Feliz 2010! Depois de viralizar no TikTok, "Cannibal", música da Kesha, ganha lyric video

Parece que não é só a Lizzo que tem o poder de fazer hitar suas músicas antigas. Aproveitando a crescente popularidade de “Cannibal”, música de 2010 (!), Kesha lançou um lyric vídeo pra canção nessa terça-feira (03).



Apesar de ter lançado o disco “High Road” recentemente e já ter divulgado singles como “Raising Hell” e “My Own Dance”, é com a canção da época do relançamento de seu primeiro álbum, o “Animal”, que Kesha está voltando aos holofotes. 

”Cannibal” viralizou no aplicativo TikTok, o mais novo termômetro de hits orgânicos e plataforma responsável por transformar músicas como “Old Town Road”, “The Box” e “Say So” em sucessos nos Estados Unidos. 



Na época em que foi lançada, a canção acabou nem se tornando um single, perdendo espaço para outros hits como “We R Who We R” e “Blow”. Será que 10 anos depois a canção vai ganhar um clipe?

É chuva no deserto! Lady Gaga confirma data de lançamento para novo álbum, "Chromatica"


EMERGÊNCIA POP! Lady Gaga acaba de confirmar em todas as suas redes sociais que "Chromatica", seu sexto álbum de estúdio, chega ao mundo em 10 de abril. A capa ainda tem arte provisória, mas o pre-order já mostra que o disco terá 16 faixas - entre elas, o primeiro single lançado da era, "Stupid Love", que já veio incendiando o mundo da música com o retorno de Gaga às suas origens pop.



Em entrevista à Beats 1 na semana passada, a cantora falou sobre o conceito do álbum e sua mensagem sobre coragem e cura, e que "estaríamos todos dançando nesse próximo trabalho": "eu quero lançar música que seja ouvida por uma grande parte do mundo, e que faça parte do dia a dia dessas pessoas, e que as faça felizes todos os dias", disse a mãe monstro, "eu estava me sentindo tão mal por tantos dias, antes de ir ao estúdio trabalhar, e aí eu entrava e sentava com BloodPop [o produtor] e dizia 'ok, eu vou abrir o portal, vou ouvir, vou falar com as minhas fadas que me ajudam a compor e perguntar a elas o que o mundo precisa ouvir''. Muita gratidão por essas fadinhas! Gaga ainda disse que chorou muito no estúdio por ver como as músicas estavam saindo felizes e animadas, e que o processo de composição teve muito a ver com aceitar os aprendizados do passado, e espera que as mensagens do disco empoderem os seus fãs também.

Entre os parceiros reunidos para criar o LG6, os little monsters já ficaram empolgados com a presença do já citado produtor BloodPop - com quem já havia trabalhado em "Joanne" e é o responsável por "Sorry", do Justin Bieber -, e do compositor Max Martin, figura carimbada nos créditos dos maiores hits pop da história, de "Baby One More Time" à "Roar" e "Shake It Off". Ingredientes não faltam para a farofa acontecer e nós estamos prontos!

Doja Cat é uma disco diva no clipe de seu novo hit, “Say So”

Uma das nossas principais apostas para esse ano, Doja Cat está desbravando os caminhos do mainstream e crescendo pouco a pouco nos charts mundo afora, principalmente nos Estados Unidos.

Por lá, o atual sucesso da rapper - a canção disco “Say So” - já se encontra no Top 15 do Spotify, tudo isso de forma muito orgânica, ou seja, sem divulgação. O motivo: a faixa viralizou no novo aplicativo Tik Tok, conhecido por ser uma plataforma onde os usuários criam suas próprias coreografias para muitas músicas. 



E o poder do Tik Tok é indiscutível: nesse momento, a musica número 1 nos Estados Unidos, “The Box”, do rapper Roddy Ricch e que primeiramente ganhou destaque no aplicativo, já completa sete semanas no topo da Hot 100. O mesmo aconteceu, é claro, com “Old Town Road”, do Lil Nas X. Vale ficar de olho nessa plataforma que está se tornando um termômetro de hits orgânicos.

Voltando a Doja Cat e sua deliciosa “Say So”, a artista, que não é boba nem nada, aproveitou o hype da música e decidiu não só elegê-la como seu novo single, como também mandá-la para as rádios americanas e lançar um videoclipe.

