Lista: os 20 melhores filmes de terror da década

Preciso começar esse post apontando uma obviedade provavelmente desagradável para você que chegou até aqui: essa não é uma lista com os melhores filmes de terror dos anos 2010. Pelo menos não da maneira que você imagina. Eu, como extremo entusiasta do horror desde sempre, já esbarrei com inúmeras listas de melhores de alguma faixa temporal específica, e basicamente todas tinham algo em comum: o que era considerado "terror".

A ideia comum do que é "terror" é aquele filme que assusta - os "Invocação do Mal" e "Annabelle" da vida (que, entrando rapidamente no âmbito da subjetividade, são péssimos). Sim, os exemplos citados e seus similares são filmes de terror, porém, o gênero abrange muito, mas muito mais. Na nossa atual indústria do cinema, que condiciona filmes de terror no molde de jump-scares, muita coisa é deixada de fora ao não ser considerado terror, o que é uma insanidade.

Em uma rápida busca na definição de "terror" como gênero cinematográfico, encontramos que é um gênero que visa explorar o macabro, criando medo ou repulsa no público por meio de uma força maligna - que vai de demônios, vampiros e bruxas até desastres naturais e serial killers. E isso é uma definição do todo, se entrarmos nos sub-gêneros, a coisa vai ainda mais além.

Nesse encerramento de década, podemos ver que os anos 10s foram marcados por duas vertentes bastante fortes: o remake e o found-footage. Vimos inúmeros revivals de clássicos, como "Deixa Ela Entrar" (2010), "A Hora do Pesadelo" (2010), "Doce Vingança" (2010), "Maníaco" (2012), "Carrie: A Estranha" (2013), "A Morte do Demônio" (2013), "Poltergeist" (2015), "A Bruxa de Blair" (2016), "Suspiria" (2018), e a lista continua. Do outro lado, com o sucesso absurdo de "Atividade Paranormal" e "Rec", o found-footage encontrou um boom, com "O Último Exorcismo" (2010), "V/H/S" (2012), "Amizade Desfeita" (2014), "A Possessão de Deborah Logan" (2014), "A Visita" (2015), etc etc etc. E, não é uma surpresa, a saturação dos moldes só ajuda na ideia de que terror não é um gênero "sério" - só ver quantos filmes de terror foram indicados ao Oscar de "Melhor Filme" nos últimos 10 anos: dois longas (e ambos estão na presente lista).

Sem mais delongas, os critérios de seleção e classificação da lista: 1: ser um longa metragem lançado na década de 2010; 2: ter o gênero "terror" como um dos principais em sua ficha técnica; 3: a maneira como o filme trabalha o terror. Então, a ordem da lista não está baseada no filme como um todo, e sim na qualidade, relevância e execução do terror, o que deixa a ordem mais justa ao ser avaliado um gênero que tem pesos diferentes entre as obras. Como sempre, todos os textos são livres de spoilers e, agora, acompanhados do sub-gênero mais marcante de cada escolhido. Pronto para a maratona?

20. Os Famintos (2017)

Dirigido por Robin Aubert, Canadá. Sub-gênero: terror zumbi.
Zumbis estão presentes na cultura pop há gerações, tendo seu ápice na modernidade com a série “The Walking Dead”. Seja com abordagens voltadas ao gore – como em “Madrugada dos Mortos” – ou à comédia – vide “Zumbilândia” –, nenhum vence “Os Famintos” na categoria que basicamente não é explorada em gêneros fantásticos: o realismo. Como seria o mundo se, de fato, zumbis tomassem conta? Esse é o pontapé da produção, que, apesar de inevitavelmente carregar traços de terror, é, acima de tudo, uma produção dramática. Narcotizante, tenso e climático, “Os Famintos” é conquista notável como trabalho de gênero – e aqui você pode, sem medo, falar “olha essa fotografia fa-bu-lo-sa!”.

19. Evolução (2015)

Dirigido por Lucile Hadžihalilović, França. Sub-gênero: terror fantástico.
"Evolução" parece se passar em outro universo e outro tempo. Fincando em uma ilha, um garoto vive com sua mãe. Todos os habitantes são crianças meninos, suas mães e as enfermeiras do hospital local, o lugar que todos os garotos vão parar. "Evolução" beira o limite do hermético, porém, vai arrebatando o público quando joga pedaços do quebra-cabeças que soluciona o todo, um mistério que caminha sobre a certeza e o fantástico e entrega tanto beleza quanto morbidez.

18. Kill List (2011)

Dirigido por Ben Wheatley, Reino Unido. Sub-gênero: terror psicológico.
Ex-soldado sofrendo para manter as contas em dia aceita o trabalho de matador de aluguel. Só que, para seu espanto, ao apontar a arma para a vítima comprada, ouve um agradecimento. "Kill List" e seu ritmo lento pode afastar a plateia mais acostumada com um terror incansável, mas a sessão vale total a pena pela direção seguríssima de Wheatley. Cultos obscuros, tragédias passadas e teorias da conspiração são os temperos dessa pérola ainda escondida para o mainstream, capaz de arrepiar a epiderme com seu último ato devastador.

