“The End of The F***ing World”, da Netflix, não é tão previsível e white people problems o quanto parece

Opa! Pode ser que esse texto tenha alguns spoilers. Se você é do tipo que fica puto com spoilers, esse é um bom momento para parar a leitura ou seguir por sua conta e risco.

Se você ainda não ouviu falar sobre “The End Of The F***king World” ou o seu mundo já acabou ou você é apenas desligado mesmo. A produção britânica foi exibida primeiramente no canal Channel 4 (UK), e conta com oito episódios em sua primeira temporada, agora disponíveis no catálogo da Netflix.

A história gira em torno de James (Alex Lawther), um autodenominado psicopata que, desde criança, tem certo prazer em matar – indo de insetos a animais de porte maior. Quando ele decide finalmente levar seu “talento” ao próximo nível, somos apresentados a Alyssa (Jessica Barden), a nova aluna da escola que vive em uma família problemática.

A trama começa a engatar quando Alyssa, incorporando o rebelde que já existiu em todos nós, decide fugir de casa e convida James para embarcar nessa viagem, mas o que ela não sabe é que, na verdade, ele tem outras intenções para essa aventura.


O enredo inteligente e divertido faz com que os 20 minutos de cada episódio passem voando, entretendo naquela típica maratona de final de semana. É quase como se você estivesse dentro da série junto aos protagonistas, descobrindo com eles sobre o primeiro amor e suas as consequências – que, de fato, não foram muito boas. A fotografia e a trilha sonora também dão um show a parte, ajudando a caracterizar a personalidade dos personagens e complementando o tom mais “sombrio” que a trama propõe.

A gente já tá na torcida pela renovação da série, mas enquanto ela não chega, você já pode assistir a primeira temporada todinha na Netflix.

Crítica: "A Forma da Água" une milagre visual com um romance mágico e improvável

Indicado aos Oscars de:

- Melhor Filme
- Melhor Direção *favorito*
- Melhor Atriz (Sally Hawkins)
- Melhor Ator Coadjuvante (Richard Jenkins)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Octavia Spencer)
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Montagem
- Melhor Fotografia
- Melhor Direção de Arte *favorito*
- Melhor Figurino
- Melhor Trilha Sonora *favorito*
- Melhor Edição de Som
- Melhor Mixagem de Som

Crítica editada após os indicados ao Oscar 2018

Atenção: a crítica contém detalhes da trama.

Disparadamente, o filme que mais esperei da temporada foi "A Forma da Água" (The Shape of Water). Desde sua estreia no Festival de Veneza, quando venceu o prêmio máximo, o Leão de Ouro, os cometários sobre como Guilhermo Del Toro finalmente entregou o sucessor à altura de "O Labirinto do Fauno" (2006) eram os mais animadores possíveis - e diziam muito sobre o que estava por vir.

No Oscar 2007, "Fauno" levou para casa três Oscars ("Melhor Fotografia", "Direção de Arte" e "Maquiagem", e deveria ter levado mais, inclusive) ao trazer um conto de fadas mais adulto com a marca registrada do diretor: uma viagem fantástica com monstros à base de muita maquiagem. Tanto o fauno protagonista como o monstro com olhos nas mãos entraram para a cultura popular e ajudaram a cunhar o status de "clássico" sobre o filme, que é nada além de obra-prima.


Del Toro foi descoberto com "A Espinha do Diabo" (2001), o primeiro filme a salvar sua vida (palavras dele). De "Espinha" até "A Forma da Água", o mexicano deu uma cambaleada notável, conseguindo encontrar o ápice criativo e técnico apenas com "Fauno" - nomes como "Hellboy" (2004) e "A Colina Escarlate" (2015), apesar de visualmente interessantes, falham em diversos outros pontos. E filme após filme esperávamos vê-lo de volta à glória - e esse momento chegou.

