O novo trailer de "Vingadores: Guerra Infinita" é o vídeo mais foda que você verá hoje

Bicho, finalmente! Após a fanfic que todo mundo acreditou ser real, o novo trailer de "Vingadores: Guerra Infinita" está oficialmente na rede mundial de computadores e, meu deus!, o Thanos tá comendo o cu dos Vingadores! Que trailer incrível em todos os sentidos possíveis.

Aquela seriedade que todos clamam está presente em seus mais de dois minutos, a ação está foda pra caramba, assim toooodo o CGI. Tom Holland se consolidou com um trailer como o novo príncipe da Marvel, os Vingadores e os Guardiões finalmente estão juntos e Thanos está fudido de incrível com background e flashback. Você quer vilão bem construído, @?



"Vingadores: Guerra Infinita" chega para salvar o cinema e o mundo no dia 26 de abril. Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Chris Evans, Zoe Saldana, Mark Ruffalo, Tom Hiddleston, Chadwick Boseman, Karen Gillan e Chris Hemsworth compõem o elenco incrível da produção.

Diga sim para o novo single de Louisa, a incrível “YES”

Se você já ouviu alguma musica da Louisa Johnson, esqueça. Ok, talvez não esqueça completamente de “Best Behaviour”, mas a apague de sua mente, pelo menos por um instante. É que ela lançou seu novo single, “YES”, na madrugada desta sexta-feira (16), e ele soa como uma (re)invenção de sua carreira.

Se algum dia você imaginou como soaria uma parceria entre Christina Aguilera e Britney Spears, não precisa mais imaginar. “YES” parece a combinação perfeita da Xtina de “Dirrty” e da Britney de “Blackout”, com um pouquinho de “I’m Slave 4 U”. 

Mas não se engane: apesar da cara de hit dos anos 2000, o novo single de Louisa não soa datado, e sim atemporal. É o tipo de coisa que nós esperamos ouvir daquelas que cresceram escutando exatamente Christina e Britney. 

Na voz de Ariana Grande, por exemplo, “YES” definitivamente seria um grande sucesso. Para Demi, com certeza uma novidade muito bem vinda em sua carreira. Esperamos que, desafiando todas as expectativas, esse seja o grande hit que vai finalmente e merecidamente alavancar a carreira de Louisa. 


SIM, SIM, SIM! 

Campeã do The X Factor UK 2015 (pois é!), Louisa ainda não lançou seu primeiro disco, algo que   é prometido a todo vencedor após ganhar o programa. Nesse meio tempo, duas competidoras bem sucedidas no reality, Ella Henderson e Fleur East, com um #1 e um #3 no chart do Reino Unido, respectivamente, foram demitidas da Syco, gravadora de Simon Cowell, apesar de seus bons resultados.

Por isso, por mais que nos doa dizer, “YES” soa como um grito desesperado de Louisa pra que você, por favor, pare de ignorar suas músicas, diga sim a ela e não deixe que as coisas terminem como terminaram para as outras duas participantes citadas. O que significa que, sim, nós temos uma missão aqui. 

Conversamos com o Milky Chance, atração do Lollapalooza: "Se você quer fazer uma banda, apenas faça!"

Tá certo que é bem legal ir ao Lollapalooza pra ver aquele artista que você curte bastante, mas uma das melhores coisas do festival, sem dúvidas, é conhecer artistas novos e poder atualizar suas playlists com várias músicas.

Um desses novos artistas que prometem te surpreender é a banda Milky Chance. Diretamente da Alemanha, o duo formado por Clemens Rehbein e Philipp Dausch faz um ritmo que pode ser classificado como (atenção) folkatrônica, mas que na prática envolve muito mais do que só folk e EDM, e que a gente vai poder ouvir no domingo (25).

Enquanto a gente não curte a banda mandando Aquele Ao Vivo™, confira a entrevista que fizemos com o Clemens sobre a expectativa para o Lolla Brasil e o som diferentão dos caras.




