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Ally Brooke acha que K-Pop é o futuro para girlbands e pode colaborar com integrantes do Fifth Harmony


Com muitos sorrisos e esbanjando simpatia, Ally Brooke esteve recentemente no Brasil para divulgar o seu mais novo single, "Low Key", lançado em janeiro deste ano em parceria com o rapper Tyga. A faixa é o primeiro lançamento da cantora como artista solo após o hiato do Fifth Harmony, e é o primeiro gostinho do seu disco de estreia que vem ainda esse ano.


Aproveitamos a visita da Ally para saber tudo sobre o lançamento de "Low Key" e os planos para a carreira solo. Ainda conversamos sobre grupos femininos de K-Pop e as colaborações que podem vir nos novos projetos - entre elas, Anitta e as próprias meninas do Fifth Harmony. A curiosidade bateu? Vem ler tudinho!

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ItPop: Primeiro de tudo, parabéns pelo novo single! Queremos saber tudo sobre como "Low Key" aconteceu, você já tinha trabalhado com algum dos produtores antes? Como foi o processo de composição da música?

Ally Brooke: Muito obrigada! Na verdade, eu tinha outro single para lançar, mas eu sabia que nós nunca conseguíamos deixar aquela música perfeita, mesmo depois de gravar, gravar, gravar. Então finalmente um dos meus empresários me disse que tinha ouvido essa música chamada "Low Key" que era incrível, e que todos esses maravilhosos produtores e compositores eram parte dela. Então ele me mostrou no dia seguinte e eu fiquei "Wow!", foi tipo uma epifania. Eu sabia que esse tinha que ser o meu primeiro single, sem dúvidas, foi um momento mágico. Então eu gravei a música, entrei no estúdio com um dos gerentes da minha gravadora, Craig Kallman, e nós aperfeiçoamos ela. Uma das minhas melhores amigas estava no estúdio comigo e toda a vibe estava certa, sabe? Eu gravei e coloquei o meu "sabor" na música, meu "charme", meu tom e personalidade, e aí ela se tornou tudo o que é hoje. Aí o Tyga veio junto, nós fizemos o clipe, e desde então ela virou para mim esse enorme botão de play para a minha carreira.

ItPop: E como têm sido para você ver os fãs te abraçarem como uma artista solo?

Ally Brooke: Têm sido inacreditável, porque quando eu era mais nova, eu saí do Texas (onde eu moro) e fui para a Califórnia buscando uma carreira solo. Eu sempre sonhei em fazer isso! Então agora estar aqui, com as pessoas me recebendo de braços abertos, é fenomenal. Eu recebi tanto amor para esse primeiro single, e ele está nas paradas pop, e isso é louco, de verdade! Eu só estou absorvendo cada momento e curtindo essa jornada.

ItPop: Isso é incrível mesmo! Sobre projetos futuros, ouvimos dizer que você está preparando um álbum para esse ano, certo? O que podemos esperar? Temos colaborações confirmadas ou datas de lançamento?

Ally Brooke: Sim! Eu planejo lançar o álbum até o outono desse ano, e tenho alguns amigos que eu gostaria muito que participassem, vamos ver o que acontece. Mas eu estou muito empolgada porque as pessoas vão poder ver uma variedade musical minha, com sons diferentes, personalidades diferentes, partes de quem eu sou, e eu estou tão animada! Me sinto tão livre nesse período da minha vida. Me sinto tão presente e mal posso esperar para refletir isso na minha música.

ItPop: E quão diferente é criar um álbum como artista solo e não como parte de um grupo?

Ally Brooke: É dia e noite, é muito, muito diferente porque eu consigo criar o que eu quero com as letras, sons e gêneros musicais que eu gosto, e consigo controlar tudo sobre ele. Antes era muito controlado, sabe, pelo grupo, e eu não conseguia fazer o que eu realmente queria. E agora ter essa liberdade de ser quem eu quero e expressar isso na música têm sido uma coisa tão incrível, e tão lindo e divertido! Eu posso estar no estúdio quando eu quero, me vestir como quero, seja glam ou de moletom e tênis, e só ser eu mesma, pegar o microfone e cantar. E eu amo isso!

ItPop: No ano passado, você lançou uma música em espanhol, "Vámonos", certo?

Ally Brooke: SIM, VÁMONOS, VAMÓNOS! *dancinha* É uma das minhas músicas favoritas!

ItPop: Amamos! E você pretende ter mais influências latinas nesse primeiro álbum? Tem algum artista latino como quem você gostaria de colaborar? Brasileiros, talvez?

Ally Brooke: Sim, brasileiros! Ally e Anitta precisa acontecer, eu amo muito ela. Mas sim, "Low Key" já tem um pouco de influência latina e quero incorporar isso no álbum também, e quero trazer sons mais diversos também, porque sou uma pessoa muito diversa e ouço tanta música diferente, então estou muito animada para trazer isso para os meus fãs e ter um corpo de trabalho do qual tenho orgulho, e que me representa em todas as formas. Quero ser honesta e vulnerável com os meus fãs e quem quer que esteja ouvindo, e estou tão empolgada com isso. Eu só quero que as pessoas ouçam as minhas músicas e se sintam bem.

ItPop: Sabemos que ainda é cedo, mas você acha que existe a possibilidade de uma colaboração sua com alguma das meninas do Fifth Harmony?

Ally Brooke: Eu acho que talvez para o álbum, ou talvez não, porque cada uma de nós está fazendo o seu próprio trabalho e é legal estar sozinha por enquanto. Mas nunca se sabe!

ItPop: Nós iríamos adorar que isso acontecesse!

Ally Brooke: Seria realmente muito legal!

ItPop: E falando em girlbands como o Fifth Harmony, a gente têm visto atualmente o mesmo público abraçando e curtindo os grupos femininos de K-Pop. Você ouve k-pop? Acredita que esse talvez seja o futuro para o formato?

Ally Brooke: OMG, definitivamente! Eu tenho ouvido falar de Blackpink e BTS há algum tempo, mas eu tenho estado tão dentro da minha bolha que só escuto o que toca na rádio ou as minhas próprias músicas, então preciso me atualizar e ouvir mais deles. Mas o Blackpink está dominando o mundo! E eu estou tão feliz por elas, porque estão tendo a chance de representar quem são estando em um grupo e sendo muito bem sucedidas, e fazer essas duas coisas é tão desafiador, é realmente muito difícil. Mas elas estão arrasando e estou realmente muito feliz por elas.

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A Ally é uma fofa e torcemos muito pelo sucesso da carreira solo dela! "Low Key" chegou a atingir a 24ª posição do Pop Chart da Billboard e seu videoclipe já ultrapassou as 33 milhões de visualizações. E se você ainda não conhece o hino, aperta já esse play!

Conversamos com o Years & Years no Lollapalooza: "temos muito respeito pelos LGBTQs do Brasil"

Foto: Diego Baravelli/G1

O Lollapalooza foi bom demais, né? Foram três dias de muita música boa, com artistas consolidados, novidades do cenário musical e muitas surpresas. E entre os melhores shows, temos que destacar o da banda britânica Years & Years, que finalmente veio ao festival, depois de muitos rumores e expectativa. Valeu a passagem!


Porém, antes de Olly Alexander, Emre Turkmen e Mikey Goldsworthy subirem no palco Adidas, eles bateram um papo ótimo com a gente! Pela primeira vez no país, eles falaram sobre o poder da comunidade LGBTQ brasileira, sobre estrelas da nossa música e os próximos passos do grupo. Ah, e de Rosalía também (e como não?).

Dá uma olhada na nossa conversa: 

It Pop (Nathalia): Toda vez que o Lolla ia anunciar uma nova line, a gente esperava ver o nome de vocês lá, e nunca rolou até... agora! Vocês vieram ao Brasil, finalmente! 
Olly: YESSSS, estamos aqui! 

Estão animados para o show? 
Emre: Estamos! E também pedimos desculpas por não ter vindo antes. Vai ser divertido! Estamos animados porque é o show final da turnê sul-americana e esse é um ótimo lugar para terminá-la. 

Acho que vocês cresceram ouvindo muita música pop, né? Mas e agora? O que estão ouvindo? Especialmente de pop, mas outros gêneros também
Olly: Eu estava até falando sobre isso, que estou em uma fase de procurar músicas que gosto... No momento, estou curtindo bastante a Rosalía.

Nós amamos a Rosalía! 
Olly: Ela é muito legal! Ela tem sido a última artista que estou ouvindo bastante assim. E... nossa, agora some tudo da nossa cabeça! Hahahaha!