"A Forma da Água" é estrelado por Elisa Esposito (Sally Hawkins) e Zelda (Octavia Spencer), duas faxineiras que trabalham numa instalação militar secreta em meio à Guerra Fria. A dupla dinâmica possui uma relação especial: Elisa é muda, enquanto Zelda é sua porta-voz ao traduzir a língua de sinais no trabalho. Num dia qualquer, o coronel Richard Strickland (Michael Shannon) chega de uma viagem da América do Sul com uma criatura (Doug Jones), visando estudá-la e explorá-la.

"A Forma da Água" e "O Labirinto do Fauno" são quase irmãos pelas várias similaridades. Protagonizados por uma outsider tendo que lidar com um vilão fascista num plano de fundo histórico (Guerra Fria e Guerra Civil Espanhola, respectivamente). Ambos são tratados como contos de fadas, e suas protagonistas, Elisa e Ofelia (Ivana Baquero), são representadas como princesas. Claro, esse modelo não segue os rumos dos clássicos Disney, e sim as joga em uma veia sombria, adulta e até macabra, com violência crua e, no caso de "Água", sexo. A grande diferença entre as obras é sua temporalidade artística. Enquanto "Fauno" é um legítima realização contemporânea, "Água" emula a Era de Ouro de Hollywood (1920-60).


Toda a produção se utiliza de técnicas de filmagem utilizadas na época - percebam a cena em homenagem aos musicais do período, coisa que "La La Land" fez ano passado -, além de construir seus personagens ao redor dos arquétipos clássicos. Até a chegada do vilão é uma típica aparição da figura a ser temida: surgindo das sombras e revelando seu impassível rosto enquanto a câmera rapidamente se aproxima dele. "Água" dialoga com o molde da época e atual pois, claro, possui uma visão atualizada do que seria um filme da década de 40.

De cara já percebemos o cuidado estético da fita. Del Toro tem consciência do poder imagético de sua obra e rege cenas que já caem no ecrã com pinta de atemporais. A cor verde, que casa com a fantasia e, claro, o ambiente aquático do estrangeiro cheio de escamas, está presente em praticamente todos os quadros, desde as paredes e figurinos até em detalhes inusitados, como gelatinas, tortas e sabonetes - o design de produção da fita é glorioso, estonteante e de cair o queixo, extraído com esmero pela fluida fotografia. Os efeitos especiais, que finalizam muitas das cenas, são altamente fidedignos e mal notamos quando os cenários não são reais. "Verde é a cor do futuro", fala um personagem, explicando para o espectador o motivo da escolha da graciosa paleta de cores, e "Água" é exatamente isso: a busca pelo futuro inserida na atmosfera retrô da fita.


Os cientistas da instalação de Elisa estão ali para estudar a "cobaia" com o intuito de ver se seu corpo consegue aguentar as condições de sobrevivência fora da órbita terrestre, para, assim, pegar a dianteira na corrida pelo espaço. Mas há um porém: Dr. Robert Hoffstetler (Michael Stuhlbarg, o pai do Elio de "Me Chame Pelo Seu Nome") é um espião soviético que está nos EUA tentando tirar proveito das pesquisas norte-americanas com o humanoide.

Enquanto Richard é extremamente violento com a criatura, Robert demonstra compaixão por saber que ali se trata de um ser único, o que abre uma enorme quebra de paradigmas. Ao contrário dos 80 bilhões de filmes estadunidenses sobre a Guerra Fria, o vilão não é o russo. "Água" inverte os papeis ao colocar o americano na posição negativa ao invés do salvador do planeta como praticamente todas as produções já feitas até hoje na terra do Tio Sam.

E aqui esbarramos em mais uma atualização do que seria um clássico: as discussões sociais são mais críticas e menos tendenciosas. Richard possui uma vida de propaganda de margarina: uma casa moderna, filhos correndo para a escola e sua esposa dona de casa pronta para alimentar o marido e prover sexo. O que antes era o exemplo a ser almejado, em "Água" são características de um personagem racista, machista e cruel, tratando com repúdio todos os diferentes.