17. Grave (2016)

Dirigido por Julia Ducournau, França. Sub-gênero: terror dramático.
Uma garota vegetariana recém chegada na faculdade é forçada a comer carne no trote do curso, o que desencadeia uma fome por carne humana que, pouco a pouco, vai dominando a menina. Seguindo a tradição do horror francês, "Grave" é uma metafórica viagem que força o espectador a vislumbrar o desabrochar violento de uma garota para os desejos mais primitivos do seu ser, dialogando com a repressão sexual feminina num final para ver de joelho. Há bastante metáforas na tela que visam debater como as mulheres ainda são tratadas como pedaços de carne pela sociedade. Só que, aqui, as mesas viram.

16. A Região Selvagem (2016)

Dirigido por Amat Escalante, México. Sub-gênero: terror sci-fi.
O sexo em si é um tabu enorme ainda hoje, mas, muito mais que o ato sexual, a sexualidade especificamente feminina é ainda mais censurada. Homens são quase treinados, desde pequeno, a explorarem sua sexualidade, uma área proibida para o sexo oposto. Com o mexicano "A Região Selvagem", é a vez das mulheres. Quando um meteorito cai na cidade de Alejandra, ela finalmente descobre o prazer nas mãos (ou nos tentáculos) de um alienígena, que rende cenas bizarras pelos gráficos e pela interpretação assustadoramente palpável. Filme com mulheres abraçando suas sexualidades, em que a protagonista se cansa dos machos da mesma espécie e fazem sexo com uma criatura não-humana que consegue satisfazê-la como homem nenhum? Obra-prima.

15. A Caverna (2014)

Dirigido por Alfredo Montero, Espanha. Sub-gênero: found footage.
Que o found footage já deu o que tinha que dar, todo consumidor do terror já sabe. Só que, de vez em quando, ainda é lançado algum exemplar que mostra que, com criatividade e competência, ainda há o que ser extraído da técnica. "A Caverna" é um dos maiores acertos do horror contemporâneo ao unir a veia comercial com o primor da arte - a plateia vai se manter grudada na cadeira enquanto se contorce de claustrofobia num produto de real qualidade. Simples em sua premissa e estrelar em concepção, o longa faz o que muitos terrores esquecem: o quanto nós mesmos somos estopins para o medo. É muito mais fácil aceitarmos o medo vindouro de algo que existe do que vampiros, lobisomens ou demônios - e em situações como a de "A Caverna", a pessoa do seu lado é seu inimigo mais do que qualquer alienígena invadindo o planeta.

14. O Segredo da Cabana (2012)

Dirigido por Drew Goddard, EUA. Sub-gênero: terrir.
Uma galera jovem vai aproveitar as férias em uma cabana na floresta, local que vai ser o túmulo de muitos. Soa familiar? Sim, essa é uma premissa pra lá de conhecida, e é proposital. "O Segredo da Cabana" vai no que há de mais óbvio e clichê no terror norte-americano e, de forma sagaz, reinventa uma roda já há muito tempo gasta. Um terrir legítimo (terror + comédia), o filme enterrou essa história específica de maneira criativa, lúdica e que jamais deixa a bola cair, criando camadas cada vez mais eletrizantes. O clímax, uma enorme homenagem ao gênero, é sensacional.

13. No Tecido (2018)

Dirigido por Peter Strickland, Reino Unido. Sub-gênero: terror sobrenatural.
Uma mulher recém-divorciada decide reaver sua vida amorosa. O que ela precisa para dar aquele ânimo na sua autoestima? Um vestido novo. Ela escolhe um longo vermelho e maravilhoso, sem saber que ele é um objeto amaldiçoado, decidido a matar quem o use. Sim, "No Tecido" é um filme sobre um vestido assassino. A película sabiamente não se leva tão a sério (nem teria como), jogando toda a sua seriedade na composição do ecrã de seu universo, um híbrido majestoso entre o novo e o velho. Hilário e desconcertante na medida correta, "No Tecido" é delicioso em sua atmosfera e visual.

12. A Casa Que Jack Construiu (2018)

Dirigido por Lars Von Trier, Dinamarca. Sub-gênero: terror dramático.
O nome de Lars Von Tier está sempre de mãos dadas com a polêmica, já que o diretor não tem papas na língua e coloca no ecrã temas tabus e controversos. "A Casa Que Jack Construiu" não foge da regra: ao seguir 12 anos na vida de um serial killer, Trier passa a faca sem piedade no império cultural e político de Donald Trump, expondo as brutalidades sociais afloradas pela vitória do presidente norte-americano - cada um dos segmentos são brutais em termos visuais e violentos como crítica. Mesmo sutilmente (foco nos bonés vermelhos), "Casa Que Jack" escancara a América que ensina crianças a amarem armas, que gera massacres em escolas e que vira as costas para não ajudar o próximo. Uma sátira não só ao "homus trumpus" como ao cinema de horror, Trier nos leva até ao Inferno a fim de mostrar que o conservadorismo virou uma praga.

11. Cisne Negro (2010)

Dirigido por Darren Aronofsky, EUA. Sub-gênero: terror psicológico.
Um dos seletos filmes de terror a serem indicados ao Oscar de "Melhor Filme" (e, no caso, o vencedor moral da categoria em 2011), "Cisne Negro" tem o desafio de sua protagonista (que deu "Melhor Atriz" à Natalie Portman) de interpretar o papel principal do balé "O Lago dos Cisnes": ela é ideal como o Cisne Branco, o lado puro, mas não consegue exalar o Cisne Negro, o viés fatal. Uma montanha-russa, "Cisne Negro" funciona como metáfora da perseguição artística pela perfeição, e o quanto essa corrida pode nos levar à loucura. Desglamourizando a beleza do balé, há uma verdadeira guerra na cabeça da protagonista, que vai rapidamente ruindo seu psicológico e misturando real e alucinação.

