Pronto para dominar 2020, The Weeknd anuncia o disco “After Hours”

Ele tá mais do que de volta. The Weeknd anunciou nesta semana o lançamento de seu novo disco, “After Hours”, e aproveitou para nos entregar também a faixa-titulo do material.

Deliciosa, a canção de 6 minutos passeia por vários gêneros musicais e nos envolve do início ao fim. Apesar se ser uma boa amostra do que vem por aí, acreditamos que ela deve ser apenas um single promocional, e que o foco deve continuar sendo em “Heartless” e “Blinding Lights”

Além da música, confiram a capa do disco “After Hours”, marcado para o dia 20 de março:



Por falar nos singles anteriores, “Heartless” e “Blinding Lights”, The Weeknd não tem do que reclamar. A primeira fez um barulho inicial importante, pegando o #1 na Hot 100, e tem crescido nas rádios, se estabilizado no Top 20 da Hot 100 norte-americana. 


Já “Blinding Lights” tem se mostrado a favorita do público ao crescer constantemente e de forma orgânica nos streamings, tendo chegado ao topo do Spotify Global nesta semana. Pra que ter um hit se você pode ter dois, né? 

Sim! Tem parceria com a Demi Lovato no novo disco do Sam Smith e eles já estão gravando o clipe

Você quer voz? Então toma! Sam Smith está preparando o lançamento de seu terceiro disco e uma das parcerias que podemos esperar pra o material é com a cantora Demi Lovato.

Com o anúncio do álbum “To Die For”, marcado par dia 1° de maio, foi revelado também os créditos de composição e produção, e descobrimos que Demi está creditada na faixa 11.

A música em questão deve se chamar “I’m Ready” e tem a colaboração dos produtores, compositores e hitmakers Ilya, Savan Kotecha e Peter Svensson.

Como a canção deve ser o próximo single de Sam, teremos também um videoclipe. Os dois artistas foram vistos gravando o clipe da canção em um ginásio de um colégio em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ao que parece, esse é um trechinho da música:


Será que a sucessora de “Dancing With A Stranger” tá vindo? Por falar no hino com Normani, o novo álbum de Sam, que ser bem mais dançante e colorido, terá também a participação de Calvin Harris na já conhecida “Promises”, do cantor Labrinth em uma das faixas inéditas do material e, talvez, quem sabe, uma colaboração com a Nicki Minaj.

Análise: “Parasita” e a coroação de uma das mais insanas temporadas da história do Oscar

Em primeiríssimo lugar, nas palavras da Aja, I don't wanna be the one, but I'm gonna be the one: "Parasita" levou o Oscar de "Melhor Filme" e eu avisei. Em uma reviravolta histórica, a Academia mais uma vez olhou para toda a temporada e falou "Huuum, não, obrigado", coroando "Parasita" assim como deu o prêmio máximo para "Moonlight" quando "La La Land" havia vencido absolutamente tudo. Vamos então mergulhar nos resultados e o que eles nos dizem sobre os rumos que o Oscar decidiu tomar.

É apenas a segunda vez que a Associação de Produtores (PGA) e a de Diretores (DGA) erraram ao mesmo tempo o vencedor do Oscar de "Melhor Filme" e "Direção" - ambos foram para "1917", o absoluto favorito da temporada. A cara do Sam Mendes, diretor de "1917", quando perdeu o Oscar de "Direção" é um bom resumo da ruptura da Academia com o resto das premiações, já que ele havia levado tudo até então - e empatado com o Bong Joon-ho no Critics' Choice. Pelo menos ele já ganhou um por "Beleza Americana", porque "1917" é fantástico, mesmo não sendo o melhor que "Parasita".


A temporada do Oscar 2020 foi uma verdadeira montanha-russa. Favoritos surgiam e caíram; crítica apontando para uns, indústria para outros; foi uma viagem. Antes do Globo de Ouro, a primeira entre as grandes premiações e que oficialmente abre a corrida dourada, a briga era entre "O Irlandês" e "História de um Casamento", os queridinhos da crítica que já eram chamados de Oscar winners...... aí o Globo desceu a regra: não estamos interessados na Netflix. "História de um Casamento" levou apenas um enquanto "O Irlandês" saiu de mãos abanando.