Numa cena onde interroga Elisa e Zelda (a "criadagem", nas palavras de Richard), ele, depois de muito intimidar a faxineira negra, diz que a cobaia não é um ser humano por não parecer com uma obra de deus. E solta: "Deus parece como um humano, como eu. Ou como você. Talvez mais como eu". O roteiro de Del Toro e Vanessa Taylor - essa produtora e roteirista de "Game of Thrones" (2012-13) - é nada sutil na construção psicológica de seus personagens, e se apropria de arquétipos para por o dedo na ferida. Elisa é a mulher muda, retraída e sexualmente frustrada; Zelda a mulher negra mãezona; e Richard o oficial impiedoso e odioso. O binarismo "mocinhos" e "bandido" é gritante.

A falta de sutileza pode incomodar e deixar o texto fácil demais, porém o filme acerta ao utilizar de algo tão escancarado para tecer suas críticas - algo que um filme de época não se atreveria a fazer ou, se fizesse, seria de forma mais tímida. O melhor amigo de Elisa, Giles (Richard Jenkins), é um homem gay com paixonite pelo atendente da loja de tortas - ele nem gosta das tortas, mas vai até lá só ver o cara. Quando um filme da década de 50 trataria de tais assuntos de tal forma?

Enquanto todas essas tramas acontecem, Elisa cria uma magnética atração pela criatura. A áurea de mistério emana do anfíbio, que recebe o esforço da protagonista para criar uma ligação, rapidamente recompensada, o que prova que o bicho possui inteligência - à sua maneira. É mais uma evidência conclusiva para o Dr. Hoffstetler da importância da cobaia e de como ele deve ser mantido vivo - algo que Richard não está muito interessado em fazer, principalmente depois que a criatura arrancou dois dos seus dedos.


Percebendo que Richard irá matar o anfíbio, Elisa cria um plano com Dr. Hoffstetler para soltar o bichinho antes que seja tarde, o que envolverá todos em sua volta, de Zelda ao Giles. A fuga trará um sentimento conflitante em Elisa: ela deve manter a criatura consigo, arriscando matá-la, ou soltá-la na água, arriscando perdê-la? Enquanto decide, a moça o mantém em sua banheira, que faz a relação estreitar, ocasionando o primeiro encontro sexual do casal.

Sim, a mulher transa com o peixe, ou seja lá a nomenclatura biológica que ele teria. E sim, tudo isso soa ridículo. Todavia é impressionante como o filme consegue obter sucesso ao transformar algo que seria patético em momentos realmente tocantes, e é apaixonante ver como a mulher se entrega para o único ser que parece compreendê-la. As motivações de Elisa para salvar o humanoide são incisivas e bem puras, quando ela diz que ele a vê como ela é ao invés de uma pessoa incompleta, sem voz. E tudo isso só é capaz através da sensacional performance de Sally Hawkins, que transmite tanta verdade sem abrir a boca. Utilizando uma perfeita língua de sinais - os diálogos são reais -, a atriz consegue ultrapassar as barreiras do difícil papel e entregar sinceridade e paixão - e rendem a icônica cena onde ela manda Richard se f*der enquanto só o público entende - através da legenda na tela.


Um elemento delicado, mas que colabora com a narrativa, é a utilização dos figurinos de Elisa. A mulher começa o filme vestindo verde, e, com o passar do amadurecimento da relação com o anfíbio, vai introduzindo tons de vermelho em seu vestuário, até terminar vestida inteiramente com um grande sobretudo carmim. É um detalhe que pode passar despercebido, no entanto, é elemento visual sendo posto na tela como ferramenta de composição da narrativa da protagonista, o que é lindo em todas as maneiras.

E beleza é algo que transborda em "Água". O anfíbio rouba a cena sempre que aparece pela sua construção imagética. Feito quase inteiramente de maquiagem e figurino, apenas os olhos do bicho são efeitos especiais, já que seria impossível criar as pálpebras aquáticas mecanicamente. Suas cores e detalhes corporais, como as luzes em sua pele, são estonteantes, e demoraram três anos para ficarem prontos - e tiveram inspiração no clássico da infância do diretor, "O Monstro da Lagoa Negra" (1954). Doug Jones, parceiro de Del Toro em vários filmes - ele é tanto o fauno quanto o monstro com olhos nas mãos em "Labirinto" - mais uma vez realiza um incrível trabalho ao dar vida a um ser mítico. O ator, preso debaixo de tanta maquiagem, é quase anônimo por não ter seu rosto exposto na tela, sempre entregando o próprio corpo para o nascimento de criaturas, espíritos e demônios.