It Pop: Você começou o Milky Chance quando ainda estava na escola. Qual conselho daria para jovens garotos e garotas que ainda estão na escola, mas já querem começar uma banda, e não sabem se vai dar certo? 
Clemens: (Risos) Difícil! Eu posso dizer que nós tivemos muita sorte. Colocamos nossas músicas no YouTube e, de repente, tivemos sucesso e recebemos atenção. Foi incrível. Então, o que posso dizer? Se você quer fazer, apenas faça! Só não posso dizer o que fazer pra dar certo. O importante é tentar.  

It Pop: “Sadnecessary”, especialmente “Stolen Dance”, foram grandes sucessos com a ajuda da internet. Você pensou, quando estava colando suas músicas no YouTube, lá atrás, que tudo daria certo para o Milky Chance? 
Clemens: Não, nunca! Não tínhamos ideia de que alcançaríamos isso como uma banda, que teríamos uma carreira. Tudo aconteceu de forma acidental. Depois você entende melhor tudo isso. Você começa a entender depois de uns 2 anos, porque tudo acontece muito rápido. Foi meio surreal. Quando fazemos as músicas a gente não sabe o que vai ser um bom single ou não, nós só fazemos. 



It Pop: E como você vê a importância da internet e de plataformas como o Spotify na descoberta de novos artistas? 
Clemens: É ótimo! Todos essas formas de streaming ajudam os pequenos artistas que não tem gravadora a crescerem, serem notados e serem contratados. Você pode dividir sua música com o mundo inteiro em um só clique. É difícil se destacar com tanta gente tentando, mas é uma boa oportunidade.  

It Pop: Vocês produziram o “Sadnecessary” sozinhos. Como foi essa experiência? 
Clemens: Foi incrível. Estávamos acabando a escola, eu tinha 19 anos. Queríamos ser cuidadosos com nosso som, não queríamos criar nenhuma responsabilidade com ninguém. Fizemos o que tínhamos que fazer e temos sorte que tudo deu certo. Começamos a gravar as músicas por diversão, só pra ver o que rolava, mas acabando se tornando algo fácil e natural. 

It Pop: “Sadnecessary” introduziu o som do Milky Chance para o mundo. Quando vocês estavam trabalhando no “Blossom”, se sentiram pressionados a fazer um som parecido com o do primeiro discou ou se sentiram livres para criar coisas diferentes? 
Clemens: Faz parte do desenvolvimento de um músico querer fazer coisas novas, não querer fazer a mesma coisa sempre, criar novos sons. Queríamos testar novos instrumentos e fazer um processo diferente no “Blossom”. Fomos para um estúdio, experimentamos e foi muito interessante e inspirador. Aprendemos muito sobre a gravação no geral e fizemos tudo no nosso tempo, pra podermos exprimentar tudo. Foi quase como um parque de diversões. Nós fazíamos o que queríamos e isso foi muito bom. 

It Pop: “Blossom” combina vários estilos diferentes: pop, house, folk e reggae, só pra cirtarmos alguns. O que inspira vocês a criar essas combinações inesperadas? 
Clemens: Isso é música! Temos uma mente aberta sobre tudo o que acontece na música, desde sempre. Gostamos de ouvir músicas mais antigas e tivemos uma boa educação musical tanto na nossa casa quanto na escola. Tínhamos aula de música onde cantávamos, ouvíamos música clássica, conhecíamos mais sobre os diversos cenários da música... Aí, tivemos uma outra banda, aprendemos um pouco de blues nessa época... Tivemos contato com músicas de vários tipos. E foi toda essa mistura colorida que nos inspirou a fazer o que fazemos hoje.


It Pop: Vamos falar do Lollapalooza! Será sua primeira vez no Brasil. Animado? 
Clemens: Sim, muito! A parte mais animadora disso tudo é entrar em turnê. Vamos passar pela primeira vez na América do Sul, e a primeira vez é sempre ótima. Estamos curiosos para conhecer tudo e nos divertir por aí! 

