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Após aparecer em trilha de filme da Netflix, "Truth Hurts", música de 2017 da Lizzo, cresce no Spotify

Olha só como as coisas são! Lizzo lançou no mês passado seu terceiro disco, "Cuz I Love You", o primeiro sob o selo de uma grande gravadora e que está cheio de hits em potencial. Mas parece que o primeiro grande sucesso da artista, que ainda está no processo de sair da cena alternativa para se tornar uma estrela do mainstream, não será nenhuma música desse álbum.

É que a faixa "Truth Hurts", lançada pela cantora lá em 2017 (!), acabou fazendo parte de uma cena muito divertida da comédia romântica "Someone Great", disponível na Netflix. E é claro que foi só o filme terminar pra galera correr pro Spotify pra descobrir que música é essa e quem canta.


Como resultado, a canção já está no Top 10 do Spotify norte-americano, estando nessa terça-feira (07) na oitava posição, enquanto no chart mundial da plataforma se encontra em 33º e subindo. Quando é pra ser, simplesmente acontece (mesmo que seja com 2 anos de atraso).

Além de correr para o Spotify, as pessoas também foram ao YouTube assistir ao clipe da música e, claro, lotar a parte dos comentários com frases como "um salve pra Netflix por lançar 'Someone Great' e permitir que eu descobrisse uma ótima música" e "quem mais está irritado por só ter descoberto essa música agora com 'Someone Great'?". Antes tarde do que nunca, né, galera?



Nada boba e aproveitando que estamos na era dos streamings, Lizzo correu pra lançar uma versão deluxe do "Cuz I Love You", com "Truth Hurts" de faixa bônus, além de outras músicas queridas pelos fãs, como "Boys" e "Water Me".

Então bora dar stream em "Truth Hearts" e no "Cuz I Love You" todinho pra garantir os hits?

"Homecoming", o documentário sobre show da Beyoncé no Coachella é tudo o que nós precisamos

Na última semana, surgiu o rumor de que Beyoncé iria ganhar um documentário na Netflix para chamar de seu. Não demorou muito para que o próprio serviço anunciasse o tal documentário, mas sem dizer sobre o que ou quem era. Daí surge um prato cheio para a criação de teorias pelos fãs que apontasse para a intérprete de "Freedom" - cor e fonte usadas lembravam o #BeyChella, além dançarina da cantora postando o anúncio da Netflix.

Nesta manhã, eis que surge na rede mundial de computadores o trailer do documentário, e não é que é sobre a Beyoncé no Coachella em 2018 mesmo? 



Ainda não há mais informações quanto ao documentário, porém é bom especular que foi a própria Beyoncé que comandou tudo, né? Ninguém bota um "a film by" se não está totalmente envolvido no projeto. De qualquer forma, a gente vai poder ver como foi toda a produção por trás de um dos maiores shows da cantora e com certeza um dos mais históricos para o festival também.

"Homecoming" estreia na plataforma no dia 17 de abril.

1º de abril da Netflix tem “Noah Centineo” anunciando a chegada de Harry Potter e Rebelde

Harry Potter? Rebelde? Mais La Casa de Papel?

A Netflix aproveitou o 1º de abril, popularmente conhecido como o Dia da Mentira, para fazer aquele anúncio que todos imploram para a plataforma diariamente. E o melhor? Com a participação do crush universal Noah Centineo, só que…

Vai, veja você mesmo:


Hahaha, poxa, Netflix!

A brincadeira, como deu pra perceber, trouxe alguns dos títulos que o público mais pede pra que sejam incluídos no catálogo da plataforma que, entre outras coisas, depende de acordos com as produtoras originais sobre direitos autorais e repasses financeiros.

No fim, o vídeo aproveita o alarde pra promover o filme “Date Perfeito” e, esse sim, pode ser assistido na plataforma.

“Ponyboy”, da SOPHIE, toca em nova temporada da série “The OA”, da Netflix

Até a Netflix tá metida com PC Music.

Já está disponível a parte dois de “The OA”, uma das séries mais hypadas atualmente na plataforma, e quem começou a maratona, provavelmente foi surpreendido por sua trilha sonora que, em um dos novos episódios, conta com nada menos que “Ponyboy”, da cantora londrina SOPHIE.

> Festa ‘wave’, no centro de São Paulo, toca PC Music, trap e funk 150

Olha só:



Presente no disco indicado ao Grammy, “Oil of Every Pearl’s Un-Insides”, a faixa foi uma das últimas músicas de trabalho da artista londrina, que tem se tornado um dos nomes mais expressivos do subgênero de música pop e eletrônica ‘PC Music’ — não sabe o que é? Te contamos aqui. Tendo colaborado, inclusive, com nomes do pop mainstream como Rihanna e Lady Gaga.

Pra quem gosta de SOPHIE, a cantora e produtora também aparece na nova mixtape do australiano Flume, “Hi This is Flume”, como participação da inédita “Voices” e também remixada na sua própria canção, “Is It Cold In The Water?”. Você pode ouvi-las abaixo:


O disco de estreia da cantora está disponível nas principais plataformas de streaming.

Porque você deveria estar assistindo "One Day at a Time", da Netflix

Estreando no catalogo da Netflix em 2017, "One Day at a Time" ganhou sua terceira temporada logo no início desse mês. A série é aclamadíssima pela crítica especializada e se fica de prova, as três temporadas têm o famigerado certificado Fresh no Rotten Tomatoes, com 97% a primeira e 100% as duas últimas. Aclamação.


Em "One Day" nós vivemos o dia a dia de Penélope (Justina Machado), Elena (Isabella Gomez), Lydia (Rita Moreno), Alex (Marcel Ruiz) e Schnider (Todd Grinnell), e não é surpresa a cada episódio o espectador se sentir cada vez mais como um membro da Família Alvarez. Ah!, a série não é original, e sim um reboot de versão nos anos 70.

Tá, mas por que você deveria estar assistindo essa série?

"One Day at a Time" se apoia em uma comédia extremamente inteligente e totalmente atual, aproveitando, inclusive, esse tom para construir seus personagens de forma única e abordar temas que são urgentes para todas as famílias. Fala-se de depressão, ansiedade, terceira idade, cultura LGBTQ+,  xenofobia, drogas e mais; tudo de forma sutil, mas escancarada quando necessária.


Apesar das inúmeras temáticas que a série aborda ao longo dos seus 39 episódios (até agora), cada temporada tem quase um tema-base. Na primeira, por exemplo, acompanhamos todo o processo de Elena revelar aos seus familiares que é lésbica. As reações são as mais variadas e a forma como a série aborda essas reações e todas as questões que as acercam é de bater palmas.

"One Day at a Time" é muito sensível e humana.


"One Day at a Time" é muito sensível e humana; e isso vale para todos os temas que a série resolve debater. Às vezes parece autoexplicativo demais para aqueles que já têm um certo conhecimento sobre, mas o efeito Nolan é necessário porque o público-alvo de "One Day" é justamente aqueles que não sabem a importância dessas pautas.

