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Sentiu o chão tremer? Gaga está de volta nesta sexta com "Stupid Love"

As trombetas foram tocadas. O deserto acabou. Lady Gaga finalmente anunciou seu comeback hoje (25), o pop está salvo. O primeiro single do LG6 é "Stupid Love", faixa vazada mês passado e que já deixou toda homossexual desejando uma coreografia para cair na balada.


"Stupid Love" será lançada na sexta-feira (28), à meia noite, em todas as plataformas digitais. O clipe já está gravado e imagens foram divulgadas no banner oficial do single, com um visual futurístico para qualquer fã da Grimes deitar. E falando em Grimes, a cantora revelou em um bate-papo no Twitter que ouviu o LG6 e que ele é "foda".


O LG6 é o sexto álbum de estúdio de Gaga, que ainda hoje colhe os frutos de "Shallow", a música mais premiada de todos os tempos. Fãs já especulam que "CHROMATICA" seja o nome do novo álbum, visto que a palavra está no banner de anúncio.

Lady Gaga está chegando para destruir a sua vida.

Ela tá chegando, galera! “Stupid Love”, novo single de Lady Gaga, pode ser lançado no próximo mês

Vai começar! Lady Gaga está pronta para dar o pontapé inicial na divulgação de seu sexto disco, que deve ter uma pegada bem pop e dançante. Segundo rumores, o primeiro single da nova era, “Stupid Love”, deve chegar já no próximo mês.

O burburinho envolvendo a canção começou com uma reportagem do jornal The Sun, que afirmou que a música será lançada no dia 7 de fevereiro. Logo depois, uma rádio da Grécia, que havia vazado a data de lançamento de “365”, da Katy Perry, confirmou que teremos "Stupid Love" no dia 07/02 mesmo. 

Pra completar, fãs encontraram o nome "Stupid Love" no código fonte de seu site e Gaga virou destaque no site da Interscope, o que indica que, de fato, novidades estão chegando 

Versões de “Stupid Love” caíram na rede ao longo dos últimos dias e com uma pequena busca no twitter por “Stupid Love” HQ já é possível encontrar um trecho em boa qualidade da canção, que lembra bastante a sonoridade da era “Born This Way”.

Esse será o primeiro lançamento da artista desde a trilha de "Nasce Uma Estrela", que deu a ela seu quarto #1 na Hot 100 norte-americana com o hit oscarizado "Shallow". Que essa nova era seja cheia de muito pop e muitos sucessos também!

Mulheres no topo! 2019 empata com 2012 como o ano com mais #1s femininos nesta década

Agora sim!

As mulheres viveram algumas temporadas difíceis nos últimos anos de Hot 100, mas caminhamos para um final de década muito positivo para elas. Com o atual 1º lugar de Lizzo com "Truth Hurts", o principal chart dos Estados Unidos já soma sete #1s femininos esse ano, fazendo com que 2019 empate com 2012 como o ano com mais canções nº 1 de e com mulheres. 

As músicas com mulheres que chegaram ao topo da parada dos EUA em 2019 são: "thank u, next" e "7 rings", da Ariana Grande; "Without Me", da Halsey; "Shallow", com Lady Gaga e Bradley Cooper; "bad guy", da Billie Eilish; "Señorita", com Camila Cabello e Shawn Mendes; e, agora, "Truth Hurts.


Em 2012, as canções lançadas por mulheres que chegaram ao topo da Hot 100 foram "We Found Love" e "Diamonds", da Rihanna; "Set Fire To The Rain", da Adele; "Stronger", da Kelly Clarkson; "Part Of Me", da Katy Perry; "Call Me Maybe", da Carly Rae Jepsen; e "We Are Never Ever Getting Back Together", da Taylor Swift. 

Com tanta coisa boa vindo por aí, 2019 tem tudo para se tornar o ano mais feminino da década. Faixas como "Hot Girl Summer", parceria entre a novata Megan Thee Stallion e Nicki Minaj, e o hino "Motivation", da Normani, tem tudo para crescer no chart e, quem sabe, chegarem ao merecido 1º lugar.


E por quê não contar com a Taylor Swift? "Lover" chegou ao Top 10 e pode subir, além de "The Man" e "Cruel Summer", que estão indo bem e, com a força de um clipe e performances, podem chegar ao topo. Billie Eilish lançará logo mais o clipe de "all the good girls go to hell", sua nova aposta. E Ariana Grande também pode somar mais um pra conta, já que fará parte da trilha do novo "As Panteras", que ainda terá uma música com ela, Lana Del Rey e Miley Cyrus. 

Por falar em Miley, "Slide Away" pode se tornar um sleeper hit, já que, sem divulgação, tem ido bem nas paradas streaming e, consequentemente, na Hot 100. O novo disco completo da artista deve chegar ainda esse ano. 

Camila Cabello lançará nessa quinta-feira (05) as primeiras amostras do disco "Romance", os singles "Shameless" e "Liar". Com dois #1s na conta nesse início de carreira solo, não podemos subestimá-la. 

Para completar, quem sabe não veremos algo de Rihanna e Lady Gaga ainda esse ano? A esperança é a última que morre. 

“Juntos”, a versão de Paula Fernandes para “Shallow”, é tudo o que o Brasil precisa ouvir em 2019

Se “Shallow” significou a consolidação de Lady Gaga pós-“Joanne” nos EUA, dando a ela ainda mais prestígio e prêmios na música e atuação, no Brasil, a versão autorizada e cantada por Paula Fernandes e Luan Santana, “Juntos”, vem com a intenção de alçar voos ainda maiores.

Com uma prévia já liberada pela internet, “Juntos” será a versão em português para o hit de “Nasce Uma Estrela” e, apesar dos memes e protestos dos fãs da cantora americana, que não gostaram nada da ideia de ter a canção traduzida, precisamos assumir: essa parceria e essa versão é exatamente tudo o que precisávamos neste momento.

Desde as eleições, o país caiu numa tensão e clima de desunião muito grande, com todos funcionando numa ótica bipolar na qual você só pode ser X ou Y, no máximo um Ciro ou Marina ali pelo meio termo, e com “Juntos”, Paula Fernandes, que já havia nos presenteado com uma versão de “Long Live”, da Taylor Swift, e Luan Santana que, entre outras coisas, possui hits como “Acordando o Prédio” e “MC Lençol e DJ Travesseiro”, nos mostram que a união não só é o possível, como também o caminho certo, empregando o conceito em sua própria letra, que ultrapassa qualquer fronteira linguística e mescla trechos em inglês e português, como o refrão: “cole de uma vez nossas metades, juntos e ‘shallow now’”.


“Shallow”, tamanho sucesso da canção desde a estreia de “Nasce Uma Estrela”, já havia ganhado inúmeras versões abrasileiradas, do remix forró com os vocais de Lady Gaga e Bradley Cooper, às reinterpretações como “No Chão”, da banda Desejar.



Para Paula Fernandes e Luan Santana, fica agora a responsabilidade de tornar “Juntos” tão relevante quanto a premiada música de Lady Gaga e, quem sabe, tornarem-a um hino sobre amor e união para este momento de tanta tensão que ainda enfrentamos. Juntos. E Shallow. Now.

Lady Gaga anuncia o disco “Music”, com Rosalía, Mark Ronson e Cupcakke

Parece que Lady Gaga finalmente está pronta para revelar o sucessor de “Joanne” e, no que depender da contagem regressiva que começou em seu site oficial, ainda nesta segunda teremos a primeira amostra do seu novo disco: “Music”. Ainda não sabemos se o disco completo, uma prévia ou seu primeiro single.