Monstros são quase sempre associados com terror ou sci-fi, então vermos dentro de um romance - com um humano, ainda por cima - é uma turbulência na camada do cinema. A trilha sonora delicadíssima de Alexandre Desplat é personagem preponderante para a realização do amor do casal e da áurea fabulesca e jocosa da obra, que não possui um elemento técnico fora do lugar. Tudo soa feito sem esforço, o que obviamente não é verdade, mas passa uma sensação de conforto e realismo - e estamos falando de um amor de uma mulher muda com um humanoide para conquistar plateias.

"A Forma da Água" é uma triunfal realização ao dar veracidade a um dos amores mais estranhos já feitos no Cinema, e é exatamente aqui que reside a sua força: é um filme que faz o amor quebrar a barreira do ecrã e atingir o espectador, que sai da sessão tão apaixonado quanto o casal. Reavendo um período clássico da Sétima Arte, a produção tanto homenageia uma época como distorce padrões ao usar estereótipos em prol de discussões sociais importantes. Milagre visual com um dos finais mais arrebatadores do ano, "A Forma da Água" é um filme sobre excluídos, marginalizados e sem voz. Quando os mocinhos são uma trupe formada por uma mulher muda, uma negra, um gay e uma criatura anfíbia da Amazônia, enquanto o vilão é o homem branco americano, é a conclusão de que Del Toro fez um filme político de forma mágica e encantadora.

Incapaz de distinguir a sua forma, eu te encontrei todo ao meu redor.

Finalmente os refrescos! Dua Lipa lidera as indicações ao Brit Awards, premiação mais importante do Reino Unido

Dua Lipa tem novas regras, e o Reino Unido sabe disso. A premiação mais importante de lá, o Brit Awards, revelou seus nomeados neste sábado (13) e, de forma extremamente merecida, é a revelação britânica quem lidera a lista. 

Com 5 indicações, Dua aparece concorrendo em Melhor Single Britânico e Melhor Vídeo Britânico com "New Rules", Artista Feminina Britânica e Artista Revelação Britânica, além de ter conseguido um espaço na categoria mais importante do prêmio, Melhor Álbum Britânico, com seu disco de estreia, "Dua Lipa". Assim, ela se torna a artista feminina mais indicada em uma única edição do Brits. 



Com exceção das categorias de Vídeo e Artista Revelação, votadas pela público, os vencedores nas outras categorias são escolhidos pelo júri, o que faz com que o Brit seja reconhecido como o Grammy do UK. Nada como estar concorrendo a uma premiação tão grande assim com o primeiro disco, né?

Entre os destaques, Ed Sheeran aparece em 4 categorias e J Hus em 3. Little Mix, apesar de conseguir um espaço em Melhor Vídeo e Single com "Touch", não aparece em Melhor Grupo Britânico, assim como Clean Bandit, que conseguiu indicações nas mesmas categorias com "Symphony".


A maior ausência, entretanto, foi de Rita Ora, que não apareceu nem em Melhor Artista Britânica, o que seria mais do que merecido, e ainda poderia ter concorrido com os hits "Your Song" e "Anywhere".

Para conferir todos os indicados, acesse o site do Brit Awards. 

Quem concorda, respira: "Hang The DJ" é o melhor episódio da quarta temporada de "Black Mirror"

“Black Mirror” está de volta! A série de Charlie Brooker vem conquistando cada vez mais fãs ao redor do mundo, principalmente após ser adquirida pela Netflix e ter viralizado por seu enredo único. A nova temporada, apesar de não ser a melhor entre as quatro já lançadas, tem suas preciosidades e a gente resolveu ranquear cada episódio, do melhor ao pior.