A série, aliás, também se apoia nesse pilar em vários momentos no roteiro. É comum pegarem algum personagem que é colocado no papel do espectador para ser contemplado pela "explicação". O segundo episódio da terceira temporada é um belo exemplo disso quando Elena explica ao Alex sobre masculinidade tóxica e assédio.

Mas a série não para só nesse aspecto "expositório". Ainda há espaço (e muito!), para uma comédia deliciosa. O tom cômico vai desde piadas bobinhas que se tornam recorrentes para determinados personagens, até para piadas muito bem sacadas para o contexto atual que vivemos. A piada sobre mansplaning com certeza já esbarrou por você no Facebook, inclusive.


Nada do que foi elogiado até aqui seria valido se o elenco não fosse capaz, né? O quinteto dá um verdadeiro show. É a soma de personagem bem escrito e ótima atuação que faz com o espectador se apaixone por cada um deles, por suas qualidades e por seus defeitos. Afinal, isso é uma família! Você a ama apesar de tudo.

Por conta dos personagens serem bem sólidos, cada um deles carregam suas questões, preceitos e valores. Penélope quer ser a melhor mãe possível para os seus filhos, tanto que ela fica chateada quando percebe que não consegue lidar muito bem, inicialmente, com o fato de sua filha ser lésbica. Elena por sua vez quer um mundo melhor, militando sempre que necessário - as melhores críticas e piadas vem dela, aliás. Lydia protege Alex com todas as suas forças e cobra até demais para que Penélope seja perfeita. Schnider bem... a função dele ali é ser branco, e o blogueiro que vos escreve não está brincando.

A personalidade de cada um não passa batido em nenhum episódio. Em alguns, aliás, se torna até mesmo um plot a ser enfrentado e resolvido para que esse personagem cresça. É lindo demais.

"One Day at a Time" é uma série sobre a vida e sobre como nós estamos em um constante processo de evolução.


Em resumo, "One Day at a Time" é uma série sobre a vida e sobre como nós estamos em um constante processo de evolução. É justamente por abordar questões rotineiras que é quase impossível não se pegar se identificando em algum momento com algumas situações. Agora liga a Netflix e começa a ver essa série maravilhosa. Você pode me agradecer depois.

Crítica: gourmetização de filme B, nada salva “Velvet Buzzsaw” do fracasso

Atenção: a crítica contém detalhes da trama.

Durante meu tempo de faculdade, um dos filmes que mais ovacionei dentro da Academia foi "O Abutre" (2014), que fala exatamente do meu curso, Comunicação e Jornalismo. A saga de um freelancer que vê sua humanidade indo para o lixo enquanto busca um furo bombástico fez um dos melhores filmes da década, e sempre que via a oportunidade, metia a discussão sobre o longa em sala de aula. Sou desses, divulgando e enaltecendo sempre que posso.

Então não havia como conter o entusiasmo após o anúncio de "Velvet Buzzsaw", novo filme de Dan Gilroy, diretor/roteirista de "O Abutre". Para melhorar, Jake Gyllenhaal e Rene Russo, protagonistas do longa anterior, voltam na nova empreitada, que soava incrível: uma ambiciosa agente, Josephina (Zawe Ashton), rouba pinturas de um artista recém falecido. Ao mostrar para o crítico Morf (Gyllenhaal) e a dona da galeria em que trabalha, Rhodora (Russo), os três logo percebem que estão diante de uma mina de ouro. Só que há algo de sobrenatural ao redor das pinturas, e quem as possuir vai logo se arrepender.

O trio de "O Abutre", terror e arte? Sim, senhor! Os elementos que garantiam a atenção sobre "Velvet Buzzsaw" eram abundantes, e corri para assistir quando saiu na Netflix, produtora do filme. Não demorou muito para perceber que o entusiasmo não seria recompensado. A película começa com uma grande sequência dentro de uma galeria, enquanto Morf passeia de obra a obra. A sequência é um amplo panorama de demonstração da elite artística: fria, cínica e arrogante.

O filme gira quase inteiramente ao redor de Morf, e não consigo deixar de achar que sua posição é estratégica, da mesma forma feita em "A Dama na Água" (2006). No filme de M. Night Shyamalan também há um personagem de um crítico - interpretado por ele mesmo - que funciona como blindagem do diretor contra o meio (que àquela altura já o considerava em declínio). O roteiro coloca Morf em posição de egocentrismo e discute seu papel diante da arte.


Após criticar negativamente uma exposição, o artista, num surto graças à crítica, sofre um acidente. A comunidade passa a culpar Morf pelo ocorrido, o primeiro passo do personagem rumo à loucura. Apesar de trazer um debate bastante interessante aqui - até onde a crítica da arte pode ser maléfica -, senti como se tal posição fosse uma resposta antecipada do texto contra as possíveis críticas que viria a receber - e nem estou sendo prepotente, afinal, todo e qualquer trabalho artístico está sujeito a críticas negativas, é inevitável.

Mas tudo bem, podemos seguir. Logo no primeiro ato, peguei-me quase "justificando" certas derrapagens da obra, numa ânsia de gostar do filme. Um efeito automático, tive que parar para poder analisar o que estava vendo, e a tela me mostrava afetações visuais aos baldes. Desde uma nuvem amedrontadora feita com pobre CGI pairando a cidade - um óbvio prelúdio de problemas - até as várias inconsistências do roteiro - há tramas que surgem e somem sem respaldo -, a maior gratuidade é o desfile de homens nus. Basicamente todos os personagens masculinos da fita vão tirar a roupa em algum momento do filme, mesmo quando não há real sentido para tal: Gyllenhal, que exibe seus músculos inúmeras vezes, analisa quadros descamisado - quando não aparece realmente nu.

Então entra o arco narrativo do terror. "Velvet Buzzsaw" é puramente sobrenatural, e se há uma vertente do horror saturada, é essa. Dificilmente encontramos longas que se esforcem a sair do feijão-com-arroz, o que faz sucessos como "Hereditário" (2018) ainda melhores. Não é o caso de "Velvet"; todos os aspectos do gênero dentro da obra são batidíssimos. Desde o momento que Josephina entra no apartamento do falecido Ventril Dease - achei curioso como seu sobrenome lembra "disease" e "decease", "doença" e "morte" em inglês -, tudo que é composto não se livra do clichê.


Romper a barreira do clichê é realmente laborioso, e conseguimos até darmos um desconto quanto a película usa o chavão de maneira minimamente competente. Só que "Velvet" vai muito além do clichê e cai no pastelão sem piedade. Logo na primeira morte - de um personagem que serve unicamente para ser morto -, é impossível não lembrar da franquia "Todo Mundo em Pânico" (2000-13) e suas mortes estapafúrdias. O cara - sim, sem camisa - desaparece quando macacos de um quadro o atacam. Essa é a "maldição" de quem põe as mãos em um quadro de Dease: tudo que for arte - pinturas, esculturas, tatuagens - vai tentar matá-lo.

