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Por que “Squid Game”, a nova febre da Netflix, se chama “Round 6” só no Brasil?

As dinâmicas infantis, coloridas e cheias de regras valendo recompensas em dinheiro lembram as gincanas de programas de auditório como “Caldeirão do Huck” ou, para os mais velhos, as clássicas releituras de Silvio Santos; a maneira como selecionam seus participantes e, claro, as consequências mortais, já se assemelham a formatos como “Jogos Vorazes” e, pela violência bastante gráfica, até “Jogos Mortais”, mas toda a carga emocional e dramática permite uma conexão quase instantânea com seus personagens que, inevitavelmente, fazem de “Round 6” uma fórmula perfeita.

Novo sucesso da Netflix por todo o mundo, se tornando a primeira produção a assumir o topo das paradas da plataforma em todos os países que atua, a série é uma produção sul-coreana, originalmente chamada “Ojingeo Geim”,  e em meio a tantos elementos capazes de levantar discussões em torno da sua trama e formato, no Brasil, uma curiosidade sobrou para o seu título: por que somos o único país que deu outro nome para a produção?

Em todos os países em que foi exibida, a série recebeu como título a tradução para o nome “Ojingeo Geim” (em inglês, “Squid Game”), uma brincadeira infantil tradicional sul-coreana que é introduzida logo no primeiro episódio da história e, posteriormente, retorna como um elemento crucial dentro da trama, mas, no Brasil, optaram pela chamada “Round 6”, em referência às seis rodadas que permeiam seus nove episódios.

Apesar da Netflix ainda não ter se manifestado sobre o assunto, a teoria mais crível pelas redes sociais é de que a plataforma quis fugir de associações políticas ao nome “Jogo da Lula”, que poderia ser relacionado ao ex-presidente do Brasil e atual pré-candidato do PT para as eleições de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais do que prejudicar a adesão de bolsonaristas e eleitores da direita sem a capacidade de compreender a aplicação do nome dentro de outros contextos, inclusive do animal “lula”, que inspira o jogo sul-coreano, um possível risco seria atrair para as suas redes sociais os famosos “bots” antipetistas, que poderiam afetar também o engajamento das redes sociais da plataforma, fosse respondendo as suas próprias postagens com links e ofensas ou gerando discussões com os usuários que estivessem reagindo e comentando sobre a série organicamente.

E se foi essa a estratégia, funcionou, né? “Round 6” se tornou um sucesso absurdo por aqui e mal podemos esperar para, numa realidade pós-pandêmica, receber o elenco também em solo brasileiro! Tirando a bonequinha do “Batatinha Frita 1, 2, 3”... Essa, eles podem deixar por lá.

De Florence + The Machine ao Michael Jackson: uma lista definitiva com os 5 melhores covers de Glee

Alguns momentos da série musical Glee pode não ter envelhecido muito bem, mas é inegável dizer que ela não tem um grande valor para a cultura pop. 

Para os que não conhece, Glee gira em torno de um grupo de alunos da escola secundária William McKinley High, o clube do coral, Novas Direções. Conduzido pelo também professor de espanhol, Will Schuester (Matthew Morrison), o clube fazia parte dos adolescentes mais excluídos daquele ensino médio. 

Apesar dos pesares, Glee foi uma das séries teens pioneiras a tratar de personagens na fase da adolescência que fazem parte da comunidade LGBTQIA+. Também, mostrou durante suas seis temporadas, questionamentos sobre crença e religião, gravidez na adolescência e até mesmo que ponto o bullying pode chegar. Pois é! Glee não é apenas sobre música. 

Mas aqui neste post, vamos falar sobre música! A série é inteiramente composta por covers de músicas famosas, tanto que Glee foi o motivo de uma nova geração conhecer grandes nomes no cenário musical. 

Foi difícil escolher apenas cinco covers para entrar na lista, já que a série está repleta de covers de músicas incríveis. Confira os escolhidos a seguir:

Don't Rain On My Parade (Barbra Streisand)

Uma das performances mais icônicas de Glee aconteceu no episódio 13 da primeira temporada, o Sectionals. Rachel Berry (Lea Michele) sempre foi a maior fã de Barbra Streisand e do musical Funny Girl, e ela tem aqui a oportunidade de cantar sua performance solo de "Don't Rain On My Parade" na competição do clube de canto. Durante a apresentação, é impossível não se emocionar com a potência vocal e a paixão de Rachel cantando. 

Shake It Out (Florence and the Machine)

No episódio 18 da terceira temporada, em uma apresentação muito intimista e comovente, Santana (Naya Rivera), Tina (Jenna Ushkowitz), Mercedes (Amber Riley) e Brittany (Heather Morris) cantam "Shake It Out", de Florance and the Machine, para a treinadora Beiste (Dot Jones), que está tentando escapar de um relacionamento abusivo.

Smooth Criminal (Michael Jackson)

Em Glee, é super comum episódios especiais dedicados a grandes artistas, e o episódio 11 da terceira temporada é um desses, um tributo ao Michael Jackson. E neste terceiro ano de série, o Novas Direções acaba em uma rixa com os Warbles, um clube de coral da escola Dalton Academy. Assim, Santana e o Sebastian (Grant Gustin) cantam "Smooth Criminal" em um duelo. 

Bohemian Rhapsody (Queen)

Jesse St. James pode ser odiado por quase todo mundo, mas é inegável não apreciar o talento de Jonathan Groff! No último episódio da temporada, ao clube de coral Vocal Adrenaline faz uma apresentação grandiosa com "Bohemian Rhapsody", do Queen. 

Cough Syrup (Young the Giant)

Um dos episódios mais tristes de Glee é o número quatorze na terceira temporada. quando valentão Karofsky (Max Adler) tenta tirar sua própria vida, enquanto mostra o personagem organizando a cena, Blaine (Darren Criss) canta "Cough Syrup", que deixa a cena mais melancólica ainda. 

E aí, qual seu cover favorito da série?

"Falcão e o Soldado Invernal" se juntam contra uma grande ameaça no novo trailer da série do Disney+

Enquanto "Wandavision" está na metade de sua trajetória, a Disney liberou neste domingo (7), durante o Super Bowl, um novo trailer de "Falcão e o Soldado Invernal", a próxima série da Marvel que chega ao serviço de streaming no próximo mês. Pela prévia, tem tudo para entregar uma boa produção recheada de ação, viu?

O que mais se destaca neste novo trailer é como a presença da Marvel Studios acompanhando de perto uma série de TV faz diferença. Dentro de suas limitações, a qualidade da produção é bem próxima de um longa-metragem.

Apesar de ter ligação direta com os eventos de "Vingadores: Ultimato", a série deve ter pouca influência no Universo Cinematográfico Marvel. Inicialmente, a série estava programada para ser a primeira desta nova empreitada da quadrinista, mas por conta da pandemia de covid-19 foi necessário adiar um pouquinho o seu lançamento. Parece que vai valer a pena, né?