It Pop: Além do show e do público, o que vocês estão mais animados para ver ou até aprender no Brasil? 
Clemens: Queremos explorar! Queremos conhecer um pouco do interior talvez, um pouco da comida, das músicas do Brasil. Vamos passar pela Colômbia também e queremos explorar. Não temos muito tempo em turnê, é tudo muito corrido, mas queremos explorar o máximo possível. Vamos ver o que conseguimos fazer. 

It Pop: Finalmente, descreve o Milky Chance pra galera que ainda não conhece vocês e o seu som. 
Clemens: Somos duas pessoas que experienciam o que é viver uma banda e fazer música. Fazemos músicas com uma vibe soul e pop com batidas eletrônicas, muita mistura, e com letras muito melancólicas e notálgicas.

*** 

A Milky Chance chega pra somar no mesmo dia que Khalid, AURORA, Lana Del Rey e The Killers. Que domingo é esse, Brasil! Pra aquecer, bora escutar o "Blossom", o último disco dos caras. 

As minas do ABRONCA vão tocar o terror e vários hits na Pop-up, a nossa festa em SP

Tá chegando, gente!

Na próxima sexta-feira (16) acontecerá a primeira edição da Pop-up, a festa oficial do It Pop, e quem chega pra somar na nossa line-up, tocando o terror e muitos hits do R&B e hip-hop são as minas do ABRONCA, grupo brasileiro formado só por mulheres, que retornou no ano passado ao som do single produzido pelo Leo Justi, “Chegando de Assalto”.

Saiba mais no nosso evento no Facebook!



Uma das principais apostas nacionais da Warner Music para este ano, ABRONCA já está preparando muitas novidades para os próximos meses e, na nossa festa, farão um DJ set - ao lado do DJ e parceiro do grupo, Allan Felix - e participarão de uma ação especial, distribuindo shots de tequila na faixa pra geral! 

Além das moças do grupo, a Pop-up ainda contará com DJ sets do blogueiro que vos escreve, Gui Tintel, e de outros nomes já conhecidos pela noite paulistana, como Sérgio Yakuza, Tahh S. Brito, Clarissa Wolff, João Vitor Medeiros (o Indie da Deprê do Twitter!), Felipe Bueno e a drag queen Pixie Holmes.

A Pop-up acontece no dia 16 de março no Lab Club, ali na Rua Augusta, e colocando seu nome na lista de descontos, você só pagará R$25 na entrada. Aniversariantes do mês entram de grátis, com direito a um acompanhante, é só seguir as instruções do nosso evento no Facebook.

Não vai perder, né?

SERVIÇO
Pop-up: A Festa do It Pop
Dia 16 de março
Lab Club - Rua Augusta, 523
São Paulo/SP
Classificação: 18 anos

Aparentemente, Rita Ora lançará um dos melhores discos pop do ano em maio

Já faz seis anos desde que Rita Ora lançou seu primeiro disco, “Ora”, e agora que alcançou o top 10 britânico pela décima-segunda vez, ao lado de Liam Payne e a faixa “For You”, para a trilha de “Cinquenta Tons”, a cantora parece estar pronta para estrear seu novo álbum.

Em agosto desse ano, durante o verão britânico, a cantora de “Anywhere” será uma das atrações do Maidstone Kent Event Centre, no Reino Unido, e durante o anúncio de sua participação, o site do evento deixou escapar que a artista tem um novo disco à vista, com lançamento esperado para maio de 2018.

Sim, daqui dois meses.


O novo disco de Rita Ora é planejado desde 2014, quando a cantora lançou a parceria com Calvin Harris em “I Will Never Let You Down”, mas seus planos precisaram ser refeitos após o término do seu namoro com o DJ, porque o cara ficou putinho e impediu juridicamente que ela cantasse essa parceria e outras faixas que produziram juntos, forçando-a a descartar todo o material já pronto e voltar ao estúdio, pra repensar seu disco do zero. A gente já tinha contado toda essa novela aqui.

Desde o ano passado, a cantora retornou com as primeiras amostras desse novo disco, emplacando o hit co-composto por Ed Sheeran, “Your Song”, a parceria com Avicii em “Lonely Together”“Anywhere”.

