Análise: “Parasita” e a coroação de uma das mais insanas temporadas da história do Oscar

Em primeiríssimo lugar, nas palavras da Aja, I don't wanna be the one, but I'm gonna be the one: "Parasita" levou o Oscar de "Melhor Filme" e eu avisei. Em uma reviravolta histórica, a Academia mais uma vez olhou para toda a temporada e falou "Huuum, não, obrigado", coroando "Parasita" assim como deu o prêmio máximo para "Moonlight" quando "La La Land" havia vencido absolutamente tudo. Vamos então mergulhar nos resultados e o que eles nos dizem sobre os rumos que o Oscar decidiu tomar.

É apenas a segunda vez que a Associação de Produtores (PGA) e a de Diretores (DGA) erraram ao mesmo tempo o vencedor do Oscar de "Melhor Filme" e "Direção" - ambos foram para "1917", o absoluto favorito da temporada. A cara do Sam Mendes, diretor de "1917", quando perdeu o Oscar de "Direção" é um bom resumo da ruptura da Academia com o resto das premiações, já que ele havia levado tudo até então - e empatado com o Bong Joon-ho no Critics' Choice. Pelo menos ele já ganhou um por "Beleza Americana", porque "1917" é fantástico, mesmo não sendo o melhor que "Parasita".


A temporada do Oscar 2020 foi uma verdadeira montanha-russa. Favoritos surgiam e caíram; crítica apontando para uns, indústria para outros; foi uma viagem. Antes do Globo de Ouro, a primeira entre as grandes premiações e que oficialmente abre a corrida dourada, a briga era entre "O Irlandês" e "História de um Casamento", os queridinhos da crítica que já eram chamados de Oscar winners...... aí o Globo desceu a regra: não estamos interessados na Netflix. "História de um Casamento" levou apenas um enquanto "O Irlandês" saiu de mãos abanando.

E vamos aqui falar de "O Irlandês". O filme de máfia de Scorsese era a maior certeza da temporada e ganhou o montante de ZEEEERO prêmios relevantes em todas as premiações televisionadas - Globo de Ouro, SAG, Critics' Choice, BAFTA, Oscar - vencendo somente um contestável "Melhor Elenco" no Critics'. Esse é o segundo filme do diretor a ser indicado a 10 Oscars e vencer nenhum - "Gangues de Nova Iorque" foi o primeiro, e ambos já estão no panteão de derrotas em toda a história, perdendo apenas para "Momento de Decisão" e "A Cor Púrpura", que perderam as 11 categorias que foram indicados. "O Irlandês", inclusive, é o único entre os indicados a "Melhor Filme" a não sair com algum careca dourado. Força, Pablo Villaça, te amamos.


"História de um Casamento" acabou sofrendo da síndrome de "Nasce Uma Estrela": ambos abriram a janela do Oscar com aclamação, prêmios e o indicativo de fazer a limpa na noite mais importante do Cinema, mas acabaram perdendo força e levando apenas uma estatueta. Cada um com seus motivos particulares, mas interessante ver como favoritos podem mudar drasticamente em questão de meses - e, claro, há a questão da Netflix, que você pode entender melhor aqui.

Com os dois saindo de cena, foi a vez de "Era Uma Vez em Hollywood" assumir a dianteira. O nono filme de Tarantino levou o Critics' Choice de "Melhor Filme", além "Melhor Filme: Comédia" no Globo de Ouro. O diretor estava sedendo para ganhar seu terceiro Oscar de "Melhor Roteiro Original" e viu ser deixado para trás quando "1917" chegou botando banca e fazendo a limpa em seguida - ganhou sete BAFTAs, incluindo "Melhor Filme". Tarantino é tão viciado em pés que foi pisado no Oscar.


Assim como rolou em 2018, todos os quatro vencedores do Oscar de atuação venceram igualmente todas as premiações televisionadas de uma vez, o que indica como a Academia ainda se mantém conservadora nesse departamento, sem espaço para ousadias. O que não é algo exatamente ruim, porém, previsibilidade não é algo que pode ser apontado sobre a edição.

"Parasita" é o primeiro filme na história do Oscar a vencer sem ter diálogos em inglês. Claro, filmes mudos já venceram, mas eram ou produções americanas ou possuíam intertítulos em inglês. De alguma forma, eram filmes voltados para o mercado de língua inglesa, algo que "Parasita" está longe de ser. E demorou "apenas" 92 anos para isso, muito bem. A Academia é tão resistente à filmes estrangeiros que somente 11 foram indicados dentro dos 563, e "Roma" perdeu ano passado exatamente por ser estrangeiro (e por ser da Netflix).

Bong Joon-ho se mudou da Coreia para Los Angeles a fim de se dedicar completamente à campanha de seu filme e se tornou a segunda pessoa com mais vitórias em uma só noite: quatro prêmios - Walt Disney também recebeu quatro Oscars em 1954. Por isso, "Parasita" empata como "Fanny & Alexander" e "O Tigre e o Dragão" como os filmes estrangeiros com mais Oscars no bolso, quatro para cada.

