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Kendrick Lamar é quase uma divindade do rap no clipe de “HUMBLE.”

Só conseguimos dizer “amém, Kendrick Lamar!”. O rapper bem avisou no seu último lançamento, “The Heart Part 4”, que Deus estava voltando e, uma semana depois, chegou pronto para mostrar a que veio, com o grandioso videoclipe “HUMBLE.”.

Sob a direção de Dave Meyers e Little Homies, o novo vídeo de Lamar começa com o cara vestido como um Papa e, daí em diante, somos impactados por cada uma das cenas: o cara com a cabeça pegando fogo, fugindo do comum numa multidão de pessoas sem reação e, no que se torna uma das partes mais marcantes, no centro de uma representação da Santa Ceia. Bem religioso, mesmo.

“HUMBLE.” foi produzida por Mike Will Made It e, ao contrário do disco “To Pimp a Butterfly” e a compilação “untitled unsmastered.”, investe numa sonoridade mais moderna, distante da sofisticação quase vintage dos outros trabalhos do rapper.

Em sua letra, a faixa também foge do que Kendrick já nos apresentou, trazendo provocações para si mesmo e alguns concorrentes, numa transição que nos lembra o que assistimos com The Weeknd entre os álbuns “Beauty Behind The Madness” e “Starboy” – no qual seu visual se manteve igualmente grandioso, mas as letras passaram a focar nas discussões sobre sua ascensão na indústria, seus concorrentes e, conforme seus números cresceram, o quanto se tornou um incômodo.


O novo disco de Kendrick Lamar deverá ser lançado no dia 7 de abril.

O novo disco do The Weeknd, “Starboy”, chegou ao Spotify e, sério, você precisa ouvir isso

O ano foi do caralho para a música e, em seus meses finais, conseguiu nos deixar no chão, quase que literalmente. Muito disso, nós devemos agora ao The Weeknd, que lançou nessa sexta-feira (25) o seu novo disco, “Starboy”.

Desde a parceria com Daft Punk, lançada como primeiro single do CD, já esperávamos que o canadense fizesse desse um grande “álbum da porra” e, com ele lançado, nossas suspeitas estavam certas: “Starboy” é inevitavelmente radiofônico, mas carrega um perfeccionismo extremamente perceptível em cada uma das faixas, que nos contam uma história, sob uma sonoridade que passeia do R&B ao pop, introduzida e concluída pelos synths da dupla francesa de música eletrônica.


Fora os hitmakers de “Instant Crush”, o novo disco de The Weeknd também traz aparições de Kendrick Lamar, Future e Lana Del Rey, sendo essa última a voz da versão feminina da nova persona do cantor, aqui chamada por Stargirl.

Numa primeira audição, as inéditas que mais chamaram nossa atenção foram as dançantes “Secrets” e “Rockin’”, que remetem e muito aos trabalhos de Michael Jackson, além da curta e matadora colaboração com Lana Del Rey e a baladinha “True Colors”, que relembra e muito os primeiros trabalhos do cantor, antes de todo o sucesso.

A disputa pelo título de disco do ano está acirrada. Ouça “Starboy”:


Mesmo com Kendrick Lamar, a volta do Maroon 5, em “Don’t Wanna Know”, é bem desanimadora


Estavam com saudades do Maroon 5? Depois de terem se aventurado em um som bem pop com o "V" (2014), a banda volta mostrando que quer continuar indo por esse caminho. A primeira amostra desse novo trabalho saiu na madrugada desse dia 12 e é a música "Don't Wanna Know", parceria com o rapper Kendrick Lamar.

A canção mostra como o som do grupo, que vem mudando bastante ao longo dos anos, está evoluindo para algo mais synth-pop ao nos trazer batidas que lembram imediatamente muitos hits recentes, como "Sorry", do Justin Bieber, só que em uma versão mais lenta e relaxada. Algo que também chama atenção é a repetição constante do refrão, que chega até a ficar chato, mas, como bem sabemos, não há fórmula mais pop, radiofônica e certeira do que essa.

No geral, "Don't Wanna Know" vence pelo cansaço. O que fica é o medo de ver o Maroon 5 perder sua identidade em uma busca para soar cada vez mais atual, combinando sempre com o que está em alta nas paradas. Com relação ao rap do Kendrick Lamar, o que sempre nos gera expectativa em qualquer canção que ele apareça, sentimos que serviu para quebrar um pouco de ritmo repetitivo e... só. Mas, se o objetivo da banda é hitar, não dá pra dizer que eles erraram, não é?



Vale lembrar que o Maroon 5 é atração confirmada no Rock In Rio 2017, que acontecerá nos dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro. Ainda não foi revelado o dia exato em que a banda vai tocar. 

O álbum novo do grupo, que deve ser a base para esse show no Brasil, por enquanto não tem data de lançamento.

10 clipes pop para começar uma revolução

Se engana quem pensa que a política e cultura pop não andam de mãos dadas. De Madonna lutando contra estereótipos machistas e sexistas a Beyoncé levantando a bandeira da luta contra o racismo, foram muitas as vezes que o discurso de resistência se encontrou na música e, cá entre nós, nada melhor do que um bom refrão e puta videoclipe para espalhar uma mensagem tão importante, não é mesmo?


Em tempos que omissão se torna tão prejudicial quanto um mau posicionamento, aproveitamos o espaço tão amplo que construímos aqui no blog para relembrar alguns dos videoclipes que trazem essa proposta de luta contra as opressões, lembrando-os de quem são os inimigos e, claro, que não devemos deixar de lutar por nossos direitos jamais.


Madonna, “American Life”

Madonna nunca foi das mais sutis quando sua intenção era criticar algo. Entretanto, quando idealizou “American Life”, um manifesto anti-fashionista contra as guerras, ela talvez não esperasse que sua parceria com o diretor Jonas Akerlund fosse de encontro com a invasão americana ao Iraque. O clipe sofreu censura e chegou a ser removido dos canais oficiais da cantora, embora seja um dos seus vídeos mais relevantes.


M.I.A., “Borders”

Num dos melhores clipes desse ano, M.I.A. foi contra todas as convenções, mais uma vez, ao encarnar a líder de grupos de refugiados no clipe de “Borders”, lançado em meio às discussões dos supostos ataques terroristas na França.  Outro clipe dela que vale a menção é “Born Free”, do disco “/\/\/\Y/\”.


Brooke Candy, “Paper or Plastic”

Também entre os destaques desse ano, a volta de Brooke Candy dividiu opiniões pelas mudanças na estética de seu trabalho, mas continuou tão inquieta e agressiva quanto os materiais anteriores. “Paper or Plastic” traz ela e outras mulheres dando início a uma revolução contra o patriarcado.


Beyoncé, “Formation”

E falou em feminismo, chega Beyoncé. A maior ativista que você respeita, levantou as bandeiras do feminismo e movimento negro com o disco “Lemonade”, dando sequência ao discurso que abordou pelas beiradas ou de forma indireta, em trabalhos como “Run The World (Girls)” e “Single Ladies”. “Formation” tem Beyoncé se posicionando contra a violência policial com a população negra, chamando todas as mulheres negras pra entrarem em formação.


Lady Gaga, “Born This Way”

E o que você faz quando vive numa sociedade que não te aceita como realmente é? No caso de Lady Gaga e sua ode a autoaceitação, constrói uma nova. “Born This Way” é uma das maiores e mais significativas produções visuais de Gaga, abordando vertentes como o feminismo e a luta LGBT+, e traz a cantora como a mãe de uma nova geração. Esse é o manifesto da chamada “mãe monstro”.


Adam Lambert, “Never Close Our Eyes”

Entrando em um contexto fictício, “Never Close Our Eyes” é um dos melhores clipes da carreira de Adam Lambert, e se inspira nos clássicos distópicos da literatura, como “1984”, do George Orwell, e “Admirável Mundo Novo”, do Aldous Huxley, colocando-o dentro de uma prisão que controla mais do que sua liberdade e, daí em diante, incitando uma grande rebelião contra o sistema.