Neste ano, ela também esteve envolvida em parcerias com nomes como Charli XCX, Bebe Rexha e Raye, além da brasileira Anitta, com quem dividiu estúdio há apenas algumas semanas.

Sem maiores novidades sobre o provável melhor disco pop do ano, a gente nunca esteve tão ansioso para a chegada de maio como estamos agora.

O novo single da Halsey é "Alone", mas ela não está sozinha! Vai rolar remix com Big Sean e Stefflon Don

Halsey continua com a saga do "hopeless fountain kingdom" e pra dar sequência a história sobre separação e autodescoberta iniciada lá atrás, com o single "Now Or Never", ela escolheu uma das melhores faixas do disco como nova música de trabalho: "Alone".


Mas ela não vem sozinha, não! Apesar de ser uma canção sem parcerias em sua versão original, "Alone" ganhará nesta quinta-feira (15) um remix com a participação de Big Sean e Stefflon Don.


Big Sean é um dos novos nomes do rap mais consolidados nesse cenário, enquanto a britânica Stefflon Don, que mistura hip-hop, pop, R&B e reggae em suas músicas, é uma das principais apostas da música para 2018. Uma mistura inusitada, hein?



A ideia de um remix para uma música que já era boa confundiu um pouquinho os fãs da cantora, que começaram a se lamentar com a possibilidade da nova versão estragar a original. Por isso, Halsey tratou logo de acalmar o coração dos mais aflitos: "A música é um HINO. Vocês não tem nem ideia. Eu raramente faço colaborações ou adiciono participações em canções. Eles [Big Sean e Stefflon Don] levaram a música a um outro nível".


Se a dona da música falou, tá falado!

Além de "Now Or Never", o "hopeless fountain kindgom" contou também com o single "Bad At Love", que alcançou o #5 lugar na Billboard Hot 100, maior posição solo da cantora no chart. A sequência de clipes se completa com "Sorry", lançado no no mês passado.


Agora é só encomendar os vídeos de "Heaven In Hiding" e "Strangers" e a gente jura que não pede nais nada (pelo menos nessa era).  

O primeiro trailer de "Os Crimes de Grindelwald" está entre nós

MEU DEUS! MEU DEUS! 

"Animais Fantásticos e Onde Habitam" deu início a nova etapa da franquia "Harry Potter" no cinema. Partindo do livro didático que dá nome ao filme, a produção acompanhou Newt Scamander (Eddie Redmayne) tentando resgatar seus bichinhos que fugiram de sua mala, mas acaba se envolvendo em algo maior: Grindewald, o poderoso bruxo que já travou batalhas com Dumbledore (Jude Law).

A sequência "Os Crimes de Grindewald" chega para finalmente cruzar Scamander e Dumbledore, trazendo de volta parte do elenco do primeiro filme, e preparar o público para grandes eventos no mundo bruxo.

O trailer da continuação chegou à rede mundial de computadores agora pouco e tá bem foda, viu? Tem tudo aquilo que os fãs queriam: Dumbledore, Hogwarts e bichos. Jude Law parece que vai entregar um Albus digno; Hogwarts como um fanservice maroto; e bichos porque um filme que leva "animais" no nome sem animais é golpe. Confere aí:



Além dos nomes citados, "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald" conta com Ezra Miller, Zoë Kravitz, Katherine Waterston e Dan Fogler. A prodição chega aos cinemas no dia 16 de novembro.

Crítica: "Aniquilação" derrama água com açúcar na estranheza do livro para facilitar sua história

Eu já comentei aqui no Cinematofagia o quanto prefiro assistir a um filme adaptado antes do material original. Essa decisão se baseia no fato de que, ao já sabermos do texto proveniente, caímos na armadilha de ficar comparando as obras, mesmo elas sendo materiais com linguagens completamente diferentes. Infelizmente não consegui realizar esse trajeto com "Aniquilação" (Annihilation), novo filme de Alex Garland. Desde 2016 possuo os três livros da não-tão-famosa trilogia "Comando Sul", de Jeff VanderMeer - "Aniquilação", "Aceitação" e "Autoridade" -, então os acontecimentos da adaptação do primeiro livro já me eram cientes - um adendo: nego veementemente a máxima "livro é sempre melhor que filme" (não é).