6. "Metalhead"

O único episódio completamente em preto e branco de toda a série, “Metalhead” tem uma fotografia espetacular, mas os elogios param por aí. O plot pode ser resumido em Bella (Maxine Peake) sendo perseguida por um robô chamado dog após tentar roubar um objeto de um armazém. 

A ambientação parece ser em um mundo pós-apocalítico, mas nenhuma confirmação é dada. Talvez esse seja o maior problema do episódio, todas as informações dadas são superficiais e deixam o telespectador sem entender coisas básicas como motivação dos personagens e de onde surgiram esses robôs.

O episódio ter a menor duração da temporada talvez não seja mera coincidência, já que após dez minutos de duração, a vontade de que ele acabe e que algo mais interessante comece parece apenas aumentar.

5. "Crocodile" 

O terceiro episódio da temporada foca em Mia (Andrea Riseborough) que, após ajudar seu amigo Rob (Andrew Gower) a encobrir uma morte que ele causou, tem sua vida mudada.

Apesar de ter sido ideia de Rob não reportar o crime, após quinze anos, ele encontra Mia e diz que não consegue mais conviver com a culpa e que irá revelar tudo para a polícia. Ela se vê aterrorizada com a confissão do antigo amigo, pois, com sua vida já estabelecida, tudo desmoronaria. Ela então mata Rob em seu quarto de hotel e se livra do corpo dele.

Em uma trama paralela, Shazia (Kiran Sonia Sawar), que trabalha para uma companhia de seguros, investiga um atropelamento atrvés de uma tecnologia Recaller, que consegue registrar a memória das pessoas. A partir daí, passando por várias testemunhas, ela chega em Mia que presenciou esse atropelamento no dia em que matou Rob.

Mia acaba tendo suas lembranças vistas por Shazia, entrando em desespero e matando-a e, para não levantar ainda mais suspeitas, assassina seu marido e filho.

“Crocodile” não soma em praticamente nada na temporada, parecendo um episódio para “encher linguiça” e chocar pelo fato de mostrar como o ser humano por ir longe para esconder um segredo – nada que não tenhamos visto em uma novela da globo.


4. "Black Museum"

O episódio que encerra a temporada parece também ter deixado um gostinho de final de série. Na trama, somos apresentados a Nish (Letitia Wright), uma jovem que vai visitar o Black Museum, museu onde se encontram artefatos criminosos – vários deles, de outros episódios, estão lá em exposição.

Rolo Haynes (Douglas Hodge), anfitrião e proprietário, apresenta a Nish tudo sobre como e onde cada um dos objetos foi utilizado. A principal atração é o holograma de Clayton Leigh (Babs Olusanmokun), um criminoso condenado a morte que vendeu o direito sobre sua consciência para Rolo após sua execução, sendo transformado posteriormente em um holograma.

O que ele não sabe é que, na verdade, Nish é filha de Clayton e foi visitar o museu em busca de vingança por tudo o que fez seu pai passar.

“Black Museum” parece um pouco arrastado e a tecnologia utilizada nos dois principais crimes foi explorada exaustivamente em episódios anteriores, trazendo talvez ao público uma sensação de “de novo?” ao assistir. Apesar disso, a trama acerta em fazer uma critica ao racismo e ligar as outras temporadas em um único núcleo.

3. "USS Callister"

"USS Callister" é a introdução a nova temporada da série. O episódio gira em torno do jogo Infinity, criado pelo programador Robert Daly (Jesse Plemons), que foi lançado pela empresa Callister Inc., fundada por ele e seu sócio James Walton (Jimmi Simpson).

Robert se sente totalmente desvalorizado em seu ambiente de trabalho, muitas vezes nem sendo visto como dono da empresa e motivo de deboche por outros funcionários. Isso muda quando um pouco com a chegada da nova programadora, Nanette Cole (Cristin Milioti), que acha seu trabalho simplesmente fantástico.