E se “Say So” explora em sua sonoridade toda a nostalgia dos anos 70 e 80, a Doja fez o mesmo e investiu bastante em uma imagem de disco diva, utilizando muitos looks retrô. O destaque também vai para a clássica dancinha que a música ganhou no Tik Tok e que aparece como parte da coreografia da canção. 



SERVIU! 

Como se o clipe não fosse o suficiente, Doja provou que também faz tudo e um pouco mais ao vivo e nos entregou uma live maravilhosa da canção no programa do Jimmy Fallon. Olha só:



“Say So” está no disco “Hot Pink”, lançado no ano passado. Vale dar uma conferida enquanto esperamos pelos próximos passos dessa rapper que promete muito!

Crítica: “A Ilha da Fantasia” deveria ser considerado um crime contra à arte

Atenção: a crítica contém detalhes da trama.

A Blumhouse se consolidou como a maior produtora de filmes de terror da atualidade. Criada em 2000, ela é o nome por trás de hits como "Atividade Paranormal" (2009), "Sobrenatural" (2011), "A Entidade" (2012), "Amizade Desfeita" (2015), "Hush: A Morte Ouve" (2016), "Corra!" (2017) e "Cam" (2018) - isso pegando os longas dignos, porque tem muita porcaria.

Terror, sabemos, é o gênero mais massacrado do mercado, lotado de bombas que estão sempre no calendário anual - não dá para acertar todas. Porém, às vezes, o erro vai a um nível além e alcança patamares assustadores, mas não no sentido querido pelos produtores. É o caso de "A Ilha da Fantasia" (Fantasy Island), o primeiro lançamento da Blumhouse na década.

"A Ilha da Fantasia" é uma reimaginação em formato de terror da clássica série de mesmo nome da ABC, lançada em 1977 nos Estados Unidos. Tenho uma turva memória da minha juventude, quando assistia ao seriado na tevê - acho que era o revival de 1998 -, e a achava bem divertida, mas realmente, nada de terror, era bem aventura e fantasia. Dá para entender os motivos que levaram um estúdio a dizer "e que tal se a gente transformar essa ideia em um filme de terror?" - há muito apelo para isso, então não tardou para o filme chegar até nós.

A Ilha da Fantasia é um resort paradisíaco em algum canto do planeta que promete realizar qualquer fantasia dos sortudo levados até lá. Os escolhidos foram: Gwen (Maggie Q), uma mulher que deseja voltar para a noite que foi proposta em casamento e, desta vez, dizer "sim"; Melanie (Lucy Hale), uma garota em busca de vingança contra a bully que a atormentava na infância; Patrick (Austin Stowell), jovem soldado que quer honrar o pai, morto em combate; e Brax (Jimmy O. Yang) e JD (Ryan Hansen), dois irmãos - um hétero e um gay - que só querem ter a melhor festa de suas vidas.


Ao chegarem na ilha, conhecem Sr. Roarke (Michael Peña), o "proprietário" do local e chefe das atividades. Ele diz que ali existem duas regras: cada pessoa só pode escolher uma fantasia e, assim que iniciada, devem ir até o final. Pois bem, a ideia inicial do rolê presume o seguinte: cada um vai vivenciar uma espécie de realidade aumentada que simulará a fantasia - ou, em casos mais simples como o dos irmãos, tem uma festa rolando cheia de corpos semi-nus molhados. Aqui já encontro um problema básico.

Tirando a fantasia dos irmãos - que é baseada em uma experiência facilmente reproduzida -, as dos outros são baseadas em sentimentos, memórias afetivas. Se você deseja uma festa e tem lá uma festa na sua frente, tudo certo, mas se você anseia voltar no tempo para mudar um mal passo, como uma simulação pode ser minimamente satisfatória? Não consigo imaginar alguém saindo de sua casa para viver uma mentira por, o quê, um dia?, e se sentir em paz com isso. Claro que existem níveis desesperados de situações que até uma ilusão pode satisfazer, mas tudo bem, vamos em frente.

Os próprios participantes discorrem sobre como seria a atividade, chutando em hologramas, e partem cada um para a sua. O molde escolhido é um que, além de batido, é patético: os participantes começam "ah, isso não é de verdade", brincam com algo que obviamente é real para só depois perceberem que é mesmo - e, assim, surtarem. Mesmo dentro desse joguinho ridículo, há momentos que não fazem sentido, como na fantasia de Melanie. Ela está em uma sala à la "O Albergue" (2005), com um vidro separando a sua bully, presa em uma cadeira, e um brutamontes com a boca costurada começa a torturá-la. A forma como Melanie derruba o cara é vergonhosa, e ela salva a bully quebrando o vidro. Por que ela não fez isso logo de início?