E vamos aqui falar de "O Irlandês". O filme de máfia de Scorsese era a maior certeza da temporada e ganhou o montante de ZEEEERO prêmios relevantes em todas as premiações televisionadas - Globo de Ouro, SAG, Critics' Choice, BAFTA, Oscar - vencendo somente um contestável "Melhor Elenco" no Critics'. Esse é o segundo filme do diretor a ser indicado a 10 Oscars e vencer nenhum - "Gangues de Nova Iorque" foi o primeiro, e ambos já estão no panteão de derrotas em toda a história, perdendo apenas para "Momento de Decisão" e "A Cor Púrpura", que perderam as 11 categorias que foram indicados. "O Irlandês", inclusive, é o único entre os indicados a "Melhor Filme" a não sair com algum careca dourado. Força, Pablo Villaça, te amamos.


"História de um Casamento" acabou sofrendo da síndrome de "Nasce Uma Estrela": ambos abriram a janela do Oscar com aclamação, prêmios e o indicativo de fazer a limpa na noite mais importante do Cinema, mas acabaram perdendo força e levando apenas uma estatueta. Cada um com seus motivos particulares, mas interessante ver como favoritos podem mudar drasticamente em questão de meses - e, claro, há a questão da Netflix, que você pode entender melhor aqui.

Com os dois saindo de cena, foi a vez de "Era Uma Vez em Hollywood" assumir a dianteira. O nono filme de Tarantino levou o Critics' Choice de "Melhor Filme", além "Melhor Filme: Comédia" no Globo de Ouro. O diretor estava sedendo para ganhar seu terceiro Oscar de "Melhor Roteiro Original" e viu ser deixado para trás quando "1917" chegou botando banca e fazendo a limpa em seguida - ganhou sete BAFTAs, incluindo "Melhor Filme". Tarantino é tão viciado em pés que foi pisado no Oscar.


Assim como rolou em 2018, todos os quatro vencedores do Oscar de atuação venceram igualmente todas as premiações televisionadas de uma vez, o que indica como a Academia ainda se mantém conservadora nesse departamento, sem espaço para ousadias. O que não é algo exatamente ruim, porém, previsibilidade não é algo que pode ser apontado sobre a edição.

"Parasita" é o primeiro filme na história do Oscar a vencer sem ter diálogos em inglês. Claro, filmes mudos já venceram, mas eram ou produções americanas ou possuíam intertítulos em inglês. De alguma forma, eram filmes voltados para o mercado de língua inglesa, algo que "Parasita" está longe de ser. E demorou "apenas" 92 anos para isso, muito bem. A Academia é tão resistente à filmes estrangeiros que somente 11 foram indicados dentro dos 563, e "Roma" perdeu ano passado exatamente por ser estrangeiro (e por ser da Netflix).

Bong Joon-ho se mudou da Coreia para Los Angeles a fim de se dedicar completamente à campanha de seu filme e se tornou a segunda pessoa com mais vitórias em uma só noite: quatro prêmios - Walt Disney também recebeu quatro Oscars em 1954. Por isso, "Parasita" empata como "Fanny & Alexander" e "O Tigre e o Dragão" como os filmes estrangeiros com mais Oscars no bolso, quatro para cada.

A noite do dia 09 foi um verdadeiro marco. Foi um daqueles momentos que, daqui a décadas, vamos continuar falando sobre. É bem raro o melhor dos indicados ser o real vencedor pela maneira que a categoria é decidida, por meio do voto preferencial (não é o mais votado que ganha, e sim o que aparece mais vezes entre os primeiros lugares dos votantes). Claro que estamos falando de algo que se debruça no campo da subjetividade - você pode achar "Parasita" o pior dos nove -, mas, pelo menos por aqui, "Parasita" se une a "Moonlight" e "A Forma da Água" como vencedores absolutos que burlaram qualquer expectativa, qualquer aposta de acordo com a temporada, e saíram vitoriosos por serem os melhores de suas edições.