A noite do dia 09 foi um verdadeiro marco. Foi um daqueles momentos que, daqui a décadas, vamos continuar falando sobre. É bem raro o melhor dos indicados ser o real vencedor pela maneira que a categoria é decidida, por meio do voto preferencial (não é o mais votado que ganha, e sim o que aparece mais vezes entre os primeiros lugares dos votantes). Claro que estamos falando de algo que se debruça no campo da subjetividade - você pode achar "Parasita" o pior dos nove -, mas, pelo menos por aqui, "Parasita" se une a "Moonlight" e "A Forma da Água" como vencedores absolutos que burlaram qualquer expectativa, qualquer aposta de acordo com a temporada, e saíram vitoriosos por serem os melhores de suas edições.


Isso quer dizer que todos os problemas da Academia estão resolvidos? Não mesmo. Esse foi um passo importantíssimo para o Oscar começar a abrir os olhos para produções que não estejam na limitada roda de apreço norte-americano - quem aguenta mais um filme americano sobre a indústria americana vencendo? - e, também, para obras compostas por pessoas não-brancas. Todos os três citados no parágrafo anterior são dirigidos por minorias - "Moonlight" por um homem negro, "A Forma da Água" por um latino e "Parasita" por um asiático. Mas só aqui vemos que vários passos ainda estão pela frente: apenas UM filme dirigido por uma mulher venceu "Melhor Filme", "Guerra Ao Terror" em 2010. 10 anos depois e..... pouca coisa mudou e só mais uma diretora foi indicada a "Direção" - Greta Gerwig por "Lady Bird".

Temos que nos manter positivos em relação ao futuro da premiação. Estaria a Academia se distanciando de sindicados e outros apontadores da temporada e começando a pensar como uma entidade única? Seria uma mudança bem-vinda. Outro motivo para alegria é pelo simples fato de que "Parasita" venceu - e ainda abocanhou, além de "Filme" e "Direção", "Melhor Filme Internacional" (o primeiro coreano) e "Melhor Roteiro Original" (o segundo em língua não-inglesa, "Fale Com Ela", em espanhol, foi o primeiro). Além disso, se olharmos para o vencedor do ano passado, "Green Book", é um assustador avanço. You can't sit with us.

Respira, navy! Rihanna vai passar o Valentine's Day no estúdio com Pharrell


Atenção, navy, está acontecendo: na última sexta (7), Rihanna surpreendeu todo mundo ao decidir falar sobre novidades musicais enquanto celebrava a nova coleção da FENTY, em um evento da semana de moda de Nova York. A cantora, empresária e dona do planeta Terra revelou ao The Cut que o seu plano para o Valentine's Day - dia dos namorados norte-americano - era estar no estúdio, com alguém com quem sempre quis trabalhar. Não demorou muito para que ela revelasse que o seu parceiro seria o produtor Pharrell Williams, responsável por alguns dos maiores hits pop das últimas décadas.

O nono álbum de estúdio de RiRi é desesperadamente esperado por fãs no mundo todo, que diariamente floodam as redes sociais da artista com cobranças sobre o sucessor do "ANTI", de 2016. Ela revelou em maio do ano passado que estava preparando um disco de reggae e dancehall, e haviam boatos sobre o seu lançamento em dezembro, o que, infelizmente, acabou não acontecendo. Os pedidos diários pelo R9 já começaram a deixar Rihanna um pouquinho irritada, e têm rolado algumas interações ácidas com a fan base.

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De qualquer modo, é inevitável a empolgação ao saber que Rihanna e Pharrell estarão trabalhando juntos em breve: o produtor traz um currículo pesadíssimo de colaborações com os maiores artistas do cenário hip hop e pop, que vão de Kylie Minogue à Frank Ocean, passando por Gwen Stefani, Snoop Dog, Beyoncé, Anderson Paak, Migos, Kendrick LamarCamila Cabello e Ariana Grande, além de seus próprios hits como "Happy" e "Get Lucky", com o duo Daft Punk. Pensando nos gêneros caribenhos que a cantora revelou serem o foco do disco, o que será que eles criarão juntos?

É importante lembrar que, desde o ano de lançamento do ANTI, Rihanna têm revolucionado as indústrias da moda e da beleza, com empresas pensadas para acolher a maior diversidade de mulheres possível dentro do seu universo fashion. A Fenty Beauty, sua marca de maquiagens, traz produtos adequados para mais de 50 tons de pele diferentes; sua marca de lingeries, Savage x Fenty, garante que mulheres dos mais variados corpos se sintam sexy e confortáveis com roupas de baixo, e ainda levou ao NYFW o desfile-espetáculo Savage X Fenty Lingerie Show, celebrando as mais diversas formas femininas e fazendo desfiles com modelos magras e idênticas parecerem extremamente antiquados. Em 2019, Rihanna ainda fechou parceria com a LVMH - grupo responsável por marcas de como Louis Vuitton, Christian Dior, Fendi e Givenchy-  para criar a primeira maison fashion com liderança de uma mulher negra no grupo, a Fenty, e levar os seus ideais para artigos de luxo e alta moda.

Não dá para dizer que RiRi não anda com a agenda lotada nos últimos anos, né? Apesar da ansiedade geral dos fãs de música pop pelo seu próximo trabalho, é fundamental reconhecer a importância dela para as recentes transformações no cenário da moda, em que cada vez mais marcas estão abraçando a diversidade de corpo e etnias, e não sobra espaço para as que preferem se manter isentas - o cancelamento do Victoria's Secret Fashion Show após comentários preconceituosos do diretor da marca sobre modelos trans e plus size é um ótimo exemplo.

Depois de tanta grandeza no mundo fashion, como vocês acham que será a sonoridade do comeback musical de Rihanna? E a data de lançamento do disco? Comentem aqui embaixo as suas apostas, e vamos deixar em paz a DM da lenda!