Tudo bem, só a Rosalía já valeu, nós a adoramos! E sobre música brasileira? Conhecem alguma música brasileira ou algum artista daqui? 
Olly: Conhecemos a Pabllo Vittar! Eu e ela nos seguimos no Instagram! Quando ela me seguiu eu fiquei muito feliz, fiquei tipo “YESSSSS!”.

Quem sabe uma parceria, hein? 
Olly: Isso seria tãoooo legal! 
Mikey: Eu ouvia Sepultura quando era pequeno!

Beeeem diferente do som de vocês hoje! 
Mikey: Sim, só um pouquinho diferente! Eu amava o jeito que eles tocavam guitarra. Lendas! 

Nós tivemos muitos artistas LGBTQs aqui no Lollapalooza Brasil. Teve Sam Smith, Troye Sivan...
Olly: Liniker! 

Sim, tivemos a Liniker! 
Emre: Ela é incrível! 
Olly: Sim!

Estamos vendo cada vez mais LGBTQs dominando festivais, os charts, a música num geral. O que estão achando desse movimento?
Olly: Bom, estamos muito felizes com isso! Queremos fazer mais shows! Nos chamem!!!!
Emre: Não, isso é ótimo! Você pode pensar sobre a maioria das situações da vida “ah, isso tem o lado positivo e negativo”, mas isso aqui só tem lado positivo. 

Já tava na hora, né? 
Emre: Sim, com certeza! 
Olly: Precisamos de mais!

E eu não sei se vocês estão sabendo o que está acontecendo aqui no Brasil...
Emre: Sim, estamos.
Mikey: Estamos sabendo cada vez mais sobre.

É um país muito complicado de se viver para os LGBTQs e vocês tem muito fãs que fazem parte da comunidade. Gostariam de mandar uma mensagem aos seus fãs que estão passando por um momento difícil aqui, mas são inspirados por sua arte? 
Olly: Uau, eu só quero agradecer. Não consigo nem te dizer o quão incrível é vir para um país, especialmente um país que nunca viemos antes, como o Brasil, onde sabemos que não é fácil para os LGBTQs que vivem aqui, sabendo que nossos shows vão ser cheios de alegria, celebração e orgulho.

E muitas bandeiras LGBTQs também!
Olly: Isso é tão incrível de ver! Especialmente quando é difícil para essa galera. Eu apenas agradeço por ter a oportunidade de viver essa experiência com esse público. Eu tenho muito respeito por eles. Eles me inspiram! E acho que inspiram muitas pessoas ao redor do mundo também.
Mikey: É muito triste que tenha que ser tão difícil.

Sim, é mesmo. Mas, um dia, quem sabe, o Brasil vai viver um momento muito melhor do que esse. 
Mikey: Esperamos! 

Vocês falam bastante de amor e paixão em suas músicas, mas sempre relacionando esses tópicos com religião e fé. Queremos saber qual é a relação de vocês com a fé hoje? 
Mikey: Você diz religião mesmo? 
Emre: Não somos pessoas religiosas.

Digo mais no sentido de acreditar em algo...
Olly: Eu não estou procurando uma religião, mas eu tenho uma perspectiva muito espiritual, eu acho. Tipo, alguma coisa acontece e eu fico tipo “ok, talvez isso seja um sinal ou uma mensagem”.
Mikey: Ah, mas não acho que isso esteja no campo da religião. 
Olly: Hm, é... e eu acredito que devemos ser bons com os outros, porque tudo volta pra você!

E quais são os próximos passos para o Years & Years? Já estão trabalhando num novo álbum ou vão continuar em turnê? 
Olly: Bom, vamos fazer festivais pelo verão (do hemisfério norte) e aí, sim, vamos fazer o próximo disco! 

Podem nos contar algo sobre o próximo álbum? 
Emre: Vai ser um disco de reggaeton... 

(Ta aí uma brincadeira que a gente não ia se importar se virasse verdade, viu?) 

Emre: Com o Mikey cantando! 
Mikey: Vamos todos trocar de função na banda. 

Então já podem chamar a Rosalía, né? 
Emre: Ah, é RO-SA-LÍ-A? Pensei que fosse RO-SÁ-LI-A.

It Pop (Guilherme Tintel, também conhecido como o maior fã da cantora no Brasil): É Rosalía.
Todos: Ahhhh, ok! 
Mikey: Ele (Tintel) sabe! 

It Pop (Nathalia): Ele é um grande fã, sabe tudo dela! Hahahaha. Obrigada, gente! Foi ótimo!

Rolou também uma foto nossa com a banda. Olha só que coisa fofa:




Uma publicação compartilhada por Nathalia Accioly (@nathaliaaccioly) em


Sentiram a vibe da conversa? Um papo ótimo com uma banda que sabe valorizar a força e coragem de seus fãs. Nós amamos conversar com Olly, Emre e Mikey e esperamos vê-los muitas outras vezes por aqui - em situações muito melhores para a comunidade LGBTQ do nosso país, por favor.



Um agradecimento especial à cantora Rosalía. Mesmo não tendo passado pelo Lollapalooza Brasil, ela lançou recentemente a música "Con Altura" e nos ensinou a falar seu nome direitinho para que, assim, a gente pudesse ensinar também o Years & Years. ¡La Rosalía!

Conversamos com a Sofia Reyes sobre "R.I.P.", parcerias femininas e aprender português com a Anitta

Depois de “Despacito” e “Mi Gente”, não tem mais volta: o mercado latino vai continuar a dominar o mundo, um lançamento de cada vez. E se a indústria latino-americana está sempre apostando em novos artistas, que pegam o Spotify e o YouTube de surpresa, um desses principais novos nomes é o de Sofia Reyes, de apenas 25 anos.

A mexicana já tem um hit pra chamar de seu: a improvável parceria com Jason Derulo e De La Ghetto em "1, 2, 3", que acumula quase 500 milhões de visualizações no YouTube e conquistou um espacinho no Top 50 mundial do Spotify, tendo alcançado o pico de #31, além de vários Top 10 em países que falam espanhol. Agora, Sofia quer expandir seus horizontes, e tem uma nova aposta: a parceria trilíngue com Anitta e Rita Ora em “R.I.P.”.



Batemos um papo com a estrela em ascensão sobre como essa parceria acabou rolando, os próximos passos em sua carreira e a visão da artista sobre a união entre mulheres do mundo da música. Dá uma olhada: 

It Pop: E aí, Sofia? Como foi seu dia?
Sofia: Muito legal! Tem sido um looongo dia. Aterrissamos tem umas 4 horas em Los Angeles e desde então estamos fazendo entrevistas. Mas bem legal! 

It Pop: Vamos falar de "R.I.P."? Seu novo single está indo muito bem. Estava esperando esse resultado positivo tão rapidamente? 
Sofia: Honestamente, não. Não tive tempo de entender tudo o que está acontecendo com “R.I.P.”, toda essa recepção. Está sendo louco, louco, louco! O vídeo já tem mais de 20 milhões de visualizações e saiu tem pouco tempo [atualização: agora o clipe já tem mais de 50 milhões! Go, Sofia!]. O apoio tem sido incrível, Anitta e Rita foram incríveis também, um time maravilhoso. Não poderia estar mais grata por tudo e estou muito feliz que as pessoas estejam se conectando com a música. 

It Pop: Você queria mesmo que tivessem três idiomas na música ou foi algo que aconteceu naturalmente? E como a Anitta e a Rita acabaram participando da canção?
Sofia: Sim! Eu amo línguas e sabia que queria português na música. Na verdade, eu queria até que tivesse mais português na faixa, pois adoro! Eu adoro línguas, adoro aprender sobre, em “1, 2, 3” experimentamos com francês também e isso foi bem legal. 

It Pop: Você sempre quis trabalhar com a Anitta, né? Como foi essa experiência?
Sofia: Foi um sonho poder fazer essa colaboração. Anitta e eu somos amigas há 3 anos, nos conhecíamos tem tanto tempo, só faltava a música certa. Então, foi. Tínhamos a música, mandei pra ela, ela amou e em uma semana já tínhamos os vocais dela. Foi maravilhoso. Ela é ótima, assim como a Rita. Estou muito feliz que todo mundo tem curtido essa parceria e que formamos um ótimo time. 

It Pop: Você já colaborou com tantos artistas incríveis... Jason Derulo, Prince Royce, a própria Anitta... Tem mais alguém na sua lista de colaborações dos sonhos?
Sofia: Ah, Ed Sheeran, J Balvin, Dua Lipa... Tem vários artistas ótimos. Troye Sivan também. Eu estava no aeroporto e o vi por lá, comendo, e fiquei sem acreditar! Seria ótimo fazer algo com ele.  

