao racismo das mais variadas perspectivas.

Em “Boa Esperança”, um dos melhores vídeos de 2015, os empregados, em sua maioria negros, se rebelam contra a discriminação e abusos de autoridade de seus patrões. Já em “Chapa”, do mesmo álbum, o rapper dá voz ao movimento Mães de Maio, que pede pelo fim da violência policial e justiça pelas vidas perdidas.

Agora chegou a vez dele chamar Drik Barbosa, Rico Dalasam, Amiri, Raphão Alaafin e Muzzike para a melhor letra do seu último CD, “Mandume”, e, mais uma vez, o clipe veio pesado.

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Mandume, antes de qualquer coisa, foi um dos principais reis dos Cuanhamas, do sul da Angola, e liderou movimentos contra a colonização portuguesa, se tornando um dos principais nomes dessa luta.

No clipe, Emicida conta não apenas com os músicos, mas modelos e nomes influentes do movimento negro no Brasil, que aparecem tanto interpretando a música quanto confrontando o telespectador, dando um verdadeiro espetáculo de representatividade, no que mais parece uma aula do que videoclipe.

É pra assistir e espalhar para o máximo de pessoas possível:



Uma das nossas partes favoritas é quando Drik Barbosa entra em cena. Ela é um nome em ascensão no rap nacional e, dentro de um gênero historicamente dominado por homens, é de muita significância tê-la ganhando seu espaço enquanto levanta a bandeira da representatividade feminina e negra. “Feminismo das preta, bate forte, mó treta. Tanto que hoje cês vão sair com medo de bu****.”


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Pra quem ainda não a conhecia, vale ouvir sua música nova, “No Corre”:



Ao som das rimas de Amiri, também temos um dos momentos mais impactantes do clipe, no qual um casal de negros se deparam com uma banca de revistas dominada por rostos brancos e, como protesto, começam a colar rostos de artistas negros brasileiros. Tem Elza Soares, Leci Brandão, Rappin’ Hood, Thaíde, Rael, Ellen Oléria e vários outros...

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Quando entra Rico Dalasam, rapper que luta pelo movimento LGBT+ por meio de sua música, contamos com uma cena em que a festa é interrompida pela chegada de uma personagem (qual não temos certeza sobre ser uma drag, travesti ou transformista) que sugere um momento de discriminação, mas segue normalmente, numa grande celebração à diversidade.

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Com Muzzike, cenas de policiais expulsando jovens periféricos de shoppings, nos chamados “rolêzinhos”, complementam suas críticas, contando ainda com um grupo de amigos que se divertem fazendo passos também característicos do funk.

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Repleto de referências às religiões de origem africana, os versos de Alaafin são ilustrados por um ritual de umbanda, desta vez interrompido pela chegada de uma figura que representa a igreja evangélica, e, numa interpretação subjetiva, diríamos tratar de um desconhecimento dos próprios seguidores das religiões afro-brasileiras quanto à sua força sob as outras praticadas no Brasil, uma vez que as mulheres caem assim que o evangélico ergue sua bíblia e ficam surpresas ao vê-lo ser derrubado pelo arder da chama. Xangô, citado pelo rapper, é considerado um deus da justiça, raios, trovões e fogo.

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Emicida surge perto do final do clipe, mas ainda tem muito a acrescentar com seus versos. Nosso trecho favorito é “vai ver ‘nóis’ gargalhando com o peito cheio de rancor / como prever freestyles, vários necessários / vão me dar coleções de Miley Cyrus”, que interpretamos como referências ao seu sucesso entre o público feminino e branco, colorismo e, falando indiretamente de Miley, até mesmo a apropriação cultural.

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E o squad inteiro se reúne:

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Como diz Amiri em seus versos, não tinha como ser mais claro. Foda demais.

10 clipes pop para começar uma revolução

Se engana quem pensa que a política e cultura pop não andam de mãos dadas. De Madonna lutando contra estereótipos machistas e sexistas a Beyoncé levantando a bandeira da luta contra o racismo, foram muitas as vezes que o discurso de resistência se encontrou na música e, cá entre nós, nada melhor do que um bom refrão e puta videoclipe para espalhar uma mensagem tão importante, não é mesmo?