Isso quer dizer que todos os problemas da Academia estão resolvidos? Não mesmo. Esse foi um passo importantíssimo para o Oscar começar a abrir os olhos para produções que não estejam na limitada roda de apreço norte-americano - quem aguenta mais um filme americano sobre a indústria americana vencendo? - e, também, para obras compostas por pessoas não-brancas. Todos os três citados no parágrafo anterior são dirigidos por minorias - "Moonlight" por um homem negro, "A Forma da Água" por um latino e "Parasita" por um asiático. Mas só aqui vemos que vários passos ainda estão pela frente: apenas UM filme dirigido por uma mulher venceu "Melhor Filme", "Guerra Ao Terror" em 2010. 10 anos depois e..... pouca coisa mudou e só mais uma diretora foi indicada a "Direção" - Greta Gerwig por "Lady Bird".

Temos que nos manter positivos em relação ao futuro da premiação. Estaria a Academia se distanciando de sindicados e outros apontadores da temporada e começando a pensar como uma entidade única? Seria uma mudança bem-vinda. Outro motivo para alegria é pelo simples fato de que "Parasita" venceu - e ainda abocanhou, além de "Filme" e "Direção", "Melhor Filme Internacional" (o primeiro coreano) e "Melhor Roteiro Original" (o segundo em língua não-inglesa, "Fale Com Ela", em espanhol, foi o primeiro). Além disso, se olharmos para o vencedor do ano passado, "Green Book", é um assustador avanço. You can't sit with us.

Respira, navy! Rihanna vai passar o Valentine's Day no estúdio com Pharrell


Atenção, navy, está acontecendo: na última sexta (7), Rihanna surpreendeu todo mundo ao decidir falar sobre novidades musicais enquanto celebrava a nova coleção da FENTY, em um evento da semana de moda de Nova York. A cantora, empresária e dona do planeta Terra revelou ao The Cut que o seu plano para o Valentine's Day - dia dos namorados norte-americano - era estar no estúdio, com alguém com quem sempre quis trabalhar. Não demorou muito para que ela revelasse que o seu parceiro seria o produtor Pharrell Williams, responsável por alguns dos maiores hits pop das últimas décadas.

O nono álbum de estúdio de RiRi é desesperadamente esperado por fãs no mundo todo, que diariamente floodam as redes sociais da artista com cobranças sobre o sucessor do "ANTI", de 2016. Ela revelou em maio do ano passado que estava preparando um disco de reggae e dancehall, e haviam boatos sobre o seu lançamento em dezembro, o que, infelizmente, acabou não acontecendo. Os pedidos diários pelo R9 já começaram a deixar Rihanna um pouquinho irritada, e têm rolado algumas interações ácidas com a fan base.

Image

De qualquer modo, é inevitável a empolgação ao saber que Rihanna e Pharrell estarão trabalhando juntos em breve: o produtor traz um currículo pesadíssimo de colaborações com os maiores artistas do cenário hip hop e pop, que vão de Kylie Minogue à Frank Ocean, passando por Gwen Stefani, Snoop Dog, Beyoncé, Anderson Paak, Migos, Kendrick LamarCamila Cabello e Ariana Grande, além de seus próprios hits como "Happy" e "Get Lucky", com o duo Daft Punk. Pensando nos gêneros caribenhos que a cantora revelou serem o foco do disco, o que será que eles criarão juntos?

É importante lembrar que, desde o ano de lançamento do ANTI, Rihanna têm revolucionado as indústrias da moda e da beleza, com empresas pensadas para acolher a maior diversidade de mulheres possível dentro do seu universo fashion. A Fenty Beauty, sua marca de maquiagens, traz produtos adequados para mais de 50 tons de pele diferentes; sua marca de lingeries, Savage x Fenty, garante que mulheres dos mais variados corpos se sintam sexy e confortáveis com roupas de baixo, e ainda levou ao NYFW o desfile-espetáculo Savage X Fenty Lingerie Show, celebrando as mais diversas formas femininas e fazendo desfiles com modelos magras e idênticas parecerem extremamente antiquados. Em 2019, Rihanna ainda fechou parceria com a LVMH - grupo responsável por marcas de como Louis Vuitton, Christian Dior, Fendi e Givenchy-  para criar a primeira maison fashion com liderança de uma mulher negra no grupo, a Fenty, e levar os seus ideais para artigos de luxo e alta moda.