It Pop: Você já experimentou com inglês, francês, português e, claro, espanhol. Se pudesse experimentar com mais alguma língua, uma que você ainda não incorporou em uma canção sua, qual escolheria? 
Sofia: Italiano! Japonês também seria legal, por que não? E coreano. 

It Pop: Fazer K-pop... 
Sofia: Seria legal! Eu amo a ideia de explorar novas linguagens.


It Pop: Vamos falar de seu novo disco! Já está trabalhando nele? Pode nos contar alguma coisa sobre esse álbum?
Sofia: Estou muito animada e espero lançar ainda esse ano. Eu tenho, tipo, 6 ou 7 músicas que amo, amo, amo e quero lançá-las logo. Tenho que fazer mais músicas também. Agora estou divulgando “R.I.P.”, mas depois vou voltar a focar no disco. 

It Pop: A indústria musical é bem competitiva, principalmente entre as mulheres, mas temos visto um movimento contrário, em que as garotas estão se unindo e tralhando juntas, lançando colaborações. O que está achando dessa união?
Sofia: Eu amo! O mundo precisa disso e isso está acontecendo. Não é algo que está começando apenas, já é realidade. Todos querem colaborar com as novas garotas da música porque temos artistas incríveis surgindo. Há alguns anos, essas cantoras estavam surgindo e ninguém prestava muita atenção, mas agora estão crescendo, estão sendo notadas e isso é muito bacana. Todos querem trabalhar com mulheres, apoiar essas mulheres. Nós, mulheres, precisamos ficar juntas, se ajudar. Eu espero que “R.I.P.” sirva de inspiração para que mais mulheres colaborem também. 

It Pop: Não está sendo um momento fácil para os imigrantes do mundo todo. Temos o Trump nos Estados Unidos, o Reino Unido fechando suas fronteiras... Mas, ao mesmo tempo, temos visto tantas colaborações entre artistas de diferentes partes do mundo, misturando línguas e estilos musicais. Você, como imigrante, o que está achando disso? Acha que essas parcerias acabam mandando uma mensagem de esperança e união? 
Sofia: Sim, e isso é lindo! Eu amo ver artistas que não falam espanhol se arriscando, como Beyoncé e Justin Bieber. O mundo deveria ser mais receptivo com culturas. Eu espero também que “R.I.P.” inspire as pessoas a serem mais abertas. Sabe, o mundo é feito de várias culturas, devemos abraçá-las, com certeza.

It Pop: Há um ano você lançou “1, 2, 3” e rapidamente se tornou um hit, tudo aconteceu de forma muito rápida pra você. Hoje, um ano depois, o que mudou para você? Quem era a Sofia naquele momento e quem é a Sofia agora? 
Sofia: Ótima pergunta! Como pessoa, eu cresci tanto, porque estou numa idade em que tudo acontece ao mesmo tempo e tudo muda rápido. Agora, como artista, eu sinto que entendo melhor qual é o meu som. Tenho mais noção do que quero fazer. “1, 2, 3” abriu portas pra mim, pra que eu entendesse isso. É a minha maior música até agora e eu realmente não imaginava que seria tão grande. Eu estava até nervosa, porque depois de “1, 2, 3” foi tão assustador, a grandiosidade das coisas, e aí agora estou vindo com “R.I.P.”... Mas, claro, é tudo muito animador também, acredito que estou melhorando e me tornando mais eu a cada lançamento.

It Pop: Pode mandar uma mensagem para seus fãs brasileiros? 
Sofia: Sim, eu os amo! Espero poder voltar mais vezes, ir à mais cidades e conhecer muitos lugares. Quero poder conhecer à todos eles! Obrigada pelo apoio. Estou feliz de ver vocês curtindo “R.I.P.”, espero que a música inspire vocês. Amo vocês! E quem sabe quando eu vier numa próxima já vou estar arriscando um português? 

It Pop: Você sabe falar alguma coisinha? Anitta tentou te ensinar? 
Sofia: Ah, eu sempre peço pra Anitta me ensinar, mas ainda não peguei o jeito. Mas vou melhorar, prometo!

***

Já imaginou as conversas da Anitta com a Sofia tentando aprender português? E se a Rita Ora tentou aprender um pouquinho da nossa língua também? A gente bem queria fazer parte dessas aulas de idioma, viu!

E já aprendeu o mantra com a Sofia, né? "R.I.P. to the bullshit!"

Trocamos uma ideia com o Illusionize sobre a música eletrônica no Lollapalooza


Uma das experiências mais interessantes do Lollapalooza é o Palco Perry, que reúne as mais diversas atrações da música eletrônica. Com um público fiel que chega a passar o dia todo no mesmo espaço do festival, a programação de 2019 trouxe nomes internacionais de peso como Tiestö, Steve Aoki e KSHMR, e ainda deu espaço para os djs que estão despontando no cenário nacional, como Vintage Culture, Chemical Surf, Dubdogz e o goiano Illusionize, que bateu um papo com o ItPop! sobre a sua segunda participação no Lollapalooza.

"Fazer parte do festival é surreal", conta Illusionize, "meu horário era a abertura do palco e já tinha muita gente, me arrepiei igual a primeira vez aqui. É uma troca de energia massa demais com a galera". Com uma agenda lotada de performances ao redor do mundo, ele já vive uma fase bem diferente de quando começou a produzir aos 14 anos de idade, ainda Pedro Mendes e baixando as músicas em uma lan-house em Goiânia.

"De onde eu vim, o sertanejo era muito forte, e não tinha muito espaço para a música eletrônica quando comecei", conta, "eu nem frequentava muito as festas porque não tinha grana, e ia só nas que eu era chamado para tocar. Mas aos poucos, foi acontecendo". E aconteceu mesmo, porque hoje o dj já integra o lineup de alguns dos maiores festivais do gênero no mundo, como Tomorrowland e Songkran.


Entre os favoritos do Illusionize para o festival estão o também brasileiro, Vintage Culture - "o Lukas sempre manda bem", ele garantiu - e o trio australiano Rüfus du Sol, que reuniu uma multidão no palco Adidas para assistir o seu espetáculo indie-dance.

Quem você quer ver no Palco Perry's do próximo Lolla? Confira as nossas apostas para a próxima edição do festival aqui.

Performance frenética de Matty Healy faz do The 1975 um dos destaques do primeiro dia de Lollapalooza 2019

Foto: Fábio Tito/G1

Veteranos de Lollapalooza, os caras do The 1975 fizeram nessa sexta-feira (05) sua segunda apresentação no festival. Dessa vez, eles trouxeram ao Lolla a fase mais pop da sua carreira, ainda que também seja a mais crítica, dando vida ao disco base de sua atual turnê, o "A Brief Inquiry Into Online Relationships", lançado no ano passado.

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Caótico, o material ditou o tom dessa nova fase da banda. Embora sempre tenha sido uma característica do grupo fazer críticas sociais enquanto nos coloca pra dançar, agora tudo adquiriu um tom ainda mais frenético. É o caso, por exemplo, da performance de "Love It If We Made": enquanto todos dançam ao som do synthpop, imagens de desastres e desgraças mundiais inundam o telão junto com a frase "a modernidade falhou com a gente", presente na letra da música.


Tudo muito grande, muito intenso, muito exagerado. Bem millennial, né?

Aliás, muito dessa grandeza no palco se deve ao vocalista, Matty Healy. O cara é a alma da banda e passou os 60 minutos de show cantando, atuando e interagindo com toda intensidade possível. Ele entrou em personagens, travou uma guerra com a câmera robô e até deixou de fumar um cigarro quando a galera na plateia gritou e aplaudiu como se o ato não representasse um vício. É a intensidade e a sinceridade de Matty que faz com que as Críticas Sociais Fodas™ do The 1975 não soem forçadas. Tanto no disco, quanto no ao vivo. 



Essa atmosfera caótica também se refletiu no palco: um retângulo, símbolo bem utilizado pela banda em capas de disco, ganhou vida com projeções e muitas cores, servindo de moldura para a performance de Matty e duas dançarinas-vocalistas de apoio, que ajudaram a dinamizar ainda mais o show. 

Com tantas mudanças assim, ainda há espaço para o antigo som da banda? Sim! Além das novas canções, com destaque para "TOOTIMETOOTIMETOOTIME" e "It's Not Living (If It's Not With You)", o setlist trouxe também algumas faixas queridinhas dos fãs, como "Sex", "Chocolate" e "The Sound", essa a representação perfeita entre a transição sonora do que era e do que é o The 1975 atualmente. 

Depois de duas vindas ao Lolla (e dois ótimos shows), a gente fica aqui torcendo para continuar a ver a banda britânica ,arcar presença no festival.