Em tempos que omissão se torna tão prejudicial quanto um mau posicionamento, aproveitamos o espaço tão amplo que construímos aqui no blog para relembrar alguns dos videoclipes que trazem essa proposta de luta contra as opressões, lembrando-os de quem são os inimigos e, claro, que não devemos deixar de lutar por nossos direitos jamais.


Madonna, “American Life”

Madonna nunca foi das mais sutis quando sua intenção era criticar algo. Entretanto, quando idealizou “American Life”, um manifesto anti-fashionista contra as guerras, ela talvez não esperasse que sua parceria com o diretor Jonas Akerlund fosse de encontro com a invasão americana ao Iraque. O clipe sofreu censura e chegou a ser removido dos canais oficiais da cantora, embora seja um dos seus vídeos mais relevantes.


M.I.A., “Borders”

Num dos melhores clipes desse ano, M.I.A. foi contra todas as convenções, mais uma vez, ao encarnar a líder de grupos de refugiados no clipe de “Borders”, lançado em meio às discussões dos supostos ataques terroristas na França.  Outro clipe dela que vale a menção é “Born Free”, do disco “/\/\/\Y/\”.


Brooke Candy, “Paper or Plastic”

Também entre os destaques desse ano, a volta de Brooke Candy dividiu opiniões pelas mudanças na estética de seu trabalho, mas continuou tão inquieta e agressiva quanto os materiais anteriores. “Paper or Plastic” traz ela e outras mulheres dando início a uma revolução contra o patriarcado.


Beyoncé, “Formation”

E falou em feminismo, chega Beyoncé. A maior ativista que você respeita, levantou as bandeiras do feminismo e movimento negro com o disco “Lemonade”, dando sequência ao discurso que abordou pelas beiradas ou de forma indireta, em trabalhos como “Run The World (Girls)” e “Single Ladies”. “Formation” tem Beyoncé se posicionando contra a violência policial com a população negra, chamando todas as mulheres negras pra entrarem em formação.


Lady Gaga, “Born This Way”

E o que você faz quando vive numa sociedade que não te aceita como realmente é? No caso de Lady Gaga e sua ode a autoaceitação, constrói uma nova. “Born This Way” é uma das maiores e mais significativas produções visuais de Gaga, abordando vertentes como o feminismo e a luta LGBT+, e traz a cantora como a mãe de uma nova geração. Esse é o manifesto da chamada “mãe monstro”.


Adam Lambert, “Never Close Our Eyes”

Entrando em um contexto fictício, “Never Close Our Eyes” é um dos melhores clipes da carreira de Adam Lambert, e se inspira nos clássicos distópicos da literatura, como “1984”, do George Orwell, e “Admirável Mundo Novo”, do Aldous Huxley, colocando-o dentro de uma prisão que controla mais do que sua liberdade e, daí em diante, incitando uma grande rebelião contra o sistema.


Halsey, “New Americana”

Agora bebendo de referências modernas de distopias, como “Jogos Vorazes” e “Divergente”, quem também se prepara para quebrar o sistema é Halsey, no clipe de “New Americana”. A produção traz a cantora como membro de um grupo secreto, que sobrevive de forma independente e se prepara para um eventual combate. Eis que o local é invadido e começam uma verdadeira caça às bruxas.


Emicida, “Boa Esperança”

Tem clipe nacional também. O rapper Emicida tocou em inúmeras feridas com seu último disco, “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa...”, e um dos clipes mais expressivos neste sentido é “Boa Esperança”, no qual o rapper lidera uma revolta dos empregados, negros, contra seus patrões, brancos. Todo o conceito é bastante semelhante ao clipe “GOMD”, do J. Cole, que também merece uma menção na lista.


Kendrick Lamar, “Alright”

Ainda no rap, não dá pra falar em música e revolução da atualidade, sem lembrar de Kendrick Lamar e seu impactante “To Pimp a Butterfly”. O favorito do hip-hop de 2015 rendeu muito assunto e, no clipe de “Alright”, volta a abordar a violência policial, com uma grandiosidade visual de encher os olhos.