Pausa para assimilarmos essa informação.

Como é de se esperar, depois de macacos feitos de tinta virarem assassinos, é ladeira abaixo. O mistério ao redor de "quem era Dease?" põe em cheque o quão sem criatividade é o trato dado à construção: é uma repetição de todo filme de terror do mundo em que o passado sombrio do vilão é a chave para entender o que está acontecendo. Só que, no caso de "Velvet", nem entendemos. Dease e seu pai abusivo, passagem por clínica psiquiatra e blá blá blá acrescentam em coisa nenhuma ao todo. Se o roteiro não pincelasse um mínimo contexto, poderia ser até melhor do que essa emulação preguiçosa.

Entre diálogos vergonhosos e personagens sem razão de existir - há uma garota que, literalmente, está no filme unicamente para encontrar os outros personagens mortos -, fica claro que havia um rumo concreto para a produção: a crítica do que chamamos de "arte". Afinal, o que é ela? Há especialmente duas cenas em que o filme sarcasticamente explora o quão volátil é esse conceito - quando um cara chega em um ateliê e fica impressionando com uma obra, para logo ser corrigido: era apenas lixo; e quando uma personagem morre e todos acham que o cadáver fazia parte da exposição. Logo surge à memória "The Square: A Arte da Discórdia" (2017), que tem como motor exatamente esse levantamento.


Só que comparar "Velvet" com "Square" é injusto. Absolutamente todos os porquês e comos dos dois filmes são diferentes, mesmo partilhando da mesma discussão. "The Square" possui alto requinte de produção, e não cede à perfumaria enquanto desce a lenha na mesma elite de "Velvet", aquela que vende uma bola metálica por sete milhões de dólares. A monetização da arte acaba diminuindo-a? O valor da etiqueta não seria um parâmetro errôneo de classificação da arte?

Muito me impressiona ver atores tão consagrados aceitando papéis que os fazem parecer medíocres. Essa é a segunda parceira de Jake Gyllenhaal com a Netflix, ambas desastrosas: a primeira foi com o terrível "Okja" (2017), talvez a pior atuação de sua carreira. Até Toni Collette, que merecia um Oscar pelo brilhantismo em "Hereditário", entrou aqui com uma peruca à la Sia. Netflix segue sendo um selo de maculação na carreira de bons atores.

Não exagero quando dou o rótulo de "péssimo" a "Velvet Buzzsaw" - a crítica à "alta arte", mesmo com toda a pertinência, é diluída em meio a tanta babaquice com nome de "sátira". No meio da duração, tive que dar uma pausa para ver na ficha técnica se a "comédia" era listada como gênero, afinal, não fica claro se a palhaçada é proposital ou não. Sim, é proposital, mas vir como um "Todo Mundo em Pânico" gourmet não salva a sessão desse não-assumido filme B. Longe de mim querer ser Morf Vandewalt, mas "Velvet" termina soando como uma das obras que o roteiro critica: no alto da indústria do cinema sem trazer um mísero minuto de inventividade.

Se você não gostou de “Black Mirror: Bandersnatch”, provavelmente não entendeu

Goste de “Black Mirror” ou não, você assistiu e comentou sobre pelo menos uma de suas temporadas por alguma rede social nos últimos anos. Uma das produções mais hypadas da Netflix, a série nunca termina quando seu episódio chega ao fim e, em sua mais recente cartada, o filme interativo “Bandersnatch”, não foi diferente.

A proposta do longa não é das mais novas: como no clássico global dos anos 90, “Você decide”, a trama desenrola conforme nossas escolhas. Ou, por assim dizer, conforme as escolhas que a plataforma espera – e muitas vezes, induz – que façamos.

Assim como as temporadas anteriores, “Bandersnatch” utiliza da tecnologia para tecer uma crítica que ultrapassa limites de tempo, espaço e universos. Logo, apesar da história se passar em 1984 (o ano que deu nome ao romance de George Orwell, do qual nasceu o “Big Brother” e a expressão “o grande irmão está te assistindo”, que falava sobre o controle e manipulação de um governo autoritário sob uma sociedade diariamente vigiada), passado, presente e futuro se confundem com a linha do tempo narrada. E, quando menos esperamos, nós e a própria Netflix nos tornamos partes da história e de qualquer coisa que possa vir a dar errado dentro dela. 


Desta forma, confundindo – ou mesclando, como você preferir – o lado de cá e de lá da tela, “Bandersnatch” acompanha a trajetória de Stefan: um jovem programador que fica obcecado por um livro de aventuras interativas que leva o mesmo nome do filme e, numa maneira de modernizar a iniciativa, transforma-o num jogo em que os usuários podem opinar nos rumos da história. Assim como o filme, assim como a atração da Globo dos anos 90.

Com o desenrolar da trama, entretanto, a personalidade e estado mental do jovem se aproximam do autor do livro fictício “Bandersnatch”, Jerome F. Davis, que, na história, teria sofrido um colapso durante a criação do livro e assassinado a sua esposa, qual acreditava ser uma agente secreta do governo americano colocada em sua casa pra vigiá-lo. E, neste cenário de confusões, o próprio Stefan passa a surtar e refletir essa bagunça mental em seu jogo.

O que fica perceptível logo de cara é que “Bandersnatch” não é tão guiado pelo espectador quanto alguns esperavam. Suas escolhas ramificam as narrativas que te levarão aos vários finais alternativos da história, mas, tão logo você segue um caminho não previsto ou almejado pela Netflix, a história retorna para algum ponto crucial, até que você repense suas escolhas e faça a escolha deles. E ao contrário do que motivou tantas críticas, é exatamente aqui que eles acertam. “Bandersnatch” não é sobre estar no controle, mas, sim, ser controlado.

Todos os universos e histórias exploradas por “Black Mirror” sempre tiveram como ponto central alguma crítica à tecnologia ou a maneira como a sociedade lida com ela atualmente e, na realidade de “Bandersnatch”, assumimos tanto o papel de vítima – somos forçados a fazer escolhas que não concordamos, mas que precisamos fazer para sairmos de seu labirinto –  quanto de vilões – nossas escolhas, em certos pontos, passam a fazer mal ao personagem central. É praticamente impossível passar pelo filme sem tirar a vida de pelo menos uma pessoa. Nos satisfazendo com a menor das aberturas de estarmos controlando algo, enquanto apenas somos guiados dentro de seus roteiros. Algo familiar para uma realidade habituada ao “on-demand” (inglês para “sob demanda”), mas com acesso limitado ao que definem os algoritmos, presentes na Netflix, Spotify, Youtube, Facebook e até mesmo suas pesquisas do Google.