Quando Nanette mostra sua admiração por ele, outra funcionária, Shania Lowry (Michaela Coel), a adverte para não se aproximar demais, fazendo com que ela  comece a calcular um pouco mais suas atitudes – sendo um pouco mais fria talvez do que em seu primeiro contato com Robert, despertando uma certa “ira” em seu chefe.

É a partir desse descontentamento que somos apresentados a  uma versão crackeada de Infinity que Robert mantém em sua casa com clones digitais – feitos através de DNA –  de pessoas que de alguma forma o menosprezaram, e agora estão presas em sua nave, sendo ele o comandante.

O grande acerto do episódio é a sua crítica a todo o machismo inserido na cultura nerd, visto a total influência da famosa franquia sci-fi Star Trek, além da indagação sobre o quanto o “poder” pode subir a cabeça. Piadas e frases de impacto, que não são vistas comumente em Black Mirror, também são uma forte contrapartida para balancear o clima “pesado” de temas que a série aborda.

“Roubar minha xota ultrapassa a porra dos limites”.

2. "Arkangel"

Após perder Sara (Brenna Harding) de vista em um parque, Marie (Rosemarie DeWitt) decide testar uma nova tecnologia chamada Arkangel, um implante neural que a permite monitorar tudo o que sua filha vê.

Através de um tablet, Marie além de ver tudo pelos olhos de Sara, ainda pode “alterar” sua realidade embaçando coisas que possam causar um distúrbio na menina, como por exemplo um cachorro que sempre latia quando ela passava em sua rua.

Por causa disso, a jovem cresceu sem ver  coisas sangue, pornografia e muito mais que foram bloqueadas por sua mãe, causando um sentimento de frustração e curiosidade que a levaram ao ponto de pedir para sua mãe desligar o dispositivo.

As coisas começam a desandar quando Sara descobre que na verdade, sua mãe ainda a estava monitorando e viu até mesmo sua primeira relação sexual, despertando uma raiva que resultou em um evento trágico.

Apesar de ser um pouco previsível, o episódio mostra como o protecionismo em excesso de pais com seus filhos pode levar a uma privação de importantes experiências, além de uma falta de confiança na relação e um bloqueio entre eles.


1. "Hang The DJ"

“Hang The DJ” é talvez a nova tentativa de ter um "San Junipero" na série – as coincidências ficam pela temática romântica e ambos serem o quarto episódio de suas respectivas temporadas.

O enredo conta a história de Amy (Georgina Campbell) e Frank (Joe Cole) que utilizam um aplicativo que encontra parceiros para você automaticamente de acordo com suas personalidades, além de ainda revelar quanto tempo o casal ficará junto.

O sistema baseia-se na premissa de que, após vários relacionamentos, uma hora ele definirá o seu parceiro ideal, afinal, a assertividade é de quase 100% – mesmo que, para isso, você tenha que passar por relações que irão durar apenas uma hora ou até mesmo cinco anos.

Quando Amy e Frank percebem que se gostam e ficam juntos novamente após um intervalo de um ano desde o seu primeiro encontro, ambos decidem dessa vez não conferir quanto tempo terão, pois querem apenas curtir o momento sem se preocuparem com isso.

Depois alguns meses, Frank não aguenta mais de curiosidade e descobre que eles teriam 5 anos juntos, mas, quando ele burla a decisão que ambos tomaram de não olharem a validade, o tempo é recalculado para apenas vinte horas.

Após mais um término, os dois entram novamente no looping  de novos encontros, até que seus parceiros ideais são encontrados pelo aplicativo, o que também os dá a chance de se despedir de um de seus relacionamentos anteriores como uma forma de “encerramento” do ciclo. E é aí que ambos decidem fugir juntos e burlar o sistema.

Saber ou não a data de validade de uma relação é algo que poderia ser levado como uma vantagem e uma desvantagem. Por um lado, poderia te poupar de diversos encontros que não resultarão em nada, talvez apenas em “tempo perdido”, por outro, você poderia acabar descobrindo coisas indesejáveis como o fim de um relacionamento que você tanto preza ou que ficará preso a uma situação infeliz.