Fomos ao primeiro show da Lizzo no Brasil e foi 100% foda

Foto: Manuela Scarpa/Brazil News

Nessa quinta-feira (06), quase duas semanas depois de ganhar 3 prêmios no Grammy Awards, uma das maiores revelações dos últimos anos, a Lizzo, pisou em solo brasileiro pela primeira vez. Por aqui, a artista curtiu uma piscininha no hotel, foi em uma churrascaria, onde entregou uma nova versão de “Garota de Ipanema”, tomou muitas caipirinhas e, por fim, fez um show incrível no YouTube Music Space, no Rio de Janeiro.


A convite da Warner Music Brasil e do YouTube, fomos curtir de pertinho essa cantora que é 100% tudo de bom. É sério, gente. A setlist foi pequena – apenas cinco músicas, afinal, foi só um pocket show – mas o que ficou faltando em canções, sobrou em presença de palco. 

Lizzo cantou muito (é a voz!), dançou, rebolou, exalou carisma, tentou falar português (perguntou como era “bitch” na nossa língua e descobriu que é “piranha”. Tentou falar a palavra e o resultado, é claro, foi muito divertido) e até tocou flauta, mostrando que pode fazer 1001 coisas no palco, todas elas muito bem.



O show começou com o hit “Good As Hell”, e como não poderia deixar de ser, a plateia presente no YouTube Music Space foi a loucura. Mostrando toda a potência da sua voz, Lizzo engatou em “Cuz I Love You”, seu atual single, que foi cantado com muito entusiasmo por todo mundo presente (quem não gosta de botar a mão no ouvido, fingir que tá recebendo o retorno e soltar a voz bem ao estilo Mariah, né?).

Uma das surpresas da setlist foi “Boys”, uma das nossas faixas favoritas da Lizzo. A música é uma daquelas antigas da artista que só agora ganhou a atenção do público, tendo se tornado trilha do filme “Fora de Série” em 2019. Como a gente queria ver essa música hitar com atraso no estilo “Truth Hurts”!

Por falar no maior hit da americana, foi só ela colocar um óculos escuro e seu véu e, pronto, o publico surtou. Lizzo ainda jogou buquês de flores para a plateia e tocou sua flauta, tal como aquela apresentação maravilhosa do BET Awards.



Pra terminar o show, Lizzo apostou em uma das melhores canções de seu repertório. Dançando muito e dando muita oportunidade para todo mundo cantar junto, a artista nos entregou todo o seu “Juice”, se despediu do público e pediu uma salva de aplausos para todos envolvidos no show e, mais importante, para seu look incrível. É claro, batemos muitas palmas. Que show!


Pra quem não pôde curtir de pertinho a vinda da cantora, o YouTube vai disponibilizar todas as performances do show na plataforma. E agora cabe aos festivais e produtoras brasileiras trazerem a Lizzo para um novo show no Brasil – dessa vez com mais músicas na setlist, porque a gente merece. Volte sempre, ícone!

Deixamos aqui o nosso muito obrigado à equipe da Warner Music Brasil e do YouTube Brasil por chamarem o It Pop pra viver esse momento único. <3 

Análise: poderia “Parasita” repetir “Moonlight” e levar o Oscar de “Melhor Filme”?

Na minha crítica para "La La Land: Cantando Estações", começo o texto falando que ele será o vencedor do Oscar de "Melhor Filme" mais previsível da década. Bem, sabemos que a Academia não terminou aquela noite como prevíamos (e nem estou reclamando, "Moonlight" é o melhor vencedor do século até agora). É claro que previsões e apostas sempre podem render surpresas, porém, mesmo "Moonlight" sendo o maior entre os concorrentes daquele ano, a temporada apontava para um caminho diferente.

Curiosamente, estamos vendo bastante similaridades entre a temporada de 2017 e a de 2020, com "Parasita" sendo o "Moonlight" do ano. Em primeiro lugar, os dois filmes foram os mais aclamados nos seus respectivos anos - só para dar uma ideia do tamanho da aclamação, a nota de "Moonlight" no Metacritic é 99 e a de "Parasita" é 96. Mas prêmios da crítica (que ambos ganharam aos montes) são bem diferentes dos prêmios da indústria - os televisionados e prêmios das associações. Vamos voltar para 2017.

"Moonlight" abriu a temporada com um ótimo Globo de Ouro de "Melhor Filme: Drama", contudo, ele não competia com "La La Land", que levou "Melhor Filme: Comédia". Para diminuir ainda mais o troféu de "Moonlight", "La La Land" ganhou todas as sete categorias que foi indicado, um recorde jamais visto - ainda permanece como o filme mais premiado da história do Globo. Foi a noite que abriu as portas para uma campanha perfeita, com uma diferença esmagadora de 7 X 1 (doeu aí?).

Depois, veio o Critics' Choice Awards, e, novamente, "La La Land" fez a limpa, arrematando oito prêmios, incluindo "Melhor Filme" - "Moonlight" saiu com dois. Em seguida, o BAFTA, e, surpresa, lá estava "La La Land" com mais sete prêmios no bolso; "Moonlight", no entanto, perdeu todas as categorias que foi indicado. Não tinha como "La La Land" sair sem o Oscar. Risos.