10. Demônio de Neon (2016)

Dirigido por Nicolas Winding Refn, Dinamarca. Sub-gênero: terror psicológico.
Uma jovem e virginal garota chega na cidade grande com o sonho de se tornar modelo, e "Demônio de Neon" está para a moda assim como "Cisne Negro" está para o balé. No entanto, o grande editorial de luxo que é o filme de Refn aborda de forma mais brutal e macabra os corredores sujos de inveja e sangue que alimentam (e matam de fome) sonhos e egos, sendo uma psicodélica viagem ao submundo fashion, com requintes técnicos violentamente perfeitos evocando sensações desconcertantes no espectador, forçado a embarcar em loucuras de página de revista. O final, onde o filme empurra todos os limites, culmina numa das mais memoráveis e arrepiantes conclusões dos últimos tempos, a última cereja do bolo grotesco – todavia sempre lindíssimo – trabalho que é “Demônio de Neon”.

9. O Farol (2019)

Dirigido por Robert Eggers, EUA. Sub-gênero: terror psicológico.
Dois marinheiros são atirados em uma ilhota no meio de lugar nenhum com o único objetivo de cuidar do farol lá presente. O mais velho, atuando no local há muito tempo, parece fissurado pela luz do farol, impedindo que o novato se aproxime. Dono de um par de cenas instantaneamente icônicas, "O Farol" é a solidificação do cinema de Eggers como mitológico quando condena seus personagens - e o algoz é a própria natureza. O filme não tem problema em fotografar nossa existência como algo decrépito, fadado ao insucesso quando estamos tão preocupados em saciar nossos egoístas desejos. Somos de uma fragilidade tão aparente que, às vezes, a natureza nem precisa se esforçar para nos destruir. Nós mesmos nos encarregamos disto.

8. Corra! (2017)

Dirigido por Jordan Peele, EUA. Sub-gênero: terrir.
O último terror a chegar no Oscar de "Melhor Filme", "Corra!" é um evento cultural e marco no gênero. Um jovem negro finalmente vai à casa dos pais da namorada branca. Há toda uma tensão velada, que parte do próprio protagonista, mas todos não param de falar o quanto estão de braços abertos para a diversidade do casal, o que, não surpreendentemente, é faxada para um plano maquiavélico. O longa não está preocupado em esconder seus clichês e óbvias referências; o que “Corra!” está preocupado é em compor momentos que elevam o seu gênero, carregado por cenas geniais e discussões sobre racismo postas de maneira lúdica, esperta e incisiva pelas lentes do diretor/roteirista Jordan Peele - que levou o Oscar de "Melhor Roteiro Original".

7. Midsommar (2019)

Dirigido por Ari Aster, EUA. Sub-gênero: terror folk.
"Midsommar", o "O Homem de Palha" da nossa geração, tem uma robusta duração, desconcertantes sequências e inundação de simbolismos, o que tornam a sessão uma trabalhosa digestão para a plateia. Usando o folclore sueco como combustível de seu roteiro, o longa é narcotizante e hipnótico ao reforçar o terror antropológico e cultural, além de mais uma comprovação (colorida e luminosa) de que Ari Aster é um mestre no que faz e um dos mais bizarros términos de relacionamento que o Cinema já fez. Teria sido mais fácil terminar por mensagem.

6. Boa Noite Mamãe (2014)

Dirigido por Veronika Franz & Severin Fiala, Áustria. Sub-gênero: terror dramático.
Dois irmãos gêmeos estão ansiosos pelo retorno da mãe, afastada de casa para se submeter à cirurgias plásticas. Todavia, quando ela retorna, os irmãos têm plena convicção de que aquela mulher é uma impostora. "Boa Noite Mamãe", um dos raríssimos exemplares a serem selecionados para o Oscar de "Melhor Filme Internacional", é uma lenta epopeia de duas crianças tendo que lidar com uma dúvida esmagadora, potencializada pela escolha imagética brilhante da mãe, que emana uma áurea vilanesca. Brincando com expectativas e reações, esse é um clássico do terror contemporâneo pela excelência em suas imagens, atmosfera e realizações.

5. Clímax (2018)

Dirigido por Gaspar Noé, França/Bélgica. Sub-gênero: terror psicológico.
"Clímax" não é uma produção recomendável, mas pelos motivos corretos: quando um grupo de dançarinos descobre que a bebida da festa foi batizada com LSD, o lado mais animalesco de cada um vem à superfície. Esse é um filme que não só demanda como suga o emocional do público, tão massacrado quanto os personagens, presos em uma bolha ácida que não escolheram e nem podem escapar. E talvez seja a impotência - tanto nossa como deles - que faz "Clímax" tão bizarro. Gaspar Noé nunca pôs os dois pés no terror, apesar de sempre flertar no gênero, e dessa vez ele não apenas entrou como filmou um show de horrores inacreditável, transformando cinema em uma experiência sensorial.