Kanye West X Jay Z, “No Church In The Wild”

Pra fechar a lista, ficamos com “No Church In The Wild”, do projeto Watch The Throne, de Kanye West e Jay Z. Nesse, a dupla nos coloca no meio de um puta protesto, repleto de brutalidade vinda da polícia e devolvida pelos manifestantes. Incômodo e certeiro, como deve ser.


Lembrou de algum clipe que merecia uma menção por aqui? Conta pra gente nos comentários! Aos interessados, disponibilizamos uma edição estendida da playlist no Spotify. E não se esqueça: temer jamais. Não há conquistas sem lutas. 

Emicida é rapper, caixa de supermercado e apaixonado no divertido clipe de “Madagascar”

O rapper Emicida continua com a divulgação do seu último álbum, o maravilhoso “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”, e depois de aproveitar o Dia das Mães para o estratégico lançamento de “Mãe”, lançou nessa quarta-feira (01) o vídeo do seu mais novo single: “Madagascar”.

Com a mesma qualidade já usual dos seus trabalhos, o clipe novo do brasileiro conta com um enredo bem inusitado, no qual ele precisa se dividir entre a vida de rapper e caixa de um supermercado, com uma rotina que o deixa tãaaao esgotado, que ele termina pegando no sono o tempo todo e, nesses cochilos, se encontrando com seus crushes de cada dia.

É claro que nós adoramos o vídeo do início ao fim, principalmente pela proposta descompromissada para um álbum que já nos rendeu conteúdos tão sérios, mas o seu patrão, pelo menos no videoclipe, não ficou muito feliz...

Dá só uma olhada:


Deu ruim, hein, Emicida? Mas ainda bem que só na ficção! Heheh!

“Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa” é o segundo disco de inéditas do Emicida e conta com inúmeras participações especiais, incluindo Rico Dalasam, Caetano Veloso e Vanessa da Mata. O álbum está disponível para audição no Spotify.

Pitty, Criolo e Tiago Iorc são alguns dos favoritos para tocar na Virada Cultural 2016

Aposto que vocês ainda estão curando a ressaca do Lollapalooza 2016 – nós do It, inclusive – comentando, relembrando e já com saudade de tantos shows maravilhosos. Aproveite para conferir nossas impressões sobre esse festival que a gente tanto ama!

Então como ainda estamos processando essas lembranças, mas já queremos saber quais são os próximos eventos que nos esperam, vamos falar sobre algo um pouco mais light: a Virada Cultural 2016 já tem data marcada. Organizada pela Prefeitura de São Paulo, a 12ª edição do maior evento cultural gratuito da capital vai acontecer das 18h do dia 21 de maio (sábado) até às 18h do dia 22 (domingo).
A pluralidade de atrações da Virada Cultural é tão grande que oferece desde uma infinidade musical eclética, apresentações teatrais, dança, circo, artes visuais, cinema até espetáculo infantil, cultura popular e gastronomia. Ainda não foi divulgado as atrações e agenda, mas já podemos confabular e criar expectativas do que gostaríamos de ver, né nom?
Será que rola outra parceria bombástica de Emicida e Rico Dalasam como no Lolla? E um show das negritas maravilhosas Karol Conká e MC Carol que, by the way, amaram se apresentar juntas? Sem esquecer dos outros artistas brazucas tão amados que sempre dão o ar da graça, como o Teatro Mágico, Nando Reis e Ludmilla. Já tem até votação rolando, para que o público possa ajudar a escolher os artistas que você quer assistir! Os favoritos, até o momento, são nomes como Pitty, Criolo e Tiago Iorc.
Você pode conferir as informações sobre a Virada Cultural no site da Prefeitura de São Paulo ou no evento do Facebook.

Emicida quer levar colaborações do seu último CD para o palco do Lollapalooza

O rapper Emicida lançou no ano passado o disco “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa” e, desde então, segue colhendo os frutos desses e outros trabalhos, que fizeram dele uma das principais referências do rap nacional da atualidade.

Um desses frutos, inclusive, será colhido no próximo domingo, 13 de março, quando ele subirá ao palco do Lollapalooza, com a certeza de que encontrará um público verdadeiramente curioso por tudo o que ele conseguirá explorar de sua discografia e influências dentro do festival.