Halsey, “New Americana”

Agora bebendo de referências modernas de distopias, como “Jogos Vorazes” e “Divergente”, quem também se prepara para quebrar o sistema é Halsey, no clipe de “New Americana”. A produção traz a cantora como membro de um grupo secreto, que sobrevive de forma independente e se prepara para um eventual combate. Eis que o local é invadido e começam uma verdadeira caça às bruxas.


Emicida, “Boa Esperança”

Tem clipe nacional também. O rapper Emicida tocou em inúmeras feridas com seu último disco, “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa...”, e um dos clipes mais expressivos neste sentido é “Boa Esperança”, no qual o rapper lidera uma revolta dos empregados, negros, contra seus patrões, brancos. Todo o conceito é bastante semelhante ao clipe “GOMD”, do J. Cole, que também merece uma menção na lista.


Kendrick Lamar, “Alright”

Ainda no rap, não dá pra falar em música e revolução da atualidade, sem lembrar de Kendrick Lamar e seu impactante “To Pimp a Butterfly”. O favorito do hip-hop de 2015 rendeu muito assunto e, no clipe de “Alright”, volta a abordar a violência policial, com uma grandiosidade visual de encher os olhos.


Kanye West X Jay Z, “No Church In The Wild”

Pra fechar a lista, ficamos com “No Church In The Wild”, do projeto Watch The Throne, de Kanye West e Jay Z. Nesse, a dupla nos coloca no meio de um puta protesto, repleto de brutalidade vinda da polícia e devolvida pelos manifestantes. Incômodo e certeiro, como deve ser.


Lembrou de algum clipe que merecia uma menção por aqui? Conta pra gente nos comentários! Aos interessados, disponibilizamos uma edição estendida da playlist no Spotify. E não se esqueça: temer jamais. Não há conquistas sem lutas. 

O clipe de “The Greateast”, da Sia, é sobre o atentado em Orlando

Sia lançou nesta terça-feira o clipe da sua música nova, “The Greatest”, com participação do Kendrick Lamar, e horas após a sua estreia, os fãs da cantora conseguiram desvendar a mensagem por traz do novo videoclipe, que, mais uma vez, traz a colaboração da dançarina Maddie Ziegler e direção do Daniel Askill (mesmo de “Chandelier”, “Elastic Heart” e “Big Girls Cry”).

No clipe de “The Greatest”, Maddie Ziegler está acompanhada de outras crianças, presa em um ambiente obscuro, com referências aos cenários de “Chandelier” e “Elastic Heart”, além de partes da coreografia de “Cheap Thrills”, e o auge do vídeo fica para o momento em que, num devaneio de liberdade, eles se divertem, aproveitando a sensação de estarem livres, até que voltam para o ambiente obscuro no qual começa a produção.

Sempre cheia de expressões, Ziegler demonstra uma constante inquietação, mesmo quando tenta despertar as crianças que te fazem companhia, e chega a chorar “lágrimas de arco-íris”, que dão o tom para a interpretação mais profunda do clipe: “The Greatest” é uma homenagem às vítimas do atentado homofóbico em Orlando.



Os indícios para essa teoria são vários: as crianças, em seu sentimento mais puro, usufruem da falsa crença de liberdade quando estão juntos num ambiente de descontração, com luzes que remetem à uma festa, e então são tomados por um clima pesado que reflete em seus olhares, até que desabam e tudo o que podemos ouvir são os resquícios de suas respirações. O número de crianças também é sugestivo: 49, mesmo das vítimas do atentado que ocorreu em junho, e na cena final, ainda é possível perceber os buracos na parede ao fundo.

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Em sua letra, “The Greatest” traz o mesmo tema de autoempoderamento que inspirou canções como “Chandelier” e “Alive”, de seus dois últimos álbuns, enquanto ela comemora em seu refrão: “eu estou livre para ser o melhor aqui nesta noite. Eu sou livre para ser o melhor, eu estou vivo.”

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Na versão lançada pelo Spotify, Kendrick Lamar fala como se fosse um mentor para os mais novos, The Greatest Alive, fazendo metáforas que remetem à sua carreira e diamantes (“eu me transformo sob pressão”), afirmando em coro com Sia: “não desista, eu não vou desistir.”


Na época em que o atentado ainda era notícia, a cantora australiana chegou a se emocionar em um show, dedicando a música “Titanium”, as vítimas e em apoio a comunidade LGBT.

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Mais uma vez, Sia conseguiu lançar um dos melhores clipes e músicas do ano. E, embora tenhamos brincado com o meme do “Cativeiro da Beyoncé”, também é bacana ressaltar a importante mensagem por trás de toda a produção. #WeAreYourChildren.

Essa performance de “Freedom” é o que acontece quando dois dos maiores artistas da nossa geração se unem

Tá difícil falar qualquer coisa depois dessa apresentação, mas a gente vai tentar. Beyoncé apareceu de surpresa ontem (26), no BET Awards, premiação americana de música negra, para cantar "Freedom", uma das melhores músicas do seu mais recente álbum, o maravilhoso e já icônico, "Lemonade" (leia nossa resenha aqui).

Com uma iluminação toda vermelha e o palco coberto de água, Queen B, seus dançarinos e dançarinas, vestidas com pinturas africanas, deram um show, entregando uma performance forte e de completa exaltação a cultura negra, que a ocasião e a própria música, mais do que apropriada para a premiação, mereciam.

E, quando a gente achava que não poderia ficar melhor, eis que o Kendrick Lamar também aparece de surpresa para cantar sua parte e causando um impacto ainda maior do que é a sua participação na versão em estúdio da faixa, enquanto Bey e seus dançarinos performam uma coreografia poderosa, que, mais uma vez, homenageia a cultura africana. Simplesmente sensacional! 

Respira fundo e aperta o play:



Foda demais ver a maneira como dois artistas TÃO talentosos quanto Beyoncé e Kendrick Lamar conseguem se entregar dessa forma tão honesta e empoderadora em cima do mesmo palco, né? E a satisfação no olhar dos dois, cientes da força do que estavam fazendo? Dizer que Beyoncé fez algo memorável chega a ser reduntante.

A gente sabe que ela acabou de lançar o clipe de “Sorry”, que deve ser o segundo single do “Lemonade”, mas, Bey, depois dessa performance, nós precisamos que “Freedom” também seja single.

Há algo grande acontecendo na indústria e bem debaixo do nosso nariz



Atualização (17/04): A imagem que ilustrava a matéria foi substituída, após reivindicações de direitos do site Getty Images.

Imagine que você é um artista negro. Entretanto, toda a sua carreira depende das mãos e serviços de senhores brancos, por trás de grandes marcas, como Apple ou Spotify, e com exigências que podem limitar a sua criação a falar sobre coisas que as outras pessoas querem ouvir e não o que você realmente gostaria de dizer ou cantar.

Azealia Banks, ainda no começo de sua carreira, teve a internet como a principal plataforma para a sua ascensão, com o hit “212”, e viu a mesma derrubá-la numa velocidade imensa ao passar a questionar o racismo da indústria, bem como questões como a misoginia e machismo dos homens com quem trabalhou, e isso foi o suficiente pra que, literalmente, isolassem a rapper, tornando quase impossível que ela conseguisse voltar aos estúdios com nomes relevantes para a música atual, enquanto é vista pelo público como a louca, descontrolada e reclamona das redes sociais.

Eis que, pouco depois da estreia da rapper de Harlem, podemos ver o racismo ser questionado musicalmente, por artistas como Kendrick Lamar e até mesmo Beyoncé, dizendo coisas que Azealia Banks discute o tempo todo, mas sem o mesmo alcance deles e outros artistas negros que, ao contrário dela, encontraram um momento certo para usarem o peso de seus respectivos nomes ao seu favor.