O falso controle aos espectadores não deveria ser visto com surpresa. Em seu trailer, “Bandersnatch” enfatiza a fala de uma senhora, numa propaganda de tevê, que avisa: “você não está no controle.” Já no longa, um dos personagens mais esclarecidos sobre o universo explorado, o programador de jogos Colin Ritman, protagoniza um monólogo maravilhoso num momento de mútua alucinação e lucidez, causado por uma droga que ele diz usar para “sair do buraco” – estado utilizado pelo filme para descrever os momentos em que você se vê preso no labirinto, sem saber quais escolhas fazer.

Longe de não ter falhas, a proposta do filme pode ficar cansativa para quem se recusar a seguir as escolhas da plataforma e, num momento que transborda vergonha alheia, se utiliza de metalinguagem descartável para criar um alívio cômico que acaba meio solto para o tom da trama. Mas, num geral, e, principalmente, sendo um dos primeiros passos da plataforma neste segmento, é um produto que entrega o que propõe. E que, sendo em “Black Mirror”, te obriga a consumir e falar sobre isso.

Que outra produção da casa seria capaz de te fazer ligar a TV – o filme não é compatível com diversos modelos de smartphones – e usar o controle remoto, apenas para te dizer que você é quem está sendo controlado?

Em seu formato convencional, a quinta temporada de “Black Mirror” estreará ainda neste ano. Segundo seus criadores, suas novas histórias continuarão girando em torno da tecnologia e seus efeitos sob a sociedade, mas deverão contar também com histórias felizes, não se limitando ao tom distópico que ditou a série até aqui.

Crítica: “Black Mirror: Bandersnatch” é um videogame que vende uma interatividade vazia

Mais um fim do ano, mais "Black Mirror" na Netflix - e, não é de se estranhar -, mais debates sobre o mesmo assunto pelas redes sociais. Dessa vez, ao invés de uma temporada e seus episódios, a franquia (já podemos chamar assim?) lançou um filme, "Bandersnatch". O diferencial da vez foi o formato do longa: ele é um filme interativo, ou seja, o público recebe opções de escolhas para conduzir a história. Parece legal, não?

Sim, parece. No filme, Stefan (Fionn Whitehead, de "Dunkirk") é um programador que está adaptando o livro "Bandersnatch" em 1984 (o ano é sugestivo). A questão é que o autor do livro surtou ao escrevê-lo e assassinou a esposa, virando um ícone de insanidade sofrida devido à sua obra, e o mesmo efeito começa a abater Stefan e seu jogo. Durante a passagem da obra, ela pergunta ao espectador diversas coisas (se seu dispositivo tiver a opção de interatividade, caso contrário, um filme "convencional" será exibido), desde o que o protagonista vai comer até se ele aceita ou não um emprego, mudando os rumos do mesmo.


A tecnologia é interessante, mas os filmes interativos já existem há décadas: o primeiro deles foi o tcheco "Kinoautomat" (1967); em determinados momentos, um apresentador surgia na sala de cinema e fazia uma votação com a plateia para decidir qual o próximo passo do enredo. Óbvio que a tecnologia que separa "Kinoautomat" e "Bandersnatch" é grande, mas a premissa é a mesma.

Muito já se discutiu sobre a natureza do filme interativo: seria um avanço na linguagem cinematográfica ou outra forma de arte? O consenso nunca foi atingido, porém, para mim, "Bandersnatch" não é cinema, e sim um videogame. O próprio formato é conhecido como "movie game", mas não dá para configurar como uma mistura dos dois. Um jogo é, assim como um filme, uma narrativa que conta determinada história, seja ela complexa ou não; até um "Pac-Man" está contando alguma coisa. O que difere essas artes: a questão do controle de trama.


Se você pode controlar a história, é um videogame, não cinema. Um dos argumentos que diz que um "Bandersnatch" está na Sétima Arte é o fato de ser feito com pessoas reais, não gráficos, o que não sustenta a afirmativa. Então um longa-metragem em animação com interação não é mais um filme - por não ser um live action

Não me leve a mal, não estou diminuindo "Bandersnatch" ao não chamá-lo de cinema, não há arte superior a outra, e videogames - que sim, é uma arte - tem seu valor como qualquer uma. O meu ponto é, além de levantar essa discussão, deixar claro o quão difícil foi analisar o projeto - sou crítico de cinema, não de games. Pensei muito em nem escrever essa crítica, contudo, decidi fazê-la pela produção se autodenominar cinema e para explorar seus aspectos narrativos. Na verdade, a Netflix vende "Bandersnatch" muito mais como filme, e sim como um "evento".

É importante também deixar claro que analisar o roteiro da obra é mais complexo ainda por ter vários roteiros dentro dela, afinal, as escolhas levam a história para caminhos diferentes. Minha análise corresponde ao caminho que "Bandersnatch" me apresentou - me perdoem os que possuem tempo, mas não vou voltar milhares de vezes a trama com o intuito de ver todos os finais.


Note, eu falei que o caminho me foi "apresentado", e não que eu "escolhi" tal caminho. Isso contradiz a ideia do livre-arbítrio que o projeto vende? Sim, porque esse livre-arbítrio não existe. Esse novo "Black Mirror" é uma mentira, já que possui um roteiro central fincado, e várias vezes me forçou a escolher a opção que eles queriam ao finalizar o enredo com a opção que eu apertei - a escolha de Stefan falar sobre a mãe apareceu milhares de vezes em loop infinito, e diversas vezes caí em becos sem saída.

Para resumir, não há escolha quando você é forçado a escolher - na cena com a psicóloga, o próprio projeto reforça que eu vou para um lado que ele não quer, perguntando se eu tenho certeza da opção. Se a história, com 10 minutos de duração, apresenta caminhos que terminam a exibição rapidamente, qual o sentido? Colocar à força a plateia em outro trajeto é aniquilar a própria premissa. E nem como videogame dá para salvar "Bandersnatch": rapidamente fica chata a interatividade, afinal, a produção empurra você para o caminho que ela quer.

Quando pensamos em "Black Mirror", sua "marca" ou "identidade", o que deduzimos? A série é uma franquia que visa criticar o impacto da tecnologia sobre nossas vidas, em diversos graus, desde a tecnologia atual até desenvolvimentos mais longínquos. Contudo, o cerne da série não existe em "Bandersnatch": ele critica nada de tecnologia.


Não é como em "Playtest" da terceira temporada - que também foca em um jogo -, e o único aspecto tecnológico da trama é a construção do videogame de Stefan. Todo o estudo da sociedade e sua relação com a tecnologia não existe na obra, que dialoga muito mais com a questão de universos múltiplos e realidades paralelas. O que dá para encaixar no formato da série é uma crítica não-diegética, no fato de que nós estamos nos relacionando com a tecnologia por meio das escolhas de interatividade, mas nem isso é o suficiente para integrar "Brandersnatch" na marca.

