Crítica: “Clímax” e a desesperadora festa que você não queria ser convidado

Minha relação com Gaspar Noé sempre foi de amor e ódio; enquanto amo a porrada que é "Irreversível" (2002), não consigo engolir "Love" (2015). Dono de um Cinema nada sutil, a filmografia do diretor é para tem quem disposição e sensibilidade, caso contrário, você não conseguirá extrair o que há de bom na feiura humana. Talvez esse ponto seja o que há de fascinante no cinema "noédiano": mostrar que existe valor no que não gostamos ver. É claro que nem todos estão aptos a depositarem as imagens do diretor em suas pupilas, o que torna o efeito de amor e ódio algo universal: a crítica sempre idolatrou ou repudiou não apenas o trabalho de Noé, mas ele próprio.

O argentino - ratificado francês - nunca teve o menor filtro para falar do que ele quisesse, e isso gerou cenas controversas: o suicídio impactante de "Sozinho Contra Todos" (1998); o aterrador estupro de "Irreversível"; a viagem alucinógena em "Enter The Void" (2009); o orgasmo real em close de "Love", e por aí vai. De forma responsável ou não, suas obras podem ser chamadas de muitas coisas, menos de "fáceis".

Sua nova jogada, com certa previsão, não foge à regra. No entanto, "Clímax" pode se auto-intitular como o longa menos polêmico de Noé. Não se engane, a fita tem NADA de acessível, contudo, apesar de lidar com temas clássicos de seu cinema, "Clímax" não está interessado na história em si. Não temos preocupações com o corpo social, ou dilemas emocionais, ou até mesmo a relação da sexualidade com o meio - uma surpresa bem-vinda.


O filme é aberto com uma série de entrevistas, trazendo vários dançarinos em audições para entrarem numa companhia de dança. A ideia é importantíssima para ajudar o espectador a saber minimamente quem é quem, afinal, são 20 personagens. Não satisfeito com o sucesso narrativo do momento, Noé compõe o quadro com vários livros e filmes, óbvias referências para seu próprio filme, que vão desde "Possessão" (1981) - homenageado em uma cena - até literatura niilista.

Com o corte temporal, viajamos até uma escola abandonada no meio de lugar nenhum, três dias após o começo dos ensaios. Para comemorar a finalização dos trabalhos antes de competirem nos EUA, a trupe realiza uma festa. O problema é que alguém colocou LSD no ponche, efeito rapidamente percebido por todos. Mas era tarde demais.

Enquanto a sanidade ainda era presente, Noé nos coloca de camarote diante de um gigante jogo de dança, cheio de vogue e Daft Punk. A elaboradíssima coreografia é capturada de maneira brilhante, com uma câmera que parece flutuar e não cede aos cortes, num longo e lindo plano-sequência. A cinematografia de Benoît Debie - que também fotografou "Enter The Void" - explora a mise-en-scène do local com uma competência gritante, elemento técnico de suma importância para o desenvolvimento da atmosfera. Assim como em "Suspiria" (2018), a dança é elemento chave para a intoxicação do público.


Então somos separados do grande grupo, focando em duplas ou trios, a fim de sermos apresentados ainda mais para os personagens - na maioria atores não profissionais. Vemos suas dualidades, seus gostos e seus problemas enquanto o efeito do álcool e das drogas vai se espalhando por suas veias. O que começa como diálogos lógicos vai se esvaindo em conversas sem sentidos - o que faz o ritmo da fita dar uma caída, com muitas discussões repetitivas e que não avançam o esperado para o tempo dedicado à elas.

O clima muda quando a primeira pessoa vai ao chão, e é aí que o filme de fato começa. Os créditos iniciais - aberrantes como sempre - só aparecem na metade da película, como se tudo o que aconteceu anteriormente fosse um prelúdio, uma introdução. A camaradagem e felicidade que unia o grupo vai embora e eles finalmente se dão conta de que alguém drogou a bebida.

O ar animalesco é imposto e eles iniciam o balé de culpar uns aos outros pelo "batismo" do ponche. Com o desnorteio, alguns personagens entram nos aposentos da escola, e as luzes ficam mais artificiais, com tons de verde e roxo, visualmente exprimindo o entorpecer de quem tomou a bebida com o LSD. A insanidade bate à porta, e os ânimos ficam elétricos.

Qualquer civilidade morre e as agressões vão aumentando, indo a alguns extremos assustadores. Enquanto a câmera gira, treme e fica de cabeça pra baixo, o mal-estar exala do ecrã, infectando quem assiste, e "Clímax" talvez tenha sido a mais desesperadora sessão que já tive na vida. Assim como o último ato de "Mãe!" (2017), o nível de pandemônio feito por Noé é agonizante, emocionalmente nocauteando a plateia.