Numa entrevista ao site RG (leia completa aqui), Emicida adiantou então algo que deverá animar ainda mais os seus fãs: ele quer apresentar ao vivo a canção “Mandume”, do seu último disco, com todos seus colaboradores.



Tratando sobre racismo e feminismo negro, a música conta com várias participações, incluindo Drik Barbosa, Rico Dalasam, conhecido por performances que vão contra diversos estereótipos, Muzzik e Raphão Alaafin. Falando sobre essa possibilidade, o rapper afirmou: “A gente só conseguiu fazer essa versão ao vivo, com todo mundo, no show de lançamento do álbum, no ano passado. Vamos tentar fazer com todos os caras novamente.”

Mas se você acha que ele para por aí, está enganado. Sua discografia também traz colaborações com Pitty, Criolo, Projota, Guimê, Mano Brown, Vanessa da Mata, Caetano Veloso, entre outros e, segundo o rapper, vão ter outras participações. “Mas prefiro mantê-las em segredo, pois preciso de algumas confirmações”, explicou.

Ansioso para assistir ao show da banda Alabama Shakes, que se apresentará mais cedo, no mesmo dia do festival, o brasileiro aprovou a participação de rappers como Eminem e o recentemente cancelado, Snoop Dogg, visto que grandes artistas do gênero não costumam vir ao país e, se tratando do festival, ter o público de nomes como esses presentes também serve como uma plataforma para ele expandir a procura pelo seu trabalho. E ele também aproveitará a oportunidade para testar coisas diferentes dos seus shows tradicionais, levando isso como mais um desafio:
“Quando você vai para um público de não sei quantas mil pessoas – sei que é gente pra c…- você tem que pensar no setlist de maneira específica. E é o que estou fazendo agora”, revela. “Não me obrigo (a tocar só hit). Penso ao contrário. Como não é meu público, tenho oportunidade de fazer uma experiência totalmente diferente. Fazer um show como este, me deixa até mais livre do que para o meu público – que vai ficar me pedindo pra tocar determinada música”, completou.
Além do Emicida, outros nomes do rap nacional, como Karol Conká e Planet Hemp, marcarão presenta no Lollapalooza Brasil 2016, que acontece nos dias 12 e 13 de março em São Paulo, no Autódromo de Interlagos.

10 discos para ouvir antes de ir ao Lollapalooza

A primeira vez que fomos ao Lollapalooza foi em 2013, quando o festival ainda nem estava nas mãos da Time For Fun e acontecia no Jockey Club, também em São Paulo. Nesta edição, tivemos nosso primeiro contato direto com diversos artistas, incluindo um que levamos em nossos corações para todo o sempre: Of Monsters and Men.

O Lolla tem muito disso. Ele consegue nos mostrar novos lados de artistas que já conhecemos e, aproveitando que estamos lá, nos apresentando a vários outros que nem nos imaginaríamos escutando um dia. E essa é uma das partes mais legais do festival.

Um dos shows mais aguardados por nós no Lolla 2016 é da americana, Halsey!

É claro que o programa também tem seus grandes nomes, como a Florence + The Machine (todo mundo vai cantar “Dog Days Are Over” até ficar sem voz), Jack Ü (imagina a euforia ao som de “Where Are Ü Now”), Eminem, Snoop Dogg e até a cantora que deveria ter vindo na edição anterior, Marina & The Diamonds (apostamos em “Primadonna” e “How To Be A Heartbreaker” como ápices do show, caso estejam na setlist, é claro), mas quem tá só interessado nos grandalhões mesmo vai para um outro festival. Uma boa prova disso é o fato do Lollapalooza vender seus ingressos que nem água antes mesmo de confirmar qualquer atração. É O PODER.

Pensando nisso, separamos então uma lista com 10 discos que talvez você não conheça, mas são bons o suficiente para te convencer a não perder essa edição do festival por nada neste mundo. Como o próprio festival, a lista terminou BEM variada e, não se tratando de comparações, foi organizada em ordem alfabética, tá?