Esse viés, pelo menos, retira o que há de melhor: quando o enredo conversa, explicitamente ou não, com quem está do lado de cá da tela. Stefan começa a afirmar que sente como se não possuísse controle de seus atos, como se uma força maior estivesse tomando decisões para ele. Inteligentemente charmoso, o roteiro aqui carrega empatia e empurra a ideia ao máximo, quando Stefan começa a conversar conosco de forma direta, perguntando o que deve fazer e, às vezes, até comentando a nossa decisão. É uma quebra da quarta parede espirituosa.

Com uma parte técnica sensacional - a fotografia, mixagem de som e trilha sonora são incríveis -, "Bandersnatch" não é um bom trabalho como cinema (afinal, nem cinema é) e tampouco como videogame. Tudo o que a trama tem de mais forte - os diálogos sobre Teoria do Caos e a relação de cada escolha impactando nossos destinos - é manchado por furos no roteiro e uma interatividade que se vende como absoluta, mas é limitada e limitadora de qualquer paciência - ter que voltar repetidas vezes para entrarmos na linha que o projeto quer é chatíssimo. Não há o anunciado livre-arbítrio e não há a crítica do relacionamento humano/tecnologia da marca "Black Mirror", então, o que sobra de "Bandersnatch"?

Crítica: eleito melhor filme do ano, “Roma” é pequeno e particular demais para tal título

Indicado a 10 Oscars:

- Melhor Filme
- Melhor Direção
- Melhor Atriz (Yalitza Aparicio)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Marina de Tavira)
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Filme Estrangeiro
- Melhor Design de Produção
- Melhor Fotografia
- Melhor Edição de Som
- Melhor Mixagem de Som
* Crítica editada após as indicações ao 91º Oscar

Atenção: a crítica contém spoilers.

Ah, a aclamação universal... A "comprovação incontestável" da qualidade de uma obra. Tanto um parâmetro como uma ilusão, o consenso sobre a qualidade de um filme diz tudo e nada ao mesmo tempo, afinal, o gosto da maioria nem sempre pode estar certo - nosso novo presidente está aí para comprovar. O que quero dizer com esse discurso? Nada além do óbvio: sua subjetividade está acima de qualquer consenso.

E se há algo com que já me acostumei na minha trajetória enquanto crítico de cinema é nadar contra a maré; vários dos eleitos "melhores filmes do ano" são, para mim, nada de mais: "Boyhood: Da Infância à Juventude" em 2014, "Mad Max: Estrada da Fúria" em 2015, "Dunkirk" em 2017 e "Roma", em 2018, são exemplos. Já virou uma piada interna entre alguns amigos, como se eu quisesse ser o "diferente", o que não é verdade. Eu queria bastante estar em concordância com tais aclamações, meu trabalho seria mais fácil.

Mas não, e o que você e eu podemos fazer, não é mesmo? Já antecipei o final do presente texto, mas, indo na ordem correta, essa é a história de "Roma": Cleo (Yalitza Aparicio), uma empregada doméstica, vive na casa da família de classe média em que trabalha. Durante um ano, vários acontecimentos com todos da casa vão mudar os rumos daquela família. "Roma" é um trabalho semi-biográfico sobre a infância de Alfonso Cuarón no México da década de 70, e, de longe, o filme mais pessoal do diretor, ganhador do Oscar por "Gravidade" (2013).


Foi curioso ver como a Netflix colocou as mãos no filme tão rapidamente - não é um longa que pareça ter a cara da plataforma. Enquanto leva a fita a um número enorme de pessoas, a distribuição é um dos principais fatores que pode tirar o Oscar de "Roma": a Netflix ainda não conseguiu quebrar a barreira da Academia, que não vê com bons olhos a Sétima Arte indo para a tela do computador. É uma faca de dois gumes: é melhor ter um careca dourado na estante ou ver seu filme indo parar no maior número possível de lugares (tendo em vista que um nome como "Roma" não possui apelo comercial para lutar contra blockbusters nas salas de cinema)?

Desde a estreia no Festival de Veneza, saindo vencedor do prêmio máximo, o Leão de Ouro, as honrarias do longa têm se amontoado por onde passa, sendo escolhido para representar o México no Oscar de "Melhor Filme Estrangeiro" - e já chegando como favorito da categoria. O primeiro aspecto de "Roma" a chamar a atenção é sua fotografia em preto e branco. Cuarón, que além de dirigir roteirizou, co-produziu, co-editou e fotografou a película, decide abrir mão das cores para gerar o aspecto de memória sobre o filme, uma homenagem à mulher que o criou.


Não dá para negar: a fotografia de "Roma" é estonteante. Filmando os ambientes de maneira aberta, os planos-sequências giratórios da obra são belíssimos, seguindo Cleo como se a protagonista possuísse um magnetismo irresistível para a câmera, que a persegue incansavelmente. Tímida e retraída, ela sofre um baque ao engravidar do primeiro namorado, que a abandona imediatamente em uma cena icônica: Cleo conta da gravidez dentro do cinema, e, quando o namorado pede para ir ao banheiro, a plateia já sabe que ele não voltará. A plateia do lado de lá, imersa no filme que passa, não vê a certeza crescente da mulher de que foi abandonada.

Cleo tem o apoio de Sofia (Marina de Tavira), a dona de casa, que marca as consultas para garantir a saúde do bebê. Só que a relação da empregada e a empregadora é mais complexa, com Sofia descontando a raiva do casamento fadado à ruína sobre Cleo, que aceita tudo de boca fechada. Quando estamos no seio doméstico, é impossível não lembrar do nacional "Que Horas Ela Volta?" (2015). Ambos possuem algumas tramas iguais: a simples doméstica que se sujeita aos desmandos da patroa e nutre um amor maternal pelos filhos que não são delas. Só que é latente a maneira que "Roma" não chega aonde "Que Horas Ela Volta?" chega.

"Roma" vai ao quartinho dos fundos das empregadas, que devem apagar as luzes cedo para não gastar energia, e mostra a mesa de jantar minúscula na cozinha, para que empregados e patrões não se sentem no mesmo ambiente. Tudo o que "Que Horas Ela Volta?" também faz. No entanto, as críticas à hierarquia são iguais à fotografia: giram, giram, giram e não saem do lugar. Ao fim da sessão, não fica claro o que a fita quer falar sobre a vida de Cleo, as mazelas da servidão e status sociais. Não há uma "moral" para todo o discurso, o que o torna vazio. Quando os créditos subiram, não conseguia definir o que a obra quis me transmitir, como se tivesse passado mais de 2h ouvindo nada.


É preocupante, consequente a tudo isso, perceber um ar de romantização sobre Cleo. A mulher é completamente adestrada, engolindo sapos de uma chefe que, convenhamos, não está realmente preocupada com a empregada quando sua maior dor de cabeça é o homem que nunca está em casa. O arco narrativo sobre Cleo, que termina exatamente no mesmo local que começou, é problemático: soa como se ela devesse amar aquela condição, e ela está sempre com um sorriso no rosto. Então, a protagonista é uma heroína por abraçar a pobreza a que foi predestinada? Por ser uma "guerreira" e aguentar?