Em seu sexto trabalho, a cantora esteve em estúdio com nomes como Boys Noize, Diplo, Bloodpop e SOPHIE, além de, como anteciparam alguns rumores, a cantora Rosalía e o produtor responsável por seu disco anterior, Mark Ronson, que deverão aparecer no novo registro.

Uma suposta tracklist tem circulado por fóruns de fãs da cantora:

01. Every Drum Machine
02. Private Audition
03. hybrid
04. Mary Shelley (with Mark Ronson)
05. 90 On The Freeway 
06. MUSIC
07. Get That / Say Something (feat. CUPCAKKE)
08.  Reason Why
09.  Drip
10. Voices (feat. ROSALÍA)
11. Heartbeat
12. Enigma

Numa das melhores fases de sua carreira até aqui, atualmente Gaga colhe os frutos de sua participação no filme “Nasce uma estrela”, no qual interpreta a cantora em ascensão Ally.

O filme, além da aclamação nas telonas, deu também mais um hit pra carreira da cantora, que retornou às rádios e paradas ao som da balada “Shallow”, com Bradley Cooper.



Simultaneamente ao sucesso na música e cinema, o último ano também rendeu o início da residência de Gaga em Las Vegas, Enigma. O show seguiu os passos de artistas como Britney e Jennifer Lopez e foi aclamado pela imprensa internacional, que viu sua chegada a Vegas como uma oportunidade de influenciar ainda mais estrelas a fixarem residência por lá.

“Music”, ou como foi apelidado por seus fãs, “LG6”, deverá ter sua primeira amostra revelada ao fim da contagem regressiva, que termina às 14h desta segunda no horário de Brasília. Acompanhe com a gente aqui.

Muito longe do raso: Lady Gaga chega ao topo da Hot 100 americana com "Shallow"

Depois de levar pra casa todos os prêmios possíveis por "Shallow", incluindo Grammy, Globo de Ouro e, finalmente, um Oscar, Lady Gaga ainda tem o que alcançar e comemorar. Seguindo sua vitória na principal premiação do cinema, a música da trilha de "A Star Is Born" chegou ao topo da principal parada norte-americana nessa segunda-feira (04).



Ser aclamada pelo público e pela crítica especializada é essencial. 

Pra chegar ao 1º lugar da Billboard Hot 100, "Shallow" precisou subir nada mais do que vinte (!) posições e desbancar Ariana Grande, que já estava no topo da parada há cinco semanas não consecutivas com "7 rings" e cai agora para o segundo lugar. Em terceiro temos Halsey com o hit "Without Me", completando um top 3 totalmente feminino, do jeito que a gente gosta. 

Além de chegar ao #1 da parada de singles dos Estados Unidos nessa semana, Lady Gaga também conquistou o topo do chart de álbuns pela quarta vez com a trilha de "A Star Is Born". Essa é a primeira vez que Gaga tem a música e o disco número 1 nos EUA na mesma semana.

A parceria com Bradley Cooper (que, vale lembrar, já tem Grammy e, agora, #1 na Hot 100, mesmo não sendo primariamente um cantor), é o quarto número 1 de Lady Gaga nos Estados Unidos. Ela chegou ao topo da parada com "Just Dance" e "Poker Face", lá em 2009, e com "Born This Way", em 2011.



Se isso é a decadência de Lady Gaga, porrannnnn, imagina o auge?

“Shallow”, de Lady Gaga, não é a música mais premiada da história; recorde segue com Beyoncé

Quando Lady Gaga conquistou o Oscar de ‘Melhor Canção Original’ por sua música em “A Star Is Born”, “Shallow”, pipocaram comemorações quanto a música ter superado “Formation”, de Beyoncé, e se tornado a canção mais premiada da história.

Os números não eram tão exatos: alguns fã-sites da cantora falavam em 28 prêmios, enquanto outros comemoravam 32 títulos, que sairiam na frente dos 30 conquistados por Beyoncé (lista completa no fim do texto).

A notícia foi longe: nós comemoramos o feito aqui mais cedo; o G1, da Globo, deu a notícia afirmando ter como base uma matéria da Billboard e inúmeros outros sites, fóruns e fã-sites enalteceram o que corroborava um dos maiores momentos da carreira de Gaga desde o retorno com o disco “Joanne”.

Masssss fomos averiguar a informação com mais calma, afinal, estamos na era das fake news, né? E temos más notícias, que desta vez são reais.

O suposto título de música-mais-premiada-da-história de “Shallow” se baseava nesta lista aqui:


E a relação, apesar de contar com alguns prêmios incríveis, como Grammy, Oscar e Globo de Ouro, também deixa passar alguns títulos duvidosos e outros que sequer são prêmios reais, mas, sim, enquetes de sites e listas como os Melhores do Ano que publicamos por aqui, sabe?

Exemplificando: o tweet lista o ‘Vevo Certified’ de “Shallow”, que ultrapassou 100 milhões de visualizações no Youtube. Mas a Vevo, que descontinuou seu serviço como plataforma de streaming de vídeos em 2018, mantendo apenas uma parceria de conteúdo com o Youtube, não certifica vídeos desde 2015 —o último videoclipe certificado oficialmente pela Vevo foi “Uptown Funk”, do Mark Ronson com Bruno Mars. Ou seja, as visualizações são reais, mas o certificado não existe. Logo, “Shallow” não possui.


Em outro trecho da lista, temos um prêmio de ‘Best Original Song’ pela CCine Awards que, na realidade, se trata da premiação de um site brasileiro, realizada por meio de uma enquete com seus leitores online. Logo, não considerável para esse tipo de título. O caso é semelhante a outro título: de ‘Best Original Song’ do CinEuphoria, um blog português com exatos 120 seguidores. E também ao Golden Shepherd Awards (curiosidade: “golden shepherd”, em inglês, significa “pastor-alemão”), que sequer encontramos um blog ou site associado.

Rola ainda um ‘Best Song’ pelo site britânico Digital Spy que, assim como o site brasileiro citado, realizou apenas uma enquete aberta ao público. Não é uma premiação real, não conta como algo oficial.

Desta forma, na prática, cinco dos 32 prêmios comemorados não são títulos válidos, fazendo com que “Shallow” mantenha, até o momento, 27 prêmios, atrás dos 30 conquistados por Beyoncé, que segue com “Formation” como a música mais premiada da história.



De qualquer forma, ressaltamos que esses títulos em nada mudam a maneira como consumimos ou admiramos as duas músicas e que, com esta matéria, nossa intenção não é compará-las qualitativamente, colocando as cantoras e seus fãs uns contra os outros, mas, sim, reforçar nosso compromisso com a veracidade das informações aqui compartilhadas.

Mas se você for daqueles fãs que se preocupam sim com premiações e as usam como argumentos em discussões de fóruns e afins, guarda essa informação aqui: com “Shallow”, Gaga se tornou a primeira artista da história a conquistar os prêmios BAFTA, Globo de Ouro, Grammy e Oscar numa mesma temporada. O que é muitíssimo bacana e admirável também. Mete um gif da Gretchen no final e tá tudo certo.