Já abre seu Spotify e vem com a gente:

Cold War Kids, “Hold My Home”

Não é Lollapalooza se não tiver uma banda que nos convença a bater palminhas durante todas as músicas, mesmo que não conheçamos nenhum dos seus versos. Of Monsters and Men em 2013, Imagine Dragons em 2014 e Bastille em 2015. É uma regra. E nesse ano, essa responsabilidade ficará nas mãos da Cold War Kids.

A banda de Los Angeles começou a fazer nome ao conquistar a internet, láaaa na época do My Space, entre 2004 e 2006, e desde então assinou contrato com a Downtown Records, que lançou em 2014 seu quinto e mais recente disco, “Hold My Home”.

Ainda que seja do indie rock, Cold War Kids tem um apelo bem característico aos nomes que ultrapassaram a barreira do mainstream com o mesmo gênero, como Franz Ferdinand, Arctic Monkeys, Kings of Leon e The Fratellis, o que já te dá uma boa prévia dos refrãos grudentos que o aguarda.

Pra testar: “All This Could Be Yours”, “First” e “Hold My Home”.


Die Antwoord, “Donker Mag”

Do disco de estreia “$O$” ao seu terceiro e mais recente álbum, “Donker Mag”, foram muitas as mudanças experimentadas pelo trio sul-africano Die Antwoord, dos hits “Enter The Ninja” e “I Fink U Freak”.

Formado por Yo-landi Visser, Ninja e o escuso DJ Hi-Tek, o trio inicialmente chama a atenção por seu visual extravagante e letras escrachadas, mas deixando de lado o trash, sem perder sua essência, eles aperfeiçoaram e muito todo esse trabalho em “Donker Mag”, que passeia do seu agressivo, barulhento e eletrônico hip-hop ao dancehall, em momentos nos fazendo pensar como eles conseguem brincar com tanta coisa de uma forma tãaao singular — em outros momentos, também nos pegamos pensando “que porra é essa?”.

Pra testar: “Ugly Boy”, “Pitbull Terrier”, “Happy Go Sucky Fucky” e “Girl I Want 2 Eat U”.


Emicida, “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”

As discussões sobre o racismo estão em alta nos EUA, sob a voz de artistas como Kendrick Lamar, Beyoncé, Kanye West e J. Cole, e no hip-hop nacional, as coisas não são diferentes. Um ótimo exemplo disso é o maravilhoso “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”, do brasileiro, Emicida.

Não é de hoje que o rapper usa sua música para tocar em cada uma das feridas da família tradicional brasileira e, nesse disco, ele faz além, nos atraindo por hits em potencial (“Passarinhos”, com a Vanessa da Mata, foi um dos maiores singles do álbum), para algo bem maior: “Mandume”, com Rico Dalasam e um time de peso, é nossa “Formation”. “Sobre Crianças” é o nosso “To Pimp A Butterfly”.

Pra testar: “Casa”, “Boa Esperança”, “Trabalhadores do Brasil” e “Mandume”.


Halsey, “BADLANDS”

Não há nenhuma dúvida de que a Halsey arrancará muitos elogios após a sua apresentação no Lolla 2016. A menina é mais uma dessas revelações da internet, partindo do mesmo trip-hop que também nos revelou Lorde, Melanie Martinez e Troye Sivan, e em seu disco de estreia, “BADLANDS”, explora isso da maneira mais pop possível, nos lembrando também da Ellie Goulding, que já foi atração do mesmo festival.

Repleto de samples, o álbum de estreia da americana, quando apresentado ao vivo, deve nos causar uma reação semelhante ao misto de estranhamento e hipnose proposto pela Lorde com seu “Pure Heroine”, com refrãos que te farão cantarolar músicas como “Castle” e “New Americana” involuntariamente enquanto volta para casa.

Pra testar: “Drive”, “Roman Holiday”, “Colors” e “Ghost”.


Jungle, “Jungle”

O grupo londrino Jungle começou como um duo, mas foi após se transformar numa banda com sete pessoas que começou a ganhar seu espaço ao sol, incluindo uma bela indicação ao BBC Sound of 2014, ao lado de Sam Smith, Chance The Rapper, Banks, entre outros nomes.

Seu disco de estreia, autointitulado, nos lembra do indicado ao Grammy, “Sound & Color”, do Alabama Shakes, com uma mistura de funk e soul que nos teletransporta para os anos 70, de uma maneira que nem mesmo o Bruno Mars ou Daft Punk foram capazes. Escutar isso ao vivo deve ser como descobrir uma nova religião.