"Falcão e o Soldado Invernal" chega ao serviço de streaming Disney+, provavelmente com lançamento semanal, no próximo dia 19 de março. A nova série irá estrear duas semanas após o fim de "Wandavision". Vai nem dar tempo de sentir saudades desse universo, né?

Wanda e Visão estão presos em uma realidade alternativa no primeiro trailer da série

Finalmente está vindo aí. Depois de um imenso vai ou não, "WandaVision", estrelada por Elizabeth OlsenPaul Bettany, irá chegar ao DisneyPlus ainda neste ano - se tivermos sorte, com a plataforma já com cobertura no Brasil - e o seu primeiro trailer foi divulgado na noite deste domingo (20), durante um dos comerciais do Emmy 2020. A primeira prévia traz boa parte do que foi vazado, como o fato dos personagens-título estarem presos em uma realidade paralela.



Uma das coisas mais bacanas que chamou atenção é a presença dos filhos de Wanda, Wiccano e Célere. Nos quadrinhos, Wiccano protagoniza o principal casal gay da Marvel ao lado de Hulking. A introdução de tal personagem, ainda que bebê, já é um indício de que a Marvel pode trabalhar com ele em algum futuro não tão distante, já que a série deve mexer com toda a realidade do Universo Cinematográfico Marvel.

Outro ponto interessante da série é como o Visão irá lidar com o fato de que está morto. O personagem morreu em "Vingadores: Guerra Infinita" antes do estalo de Thanos (Josh Brolin). Por este motivo, ele não retornou como os demais após o estalo do Tony Stark (Robert Downey Jr.). A série, aliás, deve se justificar principalmente pela volta dele.

Os eventos de "WandaVision" devem desencadear em "Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura", visto que Elizabeth Olsen está confirmada no elenco. Esta será a primeira vez em que uma série de TV influenciará de verdade o mundo do cinema, não o contrário.

Hilary Swank está chegando em Marte no teaser de “Away”, nova série da Netflix

Eterna "Menina de Ouro", Hilary Swank irá chegar aos streamings pela primeira vez com uma produção original em setembro dessa ano. Swank estrela "Away", a nova séria da Netflix sobre viagem no espaço. Seu primeiro teaser foi divulgado nesta terça-feira (7).


Só pelo trailer já dá pra sentir que a série deve possuir uma carga dramática interessante, né? Saca só a sinopse: Emma Green (Hilary Swank) irá liderar a primeira missão tripulada a Marte junto de outros astronautas, mas terá que lidar com sua escolha de deixar para trás o marido e engenheiro da NASA, Matt Logan (Josh Charles), e sua filha Alexis (Talitha Bateman).

"Away" é mais uma série espacial da Netflix. O serviço de streaming já apostou outras vezes com temáticas relativamente similares. A última aposta da Netflix foi "Space Force", protagonizado por ninguém menos que Steve Carell e Lisa Kudrow.

Primeiras impressões: “Love, Victor” apresenta dilemas reais de um jovem gay

Atenção, este texto possui spoilers dos dois primeiros episódios de "Love, Victor". Você está avisado.

"Love, Victor", série derivada de "Com Amor, Simon" protagonizada por Michael Cimino (Victor), chegou a rede mundial de computadores. Ao contrário do material de origem, onde tudo se resolve mais fácil - o que não é, na verdade, um problema - os dois primeiros episódios da série indicam que o enredo deve seguir um caminho muito mais realista com vários dilemas sobre a descoberta da orientação sexual do protagonista.

O único trailer da série já denunciava que nesta história nada seria fácil para o protagonista, mas o primeiro episódio deixa isso mais claro. Os pais de Victor, interpretados por James MartinezAna Ortiz, são religiosos e o personagem de Martinez dá indícios de ser aquele clássico pai que espera um filho "machão", e isso realmente pode se tornar um problema nos episódios seguintes.


Outro ponto interessante quanto a família de Victor é o fato de serem latinos e, ao contrário da família de Simon, a situação financeira não é das melhores. Moradores do Texas, ele se mudam para Atlanta devido ao emprego do pai. A situação financeira da família, aliás, é utilizada como um os plots principais dos dois primeiros episódios. Entretanto, chega a ser engraçado retratarem uma família aparentemente pobre, mas com elementos que visivelmente mostram que não é bem assim.

Os problemas citados até aqui parecem realmente insignificantes para Victor no primeiro episódio. Não é de se surpreender, o personagem precisa lidar pessoalmente com sua sexualidade e acredita que tudo vai dar certo neste sentido porque irá estudar na escola de Simon, interpretado por Nick Robinson no original. Victor tem a ilusão de que por Simon ter sido bem aceito pela comunidade escolar o mesmo aconteceria com ele.

As expectativas vão por água abaixo logo quando conhece Benji, interpretado por George Sear. Felix (Anthony Turpel), quem provavelmente se tornará o melhor amigo de Victor, alerta que Benji é gay justamente para "não terem a impressão errada". Ao longo dos dois episódios, o fato de Benji ser gay é um problema para os demais alunos e isso pode ser explicado facilmente pelo espaço de tempo entre o filme e a série. Novos alunos. Novos potenciais homofóbicos.

Todos os pontos enumerados até aqui levam a crer que a série será muito mais "pé no chão" do que "Com Amor, Simon". O filme protagonizado por Robinson é, digamos, muito mais leve sobre as questões acerca da orientação sexual de Simon, enquanto a série parece que irá abrir espaço para realmente discutir alguns pontos mais a fundo.

O enredo, aliás, se torna muito mais interessante graças ao elenco. Michael Cimino é uma graça e sua química com George Sear parece ser fantástica - há apenas três cenas dos dois juntos nos dois primeiros episódios. Porém destaco aqui Anthony Turpel, que rouba a cena quando aparece em tela.


A surpresa mesmo fica quanto a participação de Nick Robinson como Simon na série. O ator participa apenas com sua voz em alguns momentos específicos. Devido ao enredo apresentado até o segundo episódios, isso deve acontecer mais vezes ou culminar na participação de Keiynan Lonsdale (Bram) que, inclusive, aparece no trailer da série.

Enfim, os dois primeiros episódios de "Love, Victor" trazem muito potencial para a série. Inclusive, arriscamos dizer que essa nova história pode se tornar melhor que a original. Um dia a gente volta para dar um veredito para vocês. Agora nós vamos voltar para a nossa maratona.

O primeiro trailer de “Love, Victor” é fofíssimo e traz personagem do filme “Com Amor, Simon”

Para aumentar um pouco mais nossa ansiedade quando a "Love, Victor" - que será lançada no próximo mês, a hulu divulgou o seu primeiro trailer nesta terça-feira (25). A gente tá vomitando arco-íris.


É tanta coisa nesse trailer que a gente não sabe nem por onde começa. Victor terá realmente um conflito maior quanto sua orientação sexual - e a série deve abordar uns esteriótipos; vamos ter mais de um casal gay na série - ou seria um triangulo amoroso? E, é claro, não podemos deixar de mencionar o Blue (Keiynan Lonsdale), de "Love, Simon", fazendo uma pontinha, além da drag Katya. TU-DO.