Não dá para dizer que RiRi não anda com a agenda lotada nos últimos anos, né? Apesar da ansiedade geral dos fãs de música pop pelo seu próximo trabalho, é fundamental reconhecer a importância dela para as recentes transformações no cenário da moda, em que cada vez mais marcas estão abraçando a diversidade de corpo e etnias, e não sobra espaço para as que preferem se manter isentas - o cancelamento do Victoria's Secret Fashion Show após comentários preconceituosos do diretor da marca sobre modelos trans e plus size é um ótimo exemplo.

Depois de tanta grandeza no mundo fashion, como vocês acham que será a sonoridade do comeback musical de Rihanna? E a data de lançamento do disco? Comentem aqui embaixo as suas apostas, e vamos deixar em paz a DM da lenda!

Fomos ao primeiro show da Lizzo no Brasil e foi 100% foda

Foto: Manuela Scarpa/Brazil News

Nessa quinta-feira (06), quase duas semanas depois de ganhar 3 prêmios no Grammy Awards, uma das maiores revelações dos últimos anos, a Lizzo, pisou em solo brasileiro pela primeira vez. Por aqui, a artista curtiu uma piscininha no hotel, foi em uma churrascaria, onde entregou uma nova versão de “Garota de Ipanema”, tomou muitas caipirinhas e, por fim, fez um show incrível no YouTube Music Space, no Rio de Janeiro.


A convite da Warner Music Brasil e do YouTube, fomos curtir de pertinho essa cantora que é 100% tudo de bom. É sério, gente. A setlist foi pequena – apenas cinco músicas, afinal, foi só um pocket show – mas o que ficou faltando em canções, sobrou em presença de palco. 

Lizzo cantou muito (é a voz!), dançou, rebolou, exalou carisma, tentou falar português (perguntou como era “bitch” na nossa língua e descobriu que é “piranha”. Tentou falar a palavra e o resultado, é claro, foi muito divertido) e até tocou flauta, mostrando que pode fazer 1001 coisas no palco, todas elas muito bem.



O show começou com o hit “Good As Hell”, e como não poderia deixar de ser, a plateia presente no YouTube Music Space foi a loucura. Mostrando toda a potência da sua voz, Lizzo engatou em “Cuz I Love You”, seu atual single, que foi cantado com muito entusiasmo por todo mundo presente (quem não gosta de botar a mão no ouvido, fingir que tá recebendo o retorno e soltar a voz bem ao estilo Mariah, né?).

Uma das surpresas da setlist foi “Boys”, uma das nossas faixas favoritas da Lizzo. A música é uma daquelas antigas da artista que só agora ganhou a atenção do público, tendo se tornado trilha do filme “Fora de Série” em 2019. Como a gente queria ver essa música hitar com atraso no estilo “Truth Hurts”!

Por falar no maior hit da americana, foi só ela colocar um óculos escuro e seu véu e, pronto, o publico surtou. Lizzo ainda jogou buquês de flores para a plateia e tocou sua flauta, tal como aquela apresentação maravilhosa do BET Awards.



Pra terminar o show, Lizzo apostou em uma das melhores canções de seu repertório. Dançando muito e dando muita oportunidade para todo mundo cantar junto, a artista nos entregou todo o seu “Juice”, se despediu do público e pediu uma salva de aplausos para todos envolvidos no show e, mais importante, para seu look incrível. É claro, batemos muitas palmas. Que show!


Pra quem não pôde curtir de pertinho a vinda da cantora, o YouTube vai disponibilizar todas as performances do show na plataforma. E agora cabe aos festivais e produtoras brasileiras trazerem a Lizzo para um novo show no Brasil – dessa vez com mais músicas na setlist, porque a gente merece. Volte sempre, ícone!