Pra testar: “The Heat”, “Busy Earnin’”, “Time” e “Julia”.


Karol Conká, “Batuk Freak”

Bem antes de se unir ao Tropkillaz em “Tombei”, a rapper brasileira, Karol Conká, já tinha bastante experiência no que passou a chamar de “tombamento”. 

Seu disco de estreia, “Batuk Freak”, não compartilha das produções comerciais que ela nos apresentou com o Tropkillaz, Boss in Drama (“Toda Louca” e “Lista VIP”) ou Banda Uó (“Dá1LIKE”), mas mantém a mesma singularidade que nos fez ficar para escutá-la em todas as canções, além de letras empoderadíssimas, nas quais ela vai da sua negritude ao feminismo.

Pra testar: “Gueto ao Luxo”, “Gandaia”, “Você Não Vai” e “Caxambu”.


Noel Gallagher’s High Flying Birds, “Chasing Yesterday”

O nome do Noel Gallagher não é estranho para os fãs de música pop. Como músico, o cara é um grande comentarista do universo pop, com os comentários mais ácidos possíveis sobre nomes como One Direction, Ed Sheeran, Adele e contando, mas não se engane: por trás dessa pose de Glória Pires do rock, existe um cara talentoso PRA CARAMBA e seu legado com o Oasis não nos deixa mentir.

Mas aqui não tem “Wonderwall”. No Lollapalooza, Gallagher apresentará a banda High Flying Birds, que lançou no ano retrasado o disco “Chasing Yesterday”. A produção que, sem dúvidas, é uma das melhores dos últimos anos para o gênero, é daquelas que conseguem abraçar os velhos fãs do trabalho do cara e conquistar novos também, lembrando de trabalhos como o incrível “The Next Day”, do David Bowie.

Pra testar: “Riverman”, “The Girl With X-Ray Eyes”, “Ballad Of The Mighty I”.


Tame Impala, “Currents”

Mais eletrônicos do que o usual, os caras da Tame Impala parecem terem encontrado no disco “Currents” o que faltava para tornar sua música algo essencial para o “pacote ‘ouço música alternativa’ para iniciantes 2016” e, nessa, convenceram até mesmo a Rihanna, que levou a música “New Person, Same Old Mistakes”, para o seu disco “ANTI”.

“Currents” é o terceiro álbum do Tame Impala e ainda que seja de uma qualidade indiscutível, grandioso em todos os sentidos, deve muito ao sucesso do disco anterior, “Lonerism” (2012), por toda sua aclamação, uma vez que, se não fosse esse material, dificilmente teria tanto impacto no circuito musical como aconteceu.

Pra testar: “Let It Happen”, “The Less I Know The Better”, “New Person, Same Old Mistakes”.


Twenty one pilots, “Blurryface”

“Isso não é rap, muito menos hip-hop. É só uma tentativa de fazer essas vozes pararem”, diz Tyler em “Heavydirtysoul”, que abre o explosivo segundo disco dele com Josh Dun, no duo twenty one pilots. E, se tem uma coisa que ele tá certo, é em não se encaixar apenas dentro desse gênero: “Blurryface” tem rap, pop, folk, rock, reggae e, se reclamar, tocam “Sorry” do Justin Bieber também.

O segundo álbum da dupla sucede o ótimo “Vessel”, de singles como “Car Radio” e “Ode to Sleep”, e apresenta uma faceta bem mais versátil dos dois, que passeiam da questionavelmente dançante “Tear In My Heart” ao trap de “Doubt” e daí chegam no reggae de “Message Man” e AINDA ASSIM conseguem apresentar algo que funciona perfeitamente bem. O disco também rendeu o primeiro hit dos caras, “Stressed Out”, que descolou um lugar no top 10 da Billboard Hot 100.

Pra testar: “Ride”, “Fairly Local”, “Tear In My Heart” e “We Don’t Believe What’s On TV”.