Podemos até chamar de clichê o arco narrativo que transforma amigos em inimigos por quaisquer que sejam as pressões, no entanto, "Clímax" é um sucesso quando não foca no roteiro em si, na história, e sim na arquitetura de seu clima. Apesar de termos uma personagem central - Selva, interpretada por Sofia Boutella -, o protagonista de "Clímax" é o horror. A situação imposta e a manipulação dos sentidos são mais importantes.

Confesso que a obra me obrigou a parar por uns minutos, tamanha angústia injetada. Gritos, pedidos de socorro, pessoas se suicidando e súplicas aos berros para que os amigos matem uns aos outros, o horror de "Clímax" é real e palpável. Tudo soa ainda melhor quando percebemos que o filme é capaz de provocar um medo totalmente diferente do terror convencional, já que passa longe de entidades sobrenaturais e até mesmo psicopatas mascarados. O horror é proveniente de nós mesmos, pessoas comuns, tendo o ácido como propulsor do que há de pior dentro de nós.

"Clímax" não é uma produção recomendável, mas pelos motivos corretos. Esse é um filme que não só demanda como drena o emocional do público, tão massacrado quanto os personagens, presos em uma bolha ácida que não escolheram e nem podem escapar. E talvez seja a impotência - tanto nossa como deles - que faz "Clímax" tão bizarro. Gaspar Noé nunca pôs os dois pés no terror, apesar de sempre flertar no gênero, e dessa vez ele não apenas entrou como filmou um show de horrores inacreditável, transformando um mero filme em uma experiência sensorial. Se já houve uma festa que você pode ficar feliz em não ter sido convidado, é essa aqui. Porém, há quem prefira dançar em meio ao caos.

Esses são os 20 álbuns mais esperados de 2019

Fazendo um balanço geral, 2018 foi um ano bom pra música, né? Tivemos alguns retornos muito esperados, como o da Christina Aguilera, vimos a menina Ariana Grande fazer valer sua narrativa, observamos o comeback triunfal e nada convencional de Lady Gaga como estrela de cinema, com direito a trilha cheia de sucessos, e vimos também novas estrelas surgirem, como Camila Cabello e Cardi B. 

Mas se 2018 foi bom, 2019 promete ser ainda melhor. Com a quantidade e qualidade dos lançamentos prometidos para esse ano, e também daqueles que ainda são rumores, só podemos esperar um ano incrível pra fecharmos mais essa década musical.

É tanta coisa boa que tivemos que escolher apenas os 20 discos que estamos mais ansiosos para escutar. Então, em ordem alfabética, aí vão os álbuns mais esperados de 2019:

Ariana Grande

No dia 8 de fevereiro teremos o quinto disco de Ariana, sucessor do "Sweetener", lançado em 2018. Quem tem acompanhado a carreira da artista sabe: depois de muitos problemas em sua vida pessoal, ela resolveu fazer da música sua terapia e decidiu que vai lançar faixas e álbuns quando bem entender, como os rappers fazem. O novo disco levará o mesmo nome de seu atual hit, "thank u, next", e trará também as já lançadas "imagine" e "7 rings".



Beyoncé

Como sempre quando se trata de Beyoncé, não temos ideia alguma sobre seu novo projeto. Pode sair esse ano ou não, ou pode ser algo diferente, como no ano passado, quando ela lançou um disco, mas foi em conjunto com o JAY-Z. Pode vir com clipes, um filme ou algo que a gente nem imagina. Dizem por aí que ela tentou alugar o Coliseu por um dia também. Vai saber? A única coisa que sabemos é que vai ser foda.



Cardi B

Uma das maiores revelações da década, Cardi B chegou quebrando tudo, sendo aclamada por público e crítica e conquistando várias indicações ao Grammy, incluindo Álbum do Ano, com seu disco de estreia, "Invasion Of Privacy" (2018). Mas ela não quer parar por aí e já garantiu que em 2019 tem material novo. Será que Cardi vai contar um pouco sobre sua experiência com a maternidade do seu ponto de vista divertidíssimo e nada comum? Queremos.



Carly Rae Jepsen

Nome que apareceu na nossa lista de álbuns mais esperados de 2018, Carly resolveu fazer tudo com calma e não liberou seu tão aguardado novo disco no ano passado. Mas de 2019 não deve passar, até porque ela já lançou a ótima "Party For One", o primeiro single dessa nova era. Por favor, Carly, não demore porque precisamos de mais pop de qualidade sobre independência, amores perdidos e, sim, masturbação.