Os últimos pregos no caixão de "Moonlight" vieram com as Associações de Diretores (DGA) e Produtores (PGA), os termômetros principais para os Oscars de "Melhor Direção" e "Filme", respectivamente, as duas maiores categorias da noite. Claro, "La La Land" levou ambos. Àquela altura, estava conformado e, sim, bem contente, pois, por mais que "Moonlight" fosse meu favorito, "La La Land" é uma obra-prima (aquela temporada foi cheia de longas que mereciam o posto mais alto, não é mesmo, "A Chegada"?). Aí veio a noite do Oscar, "La La Land" já tinha seis estatuetas e.......... "Moonlight" deu uma rasteira e agarrou "Melhor Filme" (não sem antes termos o lendário erro no anúncio, dando o careca dourado pra "La La Land" por dois minutos). A reviravolta da geração, o erro deixou ainda mais impressionante a vitória.

Voltemos para 2020. "1917" está sendo o "La La Land" da temporada. Já ganhou o Globo de Ouro, o BAFTA, a Associação de Produtores e a de Diretores - o único que "1917" perdeu, ao contrário de "La La Land", foi o Critics' Choice, vencido por "Era Uma Vez em Hollywood" (felizmente, Tarantino parece estar sem força na reta final da temporada, saindo da briga principal). "Parasita", assim como "Moonlight", venceu a Associação de Roteiristas (WGA), todavia, há uma diferença fundamental aqui: "Parasita" é um filme estrangeiro.

E por não ser em inglês, diversas limitações surgem pela frente. Ele não pode concorrer ao Globo de Ouro de "Melhor Filme: Drama" junto com "1917", e perdeu "Melhor Roteiro" no Globo e no Critics' (provavelmente por esse exato motivo). No entanto, venceu cada um dos prêmios de "Filme Estrangeiro" que viu pela frente - não existe concorrência nessa categoria específica - e empatou em "Melhor Direção" com "1917" no Critics' Choice. Para deixar mais fácil a absorção desses dados todos, a tabela abaixo:

Como podemos ver, os caminhos de "Parasita" X "1917" são bem similares aos de "Moonlight" X "La La Land". A Academia jamais deu o careca dourado mais cobiçado da noite para um filme em língua estrangeira - e apenas 11 foram indicados nos 92 anos (com "Roma" perdendo no ano passado mesmo com o favoritismo) -, mas também, até "Moonlight", nunca havia premiado um filme LGBT e/ou com um elenco 100% negro, e aconteceu. Respondendo a pergunta do título: sim, "Parasita" tem chances de repetir o caminho de "Moonlight" e levar "Melhor Filme", mesmo com "1917" derrubando todo mundo temporada adentro.

Assim como a vitória de "Moonlight" foi um marco histórico, uma vitória de "Parasita" também seria. O Oscar é uma premiação norte-americana, e costuma celebrar o cinema do eixo EUA-Reino Unido, então, dando "Melhor Filme" para "Parasita", seria uma valorização para a arte de outros mercados, restrita na categoria de "Filme Internacional" e, ainda mais raro, a alguma categoria técnica.

Bem verdade que o favoritismo de "Parasita" a "Melhor Roteiro Original" já é um feito - apenas "Fale Com Ela" venceu a categoria com um texto não-inglês. Vencendo ou não algum Oscar além de "Filme Internacional", "Parasita" já deu um chacoalho nos pilares da Academia, ainda muito limitados às obras além do seu meio - alguns votantes confessaram que não viram "Parasita" porque não curtem legendas (?). De qualquer forma, na abertura do envelope de "Melhor Filme", caso "1917" (que é espetacular, não se engane) seja anunciado, vou esperar alguns minutos para ver se não houve outro erro e o real vencedor é o filme do Bong Joon-ho. Vai que...

Dua Lipa chega ao Top 10 da Hot 100 americana com “Don’t Start Now”

Ninguém pode parar a Dua Lipa! Pouco mais de três meses após seu lançamento, “Don’t Start Now” se consolida como o primeiro hit da era “Future Nostalgia” nos Estados Unidos ao chegar ao Top 10 da Hot 100 do país.


Em atualização divulgada nessa segunda-feira (03), a canção com ares disco subiu seis posições e chegou ao 9° lugar da parada. A subida aconteceu porque a música continua estável nos streamings e tem ganhado bastante audiência nas rádios. O bem venceu!

Vale lembrar que, enquanto no Reino Unido a artista chega ao Top 10 com facilidade – Dua tem, inclusive, dois #1s por lá – nos EUA não é tão fácil assim, muito por ela ser britânica. “Don’t Start Now” é apenas seu segundo Top 10 no chart americano, sucedendo “New Rules”, que chegou ao 6° lugar na parada.

Depois de muita divulgação e váaaarias performances, ela conseguiu! E agora que venha o Top 10 de "Physical" também.



Tanto "Don't Start Now" quanto "Physical" estarão no disco "Future Nostalgia", com lançamento marcado para dia 3 de abril. 

Crítica: “1917” é um exemplo concreto do quão única é a arte do Cinema

Indicado a 10 Oscars:

- Melhor Filme
- Melhor Direção
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Fotografia
- Melhor Design de Produção
- Melhor Edição de Som
- Melhor Mixagem de Som
- Melhores Efeitos Visuais
- Melhor Trilha Sonora

Atenção: a crítica contém spoilers.