Aqui já temos como notar o nível de "A Ilha da Fantasia". Esse é um filme que não possui o menor respeito com o gênero que arduamente tenta se encaixar: é um terror que, basicamente, não há uma gota de sangue. Pessoas são torturadas, amarradas, levam tiros, e nada. Por que isso? O estúdio não queria que a classificação indicativa fosse maior do que PG-13 - o nosso "Proibido para menores de 14 anos". Um terror para adolescentes de 14 anos? Muito que bem. Em um momento, quando um dos personagens tem o braço cortado, a montagem destrincha a sequência a fim de mostrar nada, e é como se nada acontecesse. Eles estão mais preocupados em deixar a classificação o mais baixo possível para que seus cofres tenham mais espaço para bilheteria.

A estrutura do filme é como um seriado: cada personagem possui seu bloco de trama, que são revezados. É natural o formato, contudo, fica muito cansativo quando são todos iguais: início + acontecimento relevante + cliffhanger - eles terminam, sempre, com um corte brusco logo após um momento ~bombástico, para deixar o expectador se questionando "o que aconteceu ali?". Funcionaria se a atmosfera costurasse a mínima sensação de perigo, e isso jamais acontece.

Para dar aquele climão inteligente, como se muita coisa tivesse sido pensada na construção do filme, é evidente que teremos reviravoltas, uma das pragas do cinema de terror contemporâneo, que atira qualquer contravenção na trama a fim de "surpreender". Os plot-twists de "A Ilha da Fantasia" são péssimos, sem inspiração e colocados à força para dizer que algo não era esperado pelo público. Até lá, somos massacrados com clichês, como a descoberta de que todos os selecionados estão ligados em alguma tragédia - eeeeerrrr, "Jogos Mortais" (2004-), tudo bem? - e até mesmo a ilha possuindo um "coração" que controla tudo - "Lost" (2004-10), sweetie, I'm so sorry. E engula personagens aleatórios surgindo para salvar o dia, engula viradas de lados, engula regras básicas sendo esquecidas e engula zumbis (sim).

A Blumhouse tem sua grande parcela de culpa na banalização do terror no mercado atual, com alguns dos piores nomes do gênero - "Uma Noite de Crime" (2013), "O Espelho" (2013), "Ouija" (2014), "A Forca" (2015), "Canibais" (2015), "Mártires" (2016), todos horríveis -, todavia, a qualidade (ou a falta dela) extrapolou qualquer expectativa com "A Ilha da Fantasia". Digno de um filme para a tevê dos anos 90 ou uma dessas novelas mexicanas que são reprisadas à exaustão, há qualidade nenhuma de redenção neste que possui o pior antagonista de qualquer filme de terror dos últimos nem-sei-quantos-anos e uma mitologia tão ruim e mal desenvolvida que perde para muitos Filmes B. Esse é um verdadeiro afronte à arte, e revolta pensar que $7 milhões foram investidos nessa atrocidade quando inúmeros artistas com ideias impressionantes morrerão sem ver seus filmes nas telas. A indústria é cruel, mas não precisa chegar tão baixo.

Lady Gaga voltou para acabar com sua vida com o clipe de "Stupid Love"

Três anos e vinte dias de espera. Se você é amante do pop raiz, está desde o lançamento de "John Wayne", o último clipe pop de Lady Gaga, esperando o seu retorno. Vimos a cantora entrando de vez na indústria do Cinema com "Nasce Uma Estrela" (2018), a vimos ganhar um Oscar e ter a música mais premiada de todos os tempos, "Shallow". Foram anos de muitas glórias para a novaiorquina, porém, no fundo, sempre esperamos seu retorno para a farofa. O dia chegou.

Lady Gaga lançou seu novo single, "Stupid Love", em todas as plataformas digitais na madrugada desta sexta (28). A canção é o lead single do seu sexto álbum de estúdio, aparentemente chamado de "Chromatica", e marca o retorno da hitmaker de "Dancin' In Circles" ao som que a tornou a Rainha do Pop da nova era. A faixa, vazada mês passado, traz uma pegada disco e electropop que há tempos sentíamos saudades. Está servido?