Ai, papai! Conversamos com o Mateus Carrilho sobre o lançamento "Privê" e o que esperar de sua carreira solo

Mateus Carrilho coloca no mundo nessa segunda-feira (28) o seu primeiro trabalho solo, o single "Privê". Com uma vibe mega divertida e bem-humorada, a faixa vai ganhar clipe ainda essa semana e é o primeiro gostinho que os fãs terão do EP do cantor, que deve ser lançado em breve. 

Desde "Tô Na Rua", o último lançamento da Banda Uó antes de se despedir, foram meses de muito trabalho para Mateus, tudo com o objetivo de criar um projeto que trouxesse com força a sua identidade. A produção é do Brabo Music Team, time que está por trás dos sucessos de Pabllo Vittar e outros nomes que estão despontando na música pop nacional, como Alice Caymmi e Cléo.  

Conversamos com o Mateus sobre "Privê", o processo de produção dos novos trabalhos e tudo que está por vir nessa etapa, e já deu pra perceber que o que não falta é vontade de fazer essa nova cara do pop acontecer. 


***


It Pop: “Privê” chegou nessa segunda-feira, mas antes você já tinha dividido alguns “spoilers” sobre a música e o clipe nas suas redes sociais. A música é parte de um álbum, de um EP? Temos datas de lançamento? Estamos sedentas!

Mateus: “Privê” faz parte do EP que eu vou lançar, produzido pelos meninos da Brabo Music, Zebu, Maffalda, Dj Gorky, Pablo Bispo, Artur Marques, só os feras do baile que produziram “Vai Passar Mal”, o disco da Pabllo. Então, tô muito bem assessorado (risos)! O EP sai em breve, ainda sem data definida. Mas está próximo! Eu sei que os fãs estão sedentos, violentos e querem pra c*ralho! Risos. Mas logo, logo sai, nos próximos meses.

It Pop: Conta um pouco sobre o clipe e porque “Privê” foi escolhido para ser o primeiro lançamento da sua carreira solo. 

Mateus: Eu quis fazer um clipe que tivesse muito a vibe e a cara da música, bem literal mesmo. Eu decidi começar com uma música “fácil”, e eu queria um clipe que tivesse a mesma linguagem, porque acho que às vezes as coisas precisam ser naturais para dar certo, e você precisa ser fiel à essência delas. É uma música simples, uma música divertida, que tem um ritmo e uma batida bastante popular no Brasil, e acho que vai ser uma ótima oportunidade para aproveitar o gancho de visibilidade que eu tô tendo agora pra viralizar e ser visto mesmo. É uma música que eu amo, e nada melhor do que começar com uma “bomba”, né? (Risos)

It Pop: Do começo, como foi o processo de distanciamento musical da Banda Uó e encontrar um som que fosse a sua cara?

Mateus: Olha, a gente já vinha se distanciando um pouco daquela loucura criativa e cheia de excessos que a Banda Uó sempre teve, até por uma questão de amadurecimento mesmo. Já vinha acontecendo uma vontade de fazer algo novo, e foi até fácil [encontrar o meu próprio som] porque eu já vinha há um ano formatando uma ideia do que poderia ser esse novo trabalho, ainda sem saber se seria só pra mim ou se seria junto com a Banda Uó. Só que a partir do momento que não tava ficando mais com a cara da Banda Uó, eu achei que não deveria ser pra Banda Uó e sim pra mim mesmo, entendeu? (Risos)

As composições foram chegando de maneira bem orgânica. Eu acho que a maior diferença da minha carreira solo para a Banda Uó é de fazer um trabalho que fosse mais simples e direto, coisa que a Banda Uó não era. Eu definitivamente acredito que não era, porque muitas vezes as pessoas nem entendiam sobre o que a gente tava falando. Realmente foi a vontade e a necessidade de fazer algo novo, e foi nesse momento que chegou a ideia de uma carreira solo. E bateu, sabe? Rolou mega. E a cara que isso vai ganhar as pessoas vão ver em breve, e a gente vai construindo, sem pensar.



It Pop: “Tô Na Rua”  foi lançado em dezembro do ano passado e no fim de maio já tá rolando lançamento de música solo e clipe. Conta um pouco sobre esse processo de produção dos trabalhos novos e como é o seu envolvimento na composição das músicas.

Mateus: O processo de produção e criação foi muito natural e até rápido. As ideias partiram de mim e foram enviadas para os produtores, que me mandaram as músicas de volta com os meus áudios de telefone já com batidas. Eu achei isso uma coisa fantástica! Eu também montei uma playlist no Spotify pra eles entenderem o que eu tava querendo. Mas a gente sentou, fez um intensivão na casa do Gorky, e eu acho que, pelos meninos já me conhecerem, conhecerem o meu trabalho com a Banda Uó, eles captaram muitas coisas que eu nem precisei explicar.

E o que eu achei bem fantástico desse processo de criação das músicas é como a gente foi fazendo elas meio que “na tora” assim, algumas coisas foram surgiram na hora. Tinha uma música por exemplo, que é mais romântica, que era de um jeito que a gente foi sentindo que não tava mais batendo. E na hora “baixou um santo”, a gente mudou toda a melodia da música e ela ganhou uma outra cara completamente diferente, um outro sentimento. Realmente achei que foi uma maneira muito gostosa de fazer música, tava todo mundo com muita vontade de fazer e foi leve, foi fácil. Eu achei que a gente soube se resolver de uma forma fácil, e era isso que eu tava buscando, mais simplicidade no meu trabalho. E quando eu digo simplicidade, não tem nada a ver com fazer menos. É a maneira como se comunica. E acho que bateu, chegou onde eu queria.

It Pop: E quais são as suas maiores influências para esse primeiro trabalho solo?

Mateus: Olha, eu não mirei em ninguém, eu não falei “eu quero ser assim ou assado”, até porque eu estava tentando encontrar qual seria a minha particularidade. Mas assim, óbvio, eu me inspirei em cantores masculinos que fazem um trabalho pop, que é o que eu queria fazer, pensando em “ingredientes” mais nacionais.

A gente têm atualmente as meninas que estão comandando o pop, fazendo um monte de coisa legal, e também as drags que dominaram e revolucionaram a cena pop no Brasil. E eu acho que falta um mercado masculino também, sabe? De figuras masculinas, que façam um trabalho que seja verdadeiramente nosso, sem “cara” de um artista ou outro. E as influências musicais vieram muito mais de ritmos do que até de precisamente de artistas. Foi mais pensando “quero um arrocha”, ou “quero uma pegada mais latina”, por exemplo.

It Pop: Você já assumiu a direção de alguns clipes durante a sua carreira na Banda Uó, como “Tô Na Rua” e “Cowboy”. Você pretende fazer algo assim de novo para o trabalho solo?

Mateus: Ó, não é tentando me gabar, viu, (risos) mas eu dirigi quase todos os clipes da Banda Uó. Eu não assinei eles e sempre acabava deixando na mão de algum outro diretor, mas a direção criativa de quase todos fui eu que fiz. E eu gosto muito de fazer, eu sou a pessoa que tem que estar enfiada nisso, sabe? Não existe pra mim não participar desse processo. É a minha verdade, é uma das minhas maiores particularidades, então, eu pretendo continuar, sim, na parte do processo criativo. Mas eu já não faço mais questão de dirigir, de assinar. No dia a dia eu participo, eu olho, mas prefiro agora deixar na mão de quem tem que fazer isso e eu só me preocupar em estar na frente da câmera e fazer o “lipsync for your life” e tá tudo certo. Mas criativamente eu vou estar sempre ali por trás.



It Pop: Ainda sobre o EP que está por vir, podemos esperar feats? A gente viu uns stories seus no estúdio com a MC Tha. Tem ~coisa boa vindo aí~?

Mateus: VAI TER FEAT! Então, eu não gosto de revelar nada antes de escutar. Não é pessimismo, mas já aconteceu de eu abrir a boca antes da hora e dar merda, então eu fico calado (risos), MAS, vão ter sim parcerias, parcerias femininas, e vai ser legal. Tá bonito. Esse spoiler já pode rolar!

It Pop: O seu feat com a Pabllo, “Corpo Sensual”, foi um sucesso massivo no país inteiro. Você acha que foi uma oportunidade importante pro público te reconhecer como um artista que existisse também separado da Banda Uó?