"Love, Victor" originalmente seria disponibilizada no Disney+, mas parece que a série está gay demais para o serviço. Entretanto, o derivado vai para o hulu que, no fim, é um serviço da Disney. Talvez a Casa do Mickey não queria associar diretamente  sua imagem com um produto inteiramente sobre gays, apesar de ter alguns personagens LGBTQ+ em algumas séries e até filmes.

O derivado acompanha Victor, interpretado pelo fofinho do Michael Cimino, que chega a Creekwood High School. A primeira temporada deve explorar os conflitos quanto a orientação sexual de Victor e terá 10 episódios de meia hora - o estúdio já cogita uma segunda temporada, aliás. "Love, Victor" estreia no dia 19 de junho.

Crítica: “The Midnight Gospel” e os mistérios da vida com muito ácido

A Netflix tem uma grade de seriados bastante extensa, e uma das melhores já produzidas é “BoJack Horseman”. A animação é uma das várias do segmento dentro da plataforma, mas chama a atenção por ser feita para o público adulto. Isso, por si só, é uma subversão bem curiosa, afinal, animações são fundamentalmente voltadas para o público infantil.

“BoJack” foi finalizada em 2020, mas nem deu tempo de sentir falta do formato. Estreou na Netflix “The Midnight Gospel”, mais uma animação adulta. Criada por Pendleton Ward (a mente por trás do sucesso “Adventure Time”) e Duncan Trussell. No curso de oito episódios (de aproximadamente 25-30 minutos), a história segue Clancy, um cara que possui uma espécie de podcast espacial. Ele vive numa dimensão chamada “Laço Cromático” (o mesmo local onde Lady Gaga agora vive no novo álbum, berro), e possui uma máquina que simula viagem para diversos universos paralelos – e é nessas viagens que ele grava o que se acontece para produzir seu conteúdo (assistido por poucos, mas fiéis espectadores).

Cada episódio começa com Clancy escolhendo um dos diversos planetas disponíveis no computador – com exceção daqueles que já foram destruídos. Todos estão passando por algum processo de apocalipse (como zumbi ou palhaços), e Clancy entrevista algum morador local e conversa sobre algum tópico. O título do seriado, traduzido livremente como "A Religião da Meia-noite", gerou bastante dúvida sobre o significado, e o criador explica: o "Gospel" vem da nova (e, segundo ele, "boa") percepção da religião, significando "boas notícias". Para ele, o desafio da produção é transmitir discussões relevantes mesmo no meio de situações catastróficas. Apesar do caos, somos capazes de crescermos enquanto seres humanos.


Assim como “BoJack”, os temas abordados pelo seriado são bastante complexos. As entrevistas de Clancy são baseadas em entrevistas reais, feitas no podcast de Trussell, então é uma verdadeira viagem. Os personagens conversam sobre a vida, o mistério da morte, o impacto do uso de drogas, o medo da solidão, como funciona a religião e váaaarias outras coisas.

É interessante como o roteiro não tem muita sutileza em discorrer sobre assuntos polêmicos – como o uso recreativo de drogas e suas responsabilidades –, então, caso tais conversas sejam demais para você, essa é uma série para deixar para depois. No decorrer da série, era engraçado como discordava veementemente de alguns pontos defendidos pelo texto, mas aí está a graça da obra: fazer com que você pense e repense seus conceitos. São temas muito necessários, como nossa relação com a morte e como podemos melhorar nossa percepção sobre a única certeza das nossas vidas.

Mergulhado em uma estética completamente surrealista, “The Midnight Gospel” é uma alucinação sem as drogas. Não é um estilo muito acessível, afinal, são milhares de coisas acontecendo ao mesmo tempo, numa explosão de cores e formas não tão bem especificadas. Um dos maiores acertos do visual é a maneira que a “fotografia” desenha seus enquadramentos, não possuindo limitações de onde veremos a história se passando. Para completar o processo de assimilação, ainda temos referências (bem charmosas) espalhadas – como os palhaços do segundo episódio possuindo uma aranha na parte interna, clara referência a “It: A Coisa”.

Confesso que algumas vezes fica um pouco difícil acompanhar o que está se passando: além da inundação de informações visuais, os diálogos são quase ininterruptos, e, somando com a complexidade dos temas, carece maior atenção do público para conseguir embarcar na mesma viagem dos personagens. Quem espera um “Adventure Time” - algo lúdico e recreativo - pode se decepcionar com a diferença de abordagens, com “The Midnight Gospel” sendo para quem busca um substituto para o vazio deixado por “BoJack Horseman” em termos de dinâmica. Eu, que nunca usei um alucinógeno na vida, acho que deve ser mais ou menos assim a sensação.

Pode comemorar: nova temporada de “Queer Eye” tem estreia marcada para junho

Os cinco homens mais maravilhosos estão voltando com uma nova temporada de "Queer Eye". Kamaro, Antoni, Bobby, Jonathan e Tan tem um encontro marcado com a gente no dia 5 de junho com a quinta temporada do reality show.

A informação foi divulgada pela Variety e posteriormente confirmada nesta quinta-feira (14) pelas redes sociais da série com um poster lindão animado que você pode conferir abaixo. A nova temporada deixa Atlanta e embarca para a Filadélfia com 10 episódios. Esse será o maior ano da série até agora.


O reality show é um revival da famosa "Queer Eye for the Straight Guy", de 2003. Os cinco fabulosos entram na vida de pessoas que precisam de um makeover, indo além da estética e dando um grande up em suas personalidades, resolvendo problemas e promovendo resultados incríveis, de encher os olhos.

Você lembra dessas 10 participações em “Gilmore Girls”?


Com sete temporadas em seu currículo, exibidas na TV de 2000 a 2007 com direito a um revival em 2016, “Gilmore Girls” marcou uma geração. A série dirigida por Amy Sherman-Palladino e Daniel Palladino, os mesmos autores de “Maravilhosa Sra. Maisel”, completa 13 anos de seu episódio final nesta sexta-feira, 15 de maio.

Depois da produção, alguns dos protagonistas cresceram ainda mais em outros títulos para a televisão, como Alexis Bledel, presente em “The Handmaid’s Tale”, uma das séries mais aclamadas dos últimos; Lauren Graham, que participou da série dramática “Parenthood”; Milo Ventimiglia, no sucesso “This is Us”; Jared Padalecki, que dispensa apresentações quanto a “Supernatural”; e, claro, Melissa McCarthy em dezenas de comédias norte-americanas.

Além os citados, vários famosos apareceram brevemente na série dos Palladino. Para matar a saudade da série, listamos alguns deles aqui:

#1 Chad Michael Murray


Essa é fácil, vai? Chad Michael Murray participou de onze episódios de GG. Lá, ele interpretou Tristan Dugray, um colega de Rory (Alexis Bledel), que ele vivia dando em cima, e Paris (Liza Weil), que era apaixonada pelo rapaz na Chilton. Reza a lenda que o ator não quis voltar para o revival “Um Ano Para Recordar”. Em seu lugar, a produção escalou Anton Narinskyi.