E para não perder o buzz, o clipe do single já veio com o lançamento. Dirigido por Daniel Askill - diretor de vários clipes da Sia, como a bilionário "Chandelier" -, o vídeo foi inteiramente filmado em iPhones - "Look At Her Now" da Selena fez o mesmo - e traz uma mistura de Power Rangers, Mad Max e Os Mutantes, ou seja, tá coloridíssimo.

É nossa obrigação garantir os streams e views desse que é o primeiro ato pop das grandes divas na década. Bem-vinda de volta, Gaga.

Sentiu o chão tremer? Gaga está de volta nesta sexta com "Stupid Love"

As trombetas foram tocadas. O deserto acabou. Lady Gaga finalmente anunciou seu comeback hoje (25), o pop está salvo. O primeiro single do LG6 é "Stupid Love", faixa vazada mês passado e que já deixou toda homossexual desejando uma coreografia para cair na balada.


"Stupid Love" será lançada na sexta-feira (28), à meia noite, em todas as plataformas digitais. O clipe já está gravado e imagens foram divulgadas no banner oficial do single, com um visual futurístico para qualquer fã da Grimes deitar. E falando em Grimes, a cantora revelou em um bate-papo no Twitter que ouviu o LG6 e que ele é "foda".


O LG6 é o sexto álbum de estúdio de Gaga, que ainda hoje colhe os frutos de "Shallow", a música mais premiada de todos os tempos. Fãs já especulam que "CHROMATICA" seja o nome do novo álbum, visto que a palavra está no banner de anúncio.

Lady Gaga está chegando para destruir a sua vida.

Crítica: Ariana pede para não chamarmos o filme de “As Panteras” e só podemos obedecer

Atenção: a crítica contém detalhes da trama.

Olá, querido leitor, depois de um rápido recesso, estou de volta. Como já deve saber, a temporada do Oscar é o momento mais importante do meu ano e me dedico profundamente aos filmes indicados - você pode ler meu Especial 2020 aqui -, e nada mais justo que umas semaninhas de descaço quando a corrida dourada é encerrada. Aproveitei, também, para me atualizar com alguns nomes que deixei passar por terem estreado justamente na briga pela estatueta, como "As Panteras" (Charlie's Angels), reboot da franquia iniciada em 2000.

Se você, assim como eu, viveu a juventude na década de 2000, deve ter um lugar especial para o trio Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, que detonaram nos dois primeiros filmes. Não sabia muito o que esperar com o revival, dirigido e roteirizado por Elizabeth Banks - a lendária Effie Trinket da franquia "Jogos Vorazes" (2012-15), que estreou na cadeira de direção com "A Escolha Perfeita" (2015) -, porém, seria interessante ver o molde nas mãos de uma mulher - os dois originais são dirigidos por McG.

E esse é um movimento que começa a ganhar força em Hollywood: mulheres dirigindo filmes com protagonistas femininas. De "Mulher-Maravilha" (2017), dirigido por Patty Jenkins, ao recém estreado "Arlequina em Aves de Rapina" (2020), dirigido por Cathy Yan, blockbusters femininos estão invadindo as salas - para o desespero dos machos de plantão, ávidos pelo fracasso de todos os citados e criando a pior "máxima" do momento: "quem lacra não lucra". É interessante ver a conscientização de que filmes de ação não precisam ser feitos apenas por homens, e que mulheres são, também, capazes de cair na porrada - e sempre bom lembrar que, se deixa machista pistola, então deve ser feito.

As novas Panteras são Sabina (Kristen Stewart) e Jane (Ella Balinska). Ao contrário dos originais, o grupo não abre o filme já formado - nem mesmo Sabina e Jane são uma dupla, apenas coincidem de trabalhar no mesmo caso. A terceira (que oficialmente só se tornará Pantera no final) é Elena (Naomi Scott), uma programadora que cria o Calisto, um dispositivo que pode, devido a um erro, ser usado como arma. Ela tenta impedir que o aparelho seja comercializado com a falha, e vira alvo principal de uma corrida para ter o controle do Calisto.

A primeiríssima cena se passa no Rio de Janeiro, com Anitta na trilha-sonora. Claro que é legal ver seu país na tela, mas tudo vai por água abaixo quando fica evidente que ninguém ali nunca viu um brasileiro na vida. Há um diálogo em português que, juro, só soube que não era em húngaro quando a personagem de Stewart faz referência à língua - tive que voltar a cena algumas vezes pra conseguir entender o que eles estavam falando. Péssimo. Até mesmo em "Amanhecer: Parte 1" (2011), que também possui cena no Brasil, houve um trabalho bem feito.