Deixamos aqui o nosso muito obrigado à equipe da Warner Music Brasil e do YouTube Brasil por chamarem o It Pop pra viver esse momento único. <3 

Análise: poderia “Parasita” repetir “Moonlight” e levar o Oscar de “Melhor Filme”?

Na minha crítica para "La La Land: Cantando Estações", começo o texto falando que ele será o vencedor do Oscar de "Melhor Filme" mais previsível da década. Bem, sabemos que a Academia não terminou aquela noite como prevíamos (e nem estou reclamando, "Moonlight" é o melhor vencedor do século até agora). É claro que previsões e apostas sempre podem render surpresas, porém, mesmo "Moonlight" sendo o maior entre os concorrentes daquele ano, a temporada apontava para um caminho diferente.

Curiosamente, estamos vendo bastante similaridades entre a temporada de 2017 e a de 2020, com "Parasita" sendo o "Moonlight" do ano. Em primeiro lugar, os dois filmes foram os mais aclamados nos seus respectivos anos - só para dar uma ideia do tamanho da aclamação, a nota de "Moonlight" no Metacritic é 99 e a de "Parasita" é 96. Mas prêmios da crítica (que ambos ganharam aos montes) são bem diferentes dos prêmios da indústria - os televisionados e prêmios das associações. Vamos voltar para 2017.

"Moonlight" abriu a temporada com um ótimo Globo de Ouro de "Melhor Filme: Drama", contudo, ele não competia com "La La Land", que levou "Melhor Filme: Comédia". Para diminuir ainda mais o troféu de "Moonlight", "La La Land" ganhou todas as sete categorias que foi indicado, um recorde jamais visto - ainda permanece como o filme mais premiado da história do Globo. Foi a noite que abriu as portas para uma campanha perfeita, com uma diferença esmagadora de 7 X 1 (doeu aí?).

Depois, veio o Critics' Choice Awards, e, novamente, "La La Land" fez a limpa, arrematando oito prêmios, incluindo "Melhor Filme" - "Moonlight" saiu com dois. Em seguida, o BAFTA, e, surpresa, lá estava "La La Land" com mais sete prêmios no bolso; "Moonlight", no entanto, perdeu todas as categorias que foi indicado. Não tinha como "La La Land" sair sem o Oscar. Risos.


Os últimos pregos no caixão de "Moonlight" vieram com as Associações de Diretores (DGA) e Produtores (PGA), os termômetros principais para os Oscars de "Melhor Direção" e "Filme", respectivamente, as duas maiores categorias da noite. Claro, "La La Land" levou ambos. Àquela altura, estava conformado e, sim, bem contente, pois, por mais que "Moonlight" fosse meu favorito, "La La Land" é uma obra-prima (aquela temporada foi cheia de longas que mereciam o posto mais alto, não é mesmo, "A Chegada"?). Aí veio a noite do Oscar, "La La Land" já tinha seis estatuetas e.......... "Moonlight" deu uma rasteira e agarrou "Melhor Filme" (não sem antes termos o lendário erro no anúncio, dando o careca dourado pra "La La Land" por dois minutos). A reviravolta da geração, o erro deixou ainda mais impressionante a vitória.

Voltemos para 2020. "1917" está sendo o "La La Land" da temporada. Já ganhou o Globo de Ouro, o BAFTA, a Associação de Produtores e a de Diretores - o único que "1917" perdeu, ao contrário de "La La Land", foi o Critics' Choice, vencido por "Era Uma Vez em Hollywood" (felizmente, Tarantino parece estar sem força na reta final da temporada, saindo da briga principal). "Parasita", assim como "Moonlight", venceu a Associação de Roteiristas (WGA), todavia, há uma diferença fundamental aqui: "Parasita" é um filme estrangeiro.