#2 Rami Malek


Bom, se você conhece o ator por seus papéis em “Mr. Robot”, “Bohemian Rhapsody” ou até mesmo “A Saga Crepúsculo: Amanhecer”, saiba que seu primeiro papel da TV foi como Andy, colega de Lane na Faculdade Adventista do Sétimo Dia. Ele apareceu em apenas um episódio da terceira temporada. Depois da série a carreira de Malek só cresceu, né?

#3 Adam Brody


Sim, o eterno Seth de “The O.C” já foi Dave Rygalski em “Gilmore Girls”. Inclusive, ele só saiu da série porque foi escalado para “Um Estranho no Paraíso”. Em GG, o ator interpretou o guitarrista da banda de Lane, com quem o jovem teve um relacionamento bem divertido. Saudades </3.

#4 Jane Lynch


Lynch não é a cara de “Gilmore Girls”? Haha. A atriz participou do décimo episódio da primeira temporada da obra. Ela interpretou a enfermeira do hospital que Richard vai quando sofre uma parada cardíaca. Ela também fez uma participação no último ano de “Friends”. Depois disso, todo mundo já sabe: GLEE!

#5 Arielle Kebbel


Kebbel seguiu pelo caminho das comédias românticas, seja no papel da vilã ou da mocinha. A atriz já participou de “Aquamarine”, “Todas Contra John” e em um dos filmes da franquia ”American Pie". Em GG, ela participou de nove episódios como Lindsay Forester, namorada - e posteriormente, esposa - de Dean depois do rompimento do rapaz com Rory. Na quarta temporada, Dean acaba traindo Lindsay com Rory. Poxa! ):

#6 Jon Hamm


Popular principalmente por seu papel como Don Draper, diretor de criação da Sterling Cooper em “Mad Men”, o ator também viveu um brevíssimo affair com Lorelai em um dos episódios da produção de Amy e Daniel Palladino.

#7 Krysten Ritter 


Jessica Jones, ops, Krysten Ritter é outra atriz importante que fez uma ponta na série. Ela participou de oito episódios como Lucy, amiga de Rory em Yale. As duas se conheceram enquanto Rory participava do “Yale Daily News”.


#8 Nick Offerman


“Parks and Recreation” é uma das sitcoms mais populares dos EUA, e é de lá que conhecemos Nick Offerman. Antes da série, no entanto, o ator apareceu em GG como o irmão mais velho de Jackson, Beau Belleville. 


#9 Victoria Justice


Se liga na fofura. Muito antes de fazer sucesso como a protagonista de “Victorious”, a atriz já mostrava suas habilidades em outras produções. Na série, aos 10 anos, ela participou como uma das convidadas de uma festa infantil em que Lorelai e Sookie organizaram o buffet. 

#10 Billy Burke


Billy Burke já atuou em MUITAS produções, e um de seus papéis mais conhecidos foi na saga “Crepúsculo”, como pai de Bella Swan. Em “Gilmore Girls” o ator interpretou Alex Lerman. Ele conheceu Lorelai através de Sookie e um amigo. Os dois saíram algumas vezes em Stars Hollow, mas não rolou, como a gente sabe... 

Netflix anuncia quarta temporada de “13 Reasons Why”, a parte boa é que será a última

Se pareceu uma boa ideia de início, não tardou até que a série “13 Reasons Why” se tornasse um dos grandes erros da Netflix, transbordando discussões sobre a maneira irresponsável como trataram de tópicos que foram de saúde mental a abusos sexuais.

Inspirada no livro de mesmo nome, a série começou seu enredo em torno da adolescente Hannah Baker e se desenrolou explorando personagens envolvidos no arco da primeira temporada, mas falhou ao relativizar e, por mais de uma vez, glamorizar diversos dos temas por ela explorados, de forma a prestar um desserviço dado o público jovem que a produção alcançou.

Anos mais tarde, parte da conta foi paga, com a plataforma excluindo, por exemplo, a polêmica cena de suicídio da sua protagonista, mas ainda havia muito o que se discutir e, felizmente, agora a série está perto de chegar ao fim.

Em suas redes sociais, a Netflix anunciou que junho trará mais uma temporada da história. Com estreia marcada para o dia 5 do próximo mês, essa será a última novidade da série no catálogo da plataforma e, segundo seus produtores, vem apenas como um rito de passagem, acompanhando a formatura de seus personagens no Liberty High School.


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Pelo Instagram, a produção confirmou ainda que a quarta e última temporada foi totalmente gravada até dezembro de 2019, antes que o mundo parasse para lidar e discutir sobre o coronavírus que, entre outras coisas, interrompeu também inúmeras produções da tv, cinema e internet.

“13 Reasons Why” estreou na Netflix em março de 2017 e, ao longo das suas três temporadas disponíveis, contou com cerca de 39 episódios. Sua fase final acrescentará outros 10 capítulos a trama, contando com 60 minutos de duração cada.

A gente ligou pro Ian Somerhalder, de Vampire Diaries, pra falar sobre sua nova série na Netflix, “Apocalipse V”


Ian Somerhalder está de volta às telas! O ator que ficou mundialmente conhecido ao dar vida ao vampiro Damon Salvatore está de volta ao mundo dos vampiros na série "Apocalipse V (V-Wars)", nova aposta da Netflix.

Ian interpreta o Dr. Luther Swan, um humano que busca a cura para uma doença misteriosa, responsável por transformar as pessoas em vampiros. Em entrevista ao It Pop, o ator fala animado sobre a nova produção é sua diferença com outros projetos que já participou.

“Estou tão animado para interpretar um personagem que seja uma boa pessoa,  que tem os superpoderes certos. Um cara legal,  que é um bom marido, um bom cientista. O que para mim é ter um super poder.  Aprendi muito com esse papel, principalmente que a audiência não quer um herói  comum, querem ver algo extraordinário, algo especial”. disse Ian.

Apesar do universo vampiresco, não espere por nada sobrenatural. Ian conta que a série trata de assuntos atuais da nossa sociedade, como as mudanças climáticas, refugiados, racismo, crises políticas, entre outros assuntos importantes, o objetivo é levantar o debate de questões sociais global.

Sobre estar de volta às telas depois de tanto tempo Ian comenta:  “É muito incrível estar de volta. Não  estive em frente às câmeras há muito tempo. O que me deixa ainda mais animado para que as pessoas vejam a série e possam conferir que é um projeto maravilhoso”.

O ator também se aventurou em outras áreas da série, dessa vez produzindo e dirigindo um dos episódios.  "Foi uma jornada incrível com uma equipe incrível que montamos. E isso é ótimo para aprendizado." comenta. Quando questionado sobre os planos de dirigir algo sozinho ele completa: "Não pretendo ser um Quentin Tarantino ou Soderbergh, mas só me vejo envolvido em projetos que posso estar presente em todo o processo criativo". 