LISTA DOS  30 PRÊMIOS DE “FORMATION”

A-List Award for Best Moving Image Advertising
AICE Award for Best Music Video
ASCAP Rhythm & Soul Award for Award Winning Hip Hop/R&B Song
BET Award for Video of the Year
BET Viewer's Choice Award
BET Centric Award
Cannes Lion's Excellence in Music Video
Clio Award for Video of the Year
Cultural Diver Award for Impact on Pop Culture
GRAMMY Award for Best Music Video
Kinsale Shark Award for Best International Music Video
Kinsale Shark Award for Best Directing in an International Music Video
London International Award for Best Music Video
London International Award for Best Direction
MTV Video Music Award for Video of the Year
MTV Video Music Award for Best Pop Video
MTV Video Music Award for Best Direction
MTV Video Music Award for Best Cinematography
MTV Video Music Award for Best Editing
MTV Video Music Award for Best Choreography
Music Society Award for R&B/Soul Recording of the Year
NAACP Image Award for Outstanding Music Video
National Film & Music Award for Video of the Year
One Show Award for Best Music Video
One Show Award for New Trends
Soul Train Award for Video of the Year
Soul Train Award for Song of the Year
UK Music Video Award for Best Styling in a Music Video
WatsUp Africa Music Video Award for Best International Video
Webby Award's People's Voice Award

A decadência de Lady Gaga! Cantora vence seu primeiro Oscar por parceria com Bradley Cooper em “Shallow”

Gente, tem como não ficar feliz pela Gaga? Não tem, não!

Na noite do último domingo (24) aconteceu mais uma edição do Oscar, a maior e mais respeitada premiação do cinema, e depois de tanto se preparar para este momento, Lady Gaga finalmenteee levou a sua primeira estatueta dourada, por conta da canção “Shallow”, com Bradley Cooper. A dupla concorria na categoria de Melhor Canção Original.

Gaga, que nos últimos anos se dedicou a mostrar o quanto era maior e mais relevante que todos os adjetivos que ganhou pelos hits e visuais controversos que marcaram sua carreira, brilhou como ninguém com a estreia nas telonas de “A Star is Born” e, antes do Oscar, já havia faturado também um Globo de Ouro e Grammy pela mesma canção.



Atualmente, Lady Gaga trabalha em seu sexto disco de inéditas, sucessor de “Joanne”, que neste ano garantiu um Grammy pra cantora. Passada uma fase mais introspectiva, espera-se que esse álbum leve a Gaga de “Shallow” e “Million Reasons” de volta para as pistas, já contando com produções de nomes como SOPHIE (Charli XCX, Madonna), Bloodpop (a própria Gaga, Grimes, Justin Bieber) e Boys Noize (Skrillex, Depeche Mode, N.E.R.D).

Pra fechar, a gente te deixa com essa imagem que ilustra um momento de paz e celebração na música pop:




Uma publicação compartilhada por It Pop! (@instadoit) em

Atualização: na versão original desta publicação, informamos que a canção de Lady Gaga havia quebrado o recorde de Beyoncé como a ‘música mais premiada da história’, mas houve um engano e essa informação não é verdadeira. Entenda melhor nesta outra matéria. 

Esses são os 20 álbuns mais esperados de 2019

Fazendo um balanço geral, 2018 foi um ano bom pra música, né? Tivemos alguns retornos muito esperados, como o da Christina Aguilera, vimos a menina Ariana Grande fazer valer sua narrativa, observamos o comeback triunfal e nada convencional de Lady Gaga como estrela de cinema, com direito a trilha cheia de sucessos, e vimos também novas estrelas surgirem, como Camila Cabello e Cardi B. 

Mas se 2018 foi bom, 2019 promete ser ainda melhor. Com a quantidade e qualidade dos lançamentos prometidos para esse ano, e também daqueles que ainda são rumores, só podemos esperar um ano incrível pra fecharmos mais essa década musical.

É tanta coisa boa que tivemos que escolher apenas os 20 discos que estamos mais ansiosos para escutar. Então, em ordem alfabética, aí vão os álbuns mais esperados de 2019:

Ariana Grande

No dia 8 de fevereiro teremos o quinto disco de Ariana, sucessor do "Sweetener", lançado em 2018. Quem tem acompanhado a carreira da artista sabe: depois de muitos problemas em sua vida pessoal, ela resolveu fazer da música sua terapia e decidiu que vai lançar faixas e álbuns quando bem entender, como os rappers fazem. O novo disco levará o mesmo nome de seu atual hit, "thank u, next", e trará também as já lançadas "imagine" e "7 rings".



Beyoncé

Como sempre quando se trata de Beyoncé, não temos ideia alguma sobre seu novo projeto. Pode sair esse ano ou não, ou pode ser algo diferente, como no ano passado, quando ela lançou um disco, mas foi em conjunto com o JAY-Z. Pode vir com clipes, um filme ou algo que a gente nem imagina. Dizem por aí que ela tentou alugar o Coliseu por um dia também. Vai saber? A única coisa que sabemos é que vai ser foda.



Cardi B

Uma das maiores revelações da década, Cardi B chegou quebrando tudo, sendo aclamada por público e crítica e conquistando várias indicações ao Grammy, incluindo Álbum do Ano, com seu disco de estreia, "Invasion Of Privacy" (2018). Mas ela não quer parar por aí e já garantiu que em 2019 tem material novo. Será que Cardi vai contar um pouco sobre sua experiência com a maternidade do seu ponto de vista divertidíssimo e nada comum? Queremos.



Carly Rae Jepsen

Nome que apareceu na nossa lista de álbuns mais esperados de 2018, Carly resolveu fazer tudo com calma e não liberou seu tão aguardado novo disco no ano passado. Mas de 2019 não deve passar, até porque ela já lançou a ótima "Party For One", o primeiro single dessa nova era. Por favor, Carly, não demore porque precisamos de mais pop de qualidade sobre independência, amores perdidos e, sim, masturbação.



Chance The Rapper

Um dos melhores rappers da atualidade, Chance foi aclamadíssimo com a mixtape "Coloring Book", liberada em 2016, e confirmou que já está em estúdio para trazer seu sucessor. O cara tem trabalhado com Kanye no projeto, e o novo material deve seguir a linha dos últimos álbuns em que Ye esteve envolvido: conciso, com apenas 7 faixas. Poucas músicas? Sim, mas temos certeza de que o rapper vai conseguir fazer valer a pena.



Charli XCX

Tivemos a certeza de que 2019 prometia quando, logo nos primeiros dias, Charli compartilhou com a gente suas resoluções para esse ano: "fazer e lançar um disco". É difícil saber o que vem por aí, já que o último álbum da britânica foi o "Sucker", lá de 2014. Desde então, ela tem explorado bastante a PC Music, com direito a duas mixtapes e um EP. Seja como for, o trabalho vai ser bom, afinal, it's Charli, baby!



Dua Lipa

Depois de conquistar o sucesso mundial com seu disco de estreia, Dua tem em mãos o desafio de fazer um disco que supere seu primeiro, para o público e para a crítica, e que mostre evolução. Felizmente, a cantora aproveitou sua ascensão para fazer ótimos amigos ao emprestar sua voz para músicas de produtores como Diplo e Mark Ronson, que podem até aparecer no material. Vai saber? Ela também está compondo bastante com a Tove Lo, o que já é uma garantia máxima de hino.



Hannah Diamond

A artista tem prometido seu disco de estreia desde 2017, mas aqui estamos nós em 2019 sem ainda termos escutado essa bíblia da PC Music. Nos últimos anos tivemos trabalhos bem interessantes no gênero, como a mixtape "Pop2", da Charli XCX, e o mais recente "Oil of Every Pearl's Un-Insides", da SOPHIE. A estreia definitiva de Hannah funcionaria para dar ainda mais força à dominação musical do ritmo. Vem fortalecer o movimento, Hannah!



Kendrick Lamar

No início do ano, a Polydor Records fez uma postagem, já deletada, em que revelava alguns lançamentos de 2019. Entre os nomes, um dos que mais se destacou, sem dúvidas, foi o de Kendrick. Adepto aos lançamentos surpresa e bem sigiloso com relação às suas músicas, é difícil até imaginar o que vem por aí, mas, tal como Beyoncé, não precisamos de muitas informações pra saber que um dos melhores álbuns do ano está a caminho.



Lady Gaga

Gaga fez seu retorno às paradas de sucesso de forma inesperada: através da trilha de um filme da qual ela é protagonista - e pelo qual ela está indicada ao Oscar. Se "A Star Is Born" serviu para a cantora lembrar a todos que ela nunca está fora do jogo, seu próximo álbum, que deve trazer produções de Boys Noize e SOPHIE (sim, uma produtora de PC Music!), pode ser o disco que vai trazer a Gaga pop que tanto amamos de volta. É esperar pra ver.



Lana Del Rey

Com o apoio de Jack Antonoff, nome por trás do "Melodrama" da Lorde, Lana Del Rey tem criado algumas de suas melhores músicas, como "Venice Bitch" e "Mariners Apartment Complex". Se elas forem uma prévia do que encontraremos em seu próximo disco, "Norman Fucking Rockwell", que deve estar entre nós ainda no primeiro semestre do ano, é certeza de que uma das melhores coisas de 2019 vem aí.



Marina

Marina (ex-And The Diamonds) se afastou da música para se dedicar aos estudos de psicologia, mas depois de um tempo de muitas reflexões sobre a vida, ela está de volta e com um novo nome (ou quase). A artista promete que seu novo material que, ao que tudo indica, já está finalizado, valerá a espera. E parece que o primeiro single dessa nova fase chega já na sexta-feira (8 de fevereiro).



Miley Cyrus

Miley revelou recentemente que seu novo álbum terá de tudo: pop-rock com produções do Mark Ronson, pop alternativo com o Wyatt, hip-hop com o Mike Will Made It e até músicas de pop beeem chiclete. Muitas personalidades pra agradar todo mundo! Para completar, rumores dizem que Miley quer celebrar sua carreira nessa nova era, com direito à turnê mundial e apresentação de hinos marcantes, como "The Climb". Sim, nós já estamos alimentando expectativas.



Normani

Enquanto não lança seu primeiro álbum pós-Fifth Harmony, Normani tem colaborado com ótimos artistas, como Calvin Harris, Khalid e Sam Smith, expandindo sua fanbase e conquistando terreno para seu primeiro lançamento solo. Seu disco de estreia deve ter colaborações de Missy Elliott e Ryan Tedder, além da participação de muitos produtores com os quais a artista sempre quis trabalhar. "Sonoramente e criativamente, eu posso fazer absolutamente o que eu quiser agora", contou Normani à Billboard. Soa promissor, né?



Rihanna

Rihanna está nos enrolando por anos após assumir o papel de revendedora oficial da sua linha de maquiagem, a Fenty Beauty, ao ponto de que vivemos um caso de abstinência coletiva de Riri em nossas vidas. A hitmaker já confirmou que o novo disco chega mesmo esse ano, mas não sabemos muito além disso. Rumores diziam que seu nono álbum exploraria o reggae, mas faz tanto tempo que essas informações saíram que não temos como ter certeza de nada. O que não importa muito, já que qualquer coisa que a Rihanna fizer em qualquer ritmo vai ser incrível.



Selena Gomez

Selena ensaiou seu retorno definitivo diversas vezes, com singles avulsos aqui e ali, mas sempre parando no meio por conta do Lupus e de suas complicações. Recém-saída de uma clínica de reabilitação, na qual entrou para lidar com estresse e ansiedade, a cantora parece estar bem agora. Segundo a gravadora Polydor, esse ano o sucessor do "Revival" (2015) sai. Fica a torcida pra que 2019 seja cheio de saúde e disposição para a cantora, e que ela consiga se reerguer e transformar toda a sua dor em música boa, como a gente sabe que ela pode fazer.



Sigrid

Uma das maiores revelações do pop em 2018, Sigrid não nos decepcionou com nenhuma música que lançou até hoje, e não há razão para acreditar que com seu disco de estreia, chamado "Sucker Punch", vai ser diferente. O material incluirá a canção de mesmo nome, além de "Don't Kill My Vibe",  "Strangers" e "Don't Feel Like Crying" (R.I.P. "High Five"), e está previsto para dia 1º de março.



Tame Impala

Calling all the indies! Tava muito difícil ser conceitual sem um novo lançamento do Tame Impala, mas essa saudade vai ficar pra trás em 2019. A banda foi confirmada como headliner do Coachella desse ano e já deu a entender que um novo álbum vem aí, possivelmente no dia em que se apresentam no festival, 13 de abril. O material será o sucessor do aclamado "Currents", de 2015, que é uma das melhores coisas que o meio alternativo nos proporcionou nessa década.



The Weeknd

No início ano passado, The Weeknd lançou o EP "My Dear Melancholy,", ótimo, mas que não necessariamente saciou nossa vontade por um novo disco do cara. Felizmente, durante um show em Toronto no fim de 2018, o canadense avisou que seu seu sexto álbum chegaria em breve, e a gente decidiu que esse em breve não pode passar desse novo ano. À julgar pelo "Starboy", de 2016, e pelo EP, podemos ficar tranquilos porque, quando chegar, vai ser bom demais, como sempre.



The 1975

Donos de um dos melhores discos de 2018, os caras do The 1975 já lançaram o "A Brief Inquire Into Online Relationships" com a certeza de que nesse ano viria mais um álbum. O "Notes On A Conditional Form" é, segundo o vocalista Matty Healy, um disco de UK Garage (dance, música eletrônica) sobre "ansiedade social" e nele você poderá encontrar uma das melhores letras que ele já escreveu. Os caras sabem muito bem como criar expectativa na gente (e como atendê-las também).



***

Pra qual disco você tá mais ansioso? Esquecemos de incluir algum álbum muito importante e muito esperado na lista? Conta pra gente nos comentários!

Artista completa, Lady Gaga leva "Melhor Atriz" e "Melhor Canção Original" no Critics' Choice Awards


Nesse domingo (13), aconteceu o Critics' Choice Awards, premiação que homenageia as melhores produções em televisão e cinema do ano. E como têm rolado em todas as premiações recentes da indústria, Lady Gaga estava entre as maiores indicações da noite pelo seu trabalho em "A Star Is Born".

Artista de verdade com talentos múltiplos, Gaga levou o prêmio de Melhor Canção Original por "Shallow", seu dueto com Bradley Cooper no filme, e empatou com Glenn Close no prêmio de Melhor Atriz. Glenn concorria pelo seu papel em "The Wife". A entrega do prêmio "conjunto" foi super emocionante, e nem a música de encerramento do bloco impediu Gaga de continuar o seu discurso cheia de lágrimas:


A premiação ainda contou com outro empate, e Amy Adams e Patricia Arquette acabaram dividindo o prêmio de Melhor Atriz em Filme Para TV por seus papéis em "Sharp Objects" e "Escape At Dannemora", respectivamente. Amamos mulheres no topo!

Lady Gaga já havia sido premiada no Globo de Ouro desse ano pela composição de "Shallow", e a canção ainda concorre ao Grammy por Música do Ano, Gravação do Ano, Melhor Duo Pop e Melhor Música Escrita Para Mídia Visual. Será que vem mais novidade com o anúncio dos indicados ao Oscar em fevereiro? Cruzem os dedos, little monsters!