Seja como for, ser um negro disposto a discutir sobre o racismo com um público racista é um risco à assumir. A própria Beyoncé, passada a estreia da grandiosa “Formation”, parece finalmente ter alertado os seus fãs sobre ser uma cantora negra e, desde sua performance no Super Bowl, no qual fez referência aos movimentos negros “Black Lives Matter” e “Black Panthers”, além de utilizar um figurino em homenagem ao Michael Jackson, tem enfrentado duras críticas, incluindo de grandes marcas — comandada por grandes brancos — como a emissora Fox que, em seus noticiários, falou sobre o desconforto em tê-la usando um evento esportivo para promover sua luta.

Na última segunda-feira (15), quem também provou ser um problema, quando quer brigar por seus direitos, foi o rapper Kendrick Lamar, durante o Grammy Awards. Não é de hoje que o racismo da premiação é questionado e, nesta edição, eles até se esforçaram para fazer isso passar batido, enquanto tinham como o líder de suas indicações o intérprete de “Alright”, mas não podemos nos enganar: de que adianta indicá-lo em tudo quanto é categoria, se só vão premiá-lo naquelas segmentadas para a “música negra”?



Foi aí que surgiu o insight. Em sua performance, dentro da mesma premiação, Kendrick Lamar apresentou as canções “The Blacker The Berry” e “Alright”, ambas do seu último álbum, o aclamado e extremamente questionador “To Pimp A Butterfly”, e fez uma performance de cunho totalmente político e social, enquanto, assim como Beyoncé no Superbowl que deveria ser do Coldplay, fez referência ao Michael Jackson (o figurino dele foi inspirado no clipe alternativo de “They Don’t Care About Us”) e, de maneira artística, duras críticas à repressão policial e racismo nos EUA.



Não seria isso o suficiente pra que os brancos do Grammy se sentissem desconfortáveis ao ponto de, futuramente, mantê-lo longe da premiação? Afinal, estavam todos ali para ver artistas serem premiados e não protestos sobre coisas tão irrelevantes quanto o racismo, né?

O risco, assumido não só por Beyoncé e Kendrick Lamar, é de ver seus trabalhos passarem a serem diminuídos e até mesmo ignorados por essas e outras premiações e organizações, entretanto, eles não estão sozinhos. Nunca estiveram. E até que demoramos para perceber o que realmente estava acontecendo.

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No último VMA, a maior premiação musical da MTV, o rapper Kanye West foi homenageado com o prêmio “Michael Jackson de Artista Vanguarda”, que visa premiar ícones da geração atual, e optou por não fazer uma performance musical, realizando, no lugar dessa, um longo discurso. O episódio foi claramente planejado pela emissora pra que fosse algo comentado, tanto que colocaram Taylor Swift, a cantora da qual ele tirou um prêmio das mãos ao vivo anos atrás, para apresentar a categoria, mas Yeezy passou longe de se intimidar pelo climão planejado pela emissora, fazendo do palco o cenário perfeito para tecer críticas à própria MTV, bem como a indústria em geral, e toda a desvalorização que o trabalho dele e outros artistas sofria. O cara estava num palco da MTV, recebendo um prêmio da MTV e criticando exatamente aquilo que o evento e tudo que o rodeava representava. Um risco sendo assumido outra vez.

Agora pega a sua máquina do tempo e volta para o dia 30 de março de 2015. Nova York. A grande coletiva de imprensa para o lançamento do Tidal, a plataforma musical relançada pelo rapper Jay Z, em parceria com inúmeros outros artistas, com a intenção de valorizar os números de seus artistas em relação ao baixo retorno dos principais serviços de streaming da atualidade, além de dar à eles maior autoridade sobre seus próprios trabalhos.


Se mostrando um rival em potencial para serviços como o Spotify, iTunes e até mesmo VEVO, o Tidal de Jay Z prometia nos entregar músicas, discos e videoclipes, além de algo que não encontramos nas outras empresas mencionadas: ingressos para diversos eventos, bem como materiais exclusivos que, sendo assim, você só encontraria na sua plataforma.

Quando lançado, toda discussão em torno do Tidal foi sobre seu peso comercial. A plataforma que pagará bem os artistas e, sendo assim, cobrará um pouco mais de seus usuários, e isso gerou até mesmo uma reação negativa da nossa parte, que afirmamos o desinteresse no serviço, mas algo passou completamente despercebido por nós e pela maioria dos que também torceram o nariz para o serviço: dezesseis artistas assumiram o posto de co-proprietários do Tidal, se tornando sócios da plataforma, e, desses, OITO eram negros.

Pra idealizarem melhor a ideia, a lista de artistas que apadrinharam o Tidal incluía grandes ícones da música mundial, como Madonna e Daft Punk, além de revelações dos últimos anos dos mais diferentes gêneros, como Arcade Fire, Jason Aldean, Calvin Harris e deadmau5, mas todo o resto era liderado por artistas do hip-hop e R&B: Jay Z, Beyoncé, Rihanna, Kanye West, Usher, Alicia Keys, Nicki Minaj e J. Cole. O que, levando em consideração que a plataforma visa abranger os principais serviços de consumo musical da atualidade, dá aos artistas mencionados total independência em relação aos outros serviços, tornando-os mais fortes e livres para explorarem seus trabalhos como bem entenderem e continuarem tendo uma plataforma para mostrarem isso.

Se Beyoncé, por exemplo, terminasse boicotada em outros serviços por seu posicionamento político-social em “Formation”, ela não seria como a Azealia Banks, que segue sendo isolada e tendo como único espaço para ter suas discussões o Twitter, podendo utilizar o Tidal como uma plataforma em que continuaria encontrando espaço o suficiente para lançar seus novos trabalhos e promovê-los.
A estratégia de alcance e impacto da plataforma já vem sendo testada há algum tempo. A própria Beyoncé, ao lado de Nicki Minaj, lançou com exclusividade na plataforma de Jay Z o clipe de “Feelin’ Myself”, nunca disponibilizado no Youtube ou VEVO. Nesse ano, foi a vez de Rihanna estrear seu “ANTI” na plataforma, dando ao Tidal a vantagem de uma semana em relação aos outros serviços de streaming, que só receberam o disco após ele ser disponibilizado para audição e download gratuito.

Usher, na primeira vez que se posicionou sobre o racismo e repressão policial dos EUA musicalmente, com “Chains”, também optou pelo Tidal como plataforma de lançamento, estreando a música, com participação da Bibi Bourelly e do rapper Nas, meses antes do lançamento do seu videoclipe em outras plataformas.



Outros artistas, como o cantor Prince, que é um dos maiores ícones negros dentro da cultura pop, também já mostraram sua preferência ao formato. O Tidal é o único serviço de streaming que detém toda a discografia do cara, incluindo seu último álbum, “HITnRUN — Phase One/Two”, enquanto o rapper Kanye West, que atualmente promove o álbum “The Life of Pablo”, foi ainda além, vetando o lançamento do seu CD em lojas e outros serviços, tornando-o, de fato, o primeiro disco totalmente exclusivo à plataforma, já que sequer será colocado à venda, o que, inclusive, alavancou a procura pelo serviço, que alcançou o primeiro lugar na lista de aplicativos da Apple.

Nos Estados Unidos, as discussões em torno das questões raciais estão mais quentes do que nunca. Após a performance da Beyoncé no Superbowl, emissoras americanas exploraram o passado do movimento das Panteras Negras, promovendo, inclusive, especiais, que desmitificavam os debates sobre o grupo, enquanto, também pela internet, o movimento Black Lives Matter se torna cada vez maior.