A realidade é que o episódio te leva a pensar que, talvez não exista o par perfeito. Cada um tem suas singularidades, qualidades e defeitos e é a partir dessas diferenças que as pessoas podem dar o melhor de si para ter algo feliz e duradouro,  sem se preocupar com a margem de erro.

Com a benção de Anitta, Clau e Micael lançam seus novos clipes: assista “Relaxa” e “A Noite Toda”

No ano passado, Anitta deixou de ser a única contratada de sua gravadora e assinou dois novos artistas: de um lado, a cantora fechou uma parceria com Micael, até então chamado por “Mika” e também contratado pela Warner Music Brasil, e do outro, apostou na novata Clau, artista inicialmente lançada como uma aposta do hip-hop pela Universal.

Nesta sexta-feira (12) os dois artistas revelaram seus primeiros trabalhos desde que receberam a benção de Anitta e, desde já, mostraram que os planos da cantora é trabalhá-los quase que igualmente, a começar pelo fato de ambos fazerem aparições em seus respectivos videoclipes, que trazem histórias contadas paralelamente.

Mais pop do que em seus primeiros singles, Clau chega com o single “Relaxa” e uma história bastante divertida sobre um relacionamento arranjado que não terminou como seus pais gostariam:



Daí que o Micael, que faz uma ponta em “Relaxa”, também vive um romance pelo mesmo cenário, e conta essa história no clipe de “A Noite Toda”:



A estratégia funciona criativamente, por traçar duas histórias de uma forma que os fãs se interessem em assistir os artistas em ambos os vídeos, e também de maneira comercial, já que o dia se torna de exposição dupla para os artistas, que também estão sendo massivamente divulgados nas redes sociais de Anitta.

Apesar de serem os primeiros contratados da cantora de “Vai Malandra”, essa não é a primeira vez que a cantora se empenha em promover outros artistas nacionais. A funkeira Jojo Maronttinni, que aparece no último clipe de Anitta, contou com muito apoio da cantora na divulgação de seu novo single, “Que Tiro Foi Esse”, e nomes como Pabllo Vittar, MC Fioti e até Claudia Leitte também passaram pela lista de artistas que tiveram seus singles ou videoclipes incentivados pela presidenta do pop nacional.


O que você achou das novas apostas de Anitta? A gente já tá cantarolando “Relaxa” por aqui.

Jão anuncia seu novo single, “Imaturo”, e lança remixes para “Ressaca”

O cantor Jão anunciou para a próxima semana o seu novo single, chamado “Imaturo”, mas antes da sua próxima faixa chegar ao público, decidiu se despedir do seu single de estreia da melhor forma possível.

Jão: “Falta um pouco de mensagem para a nossa geração”

Nesta sexta (12), o cantor liberou um EP com remixes de “Ressaca”, assinado por vários produtores do novo pop nacional, incluindo nomes como Seakret, Zebu, Ecologyk e Goldcash.


Nas novas versões, “Ressaca” se distancia da sua sonoridade quase sertaneja, para ir do eletrônico ao funk. Então tem, literalmente, pra todos os gostos.

Ouça o EP abaixo:



Antes desse remix de “Ressaca”, Jão e Seakret já haviam se encontrado numa versão de “Só Love”, clássico do Claudinho & Buchecha, que contou com vocais do próprio Buchecha e uma sonoridade pensada para os dias atuais.



A gente tá pronto para “Imaturo”, Jão!

Dua Lipa luta contra Dua Lipa para nos ensinar mais algumas lições no clipe de "IDGAF"

Em época de streaming, é cada vez mais comum vermos artistas que nem lançam clipes, mas conquistam um grande sucesso com suas músicas. Há quem, entretanto, ainda entenda que uma boa produção visual é capaz de alavancar uma faixa, e depois de sentir isso na pele com “New Rules”, Dua Lipa volta agora com outro clipe lindíssimo, dessa vez para “IDGAF”.

Anitta, Dua Lipa, Taylor Swift e a importância dos bons videoclipes para o pop atual. 