É divertido acompanhar como uma temporada do Oscar pode ser imprevisível. Se na abertura da janela do Oscar nós tínhamos "O Irlandês" (2019) e "História de um Casamento" (2019) na crista da onda, foi só começarem as premiações da indústria que o quadro virou. Nem mesmo Sam Mendes  (diretor de "Beleza Americana", 1999, e "007: Operação Skyfall", 2012) acreditou quando "1917" venceu "Melhor Filme: Drama" e "Melhor Direção" no Globo de Ouro 2020, o pontapé de uma campanha que, pelo visto, está destinada a terminar com o Oscar de "Melhor Filme" na estante.

"1917" segue dois soldados no meio da Primeira Guerra Mundial, Blake (Dean-Charles Chapman, o único rei decente que vimos em "Game of Thrones") e Schofield (George MacKay, cristal de "Capitão Fantástico", 2016). Blake é escolhido para uma missão quase impossível: ele deve, com a ajuda de Schofield, entregar uma carta que vai impedir um ataque das tropas britânicas e evitar a morte de todos. O destino? O campo de batalha do outro lado do campo alemão.

Não é a premissa mais empolgante do universo. Filmes bélicos chegando no Oscar já estão cansados, e não precisávamos de mais um - principalmente possuindo o favoritismo. Não estava empolgado para 2h de filme histórico nas trincheiras da WWI, porém, vi um vídeo promocional com o making of de uma das cenas e meu queixo caiu. A fita foi filmada como um grande plano-sequência - o que "Birdman" (2015) fez recentemente -, mas indo ainda mais longe. Os cortes de "1917" são bem cuidadosos para não ficarem explícitos, precisando de um olho mais atento para ver onde uma cena começa e termina - com exceção de um momento na metade da duração -, e é por isso que o filme não foi indicado ao prêmio de "Melhor Montagem". Para completar, a narrativa busca precisão na passagem do tempo, começando no fim da tarde e terminando no começo da manhã seguinte.


Um dos problemas que tenho com muitos filmes de guerra habita na motivação dos personagens. Sabemos os fatos históricos, sabemos quem está do lado de quem, mas muitas vezes falta um combustível humano e particular, afinal, a história em questão tem que ser única de alguma maneira. Blake e Schofield possuem a obrigação de levar a carta, contudo, há o fator emocional: o irmão de Blake está na linha de frente do grupo que vai atacar os alemães, então ele fará de tudo para chegar a tempo de salvar a vida de todos aqueles homens.

Não dá para não falar o óbvio: a forma como o filme é filmado é espetacular. A fotografia de Roger Deakins - vencedor do Oscar por "Blade Runner 2049 (2017) - faz um preciso balé coreografado enquanto segue os protagonistas. Dentro das apertadas trincheiras, há um jogo brilhante que reveza entre fotografá-los de frente e de costas, gerando uma fluidez fundamental para tirar a narrativa da morosidade. A mise en scène é explorada lindamente, sempre dando destaque aos vários ambientes que Blake e Schofield encontram pela frente. O design de produção então, de tirar o fôlego. Dos casebres abandonados às planícies destruídas pela guerra, todo o aparato visual de "1917" é impecável e um grande sucesso para o realismo da obra.

"1917" é bastante feliz em solidificar o viés humano de uma situação que esquece disso. Bem verdade que, às vezes, o roteiro dá uma pendida para o emocionalismo, chegando perto de ultrapassar a linha do apelativo, mas até mesmo algumas escolhas - como a cena com a mulher francesa - ajudam a retirar o filme da crueldade que é a guerra. Schofield claramente não queria estar ali - ele demonstra raiva por Blake tê-lo escolhido para partir com ele -, entretanto, seus desejos particulares são irrelevantes quando a vida de tantos estão em jogo. Felizmente, o roteiro abdica da jornada do herói e não santifica seus personagens - talvez por não se tratar de uma cinebiografia (ninguém aguenta mais!!!1); o texto foi inspirado em uma história contada pelo avô de Sam Mendes.


Alfred Hitchcock dizia que o cinema é "a vida sem as partes chatas", e o roteiro de "1917" sabe disso. Por ser uma narrativa ininterrupta, não teria como todas as cenas serem recheadas com ação, então há cuidado nas passagens entre os pontos altos da sessão. Claro que a narrativa dá uma leve estancada, principalmente porque estamos viciados na adrenalina, porém, tudo é muito compensado quando o caos cai em cima dos dois soldados. Inclusive, são nessas "pausas" que a produção encontra vários momentos de extrema delicadeza, como a cena do soldado cantando enquanto toda a tropa espera o momento de avançar na batalha.

Um grande erro em filmes de guerra é a suspensão da atmosfera de perigo. Nem por um segundo duvidamos que a missão dos protagonistas será cumprida no final das duas horas, mas a fita não descansa em tornar o trajeto num inferno. Um grande momento é a cena do avião sendo abatido. Primeiro, ele deliciosamente despenca dos céus diretamente de encontro com Blake e Schofield, e Blake acaba morto pelo piloto. É uma quebra de expectativa bem grande, e o lembrete do filme de que, na guerra, todos os lados perdem. Uma sequência bem triste, foi genial ver que o melhor estava ainda por vir. Uma tropa inglesa aparece no local e dá uma carona para Schofield. Ele, dentro de um caminhão com vários soldados, é focado no extremo centro da tela; os outros conversam aleatoriedades, contudo, a câmera não foge do rosto do protagonista, completamente aquém do que está acontecendo ao redor. Ele não consegue estar presente tamanha a dor pela morte de Blake. É um momento precioso.