Enquanto Cleo carrega o coração - e o interesse - de "Roma", a família para qual trabalha é notoriamente desinteressante. Quando o foco narrativo sai das mãos da empregada, o filme cai vertiginosamente - a trama do marido infiel é insossa e tem influência branda demais para tamanho desenvolvimento. Uma hora o marido desaparece, para reaparecer por menos de um minuto e sumir novamente. Não há uma coesão para diversos acontecimentos, soando soltos.

Se o começo e o fim são melhores desenvolvidos, o meio da obra é uma sucessão de momentos inúteis. Há um bloco de sequência em particular que é literalmente perda de tempo: quando a família e a Cleo viajam e acontece o incêndio. Enquadramentos à parte, se a viagem não tivesse acontecido o filme mudaria em nada, e é essa a impressão que "Roma" transmite: imagens grandiosas que escondem o quão pouco é entregue pelo roteiro.


Há duas cenas em que os níveis emocionais vão às alturas: o parto e o momento na praia, que gerou o pôster irretocável do filme. Sobre o parto, o filme assumidamente entrega o desfecho inúmeras cenas antes, com metáforas visuais que são prelúdios da morte do bebê de Cleo, como o terremoto no hospital, que causa a morte de um recém-nascido. Todavia, nem a previsibilidade retira a dor do momento, com Yalitza Aparicio entregando uma atuação humanamente poderosa, compatível com sua personagem, que enfrenta o medo do mar para salvar a vida das crianças. Ela podia perder mais nenhum de seus filhos, mesmo aqueles não saindo de dentro da sua barriga. O rótulo de "heroína" cabe aqui, mas só aqui - e é gritante a rápida mudança entre "Cleo salvou a minha vida" para "Cleo, me faz uma vitamina".

Com duas cenas possuindo destaque dentro de 135min de filme, percebemos que não há material o suficiente para tornar "Roma" um filme verdadeiramente bom. Enquanto divagava sobre o que não me fez amar o filme, lembrei de "Lady Bird" (2017), que, assim como "Roma", também é um filme feito a partir das memórias de sua diretora, Greta Gerwig. O que faz de "Lady Bird" um sucesso é sua universalidade: você não precisa estar na pele de seus personagens para ser arrebatado pelo carisma do filme, algo que não acontece com "Roma". Mesmo com universalidades pontuais, a obra de Cuarón sofre de um efeito decisivo: é muito particular.

Não dá para questionar o talento de Alfonso Cuarón enquanto diretor, e é uma grata surpresa ver o quão exímio cinematógrafo ele é, porém, "Roma" é mais embalagem do que conteúdo. Nem todo o coração de Cleo consegue compensar os personagens sem apelo e as situações desconexas, o que coloca em questionamento até onde o nome de Cuarón pesa para a recepção do filme. A falta de pretensão da obra gera uma simplicidade fatalista que coloca essa memória filmada num patamar aquém de sua celebração, já que é pequeno e particular demais para ser memorável.

Tudo o que nós sabemos sobre a CCXP 2018

Na próxima quarta-feira, a São Paulo Expo dá espaço ao maior evento dedicado à cultura pop do mundo, ao menos em número de público. Neste ano, a CCXP completa seus cinco anos e esta edição pra lá de comemorativa está trazendo um montão de coisa legal, sejam painéis, atores, diretores e até mesmo estandes. 

Faltando uma semaninha para a feira, reunimos aqui os principais atrativos do evento para vocês não dizerem depois que nós não avisamos, viu? Lembrando que ainda dá para adquirir os ingressos online para alguns dias — durante o evento, somente na hora e local, provavelmente por um preço menos convidativo.


A programação completa da CCXP 2018 você confere aqui.


Brie Larson e Sebastian Stan

Queremos só os marvetes online porque Brie Larson e Sebastian Stan chegam a CCXP para representar a Marvel Studios. A atriz de "O Quarto de Jack" vem para falar sobre "Capitã Marvel", previsto para março, enquanto Sebastian Stan vem em formato de pó após os eventos de "Vingadores: Guerra Infinita". Os atores participam do painel da Marvel no dia 08.


Meus X-Men tão vivo!

Sinceramente? Só de saber que Jessica Chastain e Sophie Turner desembarcam no Brasil para promover aquele que foi dado como morto antes da hora já é motivo suficiente para conferir o que a Fox anda aprontando com nossos mutantes. Vai ter "Fênix Negra", sim! Nosso corpo nunca esteve tão preparado.


Michael B. Jordan e "Creed II"

"Creed II" marca presença com uma sessão exclusiva e traz consigo Michael fucking B. Jordan para um bate-papo bem legal com os fãs. Tudo está previsto para acontecer no domingo (09). Florian Munteanu, o Viktor Drago, também estará por aqui. Corre para re-assistir o primeiro "Creed" e pega suas luvas de boxe para o segundo round porque vai ser foda demais.


Ooooh, Netflix

A Netflix sempre tem uma presença fudida na CCXP. É conteúdo legal para tudo quanto é lado e neste ano não poderia ser diferente. Entre os principais atrativos, o serviço de streaming traz o trio sinistro Caleb McLaughlin, Noah Schnapp e Sadie Sink para representar "Stranger Things"; Sandra Bullock (♥) e Trevante Rhodes vem pra cá falar um pouquinho do suspense "Bird Box"; e Andy Serkis, que dirigiu "Mogli - Entre dois Mundos", vem conversar com os fãs sobre o filme.


Sessão exclusiva de "Aquaman"

No primeiro ano da CCXP, lá em 2014, Jason Momoa esteve presente e nunca poderemos esquecer dele andando pela feira livremente como se fosse um mero mortal. Cinco anos depois, ele volta, mas em forma de filme já que "Aquaman" terá uma sessão exclusiva, quase uma premiere, na sexta-feira (07) às 18h. Tem coisa melhor do que ver um dos principais filmes do ano antes de todo mundo?


Shazam, carai!

Zachary Levi, nosso eterno Chuck e primeiro Shazam do cinema, vai dar uma passadinha na feira nos dias 07 e 08. O cristalzinho vem, é claro, para conversar um pouquinho sobre "Shazam!", e é bem provável que algum conteúdo mega exclusivo do filme seja revelado durante sua passagem por aqui. É Shazam, carai!

E muito mais!

Não só de estrelas vive uma CCXP, né, gente? Durante os quatro dias (e meio para os afortunados), haverão estandes espalhadas por tooooda a feira, com ativações divertidíssimas, quadrinhos por todos os lados e um montão de action figures exclusivos fodas para deixar você de queixo caído.