E por não ser em inglês, diversas limitações surgem pela frente. Ele não pode concorrer ao Globo de Ouro de "Melhor Filme: Drama" junto com "1917", e perdeu "Melhor Roteiro" no Globo e no Critics' (provavelmente por esse exato motivo). No entanto, venceu cada um dos prêmios de "Filme Estrangeiro" que viu pela frente - não existe concorrência nessa categoria específica - e empatou em "Melhor Direção" com "1917" no Critics' Choice. Para deixar mais fácil a absorção desses dados todos, a tabela abaixo:

Como podemos ver, os caminhos de "Parasita" X "1917" são bem similares aos de "Moonlight" X "La La Land". A Academia jamais deu o careca dourado mais cobiçado da noite para um filme em língua estrangeira - e apenas 11 foram indicados nos 92 anos (com "Roma" perdendo no ano passado mesmo com o favoritismo) -, mas também, até "Moonlight", nunca havia premiado um filme LGBT e/ou com um elenco 100% negro, e aconteceu. Respondendo a pergunta do título: sim, "Parasita" tem chances de repetir o caminho de "Moonlight" e levar "Melhor Filme", mesmo com "1917" derrubando todo mundo temporada adentro.

Assim como a vitória de "Moonlight" foi um marco histórico, uma vitória de "Parasita" também seria. O Oscar é uma premiação norte-americana, e costuma celebrar o cinema do eixo EUA-Reino Unido, então, dando "Melhor Filme" para "Parasita", seria uma valorização para a arte de outros mercados, restrita na categoria de "Filme Internacional" e, ainda mais raro, a alguma categoria técnica.

Bem verdade que o favoritismo de "Parasita" a "Melhor Roteiro Original" já é um feito - apenas "Fale Com Ela" venceu a categoria com um texto não-inglês. Vencendo ou não algum Oscar além de "Filme Internacional", "Parasita" já deu um chacoalho nos pilares da Academia, ainda muito limitados às obras além do seu meio - alguns votantes confessaram que não viram "Parasita" porque não curtem legendas (?). De qualquer forma, na abertura do envelope de "Melhor Filme", caso "1917" (que é espetacular, não se engane) seja anunciado, vou esperar alguns minutos para ver se não houve outro erro e o real vencedor é o filme do Bong Joon-ho. Vai que...

Dua Lipa chega ao Top 10 da Hot 100 americana com “Don’t Start Now”

Ninguém pode parar a Dua Lipa! Pouco mais de três meses após seu lançamento, “Don’t Start Now” se consolida como o primeiro hit da era “Future Nostalgia” nos Estados Unidos ao chegar ao Top 10 da Hot 100 do país.


Em atualização divulgada nessa segunda-feira (03), a canção com ares disco subiu seis posições e chegou ao 9° lugar da parada. A subida aconteceu porque a música continua estável nos streamings e tem ganhado bastante audiência nas rádios. O bem venceu!

Vale lembrar que, enquanto no Reino Unido a artista chega ao Top 10 com facilidade – Dua tem, inclusive, dois #1s por lá – nos EUA não é tão fácil assim, muito por ela ser britânica. “Don’t Start Now” é apenas seu segundo Top 10 no chart americano, sucedendo “New Rules”, que chegou ao 6° lugar na parada.

Depois de muita divulgação e váaaarias performances, ela conseguiu! E agora que venha o Top 10 de "Physical" também.



Tanto "Don't Start Now" quanto "Physical" estarão no disco "Future Nostalgia", com lançamento marcado para dia 3 de abril. 

Crítica: “1917” é um exemplo concreto do quão única é a arte do Cinema

Indicado a 10 Oscars:

- Melhor Filme
- Melhor Direção
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Fotografia
- Melhor Design de Produção
- Melhor Edição de Som
- Melhor Mixagem de Som
- Melhores Efeitos Visuais
- Melhor Trilha Sonora

Atenção: a crítica contém spoilers.

É divertido acompanhar como uma temporada do Oscar pode ser imprevisível. Se na abertura da janela do Oscar nós tínhamos "O Irlandês" (2019) e "História de um Casamento" (2019) na crista da onda, foi só começarem as premiações da indústria que o quadro virou. Nem mesmo Sam Mendes  (diretor de "Beleza Americana", 1999, e "007: Operação Skyfall", 2012) acreditou quando "1917" venceu "Melhor Filme: Drama" e "Melhor Direção" no Globo de Ouro 2020, o pontapé de uma campanha que, pelo visto, está destinada a terminar com o Oscar de "Melhor Filme" na estante.