Filmes de guerra são um mote que nunca guardei no coração. Claro que há exemplos que coloco minha estante de filmes favoritos, entretanto, abraçando os indicados ao Oscar na última década, a maioria é pura decepção - "Sniper Americano" (2014), "Até o Último Homem" (2016), "Dunkirk" (2017). Jamais pensei que "1917" poderia ser tão arrebatador a ponto de, em várias cenas, ter que me segurar para não chorar. Seja em sequências de apelo sentimental ou por puro milagre visual (o momento dos mísseis é avassalador), o longa é um sucesso por não ser pura perfumaria, uma exibição de poder técnico vazio - cof cof, "O Rei Leão" (2019), cof. Claro que todo o aparato técnico da película chama bem mais atenção que a história em si (pela técnica ser tão perfeita e a trama ser simples e direta), contudo, Sam Mendes usa muito bem seus arsenais para potencializar o drama, o que garante o tamanho apreço da indústria pelo filme. Se não fosse tudo tão bem feito, talvez o enredo não tivesse tanta força.

"1917" é uma excelente produção para nos lembrar da grandiosidade do Cinema - que mídia poderia nos dar uma sessão como a de "1917"? Qual outro formato conseguiria fomentar o mesmo impacto? Indo muito adiante da necessária pretensão de filmes de guerra (que estão cada vez mais ambiciosos), a fita possui a consciência de que toda a fotografia, som, direção de arte e qualquer elemento técnico não sustenta uma arte que é, primordialmente, o ato de contar uma história. Os pequenos tropeços são ínfimos em meio à experiência visual e sensorial que imerge o espectador nos horrores e nas glórias desse período. E quanto maior a qualidade do formato que você esse gigante videogame cheio de fases, obstáculos e objetivos, melhor ele será.

Sim, você deveria ouvir a nova música da Meghan Trainor com a Nicki Minaj, "Nice To Meet Ya"

Só a Meghan Trainor sabe o quanto ela lutou para o seu terceiro disco sair, né? O "Treat Myself" foi adiado várias vezes e refeito do zero, mas chegou ao mundo nessa sexta-feira (31) contendo uma parceria surpresa com a Nicki Minaj.

A faixa em questão se chama “Nice To Meet Ya” e traz a Meghan apostando no que faz de melhor: músicas divertidas e chicletes. Pra quem costuma ter o pé atrás com a garota e acha que as últimas músicas dela ainda soam como os hits de 2014 (o que não necessariamente é verdade), podemos dizer que a canção soa bem atual e é uma farofinha de qualidade. A presença da Nicki foi uma grata surpresa e  ajudou a música a ficar ainda mais refrescante. Quem diria que elas combinariam tão bem?

Junto com o disco e seu novo single, Meghan liberou também o clipe, no qual aparece dançando bastante em um escritório. O videoclipe também se inspira um pouquinho em “O Diabo Veste Prada”.

Vale dar uma chance:



Além da Nicki, o novo disco da Meghan, “Treat Myself”, também tem parcerias com Mike Sabath e o The Pussycat Dolls.

It Pop apresenta: 20 artistas para ficarmos de olho em 2020

A gente sabe que a chegada de 2020 fez com que muitos se dividissem entre a ideia de que entramos sim em uma nova década e a de que a década acaba apenas em 2021. Nós resolvemos ignorar a matemática e decidimos que sim, 2020 é o início de uma nova contagem, afinal, o que pode ser mais animador do que a chegada de uma nova década - especialmente quando pensamos em música?

Imaginar o que vai acontecer nos próximos dez anos é algo bem difícil. A indústria tem mudado muito e muito rápido, como podemos fazer previsões tão importantes assim? Por isso, vamos nos concentrar em apostar nos novos artistas que vão brilhar esse ano, que merecem nossa atenção pelos próximos dias e que tem muito potencial para, quem sabe, deixarem seus nomes marcados nessa nova década.

Falando em listas anuais de artistas para ficarmos de olho, temos feito apostas certeiras: em 2014 colocamos nossas fichas em nomes como MØ e Sam Smith, enquanto em 2015 acreditamos em Years & Years, Troye Sivan e Bebe Rexha. No ano seguinte, confiamos em Alessia Cara e Dua Lipa e em 2017 foi a vez de apostarmos em artistas como Anne-Marie e Mabel. Nos últimos dois anos, acertamos também: falamos de Billie Eilish, Kim Petras e Kali Uchis em 2018 e Lizzo e Rosalía em 2019.

O que podemos esperar para os próximos 366 dias? Em ordem alfabética, essas são as nossas 20 apostas para 2020:


OS 20 NOMES QUE DEVEMOS FICAR DE OLHO EM 2020


Alice Chater

Se você gosta de um pop farofa, a Alice Chater é a artista pra você. A britânica é daquelas cantoras bem performáticas, que aposta em músicas dançantes com refrões chicletes e bem marcantes, numa vibe Rita Ora e Ariana Grande na época do “My Everything”. Talvez você conheça a Alice pela sua participação em “Lola”, da Iggy Azalea, ou pelo seus mais recentes singles “Thief” e “Tonight”.