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Em seu novo disco, sucessor do “Beyoncé”, a cantora de “Formation” deve bater na tecla do racismo e outras questões sociais, em tempo que fomenta essas discussões muito bem acompanhada, já que contamos nos últimos anos com novos discos do Kanye West e Kendrick Lamar, bem como M.I.A. e outras artistas realmente dispostas a usar sua arte e relevância na indústria em prol da causa. E todos esses artistas, por sua vez, encontram no Tidal (clique aqui para baixar) uma fortaleza não vista antes, sendo a plataforma uma das poucas que não os tornam reféns de brancos que se apropriam de toda a indústria, querendo ditar quando ou onde eles devem brigar por seus direitos.



O slogan “Tidal para todos” nunca fez tanto sentido.

Do injustiçado Kendrick Lamar à superestimação de Taylor Swift, confira o nosso resumão com tudo que rolou no Grammy


Desde que foram revelados os indicados a Álbum do Ano, muitos acreditaram que o prêmio ficaria entre “Sound & Color” do Alabama Shakes ou “To Pimp a Butterfly” do Kendrick Lamar, mas a academia preparou a maior ~ surpresa ~ da noite pra essa categoria. Levando em conta a alta popularidade e o sucesso comercial, Taylor Swift arrebatou o prêmio com o “1989”, seu disco mais pop (até agora), deixando pra trás ainda The Weeknd e seu “Beauty Behind The Madness” e “Traveller” do Chris Stapleton.


Falar sobre o Grammy 2016 sem comentar o prêmio citado acima é praticamente ignorar uma das discussões mais importantes sobre a premiação. Kendrick Lamar – artista com o maior número de indicações da noite – foi o vencedor do maior número de prêmios, mas também, o maior injustiçado.



O cara merecia (e muito!) levar o prêmio de “Disco do Ano”. Se a gente parar pensar, ele levou 5 prêmios, mas só em categorias segmentadas, sendo completamente ignorado nas principais. Não estamos dizendo que é uma obrigação da academia premiar um negro, mas com um trabalho incrível, de tamanha representatividade e aclamação universal da crítica, como “To Pimp a Butterfly”, Kendrick Lamar realmente merecia quebrar o jejum de 12 anos em que um negro não vence um dos prêmios mais importantes da noite. 

Não queremos discutir (nesse momento) o talento da Taylor Swift, mas é importante a gente parar pra pensar se o “1989” realmente merecia o prêmio de Álbum do Ano. Agora a cantora já acumula dois prêmios nessa categoria e artistas tão talentosos como Beyoncé, Bruno Mars, Kanye West e Kendrick Lamar - ah, qual a semelhança entre eles mesmo? - nunca venceram nessa mesma categoria tão privilegiada pelos membros. 



Já vimos muita gente justificando o prêmio ao "1989" com o argumento de que o disco foi o lançamento mais relevante do último ano. Se isso é o suficiente pra garantir o prêmio de Álbum do Ano ao pop de Taylor, por que raios o "BEYONCÉ" não levou o prêmio no ano passado, quando, sabe-se lá por quê, resolveram premiar a qualidade musical... do Beck?! Quer lançamento mais revelante do que um álbum visual sendo entregue de surpresa e com clipe para todas as faixas, amado por público e crítica? Talvez falte à Beyoncé, como faltou ao Kendrick, algumas características físicas que a Taylor (e o próprio Beck) possui. Aliás, a cantora é agora a única mulher a conquistar o prêmio de Álbum do Ano duas vezes, em meio a tantas outras cantoras da própria geração com álbuns semelhantes ou ainda melhores.



Agora que a gente já problematizou e discutiu essa questão com vocês, a gente faz um ciclo perfeito e volta à Taylor Swift abrindo a premiação que ocorreu na última segunda-feira e que contou com diversas homenagens e apresentações que representam bem o Grammy desse ano. Confira nosso RESUMÃO com tudo que rolou.


Abrindo a edição 2016 do Grammy, tivemos uma das maiores indicadas da noite, Taylor Swift com seu mais recente hino "Out Of the Woods", numa performance que reuniu Taylor num palco que remetia ao conceito de clipe e num indefectível (e belo) macacão repleto de cristais Swarovski . Apresentação morninha, mas o suficiente pra começarmos bem a noite.



A cerimônia seguiu com a abertura oficial pelo anfitrião, relembrando algumas apresentações históricas da premiação com Adele, Kendrick Lamar & Imagine Dragons e Lady Gaga com Elton John. E como ainda tem muita coisa pra rolar essa noite, o primeiro prêmio da noite já foi anunciado.

Numa disputa entre grandes nomes do rap como Drake, J. Cole, Dr. Dre e Nicki Minaj, o “Melhor Álbum de Rap” foi para Kendrick Lamar, o recordista em indicações dessa edição.  Considerado por muito críticos como o melhor disco do ano, achamos merecidíssimo “To Pimp a Butterfly” levar esse prêmio.


Depois da entrega do prêmio, tivemos a performance conjunta de uma das revelações do ano, o gatíssimo Sam Hunt, com a rainha country Carrie Underwood. Um belo e interessante dueto de duas grandes vozes de um gênero muitas vezes detestado pelos fãs do pop, mas que merece muito crédito por possibilitar coisas como essa.



Na volta do intervalo, tivemos Ariana Grande chamando seu amigo The Weeknd para um medley de seus hits, o que incluía o smash "Can't Feel My Face" e o atual "In the Night". Embora não tenha sido algo memorável, foi o suficiente pra comprovar, mais uma vez, que ele possui uma das melhores vozes do mercado atual.



Como a lista de convidados é grande, hora de mais um show na premiação. Confessamos que não conhecíamos muito de Audra até agora, mas que voz, meus amigos. Que voz! Destruiu tudo cantando seu single "Rise Up" e ainda fez um belíssimo acompanhamento para Ellie Goulding no smash "Love Me Like You Do".



O segundo prêmio televisionado, foi para Chris Stapleton com o disco “Traveller” na categoria “Melhor Disco Country”. O cara já é conhecido por seu trabalho de compositor e agora levou o disco por seu trabalho autoral.


Homenageando Lionel Ritchie, uma das maiores lendas da música contemporânea e seus grandes sucessos como "Easy", "Hello", "Penny Lover", "You Are", "Brick House" e "All Night Long",  tivemos John Legend, Demi Lovato, Luke Bryan, Meghan Trainor (que agora usa cabelo castanho), Tyrese (moço, seu louco, tu saiu do "Velozes e Furiosos" pra cantar no Grammy?) e, depois, o próprio Lionel. No geral, à exceção de um sempre impecável John Legend e a gritaria de Demi Lovato, foi tudo bem confuso.



Ryan Seacrest foi o apresentador convidado para anunciar mais uma apresentação da noite. Com a maravilhosa canção indicada a Gravação do Ano, o country do Little Big Town, entrou no palco para a apresentação de "Girl Crush". De forma bem intimista e com grandes vocais/harmonias, eles conseguiram se conectar de forma linda com o público.


Depois de uma rápida apresentação de Stevie Wonder acompanhado pelo grupo Pentatonix, os artistas foram os responsáveis por entregarem o prêmio de Música do Ano ao Ed Sheeran. Mesmo com uma concorrência fortíssima, “Thinking Out Loud” levou a melhor e derrubou os hits “Blank Space” (Taylor Swift), “See You Again” (Wiz Kahlifa) e as poderosas “Girl Crush” (Little Big Town) e “Alright” (Kendrick Lamar). Nosso ruivo favorito deve estar bem feliz essa noite, né?


Duas das maiores revelações do ano e indicados à categoria nessa edição do Grammy, deram um showzaço acústico. Assim se desenrolou o encontro entre a maravilhosa Tori Kelly e o também maravilhoso James Bay. E, mais uma vez, o que é a voz de Tori Kelly ao vivo? TAQUEOPARIU, sua linda! <3



Depois de uma performance um tanto quanto boring de um musical, o Grammy chamou ao palco o Kendrick Lamar para uma performance FODA, cheia de simbologias, cutucadas na polícia norte-americana, que mais tarde dão origem a um baile de cores, danças africanas e muita militância negra, criando uma performance poderosíssima e o ponto alto da noite até agora, fazendo jus a todo o status de maior indicado que Kendrick Lamar conseguiu pra essa edição. FODA, FODA, FODA!