4. Mãe! (2017)

Dirigido por Darren Aronofsky, EUA. Sub-gênero: terror psicológico.
Um dos filmes mais controversos e divisores de opinião da década, "Mãe!" possui uma forte mitologia, mas não se trata de monstros ou elementos sobrenaturais. O horror é feito pelas nossas próprias mãos, e poucas obras são capazes de fomentar o pavor que é a sessão servida por "Mãe!".  Bebendo largamente da fonte bíblica, Aronofsky consolida seu nome na arte e realiza mais um imperdível - e sim, pretensioso - capítulo de sua cinematografia, que, apesar de não ser um filme para todos os públicos, é inesquecível pelas imagens e discussões, com a exclamação do título sendo um pequeno aviso para o que está por vir. Não senta na piaaaaa!

3. Suspiria (2018)

Dirigido por Luca Guadagnino, EUA/Itália. Sub-gênero: terror sobrenatural.
Remake do clássico de Dario Argento, lançado em 1977, Guadagnino abandona o compromisso com a trama do original e cria uma película prórpia, seguindo apenas a premissa: uma dançarina americana chega à uma escola de balé em Berlim que é controlada por bruxas. As atuações, os diálogos e todos os aspectos visuais de "Suspiria" são irretocáveis, todavia, o melhor é sua atmosfera. Há imagens de beleza estonteante ao lado de cenas perturbadoras, emolduradas por uma narrativa onírica que, a partir de sua técnica, tem a capacidade de transformar o mundo físico em algo etéreo. Dotado de pretensão para dar e vender, "Suspiria" é um pesadelo filmado que consegue ser traduzido por um diálogo proferido aos berros: "Isso não é vaidade, é arte!".

2. A Bruxa (2015)

Dirigido por Robert Eggers, EUA/Canadá. Sub-gênero: terror sobrenatural.
“A Bruxa” trata de muitos subtextos, mas é, acima de tudo, uma celebração do caos. É a regurgitação fidedigna de todos os maiores medos que nós temos: medo da solidão, perda, dor, morte, do mal em si. O filme não é de fato assustador no modo convencional da palavra, é macabro pelas suas metáforas, com algumas passagens perturbadoras que chocam pela crueza e vivacidade do mal. Ainda por cima, é pilar fundamental para a indústria do terror, colocando nos grandes postos um estilo marginalizado aos cinemas de arte e mudando os rumos do gênero.

1. Hereditário (2018)

Dirigido por Ari Aster, EUA. Sub-gênero: terror sobrenatural.
Em boa parte da duração, parece que "Hereditário" se contentará em ser um filme que, ao invés de produzir medo, vai explanar acerca do seu impacto sobre o ser humano, o que é concreto até chegarmos ao clímax, um pesadelo assustador na tela que não mede limites para catapultar o espectador no meio do pandemônio instaurado. Tudo é milimetricamente justificável, e, por isso, ainda mais aterrador e impactante, parindo diante dos nossos olhos um dos melhores finais da história do cinema de terror – soando ainda mais delicioso quando percebemos que “Hereditário” é o trabalho de estreia de Ari Aster, logo num gênero tão difícil. Daqueles filmes fundamentais não só para o terror como também para o Cinema. "O Exorcista" finalmente encontrou seu filhote no novo século.

Tem conceito, coesão, aclamação e narração de Rosalía no trailer do novo clipe de Harry Styles, “Adore You”

Já estamos em dezembro, o que significa que, em pouco mais de 10 dias, escutaremos o novo disco de Harry Styles, “Fine Line”. Enquanto o artista não lança o material completo, ele se prepara para liberar, nessa sexta-feira, 6 de dezembro, seu novo single, “Adore You”.

Mas Harry quis fazer as coisas um pouquinho diferente. Ele resolveu que vai não só lançar um single com clipe nessa sexta, mas nos apresentar a um novo mundo. A produção, que ganhou um trailer com narração especial de Rosalía nessa segunda-feira (02) e será dirigida por Dave Meyers, nos mostra a ilha de Eroda, um lugar um tanto triste e frio, onde Harry, um cara feliz, se destaca. Olha só:


Além do trailer, Harry também fez o serviço completo e espalhou cartazes de seu novo single, como esse que ele postou em seu Instagram, por ruas ao redor do mundo. Era divulgação pesada que você queria? Pois vai ter! 




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Uma publicação compartilhada por @ harrystyles em

O “Fine Line” chega no dia 13 de dezembro e vai contar também com o single "Lights Up" e a promocional "Watermelon Sugar"

Crítica: “As Golpistas” é gerado por mulheres, mas parece direcionado para homens

Nesse mundinho de divas pop indo parar nos cinemas, vimos inúmeros exemplos malfadados, com os sucessos sendo resumidos em dedos de uma mão só (um beijo "Nasce Uma Estrela", 2018). Jennifer Lopez mesmo, há tempos não é apenas uma cantora de charts, com vários filmes em seu currículo - e ganhando notoriedade em 1997 como Selena Quintanilla na cinebiografia "Selena". O hype de "As Golpistas (Hustlers) foi construído em cima de Lopez, que desde a estreia no Festival de Toronto 2019 começou uma trajetória que provavelmente a levará ao Oscar.