×××××

Assim como nos últimos anos, o It Pop marca presença na CCXP, em seu quarto ano de cinco da feira — já podemos pedir música no "Fantástico"? Estaremos fazendo cobertura em tempo real através do Twitter e Instagram, assim como publicaremos conteúdos diários aqui no blog. Se preparem porque nossa cobertura vai ser cremosíssima! ♥

Com Cate Blanchett e Benedict Cumberbatch, "Mogli – Entre Dois Mundos" ganha trailer empolgante

"Mogli - Entre Dois Mundos" nasceu ofuscado, precisamos ser sinceros. O longa-metragem de Andy Serkis surgiu em meio à ascensão de "Mogli - O Menino Lobo", o remake feito pela própria Disney, e por conta disso entrou em um limbo de dois anos e, finalmente, poderá ver a luz do dia graças a Netflix — que está amiguíssima do Andy Serkis, fazendo até adaptação de "A Revolução dos Bichos" com ele.

Um novo trailer para a produção foi divulgado ontem e está bem empolgante, viu? É perceptível o quão distante esta adaptação é daquela feita pela Disney dois anos atrás; "Entre Dois Mundos" tem bastante personalidade e isso é bastante positivo! Vem ver o trailer que está lindão.



Dirigido por Andy Serkis, "Mogli – Entre Dois Mundos" traz um elenco bem estrelado, com nomes como Cate Blanchett, Benedict Cumberbatch e Christian Bale. A produção que chega ao serviço de streaming em 7 de dezembro não passou pelas mãos da Netflix, sendo somente distribuída por ela.

Bem Sailor Moon + k-pop, Pabllo Vittar tá arrasando no clipe de “Highlight”, para a série “Super Drags”

Agora a Pabllo Vittar foi longe demais! Faltando menos de uma semana para a estreia de “Super Drags”, a nova animação da Netflix, que contará a história de drag queens heroínas prontíssimas pra salvar o mundo, a brasileira revelou o clipe da música inédita “Highlight”, que será o tema de abertura da série.

No clipe, Vittar começa na pele da personagem que ganhou a sua voz na animação: a maravilhosa Goldiva. E depois, no maior estilo Sailor Moon, se desfaz dos traços animados para se transformar na cantora que a gente já conhece muito bem.

Apesar do nome em inglês, “Highlight” é toooda em português e grita pra ser mais um hit de Pabllo, aqui caindo num batidão eletrônico, com direito a umas rimas no meio e tudo mais. Mesclando diferentes sonoridades, o arranjo todo frenético e eletrônico pega muito emprestado do k-pop (ou pop coreano), assim como a drag também fez em seu novo disco, “Não Para Não”.

Olha só:


Que maravilhosa, gente!

“Super Drags” estreia na Netflix nesta sexta, dia 9 de novembro, e foi classificada como recomendada para maiores de 16 anos, tá? A gente só tá reforçando, porque a plataforma precisou bater muito nesta tecla desde que alguns pais ficaram beeeem preocupados em terem seus filhos assistindo à animação. Imagina que louco ver as crianças tudo crescendo sabendo respeitar o próximo e admirando essas drags lindíssimas.

Abaixo, você pode dar uma olhada no trailer da série:

"Vai Anitta" / "Vaya Anitta" / "Go Anitta": primeiro trailer da série traz ascensão da cantora

Anitta é a maior cantora pop brasileira atualmente, com vários hits em sua bagagem. Para "materializar" o sucesso, a Netflix vai lançar neste mês uma série documental sobre a cantora de "Indecente". O anúncio de "Vai Anitta" foi feito há alguns meses, mas somente hoje que o primeiro trailer (e provavelmente único) foi divulgado. Vem ver!



Pela prévia mostrada até aqui, a série documental deve focar nos últimos dois anos de carreira da cantora, trazendo assim sua ascensão e um pouco de sua carreira internacional. É claro que a série vai ter uma pitadinha do outro lado da fama, com Anitta trabalhando desenfreadamente na produção de suas músicas e clipes.

Todos os episódios de "Vai Anitta" chegam ao serviço de streaming no dia 16 de novembro.

A Netflix mandou avisar que vai fazer novos filmes e séries de "As Crônicas de Nárnia"

Os direitos de "As Crônicas de Nárnia" são os mais rodados na industria cinematográfica, né? A produtora sempre foi a mesma, mas a franquia já passou pelas mãos da Disney e Fox. Agora é a vez da titia Netflix pegar a saga para chamar de sua e ressuscitar as aventuras dos irmãos Pevensie. O anúncio foi feito hoje nas redes sociais do serviço.


O acordo entre a Netflix e a The CS Lewis Company abocanham todos os 7 livros da saga. Com o acordo, são esperados novos filmes e séries. A dúvida que fica agora é se "A Cadeira de Prata", o quarto livro da serie em ordem de lançamento, verá a luz do dia em algum momento. Até o ano passado, o filme contava com a direção de Joe Johnston ("Capitão América: O Primeiro Vingador"). Será que a Netflix começará tudo do 0 ou seguirá desenvolvendo ao menos este filme?

"As Crônicas de Nárnia" chegou aos cinemas pela primeira vez com "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa", o segundo livro na ordem cronológica e primeiro publicado, em 2005. As outras duas adaptações seguem a ordem de lançamento de livros: "Príncipe Caspian" e "A Viagem do Peregrino da Alvorada". "A Cadeira de Prata" vem sendo prometida há anos.

Com o resgate de "As Crônicas de Nárnia", os fãs da série de livros "Percy Jackson" não veem a hora de serem salvos pelo serviço de streming e finalmente serem lançadas boas adaptações dos livros.

Com os criadores da obra original, Netflix vai lançar uma série em live-action para "A Lenda de Aang"

"Avatar: A Lenda de Aang" é uma das séries animadas mais icônicas feitas para TV. Contando a história do último mestre do ar, a série conquistou fãs, ganhou um live-action que fingimos esquecer e ainda ganhou um derivado trazendo Korra como protagonista. Agora chegou a vez da Netflix resgatar a obra com uma produção em live-action através de uma série.

A versão com atores "reais" está prevista para começar a ser produzida em 2019. Para poder botar fé na nova versão, os criadores da série original, Michael DiMartino e Bryan Konietzko, retornam como showrunners e produtores executivos.

Essas são as únicas informações que temos quanto a nova versão de "A Lenda de Aang". Nas próximas semanas, rumores quanto aos possíveis atores que devem dar vida a Aang, Katara, Sokka e ao real proprietário Zuko, podem surgir na rede mundial de computadores. A data de lançamento do live-action de "Avatar: A Lenda de Aang" ainda está sendo mantida em segredo, mas deve chegar ao serviço de streaming entre 2020 e 2021.