Prometi a mim mesmo não sofrer (tanto) da síndrome da comparação. Sei que é impossível analisar o filme deixando de lado toda a bagagem adquirida pela leitura dos livros, porém, tirando os momentos em que contextualizo as decisões de produção da passagem livro-filme (acho importante), a impressão final do longa é o mais perto da utópica "objetividade" de análise fílmica. Então sim, esse texto seria completamente diferente caso eu não tivesse lido os livros, o que comprova a volatilidade da subjetividade para com a arte que é Cinema - e isso é uma de suas mágicas. Caso você não conheça a trilogia, sua impressão pode ser absolutamente divergente da minha. E vida que segue.

"Aniquilação" conta a história de Lena (a oscarizada Natalie Portman), uma bióloga que, após o desaparecimento misterioso do seu marido, decide realizar o mesmo trajeto que ele para descobrir o que aconteceu. O marido, Kane (Oscar Isaac, queridinho do Garland), fez parte de uma missão na Área X, campo secreto em terras norte-americanas onde anomalias da natureza acontecem. Até o momento, todas as missões para a região foram um fracasso, até que Kane se torna a primeira pessoa a conseguir voltar com vida - apesar de gravemente doente.


Basicamente apenas isso, a premissa, foi mantido de forma fidedigna na transposição do livro para às telas. Garland, que escreveu todo o roteiro sozinho, criou um filme só dele, usando a história original como pontapé e alterando - ou até mesmo ignorando - diversos pontos dos livros - que nem ao menos fala os nomes dos personagens, ao contrário do filme. Fica evidente que essas escolhas foram feitas para tornar a obra mais acessível - quem conhece a trilogia sabe o quão hermética é sua leitura, com momentos em que nada faz o menor sentido, o que complicaria demais a adaptação ao soar um texto quase "inadaptável". Até mesmo o significado do título e o final foram completamente mudados aqui.

A nova expedição para a Área X é a primeira formada só de mulheres: Lena, a bióloga; Dr. Ventress, a psicóloga e líder do grupo (Jennifer Jason Leigh); Josie, a física (Tessa Thompson); Cass, a topógrafa (Tuva Novotny); e Anya (Gina Rodriguez), a paramédica. O objetivo central da missão é chegar até o farol, local onde acredita-se ser o centro da Área X e onde as respostas para a anomalia biológica possam estar guardadas. A Área é coberta pelo "Brilho", uma membrana que impede a comunicação de dentro para fora (e vice-versa) e causa diversos outros efeitos no campo. O grupo então vai tentar desvendar tudo isso, pois o Brilho está se expandido e pode cobrir todo o planeta.


Alex Garland parece estar cunhando um estilo cinematográfico que passeia pelo sci-fi, efeitos visuais e questionamentos sobre nossa existência. "Aniquilação" é seu segundo filme, e fica gritante os motivos que o fizeram escolher o material para continuar sua linhagem no mundo do cinema, depois de sua incrível estreia com "Ex Machina: Instinto Artificial" (2015). Guardando muitos dos elementos que poderão ser aquilo que formará seu cinema, "Aniquilação" enfrentou briga entre os produtores, que o achavam "complexo demais".

Todavia, sendo bem sincero, o longa é simples até demais. O primeiro livro literalmente explica nada, enquanto o longa é bastante didático ao colocar de maneira bem clara a bizarrice da Área X. "Aniquilação" acerta ao não seguir a narrativa do texto original e deixar logo de cara muitas das coisas que demoram centenas de páginas para explicar - e quando explica, é de modo superficial: a barreira, por exemplo, é um mistério solucionado bem rápido na telona. As escolhas de trama da produção claramente visam a facilitação do entendimento das plateias, algo que os livros não movem um dedo para fazer - por exemplo, não há uma física no livro, e sim uma antropóloga. A profissão foi mudada a fim de explicar melhor os conceitos científicos dentro do Brilho.