A série é baseada em uma graphic novela com o mesmo nome "Apocalipse V".  "Existem cinco livros neste momento, isso mostra a quantidade de histórias que podemos extrair do material de original, o que é incrível. Isso foi o que realmente me atraiu para fazer parte do projeto. Quando você começa a ler entende o universo rico em que esta inserido. Esse é um dos motivos que incentivando as pessoas a assistir, porque preciso que as pessoas assistam a primeira temporada para entrar na segunda temporada." Comenta Ian. Não vamos deixar nosso ex-vampiro, agora herói decepcionado né?

Nós do It Pop já começamos a maratonar a série, e você? Confira o trailer e corre para ver também:

A música em Euphoria: os nossos destaques da trilha sonora tão intensa quanto a série


*ATENÇÃO! Esse texto pode conter spoilers.*

Caso você tenha vivido debaixo de uma pedra pelas últimas semanas e ainda não conhece a série Euphoria, recomendamos que você pare o que está fazendo e vá assistir a primeira temporada .

A série é transmitida pela HBO e retrata de forma crua e polêmica os dramas e aventuras de um grupo de adolescentes, vividos por uma nova geração de talentos hollywoodianos como Zendaya, Jacob Elordi, Sydney Sweeney e Barbie Ferreira. Em Euphoria, a nudez e as cenas explícitas de sexo e uso de drogas não são incomuns - a protagonista, Rue, interpretada por Zendaya, tenta se recuperar do vício em opióides, enquanto seus colegas de escola enfrentam relacionamentos abusivos, vazamento de fotos e vídeos íntimos, e experimentam com a própria sexualidade em sites de pornografia.

Entre as primeiras experiências e tentativas de entender a própria identidade sem "filtros", a intensidade da vivência dos personagens é ampliada pela trilha sonora, com episódios são recheados de músicas incríveis e que representam fielmente a geração retratada na série.

Incluindo popstars millenials como Billie Eilish, Rosalía e Lizzo, a trilha ainda traz composições originais do rapper e produtor Labrinth, feitas especialmente para Euphoria. Drake é também um dos nomes por trás da série, atuando como produtor executivo, além de ter alguns dos seus próprios sons nos episódios.

No próximo domingo (4), a primeira temporada chega ao seu oitavo e último episódio, e para os fãs que ficarão órfãos da série ou para quem ainda precisa de um incentivo para começar a assistir, listamos algumas das nossas músicas favoritas da trilha de Euphoria.

‘Everest’, Labrinth
A track original de Labrinth surge na série em um dos momentos mais tensos na temporada, após uma recaída de Rue com uma droga pesadíssima na casa de seu traficante, e uma brutal agressão de Nate, um dos principais personagens masculinos, contra um garoto que ficou com a sua namorada. Ali, fica clara a grandeza da trilha e a grandeza de Labrinth como compositor no projeto, com uma faixa que se encaixa perfeitamente naquela sequência de sensações viscerais.

‘Champagne Coast’, Blood Orange
Rue e Jules são o maior ship da temporada, em um relacionamento confuso que é mais próximo de uma amizade muito forte e colorida. Na cena com “Champagne Coast”, Rue ajuda Jules a tirar nudes, que ela pretende mandar para um cara que conheceu em um aplicativo - situação mega desconfortável para Rue, que ainda está tentando entender os seus sentimentos pela nova amiga. A música foi lançada por Blood Orange há 7 anos, mas funciona extremamente bem como pano de fundo do romance millenial.

‘Malamente’, Rosalía
Após o primeiro beijo das duas, o megahit de Rosalía acompanha os primeiros passos do romance de Rue e Jules, em um momento íntimo de Rue em que ela compara estar com Jules à sensação de tomar Fentanil, um opióide fortíssimo.

‘151 Rum’, J.I.D
É 2019 e os adolescentes adoram trap, e o que não falta na trilha de Euphoria é trap - “151 Rum” é uma das faixas mais interessantes do gênero que aparecem na série. Talvez pela densidade das letras de J.I.D em contraste com a house party adolescente, é uma adição perfeita para o icônico episódio da festa de halloween.

‘You Should See Me in a Crown’, Billie Eilish
Ícone adolescente, Billie Eilish é quase obrigatória nessa trilha. Mas o hino “You Should See Me In A Crown” marca o ponto de virada na auto imagem de Kat, personagem de Barbie Ferreira, que vive em conflito com o próprio corpo. Antes da música, vem uma das melhores falas da série: “Nothing is more powerful than a fat girl who doesn’t give a fuck” (Nada é mais poderoso do que uma garota gorda que não se importa).

‘Tempo’, Lizzo
Sim, estamos obcecados pela Kat, e ela merece mais um momento de glória na nossa lista fazendo twerk ao som de Lizzo. E também porque a Lizzo é uma das coisas mais interessantes que surgiram na música recentemente e os adolescentes devem sim ouvir tudo que ela lança.

Com sons que vão do Hot 100 a orquestras completas e novos nomes do trap americano underground, a música em Euphoria é fundamental para a intensidade da narrativa, totalmente engajada com a geração que está sendo representada e que consome aquele conteúdo. A gente mal pode esperar por um lançamento da trilha completa. Alô, dona HBO, ajuda aqui?

Foda! Netflix lança "The Poussey Washington Fund" para tentar mudar o sistema penitenciário dos EUA

Com o fim de "Orange is The New Black" chegando, a Netflix lançou a campanha "The Poussey Washington Fund", nesta quinta-feira (25), buscando tentar mudar o sistema penitenciário dos Estados Unidos. O anúncio foi feito por meio de um vídeo mega fofo que contou com relatos de fãs dizendo sobre o impacto da série em suas vidas.


O projeto leva o nome de uma principais personagens da série que sofreram com a represália do sistema. O anúncio é feito pela própria Samira Wiley, interprete da personagem. As doações podem ser feitas aqui.

Ele apoiará grupos jurídicos sem fins lucrativos com o objetivo de reformar a justiça criminal, proteger os direitos de imigrantes, acabar com as prisões em massa e apoiar mulheres que foram afetadas por ela.

O projeto tenta levar para frente justamente o legado da série que ficou famosa por trazer uma perspectiva jamais pensada para a TV e muito menos cinema. A série, baseada em fatos reais e em um livro, trouxe um olhar muito humanizado para pessoas que a sociedade tende a deixar de lado. 

Próxima temporada de "How to Get Away With Murder" será a última :(

"How to Get Away With Murder", uma das principais séries da Shondaland, infelizmente irá chegar em sua última temporada no dia 26 de setembro, acumulando seis anos de história regada a plot twists e muitas mortes. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (11), por meio do teaser da nova temporada que não conta com novas cenas.