Elena, posso apontar, é a protagonista do rolê. Todas as três possuem bastante espaço na tela, contudo, o maior desenvolvimento recai sobre ela. O roteiro sabe que detém o poder de incluir vertentes feministas, e, sim, elas estão aqui - literalmente já na primeira fala -, mas são assustadoramente rasteiras. Elena é constantemente silenciada por homens que querem impedi-la de consertar o Calisto, e a diminuem hierarquicamente a todo o momento - é uma exposição de opressões simplórias e pouco imaginativas. Até mesmo no mundo corporativo, que a mulher corre for fora, tudo é posto na tela de forma elementar demais - em uma cena, o chefe de Elena diz que fará o Calisto em cores pastel para as mulheres. Okay.

A personagem é composta sob o estereótipo da nerd desengonçada que entra num turbilhão de aventuras e descobre sua força interior. Tudo bem, o ponto de partida é bem óbvio, mas poderia render uma boa mensagem, principalmente para meninas mais novas, limitadas a carreiras "de mulher". Ser espiã, planejar invasões, correr atrás de vilões tatuados e descer o cacete quando necessário não são elementos suficientes dentro do filme. Para uma mulher ser bem sucedida, ela deve ser linda. Belíssima. E magra. E rica.

Uma sequência, quando Elena chega no quartel-general (ou seja lá o nome do prédio), ela entra em um closet enorme cheio de roupas de gripe, assessórios espalhafatosos e saltos do momento. Uma delas fala "Ah, vocês já entraram no primeiro closet?", e a protagonista, encantada, responde: "E tem outro?". As garotas chegam a discutir se podem ficar com as roupas, porque, ser mulher - aliás, ter uma vida feminina divertida - é viver nessa fantasia de riquezas absolutas e roupas intermináveis.

Não dá para negar que é realmente cool ver mulheres estilosas arrasando na tela - Kristen Stewart e sua bisexual energy, maravilhosa -, todavia, é um pouco contestável que tipo de mensagem o longa quer deixar - até porque, olha só, uma delas vai fazer um dos mais insossos pares românticos do cinema moderno. O molde de "As Panteras" é exatamente esse - dá para ser linda e combater o crime ao mesmo tempo -, e é uma boa dose de diversidade o trio, mas faltam alguns pontos que, para mim, são a chave do sucesso dos primeiros filmes.

O primeiro deles é o cuidado que o texto tem em construir suas sequências. "As Panteras" é um "Três Espiãs Demais" (2001-14), ou seja, lógica não é algo que se faz presente. Há cenas que desafiam a física ou coincidências escancaradas, porém, tudo funciona porque, mesmo com absurdismos, não deixa as regras do universo serem quebradas. Por exemplo: no filme de 2000, as Panteras devem se infiltrar em um prédio extremamente bem guardado; elas copiam as digitais, reproduzem as córneas e copiam as chaves de acesso do pessoal autorizado. Lá dentro, ainda devem passar invisíveis e burlar um sistema para completar a missão. Para tudo isso, elas se disfarçam de homens para não chamar a atenção. Agora em 2020, as protagonistas simplesmente roubam os passes de entrada do prédio de algumas pessoas aleatórias e pronto, tá resolvido, entrando com uma peruca. É de uma preguiça gritante.


O segundo é como a história é tão sem graça; é o básico do básico de todo filme de espião que existe neste universo. O roteiro ainda tenta ser surpreendente, jogando reviravoltas sem o menor impacto e que, na real, nem adentram caminhos coerentes. Um deles é que a chefe das Panteras - interpretada pela própria diretora - some no meio de uma missão, o que as levam a crer que chefe é a real vilã. Ela não é, e quase é morta pela dúvida das Panteras, entretanto, tudo é baseado no fato de que ela some sem dar notícias. Sua justificativa é que ela teve que correr atrás do vilão, mas porque ela não simplesmente avisa? Bastava uma mensagem e toda a confusão seria evitada.