Apesar de, por várias vezes, soar mastigado demais, o filme consegue entregar a complexa história de maneira clara o suficiente para termos interesse em seu desenrolar e resguardar a áurea de mistério da fonte literária. Além disso, mesmo antes do término da sessão, dá para perceber que Garland escolheu fazer com que o filme tenha começo, meio e fim, já sabendo que uma franquia cinematográfica seria difícil - o filme assimila detalhes dos livros seguintes, que não tínhamos ideia apenas com o primeiro. A conclusão da película é definitiva, com poucos espaços para continuações - o que é uma pena.

E isso é uma faca de dois gumes. Particularmente não recomendo os livros para qualquer um pois eles são muito, muito difíceis de serem lidos, no entanto, possuem personalidade e autenticidade, não há como negar. A mastigação do enredo, que serviria para tornar mais acessível o filme, ultrapassa o limite do aceitável em vários momentos, diluindo não só o poder do argumento, como também banalizando seu próprio gênero ao aproximar a produção de tantos outros filmes pseudo-inteligentes. Não que o filme devesse ser complicadíssimo, fazer com que o público saísse da sessão perdido, mas "Aniquilação" parece subestimar a capacidade de entendimento de quem está sentado diante dele.

A sensação presente no decorrer da duração é de que estamos assistindo à uma ficção-científica qualquer, e a resposta está na convergência dos materiais: é fato que os livros não são gritantemente inovadores em sua premissa, porém são proprietários de um clima austero de estranheza bem característico, que fez sua fama (nos EUA os livros são mais conhecidos) e não foi copiado para a tela. É difícil não notarmos as semelhanças com outros nomes célebres do gênero, como "Alien: O Oitavo Passageiro" (1979), onde um grupo de cientistas entra numa área alienígena e é caçado e infectado pelos monstros do local. Em "Aniquilação" é exatamente assim - e ainda faz o mesmo erro primário de "Alien: Covenant (2017)": como a equipe entra numa área desconhecida sem roupas de proteção?


O mote principal de qualquer sci-fi é, querendo ou não, seus efeitos especiais. "Ex Machina", inclusive, venceu o Oscar de "Melhores Efeitos Visuais" pela criação altamente fidedigna de um androide, porém, os efeitos de "Aniquilação" raramente funcionam - quando não são péssimos em sua totalidade. Nas cenas com as criaturas da Área X, o CGI mais parece um emulador de videogame dos anos 2000, quebrando completamente a veracidade do que estamos vendo. Há um momento em particular onde os efeitos alcançam a glória - a nebulosa -, entretanto fica ainda mais difícil entender os pobres efeitos quando "Ex Machina" venceu o Oscar e o orçamento de "Aniquilação" foi bem maior. E até o design de produção entra no bonde: ao invés de deixar orgânica a anormal natureza, as anomalias criadas pela direção de arte na Área X parecem de plástico.

Outro grande chamariz da produção é possuir um elenco predominantemente feminino - até as próprias integrantes se surpreendem ao ver que o grupo é só de mulheres -, o que poderia (e, aqui, fica no "poderia") render interações riquíssimas ao colocá-las num habitat tão hostil, onde o perigo está por todos os lados. À la "O Enigma de Outro Mundo" (1982), a "realidade" dentro do brilho vai calmamente mudando as personagens, psico e fisicamente, e é questão de tempo para ver qual delas vai sucumbir à loucura primeiro, já um clichê dentro do gênero, que também não dispensa discussões sobre "devemos continuar ou voltar o mais rápido possível?". As motivações de cada uma, pelo menos, são corretas e as fazem tomarem caminhos coerentes dentro de seus próprios universos.


Só que elas funcionam individualmente, não em grupo. Não há química entre as cinco, uma dinâmica que faça com que a equipe aparente ser coesa - e, com exceção da personagem de Portman, os destinos das outras são irrisórios para o espectador. O roteiro até pincela um desenvolvimento de encontro entre as partes, mas há sempre um corpo estranho que destoa o próprio clima, e esse corpo talvez seja Gina Rodriguez, a eterna Jane da série "Jane The Virgin". Sua personagem não existe no livro, e no ecrã serve quase unicamente para ser o indivíduo esquentado à beira da loucura, e sua introdução serve para gerar uma trama específica que se esgota muito rápido - e poderia ter sido composta sem sua presença.