Bad Gyal

Reggaeton, hip-hop, dancehall... a Bad Gyal mistura tudo pra criar um som único, levemente futurista e muito interessante. Natural de Barcelona, a artista é bem versátil e canta em espanhol, inglês e catalão, além de investir em ótimos visuais em seus clipes. Quem curte Rosalía, com certeza vai amar o trabalho da garota. 



beabadoobee

Não deixe o nome grande e diferente te intimidar: a beabadoobee é uma artista que merece muito seu play. Britânica e filha de filipinos, a cantora - cujo nome real é Beatrice - é contratada da gravadora do The 1975 e faz um som pop-indie com carinha de anos 90 que vai agradar aos fãs da banda e de artistas como Maggie Rogers e Declan McKenna. No ano passado ela lançou três (!) novos EPs e terminou 2019 sendo indicada ao Rising Star do Brit Awards e ao Sound Of 2020 da BBC.



Bree Runway

A britânica Bree Runway chamou nossa atenção lá em 2017 com o hino “What Do I Tell My Friends?”, uma co-composição do Olly Alexander, vocalista do Years & Years. Por aí a gente já sabia que viria coisa boa, mas não estávamos prontos pro delicioso EP “Be Runway”, que vai do pop ao trap, de um som mais acústico à pc music, e soa exatamente como a música do futuro deve ser.



Caroline Polachek

Dona de uma voz angelical, Caroline Polachek faz aquele indie-pop cheio de synths bem dançante, por vezes reflexivo, mas que sempre mexe com a gente, numa mistura que pega um pouquinho de Carly Rae Jepsen, Charli XCX e até FKA Twigs. Não sabemos o que vamos ouvir quando chegarmos no céu, mas imaginamos - ou, ao menos, esperamos - que seja algo como o “PANG”, o disco de estreia da artista.



Celeste

Vencedora do prêmio Rising Star do Brit Awards de 2019 e do Sound Of 2020 da BBC, Celeste é uma das maiores apostas da Terra da Rainha para os próximos anos. Dona de um vozeirão que nos transposta diretamente para os anos 50 e letras que pegam no nosso ponto fraco, feitas pra gente derramar algumas lágrimas (não dá pra ouvir “Strange” sem sentir o impacto), a cantora investe num som que mistura um pouco de Adele, Amy Winehouse e muito, muito soul.



Charlotte Lawrence

Se você curte as músicas de Selena Gomez e Julia Michaels, então com certeza vai adorar a Charlotte Lawrence. A britânica tem lançado ótimas canções nos últimos anos, como a maravilhosa “Why Do You Love Me”, que lembra bastante “Bad Liar”, da própria Selena, e mais recentemente “Joke’s On You”, faixa para a trilha de Aves de Rapina e na qual aposta menos em sussurros e mais em vocais poderosos. Seu disco de estreia ainda não tem data, mas promete!



Conan Gray

Não tem nada mais a cara dessa geração do que artistas que começam como youtubers e o Conan Gray é mais um desses nomes que provam que devemos sim dar chances para estrelas do mundo digital. Seguindo os passos de Troye Sivan, tanto na trajetória quanto na sonoridade, o artista tem lançado músicas pop deliciosas, como a viciante "Maniac" e a melancólica "Comfort Crowd". Seu primeiro disco, "Kid Krow", chega no dia 20 de março.



Doja Cat

Com uma sonoridade que mistura hip-hop, urban e R&B, como um mix de Lizzo, Nicki Minaj e SZA, Doja Cat tem se destacado no cenário do rap e elevado a participação feminina neste gênero. A artista entrou na Hot 100 americana com as faixas "Candy", "Juice", que chegou ao 45º lugar da parada, e "Say So", sucesso do aplicativo Tik Tok e que está no caminho de se tornar um hit. As duas últimas músicas citadas estão no ótimo disco “Hot Pink”, lançado no ano passado.



Joji

Prestes a entrar no Top 50 do Spotify US com o single "SLOW DANCING IN THE DARK", presente no disco "BALLADS 1", o Joji nos parece ser um daqueles artistas alternativos que nós não sabemos de onde vieram, mas, do nada, começam a aparecer em todos os lugares (alô, Billie Eilish!). O cara faz um som melancólico que nos lembra um pouco a sonoridade da própria Billie e soa como uma mistura da sofrência emo do Post Malone com as batidas sintetizadas das baladas do The 1975. 



Kiana Ledé

A Kiana Ledé começou atuando na série "Scream", mas agora está se dedicado bastante a música. No ano passado, ela liberou o EP "Myself", que aposta em uma sonoridade R&B por vezes puxadas para o pop e para o trap, algo como o que temos visto em trabalhos de Kehlani e Sabrina Claudio. Mais recentemente, ela deixou sua marca na música “Eyes Off You”, presente na trilha do filme “As Panteras”, que contou com a produção executiva de Ariana Grande, com quem Ledé tem uma certa similaridade sonora. Ficamos no aguardo do disco de estreia!



Koffee

Uma das grandes revelações do reggae nos últimos tempos, a Koffee já tem muito o que comemorar. Ela foi indicada ao Grammy de Melhor Disco de Reggae pelo EP “Rapture” e, segundo rumores, está trabalhando com a Rihanna no R9, que será inspirado no ritmo. A gente bem sabe o poder que a Riri tem de trazer para o holofote gêneros musicais que não são tão mainstream, e se o reggae fizer seu comeback em 2020, apostamos que a Koffee estará na linha de frente. 