Apesar de deixar muitas saudades, principalmente pelos personagens incríveis, talvez seja a melhor opção finalizar por agora. A trama por si já se tornou grandiosa demais, com o envolvimento de governadores e FBI. O único ponto positivo é que de alguma forma ainda está sendo possível ligar os acontecimentos com as temporadas passadas. Estender a série para além disso é querer correr o risco de criar uma trama totalmente infundada. 

Com um elenco completamente diverso, a série contribuiu para que Viola Davis ganhasse um prêmio Emmy de Melhor Atriz em Série Dramática, sendo a primeira negra da história a ganhar a estatueta na categoria. Será que a temporada final fará com que Davis compre uma estante maior?

Netflix irá produzir uma série baseada na versão original de "O Grito"

O próximo ano tem tudo para ser O ano para a franquia "Ju-On" visto que, além do reboot que será lançado em agosto de 2020 pela Sony, teremos uma série baseada na obra original com produção da Netflix, de acordo com o ComicBook.

O anúncio da nova produção do serviço de streaming teria sido feito em um evento fechado no Japão, confirmando também a participação do diretor Shô Miyake para comandar a produção. Detalhes sobre sua trama, se será um remake de alguma forma ou se irá seguir pós-eventos da própria franquia ainda não foram revelados.

"Ju-On" é um verdadeiro marco do terror japonês. A franquia está viva no mercado nipônico até hoje, mesmo com algumas sequência duvidosas e um crossover com "Ringu", a versão original de "O Chamado", que deu muito errado. Kayako, entretanto, ficou famosa mesmo quando foi para o ocidente em 2004, no remake norte-americano que contou com o diretor original no comando.

O reboot da versão norte-americana chega em agosto de 2020, com direção de Nicolas Pesce, que estreou com o horror "The Eyes of My Mother". No elenco, John Cho, Demián Bichir e Andrea Riseborough estrelam o filme. Sam Raimi volta a produzir a franquia.

Crítica: quinta temporada de “Black Mirror” afunda com broderagem, uber e Miley Cyrus

A marca gigantesca que é "Black Mirror" não começou com tanta influência; nas primeiras temporadas, seus lançamentos são viravam o tópico central da semana ao redor do mundo como é agora. As duas primeiras temporadas foram lançadas pela Channel 4, que, apesar de ser um cultuado canal da tevê britânica, não alavancava "Black Mirror" como uma das grandes sérias da grade televisiva.

Conheci "Black Mirror" em 2013, após sua segunda temporada, e me impressionei como algo tão inteligente ainda não havia caído no gosto do grande público. A coisa mudou quando a Netflix comprou os direitos de produção do seriado. A partir de 2016, a antologia virou pauta fixa do calendário da plataforma, que cria um verdadeiro evento quando joga cada material na roda.

Depois de 18 episódios, um especial e um filme ("Bandersnatch", 2018), a quinta temporada da série chegou no último dia 5 na Netflix. Composta por três episódios, é o menor número de lançamentos sob o selo da gigante - mas é exatamente o mesmo número das duas primeiras temporadas. É fato que aqui no Cinematofagia eu nunca escrevi sobre séries, porém, cada episódio de "Black Mirror" é como um filme, todos interligados pela premissa central do todo - estudar nossa relação com a tecnologia -, o que permite que eu possa escrever sobre.

Pois bem, vou dividir o presente texto entre os três episódios e analisá-los separadamente, antes de fazer a conclusão sobre a temporada como um todo. Nosso futuro será brilhante?

Striking Vipers: g0ys em seu habitat natural

O primeiro episódio da temporada, "Striking Vipers", já se destaca por ser inteiramente interpretado por atores negros. Danny (Anthony Mackie) é casado com Theo (Nicole Beharie), e ganha de seu amigo Karl (Yahya Abdul-Mateen II) um jogo em realidade virtual. O diferencial do tal jogo é que sua tecnologia permite que os jogadores sintam fisicamente os passos dos personagens. Uma espécie de "Mortal Kombat" futurístico, Danny escolhe um personagem Lance (interpretado no jogo por Ludi Lin), enquanto Karl escolhe Roxette (Pom Klementieff). É hora da porrada.


Os dois começam lentamente, se acostumando com a realidade aumentada da plataforma, e descobrindo que tudo o que é sentido no virtual é replicado no real. É então que os dois, por meio de seus personagens, fazem sexo. A interação vai causar um estranhamento óbvio, só que ambos acabam viciando naquilo, sempre entrando no jogo para transarem - o que é bizarramente curioso. O que começa a derrubar esse universo é a forma paupérrima que o jogo é feito na tela: parece mais o live-action de "Dragon Ball" - o desastroso "Dragonball Evolution" (2009) - de tão ruim.

A crítica do episódio é bem direta: até aonde vamos com essa reposição da existência pelo meio do digital? A fissura dos protagonistas é tamanha que eles se satisfazem sexualmente apenas se o orgasmo for naquela combinação binária - e Theo sente os efeitos-colaterais da brincadeira, já que Danny cada dia mais a procura com menos frequência.

"Striking Vipers" sofre do mal de produção quando a ideia é incrível no papel, não na tela. A hiperbolização da vida artificial que já sofremos hoje mesmo - há quem se perca nos esforços diários para construir uma vida perfeita pelo Instagram - só alcança um determinado ponto de reflexão, deixando de lado os aspectos mais interessantes que a trama em específico costura.


Os dois protagonistas são homens negros, mas seus avatares dentro do game são asiáticos. A atração sexual mútua ali é fomentada a partir das características físicas dos personagens, o que é uma semente fértil para discussões de raça, que nem ao menos são levadas em conta dentro do enredo. Além disso, a personagem de Karl é feminina, e ele transa (e sente) como mulher. Há uma rápida pontuação em um diálogo, mas as questões de gênero também são descartáveis para o todo. Danny e Karl fomentam uma relação com características tão diferentes das reais e nem ao menos parecem se perguntar o porquê.

O episódio prefere passar intermináveis minutos num jogo de gato e rato: ora Danny tem interesse em continuar a "brincadeira", ora percebe que aquilo é errado; todavia, o "errado" para ele soa muito mais porque está fazendo com um homem do que desviando seu apetite sexual em detrimento da esposa. "Black Mirror" pegou a cultura dos g0ys em um episódio de 60 minutos, só na broderagem e sem frescura.

O melhor de todo esse desperdício é que "Striking Vipers" foi inteiramente filmado em São Paulo - e é bem divertido reconhecer a cidade nas diversas locações.

Smithereens: a pior corrida de Uber já escrita

"Smithereens" é um dos poucos episódios de "Black Mirror" a se passar no presente - ou, no caso, levemente no passado, já que a história acontece em 2018 -; outros exemplos são "The National Anthem" na primeira temporada, e "Shut Up And Dance", na terceira (coincidentemente, esses são meus dois episódios favoritos de toda a trajetória do seriado).