Walk The Moon, “Talking Is Hard”

Tá ouvindo o riffzinho de guitarra? Sim, “Shut Up and Dance” é do Walk The Moon, gente! E você aí pensando que não conhecia nada dos caras. O grande hit da banda, que é americana, faz parte do seu segundo álbum lançado por um grande selo, “Talking Hard”, que, por sua vez, sucede o disco autointitulado de 2012.

Justamente pensando nessa expansão de público, com a possibilidade de tocar em lugares enormes, como estádios e, bem, o Lollapalooza, a banda investiu numa reviravolta imensa na sua sonoridade, aperfeiçoando sua vertente mais pop e, nesse novo disco, nos apresentou uma verdadeira metralhadora de hits, que nos faz dançar do indie ao synthpop, com um pé no new wave e pop-punk de bandas como Fall Out Boy e Panic! At The Disco.

Pra testar: “Different Colors”, “Shut Up and Dance”, “Work This Body” e “Spend Your $$$”.



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Mas quantos discos maravilhosos, gente! Já estamos sofrendo com a possibilidade de precisar escolher entre alguns desses artistas quando sair a programação completa do Lollapalooza.

Agora salve a data: o Lolla Brasil 2016 acontece nos dias 12 e 13 de março, em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, e nós, como Embaixadores Oficiais do festival, seguiremos com um especial aqui no blog, te dando mais dicas de músicas e artistas, entre outras coisas. Para comprar ingressos, acesse o site oficial do evento.

Quer ouvir mais dos artistas que estarão no festival? Então siga a playlist “It Popalooza” no Spotify:



A gente se vê por lá! :D

Crítica social, polêmica, rebelião, torta de climão e uma puta produção em ‘Boa Esperança’, clipe novo do Emicida

A gente viu meio mundo caindo de amores pelo Kendrick Lamar e a ousadia e crítica social do seu clipe novo, “Alright”, mas quem também apareceu com um puta trabalho questionador e polêmico, também no meio do hip-hop, só que no Brasil, foi o rapper Emicida. Há muito utilizando sua música para dar destaque à assuntos muitas vezes deixados de lado, tanto pela imprensa quanto pelo público, o rapper é um dos nomes mais interessantes do rap nacional atualmente e, com seu clipe novo, toca na ferida do racismo e desigualdade social, dando belos tapas na cara tanto com sua letra quanto videoclipe.

“Boa Esperança” foi lançado em homenagem à sanfoneira piauiense Dona Gracinha, um dos maiores nomes da resistência e cultura negra no Brasil, e após uma exibição exclusiva no m-v-f- 2015, que aconteceu no começo do mês passado em São Paulo, ganhou também a internet, dando coro a um dos maiores e mais ignorados problemas da nossa sociedade, que segue perpetuando e repetindo discursos falidos, com a ideia de que o racismo aqui é coisa do passado, não existe.

Com direção de Katia Lund e João Wainer, o novo clipe de Emicida é centrado numa casa em que os empregados, em sua maioria negros, são vítimas de discriminação e violência por sua raça e até mesmo sexo, mas cansados dessa injustiça, decidem pagar a agressão com a mesma moeda, começando uma verdadeira rebelião. Todo o vídeo pode ser facilmente captado por um dos versos do rapper, em que ele avisa, “cês diz que nosso pau é grande, espera até ver nosso ódio”. Eita.

A produção está de encher os olhos e se torna mais uma para aquela lista que usamos para justificar nossos pontos de vista quando fãs de artistas nacionais aparecem dizendo que os clipes de fulana X ou Y não podem ser comparados com os americanos porque o padrão de qualidade daqui é inferior. Estamos super equiparados com as produções de lá e, aos interessados, essa qualidade sobrevive por aqui pelo underground mesmo, então a gente faz um esforço pra ajudar a disseminá-la e, desta forma, incentivar cada vez mais artistas brasileiros a investirem o máximo que puderem em seus trabalhos, com a certeza de que terão seus esforços reconhecidos.

Confira o clipe novo do rapper:

Ouçam "Hoje Cedo", excelente (e cheia de críticas sociais) parceria do Emicida com a Pitty!