"As Golpistas" conta a história real de strippers que elaboraram um golpe suficientemente eficaz para pagarem suas casas e comprarem casacos de chinchila (não usem peles, meninas). Destiny (Constance Wu) luta para manter as contas em dia e vê em Ramona (Jennifer Lopez), a melhor stripper de sua boate, como a mentora perfeita para sua ascensão na profissão, que verá o declínio com a crise norte-americana de 2008. É daí que o golpe começa a ser bolado.

A estrutura do filme consiste em Destiny sendo entrevistada por uma jornalista em 2014. Ela reconta os fatos ocorridos e que viriam a ganhar notoriedade após a prisão do grupo anos antes, passeando entre cenas da entrevista e flashbacks. Por algum motivo além da minha compreensão, Wu atua muito mal quando a câmera foca no presente - não sei se ela foi instruída pela direção a se portar da maneira que foi vista, mas há algo de muito inatural ali.

Umas das impressões iniciais de "As Golpistas" é como o roteiro não tem a preocupação de desenvolver suas personagens de uma maneira fluida. O passo-a-passo é muito evidente, afinal, esse é um filme de "assalto" (ou "heist film", como o subgênero é conhecido), aqueles que mostram as etapas de um roubo ou golpe, então temos uma estrutura muito limitada. Já de cara temos Destiny, a "garota nova", encontrando dificuldade em se destacar na boate, e logo em seguida entra Ramona com seu espetáculo no cano - JLo está competentíssima na pele da stripper, a melhor coisa de toda a película. A fórmula é dada de maneira elementar demais.


Tão verdade que quase não temos um background para as personagens - elas nascem no ecrã daquela maneira e é isso aí. Quando o texto tenta incluir camadas de desenvolvimento, principalmente com Destiny (que é a protagonista), é de maneira jogada: do mais absoluto nada surge um namorado, e imediatamente ela descobre que está grávida. Corta a cena e ela expulsa o namorado de casa, com a filha aos gritos. Ainda existe a subtrama com a avó de Destiny, que é explicada de maneira convencional e, para ser sincero, não acrescenta o quanto poderia.

Com Cardi B e Lizzo interpretando, bem, elas mesmas, "As Golpistas" se contenta com os meios já previstos dentro de seu subgênero e não se dá ao trabalho de entregar mais do que isso. O auge e o declínio do golpe são vislumbrado antes mesmo de ele surgir na tela, tamanha obviedade. E nem é tão complexo assim sair do rasteiro: "Animais Americanos" (2018) é um exemplo bem recente de heist movie com a exata mesma estrutura de "As Golpistas" (entrevistas com os envolvidos e remontagens dos eventos em flashbacks) e que burla qualquer limite pré-imposto.

Entre hits da música pop dos anos que os letreiros informam - "Gimme More" da Britney Spears em 2007, obrigado -, um detalhe berrante me chamava a atenção: a maneira como a narrativa da obra foi concebida. Ramona, veterana na boate, explica todo o sistema do local, desde as maneiras como Destiny deve abordar os clientes e os tipos de clientes. Depois, temos explicações de como funciona o golpe que intitula o filme, fora outros pormenores (como o procedimento da mistura das drogas usadas). Tudo isso é montado da seguinte maneira: uma música animada para dar agilidade + narração em off + cortes energéticos com fast motion.

Se você não habitar a roda cinéfila provavelmente terá esse combo como algo insignificante, porém, ele foi popularizado por Adam McKay com o filme "A Grande Aposta" (2015) - e repetido em "Vice" (2018). É uma escolha estilística mckayana, podemos assim dizer - também remete a "O Lobo de Wall Street" (2013) do Martin Scorsese. Pois bem. Quanto mais "As Golpistas" passava, mais a cara do McKay ganhava, até um ponto que dei uma interrompida na sessão para olhar a ficha técnica. O que encontrei? Ele mesmo, Adam McKay, entre os produtores da fita.


Indo mais a fundo na pesquisa, li que Lorene Scafaria, roteirista do filme, queria (adivinhe só) Adam McKay ou Scorsese como diretor do filme. A produtora do projeto, inclusive, falou que enviou o roteiro para "as pessoas que estavam fazendo esse tipo de filme". Tudo se explica. Só depois a própria Scafaria foi posta, também, na direção do próprio roteiro. Temos aqui alguns problemas.

Quando "As Golpistas" caiu na minha frente, a premissa não era uma daquelas que me faria largar tudo para imediatamente ver. Porém, um filme sobre strippers dirigido, escrito e atuado por mulheres tinha motivos sólidos para garantir o interesse, afinal, pensando na temática, não consigo lembrar de diretoras e roteiristas possuindo créditos em Hollywood. O universo das boates de strip-tease é envolto de muito machismo e objetificação, com mulheres sendo mercadoria de troca que o dinheiro pode (momentaneamente) comprar. Seria muito bem-vinda uma óptica feminina sobre isso. Só que "As Golpistas" é, fundamentalmente, um filme masculino.

Rapidamente me apropriando de um juízo de valor, me coloquei no lugar de uma mulher convencional, que escolhe o filme ao chegar no cinema, e não consigo vislumbrar seu apreço pela sessão. Um homem? Provavelmente adorará. Então como um filme amparado em mãos femininas pode soar tão masculino? O que aconteceu que a narrativa escolhida foi uma que remete ao universo do macho? Claro que estou falando de nuances que são passíveis de subjetividade, mas o molde de "As Golpistas" é tão McKay que, se seu nome viesse nos créditos de direção, não haveria surpresa. Só faltou rolar personagem quebrando a quarta parede ou alguma marmota como os créditos finais subindo no meio do filme (ele adora essas coisas).