Pra gente se recuperar do tiroteio que foi essa apresentação do Kendrick, o Grammy mal voltou do comercial e Miguel já estava no centro do palco para a sua breve apresentação. E alí mesmo, o cantor anunciou os candidatos a Melhor Performance de Rock. Mesmo com Florence + The Machine, Foo Fighters, Ellie King e Wolf Alice na parada, foi Alabama Shakes que levou o prêmio pra casa “Don’t Wanna Fight”.


Na sequência, Bruno Mars apareceu no palco para anunciar a apresentação da nossa maravilhosa Adele. Contrariando todas as expectativas, a britânica escolheu “All I Ask” (música feita em parceria com Bruno Mars) e não “When We Were Young”, seu novo single.

Num vestido vermelho e acompanhada apenas pelo piano, Adele fez uma apresentação emocionante para a música que tem um dos registros vocais mais altos e difíceis de sua carreira. Infelizmente, tivemos alguns problemas técnicos na apresentação, mas mesmo assim, “All I Ask” parece ter sido feita para o Grammy. Uma apresentação classuda e corajosa, afinal, não é tarefa fácil segurar uma apresentação dessas só com o piano. 



Adele já correu pro Twitter e comentou sobre a falha técnica durante a sua apresentação. Saca só:


#CLIMÃO

Mudando completamente o clima, hora de receber Justin Bieber e seus amigos do Jack Ü. Bieber, com ótimos vocais (se cuida, Adele) performou seu hino solo “Love Yourself” e também a canção premiada como melhor Dance nesse ano, "Where Are Ü Now", ao lado do Jack Ü - ou seria a nova formação do Imagine Dragons?! Hahahaha, foi bem bom, gente!



Sam Smith, mais magro do que nunca, anunciou os concorrentes ao prêmio de Revelação do Ano. Quem estava torcendo pra Meghan Trainor, já pode comemorar. A dona do hit “All About The Bass” recebeu o seu gramofone, vencendo Tori Kelly (nossa torcida), James Bay, Sam Hunt e Courtney Barnett. A gente não esperava ver a Meghan levando. A maioria apontava James Bay e Sam Hunt como favoritos.   

A gente não estava esperando por esse tiro agora, mas do nada, Ed Sheeran subiu ao palco e anunciou a homenagem ao incrível David Bowie comandada pela talentosa Lady Gaga. Dominando o palco, Gaga dançou, cantou, interpretou e parecia bem a vontade. Com um medley de vários sucessos do David Bowie, a cantora e Nile Rogers – diretor artístico da apresentação – passearam pela carreira do cantor e nos fizeram lembrar o tanto que o cara é genial.



Assim, ainda estamos meio sem entender porque falaram tanto da participação da Intel, anunciando que seria um show completamente inovador em tecnologia. Ok. Vimos um elemento aqui e outro ali, mas vamos combinar que não foi tudo isso em inovação, né, gente? Gaga não aprende? Fala menos que assim a gente não cria tanta expectativa.

E tem mais: a gente havia comentado a possibilidade do Adam Lambert participar dessa homenagem e sério, eles erraram feio em deixar o cara de fora. Acompanhando o que ele faz com o Queen, temos certeza de que ele subiria ao palco, daria um recado muito bem dado e traria mais pra apresentação. Imaginem Gaga e Adam cantando “Under Pressure”?

Lirous, calma, a gente sabe que a Gaga é talentosíssima, amamos ter ela de volta e sabemos que a apresentação foi ótima. É que a gente gosta de dar palpite mesmo. 

CADÊ A RIHANNA, GENTE?

Confirmada para se apresentar na cerimônia, Rihanna não deu as caras no tapete vermelho e começou a deixar seus fãs curioso/preocupados. Do nada, a triste notícia: Rihanna cancelou sua participação por ordem médicas. Pelo que estão comentando, a cantora está com bronquite e, por isso, não poderia cantar. Triste, né, gente?

Vale lembrar que a cantora participou de uma festa pré-Grammy e chegou a cantar. Será que ela forçou demais? Na verdade, a gente ainda acredita que Rihanna teve acesso aos vencedores antes da hora e resolveu boicotar o Grammy ao saber que "1989" levaria o prêmio de Álbum do Ano rs. 


De volta à realidade. Indicados ao prêmio de Disco do Ano e ainda desconhecidos pela maioria do público, Alabama Shakes mostrou o seu talento no palco do Grammy. Na sequência, foi a vez da banda Hollywood Vampires apresentar o seu show. Aproveitamos esse show pra comer alguma coisa e dar uma relaxada, tá?

Chegando ao final da apresentação, a nossa rainha Beyoncé subiu ao palco para revelar o prêmio de “Gravação do Ano”. Com Ed Sheeran (Thinking Out Loud), The Weeknd (I Can’t Feel My Face), D’Angelo And The Vanguard (Really Love) e Taylor Swift (Blank Space), foi Bruno Mars e Mark Ronson que levaram a melhor com o hino “Uptown Funk”. Merecido, né, gente? Desde a primeira vez que escutamos a gente já sabia que essa música ia render muito pra eles.



E foi isso que rolou no Grammy 2016. Sem dúvidas, Kendrick Lamar fez a melhor apresentação da noite. Lady Gaga com seu tributo ao David Bowie e Justin Bieber + Jack Ü também fizeram apresentações que irão deixar seus fãs bem orgulhosos. Adele poderia ter nos proporcionado (mais) um momento épico no palco, mas os problemas técnicos atrapalharam a sua apresentação.  

No geral, as performances foram bem a cara do Grammy: sem grandes inovações e tudo meio que igual, né, gente? Na lista que fizemos das 5 apresentações dos últimos 5 anos rolou coisa muito mais interessante. Ficamos com a sensação de que faltou muito pra essa edição ser memorável, sabe? O programa seguiu num mesmo ritmo que deu sono do começo ao fim.


Já comentamos que a ideia da produção em mudar o Grammy pra a segunda-feira é uma tentativa de driblar a queda na audiência, mas a gente está com a impressão de que o dia em si talvez não seja o maior dos problemas. Tudo bem que é uma premiação formal e tem lá seus protocolos que devem ser respeitados, mas a produção está precisando dar ritmo à cerimônia. Está faltando personalidade. Está faltando conexão com o público. E assim, de que adianta um número gigante de performances se elas não conseguem empolgar?

Agora estamos ansiosos pelos próximos lançamentos que poderão concorrer na cerimônia do ano que vem. Até o momento, já temos os retornos de Adele, Rihanna, Beyoncé (que está caminhando pra isso) e Kanye West. Nomes como Bruno Mars, Lady GaGa, Lorde e Katy Perry (a gente ainda acredita nela) também devem fazer seu comeback a tempo de disputar no ano que vem.

Que venha 2017 e um Grammy diferente (em muitos sentidos).
Hora de enrolar e guardar o tapete vermelho: 



Texto produzido em parceria com o Mike Alex, aquele lindo! <3

Chora, Taylor Swift! Agora os streamings também serão contabilizados para a entrega de certificados nos EUA

Do Netflix ao Spotify, além de outras empresas como VEVO, Apple Music, Tidal, entre outras, os streamings provaram serem o futuro do entretenimento na era digital e, musicalmente, os efeitos de sua ascensão têm sido cada vez maiores.

Mesmo que mantenha a antipatia de alguns artistas que não concordam com todos os seus termos, como Taylor Swift, Björk e Adele, os streamings passaram, desde a última segunda-feira (01), a serem contabilizados para a entrega de certificados de vendas, reconhecendo, a partir de agora, álbuns que talvez não se saiam bem fisicamente, mas rendam bons números pelo consumo legal digital, como tem se tornado cada vez mais frequente.