Sabe quando somos pegos de surpresa por uma parceria um tanto quanto inusitada e logo na primeira audição já ficamos encantados? Então, isso aconteceu em "Hoje Cedo", ótima parceria entre o rapper Emicida e a rockeira Pitty lançada hoje, que pertence ao novo álbum do rapper, que ainda não tem nome, nem data oficial, mas que chegará às lojas em agosto. E vale lembrar, que essa nem é a primeira parceria inusitada dele, que já havia contribuído em 2010 na faixa "Só Rezo" do NX Zero.

De forma intensa e muito bonita liricamente, os dois fazem uma crítica social muito bem colocada. Começando com uma quase lamentação de Pitty, sua doce voz ao piano e de forma melodicamente calma, até a faixa entrar num clima pesado, mas que a deixa linda, indo para a parte onde Emicida é rei aqui no Brasil: trazer para suas rimas e seu tom de voz bem forte e enérgico, seus versos sempre polêmicos (mas muito bem colocados) sobre as injustiças, problemas sociais, a falsidade do show business, políticos, religião e demais mazelas sociais, isso sem ser politicamente correto. A faixa ainda conta com várias referências, como à saudosa Amy Winehouse.


A cantora se mostrou muito animada nas suas redes sociais a respeito da canção e explicou pelo Twitter, os motivos que fizeram com que ela topasse emprestar seus vocais à faixa:
Nós te entendemos perfeitamente, Pitty.
"Showbiz, como a regra diz, leke: a sociedade vende Jesus, por que não ia vender Rap? O mundo vai se ocupar com seu cifrão, dizendo que a miséria é quem carecia de atenção... Hoje cedo, quando eu acordei... (eu olhei) não te vi. Eu pensei em tanta coisa, ah... tive medo, ah, como eu chorei. Eu sofri em segredo. Tudo isso, hoje cedo." 
Que parceria maravilhosa, meldels! Pfvr, queremos isso fazendo muito sucesso e pra ontem!

Gaby Amarantos, Criolo, Emicida e muito mais de graça em São Paulo, é a invasão Pink!


No próximo domingo, dia 21 de outubro às 14 horas, vai ocorrer a invasão rosa em São Paulo. O evento já conta com participações confirmadas de diversos artistas como Gaby Amarantos, Criolo, Emicida, Karina Buhr e muitos outros nomes! A ideia do evento é fazer uma espécie de festival/ocupação urbana na Praça Roosevelt em São Paulo.

Para os que não sabem, o evento se iniciou no começo do mês de outubro, nas vésperas da eleição, como uma manifestação do setor artístico contra os candidatos a prefeito da cidade de São Paulo, especialmente Celso Russomano  Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Enfim, a ideia cresceu, ganhou adesão de artistas de peso (Gaby <3) e agora vai ganhar uma versão maior ainda.

Na própria página do evento está escrito que ele é apartidário, mas essencialmente político, e que a presença mais importante é a das pessoas que tenha uma ideia interessante de como ocupar o espaço, sem uma organização central. Também é importante estar vestido de rosa, então vamos tirar a Barbie do armário, galera!

Dá uma conferida no cartaz de divulgação:


VMB 2012 será do hip-hop, mas também tem Bonde do Rolê, Karina Buhr e Agridoce!

Assim como o Video Music Awards 2012, a produção do VMB 2012 já começou a revelar os artistas que farão música ao vivo durante a premiação e pelo jeito, o evento não deverá seguir uma linha muito diferente do ano passado. De acordo com a MTV Brasil, a lista de performances do VMB 2012 conta com nomes como Emicida, que liderou as indicações do ano passado, Marcelo D2, que deverá apresentar duas canções inéditas de seu novo álbum, Racionais Mc's, o novato Projota e outros como o Cone Crew.

Mas quem não é fã de hip-hop não ficará na mão! Além dos nomes citados, nossos queridos do Bonde do Rolê, que lançaram neste ano o delicioso "Kilo", a cantora Karina Buhr e Pitty e Martin, com o projeto Agridoce, também passarão pelo palco a premiação. É esperado que outros nomes como Nação Zumbi e os líderes de indicações deste ano, Vanguart, também tenham suas participações anunciadas.

O Video Music Brasil 2012 acontecerá no dia 20 de setembro, em São Paulo, e será transmitido ao vivo pela MTV Brasil, que é a emissora responsável pela produção do evento.

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