"Aniquilação" é, talvez, o primeiro acerto com dignidade a receber o selo Netflix em seu catálogo de filmes, apesar dos empecilhos - mas isso nem é lá um enorme feito, visto o número de obras terríveis lançadas pela plataforma - "Paradoxo Cloverfield", "Death Note", "Okja", e por aí vai. Mesmo funcionando no ecrã ao ser uma ambiciosa empreitada - aceitar colocar essa insana história na tela é feito louvável -, a sensação de desapontamento permeia o espectador durante o rolar dos créditos, tendo em vista que aqui poderia ser o nascimento de um novo clássico contemporâneo. Alex Garland perde a oportunidade de criar um longa único, profundo e desafiador ao facilitar demais sua narrativa e se distanciar do que há de melhor das páginas seminais - além do clímax genérico e fácil demais. Ao invés do estranho e sólido (como "Sob A Pele", 2013), recebemos uma grande dose de água com açúcar pronta para a degustação das massas (como "Interestelar", 2014).

P.S. quebrando minha promessa: Garland retirou as sequências mais hipnóticas do livro: a Torre, o Rastejador e o icônico poema "De onde jaz o fruto asfixiante que veio da mão do pecador...". Balde de água fria.

10 músicas que todo mundo vai cantar no Lollapalooza 2018

Lollapalooza é assim: tem vezes que você resolve assistir a um show sabendo que só conhece uma música daquele artista e esperando ansiosamente pra que ela toque. Tem também aqueles momentos em que você só tá passando, escuta a canção e pensa “ué, essa música é dele?”. E, claro, tem as vezes em que você conhece todas as faixas do artista, mas tem uma que ocupa um lugarzinho especial no seu coração.

Geralmente guardadas para os finais de show, esses hits tem o poder de unir todas as pessoas na plateia, sejam elas parte do primeiro, do segundo ou do terceiro grupo citado. Por isso, listamos as 10 músicas que vão garantir muito dedo no c* e gritaria generalizada, momentos que com certeza serão lembrados quando o Lolla acabar.


"Californication", Red Hot Chilli Peppers

O show do Red Hot é uma sucessão de hits, mas tem alguns que pegam no nosso coração, e “Californication” com certeza é um desses. 



"Hear Me Now", Alok

Dá até pra imaginar todo mundo com a lanterna do celular ligado enquanto o Alok para a música só pra ouvir geral gritar “if you get to hear me now”. Prepare seus melhores assovios! 


"It Ain’t Me", Kygo 

Tá permitido gritar o refrão de trás pra frente de "It A'int Me", mesmo que você, assim como a gente, não tenha nem ideia do que a Selena Gomez diz nessa parte.



"Mr. Brightside", The Killers

Nenhuma criança ou adolescente dos anos 2000 (ou seja, a grande maioria do festival) vai ficar parado.


"No Money", Galantis

Um hino para aqueles que juntaram um dinheirinho soado pra pagar o Lolla Pass e agora não tem nem 2 reais na carteira. “Sorry, i ain’t got no money”!


"Radioactive", Imagine Dragons

Uma daquelas músicas pensadas pra fazer absolutamente todo mundo cantar como se a vida dependesse disso.


"See You Again", Wiz Khalifa

Ame ou odeie, não dá pra negar: todo mundo sabe cantar essa música inteirinha. E é isso que o público vai provar quando o pianinho de “See You Again” começar. 


"Summertime Sadness", Lana Del Rey

KISS
ME
HARD
BEFORE
YOU
GO



"Turn Down For What", DJ Snake

Se você fechar os olhos já dá até pra ouvir as pessoas gritando “TURN DOWN FOR WHAT”. O Autódromo de Interlagos vai abaixo! 


"Wonderwall", Liam Gallagher/Oasis

Porque um clássico é um clássico.

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