R Kelly fala que Gaga o usou para alavancar sua carreira e está explorando-o para ganhar um Oscar

Os advogados de R. Kelly publicaram uma nota comentando as palavras do "estuprador de crianças" (quote de John Legend) sobre a última declaração de Lady Gaga, expondo sua relação com o mesmo.

R Kelly aprecia que ela reconhece o imenso talento dele e colaborou com ele para ajudar em sua carreira, mas acha lamentável que ela esteja explorando essa controvérsia para tentar ajudá-la a ganhar um Oscar.

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK


Coragem.

Lady Gaga quebra o silêncio sobre R. Kelly e decide banir "Do What U Want" do próprio catálogo

Lady Gaga finalmente falou sobre sua relação com R. Kelly após o lançamento do documentário "Surviving R. Kelly", no último dia 03 - que chocou a internet com relatos das mulheres que abriram as denúncias de abuso sexual. Na madrugada de hoje (10), a duas vezes vencedora do Globo de Ouro publicou uma declaração sobre toda a situação. Além de comentar sobre o quão arrependida está em ter feito "Do What U Want" com o cantor, decidiu que irá excluir a faixa de todas as suas plataformas.

Eu estou 100% do lado dessas mulheres, acredito nelas e sei a dor e o sofrimento que elas passam. O que eu ouvi contra R. Kelly é absolutamente horrível e indefensável. Como uma vítima de assédio sexual, eu fiz tanto a música quanto o vídeo [de "Do What U Want"] num período obscuro da minha vida, porque eu estava com raiva e ainda não tinha processado o trauma que me ocorreu. Eu não posso voltar atrás, mas posso seguir em frente e continuar apoiando mulheres, homens e pessoas de qualquer identidade sexual e raça. Eu compartilho isso não para criar desculpas para mim, mas para explicar. Eu vou excluir essa música do iTunes e de todas as plataformas, e não trabalharei mais com ele [R. Kelly]. Me desculpem, tanto pela minha falta de senso quando eu era jovem, como por não ter falado isso mais cedo. 

O comunicado surgiu, também, após diversas pressões da mídia sobre o posicionamento de Gaga, que, segundo o produtor do documentário, negou-se a conceder entrevista - assim como a maioria das celebridades contactadas, ao contrário de John Legend. Não é sobre imagem, é sobre fazer o que é certo. E a nota, também, dá o fim para qualquer dúvida sobre o cancelamento do clipe de "Do What U Want" - a cantora preferiu cancelar tudo quando percebeu o close errado que se meteu, o que matou a era "ARTPOP". Alguns sacrifícios são necessários.

Com a morte de "Do What U Want" com o R. Kelly, bom lembrar que o feat. com a Christina Aguileira sempre foi muito melhor, não é mesmo? Obrigado, Gaga, por ser um exemplo de que podemos assumir nossos erros e lutar pelo o que é certo. Cristal tocado pelo dom da sensatez.



RIP Do What U Want
2013 - 2019

Globo de Ouro 2019: quem vai ganhar, quem deveria e porquê é a noite de “Nasce Uma Estrela”

A corrida para o Oscar 2019 começa já em 2018, quando a roda crítica de cada estado norte-americano solta seus vencedores; mas é com o Globo de Ouro que a largada é oficialmente dada. A primeira premiação televisionada - e, consequentemente, a ter maior peso - acontece amanhã (06) em Bervely Hills, sob o comando da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla original).

É importante pontuar que os vencedores do Globo de Ouro não são garantias para o prêmio da Academia. De todas as premiações televisionadas, o Globo é o que mais se distancia do Oscar, tanto por ser uma entidade diferente quanto por rolar outros métodos de votações.

Como ainda estamos bem no início dos jogos, algumas categorias possuem um maior número de filmes ainda não lançados, então as apostas são baseadas nas tendências da temporada e no gosto da HFPA - bem característico, para dizer o menos rs. Ano passado errei "Filme Drama" (apostei de "A Forma da Água"), porém acertei com" Filme Comédia", dado a "Lady Bird". Essas são minhas apostas para 2019.


Melhor Filme: Drama

Quem vai ganhar: Nasce Uma Estrela
Ainda não entendi porquê a Warner decidiu submeter "Nasce Uma Estrela" na categoria de "Drama" quando o filme é um musical - "Bohemian Rhapsody" também seguiu o mesmo caminho. A única justificativa talvez seja visando o Oscar, já que a categoria tem mais peso do que a de "Comédia" - no atual século, só dois vencedores de "Melhor Filme Comédia" também venceram o Oscar: "Chicago" em 2002 e "O Artista" em 2011. De qualquer forma, "Nasce Uma Estrela" tem todos os requisitos que fazem a HFPA enlouquecer: estreia na direção e atuação, história poderosa e trilha sonora impecável. Apesar de "Infiltrado na Klan" ser o melhor dali, "Estrela" seria um vencedor com dignidade. "Pantera Negra", o que você está fazendo aqui, querido?

Melhor Filme: Comédia

Quem vai ganhar: O Guia
Categoria muito fraca esse ano - "Podres de Rico", sério? -, aposto que o mais acessível de todos será o vencedor, e esse é "O Guia". Feito no molde de premiações e ainda falando de racismo (de modo raso, mas ainda assim), é aquele filme Sessão da Tarde que não ousa arriscar para não errar, e a prova deve ser o prêmio. Inegavelmente a categoria deveria ser de "A Favorita", obra-prima e melhor filme entre todos os indicados, independentemente do gênero.

Melhor Direção

Quem vai ganhar: Bradley Cooper (Nasce Uma Estrela)
Briga forte em "Direção" entre Cooper e Alfonso Cuarón por "Roma". Consigo ver a HFPA pendendo para o lado de Cooper - eles amam um diretor estreante e Cooper já é queridinho da casa -, mas Cuarón pode levar como prêmio de "consolação", já que "Roma" não era elegível na categoria de "Melhor Filme" (por ser estrangeiro). Entre os indicados, eu iria com Spike Lee e seu retorno triunfal com "Infiltrado na Klan" - e alguém deve ser preso pela esnobada de Yorgos Lanthimos, não indicado por "A Favorita".

Melhor Atriz: Drama

Quem vai ganhar: Lady Gaga (Nasce Uma Estrela)
Lady Gaga é melhor já ter preparado o discurso, porque será uma surpresa se não levar "Melhor Atriz Drama". Ela não é a maior entre as indicadas - Glenn Close, conte sempre comigo -, mas a HFPA não vai perder a oportunidade de aclamar uma estreia tão certeira, que, além de ser uma transição competente entre indústrias, ainda canta, e canta muito. Ao contrário do Globo por "American Horror Story", esse não será comprado.

Melhor Ator: Drama

Quem vai ganhar: Rami Malek (Bohemian Rhapsody)
Cinebiografia? Nem viram e já amam. A farofa vai ser servida quando Rami Malek derrotar Bradley Cooper pela encarnação de Freddie Mercury em "Bohemian Rhapsody". É verdade que Malek é uma das poucas salvações do filme, todavia, Cooper entregou a maior atuação de sua carreira, e não deveria ter concorrência. Dentro do histórico da premiação, contudo, Malek tem cara de vencedor.

Melhor Atriz: Comédia

Quem vai ganhar: Olivia Colman (A Favorita)
Olá, Olivia Colman, ou deveria lhe chamar de futura vencedora do Oscar? Mesmo com Emily Blunt ameaçando na cola por "O Retorno de Mary Poppins", Colman e sua insana Rainha Anne de "A Favorita" largam na frente.