Nesse novo formato, reconhecido pela Recording Industry Association of America (aka RIAA), as somas serão semelhantes ao impacto dos streamings em paradas como a Billboard Hot 200 e UK Albums Charts, com 1,500 audições sendo contabilizadas como a venda de um disco completo e 150 audições sendo equivalentes ao download de uma faixa individual.


Com essa atualização, divulgaram também uma lista de discos que agora possuem certificados de ouro e platina, e, sem grandes surpresas, alguns dos principais sucessos em plataformas como o Spotify foram reconhecidos, incluindo o “Beauty Behind The Madness”, do cantor The Weeknd, e “To Pimp A Butterfly”, do Kendrick Lamar.

Algumas das revelações dos últimos anos, como alt-J, Hozier, Halsey, Elle King, Shawn Mendes e Vance Joy também receberam novos certificados, assim como a banda Coldplay e a invejável marca de Michael Jackson, que conquistou 32 certificados de “multi-platina” pelo álbum “Thriller” (1982).

Confira abaixo a lista completa:


Alt-J, An Awesome Wave (Atlantic Records): Ouro 
Big Sean, Dark Sky Paradise (Def Jam Recordings): Platina 
Brett Eldredge, Bring You Back (Atlantic Nashville): Ouro
Coldplay, Ghost Stories (Atlantic/Parlophone): Platina
Elle King, Love Stuff (RCA): Ouro
Fifth Harmony, Reflection (Epic): Ouro
Halsey, Badlands (Astralwerks): Ouro 
Hozier, Hozier (Columbia): Platina
Kendrick Lamar, To Pimp a Butterfly (Top Dawg Entertainment/Interscope): Platina
Michael Jackson, Thriller (Epic/Legacy): 32X Multi-Platina
Miranda Lambert, Platina (RCA Nashville): Platina
Romeo Santos, Fórmula Vol. 2 (Sony Latin): 11X Diamante/RIAA Latin G&P Program
Sam Hunt, Montevallo (MCA Nashville): 2X Multi-Platina
Shawn Mendes, Handwritten (Island Records): Platina
The Weeknd, Beauty Behind the Madness (XO/Republic Records): 2X Multi-Platina
Vance Joy, Dream Your Life Away (Atlantic Records): Ouro
Wale, Ambition (Atlantic Urban): Ouro

A nova atualização da RIAA vem em resposta ao lançamento do último disco da Rihanna, “ANTI”, que começará a contabilizar suas vendas físicas na próxima sexta-feira, 5 de fevereiro, mas ultrapassou a marca de 1,400,000 de downloads no dia de seu lançamento, graças a uma campanha de distribuição gratuita do Tidal, em parceria com a Samsung.


Os números exorbitantes da hitmaker de “Love On The Brain”, entretanto, não foram vistos com bons olhos pela revista Billboard, que se recusou a contabilizar os cerca de 1,000,000 de downloads gratuitos, afirmando que “certas tendências não serão seguidas” por eles. A controvérsia nos lembra de quando a mesma revista também se posicionou contra Lady Gaga e seu “Born This Way” que, na época de lançamento, vendeu mais de 400 mil cópias pelo valor promocional de US$0,99, numa ação com a Amazon.

Será que, com esse novo passo na indústria americana, artistas tão chegados em recordes, como Taylor e Adele, se renderão aos serviços de streamings? Acompanhemos.

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— Me ouvir pelo Spotify? Opa!

O remix do Kanye West com a Miley Cyrus em “BLKKK SKKKN HEAD” vai explodir sua cabeça


Finalmente podemos ouvir o remix de “BLKKK SKKKN HEAD”, do Kanye West, com a Miley Cyrus!


Kanye West lança daqui duas semanas seu novo disco, “Swish”, mas, aos interessados, tem música nova do rapper pela rede mundial de computadores e, desta vez, vinda do seu último álbum, o controverso “Yeezus”.

Leia também: Os 30 álbuns mais aguardados de 2016

Pra quem não se lembra, Yeezy havia anunciado, após o VMA 2013, que lançaria uma versão remix do single “BLKKK SKKKN HEAD”, com participação da cantora que roubou a atenção de todos nessa edição da premiação da MTV, Miley Cyrus, entretanto, anos se passaram e nunca chegamos a conferir tal versão.

Eis que, faltando pouco para o lançamento do seu novo CD, uma versão não finalizada da parceria surgiu na internet com, além de Miley Cyrus, os rappers Travis $cott e Lupe Fiasco, apresentando um resultado que nos fez questionar, por que raios desistiram de lançá-la?

Ouça:



TAQUEPARIU, hein? Uma possível razão para o descarte da canção pode ter sido o sample de “Everybody Wants To Rule The World”, clássico da banda Tears for Fears, também lembrado por uma versão na voz da cantora Lorde, por prováveis complicações quanto ao licenciamento da canção, entre outras coisas, mas essa é apenas uma possibilidade.

Felizmente, ainda que de maneira não-oficial, a faixa terminou vendo a luz do dia. Melhor que isso, só se fosse com uma cantora negra — Rihanna faria um trabalho e tanto, não faria?

Promovendo seu disco “Swish”, que será lançado no dia 11 de fevereiro, Kanye West retomou o especial “G.O.O.D. Fridays”, em que lançará músicas novas até que ele esteja completamente entre nós, e na última semana foi a vez de conhecermos “No More Parties In LA”, com participação do seu sucessor natural, Kendrick Lamar, sucedendo outras como “Only One”, “All Day”, “Facts” e “Real Friends”. Ouça:



É um tiro atrás do outro, a gente não tem estruturas pra tudo isso.

Lady Gaga em tributo ao Bowie? Rihanna? Adele? Saiba os nomes que te farão assistir ao Grammy 2016!

Daqui algumas semanas acontece o Grammy Awards 2016, no dia 15 de fevereiro, e o que não faltam são atrações que chamem nossa atenção para assistir ao evento, que acontecerá no Staples Center, em Los Angeles.

Como já era esperado, os líderes de indicações da noite, Kendrick Lamar e Taylor Swift, estão confirmadíssimos para se apresentarem e, muito provavelmente, não estarão lá por sua parceria em “Bad Blood”, mas sim para performances de “Alright” e “Out Of The Woods”, respectivamente.


Quem também está garantido nesse Grammy é o The Weeknd, que concorre ao prêmio de Álbum do Ano com seu “Beauty Behind The Madness” e, sem muitas surpresas, deve apresentar um de seus sucessos. A música mais cotada é “Can’t Feel My Face”, mas um medley com “In The Night”, seu single mais recente, é extremamente bem vindo.


O grupo de country americano, Little Big Town, também marcará presence e, até o momento, é a segunda banda confirmada, já que os queridões do Alabama Shakes também realizarão uma performance, e, de certo, se tem uma coisa que não faltará, será uma grande voz.


FALANDO EM GRANDE VOZ, a britânica e detentora dos recordes tudo (pelo menos até chegar o Justin Bieber), Adele, foi uma das atrações confirmadas recentemente e, pelas águas de Jesus, deve apresentar o hit que marcou seu retorno, “Hello”, seguido do seu provável novo single, “Water Under The Bridge”, ambas do disco “25”.


Rihanna, que estrelou a última chamada da premiação, ainda não foi confirmada, mas tem grandes chances de se apresentar e, quem sabe?, já trazendo músicas novas do lendário “ANTI”. Vale lembrar que, quase duas semanas antes, a barbadiana dará inicio a sua nova turnê, e foi no palco dessa mesma premiação que, no ano passado, ela nos mostrou “FourFiveSeconds”.