Dessa vez seguimos Chris (Andrew Scott), motorista de um aplicativo como o Uber. Ele estaciona ansiosamente na frente da Smithereen, empresa de comunicação, e sempre aceita imediatamente as corridas de quem sai de lá. Um dia ele sequestra Jaden (Damson Idris), estagiário do conglomerado. Chris diz que matará Jaden caso não consiga o telefone de Billy Bauer (Topher Grace), o dono da Smithereen.


O episódio é um filme de suspense legítimo, daqueles que passam nos Supercines da vida. Chris é seguido pela polícia, até ameaçar matar Jaden, o que gera uma corrida contra o tempo a nível nacional. Enquanto isso, a ligação passa de mão em mão dentro da Smithereens, subindo de degrau na hierarquia até chegar no CEO, que convenientemente está num retiro espiritual - ou seja lá o que - e sem contato com o resto do mundo.

O primeiro grande problema do episódio é sua duração: 70 minutos. Não há a menor necessidade deste tamanho para o enredo escolhido, e isso fica claro quando Chris está dentro do carro com a polícia na sua cola e nada acontece. Há pequenas sub-tramas para enfeitar o eixo, como uns adolescentes que estão tirando foto do local e postando nas redes sociais, porque claro, a polícia deixou dois meninos no meio de uma cena de crime com um homem armado ameaçando atirar.

É inegável que o episódio consegue demandar a atenção - ou pelo menos o interesse - da plateia, mesmo com tantas inconsistências sendo acumuladas (não entendo o motivo de moldarem Chris como um neurótico cômico que dá surtos dignos do "Zorra Total"). Mas seguimos firmes, até o momento fatídico chega: Chris consegue falar com Billy. Por que ele faz tanta questão? O que aconteceu para o levar até ali?

E a resposta não poderia ser pior: Chris sentia a obrigação de falar com Billy pois ele é o dono do aplicativo que o protagonista usava enquanto dirigia, o que causou um acidente e a morte da esposa. Sim, o personagem sequestrou e ameaçou um inocente porque precisava ligar para uma pessoa que tem a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e nada a ver com tudo o que aconteceu, a fim de expurgar sua culpa. Essa é a brilhante resolução do mistério.


Em artes narrativas, a motivação é centro gravitacional de qualquer história. Por que a última temporada de "Game of Thrones" foi (merecidamente) tão massacrada? Porque os roteiristas criaram motivações incompatíveis para os acontecimentos e toda a construção de seus personagens. A motivação é aquilo que justifica a existência de uma trama, afinal, um personagem só faz X ação por ter algum motivo, por buscar uma conclusão que case com tal ação.

Com essa motivação porca, a existência de "Smithereens" é aniquilada. Todas as boas ideias se perdem, rodeadas de tantos momentos ruins - há uma sub-trama maravilhosa, a da mãe que desesperadamente tenta descobrir a senha de uma rede social da filha, que se suicidou alguns meses antes. E, ao mesmo tempo, há forte cunho religioso no episódio quando Chris precisa se "confessar" para Billy, que é posto em uma casa inteiramente de vidro no ponto mais alto e deserto encontrado. Há precisa composição para evocar a ideia de divindade no personagem (os compridos e louros cabelos, por exemplo), o ser superior e onipotente, contudo, a metáfora também não funciona quando a motivação geral é tão desproposital.

O ódio do protagonista pela geração que está hipnotizada pelos smartphones poderia receber um tratamento menos pobre que esse.

Rachel, Jack and Ashley Too: o sepultamento de "Black Mirror" ao virar "Sessão da Tarde"

E o episódio final da temporada tem como protagonistas Rachel (Angourie Rice, de "Todo Dia", 2018) e sua irmã Jack (Madison Davenport). Após a morte da mãe, as duas vão se enclausurando em seus mundo, imageticamente construído a partir do quarto: de um lado, a alternativa/wannabe-gótica Jack; e do outro, a colorida e pueril Rachel. Esta, carente de autoconfiança, vê em Ashley O (Miley Cyrus) tudo o que queria ter como personalidade. Ashley é a estrela pop teen do momento, cantando, com suas músicas grudentas, sobre sonhos e perseverança.

Rachel então ganha o lançamento do momento: uma Ashley Too, robô com inteligência artificial que fala como a cantora real, que se torna sua melhor amiga. Rachel conversa sobre suas inseguranças com a robô, que a aconselha a entrar em um concurso de talentos na escola, fadado ao fracasso. Se há uma palavra que resuma com esmero a trama central do episódio, essa palavra é "patética".


A protagonista, com 15 anos, parece na verdade ter 7. Há uma breguice latente ao redor de sua história, a pobre garotinha que não se encaixa na escola por não ter autoestima o suficiente e tem a ajuda de uma robô, sua fada madrinha computadorizada. É tudo ridículo, da interação entre as duas às frases de efeito retiradas dos mais batidos livros de "autoajuda".

Concomitantemente, entramos na vida de Ashley, que tem como empresária sua tia, Catherine (Susan Pourfar). A tia está focada em manter o sucesso da sobrinha a todo o custo, mas Ashley está cansada do molde fabricado que é sua carreira. Há uma palpável guerra fria entre as duas, principalmente porque Catherine obriga Ashley a tomar remédios. Quando descobre que a menina há tempos não toma a medicação, a tia a droga, simulando um coma para que seja criada um holograma de Ashley, a próxima aposta comercial que vai encher os bolsos da equipe.

Uma vertente de filmes/séries sobre o estrelato que adoro é quando a história foca nos bastidores da fama. Nomes como "Cisne Negro" (2010) e "Demônio de Neon" (2016) são exemplos da desglamourização de carreiras artísticas, no entanto, o mesmo aspecto é mastigado em "RJ&AT". Há diversas decisões que o roteiro assume que não fazem o menor sentido: por exemplo, Ashley, ao não tomar os remédios, os guarda numa caixinha. Por que ela simplesmente não joga fora? Ela prefere guardar todas as provas que, óbvio, serão encontradas pela tia. É um gancho narrativo burro para empurrar a história.


Durante a notícia do coma de Ashley, a robô "acorda" e sofre (?) com o anúncio. As irmãs, que passam o episódio todo brigando por causa da robô (Jack acha tudo aquilo uma babaquice, sensata), se unem para salvá-la, desbloqueando a "consciência" total da AI, que se torna..........Miley na era "Bangerz". A robô, agora completamente autônoma, xinga e dá ordens, só faltou fazer twerk e a língua de fora.

A gangue parte para a mansão de Ashley, com o plano de resgatar a menina. É então que o episódio vira um clássico do "Scooby-Doo", recheado de alívios cômicos, artimanhas, vilões e aventuras. O final, a cereja do bolo desse desastre, mostra Ashley finalmente encontrando seu "eu" artístico e cantando rock alternativo. Não desistam dos seus sonhos, meninas! Vergonhoso.