Temos que ter em mente que Scafaria, mesmo não sendo uma diretora estreante (esse é seu terceiro longa), dificilmente possuiria o controle criativo do projeto, afinal, um vencedor do Oscar é um dos produtores - e ela mesmo tinha ele em mente como cabeça do filme. Porém é uma tristeza ver uma obra que tem uma mulher por trás do texto e condução ser sem personalidade e uma cópia do trabalho de um homem (que só faz filme insuportavelmente masculino). Há nada de novo, de fervor, de destaque (além da performance de JLo e das músicas escolhidas).

Entre a ação injetada pela montagem e seios saltitantes fora de sutiãs, "As Golpistas" é um daqueles filmes que os parças vão recomendar para os amigos numa sexta-feira. Isso é ruim? Não exatamente, porém, o saldo final poderia remeter a elementos mais importantes. O meio do strip-tease, das casas com meninas em canos, é bastante dúbio dentro dos estudos feministas: há desde a condenação até o enaltecimento.

Luiza Missi, no texto "Strippers, o strip-tease e o prazer feminino", aponta que Hollywood cria uma narrativa que associa os clubes de strip com a liberdade sexual masculina, e que uma mulher naquela posição é bem diferente de um homem. É, portanto, um desperdício não recebermos uma produção que reflita quem está por trás das câmeras, reforçando ideias já instauradas e vendo temas como maternidade, inclusão da mulher no mercado de trabalho e tantas outras dificuldades simbioticamente femininas serem retratadas sem peso.

Não que "As Golpistas" mereça um troféu de machismo do mês, longe disso. Há forte sentimento de sororidade entre suas personagens, felizmente muito diversas - assim como "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015), que é um longa com roupagem de "macho" mas lotado de feminismo - e, protegidos pelo escudo da ficção, uma delícia ver strippers se vingando do patriarcado ao atingir o bolso de machos da Wall Street, todavia, é uma decepção um universo tão objetificador não possuir uma voz ativamente feminina na maneira que é transposto para a arte.

Dando aula de atuação, Glória Groove lança “Sedanapo”, mais um clipe do EP “Alegoria”

Glória Groove realmente não brinca em serviço e depois de “Mil Grau” e “Magenta Cash”, singles do EP "Alegoria", ela nos presenteia com o clipe de sua nova aposta, “Sedanapo”.


Seguindo a mesma linha de divulgação do anterior, a drag mas uma vez deu uma missão aos seus fãs, entregando a sete influenciadores spoilers do clipe, que contavam a história do mesmo, eles teriam que descobrir montar as peças e montar uma thread no Twitter.

Falando assim parece difícil né? Não para os Sherlocks de plantão, a missão já foi cumprida e como promessa é dívida, o clipe foi lançado hoje (26). E o que mais chama atenção (além da música é claro) é a atuação de Glória, que interpreta nada menos que três personagens ao mesmo tempo. É o conceito.


Eu olhei pra ela e disse: ATRIZ.

Vem ouvir “No Good”, novo single pop perfection da Ally Brooke


Para a semana ficar bem dançante! Ally Brooke lançou seu novo single, “No Good”. A faixa vem em ritmo animado e conta com trechos empoderados onde a cantora fala de um relacionamento complicado.
Você não é bom para mim
Eu não preciso de ninguém
Não preciso de nenhuma outra pessoa
Isso não é bom para mim
A faixa irá compor o primeiro trabalho solo da artista ao lado dos outros singles já lançados, como “Higher”, “Lips Don’t Lie” e “Low Key”. O álbum ainda não tem data de lançamento prevista, mas já estamos ansiosos.

Ouça esse hino e já vai preparando os passinhos de dança:

É OFICIAL! Pussycat Dolls retorna aos palcos com apresentação no The X Factor

Estamos preparados para o retorno das fadas! Os fãs das Pussycat Dolls já podem fazer festa: Louis Walsh, um dos jurados do “The X Factor”, confirmou a performance do grupo para o próximo sábado (30), na grande final do programa.

Na última semana, o jornal "The Sun" publicou que o retorno do grupo Pussycat Dolls aconteceria neste mês de novembro. Segundo fontes, os produtores do programa fizeram o convite à Nicole Scherzinger, o qual a cantora aceitou.

Para deixar os fãs da banda que havia chegado ao fim em 2010,  as meninas assinaram contrato com a First Access Entertainment, agência conhecida por gerenciar a carreira de Adele, Zayn Malik, e outros grandes artistas. É AGORA O COMEBACK!

Enquanto sábado não chega, vamos matar a saudade bem menininhas com "When I Grow Up":

Lista: os 10 vencedores do Oscar de “Melhor Filme” da década, do pior para o melhor

Ah, o prêmio da Academia.... Todos anos criticamos e todos os anos assistimos. Muito mais um evento da Sétima Arte do que uma celebração à qualidade, o Oscar possui quase 100 anos e uma lista enorme de acertos e erros. De obras-primas a películas de gosto duvidoso, é só pegar a última década para vermos que Academia bambeia com suas decisões.