Oficialmente de volta aos jogos, Lady Gaga tem sido um dos nomes mais frequentes de 2016 e, passada a conquista do seu primeiro Globo de Ouro, seguida da indicação ao Oscar pela parceria com Diane Warren em “Til It Happens To You”, a hitmaker de “Heavy Metal Lover” também deve se apresentar no Grammy desse ano, mas não apresentando música nova e sim prestando uma homenagem ao cantor David Bowie que, por ironia do destino, possui uma discografia e carreira de qualidade inquestionável, mas nunca foi premiado pela academia. Vai entender. 


Julgando pelas especulações que viajam pela rede mundial de computadores, é esperado que Nile Rodgers e Adam Lambert tenham algum envolvimento neste tributo. Sem falar na marca Intel que, há algum tempo, também prometeu anunciar algo novo com o apoio da atriz de “American Horror Story: Hotel”.


A 58ª edição do Grammy Awards acontecerá no dia 15 de fevereiro e com transmissão ao vivo pelo site oficial da cerimônia.

Isso é tudo.

Casal do pop! Barack Obama revela que música de Kendrick Lamar foi sua favorita do ano, mas Michelle prefere Bruno Mars

Não basta ter um dos melhores álbuns do ano, não basta ser um dos poucos negros que conseguem a atenção pública, ainda que decida debater assuntos que preferem ignorar, não basta ter liderado as indicações do próximo Grammy Awards, tem que ser também o favorito do presidente dos EUA, consolidando seu nome como um dos maiores de 2015.

Kendrick Lamar continua alavancando cada vez mais seu nome com o disco “To Pimp A Butterfly” e, depois de provar ser o favorito do Grammy, o rapper conquistou também Barack Obama que, numa entrevista à revista People, revelou que uma das músicas do novo CD do rapper, a faixa “How Much A Dollar Cost”, é a sua canção favorita de 2015.


Nessa entrevista, tanto Obama quanto sua esposa, Michelle Obama, confessaram quais foram seus lançamentos favoritos do ano e, enquanto Lamar é o preferido de Barack, a primeira dama dos EUA fica com Mark Ronson e Bruno Mars, afirmando que não consegue enjoar de “Uptown Funk”. É ou não o casal do pop?


Falando sobre cinema, eles também não concordam um com o outro. Michelle Obama disse que seu filme favorito do ano foi a animação “Divertida Mente”, dos estúdios Pixar, enquanto o voto de Barack fica para “Perdido em Marte”, protagonizado pelo Matt Damon.

Que maravilhoso esses dois opinando sobre os gostos deles desse jeito!

Mas e então, você concorda com o casal dos EUA? Eles têm bom gosto? Seus favoritos do ano estão mais para o Obama ou Michelle? Já queremos uma edição brasileira dessa entrevista, com Dilma nos dizendo se preferiu o “Bang” da Anitta ou “Veneno” da Banda Uó.

Nossas apostas sobre o Grammy: Kendrick Lamar leva 7 das 8 indicações; Taylor apenas 1 e Gaga termina sem prêmio

Foi nesta segunda-feira (07) que revelaram a aguardada lista de indicados ao 58º Grammy Awards, nada menos que a maior e mais respeitada premiação musical de todos os tempos.

Como já se tornou tradição, nesse ano houve casos de grandes artistas do ano sendo esnobados pela premiação, como Carly Rae Jepsen Rihanna e Madonna, mas, de maneira como não víamos há algum tempo, o evento pareceu abocanhar boa parte do que realmente teve destaque desde o ano passado, qualitativamente falando, e tivemos, dessa forma, como líderes das indicações, Kendrick Lamar e Taylor Swift.

Mas tá, tudo isso você já sabe, até porque tem algumas horas desde que a lista de indicados já circula pela internet, então o que viemos mostrar aqui, na verdade, são nossas apostas para as principais categorias dessa edição. O que não representa nossos favoritos necessariamente, mas sim os nomes que acreditamos ter maiores chances de, ao contrário da Katy Perry, levar o gramofone pra casa.

Vamos ao veredito!

ÁLBUM DO ANO
"Sound & Color" - Alabama Shakes
"To Pimp a Butterfly" -  Kendrick Lamar
"Traveller" - Chris Stapleton
"1989" - Taylor Swift
"Beauty Behind The Madness" - The Weeknd

Algo nos diz que a disputa aqui será acirrada, mas nossa principal aposta é o rapper Kendrick Lamar e seu “To Pimp A Butterfly”. Além de ser um dos maiores destaques do hip-hop em um ano que o gênero, literalmente, foi catapultado de volta ao topo das rádios e paradas, “To Pimp” foi extremamente aclamado pela crítica americana e mundial, o que cumpre o combo de qualidade + números e dá ao álbum uma vantagem imensa se comparado aos outros materiais. Se segura, Taylor, que o seu tá garantido mais embaixo.

MÚSICA DO ANO
"Alright" -  Kendrick Lamar
"Blank Space" - Taylor Swift
"Girl Crush" - Little Big Town
"See You Again" - Wiz Khalifa feat. Charlie Puth
"Thinking Out Loud" - Ed Sheeran

Nós adoraríamos aproveitar o espaço para pedir justiça por “Run Away With Me”, da Carly Rae Jepsen, ou “Bitch Better Have My Money”, da Rihanna, mas faremos melhor e apenas apostaremos, outra vez, no Kendrick Lamar. “Alright”, do álbum do ano, começou a fazer barulho graças ao seu videoclipe, que, assim como “G.O.M.D.” do J. Cole, pauta o racismo nos EUA, e se tem uma coisa melhor que ter o artista negro incomodando racistas numa indústria como a americana, é vê-lo ganhar um dos prêmios mais racistas da indústria, justamente enquanto os toca na ferida. Aproveitando as palavras de outro rapper, “what a time to be alive!”.

GRAVAÇÃO DO ANO
"Really Love" - D'Angelo and the Vanguard
"Uptown Funk" - Mark Ronson feat. Bruno Mars
"Thinking Out Loud" - Ed Sheeran
"Blank Space" - Taylor Swift
"Can't Feel My Face" - The Weeknd

E se a disputa estava acirrada entre Taylor e Kendrick Lamar, as coisas só apertam mais quando chegam Mark Ronson e Bruno Mars com a sua “Uptown Funk”. Aliás, é bem improvável que a “Get Lucky” desse ano saia sem nada, não é mesmo? Então é nela a nossa aposta. Just watch!


ARTISTA REVELAÇÃO
Courtney Barnett
James Bay
Sam Hunt
Meghan Trainor
Tori Kelly

Os três mais famosos você sabe quem é, mas já ouviu os outros dois nomes? Courtney Barnett é a nossa aposta, mas confessamos que nos dividimos bastante entre ela e o cantor country, Sam Hunt. Meghan Trainor não levando, a gente já fica bem feliz.

MELHOR PERFORMANCE POP – SOLO
"Heartbeat Song" - Kelly Clarkson
"Love Me Like You Do" - Ellie Goulding
"Thinking Out Loud" - Ed Sheeran
"Blank Space" - Taylor Swift
"Can't Feel My Face" - The Weeknd

O cantor britânico, Ed Sheeran, já se disse desacreditado do Grammy. O ruivo é indicado para a premiação há quatro anos, mas nunca leva nada. Isso até nos lembra uma outra artista, mas relaxa, moço, dessa vez você sai desse quadro de quem só vai ao prêmio para esquentar cadeira. Outros fortes candidatos são The Weeknd e Taylor Swift, exatamente nesta ordem, mas dificilmente baterão “Thinking Out Loud”.

MELHOR PERFORMANCE POP – DUO/GRUPO
"Ship To Wreck" – Florence + The Machine
“Sugar” – Maroon 5
“Uptown Funk” – Mark Ronson feat. Bruno Mars
“Bad Blood” – Taylor Swift feat. Kendrick Lamar
“See You Again” – Wiz Khalifa feat. Charlie Puth

Nossa torcida é, sem dúvidas, para a Florence + The Machine e a maravilhosa “Ship to Wreck”, mas nosso termômetro nos diz que a vencedora será, mais uma vez, “Uptown Funk”, do Mark com o Bruno Mars, ainda que “See You Again”, que nem deveria estar aí, esteja na cola das probabilidades.