Lançado nesta sexta (12), o vídeo traz Dua Lipa lutando contra... Dua Lipa. Como a cantora explicou recentemente, a batalha dançante e extremamente artística é uma representação da luta interna entre seu lado forte e seu lado fraco: “[eles lutam] apenas para descobrir que o amor próprio é o que vai te ajudar a passar por cima de todas as coisas negativas que entrarem em seu caminho”

Não haveria como um vídeo assim ficar nada menos que incrível, né? 


Com um videoclipe tão bem feito, e uma música tão boa, não vamos nos surpreender nem um pouco de ver “IDGAF” seguir os passos de “New Rules”. No Spotify, por exemplo, antes do clipe ser lançado, a música já começava a crescer, estando agora em #21 no Top 50 do Reino Unido, e prestes a entrar no Top 50 mundial, em #57.

A dominação mundial não pode parar. Vai, Dua!

Taylor Swift quer te provar que é divertida e bebe todas no clipe de "End Game"

Sabe aquela amiga que quer provar, a todo custo, que é muito legal e que aguenta tudo quanto é bebida? Essa é Taylor Swift no clipe de seu novo single, a parceria com Ed Sheeran e Future, "End Game", que foi lançado na madrugada desta sexta-feira (12).

Porém, a diferença entre Taylor e sua amiga descolada é que a primeira é bem rica e pode fazer esse tipo de coisa em Londres, Tóquio e Miami, tomando drinks caríssimos e usando looks mais caros ainda, enquanto a segunda cata aquela festa meia boca e que tem cerveja bem barata, porque o que importa é beber. 

E é esse o clipe de "End Game".



A sensação que a gente tem é que a Taylor Swift de "Look What You Made Me Do", que fez questão de anunciar sua morte e renascimento para o mundo todo, morreu pela segunda vez, só pra nascer de novo e fazer clipes básicos, que apesar de bem produzidos, em nada acrescentam ou engrandecem sua carreira. 

Taylor, nós entendemos que você é gente como a gente, mas você pode fazer melhor do que isso. 

Os melhores lançamentos da semana: Camila Cabello, Justine Skye, Hailee Steinfeld e mais

Nada foi a mesma coisa após junho de 2015, quando as gravadoras e plataformas de streaming se uniram para a chamada New Music Friday: um dia global de lançamentos com artistas de todos os gêneros nas principais plataformas pela rede mundial de computadores.

Ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, nós religiosamente corremos para o Spotify, pra sabermos quais são as novidades mais interessantes da semana, sejam elas de artistas  novos ou consolidados, e reunimos todas nesta playlist que, sendo assim, é atualizada semanalmente.




Apesar de todas as músicas acima serem 10/10, vale ressaltarmos que as melhores das melhores se encontram no topo da lista.

Caso se interesse em ler mais sobre as faixas escolhidas, aqui vamos nós, e não deixe de nos seguir pelo Spotify!

O QUE TEVE DE BOM


👍 Ela ama controle e, agora, pode dizer que está realmente no controle de sua carreira. O disco de estreia de Camila Cabello, "CAMILA", está entre nós, e em meio a baladas e faixas dançantes com inspirações latinas, a com cara de Major Lazer, "She Loves Control", é definitivamente uma das melhores do registro.

👍 "Heaven", de Justine Skye, é exatamente o que gostaríamos de ouvir de Normani Kordei, do Fifth Harmony, em uma eventual carreira solo. E, sim, a música é ótima.

👍 A parceria de Hailee Steinfeld e BloodPop para a trilha sonora de "Cinquenta Tons", "Capital Letters", cumpre todos os requisitos de uma boa música pop. 



👍 A explosiva "My My My!" é o maior acerto da carreira de Troye Sivan até aqui.  

👍 Agora dá pra dançar e curtir a bad com o cristal do pop nacional, Jão, e esse remix do duo Seakret para seu single de estreia. Deixa que a “Ressaca” bate depois. 

NÃO PODE SAIR SEM OUVIR


Ouça e siga a playlist “It’s Nü Music Friday” no blog:

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