É bom lembrar que, desde 1999, quando "Shakespeare Apaixonado" venceu o prêmio máximo, a corrida dourada virou uma premiação de campanha: quem convencer melhor, leva. Não que antes fosse realmente premiado o melhor dos indicados - dentro da esfera da subjetividade -, porém, agora os estúdios investem milhões para fazerem seus filmes abocanharem a estatueta mais cobiçada da indústria, que vão de jantares para os votantes até os velhos DVDs com os filmes especialmente para os membros.

De "Guerra Ao Terror" a "Green Book", listei os 10 vencedores do Oscar de "Melhor Filme", do pior para o melhor, levando em consideração o filme em si, seus concorrentes e como o tempo cuidou de cada vitória - então, claro, quanto mais anos, mais o impacto do envelhecimento para o bem ou para o mal. Quais filmes a Academia premiou e nos fez dizer "conte comigo para tudo"?


10. O Discurso do Rei (2011)

Tom Hooper é um dos mais limitados diretores a se escorarem no molde "por-favor-meu-filme-merece-um-Oscar!" - "Os Miseráveis" (2012) e "A Garota Dinamarquesa" (2015) não me deixam mentir. Indicado a 12 prêmios, "O Discurso do Rei" venceu quatro: "Filme", "Direção", "Roteiro Adaptado" e "Ator" para Colin Firth, que viveu um rei gago e sua luta para o derradeiro discurso do título. Bem esquemático, só mesmo a Academia e a Rainha Elisabeth (que chorou com o filme) para amarem essa esquecível (e bem sucedida) empreitada para a temporada de premiação. Fica ainda pior quando lembramos que ele concorreu com "A Rede Social" e "Cisne Negro", dois dos melhores filmes da década. A cara do Darren Aronofsky perdendo o Oscar de "Melhor Direção" resume.

9. Green Book: O Guia (2019)

O último vencedor da década foi a coroação de uma das piores edições da premiação no período. "Green Book" trata de um tem ainda necessário: o racismo. Só que a produção não tira vantagem dessa necessidade para desenvolver um filme que discuta algo de uma forma além do que já foi posta no ecrã centenas de vezes. É tudo um manual sobre o racismo que encaixaria perfeitamente na "Sessão da Tarde" pela passividade diante da cartilha de filmes de evocação racial. Beira a insanidade pensar que, com "A Favorita", "Infiltrado na Klan" e "Nasce Uma Estrela", alguém prefira "Green Book".

8. Argo (2013)

"Argo" talvez seja o vencedor do Oscar mais sem sentido dessa década. Não que o filme seja ruim, mas ele é muito fora da curva do que a Academia costuma valorizar, principalmente quando comparado com seus concorrentes. Ao contrário dos outros dois já listados, que estão dentro do bê-a-bá da premiação, "Argo" é um filme à la "Supercine" que une história com suspense, quase um irmão de concepção de "Atração Perigosa" (2010), também dirigido por Ben Affleck (que nem indicado ao Oscar foi). Anos depois, mal dá para lembrar que um dia preferiram "Argo" a "Amor", que só não passou a limpa pelo preconceito da Academia com filme de língua não-inglesa - só lembrar que "Roma" levou tudo na temporada de 2019 e quem acabou com o maior prêmio foi "Green Book".

7. O Artista (2012)

"O Artista" foi o primeiro filme mudo a levar "Melhor Filme" desde "Asas", em 1927 (sim, na primeira edição do prêmio), o que é, por si só, um feito inacreditável. O argumento é basicamente o mesmo de "Cantando na Chuva" (1952): a mudança para o Cinema falado e como os atores da época muda sofreram o impacto. Uma clara homenagem ao avanço da Sétima Arte, foi um passo arriscado ser projetado (quase) sem falas e em preto e branco no auge do blockbuster 3D, contudo, havia outra homenagem ali do lado que poderia ter roubado o careca dourado: "A Invenção de Hugo Cabret".

6. Guerra Ao Terror (2010)

É bem preocupante notar que, em 91 anos, apenas um filme dirigido por uma mulher venceu "Melhor Filme": "Guerra Ao Terror". Kathryn Bigelow é, também, a única mulher a levar o careca de "Melhor Direção" - e a lista de indicadas continua escassa, apenas cinco até hoje. É bem verdade que "Guerra Ao Terror" não foi o melhor filme de 2009, mas foi um marco importante na indústria ao trazer uma figura feminina por trás de um tema tão binário: o gênero bélico. Cru, seco e inteligentemente tenso, a fita vai até um dos eventos mais controversos da história norte-americana atual, a Guerra do Iraque, um elemento fundamental para o apresso da maior premiação do país.

5. 12 Anos de Escravidão (2014)

2014 foi o ano mais forte do Oscar nessa década: não havia um mísero indicado verdadeiramente ruim - "Trapaça" chega perto, no entanto, há elementos de redenção. O melhor entre os nove selecionados à categoria principal, "Ela", não estava entre a corrida dupla que colocou "12 Anos de Escravidão" e "Gravidade" à frente dos outros - não por acaso, são os que levaram os principais prêmios. Enquanto "Gravidade" tinha o peso de uma ousadia técnica impressionante, o cuidado do texto e o peso histórico de "12 Anos" fez com que Steve McQueen fosse o primeiro negro a receber "Melhor Filme" por esse horror escravocrata que não tem medo de escancarar os absurdos do período.