MELHOR ÁLBUM POP
“Piece By Piece” – Kelly Clarkson
“How Big, How Blue, How Beautiful” – Florence + The Machine
“Uptown Special” – Mark Ronson
“1989” – Taylor Swift
“Before This World” – James Taylor

Se o Mark Ronson ganhar, ele será estará para os fãs da Taylor Swift como o Beck para os fãs da Beyoncé, mas, desta vez, não acreditamos que a loira corra riscos. Vai que é tua, “1989”!


MELHOR GRAVAÇÃO DANCE
“We’re All We Need” – Above & Beyond Featuring Zoë Johnston
“Go” – Chemical Brothers
“Never Catch Me” – Flying Lotus feat. Kendrick Lamar
“Runaway (U & I)” – Galantis
“Where Are Ü Now” – Skrillex and Diplo feat. Justin Bieber

Falou em música eletrônica, não teremos muito o que discutir. Justin Bieber, ao lado de Skrillex e Diplo, serão os grandes vencedores por “Where Are Ü Now”, fazendo valer, inclusive, a ausência de “Lean On”, do Major Lazer, entre os indicados. [Imagine após esse trecho o break da canção]

MELHOR ÁLBUM DANCE/ELETRÔNICO
“Our Love” – Caribou
“Born In The Echoes” – The Chemical Brothers
“Caracal” – Disclosure
“In Colour” – Jamie XX
“Skrillex and Diplo Present Jack Ü” – Skrillex and Diplo

Qual o melhor álbum dance do ano? Para nós, é o “Caracal”, do Disclosure. Mas PARA O GRAMMY, o vencedor mais provável é o “In Colour”, do Jamie XX, que foge do radar mainstream, mas carrega uma sonoridade bastante singular e, ainda que não seja nosso favorito, bem digna de vencer o prêmio. Pra quem não conhece, sugerimos que ouça a música “Loud Places”.

MELHOR PERFORMANCE DE R&B
“If I Don’t Have You” – Tamar Braxton
“Rise Up” – Andra Day
“Breathing Underwater” – Hiatus Kaiyote
“Planes” – Jeremih feat. J. Cole
“Earned It (Fifty Shades Of Grey)” – The Weeknd

Começando as categorias de R&B, a gente parte de uma teoria que, na maioria das vezes, não falha, até por ser o ponto de partida mais coerente para se pensar. Olhe bem para os indicados. Agora nos diga qual o único dessa categoria que também aparece entre os nomeados à Disco do Ano.


MELHOR MÚSICA DE R&B
“Coffee” – Miguel
“Earned It (Fifty Shades Of Grey)” – The Weeknd
“Let It Burn” – Jazmine Sullivan
“Really Love” – D’Angelo and the Vanguard
“Shame” – Tyrese

Contradizendo a teoria da categoria acima, entretanto, aqui ficamos numa dúvida cruel, até porque a briga fica entre um dos maiores nomes do ano (The Weeknd), um queridinho dos críticos (Miguel) e, pra fechar os nomes mais prováveis, um veterano do gênero (D’Angelo). Vamos arriscar “Coffee”.

MELHOR ÁLBUM URBAN CONTEMPORÂNEO
“Ego Death” – The Internet
“You Should Be Here” – Kehlani
“Blood” – Lianne La Havas
“Wildheart” – Miguel
“Beauty Behind The Madness” – The Weeknd

E, outra vez, The Weeknd e Miguel se encontram. Essa categoria divide opiniões também, mas, levando em consideração a teoria dos principais indicados do ano, ficamos com “Beauty Behind The Madnes”. Que a sorte esteja com Abel!

MELHOR PERFORMANCE RAP
“Apparently” – J. Cole
“Back To Back” – Drake
“Trap Queen” – Fetty Wap
“Alright” – Kendrick Lamar
“Truffle Butter” – Nicki Minaj feat. Drake & Lil Wayne
“All Day” – Kanye West feat. Theophilus London, Allan Kingdom & Paul McCartney

Outra disputa de peso dentro dessa edição ficará para Kendrick Lamar e Kanye West. O primeiro é recém-chegado na premiação e já possui um apreço e tanto pela comissão do Grammy, em tempo que o outro é bicho velho e, cá entre nós, fatura prêmios como ninguém. A nossa aposta é “Alright”, mas com uma pontinha de dúvida pairando sob “All Day”.

MELHOR COLABORAÇÃO RAP
“One Man Can Change The World” – Big Sean feat. Kanye West & John Legend
“Glory” – Common & John Legend
“Classic Man” – Jidenna feat. Roman GianArthur
“These Walls” – Kendrick Lamar feat. Bilal, Anna Wise & Thundercat
“Only” – Nicki Minaj feat. Drake, Lil Wayne & Chris Brown

Em mais um confronto entre Kanye e Kendrick, a gente fica entre “One Man Can Change The World” e “These Walls”, mas as probabilidades estão do lado de Lamar, ainda que, na sua colaboração, Big Sean tenha reunido um time de peso.

MELHOR MÚSICA DE RAP
“All Day” – Kanye West feat. Theophilus London, Allan Kingdom & Paul McCartney
“Alright” – Kendrick Lamar
“Energy” – Drake
“Glory” – Common & John Legend
“Trap Queen” – Fetty Wap

Lá vamos nós de novo. “Alright”.

MELHOR ÁLBUM DE RAP
“2014 Forest Hills Drive” – J. Cole
“Compton” – Dr. Dre
“If You’re Reading This It’s Too Late” – Drake
“To Pimp A Butterfly” – Kendrick Lamar
“The Pinkprint” – Nicki Minaj

Boa tentativa, Drake, Nicki Minaj, J. Cole e Dr. Dre. Boa tentativa.

TRILHA SONORA
“Empire”
“Cinquenta Tons de Cinza”
“A Escolha Perfeita”
“Selma”
“Glen Campbell: I’ll Be Me”

Falando em trilhas sonoras, a gente precisou quebrar um pouco a cabeça. Está certo que “Empire” tem uma das maiores e melhores produções do ano, bem como “Selma”, entretanto, “50 Tons” parece ter algum favoritismo na academia, principalmente se notarmos que essa é a única trilha com dois indicados a seguir, o que faz dela nossa grande aposta.

MELHOR MÚSICA ESCRITA PARA UMA MÍDIA VISUAL
"Earned It (Fifty Shades of Grey)" - The Weeknd
"Glory" - John Legend & Common
"Love Me Like You Do" - Ellie Goulding
"See You Again" - Wiz Khalifa feat. Charlie Puth
"Till It Happens To You" - Lady GaGa

A volta de Lady Gaga com “Till It Happens To You” nos fez chorar, literalmente, mas talvez não cause o mesmo efeito no Grammy. É de doer o coração, mas nossa aposta fica com “Glory”, do John Legend, naquela torcida forte pra que “See You Again” não passe nem perto de faturar o gramofone.


MELHOR VIDEOCLIPE
"L$D" - A$AP Rocky
"I Feel Love (Every Million Miles)" - The Dead Weather
"Alright" - Kendrick Lamar
"Bad Blood" - Taylor Swift feat. Kendrick Lamar
"Freedom" - Pharrell Williams

Nós já dissemos que um dos principais fatores de sucesso de “Alright” foi seu videoclipe, correto? ALRIGHT, só queríamos reforçar isso.

***

A 58ª edição do Grammy Awards acontece em fevereiro de 2016, no dia 15, e é claro que muitas surpresas podem estar a nossa espera, falando tanto de suas performances, quanto de seus ganhadores. Então conta pra gente, quais são suas apostas?  Acha que estamos certos ou errados? E o que falar sobre os nomes esnobados?

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