O terceiro, e, a meu ver, o mais importante, é que não existe química entre as novas Panteras. O maior sucesso dos originais é como Diaz, Barrymore e Liu são individualmente perfeitas e ainda melhores juntas. Elas são bem diferentes entre si, mas criam um grupo coeso e violentamente carismático. Stewart, Scott e Balinska até tentam, mas ficam na tentativa. As sacadas são bem escassas e a comédia quase inexistente, deixando espaço para muito clichê e piadas perdidas - meio chato a espiã magérrima repetindo o quanto ama comer. O único diálogo relevante foi o de "Birdman" (2015), e um diálogo em quase duras horas? Preocupante.

Banks, que possui um grande currículo como atriz, claramente não possui a mesma competência na condução de um filme. Sua direção é bem limitada e vários momentos demonstra a falta de domínio da linguagem cinematográfica. Uma delas, bem no final, é quando sua personagem é emboscada por vários homens. Ao cair no chão, há uma clara falta de posicionamento de cena - parece que o roteiro não sabe o que fazer -, e isso poderia ser mascarado com uma montagem e fotografia que foquem no rosto da personagem, porém, ao invés disso, o enquadramento abre a cena e captura o momento de cima, impulsionando ainda mais a falta de condução. É artificial e teatral.

A campanha de "As Panteras" dizia que um novo mundo precisa de novas Panteras. Realmente, o mundo mudou demais entre os 20 anos que separam o primeiro filme e o reboot, mas do que adianta termos novas Panteras se elas estão sob um molde tão formulaico e ultrapassado? O que funcionava em 2000 provavelmente soará cansado nos dias de hoje, e "As Panteras" sofre ainda mais em não construir três protagonistas à altura de Natalie, Dylan e Alex. Sem personalidade, originalidade, iconicidade e impacto cultural - tudo o que já existiu com o selo da franquia - de nada adianta entregar uma Charlie mulher para se autointitular empoderador quando nem o entretenimento é de qualidade. Na música tema, Ariana Grande (que encabeça a triste trilha-sonora) canta: "don't call me Angel", e seu pedido é uma ordem.

P.S.: Terem escalado Noah Centineo como par romântico de uma das protagonistas consegue resumir impecavelmente o nível de "As Panteras".

Pronto para dominar 2020, The Weeknd anuncia o disco “After Hours”

Ele tá mais do que de volta. The Weeknd anunciou nesta semana o lançamento de seu novo disco, “After Hours”, e aproveitou para nos entregar também a faixa-titulo do material.

Deliciosa, a canção de 6 minutos passeia por vários gêneros musicais e nos envolve do início ao fim. Apesar se ser uma boa amostra do que vem por aí, acreditamos que ela deve ser apenas um single promocional, e que o foco deve continuar sendo em “Heartless” e “Blinding Lights”

Além da música, confiram a capa do disco “After Hours”, marcado para o dia 20 de março:



Por falar nos singles anteriores, “Heartless” e “Blinding Lights”, The Weeknd não tem do que reclamar. A primeira fez um barulho inicial importante, pegando o #1 na Hot 100, e tem crescido nas rádios, se estabilizado no Top 20 da Hot 100 norte-americana. 


Já “Blinding Lights” tem se mostrado a favorita do público ao crescer constantemente e de forma orgânica nos streamings, tendo chegado ao topo do Spotify Global nesta semana. Pra que ter um hit se você pode ter dois, né? 

Sim! Tem parceria com a Demi Lovato no novo disco do Sam Smith e eles já estão gravando o clipe

Você quer voz? Então toma! Sam Smith está preparando o lançamento de seu terceiro disco e uma das parcerias que podemos esperar pra o material é com a cantora Demi Lovato.

Com o anúncio do álbum “To Die For”, marcado par dia 1° de maio, foi revelado também os créditos de composição e produção, e descobrimos que Demi está creditada na faixa 11.

A música em questão deve se chamar “I’m Ready” e tem a colaboração dos produtores, compositores e hitmakers Ilya, Savan Kotecha e Peter Svensson.

Como a canção deve ser o próximo single de Sam, teremos também um videoclipe. Os dois artistas foram vistos gravando o clipe da canção em um ginásio de um colégio em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ao que parece, esse é um trechinho da música:


Será que a sucessora de “Dancing With A Stranger” tá vindo? Por falar no hino com Normani, o novo álbum de Sam, que ser bem mais dançante e colorido, terá também a participação de Calvin Harris na já conhecida “Promises”, do cantor Labrinth em uma das faixas inéditas do material e, talvez, quem sabe, uma colaboração com a Nicki Minaj.

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