"1917" segue dois soldados no meio da Primeira Guerra Mundial, Blake (Dean-Charles Chapman, o único rei decente que vimos em "Game of Thrones") e Schofield (George MacKay, cristal de "Capitão Fantástico", 2016). Blake é escolhido para uma missão quase impossível: ele deve, com a ajuda de Schofield, entregar uma carta que vai impedir um ataque das tropas britânicas e evitar a morte de todos. O destino? O campo de batalha do outro lado do campo alemão.

Não é a premissa mais empolgante do universo. Filmes bélicos chegando no Oscar já estão cansados, e não precisávamos de mais um - principalmente possuindo o favoritismo. Não estava empolgado para 2h de filme histórico nas trincheiras da WWI, porém, vi um vídeo promocional com o making of de uma das cenas e meu queixo caiu. A fita foi filmada como um grande plano-sequência - o que "Birdman" (2015) fez recentemente -, mas indo ainda mais longe. Os cortes de "1917" são bem cuidadosos para não ficarem explícitos, precisando de um olho mais atento para ver onde uma cena começa e termina - com exceção de um momento na metade da duração -, e é por isso que o filme não foi indicado ao prêmio de "Melhor Montagem". Para completar, a narrativa busca precisão na passagem do tempo, começando no fim da tarde e terminando no começo da manhã seguinte.


Um dos problemas que tenho com muitos filmes de guerra habita na motivação dos personagens. Sabemos os fatos históricos, sabemos quem está do lado de quem, mas muitas vezes falta um combustível humano e particular, afinal, a história em questão tem que ser única de alguma maneira. Blake e Schofield possuem a obrigação de levar a carta, contudo, há o fator emocional: o irmão de Blake está na linha de frente do grupo que vai atacar os alemães, então ele fará de tudo para chegar a tempo de salvar a vida de todos aqueles homens.

Não dá para não falar o óbvio: a forma como o filme é filmado é espetacular. A fotografia de Roger Deakins - vencedor do Oscar por "Blade Runner 2049 (2017) - faz um preciso balé coreografado enquanto segue os protagonistas. Dentro das apertadas trincheiras, há um jogo brilhante que reveza entre fotografá-los de frente e de costas, gerando uma fluidez fundamental para tirar a narrativa da morosidade. A mise en scène é explorada lindamente, sempre dando destaque aos vários ambientes que Blake e Schofield encontram pela frente. O design de produção então, de tirar o fôlego. Dos casebres abandonados às planícies destruídas pela guerra, todo o aparato visual de "1917" é impecável e um grande sucesso para o realismo da obra.

"1917" é bastante feliz em solidificar o viés humano de uma situação que esquece disso. Bem verdade que, às vezes, o roteiro dá uma pendida para o emocionalismo, chegando perto de ultrapassar a linha do apelativo, mas até mesmo algumas escolhas - como a cena com a mulher francesa - ajudam a retirar o filme da crueldade que é a guerra. Schofield claramente não queria estar ali - ele demonstra raiva por Blake tê-lo escolhido para partir com ele -, entretanto, seus desejos particulares são irrelevantes quando a vida de tantos estão em jogo. Felizmente, o roteiro abdica da jornada do herói e não santifica seus personagens - talvez por não se tratar de uma cinebiografia (ninguém aguenta mais!!!1); o texto foi inspirado em uma história contada pelo avô de Sam Mendes.


Alfred Hitchcock dizia que o cinema é "a vida sem as partes chatas", e o roteiro de "1917" sabe disso. Por ser uma narrativa ininterrupta, não teria como todas as cenas serem recheadas com ação, então há cuidado nas passagens entre os pontos altos da sessão. Claro que a narrativa dá uma leve estancada, principalmente porque estamos viciados na adrenalina, porém, tudo é muito compensado quando o caos cai em cima dos dois soldados. Inclusive, são nessas "pausas" que a produção encontra vários momentos de extrema delicadeza, como a cena do soldado cantando enquanto toda a tropa espera o momento de avançar na batalha.