Melhor Ator: Comédia

Quem vai ganhar: Christian Bale (Vice)
Essa é uma das categorias difíceis de comentar, já que a maior parte dos filmes ainda não foi lançado. Christian Bale vem sendo forte nome entre os críticos, e deve ser a única vitória para "Vice", que é o líder de indicações da edição. Viggo Mortensen pode acabar levando para reforçar o prêmio de "O Guia".

Melhor Atriz Coadjuvante

Quem vai ganhar: Regina King (Se a Rua Beale Falasse)
A aposta mais fácil da noite, King vem passando o rodo na temporada e possui a performance mais premiada do ano. Ainda não vi "Se a Rua Beale Falasse", então não posso deixar de ovacionar Emma Stone e Rachel Weisz que estão perfeitas em "A Favorita".

Melhor Ator Coadjuvante

Quem vai ganhar: Richard E. Grant (Você Poderia me Perdoar?)
Outra categoria com filmes ainda não lançados é a de "Ator Coadjuvante", e a briga fica entre Mahershala Ali por "O Guia" e Richard Grant por "Você Poderia me Perdoar?". Grant tem levado vários na rodada de críticas e Ali já ganhou o Oscar por "Moonlight" há pouco tempo, o que pode ser o primeiro passo de Grant para a Academia.

Melhor Roteiro

Quem vai ganhar: A Favorita
O Globo de Ouro não separa roteiros originais e adaptados, como a maioria das premiações, colocando todo mundo no mesmo barco. "A Favorita" deve abocanhar pela mistura de drama de época com humor negro, diálogos afiados e interesse histórico. 

Melhor Filme Estrangeiro

Quem vai ganhar: Roma
É fato que a HFPA premia, muitas vezes, filmes que nem ao menos chegam ao Oscar - os dois últimos vencedores ("Elle" e "Em Pedaços") não foram nem indicados. Dessa vez não deve existir concorrência. "Roma" é o filme mais aclamado do ano e só não entrou em "Melhor Filme Drama" pela língua.

Melhor Canção

Quem vai ganhar. Shallow (Nasce Uma Estrela)
Lady Gaga não vai esquentar cadeira nesse Globo de Ouro, devendo sair vencedora dos dois prêmios que foi indicada - além de apresentar uma categoria, pode ficar ali mesmo no palco. "Shallow" é a maior canção do cinema em 2018 e merece o reconhecimento devido.

Com destaque para Kendrick Lamar, Lady Gaga e Cardi B, confira os indicados ao Grammy 2019

Estão entre nós as indicações ao principal prêmio da indústria musical (quer a gente queira ou não), o Grammy Awards. A lista completa foi liberada nessa sexta-feira (07) e, além de confirmar algumas apostas, trouxe muitas surpresas - de indicados a esnobados inesperados. 

No ano passado, a premiação foi bastante criticada pela falta de figuras femininas nas principais categorias. Entre os concorres à Álbum do Ano da última edição, por exemplo, tínhamos apenas Lorde com seu "Melodrama". Esse ano, a situação mudou. A maior categoria do Grammy foi dominada por mulheres, brancas, negras e uma latina. O aumento no número de indicados de 5 para 8 nas principais categorias ajudou, assim como o que a academia chamou de "uma força tarefa para inclusão de diversidade em sua bancada". Nas outras categorias, muitas mulheres marcaram presença também, mostrando que, sim, tem muita artista boa por aí, é só querer prestar atenção nelas. 

Entre os destaques, temos Kendrick Lamar liderando com 8 indicações graças a maravilhosa trilha do filme "Pantera Negra", que aparece também em Álbum do Ano, uma conquista não muito comum, mas muito bem-vinda, para esse tipo de disco. Drake vem em seguida com 7 nomeações, Brandi Carlile, uma das surpresas dessa edição, com 6, mesmo número de Maren Morris, cuja as maiores indicações vieram para o hit "The Middle", parceria com Zedd e Grey.




Cardi B e Lady Gaga vem em seguida com 5 indicações. A rapper se apoia em seu disco de estreia, o ótimo "Invasion Of Privacy", enquanto Gaga chega com a força de "Shallow", para a trilha de "Nasce Uma Estrela", embora tenha conseguido uma indicação com "Joanne (Where Do You Think You're Goin'?) [Piano Version]" (sim, é isso mesmo!).

Entre as gratas surpresas, descobrimos que Janelle Monáe finalmente está ganhando o reconhecimento que merece, H.E.R. já não é apenas uma promessa da música, Christina Aguilera (e Demi Lovato!) não foram ignoradas pelo Grammy, SOPHIE se tornou a primeira mulher trans nomeada ao prêmio e artistas novatas conseguiram se sobressair entre a enorme lista de indicados. 

Vamos lá?

Álbum do Ano

"Invasion of Privacy", Cardi B
"By the Way, I Forgive You", Brandi Carlile
"Scorpion", Drake
"H.E.R.", H.E.R.
"Beerbongs & Bentleys", Post Malone
"Dirty Computer", Janelle Monae
"Golden Hour", Kacey Musgraves
"Black Panther: The Album", Featuring Kendrick Lamar

Gravação do Ano

"I Like It", Cardi B, Bad Bunny & J Balvin
"The Joke", Brandi Carlile
"This is America", Childish Gambino
"God's Plan", Drake
"Shallow", Lady Gaga & Bradley Cooper
"All The Stars", Kendrick Lamar & SZA
"Rockstar," Post Malone feat. 21 Savage
"The Middle," Zedd, Maren Morris and Grey

Canção do Ano

"All The Stars" Kendrick Lamar & SZA
"Boo'd Up", Ella Mai
"God's Plan", Drake
"In My Blood", Shawn Mendes
"The Joke", Brandi Carlile
"The Middle," Zedd, Maren Morris and Grey
"Shallow", Lady Gaga & Bradley Cooper
"This is America", Childish Gambino

Artista Revelação

Chloe X Halle
Luke Combs
Greta Van Fleet
H.E.R.
Dua Lipa
Margo Price
Bebe Rexha
Jorja Smith

Melhor Álbum Pop

"Camila", Camila Cabello
"Meaning Of Life", Kelly Clarkson
"sweetener", Ariana Grande
"Shawn Mendes", Shawn Mendes
"Beautiful Trauma", P!nk
"reputation", Taylor Swift

Melhor Performance Solo de Pop

"Colors", Beck
"Havana (Live)", Camila Cabello
"God is a woman", Ariana Grande
"Joanne (Where Do You Think You're Goin'?) [Piano Version]", Lady Gaga
"Better Now", Post Malone

Melhor Performance de Pop em Dupla/Grupo

"Fall In Line", Christina Aguilera feat. Demi Lovato
"Don't Go Breaking My Heart", Backstreet Boys
"'S Wonderfull", Tony Bennett & Diana Krall
"Shallow", Lady Gaga & Bradley Cooper
"Girls Like You", Maroon 5 feat. Cardi B
"Say Something", Justin Timberlake feat. Chris Stapleton
"The Middle", Zedd, Maren Morris & Grey

Melhor Gravação Dance

"Northern Soul",Above & Beyond Featuring Richard Bedford
"Ultimatum", Disclosure feat. Fatoumata Diawara
"Losing It", Fisher Paul 
"Electricity", Silk City & Dua Lipa
"Ghost Voices", Virtual Self

Melhor Álbum de Música Eletrônica

"Singularity", Jon Hopkins
"Woman Worldwide", Justice
"Treehouse" Sofi Tukker
"Oil Of Every Pearl's Un-Insides", SOPHIE
"Lune Rouge", TOKiMONSTA