Entre armadilhas para ratos e lições de moral de filmes infantis, há apenas um bom aspecto de todo esse caos: há um bem-vindo paralelo entre a vida de Ashley e a de Britney Spears. Estamos em meio ao movimento "Free Britney", surgido após acusações de que o pai de Spears, que serve como seu guardião jurídico, internou a cantora contra sua vontade após a mesma se recusar a tomar suas mediações - mais ou menos o mesmo que acontece no episódio. É uma boa discussão acerca da integridade de estrelas em detrimento de uma indústria, e a luz no fim do túnel dessa que é a pior mercadoria já produzida sob o selo "Black Mirror".

***


Muito se fala sobre "Black Mirror" ter baixado o nível após a migração para a Netflix; a afirmativa nem se deita sobre a síndrome do cult, aquele que deixa de gostar de algo por ser popular. É fato que, mesmo sob as asas do Channel 4, houveram episódios bons e ruins, contudo, o efeito é mais forte quando estamos falando em uma das maiores empresas de entretenimento do mundo. Os erros ficam menos perdoáveis quando existe capital e potencial mais que o suficiente para algo competente ser realizado.

A quinta temporada de "Black Mirror" é uma mácula irremediável em uma série tão brilhante, e continuação da queda meteórica vista desde a quarta temporada, cheia de episódios fracos, e com o filme, uma lástima. Se por um lado a Netflix é dona da melhor temporada do seriado - a terceira, fabulosa -, agora deve aguentar o peso de possuir uma que não consegue salvar um mísero episódio. Os números de audiência com certeza ainda estão nas alturas, e só posso esperar que isso não seja conclusão concreta para a plataforma de que o trabalho aqui está sendo bem feito. Tirando os aspectos técnicos - o design de produção segue perfeito -, não está, nem de longe.

Vai ter Rosalía, SZA, The Weeknd e muito mais em álbum inspirado em “Game Of Thrones”

Faltando menos de uma semana para o retorno de “Game Of Thrones”, hoje (09) foi anunciado que um álbum com faixas inspiradas na obra de George R. R. Martin será lançado dia 26 de Abril.

Na tracklist, podemos ver nomes de peso da música, como The Weeknd, Rosalía, Ellie Goulding, Travis Scott, SZA, The Lumineers e muito mais, olha só:

Após de 8 anos de sucesso na HBO, “Game Of Thrones” está se despedindo da tv em sua oitava e última temporada, com a estreia acontecendo neste domingo, dia 14.
 

O monólogo de Gina Rodriguez na nova temporada de "Jane The Virgin" é uma das melhores coisas da TV

Hey, nunca viu "Jane The Virgin" e veio parar aqui? Cuidado porque este texto está recheado de spoilers.

"Jane The Virgin" foi uma das melhores surpresas da televisão norte-americana em 2014. Baseado na novela venezuelana "Juana La Virgen", a série estrelada por Gine Rodriguez surpreendeu pela linguagem totalmente ousada ao trazer um narrador onisciente e muita metalinguagem, além de trazer um verdadeiro ode às telenovelas de língua espanhola. 

A "fórmula" se demonstrou um verdadeiro sucesso. As quatro primeiras temporadas tem merecidíssmos 100% de aprovação no famigerado Rotten Tomatoes e Gina Rodrigues tem um Globo de Ouro na sua estande da sala pela categoria de Melhor Atriz em Série de Comédia ou Musical e foi indicada outras duas vezes. Não é para menos: a atriz é excelente.

Com um timing de comédia ótimo e um roteiro certeiro, Gina conseguiu desenvolver uma Jane muito real com problemas reais, por mais que a série brinque (e muito!) com o fato de homenagear as telenovelas, o que abre brecha para trazer o absurdo como elemento de roteiro. Entretanto, com o decorrer das temporadas, a série ganhou um teor dramático, exigindo com que a atriz de "Aniquilação" se provasse ainda mais como uma grande artista.

Perdão pelo spoiler, mas Michael (Brett Dier), o marido de Jane na trama, morre logo no início da terceira temporada, bem depois de tudo parecer caminhar para dar certo. Com a morte da personagem, a série avança em quatro anos e o narrador já nos avisa que entramos na segunda metade da jornada de Jane.

A personagem de Gina Rodriguez sofre e a atriz consegue passar com muita verdade tal sentimento. Seu luto é muito dolorido. Até mesmo pós-superação, ela consegue demonstrar que Michael ainda faz falta. A cena em que ela recebe a notícia de que ele está morto é de doer o coração e ainda me assombra todas as noites. Eu só queria poder invadir a televisão e abraçar esse bebezinho.

A vida continua e Jane redescobre um novo amor, Rafael (Justin Baldoni). Entretanto, quando tudo parece caminhar bem mais uma vez, e perdão pelo spoiler novamente, Michael retorna dos mortos e sem memória. Fica de observação que isso serviu de gancho entre a quarta e quinta temporada, então tive que esperar mais de um ano para ver esse plot começar a se desenvolver.

O episódio que abre a quinta temporada e que foi ao ar nesta última quarta-feira (27) trouxa uma Jane extramente confusa, mas disposta a ajudar Michael, agora Jason, a recuperar sua memória. Apesar de toda a problemática, Jane não diz o que realmente sente por quase vinte minutos de episódio até que, finalmente, explode ao ser perguntada se estava bem.


Gina Rodriguez segura um monólogo de sete minutos em um plano-sequência e vomita todos os seus sentimentos em tela. Ela não consegue entender se está viúva, casada ou solteira - ainda mais porque ia pedir Rafael em casamento -, não sabe se deve contar para o filho Matteo sobre a volta do pai, não sabe como ajudar Michael a recuperar a memória. Ela não sabe o que fazer e isso a consome por completo. 

Ela está frustrada porque se sente totalmente enganada. Jane passou quatro anos com a ideia de que tinha perdido o amor de sua vida e agora encontra-se com ele novamente. Ela sente que todo o tempo de luto que teve foi perdido, principalmente com todos os sentimentos por ele se florescendo novamente.

Não somente o conflito interno de não saber como proceder com todos estes problemas, mas Jane também tem a necessidade de mostrar a sua mãe e avó que está bem e que nada disso está a atingindo de forma tão negativa, mas está. Ela sabe disso. Sua mãe disso. Sua avó sabe disso. O narrador sabe disso. O telespectador também sabe disso.


O telespectador não só sabe como também fica angustiado igual a mãe e avó de Jane. São vários sentimentos atolados que finalmente estão sendo desenterrados. Não há outra coisa a fazer além de ouvir. O tom cômico em momentos pontuais também contribui para tal angustia, provocando um verdadeiro "rindo de nervoso". O telespectador fica tão perdido nos dilemas de Jane como ela própria.

É possível "sentir na pele" todos os seus sentimentos e isso dói, ainda mais por conta de tudo que a personagem passou ao longo de quatro temporadas. O grandioso plano-sequência só é possível por conta do texto extremamente ágil interpretado brilhantemente por Gina Rodriguez. Perdão pelo meme, mas, Gina, eu viro pra você e digo "artista" porque só uma grande atriz poderia passar esse mix de sentimentos de forma tão primorosa.

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