Mateus: Sem dúvida, “Corpo Sensual” foi um divisor de águas na minha vida. Quando você faz parte de um grupo, as pessoas na maioria das vezes não te conhecem individualmente. Eu entendi que antes de “Corpo Sensual” as pessoas nem sabiam meu nome, era o “Mateus da Banda Uó” ou o “de bigode da Banda Uó”. Tudo bem que depois se tornou “o cara do clipe da Pabllo” (risos), mas assim, a gente vai chegando lá aos poucos, né? Mas foi importantíssimo pra mim, entender o quanto eu queria isso. Eu acho que a minha carreira solo vem nessa busca de fazer com que as pessoas entendam meu trabalho, entendam quem eu sou como artista, o que acho que nunca ficou claro em todos esses anos. É a minha oportunidade e sem dúvida eu vou fazer bonito. Espero fazer bonito.




It Pop: E falando em Pabllo, a gente têm visto uma super crescente de artistas LGBT na música brasileira. Glória Groove, Lia, Aretuza, Linn da Quebrada, Liniker, As Bahias, Jaloo, Mulher Pepita, são vários exemplos bem-sucedidos que estão transformando a cara da indústria, em uma história que dá para considerar ter sido começada pela Banda Uó. Como você vê a evolução desse processo, desde os primeiros lançamentos da Banda Uó?

Mateus: Existiram muitos artistas antes da Banda Uó, eu acho que a Banda Uó se enquadrou em um novo movimento. Antes da gente teve o Daniel Peixoto, que eu tive como ídolo desde muito novo. Mas eu acho que a gente teve uma história na música, no pop, a Banda Uó foi precursora desse movimento [de artistas LGBT] em termos musicais, de videoclipes. Hoje em dia eu vejo como uma evolução do mercado, como esses artistas cresceram e a maioria deles eram fãs da Banda Uó. Digamos que a gente chegou um pouquinho antes da hora (risos)!. Mas foi gostoso. Foi difícil, mas foi gostoso. E hoje em dia, nossa, que felicidade é ver esse mercado grande, crescendo, e ter a oportunidade de ter mostrado as coisas. Isso é muito feliz e muito especial. Eu me sinto bastante contente de saber que existe uma luz no fim do túnel, e antes a gente não sabia se isso existiria ou não.

***

E a gente mal pode esperar pra te ver mais uma vez transformando a cara da música pop no Brasil, Mateus! <3

"Privê" já está disponível em todas as plataformas digitais. Nessa terça-feira (29) o Mateus faz a primeira performance ao vivo da música no programa da Pabllo, "Prazer, Pabllo Vittar" no Multishow, e na quarta rola o lançamento do clipe no TVZ. Divulgação pesadíssima, sim! Dá o seu primeiro play no hit aqui, ó:
 

Calum Scott nos conta que amaria um “feat” com Sam Smith, Troye Sivan e Ariana Grande


Todo show de talentos televisionado tem aquela apresentação icônica que viraliza na rede mundial de computadores, não é mesmo? Não sei se você se lembra, mas no Britain's Got Talent de 2015, o nome de Calum Scott ficou conhecido por conta do cover que o moço fez do hino atemporal "Dancing On My Own", da fada sueca Robyn.



Calum acabou nem ganhando a edição do reality britânico, mas o sucesso da versão lenta do menino causou tanto que só faltava uma versão gravada em estúdio para o sucesso ser garantido. E foi. A versão do moço chegou no número #2 dos charts britânico e australiano e alcançou o topo 10 em mais 6 países.

Menos de dois anos depois, bem no comecinho deste mês de março, o lindinho (ou lindão <3) lançou seu primeiro disco, intitulado "Only Human". O LP bebe de fontes como Sam Smith e até Ed Sheeran, como o próprio Calum conta no bate papo que bateu com a gente.

Podemos falar ou vai parecer clubismo? Calum é talentoso, fofíssimo e o melhor: realmente parece colocar seu "heart and soul", como ele mesmo diz, nas suas músicas. Confere só aí embaixo como foi nossa conversa:

It: Sua versão de Dancing On My Own se tornou maior do que a da Robyn no Youtube. Você esperava tudo isso? 
Calum: Com certeza não! Eu sempre achei a música muito bonita e esse foi um dos motivos pelos quais eu quis fazer o cover dela. Sou MUITO grato mesmo por essa oportunidade de regravar "Dancing On My Own". Me abriu muitas portas.

It: E o que mudou na sua vida desde o Britain’s Got Talent?
Calum: Olha, depois do show eu ainda queria ser um cara normal. Foi muito difícil porque enquanto eu me considerava esse cara, as coisas foram mudando muito. Eu ganhei ganhei muitos fãs no mundo inteiro, sabe? Hoje tenho uma gravadora, lanço músicas. É diferente, mas sempre procuro continuar o mesmo.

It: Você acha importante artistas LGBTs falarem sobre suas sexualidades?
Calum: Eu escrevi um álbum pensando também nos problemas que nós, LGBTs, temos, porque eu queria fazer a diferença. É muito difícil falar sobre nossos problemas. Eu fiz isso porque queria que as pessoas se sentissem felizes com elas mesmas. Eu me puni por muito tempo, me escondi com medo do que fossem pensar de mim. Mas abracei quem eu sou e tenho sido muito feliz comigo mesmo. Então eu escrevi músicas sobre a minha solidão, sobre a minha sexualidade, sobre meu isolamento, mas de um jeito que pudesse ajudar as pessoas a se olharem do jeito que elas são e então se amarem.

It: Se você tivesse que formar uma banda, um grupo pra fazer uma colaboração, quem você escolheria?
Calum: Com o Sam Smith seria uma colaboração lindíssima. Temos uma vibe parecida, vinda de um mesmo lugar, uma mesma inspiração. A gente fala de coração partido, né? Risos. Então seria maravilhoso. Mas também posso falar em nomes como Troye Sivan e Ariana Grande. O que eu acho é que na colaboração você cria mais do que se criasse sozinho. E isso é uma coisa mais especial.

It: Fala um pouco pra gente das suas inspirações musicais…
Calum: Musicalmente falando, Sam Smith e no Ed Sheeran. Mas meu ídolo de longa data é o Michael Jackson. Ele queria mudar o mundo com a música. Eu acho isso muito lindo. Acontece muita coisa ruim no mundo, e é legal ver pessoas como foi Michael Jackson, que tentava mudar a atitude e o comportamento das pessoas tornar o mundo um lugar melhor pra se viver. E eu também tento através da minha música transmitir uma mensagem boa também, principalmente pra comunidade LGBT.



It: Você veio pro Brasil e conheceu a Ivete por aqui né? Você conhece o som de outros artistas brasileiros?
Calum: Eu confesso que nunca tive a oportunidade de parar para ouvir artistas brasileiros. Conheci a Ivete e foi como um sonho que virou realidade, porque ela é maravilhosa, tem uma voz incrível. Quando ela teve os bebês eu até enviei uma mensagem pra ela desejando tudo de melhor. Fofíssima. Mas confesso que nunca tive a oportunidade de parar para ouvir artistas brasileiros. Eu quero muito voltar ao Brasil, conhecer o trabalho de mais artistas e me apresentar para vocês. Pra mim, o Brasil é um lugar muito especial!

It: E agora, o que a gente pode esperar dos seus próximos passos na carreira?
Calum: Meu álbum finalmente foi lançado pro mundo inteiro ouvir e isso é maravilhoso. Eu me sinto muito feliz de compartilhar minha música com todos. Agora eu só quero cantar, quero que as pessoas se conectem e se relacionem com a minha música, que isso possa fazer diferença na vida delas. Quero estar nos palcos cantando pro público. Em geral, estou bem feliz, animado, tem sido tudo muito especial. E espero que entre esses próximos passos esteja também um show no Brasil, seria incrível!

It: A gente te espera muito aqui, Calum! E o que você poderia dizer para convencer pessoas que ainda não conhecem seu trabalho e te ouvirem e finalmente te conhecerem?
Calum: Eu diria que estou no meu primeiro álbum, e eu nem sonhava que conseguiria fazer isso. Minha inspiração foi genuína e sincera, veio de dentro de mim, dei o meu melhor nesse álbum. Coloquei meus medos, meus sentimentos, e acho que isso fica bem óbvio nas músicas e letras. Eu amo cantar músicas românticas, músicas de fossa, mas também adoro cantar músicas confiantes, alegres, dançantes. No álbum, eu fiz esse mix, tentei criar esse balanço no disco, porque afinal a vida é feita altos e baixos,né?. E eu amaria que as pessoas ouvissem isso e se identificassem.