4. Spotlight: Segredos Revelados (2016)

Assim como no Oscar 2014, a edição de 2016 também viu dois filmes se digladiando pelo maior prêmio, "O Regresso" e "Mad Max: Estrada da Fúria". Só que, ao contrário de 2014, 2016 viu um filme que estava fora da briga vencer ao ser o mais "inofensivo" na queda de braço da temporada: "Spotlight". Enquanto "O Regresso" e "Mad Max" focavam na campanha contra o outro, "Spotlight" seguiu sem sofrer retaliações e recebeu ainda mais apreço pela denúncia filmada contra o caso real de padres pedófilos. Possui familiaridades e, às vezes, é correto até demais, contudo, é um belo caso do Cinema como ferramenta de crítica ao real. Regina George, Hulk, Batman e Dente de Sabre contra padres pedófilos? "Vingadores" apenas sonha.

3. Birdman ou (a Inesperada Virtude da Ignorância) (2015)

2015 foi uma grata surpresa quando a Academia ignorou todos os filmes feitos milimetricamente para abocanhar "Melhor Filme" (cof, "A Teoria de Tudo", cof, "O Jogo da Imitação", cof) para premiar o longa menos "cara da Academia", o insano "Birdman", que rendeu os (três) primeiros Oscars a Alejandro G. Iñárritu (que já tem cinco). Com uma metanarrativa que paralela a figura de seu protagonista com a vida de seu ator, "Birdman" é o "Crepúsculo dos Deuses" (1950) da era do Twitter quando temos Riggan Thomson - personagem que deveria ter dado o Oscar a Michael Keaton - desesperado a alcançar uma fama que não lhe pertence mais. Cheio de gags, cortes invisíveis e ironia para dar e vender, "Birdman" é um clássico contemporâneo, mas, entre os indicados, quem deveria ter vencido "Melhor Filme" era "Whiplash".

2. A Forma da Água (2018)

Um dos mais deliciosos anos para o Oscar, 2018 trouxe grandes nomes e premiados coerentes. Vários do montante dariam dignos vencedores - "Três Anúncios Para Um Crime", "Lady Bird", "Corra!" -, todavia, o melhor foi felizmente agraciado: "A Forma da Água" já chegou botando banca com o Leão de Ouro no bolso (o "Melhor Filme" do Festival de Veneza) e sendo corretamente chamado de "a obra-prima de Guilhermo Del Toro" ao retratar um dos mais incomuns amores da história do Cinema: uma mulher muda e um humanoide anfíbio da Amazônia (em parte, esse Oscar é do Brasil). Da composição de época irretocável à cena final para explodir qualquer coração, "A Forma da Água" é uma dádiva da Sétima Arte.

1. Moonlight: Sob a Luz do Luar (2017)

O maior vencedor do Oscar de "Melhor Filme" não só da década como do século, "Moonlight" é uma revolução ao ser a primeira produção a receber o prêmio sendo 100% atuado por atores negros e, não satisfeito, é também o primeiro LGBT no pódio mais alto. A saga de Chiron, contada em três capítulos, é o ápice de tudo o que o Oscar premiou ao trazer humanidade, delicadeza e crueza com uma história de importância incalculável. Foi ainda mais emocionante pelo erro dos envelopes, dando a "La La Land" o prêmio por dois minutos antes de perceberem o erro.

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É romance que você queria? Taylor Swift chama Shawn Mendes para um remix de "Lover"

Esquentando a divulgação do álbum "Lover", Taylor Swift lançou um remix da faixa-título de seu 7º álbum de estúdio. A nova versão da música conta com a participação de Shawn Mendes e é a dose de glicose que faltava em nossas vidas. Confira:


Taylor, que travauma batalha contra os donos de sua antiga gravadora, Big Machine Recordes, recentemente pediu ajuda dos fãs para adquirir os direitos de suas antigas músicas e poder performá-las em eventos televisionados ou qualquer apresentação que venha a ser gravada.

Será que os planos de seu novo documentário para a Netflix serão frustrados? Vamos torcer para que eles cheguem em um acordo o mais rápido possível, já que a cantora foi nomeada a Artista da Década pelo American Musica Awards que acontece no próximo domingo, 24 de novembro, e está com sua apresentação comprometida.

Enquanto isso, o menino Shawn, aterrissa no Brasil neste mês para 3 shows no país: 29 e 30 de novembro no Allianz Parque, em São Paulo, e 03 de dezembro na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro.

Camila Cabello tá toda apaixonada em sua nova música, “Living Proof"

Hey, señorita! Camila Cabello lançou seu novo single, “Living Proof”, um som romântico e pra lá de sensual na última sexta-feira (15).

A faixa conta com trechos comoMe diga algo, mas diga com as suas mãos, devagar. Quando você me tocar, me pinte como um Van Gogh. Eu quero estudar cada centímetro seu. Até você confiar em mim para fazer anjos virarem realidade". Um lado da Camila que a gente ainda não tinha visto!

A música faz parte do álbum “Romance”, seu segundo trabalho solo. O tracklist do disco conta também com as já lançadas “Cry For Me”, “Liar”, “Easy” e “Shameless”. O álbum chega completinho no dia 6 de dezembro.

Confira "Living Proof":

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