Mariah The Scientist

Para os amantes de um R&B mais conceitual, em um estilo parecido com Frank Ocean e SZA, a Mariah The Scientist é uma ótima pedida. Em suas músicas, a cantora aposta sempre em letras bem pessoais, seja em canções mais intimistas, como "Beetlejuice", ou em faixas mais experimentais, como "Reminders", que flerta com batidas de synth. Ambas as músicas estão disponíveis em seu disco de estreia, "MASTER", lançado no ano passado.



Megan Thee Stallion

Talvez a aposta mais consolidada da nossa lista, Megan Thee Stallion é abençoada por nomes como Nicki Minaj e Lizzo. E não é pra menos: ela é a cara do novo rap, ousado e divertido, mas que também traz uma nostalgia, apostando na sonoridade que fez as mulheres se destacarem nesse gênero nos anos 90. Podemos conferir essa mistura no “Fever”, sua mais recente (e ótima!) mixtape, e em "Diamonds", música lançada com Normani para a trilha de "Aves de Rapina". Seu disco de estreia esta previsto para esse ano.



Nasty Cherry

Falar que a Charli XCX faz tudo não é exagero, afinal até banda ela ajudou a criar (é isso mesmo). O quarteto Nasty Cherry foi formado pela britânica em um reality show da Netflix. Inspiradas no duo Yeah Yeah Yeahs, na banda de rock feminina The Runaways e, claro, na própria mentora, as garotas fazem um som pop alternativo delicioso e divertido, como podemos ouvir no “Season 1”, um dos nossos EPs favoritos de 2019.



NIKI

Uma das melhores coisas da era dos streamings é a possibilidade de conhecer artistas de todas as partes do mundo, como a NIKI, que é da Indonésia. A cantora faz um pop bem delicado e fofo, que soa como uma mistura do R&B que ouvimos com Tinashe e Justine Skye com o pop do início da carreira da Ariana Grande. Seu trabalho mais recente é o EP "wanna take this downtown?" e o single "Indigo", ótimo pra quem sente falta daquele pop com R&B do "Yours Truly" da Ari.



Paloma Mami

A Paloma Mami faz um reggaeton delicioso, pra quem curte Karol G e Becky G, mas um pouco mais intimista e por vezes até sussurrado, que mistura R&B contemporâneo e até trap. Além do som, uma das marcas da artista são suas letras. Americana e filha de imigrantes chilenos, Paloma lança músicas em inglês e espanhol e às vezes até mistura as línguas numa mesma faixa, como é o caso de “Mami”, seu atual e ótimo single.



Saweetie

Quanto mais rappers femininas, melhor! Por isso, te apresentamos mais uma. Com um som e uma personalidade que vai agradar bastante os fãs da Cardi B, a Saweetie já tem um hit nos Estados Unidos pra chamar de seu - a divertida "My Type", que chegou ao top 30 na Hot 100 - e alguns EPs ótimos, como o "ICY", lançado no ano passado. Além disso, a artista também fez uma música para a trilha de "Aves de Rapina" e, atualmente, está trabalhando no seu aguardado disco de estreia.



Summer Walker

Não tem nada melhor do que aquele R&B cheio de soul e super sensual, né? A sonoridade da Summer Walker segue bem esse estilo. Aprovada por nomes consolidados como Drake e Usher, a garota chegou chegando com seu disco de estreia, o "Over It", apostando em um som delicioso que nos lembra bastante o que SZA e H.E.R. tem feito. Foi assim que ela dominou o chart da Apple Music norte-americana, conhecido por não dar espaço a muitas mulheres. Pra ficar de olho mesmo!




YUNGBLUD

Pra quem tá sentindo falta de um novo representante do pop-rock, temos a solução: conheça o YUNGBLUD. O britânico de nome Dominic Harrison tem conquistado uma grande fanbase ao falar sobre saúde mental, assédio sexual e até capitalismo em suas músicas. Com uma sonoridade que flerta com o emo e até com o rap, o artista é perfeito pra quem curte bandas como Panic! At The Disco e Twenty One Pilots.



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Essa é a parte em que colocamos uma playlist do Spotify com todos os artistas citados:



Dua Lipa faz tudo e entrega a melhor música do ano (até aqui) com seu novo single, "Physical"

Dua Lipa está empenhada em mostrar que não apenas veio pra ficar, mas pra ser uma das maiores artistas dessa geração. A gente já tinha ficado impressionado com a evolução dela em “Don’t Start Now”, mas nada pôde nos preparar para seu segundo single, “Physical”, liberado nesta quinta-feira (30). 

A música segue bem o conceito do título do novo álbum de Dua, “Future Nostalgia”: enquanto mistura elementos oitentistas, como batidas de synth, traz também um certo ar futurista, num estilo parecido com o que vimos em “Blinding Lights”, o atual single do The Weeknd. 

“Physical” soa como uma poderosa injeção de adrenalina. É enérgica, te convida a cantar junto - a ponte, uma versão do refrão entoada quase como uma música de torcida, é um perfeito exemplo disso - e letras como “luzes apagadas, siga o barulho. Baby, continue a dançar como se você não tivesse escolha” tem tudo para se tornar memoráveis no catálogo da Dua Lipa.



Definitivamente é a melhor música do ano, pelo menos até aqui, e algo nos diz que continuará competindo pelo topo das listas de melhores de 2020 até dezembro.

O clipe de “Physical”, que parece ser uma super produção, tem lançamento marcado para essa sexta-feira (31). Já o “Future Nostalgia”, álbum que promete ser um dos melhores do ano, chega no dia 3 de abril.

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