O teaser de "O Mundo Sombrio de Sabrina" é tudo o que você precisa ver hoje

Quando foi anunciado que a Netflix estaria trazendo de volta Sabrina, a maior e melhor feiticeira, para a TV, muitos levaram um susto ao descobrir que não veríamos aquela Sabrina da série teen dos anos 90 já que a adaptação espelha-se nos quadrinhos sombrios "O Mundo Sombrio de Sabrina", que foram publicados pela mesma editora das histórias do Archie, que mais tarde daria gás para a criação de "Riverdale".

Com os episódios funcionando como uma espécie de mini-filme cada, a série da Netflix vai acompanhar os dilemas da personagem de Kiernan Shipka quanto a sua vida de bruxa. Ao completar 16 anos, Sabrina precisa decidir se vai ou não abdicar sua vida como bruxa já que precisaria abandonar amigos e namorado para isto.

Inclusive, é no primeiro teaser revelado nesta tarde que ela já tá assoprando as velhinhas de 16 anos, trazendo também alguns trechos da série. Dá uma olhada!



Você quer série sombria? Toma série sombria. A adaptação da nova versão da história de uma das bruxinhas mais famosas do mundo tem previsão para chegar ao serviço da Netflix em 26 de outubro.

Henry Cavill vai estrelar "Witcher", a nova serie da Netflix

Há um tempinho, rumores de que Henry Cavill, o Superman da nossa geração, estaria estrelando a nova adaptação da série "The Witcher" surgiram na rede mundial de computadores, ainda mais com ele dizendo que gostaria de fazer parte da produção. Felizmente, os refrescos vieram e com ela a oficialização do ator como protagonista da série que será produzida pela Netflix. As informações são da Variety.

Além do anúncio feito pela Variety, o próprio Henry Cavill usou o Instagram para contar a novidade aos seus fãs. Lauren Schmidt Hissrich ("Demolidor"), produtora executiva e showrunner da série, contou em sua conta do Twitter que o ator havia sido escolhido por ela há meses.

Interpretando Geralt de Rívia, este é o primeiro papel de Cavill para uma produção televisiva desde 2010, quando fazia parte do elenco de "The Tudors". De lá para cá, o ator despontou papéis voltados ao mundo do cinema, como o Superman no Universo Cinematografia da DC, ou Mundos da DC, e antagonizou "Missão Impossível: Efeito Fallout" neste ano.

Com oito episódios já encomendados para a primeira temporada, "The Witcher" foi originalmente uma série de pequenas histórias publicada na Polônia por Andrzej Sapkowski na década de 80. Sua adaptação mais famosa é a consagrada série de games com três jogos principais e algumas expansões, onde acompanhamos o feiticeiro Geralt de Rívia. A série da Netflix deve adaptar o texto original polonês.

Alik Sakharov ("House of Cards"),  Alex Garcia Lopez ("O Justiceiro") e Charlotte Brändström dirigem os episódios. A série ainda não tem previsão de estreia no serviço de streaming.

"A Revolução dos Bichos" vai ganhar uma adaptação dirigida por Andy Serkis na Netflix

Andy Serkis é referência quando se fala de captura de movimentos, mas o artista tenta aos poucos mudar essa visão arriscando-se no papel de diretor — inclusive, a versão sombria de "Mogli" conta com sua direção. Mas há tempos o ator de "Senhor dos Anéis" tenta emplacar uma adaptação de "A Revolução dos Bichos", livro de George Orwell, porém sem sucesso até agora.

Após a Netflix adquirir os direitos de "Mogli - O Livro da Selva", a relação entre ele e o serviço de streaming deve ter se estreitado, tanto que finalmente a adaptação do livro de Orwell será feita! Segundo o Deadline, a Netflix comprou os direitos, trazendo Andy Serkis como diretor e Matt Reeves, de "Planeta dos Macacos, como produtor.


Caso os planos originais sejam mantidos, a adaptação deve mudar um pouquinho a abordagem do livro, que traz críticas ao Capitalismo e Stalinismo. O filme ainda deve apostar nas críticas ao Capitalismo, mas também dando espaço às críticas às grandes corporações e globalização. Também se mantida a ideia original, é possível que seja usada captura de movimentos para os personagens.

O livro de George Orwell já teve duas adaptações audiovisuais. A primeira aconteceu em forma de animação para os cinemas em 1954, e outra em "live-action" diretamente para a TV em 1999. "A Revolução dos Bichos" foi publicado em 1945.

Informações sobre elenco e data de lançamento da adaptação ainda não foram divulgadas.

O primeiro teaser de "Maniac", com Emma Stone e Jonah Hill, está entre nós

Emma Stone e Jonah Hill passaram o final de 2017 juntos gravando uma minissérie para Netflix: "Maniac". Na trama, acompanharemos Annie Landsberg (Stone) e Owen Milgrim (Hill), que se conhecem nos últimos estágios de um teste farmacêutico. O primeiro teaser surgiu hoje na internet e entendemos nada, gurizada.



É conceito que chama.

Ambos são problemáticos a sua maneira e com seus obsessivos com problemas mentais. Annie tem uma péssima relação com mãe e irmã, enquanto Owen é um jovem vindo de uma família rica nova-iorquina com esquizofrenia.

"Maniac" chega ao serviço em 21 de setembro. 

A Samantha! mandou avisar que sua série da Netflix foi renovada

Samantha!, com exclamação mesmo, 30 anos após o fim da Turminha Plimpom, teve a chance de protagonizar sua própria série na Netflix, contando um pouco de sua trajetória em busca da fama. A série deu tão certo que em menos de duas semanas após sua estreia foi renovada para uma segunda temporada. O anúncio foi feito pela própria Samantha! em suas redes sociais.

Uma publicação compartilhada por Samantha! (@samantharealoficial) em

Como mostra o vídeo, a cantora de "Estrela do Amanhã" mostrou que realmente manda em sua carreira, anunciando a nova temporada da série, que estreia em 2019, indo contra as recomendações da Netflix de guardar a novidade.

Atenção ao spoiler!


O novo ano de "Samantha!" deve seguir com 8 episódios, assim como no primeiro. Seguindo a trama, finalmente veremos como é para Samantha estar novamente de volta aos holofotes e se ela seguirá com sua candidatura como presidente do Brasil. Já tem nosso voto, inclusive.

***

Brincadeiras à parte, fica aqui o parabéns pela Netflix ter apostado muito nesta campanha de marketing genial para a série. A personagem interpretada pela talentosa Emanuelle Araújo tem até mesmo um Instagram, atualizado sempre, com várias fotinhas do dia-a-dia da Samantha!. Recentemente, ex-jurada de "Enjaulados Kids" pediu o fim da violência pintando suas unhas de branco.



Desde os 5

Samantha! (Emanuelle Araújo), desde os 5, durante a década de 80 era uma grandiosa estrela mirim com a Turminha Plimplom e a canção "Abraço Infinito". 30 anos depois e com o fim do grupo, ela ainda quer ser famosa e tenta a todo custo estar de volta aos holofotes, sedenta para ter um programa no horário nobre. Leia nossa crítica.

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