BÔNUS do fofíssimo Calum: Se eu pudesse dar um recadinho pros meus fãs do Brasil, eu queria dizer “Muito Obrigado” (ele falou em português mesmo!). É muito bom ver o apoio de meio mundo ao meu trabalho. Mal posso esperar para voltar ao Brasil! Espero ver vocês muito em breve <3

Ouça o "Only Human", disco debut do Calum, logo abaixo:

Atração dessa sexta de Lolla, What So Not decidiu virar músico após uma viagem pela América do Sul

Chegou! O Lollapalooza Brasil começa nesta sexta-feira (23), e é também nesse primeiro dia de festival que o artista australiano What So Not sobe no palco Perry's, às 17h05, pra fazer o Autódromo de Interlagos TREMER! Mas, antes desse momento chegar, conversamos com o cara por trás do projeto de música eletrônica, o Emoh Instead, e ele nos contou que conhece e gosta bastante do Brasil. Confira:


It Pop: O Lolla vai ser sua primeira vez aqui, né? Quais são suas expectativas?
Emoh: Então, na verdade eu já vim ao Brasil, quando eu era mais novo. E isso foi muito legal! Eu viajei pela América do Sul com meus amigos, e foi durante essa viagem que eu tomei a decisão de largar meu trabalho e me tornar um músico. Vai ser incrível voltar pra aí, dessa vez para performar, fazendo o que eu decidi fazer a minha vida toda. 

It Pop: Que demais! E você se inspira nas músicas da América do Sul pra criar seu som?
Emoh: Sim, eu adoro samplear instrumentos e coisas diferentes que vou coletando de todas as partes do mundo. Muito da minha música vem daí. Foi um lugar tão incrível. As pessoas são tão animadas para encontrar alegria nas coisas mais simples da vida. Foi muito legal ver a vida de uma forma tão simples assim. 

It Pop: Como você se sente quando pensa que vai tocar em um festival tão grande quanto o Lollapalooza, onde nomes importantes da música eletrônica, como Diplo e Skrillex, já tocaram? Algum dia imaginou que chegaria aí?
Emoh: Não sei... nunca pensei realmente nisso. Eu apenas vou fazendo música, criando vídeos, construindo designs de set para o meu palco, desenvolvendo o show... Você nunca imagina em que nível de sucesso vai chegar. Agora que você levantou essa questão, realmente, é um grande festival! Então, sim, é meio louco pensar nisso. 

It Pop: E quais são as suas expectativas para o show? Porque, não sei se você sabe, mas o público brasileiro é conhecido por ser bem animado...
Emoh: Na Austrália nós tivemos as Olimpíadas [em Sydney], nos anos 2000, e eu acho que o Brasil estava nessa final que eu estava assistindo. Eu lembro o quão insana era a torcida do Brasil naquele jogo... Talvez tenha sido uma semi-final? Não sei. Mas eu tenho certeza que o Brasil chegou a final da Olimpíada, né?! E foi tão legal que eu acho que estávamos torcendo pelo Brasil naquele jogo. Foi tão divertido! Tenho certeza que isso tem alguma correlação com a animação que vocês sentem nos shows. 

It Pop: Nós tivemos a oportunidade de escutar seu novo álbum antes do lançamento oficial. Vamos escutar essas músicas novas no seu set?
Emoh: Ah, com certeza! Eu vou tocar várias músicas novas. Vou tocar também algumas versões especialmente criadas para o show. Os visuais usados também combinam com as músicas e transformam tudo em uma experiência multissensorial.

(Abrimos um parêntesis aqui pra dizer que nessa época o disco do What So Not ainda não estava disponível, mas agora está! Se joga!)


It Pop: E quais são suas músicas favoritas do disco? Eu gostei bastante de "Beautiful" e de "Goh", com o Skrillex. 
Emoh: Ah, bom saber! Você é uma das primeiras pessoas a ouvir. Ainda não foi lançado, então é bem legal ouvir o que as pessoas tem a dizer, quais são suas músicas favoritas... Pra mim, o álbum é uma coisa só. Eu não tenho nem uma favorita em particular. Eu amo todas elas, igualmente, como se fossem meus filhos. 

It Pop: "Not All The Beautiful Things" tem colaborações com o Skrillex, o San Holo, Daniel Johns e mais. Tem algum artista, não só da música eletrônica, com quem você gostaria de colaborar?
Emoh: Sim, vários! Eu simplesmente adoro entrar numa sala com pessoas interessantes e ver o que rola. Pode ser de um gênero ou tipo de música que não tenha nenhuma correlação com o que eu faço.  Eu estou muito aberto a trabalhar com muitos artistas diferentes. Como vou ao Brasil, adoraria encontrar alguns músicos daí e tentar fazer algo. Eu sampleei uma parte acapella de uma música de uma artista brasileira há muitos anos [a música que recebeu o sample é "Like This Like That" e o sample foi retirado de uma música da Deize Tigrona]. Ela faz uma performance de rap em português que é incrível. Então, eu adoraria encontrar pessoas que façam coisas assim por aí. 



It Pop: O Brasil tá arrasado na música eletrônica! Temos Alok, Tropikillaz, e uma das nossas cantoras, Anitta, já colaborou com Major Lazer, Alesso e Marshmello. Você chegou a ouvir algumas dessas músicas eletrônicas Made In Brazil?
Emoh: Hmmm, eu acho que escutei algumas músicas do Major Lazer já, mas acho que essa com a Anitta não. Eu passei o último ano e meio trancado em um estúdio ouvindo Pink Floyd, então estou bem perdido com relação as músicas atuais. Mas tomara que, quando eu estiver aí, eu possa ouvir várias coisas novas. 

It Pop: Você deveria ouvir "Hear Me Now", do Alok, e "Sua Cara", em português mesmo, com Major Lazer, Anitta e Pabllo. São ótimas faixas!
Emoh: Ok, eu vou ouvir essas músicas! Estou anotando isso nesse momento!

It Pop: Seu som e muito diferente do som do Flume [ele já fez parte do What So Not"], mas eles se completam. Podemos esperar por novas reuniões?
Emoh: Não sei. Trabalhamos juntos no mesmo projeto, começamos juntos. Faz bastante tempo desde que paramos de trabalhar lado a lado. Eu estou bem feliz com tudo o que tenho feito agora e bem animado com tudo que construí para esse álbum, com as produções de palco que estou fazendo...

It Pop: Os últimos anos tem sido incríveis para a música eletrônica. Artistas como Kygo, Zedd e The Chaismokers tem dominado os charts. Você acha que a música eletrônica está sendo mais aceita entre os artistas e os fãs de pop?
Emoh: Isso é muito legal! Nós começamos colocando nossas músicas em plataformas tipo SoundCloud e é louco pensar que agora nós chegamos nesse ponto onde pop stars querem trabalhar com a gente, porque você está fazendo um som que eles acreditam que vão levá-los para um outro nível. Isso é doido! É doido se tornar parte desse mundo. 

It Pop: Agora, falando de cantores pop especificamente. Rihanna, Sia, Selena Gomez, todas estão trabalhando com esses produtores. Gostaria de trabalhar com elas também?
Emoh: Sim, com certeza! Eu trabalhei com uma pop star da Albânia, a Era Istrefi, com a Tove Lo, e é muito legal me juntar com essas pessoas e apenas ver o que acontece.



It Pop: Pra terminar, a gente costuma pedir para os artistas descreverem quem eles são e como é o som deles, para que, quem está lendo essa entrevista, possa conhecê-los um pouco mais. 
Emoh: Bom, eu diria que a melhor coisa a se fazer é ir no Spotify e ouvir algumas coisas. Coloque como música de fundo do que quer que você esteja fazendo e curta! 

Conversamos com o Metronomy sobre seu disco mais recente, expectativas para o Lolla, Rihanna e mais!

Tá chegando, minha gente! Nessa sexta-feira (23) começa mais uma edição do Lollapalooza Brasil, e no último dia de festival, no domingo, quem marca presença é a banda de música eletrônica Metronomy. No aquecimento pra esse show, conversamos com o vocalista, Joseph Mount, e descobrimos qual seria parceria dos sonhos do grupo, quem deles sabe português e como estão as expectativas deles para o Lolla.




It Pop: Falando um pouquinho do "Summer 08'", esse disco é uma continuação do "Nights Out" e fala sobre toda essa loucura que vocês viveram em 2008. Nesse ano, "Nights Out" vai completar 10 anos. Vocês pensam em fazer um novo álbum sobre suas experiências e como suas vidas mudaram desde então, meio que uma terceira parte? 
Joseph: Eu acho que, toda vez que eu faço um disco, eu sinto que é parte dessa história de quem eu sou e quem o Metronomy é, o que o Metronomy é. Eu não quis escrever algo especificamente sobre um tempo da minha vida. Tem coisas no álbum que são mais literais, que referenciam o momento em que ele foi feito. Sempre está lá, de formas diferentes.

It Pop: “Summer 08” também é sobre a culpa que vocês sentiram por não poderem ficar em casa com suas famílias. Dez anos depois, vocês estão lidando melhor com essa questão da fama, de fazer turnês e, algumas vezes, estar longe das pessoas que vocês amam? 
Joseph: Os parceiros que as pessoas da banda tem só viveram com a gente nos períodos da nossa vida em que estávamos em turnê. Isso é parte de quem somos. Se eu não fizesse o que eu faço hoje, eu nunca teria conhecido minha namorada, com quem eu tive filhos. Ainda que seja diferente de como era antes, isso nos ajuda a sentir como se nós fôssemos jovens, de certa forma. Nós temos feito isso desde que somos jovens. Agora, nossas crianças nos esperam nos bastidores, o que é estranho. Mas, nós podemos fazer isso! 

It Pop: Robyn é uma artista tão importante e icônica pra música pop, mas não tem lançado nada próprio desde 2010. Vocês conseguiram trabalhar com ela em “Hang Me Out To Dry”! Como foi essa experiência? 
Joseph: Sim, foi incrível! Como você disse, ela é uma artista muito importante, especialmente para o pop feminino. Você consegue ver a influência dela em todas as novas artistas, eu acho. Então, sim, ela é ótima! Tenho tentado fazer mais algumas músicas com ela e tomara que ela lance novas músicas logo.


It Pop: Muitos artistas da música eletrônica estão colaborando com artistas do pop. Ano passado a gente teve Kygo com Selena Gomez, Zedd com Alessia Cara... Se você pudesse colaborar com qualquer artista pop, além de, claro, Robyn, quem você escolheria e por quê? 
Joseph: Eu escolheriaaaa... Hmmmm... Eu escolheria a Rihanna. 

It Pop: Isso seria interessante.
Joseph: Eu gosto dela. Eu acho que ela é bem interessante. Ela não se limita a um tipo de música. Gosto dela. Ela seria uma boa escolha.

It Pop: Voltando um pouquinho pra “Love Letters”, eu vi que vocês trabalharam com o Michael Gondry nesse clipe. Ele já trabalhou com artistas importantes como Björk e Paul McCartney, e ele até tem um Oscar de Roteiro Original. Como foi trabalhar com ele? 
Joseph: Ele foi muito legal! Ele é uma pessoa que foi pra universidade comigo. Ele é apaixonado por fazer filmes. E mesmo que ele tenha seguido por um lado mais underground com os filmes dele, ele ainda tem muito entusiasmo pelo trabalho dele, o que é bem legal. Eu adoraria fazer outro clipe com ele!


It Pop: O quão importante é pra vocês fazer clipes que impactam na forma que as pessoas entendem a música? 
Joseph: Eu não sei se é tão importante para que as pessoas entendam a música. Mas é... tudo muda o tempo todo, mas quando estávamos começando a fazer clipes, parecia ser algo muito importante, porque foi um período importante, com o YouTube e tudo mais, então as pessoas estavam querendo “ver” a música e se interessavam nos nossos vídeos. Não acho que eles sirvam para que as pessoas entendam a música, embora muitas vezes eles literalmente representem as canções. Acho que eles ajudam as pessoas a gostar das músicas de uma forma diferente. 

It Pop: Vamos falar das músicas que você está ouvindo bastante recentemente. Quais músicas estão sempre nas suas playlists? Tem músicas novas nelas? 
Joseph: Eu estou gravando músicas novas, então estou ouvindo coisas que me ajudem a pensar nessas novas canções. O que significa que estou ouvindo muito Sade, que é muito anos 90. Estou ouvindo aquela música, "Dub Be Good To Me", do Beats International, também dos anos 90... Não sei se estou ouvindo músicas novas, não sou muito bom nisso. Quando eu estou fazendo um álbum eu tendo a voltar para as músicas antigas, estão estou ouvindo coisas mais velhas no momento. 

It Pop: Pode nos contar um pouquinho sobre esse novo disco?
Joseph: Eu acho que vai ser um disco muito bom! (Risos) Estou tentando fazer um álbum que as pessoas vão se apaixonar tanto quanto se apaixonaram por "Nights Out" e "The English Riviera". Um álbum pop muito bom. É isso que eu estou tentando fazer.



It Pop: Ok, ficamos animados!
Joseph: Ah, que bom!

It Pop: Você está vindo pro Lollapalooza Brasil! Animados?
Joseph: Sim, muito! Mal posso esperar! Nem falta muito, né? Estou bem animado!

It Pop: Muitos artistas quando chegam aqui e vêem a reação do público brasileiro dizem que não há nada como fazer show por aqui. O que vocês estão esperando dos fãs?
Joseph: Eu acho que vai ser bem divertido! Nós não vamos ao Brasil tem alguns anos, então esperamos que as pessoas estejam animados com a nossa volta. Eu sei que nós vamos estar animados! Essa volta vai ser algo bem especial. Eu não quero jogar minhas expectativas lá no alto, mas estou esperando que seja algo realmente fantástico. Espero mesmo!

It Pop: Vocês já estiveram no Brasil, então sabem falar alguma coisinha em português, né?
Joseph: Ah, não, eu sou péssimo! Sou bem ruim em português. Eu consigo falar... "obrigada"! Isso é o que eu consigo fazer.

It Pop: Ah, tá ótimo! Seu português tá melhor que o meu inglês. 
Joseph: (Risos) Ah, a Anna, que toca bateria na banda, está aprendendo português! Ela com certeza vai saber falar algumas coisas. 

It Pop: Ah, que demais! Bom, Joseph, é isso aí! Muito obrigada por falar com a gente. 
Joseph: Obrigado você!

***

Rihannaaaa, mulher! Só vem! Enquanto o Metronomy não lança sua tão sonhada parceria com a cantora barbadiana, ficamos com o ótimo "Summer 08'" na expectativa pra esse show que promete.

Conversamos com o Milky Chance, atração do Lollapalooza: "Se você quer fazer uma banda, apenas faça!"

Tá certo que é bem legal ir ao Lollapalooza pra ver aquele artista que você curte bastante, mas uma das melhores coisas do festival, sem dúvidas, é conhecer artistas novos e poder atualizar suas playlists com várias músicas.

Um desses novos artistas que prometem te surpreender é a banda Milky Chance. Diretamente da Alemanha, o duo formado por Clemens Rehbein e Philipp Dausch faz um ritmo que pode ser classificado como (atenção) folkatrônica, mas que na prática envolve muito mais do que só folk e EDM, e que a gente vai poder ouvir no domingo (25).

Enquanto a gente não curte a banda mandando Aquele Ao Vivo™, confira a entrevista que fizemos com o Clemens sobre a expectativa para o Lolla Brasil e o som diferentão dos caras.




It Pop: Você começou o Milky Chance quando ainda estava na escola. Qual conselho daria para jovens garotos e garotas que ainda estão na escola, mas já querem começar uma banda, e não sabem se vai dar certo? 
Clemens: (Risos) Difícil! Eu posso dizer que nós tivemos muita sorte. Colocamos nossas músicas no YouTube e, de repente, tivemos sucesso e recebemos atenção. Foi incrível. Então, o que posso dizer? Se você quer fazer, apenas faça! Só não posso dizer o que fazer pra dar certo. O importante é tentar.  

It Pop: “Sadnecessary”, especialmente “Stolen Dance”, foram grandes sucessos com a ajuda da internet. Você pensou, quando estava colando suas músicas no YouTube, lá atrás, que tudo daria certo para o Milky Chance? 
Clemens: Não, nunca! Não tínhamos ideia de que alcançaríamos isso como uma banda, que teríamos uma carreira. Tudo aconteceu de forma acidental. Depois você entende melhor tudo isso. Você começa a entender depois de uns 2 anos, porque tudo acontece muito rápido. Foi meio surreal. Quando fazemos as músicas a gente não sabe o que vai ser um bom single ou não, nós só fazemos. 



It Pop: E como você vê a importância da internet e de plataformas como o Spotify na descoberta de novos artistas? 
Clemens: É ótimo! Todos essas formas de streaming ajudam os pequenos artistas que não tem gravadora a crescerem, serem notados e serem contratados. Você pode dividir sua música com o mundo inteiro em um só clique. É difícil se destacar com tanta gente tentando, mas é uma boa oportunidade.  

It Pop: Vocês produziram o “Sadnecessary” sozinhos. Como foi essa experiência? 
Clemens: Foi incrível. Estávamos acabando a escola, eu tinha 19 anos. Queríamos ser cuidadosos com nosso som, não queríamos criar nenhuma responsabilidade com ninguém. Fizemos o que tínhamos que fazer e temos sorte que tudo deu certo. Começamos a gravar as músicas por diversão, só pra ver o que rolava, mas acabando se tornando algo fácil e natural. 

It Pop: “Sadnecessary” introduziu o som do Milky Chance para o mundo. Quando vocês estavam trabalhando no “Blossom”, se sentiram pressionados a fazer um som parecido com o do primeiro discou ou se sentiram livres para criar coisas diferentes? 
Clemens: Faz parte do desenvolvimento de um músico querer fazer coisas novas, não querer fazer a mesma coisa sempre, criar novos sons. Queríamos testar novos instrumentos e fazer um processo diferente no “Blossom”. Fomos para um estúdio, experimentamos e foi muito interessante e inspirador. Aprendemos muito sobre a gravação no geral e fizemos tudo no nosso tempo, pra podermos exprimentar tudo. Foi quase como um parque de diversões. Nós fazíamos o que queríamos e isso foi muito bom. 

It Pop: “Blossom” combina vários estilos diferentes: pop, house, folk e reggae, só pra cirtarmos alguns. O que inspira vocês a criar essas combinações inesperadas? 
Clemens: Isso é música! Temos uma mente aberta sobre tudo o que acontece na música, desde sempre. Gostamos de ouvir músicas mais antigas e tivemos uma boa educação musical tanto na nossa casa quanto na escola. Tínhamos aula de música onde cantávamos, ouvíamos música clássica, conhecíamos mais sobre os diversos cenários da música... Aí, tivemos uma outra banda, aprendemos um pouco de blues nessa época... Tivemos contato com músicas de vários tipos. E foi toda essa mistura colorida que nos inspirou a fazer o que fazemos hoje.


It Pop: Vamos falar do Lollapalooza! Será sua primeira vez no Brasil. Animado? 
Clemens: Sim, muito! A parte mais animadora disso tudo é entrar em turnê. Vamos passar pela primeira vez na América do Sul, e a primeira vez é sempre ótima. Estamos curiosos para conhecer tudo e nos divertir por aí! 

It Pop: Além do show e do público, o que vocês estão mais animados para ver ou até aprender no Brasil? 
Clemens: Queremos explorar! Queremos conhecer um pouco do interior talvez, um pouco da comida, das músicas do Brasil. Vamos passar pela Colômbia também e queremos explorar. Não temos muito tempo em turnê, é tudo muito corrido, mas queremos explorar o máximo possível. Vamos ver o que conseguimos fazer. 

It Pop: Finalmente, descreve o Milky Chance pra galera que ainda não conhece vocês e o seu som. 
Clemens: Somos duas pessoas que experienciam o que é viver uma banda e fazer música. Fazemos músicas com uma vibe soul e pop com batidas eletrônicas, muita mistura, e com letras muito melancólicas e notálgicas.

*** 

A Milky Chance chega pra somar no mesmo dia que Khalid, AURORA, Lana Del Rey e The Killers. Que domingo é esse, Brasil! Pra aquecer, bora escutar o "Blossom", o último disco dos caras. 

Qual é a melhor música pra fazer um remix: "God's Plan" ou "Havana"? O Galantis responde!

Faça chuva ou faça sol, pode ter certeza: o palco Perry’s do Lollapalooza sempre vai estar lotado. E não é pra menos! Com os melhores artistas da música eletrônica, não dá pra sair de lá, e tem até quem vá ao festival só pra curtir as atrações que tocam nesse cantinho.

Se já era difícil largar o Perry's nas outras edições, esse ano vai ser impossível. Na sexta-feira (23), primeiro dia de Lolla, um dos grandes destaques da música eletrônica é a dupla sueca Galantis, que promete levantar todo mundo ao delírio com hits como “Runaway” e “No Money”. E é claro que, nesse esquenta Lollapalooza, nós não poderíamos deixar de falar com os caras, né?



***

It Pop: Vocês estão voltando ao Brasil! Nós mal podemos esperar para ver vocês outra vez. Estão animadoss?
Christian: Sim, nós estamos, na verdade! Nós só estivemos no Brasil uma vez, né?
Linus: Sim, sim, uma vez só.
Christian: E foi incrível, então, mal podemos esperar pra voltar.

It Pop: A música sueca sempre revela grandes nomes para o EDM. Vocês tem Icona Pop, Swedish House Mafia e muito mais. Qual é o segredo de vocês? Vocês crescem aprendendo sobre música boa na escola?
Christian: Eu acredito que temos uma incentivo a cultura musical. Você começa fazendo parte de bandas na escola, bem novo, e tem um incentivo, com certeza. Mas não sei se consigo responder, especificamente, porque revelamos tantas pessoas... Acho que também temos uma cultura de estúdios muito grande, as pessoas conseguem chegar neles mais facilmente.

It Pop: Ainda que vocês mostrem a cara de vocês, o Galantis tem um símbolo, que é aquele gato psicodélico. Tem alguma explicação pra esse símbolo?
Christian: Sim, sim! Ele se chama Seafox. Quando começamos esse projeto e começamos a entender qual seria o nosso som, também tentamos explorar as possibilidades visuais do Galantis. Isso tudo deu origem ao Seafox. Estamos criando novos Seafoxes desde o primeiro dia.

It Pop: Galantis é novo no cenário musical, mas vocês já lançaram dois álbuns com hits como “Runaway” e “No Money”, que fizeram bastante sucesso no Brasil. Já podemos então chamar vocês de hitmakers?
Christian: (Risos) Então, acho que não pensamos sobre essas coisas assim. Essas músicas foram grandes sucessos e muito importantes, sim, mas assim como nossas outras canções. Nós só fazemos nossas músicas e o que vai acontecer depois disso, você nunca sabe.


It Pop: Além de lançar suas próprias músicas, vocês também trabalham em remixes, como fizeram recentemente com o Sam Smith e a Selena Gomez. O quão diferente é fazer suas próprias músicas e remixar a música de outro artista?
Christian: É muito diferente, com certeza. Nós gostamos de fazer remixes, mas é um processo muito diferente de escrever suas próprias canções. É por isso que às vezes é legal sair desse padrão e fazer algo diferente. Nós somos chamados pra fazer remixes toda hora, e a música pode ser incrível, mas se nós não ouvirmos uma versão do Galantis para essa faixa instantaneamente em nossa mente, nós não fazemos.

It Pop: Se vocês pudessem escolher um dos grandes hits do momento para remixar, qual vocês escolheriam e por quê?
Christian: Oooooohhhh...

It Pop: Essa é complicada, hein?
Christian: Não sei, é difícil! Tem muita música boa sendo lançada por esses dias, mas são um pouco difíceis de remixar, sabe?
(Christian e Linus dão play em “God’s Plan”, do Drake)



Christian: O que acha dessa? A música número 1 do momento, Drake!

It Pop: Ooooh, essa seria ótima! Gostei. E o que acham de, quem sabe, “Havana”?
Christian: “Havana”? (Christian e Linus dão play em “Havana”)

It Pop: Isso, essa mesmo! Seria algo bem diferente, não?
Christian: Já foi lançada há um tempo! Não é tão nova assim, mas é uma boa música.

It Pop: Suas músicas sempre tem mensagens positivas, sobre amor e união. O que inspira essas letras?
Christian: Gostamos de canalizar tudo para nossas letras e nossa música. Criamos sempre pequenas músicas em uma só, não fazemos algo específico. A música é algo que não se explica, você só precisa ver e ouvir e usar da forma que você quiser.



It Pop: Quando o Jack Ü veio ao Lolla, eles chamaram o Mc Bin Laden, um arrista brasileiro, ao palco. Conhecem artistas brasileiros que gostariam de chamar ao palco?
Linus: Olha, tem muitas pessoas que nós poderíamos convidar, mas teríamos que fazer uma música com eles antes!
Christian: Sepultura!

It Pop: Ok, essa com certeza seria uma música muito inusitada, mas bem legal! Agora, vamos falar dos planos para o futuro! Depois do “Aviary”, vocês lançaram um novo single, “Tell Me You Love Me”. Estão planejando um novo álbum ou single para esse ano?
Linus: Nós estamos tentando lançar muitas músicas novas. Estamos sempre preparando algo!

E o que podemos esperar do show de vocês no Lollapalooza?
Christian: Nós sempre tentamos trazer coisas novas e adicionando novidades enquanto estamos em turnê. Quando estamos pensando no próximo set, tentamos adicionar mais instrumentos, mais bateria... O que quer que a gente queria usar e que seja criativo no palco. Vai ser um bom show! Voltar ao Brasil é sempre bom, então estamos animados pra isso.

***

O Autódromo de Interlagos vai ferveeeeer esse ano! Pra você não perder nada desse dia, corre lá no site e garanta sua presença na sexta-feira de Lollapalooza. Enquanto isso, vamos aprendendo todas as músicas do Galantis, para levar esse Lolla abaixo.

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