Melhor Performance de R&B

"Long As I Live", Toni Braxton
"Summer", The Carters
"Y O Y", Lalah Hathaway
"Best Part", H.E.R. feat. Daniel Caesar
"First Began", PJ Morton

Melhor Canção de R&B

"Boo'd Up", Ella Mai
"Come Through And Chill", Miguel feat. J. Cole & Salaam Remi
"Feels Like Summer", Childish Gambino
"Focus", H.E.R.
"Long As I Live", Toni Braxton

Melhor Álbum de Urban Contemporâneo

"EVERYTHING IS LOVE", The Carters
"The Kids Are Alright", Chloe X Halle
"Chris Dave And The Drumhedz", Chris Dave And The Drumhedz
"War & Leisure", Miguel
"Ventriloquism", Meshell Ndegeocello

Melhor Performance de Rap

"Be Careful", Cardi B
"Nice For What", Drake
"King's Dead", Kendrick Lamar, Jay Rock, Future & James Blake
"Bubblin", Anderson .Paak
"SICKO MODE", Travis Scott, Drake, Big Hawk & Swae Lee

Melhor Performance de Rap/Sung

"Like I Do", Christina Aguilera feat. Goldlink
"Pretty Little Fears", 6LACK feat. J. Cole
"This Is America", Childish Gambino
"All The Stars", Kendrick Lamar & SZA
"rockstar", Post Malone feat. 21 Savage

Melhor Álbum de Rap

"Invasion Of Privacy", Cardi B
"Swimming", Mac Miller
"Victory Lap", Nipsey Hussle
"Daytona", Pusha T
"ASTROWORLD", Travis Scott

Quer conferir todos os indicados? Corre lá no site do Grammy clicando aqui

"Paris Is Burning" Impact: Calvin Harris e Sam Smith lançam o “Promises Documentary”

A parceria de Calvin Harris e Sam Smith nos rendeu uma das melhores músicas desse ano, mas ainda bem que eles não pararam por ai. 

Em “Promises”, o DJ britânico chamou o hitmaker de “Pray” para continuar a empreitada de trazer de volta às rádios a House-Music dos anos 80, estilo que ele vem explorando bastante desde seu último álbum, o “Funk Wav Bounce Vol.1”, até seu single anterior, a parceria “One Kiss” com a Dua Lipa.

No clipe, somos levados a uma noite glamorosa em um “ballroom”, onde a liberdade de existir dos LGBTQI+ é celebrada. A produção conta com a participação de Kevin Stea, que ficou famoso ao trabalhar com Madonna em sua transgressora “Blond Ambiton Tour”.




A dupla resolveu expandir o trabalho audiovisual do clipe e criou um mini-documentário, em que dançarinos de Vogue, Drag Queens, designers de moda e consagrados artistas da noite LGBTQI+ relatam suas histórias de aceitação e resistência.

Sam Smith também aparece contando seu processo de aceitação.
Quando eu me assumi a única coisa que meu pai me disse foi, ‘você tem certeza? Só quero saber disso, porque não quero dizer isso pra todo mundo. Você é muito novo, talvez você sinta algo que não é. A primeira vez que encontrei com algum gay, eu tinha 19 anos, quando saí da minha área. Mesmo na escola, eu era o único gay.
 Confira o mini-documentário.



A produção, tanto do clipe quanto do documentário, é assinada pelo diretor “Evil Nava”, que também dirigiu vários outros vídeos do Calvin, como “Feels" “This Is What You Came For", e “One Kiss".

O curta-metragem tem grande influência do icônico e atemporal “Paris Is Burning”documentário lançado em 1991 que é uma verdadeira aula de história sociocultural LGBTQ+.





Alguns dos grandes exemplos do legado dessa produção são a “Pose” (HBO)de Ryan Murphy e o clipe de “Vogue”, da Madonna. Em 2016, a obra foi selecionada pelo "National Film Registry" à Biblioteca do Congresso como "cultural, histórica ou esteticamente significante"Catou a importância, né?

"Paris Is Burning" está disponível na Netflix pra você ver e rever. E de nada! ;)

Crítica: acredite no hype, “Nasce Uma Estrela” é fenomenal na tela (e nos alto-falantes)

Indicado a 08 Oscars:

- Melhor Filme
- Melhor Atriz (Lady Gaga)
- Melhor Ator (Bradley Cooper)
- Melhor Ator Coadjuvante (Sam Elliott)
- Melhor Roteiro Adaptado
- Melhor Canção Original
- Melhor Fotografia
- Melhor Mixagem de Som
* Crítica editada após as indicações ao 91º Oscar

Atenção: a crítica contém spoilers para quem assistiu a nenhuma das quatro versões de "Nasce Uma Estrela".

Quando foi anunciada a quarta versão de "Nasce Uma Estrela" (A Star is Born), achei que seria uma bomba, confesso. Remakes, por si só, carregam uma área de desastre pelos inúmeros exemplos malfadados que temos, e, se não bastasse, era Lady Gaga que viria no papel da (nessa versão) aspirante a cantora em busca do estrelato. Caso você me conheça sabe: eu sou muito fã da Gaga cantora. Cantora.

A vencedora do Globo de Ouro mais comprado dos últimos tempos já passeou pelo cinema em pontas - "Machete Kills" e "Sin City 2" - e na tevê, com destaque a "American Horror Story: Hotel" (que a fez assinar o cheque à Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood). Quando as pontas não dispuseram de espaço suficiente para sabermos qual era a da atriz, em "Hotel" consegui perceber o quão rasa era sua atuação: ela posava ao invés de atuar. Em seus clipes, Gaga executava maravilhosamente bem sua louca persona, então onde estava isso?

A soma da equação "remake + Gaga" era um sinal vermelho. O filme foi jogado de um lado para o outro, mudando as datas de lançamento até cair em outubro, quando a corrida para o Oscar começa. Estaria a Warner realmente confiando no potencial do filme? Assim que apareceu no Festival de Veneza, a crítica foi assustadora: todos caíram de amores pela obra, que recebeu aclamação universal. Não era possível sair algo de errado dali, mas ainda assim me mantive cético.


Corri então para a primeira sessão de estreia que pudesse para finalmente comprovar se eu estaria do lado da crítica em geral ou se seria mais um exemplo que me faria nadar contra a maré (já estou acostumado). Felizmente, estou do lado dos que amam "Nasce Uma Estrela". Um breve resumo da obra: Jack Maine (Bradley Cooper, que também dirige o longa na sua estreia na posição) é um consolidado e alcoólatra músico que um dia conhece Ally (Gaga), reclusa em pequenos bares cantando covers. Jack então encoraja a mulher a cantar suas próprias músicas, e dali surge não só uma estrela, mas também um novo amor.

A produção já inicia metendo o pé na porta com Cooper revelando que, além de ótimo ator, canta DEMAIS. "Nasce Uma Estrela" é aberto com "Black Eyes", um rock insano bem Queens of The Stone Age para colocar o público no clima necessário. O rápido corte joga Jack dentro do carro após o show e, com o rosto coberto por sombras, vai direto na garrafa de uísque. Em seguida surge Ally, saindo do trabalho para o bico de cantora em um bar drag (com a Shangela e a Willam de "RuPaul's Drag Race"!), não sem antes ser abusada verbalmente pelo chefe aos gritos. É aí que surge o nome do filme em grandes letras vermelhas, no melhor estilo Hollywood clássica.

O caminho dos dois se esbarra quando Jack entra sem pretensões no bar de Ally, que canta "La Vie en Rose", o suficiente para o cantor querer saber mais sobre aquela estranha mulher, ou melhor, saber mais daquela incrível voz. Ou ambas. A timidez de Ally vai aos poucos derretendo diante do charme de Jack, e ela revela que, apesar dos vocais, nunca conseguiu ir além de covers em bares por causa do seu nariz - "Todos adoram como eu canto, não como eu pareço". Quando o homem conta mais sobre sua infância, ela rapidamente surge com uma letra, provando ser muito mais que uma vocalista, mas uma compositora. Jack sabe que está diante de algo muito grande.


Em um grande show, ele diz que vai cantar a tal música composta por ela, e pede para que Ally se junte a ele no palco, desesperando a mulher. Enquanto Jack canta os primeiros versos, a câmera se mantém por uns bons segundos diante do rosto de Ally, sem cortes. As expressões dela se tornam uma verdadeira montanha-russa de emoções, até que ela vai com a cara e a coragem para a frente do palco. A sequência é a comprovação absoluta de toda a força de "Nasce Uma Estrela" como potência audiovisual: não só as performances dos dois atores são fabulosas - o trajeto de total pânico de Gaga até o entendimento da sua própria capacidade é avassalador - como a canção - "Shallow" - é, talvez, a melhor música de qualquer filme lançado no ano.

Após o show, Ally vislumbra o quão fundo é o real problema de Jack: o alcoolismo. O cara desaba quase em coma, sendo carregado pelo empresário-e-irmão-mais-velho Bobby (Sam Elliott, em ótima forma). O roteiro costura a relação entre Jack e Bobby exemplarmente, fomentando densa carga emocional. Os personagens são o que são por um amontoado de situações no passado, e traumas não só moldam como mudam para sempre quem somos.

"Nasce Uma Estrela" também desenvolve a relação entre Jack e Ally da forma como deve ser. Seguimos todos os passos na construção desse amor e fica sempre claro como aquelas duas pessoas tão machucadas pelo tempo estão fortemente se abraçando a fim de juntar seus cacos. Não temos um belo e romântico conto de fadas, e sim uma ligação humana e lotada de falhas. Caso não resolvamos nossos demônios internos, eles vão inevitavelmente emergir e afetar o outro.



Enquanto isso, Ally vira peça fixa nos shows de Maine, acrescentando cada vez mais as músicas escritas por ela na setlist. Não demora até que um empresário surja oferecendo um grande contrato para que Ally grave seu primeiro álbum, o que gerará atritos na relação: ela não poderá mais viajar em turnê com Jack a fim de gravar o cd, fazendo-o afundar ainda mais no álcool e cocaína.

A gravadora então repagina a imagem de Ally: muda a cor dos seus cabelos e a afasta do country/rock de Jack para músicas mais pop, como a deliciosa "Why Did You Do That?", apresentada no Saturday Night Live (!), o que a rende três indicações ao Grammy. O novo cenário de sucesso da mulher torna Jack destrutivo e vingativo, dizendo que tem vergonha do que ela é agora, além de chamá-la de feia. O homem vai no imo de toda a insegurança de Ally como reflexo da própria insegurança: ele não sabe administrar vê-la crescendo enquanto ele só cai.

A noite do Grammy - cena clássica de todas as versões de "Nasce Uma Estrela" (mudando apenas a premiação, sendo o Oscar nas duas primeiras) - é a erupção de toda a ruína de Jack: de uma só vez ele deixa de ser a atração principal de uma performance para virar mero guitarrista, sendo substituído por um cantor mais novo; e, como se não bastasse, Ally vence o Grammy. Durante o discurso de agradecimento, Jack, absolutamente drogado, urina no palco e desmaia, arruinando ao vivo o momento da mulher. Não apenas um dos melhores da película como a melhor sequência entre todas as quatro versões.


Daí para frente é ladeira abaixo. Mesmo passando uma temporada na reabilitação, a culpa pelo peso que exerce sobre Ally é grande demais e Jack se suicida. A fita já deixa anunciada sua morte logo na segunda cena, lá no início, quando o enquadramento pega Jack dentro do carro e, através da janela, vemos um letreiro como várias forcas. A fotografia é deveras respeitosa, e filma a morte do protagonista sem glamorização e fetichização. É tudo captado em closes ou bem distante, sem acompanhar o derradeiro momento.

Por ser a terceira recontagem da mesma história, é impossível não cair na comparação. O que faz a versão de Cooper a melhor das quatro é a mudança de direcionamento do roteiro (co-escrito pelo próprio). Antes era a personagem da estrela em ascensão que dominava a fita - Janet Gaynor, Judy Garland e Barbra Streisand, respectivamente - com o papel do marido falido servindo quase como coadjuvante. Cooper coloca seu personagem no holofote principal, dando um estudo para todo o seu vício gerado pela depressão. O suicídio de Maine nunca recebeu o tratamento devido nos filmes anteriores, finalmente sendo um ato de reação dos problemas psicológicos do homem, e não mera reviravolta para dar peso à protagonista. Maine aqui não é alavanca de condução da história, e sim a própria história.

Se todos os atores que interpretaram Maine eram ofuscados por suas co-protagonistas, Cooper em momento nenhum deixa a cena ser assaltada, entregando a melhor performance de sua carreira com esse decrépito músico com ares de Jeff Bridges. Sua estreia como diretor também é um sucesso, pecando apenas na hora de ditar a montagem, que em alguns momentos soa deslocada e com cortes que não transmitem suavidade.


Mas não se engane: Lady Gaga está brilhante. Fica difícil imaginar outra atriz no lugar dela, que não só exala os pormenores psicológicos de Ally como possui os traços físicos perfeitos para colocar os pés da personagem no chão. Completamente despida de toda a parafernália que a fez famosa, Gaga transborda vulnerabilidade e é uma forte candidata ao Oscar de "Melhor Atriz" não pelas sequências no palco, mas sim pelas pequenas cenas, pelos contatos intimistas que mais parecem espontâneos que fincados sob um roteiro - a cena da banheira vem logo à mente. Todavia, é óbvio que sua performance musical é sem precedentes. De "Always Remember Us This Way" à pop "Heal Me", Gaga só nos recorda que é uma das maiores vocalistas do nosso tempo.

Falando nas músicas, ah, as músicas... A trilha sonora de "Nasce Uma Estrela" é fenomenal em todos os aspectos. Dá absoluto prazer ver uma coleção de músicas que tanto funcionam sozinhas como são imprescindíveis para o plot. Da porrada que é "Shallow" e sua honesta letra sobre manter-se longe do superficial, até o final irretocável com "I'll Never Love Again" (não segure as lágrimas), com Gaga em seu momento Mariah Carey, é impossível não se emocionar com a música do filme, uma sucessão de clássicos - gravados ao vivo. Sair da sessão cantarolando as faixas é caminho sem volta.

Todas as dúvidas ao redor de "Nasce Uma Estrela" são bombardeadas com argumentos audiovisuais do seu esplendor. Um dos raros exemplos de remakes que não são só realizados da maneira correta como superam seus originais, a obra deixa de ser mera viagem aos bastidores da indústria do entretenimento ou mais uma platônica história de amor para realizar um estudo necessário sobre a fragilidade da mente humana e nossa sucessão diária à ruína e ao sucesso. Se sua maior curiosidade é ver Lady Gaga sem maquiagem ou vestido de carne, prepare-se para ser arrebatado pela avalanche de talento que é "Nasce Uma Estela", um espetáculo na tela (e nos alto-falantes).

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