Um grande erro em filmes de guerra é a suspensão da atmosfera de perigo. Nem por um segundo duvidamos que a missão dos protagonistas será cumprida no final das duas horas, mas a fita não descansa em tornar o trajeto num inferno. Um grande momento é a cena do avião sendo abatido. Primeiro, ele deliciosamente despenca dos céus diretamente de encontro com Blake e Schofield, e Blake acaba morto pelo piloto. É uma quebra de expectativa bem grande, e o lembrete do filme de que, na guerra, todos os lados perdem. Uma sequência bem triste, foi genial ver que o melhor estava ainda por vir. Uma tropa inglesa aparece no local e dá uma carona para Schofield. Ele, dentro de um caminhão com vários soldados, é focado no extremo centro da tela; os outros conversam aleatoriedades, contudo, a câmera não foge do rosto do protagonista, completamente aquém do que está acontecendo ao redor. Ele não consegue estar presente tamanha a dor pela morte de Blake. É um momento precioso.

Filmes de guerra são um mote que nunca guardei no coração. Claro que há exemplos que coloco minha estante de filmes favoritos, entretanto, abraçando os indicados ao Oscar na última década, a maioria é pura decepção - "Sniper Americano" (2014), "Até o Último Homem" (2016), "Dunkirk" (2017). Jamais pensei que "1917" poderia ser tão arrebatador a ponto de, em várias cenas, ter que me segurar para não chorar. Seja em sequências de apelo sentimental ou por puro milagre visual (o momento dos mísseis é avassalador), o longa é um sucesso por não ser pura perfumaria, uma exibição de poder técnico vazio - cof cof, "O Rei Leão" (2019), cof. Claro que todo o aparato técnico da película chama bem mais atenção que a história em si (pela técnica ser tão perfeita e a trama ser simples e direta), contudo, Sam Mendes usa muito bem seus arsenais para potencializar o drama, o que garante o tamanho apreço da indústria pelo filme. Se não fosse tudo tão bem feito, talvez o enredo não tivesse tanta força.

"1917" é uma excelente produção para nos lembrar da grandiosidade do Cinema - que mídia poderia nos dar uma sessão como a de "1917"? Qual outro formato conseguiria fomentar o mesmo impacto? Indo muito adiante da necessária pretensão de filmes de guerra (que estão cada vez mais ambiciosos), a fita possui a consciência de que toda a fotografia, som, direção de arte e qualquer elemento técnico não sustenta uma arte que é, primordialmente, o ato de contar uma história. Os pequenos tropeços são ínfimos em meio à experiência visual e sensorial que imerge o espectador nos horrores e nas glórias desse período. E quanto maior a qualidade do formato que você esse gigante videogame cheio de fases, obstáculos e objetivos, melhor ele será.

Sim, você deveria ouvir a nova música da Meghan Trainor com a Nicki Minaj, "Nice To Meet Ya"

Só a Meghan Trainor sabe o quanto ela lutou para o seu terceiro disco sair, né? O "Treat Myself" foi adiado várias vezes e refeito do zero, mas chegou ao mundo nessa sexta-feira (31) contendo uma parceria surpresa com a Nicki Minaj.

A faixa em questão se chama “Nice To Meet Ya” e traz a Meghan apostando no que faz de melhor: músicas divertidas e chicletes. Pra quem costuma ter o pé atrás com a garota e acha que as últimas músicas dela ainda soam como os hits de 2014 (o que não necessariamente é verdade), podemos dizer que a canção soa bem atual e é uma farofinha de qualidade. A presença da Nicki foi uma grata surpresa e  ajudou a música a ficar ainda mais refrescante. Quem diria que elas combinariam tão bem?

Junto com o disco e seu novo single, Meghan liberou também o clipe, no qual aparece dançando bastante em um escritório. O videoclipe também se inspira um pouquinho em “O Diabo Veste Prada”.

Vale dar uma chance:



Além da Nicki, o novo disco da Meghan, “Treat Myself”, também tem parcerias com Mike Sabath e o The Pussycat Dolls.

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo