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Esses são os 20 álbuns mais esperados de 2019

Fazendo um balanço geral, 2018 foi um ano bom pra música, né? Tivemos alguns retornos muito esperados, como o da Christina Aguilera, vimos a menina Ariana Grande fazer valer sua narrativa, observamos o comeback triunfal e nada convencional de Lady Gaga como estrela de cinema, com direito a trilha cheia de sucessos, e vimos também novas estrelas surgirem, como Camila Cabello e Cardi B. 

Mas se 2018 foi bom, 2019 promete ser ainda melhor. Com a quantidade e qualidade dos lançamentos prometidos para esse ano, e também daqueles que ainda são rumores, só podemos esperar um ano incrível pra fecharmos mais essa década musical.

É tanta coisa boa que tivemos que escolher apenas os 20 discos que estamos mais ansiosos para escutar. Então, em ordem alfabética, aí vão os álbuns mais esperados de 2019:

Ariana Grande

No dia 8 de fevereiro teremos o quinto disco de Ariana, sucessor do "Sweetener", lançado em 2018. Quem tem acompanhado a carreira da artista sabe: depois de muitos problemas em sua vida pessoal, ela resolveu fazer da música sua terapia e decidiu que vai lançar faixas e álbuns quando bem entender, como os rappers fazem. O novo disco levará o mesmo nome de seu atual hit, "thank u, next", e trará também as já lançadas "imagine" e "7 rings".



Beyoncé

Como sempre quando se trata de Beyoncé, não temos ideia alguma sobre seu novo projeto. Pode sair esse ano ou não, ou pode ser algo diferente, como no ano passado, quando ela lançou um disco, mas foi em conjunto com o JAY-Z. Pode vir com clipes, um filme ou algo que a gente nem imagina. Dizem por aí que ela tentou alugar o Coliseu por um dia também. Vai saber? A única coisa que sabemos é que vai ser foda.



Cardi B

Uma das maiores revelações da década, Cardi B chegou quebrando tudo, sendo aclamada por público e crítica e conquistando várias indicações ao Grammy, incluindo Álbum do Ano, com seu disco de estreia, "Invasion Of Privacy" (2018). Mas ela não quer parar por aí e já garantiu que em 2019 tem material novo. Será que Cardi vai contar um pouco sobre sua experiência com a maternidade do seu ponto de vista divertidíssimo e nada comum? Queremos.



Carly Rae Jepsen

Nome que apareceu na nossa lista de álbuns mais esperados de 2018, Carly resolveu fazer tudo com calma e não liberou seu tão aguardado novo disco no ano passado. Mas de 2019 não deve passar, até porque ela já lançou a ótima "Party For One", o primeiro single dessa nova era. Por favor, Carly, não demore porque precisamos de mais pop de qualidade sobre independência, amores perdidos e, sim, masturbação.



Chance The Rapper

Um dos melhores rappers da atualidade, Chance foi aclamadíssimo com a mixtape "Coloring Book", liberada em 2016, e confirmou que já está em estúdio para trazer seu sucessor. O cara tem trabalhado com Kanye no projeto, e o novo material deve seguir a linha dos últimos álbuns em que Ye esteve envolvido: conciso, com apenas 7 faixas. Poucas músicas? Sim, mas temos certeza de que o rapper vai conseguir fazer valer a pena.



Charli XCX

Tivemos a certeza de que 2019 prometia quando, logo nos primeiros dias, Charli compartilhou com a gente suas resoluções para esse ano: "fazer e lançar um disco". É difícil saber o que vem por aí, já que o último álbum da britânica foi o "Sucker", lá de 2014. Desde então, ela tem explorado bastante a PC Music, com direito a duas mixtapes e um EP. Seja como for, o trabalho vai ser bom, afinal, it's Charli, baby!



Dua Lipa

Depois de conquistar o sucesso mundial com seu disco de estreia, Dua tem em mãos o desafio de fazer um disco que supere seu primeiro, para o público e para a crítica, e que mostre evolução. Felizmente, a cantora aproveitou sua ascensão para fazer ótimos amigos ao emprestar sua voz para músicas de produtores como Diplo e Mark Ronson, que podem até aparecer no material. Vai saber? Ela também está compondo bastante com a Tove Lo, o que já é uma garantia máxima de hino.



Hannah Diamond

A artista tem prometido seu disco de estreia desde 2017, mas aqui estamos nós em 2019 sem ainda termos escutado essa bíblia da PC Music. Nos últimos anos tivemos trabalhos bem interessantes no gênero, como a mixtape "Pop2", da Charli XCX, e o mais recente "Oil of Every Pearl's Un-Insides", da SOPHIE. A estreia definitiva de Hannah funcionaria para dar ainda mais força à dominação musical do ritmo. Vem fortalecer o movimento, Hannah!



Kendrick Lamar

No início do ano, a Polydor Records fez uma postagem, já deletada, em que revelava alguns lançamentos de 2019. Entre os nomes, um dos que mais se destacou, sem dúvidas, foi o de Kendrick. Adepto aos lançamentos surpresa e bem sigiloso com relação às suas músicas, é difícil até imaginar o que vem por aí, mas, tal como Beyoncé, não precisamos de muitas informações pra saber que um dos melhores álbuns do ano está a caminho.



Lady Gaga

Gaga fez seu retorno às paradas de sucesso de forma inesperada: através da trilha de um filme da qual ela é protagonista - e pelo qual ela está indicada ao Oscar. Se "A Star Is Born" serviu para a cantora lembrar a todos que ela nunca está fora do jogo, seu próximo álbum, que deve trazer produções de Boys Noize e SOPHIE (sim, uma produtora de PC Music!), pode ser o disco que vai trazer a Gaga pop que tanto amamos de volta. É esperar pra ver.



Lana Del Rey

Com o apoio de Jack Antonoff, nome por trás do "Melodrama" da Lorde, Lana Del Rey tem criado algumas de suas melhores músicas, como "Venice Bitch" e "Mariners Apartment Complex". Se elas forem uma prévia do que encontraremos em seu próximo disco, "Norman Fucking Rockwell", que deve estar entre nós ainda no primeiro semestre do ano, é certeza de que uma das melhores coisas de 2019 vem aí.



Marina

Marina (ex-And The Diamonds) se afastou da música para se dedicar aos estudos de psicologia, mas depois de um tempo de muitas reflexões sobre a vida, ela está de volta e com um novo nome (ou quase). A artista promete que seu novo material que, ao que tudo indica, já está finalizado, valerá a espera. E parece que o primeiro single dessa nova fase chega já na sexta-feira (8 de fevereiro).



Miley Cyrus

Miley revelou recentemente que seu novo álbum terá de tudo: pop-rock com produções do Mark Ronson, pop alternativo com o Wyatt, hip-hop com o Mike Will Made It e até músicas de pop beeem chiclete. Muitas personalidades pra agradar todo mundo! Para completar, rumores dizem que Miley quer celebrar sua carreira nessa nova era, com direito à turnê mundial e apresentação de hinos marcantes, como "The Climb". Sim, nós já estamos alimentando expectativas.



Normani

Enquanto não lança seu primeiro álbum pós-Fifth Harmony, Normani tem colaborado com ótimos artistas, como Calvin Harris, Khalid e Sam Smith, expandindo sua fanbase e conquistando terreno para seu primeiro lançamento solo. Seu disco de estreia deve ter colaborações de Missy Elliott e Ryan Tedder, além da participação de muitos produtores com os quais a artista sempre quis trabalhar. "Sonoramente e criativamente, eu posso fazer absolutamente o que eu quiser agora", contou Normani à Billboard. Soa promissor, né?



Rihanna

Rihanna está nos enrolando por anos após assumir o papel de revendedora oficial da sua linha de maquiagem, a Fenty Beauty, ao ponto de que vivemos um caso de abstinência coletiva de Riri em nossas vidas. A hitmaker já confirmou que o novo disco chega mesmo esse ano, mas não sabemos muito além disso. Rumores diziam que seu nono álbum exploraria o reggae, mas faz tanto tempo que essas informações saíram que não temos como ter certeza de nada. O que não importa muito, já que qualquer coisa que a Rihanna fizer em qualquer ritmo vai ser incrível.



Selena Gomez

Selena ensaiou seu retorno definitivo diversas vezes, com singles avulsos aqui e ali, mas sempre parando no meio por conta do Lupus e de suas complicações. Recém-saída de uma clínica de reabilitação, na qual entrou para lidar com estresse e ansiedade, a cantora parece estar bem agora. Segundo a gravadora Polydor, esse ano o sucessor do "Revival" (2015) sai. Fica a torcida pra que 2019 seja cheio de saúde e disposição para a cantora, e que ela consiga se reerguer e transformar toda a sua dor em música boa, como a gente sabe que ela pode fazer.



Sigrid

Uma das maiores revelações do pop em 2018, Sigrid não nos decepcionou com nenhuma música que lançou até hoje, e não há razão para acreditar que com seu disco de estreia, chamado "Sucker Punch", vai ser diferente. O material incluirá a canção de mesmo nome, além de "Don't Kill My Vibe",  "Strangers" e "Don't Feel Like Crying" (R.I.P. "High Five"), e está previsto para dia 1º de março.



Tame Impala

Calling all the indies! Tava muito difícil ser conceitual sem um novo lançamento do Tame Impala, mas essa saudade vai ficar pra trás em 2019. A banda foi confirmada como headliner do Coachella desse ano e já deu a entender que um novo álbum vem aí, possivelmente no dia em que se apresentam no festival, 13 de abril. O material será o sucessor do aclamado "Currents", de 2015, que é uma das melhores coisas que o meio alternativo nos proporcionou nessa década.



The Weeknd

No início ano passado, The Weeknd lançou o EP "My Dear Melancholy,", ótimo, mas que não necessariamente saciou nossa vontade por um novo disco do cara. Felizmente, durante um show em Toronto no fim de 2018, o canadense avisou que seu seu sexto álbum chegaria em breve, e a gente decidiu que esse em breve não pode passar desse novo ano. À julgar pelo "Starboy", de 2016, e pelo EP, podemos ficar tranquilos porque, quando chegar, vai ser bom demais, como sempre.



The 1975

Donos de um dos melhores discos de 2018, os caras do The 1975 já lançaram o "A Brief Inquire Into Online Relationships" com a certeza de que nesse ano viria mais um álbum. O "Notes On A Conditional Form" é, segundo o vocalista Matty Healy, um disco de UK Garage (dance, música eletrônica) sobre "ansiedade social" e nele você poderá encontrar uma das melhores letras que ele já escreveu. Os caras sabem muito bem como criar expectativa na gente (e como atendê-las também).



***

Pra qual disco você tá mais ansioso? Esquecemos de incluir algum álbum muito importante e muito esperado na lista? Conta pra gente nos comentários!

Single Review: Lady Gaga e a fórmula perfeita do ecstasy moderno em "Perfect Illusion"


2008: Vamos jogar um jogo do amor, você quer amor ou você quer fama?

Depois de todos os tormentos que Lady Gaga passou no final de 2013, onde resultou na demissão de seu empresário e a destruição da divulgação do seu então álbum, “ARTPOP”, tudo o que a cantora mais precisava era dar um tempo de toda a bagunça que se meteu antes de voltar aos palcos.

2009: Eu quero o seu amor e eu quero a sua vingança. Você e eu poderíamos escrever um romance ruim.

Ao invés de sumir de vez dos holofotes, a estratégia da ítalo-americana foi fugir completamente do seu gênero, o pop/dance/EDM, e cair nas graças do jazz. Amado e odiado, o “Cheek To Cheek” rendeu mais um Grammy para a cantora, colocou seu nome na boca de quem só enxergada seus vestidos de carne e saltos de 20 cm, o que, por fim, se mostrou uma limpeza e tanto em sua imagem.

2011: Eu vi todos os sinais do céu, eu serei a pessoa que ele ama, eu fui feita para amá-lo.

Fora a reinvenção de estilo, a hitmaker de “I Can't Give You Anything but Love” embarcou em apresentações memoráveis que fizeram todos soltarem um “Nossa, ela canta MESMO, hein?”, como o medley de “A Noviça Rebelde” no Oscar 2015; a performance da verdadeira dona do Oscar de “Melhor Canção Original”, “Til It Happens To You” na edição deste ano; e a apresentação do hino nacional dos EUA no Super Bowl 2016. Sem perucas extravagantes, sem vestidos vivos, sem parafernálias.



2013: Quando você me toca eu morro um pouquinho por dentro, eu me pergunto se isso pode ser amor.

Além do campo vocal, a atriz-desde-os-13-anos embarcou em filmes, como “Sin City 2: A Dama Fatal” e na tevê, como protagonista da quinta temporada de “American Horror Story: Hotel”, que lhe deu o questionabilíssimo Globo de Ouro de “Melhor Atriz”. O campo esta preparado para um retorno.

2016: Não era amor, era uma ilusão perfeita.

O retorno chegou em 09 de setembro de 2016. “Perfect Illusion”, o carro-chefe do quinto álbum da cantora, finalmente a trouxe de volta para o pop, já que todos estávamos cansados dessa Jazz Ball Tour (mesmo tendo dado mais um Grammy a ela, obrigado). Só que já aqui temos o primeiro baque: o meu conceito de “pop” pode ser diferente do seu. Afinal, o que é “pop”?

“Pop” denomina a música popular, aquela que está na boca do povo. Sertanejo é pop no Brasil? Sim, no sentido real da palavra, é pop. Com o passar do tempo, o “pop” se tornou um gênero próprio com suas configurações, mas sem deixar de ser eclético, afinal, quem não lembra a Adele levando o Grammy de “Melhor Álbum Pop” com o “21” e muita gente falando que ele nem pop era?

O “pop” que a maioria das pessoas esperavam de Gaga é o “pop” à la “The Fame”, porém podemos destrinchar mais esse conceito. O álbum é, mais especificamente, “dancepop”, “eletropop”, “synthpop”. Tudo é pop? Tudo é pop. Essa é uma caixinha que cabe muita coisa.

Mas não, “Perfect Illusion” não é “dancepop”, “eletropop” ou “synthpop”, é “disco-rock”. É pop também isso? É pop também, é muito pop, é pop pra caramba. Não há nem possibilidade de uma expectativa distante disso, afinal, os produtores da faixa são, além de Gaga, Kevin Parker, Mark Ronson e BloodPop. Enquanto Ronson caminha por diversos gêneros (ele é o produtor do álbum do universo, “Back To Black” da Amy Winehouse, tá?), Parker é o líder do Tame Impala, aquela banda de psychedelic rock/pop que canta “Feels Like We Only Go Backwards”, conhece?, com BloodPop sendo o único que poderia cair de vez no “pop” que tanto esperavam, já que ele é dono de “Go” da Grimes, “Sorry” do Justin Bieber e “Devil Pray” da Madonna. Apenas hinos.

Só que estamos falando de Lady Gaga, e a moça possui o dom de fazer os produtores se adaptarem a ela, não o contrário. “Perfect Illusion” soa extremamente compatível com todos os envolvidos – o dedo de Parker é gritante –, no entanto, em momento nenhum deixa de ser uma música Gaga. Fun fact: ela JAMAIS repetiu o mesmo time de produtores em seus lead single.

“Perfect Illusion” é aberta com uma guitarra do Josh Homme, líder do Queens of the Stone Age e o maior homão que a gente respeita, já nos fazendo segurar esse rock, entretanto não temos um exemplar de “Electric Chapel”, pois a guitarra é fundida com as batidas disco infecciosas que dão a embalagem pop perfeita. É só ver os “oh-oh-oh-oh” logo no início, artimanha simplérrima, mas genuinamente pop.

A faixa trata do momento onde a intérprete sente a droga que era o amor cessar. Ainda no meio do topor, ela percebe que toda a adrenalina foi uma ilusão perfeita. “Meu jogo de adivinhação é forte, isso é real demais para estar errado. Eu fui pega no seu show. É, pelo menos agora eu sei que não era amor”.

A letra de “Perfect Illusion” não aborda hinos empodeiradores como “Born This Way”, nem trata de feminismo como “G.U.Y.”. É uma faixa simples e puramente pop de uma cantora que conquistou o mundo pedindo para todo mundo apenas dançar. Mesmo a sonoridade da canção soando distante de trabalhos como o “The Fame”, a composição de “Perfect Illusion” se encaixaria com louvor no álbum de estreia da cantora.

Uma das principais reclamações sobre a faixa é a repetição do título, chamada de “excessiva”. Em primeiro lugar isso é música pop legítima. O título vai ser repetido porque é ele que caracteriza a canção, é ele que vende. Depois de ouvi-la aleatoriamente na rádio, você vai saber que ela se chama “Perfect Illusion” ou algo parecido, e é aí que está a armadilha do pop para fisgar o ouvinte.

E fizemos um levantamento bem de Exatas: a cantora fala “illusion” 24 vezes durante o novo single, exatamente a mesma quantidade de vezes que a palavra “Applause” é repetida na faixa de mesmo título – isso não contando os “pplause-pplause”, que jogariam a repetição nas alturas. O Instituto It Pop agradece.

Muitos de vocês já devem ter ouvido que o Dr. Luke possui uma fórmula secreta que joga na canção um número específico de batidas e instrumentos a cada segundo para conseguir prender – ou algo do tipo. Todos estavam alucinados pela troca de “chave” de “Perfect Illusion”, que acontece em 1:51 (111 segundos). Pois bem, estudiosos fizeram cálculos que qualquer aluno de Humanas choraria por dias (incluindo a gente) e identificaram que a troca da melodia não foi nada acidental: ela é a “Proporção Áurea”, ou “The Golden Ratio” em inglês.

Vamos tentar explicar didaticamente o que se trata (o link original está aqui): a “Proporção Áurea” é basicamente a proporção “perfeita” na álgebra e na arte. Colocando a troca em 111 segundos de 179 no total, "Perfect Illusion" atinge a "Proporção Áurea" da música, que, em números, é o momento da troca vezes o valor de Phi (aproximadamente 1,618). 111 X 1,618 = 179, a duração total da faixa. Uma loucura, sabemos, mas basicamente o que Gaga e seus produtores fizeram foi jogar o molde divino na canção. Pausa para assimilarmos a maior armadilha pop do século que todo mundo caiu e amou cair.


A grande questão de todo lançamento de Gaga habita aqui mesmo: é ela que está lançando. Enquanto todos esperam uma "nova 'Bad Romance'", ela segue não se repetindo e frustrando aqueles que insistem em se prender à uma era que já passou. Ao invés de abrirem a cabeça e experimentar algo diferente, limitam a criatividade da cantora a um patamar de "se não for isso, é ruim". Enquanto seguirmos com esse pensamento quadrado, estamos aniquilando as fronteiras de uma das maiores artistas do nosso tempo - sempre lembrando que não gostar de um novo trabalho dela ou de qualquer um é algo absolutamente normal. Mas privar-se por esperar uma "Poker Face 2.0", não.

Mesmo não voltando da forma que muita gente gostaria, Lady Gaga triunfa com “Perfect Illusion” ao sair do seu próprio óbvio e ainda acompanhar o embalo das paradas atuais, cada vez mais voltadas para sonoridades indies e alternativas. Com seus vocais crus e livres de auto-tune, instrumental agressivo e tóxico e um refrão para gritar nas pistas, “Perfect Illusion” era absolutamente tudo o que precisávamos de Lady Gaga, mais um hino em forma de ecstasy moderno para chamarmos de “essa é minha música” na balada. O pop está salvo, amém.


Miguel e Kevin Parker estão curtindo a praia no clipe de “Waves”, remixada pelo Tame Impala

O Miguel decidiu correr atrás do tempo perdido e, passado quase um ano desde o lançamento de “Coffee”, primeiro single do álbum “Wildheart”, está divulgando massivamente sua nova música de trabalho, “Waves”, que ganhou remixes com vários nomes bem inesperados, como a cantora country Kacey Musgraves e a banda de indie-rock Tame Impala.

Essa última versão, inclusive, ganhou um videoclipe curtinho e com uma proposta bastante simples, na qual o cantor e o vocalista da Tame, Kevin Parker, curtem a praia, enquanto assistem às ondas do mar (ha!) fazendo o seu trabalho.

Dá pra relaxar bastante apenas assistindo ao vídeo:


Essa versão é sensacional! Arriscamos dizer que a nossa favorita entre os remixes já revelados.

“Wildheart” foi um dos discos de R&B mais aclamados do ano passado, integrando várias daquelas listas de melhores do ano, além de ter garantido também algumas indicações ao Grammy, mas falhou um pouco na sua divulgação, que quase não aconteceu.

A banda Tame Impala, por sua vez, segue promovendo seu último álbum, “Currents”, e está, literalmente, em tudo quanto é canto. Pra quem não lembra, os caras foram regravados pela Rihanna no disco “ANTI”, que traz uma releitura da música “New Person, Same Old Mistakes”, apareceram agora neste remix com o Miguel e, daqui alguns dias, estarão no Brasil como uma das atrações do Lollapalooza, que acontece nos dias 12 e 13 de março, em São Paulo. A gente nem precisa dizer que está ansioso, né?

O que você achou do clipe de “Waves”? E essa divulgação homeopática do “Wildheart”, hein? 

10 discos para ouvir antes de ir ao Lollapalooza

A primeira vez que fomos ao Lollapalooza foi em 2013, quando o festival ainda nem estava nas mãos da Time For Fun e acontecia no Jockey Club, também em São Paulo. Nesta edição, tivemos nosso primeiro contato direto com diversos artistas, incluindo um que levamos em nossos corações para todo o sempre: Of Monsters and Men.

O Lolla tem muito disso. Ele consegue nos mostrar novos lados de artistas que já conhecemos e, aproveitando que estamos lá, nos apresentando a vários outros que nem nos imaginaríamos escutando um dia. E essa é uma das partes mais legais do festival.

Um dos shows mais aguardados por nós no Lolla 2016 é da americana, Halsey!

É claro que o programa também tem seus grandes nomes, como a Florence + The Machine (todo mundo vai cantar “Dog Days Are Over” até ficar sem voz), Jack Ü (imagina a euforia ao som de “Where Are Ü Now”), Eminem, Snoop Dogg e até a cantora que deveria ter vindo na edição anterior, Marina & The Diamonds (apostamos em “Primadonna” e “How To Be A Heartbreaker” como ápices do show, caso estejam na setlist, é claro), mas quem tá só interessado nos grandalhões mesmo vai para um outro festival. Uma boa prova disso é o fato do Lollapalooza vender seus ingressos que nem água antes mesmo de confirmar qualquer atração. É O PODER.

Pensando nisso, separamos então uma lista com 10 discos que talvez você não conheça, mas são bons o suficiente para te convencer a não perder essa edição do festival por nada neste mundo. Como o próprio festival, a lista terminou BEM variada e, não se tratando de comparações, foi organizada em ordem alfabética, tá?

Já abre seu Spotify e vem com a gente:

Cold War Kids, “Hold My Home”

Não é Lollapalooza se não tiver uma banda que nos convença a bater palminhas durante todas as músicas, mesmo que não conheçamos nenhum dos seus versos. Of Monsters and Men em 2013, Imagine Dragons em 2014 e Bastille em 2015. É uma regra. E nesse ano, essa responsabilidade ficará nas mãos da Cold War Kids.

A banda de Los Angeles começou a fazer nome ao conquistar a internet, láaaa na época do My Space, entre 2004 e 2006, e desde então assinou contrato com a Downtown Records, que lançou em 2014 seu quinto e mais recente disco, “Hold My Home”.

Ainda que seja do indie rock, Cold War Kids tem um apelo bem característico aos nomes que ultrapassaram a barreira do mainstream com o mesmo gênero, como Franz Ferdinand, Arctic Monkeys, Kings of Leon e The Fratellis, o que já te dá uma boa prévia dos refrãos grudentos que o aguarda.

Pra testar: “All This Could Be Yours”, “First” e “Hold My Home”.


Die Antwoord, “Donker Mag”

Do disco de estreia “$O$” ao seu terceiro e mais recente álbum, “Donker Mag”, foram muitas as mudanças experimentadas pelo trio sul-africano Die Antwoord, dos hits “Enter The Ninja” e “I Fink U Freak”.

Formado por Yo-landi Visser, Ninja e o escuso DJ Hi-Tek, o trio inicialmente chama a atenção por seu visual extravagante e letras escrachadas, mas deixando de lado o trash, sem perder sua essência, eles aperfeiçoaram e muito todo esse trabalho em “Donker Mag”, que passeia do seu agressivo, barulhento e eletrônico hip-hop ao dancehall, em momentos nos fazendo pensar como eles conseguem brincar com tanta coisa de uma forma tãaao singular — em outros momentos, também nos pegamos pensando “que porra é essa?”.

Pra testar: “Ugly Boy”, “Pitbull Terrier”, “Happy Go Sucky Fucky” e “Girl I Want 2 Eat U”.


Emicida, “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”

As discussões sobre o racismo estão em alta nos EUA, sob a voz de artistas como Kendrick Lamar, Beyoncé, Kanye West e J. Cole, e no hip-hop nacional, as coisas não são diferentes. Um ótimo exemplo disso é o maravilhoso “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”, do brasileiro, Emicida.

Não é de hoje que o rapper usa sua música para tocar em cada uma das feridas da família tradicional brasileira e, nesse disco, ele faz além, nos atraindo por hits em potencial (“Passarinhos”, com a Vanessa da Mata, foi um dos maiores singles do álbum), para algo bem maior: “Mandume”, com Rico Dalasam e um time de peso, é nossa “Formation”. “Sobre Crianças” é o nosso “To Pimp A Butterfly”.

Pra testar: “Casa”, “Boa Esperança”, “Trabalhadores do Brasil” e “Mandume”.


Halsey, “BADLANDS”

Não há nenhuma dúvida de que a Halsey arrancará muitos elogios após a sua apresentação no Lolla 2016. A menina é mais uma dessas revelações da internet, partindo do mesmo trip-hop que também nos revelou Lorde, Melanie Martinez e Troye Sivan, e em seu disco de estreia, “BADLANDS”, explora isso da maneira mais pop possível, nos lembrando também da Ellie Goulding, que já foi atração do mesmo festival.

Repleto de samples, o álbum de estreia da americana, quando apresentado ao vivo, deve nos causar uma reação semelhante ao misto de estranhamento e hipnose proposto pela Lorde com seu “Pure Heroine”, com refrãos que te farão cantarolar músicas como “Castle” e “New Americana” involuntariamente enquanto volta para casa.

Pra testar: “Drive”, “Roman Holiday”, “Colors” e “Ghost”.


Jungle, “Jungle”

O grupo londrino Jungle começou como um duo, mas foi após se transformar numa banda com sete pessoas que começou a ganhar seu espaço ao sol, incluindo uma bela indicação ao BBC Sound of 2014, ao lado de Sam Smith, Chance The Rapper, Banks, entre outros nomes.

Seu disco de estreia, autointitulado, nos lembra do indicado ao Grammy, “Sound & Color”, do Alabama Shakes, com uma mistura de funk e soul que nos teletransporta para os anos 70, de uma maneira que nem mesmo o Bruno Mars ou Daft Punk foram capazes. Escutar isso ao vivo deve ser como descobrir uma nova religião.

Pra testar: “The Heat”, “Busy Earnin’”, “Time” e “Julia”.


Karol Conká, “Batuk Freak”

Bem antes de se unir ao Tropkillaz em “Tombei”, a rapper brasileira, Karol Conká, já tinha bastante experiência no que passou a chamar de “tombamento”. 

Seu disco de estreia, “Batuk Freak”, não compartilha das produções comerciais que ela nos apresentou com o Tropkillaz, Boss in Drama (“Toda Louca” e “Lista VIP”) ou Banda Uó (“Dá1LIKE”), mas mantém a mesma singularidade que nos fez ficar para escutá-la em todas as canções, além de letras empoderadíssimas, nas quais ela vai da sua negritude ao feminismo.

Pra testar: “Gueto ao Luxo”, “Gandaia”, “Você Não Vai” e “Caxambu”.


Noel Gallagher’s High Flying Birds, “Chasing Yesterday”

O nome do Noel Gallagher não é estranho para os fãs de música pop. Como músico, o cara é um grande comentarista do universo pop, com os comentários mais ácidos possíveis sobre nomes como One Direction, Ed Sheeran, Adele e contando, mas não se engane: por trás dessa pose de Glória Pires do rock, existe um cara talentoso PRA CARAMBA e seu legado com o Oasis não nos deixa mentir.

Mas aqui não tem “Wonderwall”. No Lollapalooza, Gallagher apresentará a banda High Flying Birds, que lançou no ano retrasado o disco “Chasing Yesterday”. A produção que, sem dúvidas, é uma das melhores dos últimos anos para o gênero, é daquelas que conseguem abraçar os velhos fãs do trabalho do cara e conquistar novos também, lembrando de trabalhos como o incrível “The Next Day”, do David Bowie.

Pra testar: “Riverman”, “The Girl With X-Ray Eyes”, “Ballad Of The Mighty I”.


Tame Impala, “Currents”

Mais eletrônicos do que o usual, os caras da Tame Impala parecem terem encontrado no disco “Currents” o que faltava para tornar sua música algo essencial para o “pacote ‘ouço música alternativa’ para iniciantes 2016” e, nessa, convenceram até mesmo a Rihanna, que levou a música “New Person, Same Old Mistakes”, para o seu disco “ANTI”.

“Currents” é o terceiro álbum do Tame Impala e ainda que seja de uma qualidade indiscutível, grandioso em todos os sentidos, deve muito ao sucesso do disco anterior, “Lonerism” (2012), por toda sua aclamação, uma vez que, se não fosse esse material, dificilmente teria tanto impacto no circuito musical como aconteceu.

Pra testar: “Let It Happen”, “The Less I Know The Better”, “New Person, Same Old Mistakes”.


Twenty one pilots, “Blurryface”

“Isso não é rap, muito menos hip-hop. É só uma tentativa de fazer essas vozes pararem”, diz Tyler em “Heavydirtysoul”, que abre o explosivo segundo disco dele com Josh Dun, no duo twenty one pilots. E, se tem uma coisa que ele tá certo, é em não se encaixar apenas dentro desse gênero: “Blurryface” tem rap, pop, folk, rock, reggae e, se reclamar, tocam “Sorry” do Justin Bieber também.

O segundo álbum da dupla sucede o ótimo “Vessel”, de singles como “Car Radio” e “Ode to Sleep”, e apresenta uma faceta bem mais versátil dos dois, que passeiam da questionavelmente dançante “Tear In My Heart” ao trap de “Doubt” e daí chegam no reggae de “Message Man” e AINDA ASSIM conseguem apresentar algo que funciona perfeitamente bem. O disco também rendeu o primeiro hit dos caras, “Stressed Out”, que descolou um lugar no top 10 da Billboard Hot 100.

Pra testar: “Ride”, “Fairly Local”, “Tear In My Heart” e “We Don’t Believe What’s On TV”.


Walk The Moon, “Talking Is Hard”

Tá ouvindo o riffzinho de guitarra? Sim, “Shut Up and Dance” é do Walk The Moon, gente! E você aí pensando que não conhecia nada dos caras. O grande hit da banda, que é americana, faz parte do seu segundo álbum lançado por um grande selo, “Talking Hard”, que, por sua vez, sucede o disco autointitulado de 2012.

Justamente pensando nessa expansão de público, com a possibilidade de tocar em lugares enormes, como estádios e, bem, o Lollapalooza, a banda investiu numa reviravolta imensa na sua sonoridade, aperfeiçoando sua vertente mais pop e, nesse novo disco, nos apresentou uma verdadeira metralhadora de hits, que nos faz dançar do indie ao synthpop, com um pé no new wave e pop-punk de bandas como Fall Out Boy e Panic! At The Disco.

Pra testar: “Different Colors”, “Shut Up and Dance”, “Work This Body” e “Spend Your $$$”.



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Mas quantos discos maravilhosos, gente! Já estamos sofrendo com a possibilidade de precisar escolher entre alguns desses artistas quando sair a programação completa do Lollapalooza.

Agora salve a data: o Lolla Brasil 2016 acontece nos dias 12 e 13 de março, em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, e nós, como Embaixadores Oficiais do festival, seguiremos com um especial aqui no blog, te dando mais dicas de músicas e artistas, entre outras coisas. Para comprar ingressos, acesse o site oficial do evento.

Quer ouvir mais dos artistas que estarão no festival? Então siga a playlist “It Popalooza” no Spotify:



A gente se vê por lá! :D

"Apocalypse Dreams" é o carro-chefe do segundo álbum do Tame Impala, "Lonerism"!

Os australianos da banda Tame Impala, desembarcam no Brasil no próximo show para uma série de três shows - 14/08 na "Mixtape Multishow" no Cine Jóia (SP), 15/08 no Popload Gig (SP) e 16/08 no Imperator Centro Cultural João Nogueira (RJ) -, mas antes de desembarcar em solos tropicais, a banda revelou na internet a faixa "Apocalypse Dreams", que é o carro-chefe do segundo álbum da banda, intitulado "Lonerism".
Em seu novo álbum, a banda promete um som mais "espacial" e com treze faixas, "Lonerism" chega às lojas em outubro deste ano, com produções de Dave Fridman, que já trabalhou com outros nomes alternês como MGMT e The Flaming Lips. O primeiro single do "Lonerism", foi divulgado por meio de um stream liberado pela gravadora e assim como o novo single do Two Door Cinema Club, tambéme stá disponível para download free. Confira abaixo:

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