Chance The Rapper

Um dos melhores rappers da atualidade, Chance foi aclamadíssimo com a mixtape "Coloring Book", liberada em 2016, e confirmou que já está em estúdio para trazer seu sucessor. O cara tem trabalhado com Kanye no projeto, e o novo material deve seguir a linha dos últimos álbuns em que Ye esteve envolvido: conciso, com apenas 7 faixas. Poucas músicas? Sim, mas temos certeza de que o rapper vai conseguir fazer valer a pena.



Charli XCX

Tivemos a certeza de que 2019 prometia quando, logo nos primeiros dias, Charli compartilhou com a gente suas resoluções para esse ano: "fazer e lançar um disco". É difícil saber o que vem por aí, já que o último álbum da britânica foi o "Sucker", lá de 2014. Desde então, ela tem explorado bastante a PC Music, com direito a duas mixtapes e um EP. Seja como for, o trabalho vai ser bom, afinal, it's Charli, baby!



Dua Lipa

Depois de conquistar o sucesso mundial com seu disco de estreia, Dua tem em mãos o desafio de fazer um disco que supere seu primeiro, para o público e para a crítica, e que mostre evolução. Felizmente, a cantora aproveitou sua ascensão para fazer ótimos amigos ao emprestar sua voz para músicas de produtores como Diplo e Mark Ronson, que podem até aparecer no material. Vai saber? Ela também está compondo bastante com a Tove Lo, o que já é uma garantia máxima de hino.



Hannah Diamond

A artista tem prometido seu disco de estreia desde 2017, mas aqui estamos nós em 2019 sem ainda termos escutado essa bíblia da PC Music. Nos últimos anos tivemos trabalhos bem interessantes no gênero, como a mixtape "Pop2", da Charli XCX, e o mais recente "Oil of Every Pearl's Un-Insides", da SOPHIE. A estreia definitiva de Hannah funcionaria para dar ainda mais força à dominação musical do ritmo. Vem fortalecer o movimento, Hannah!



Kendrick Lamar

No início do ano, a Polydor Records fez uma postagem, já deletada, em que revelava alguns lançamentos de 2019. Entre os nomes, um dos que mais se destacou, sem dúvidas, foi o de Kendrick. Adepto aos lançamentos surpresa e bem sigiloso com relação às suas músicas, é difícil até imaginar o que vem por aí, mas, tal como Beyoncé, não precisamos de muitas informações pra saber que um dos melhores álbuns do ano está a caminho.



Lady Gaga

Gaga fez seu retorno às paradas de sucesso de forma inesperada: através da trilha de um filme da qual ela é protagonista - e pelo qual ela está indicada ao Oscar. Se "A Star Is Born" serviu para a cantora lembrar a todos que ela nunca está fora do jogo, seu próximo álbum, que deve trazer produções de Boys Noize e SOPHIE (sim, uma produtora de PC Music!), pode ser o disco que vai trazer a Gaga pop que tanto amamos de volta. É esperar pra ver.



Lana Del Rey

Com o apoio de Jack Antonoff, nome por trás do "Melodrama" da Lorde, Lana Del Rey tem criado algumas de suas melhores músicas, como "Venice Bitch" e "Mariners Apartment Complex". Se elas forem uma prévia do que encontraremos em seu próximo disco, "Norman Fucking Rockwell", que deve estar entre nós ainda no primeiro semestre do ano, é certeza de que uma das melhores coisas de 2019 vem aí.



Marina

Marina (ex-And The Diamonds) se afastou da música para se dedicar aos estudos de psicologia, mas depois de um tempo de muitas reflexões sobre a vida, ela está de volta e com um novo nome (ou quase). A artista promete que seu novo material que, ao que tudo indica, já está finalizado, valerá a espera. E parece que o primeiro single dessa nova fase chega já na sexta-feira (8 de fevereiro).



Miley Cyrus

Miley revelou recentemente que seu novo álbum terá de tudo: pop-rock com produções do Mark Ronson, pop alternativo com o Wyatt, hip-hop com o Mike Will Made It e até músicas de pop beeem chiclete. Muitas personalidades pra agradar todo mundo! Para completar, rumores dizem que Miley quer celebrar sua carreira nessa nova era, com direito à turnê mundial e apresentação de hinos marcantes, como "The Climb". Sim, nós já estamos alimentando expectativas.



Normani

Enquanto não lança seu primeiro álbum pós-Fifth Harmony, Normani tem colaborado com ótimos artistas, como Calvin Harris, Khalid e Sam Smith, expandindo sua fanbase e conquistando terreno para seu primeiro lançamento solo. Seu disco de estreia deve ter colaborações de Missy Elliott e Ryan Tedder, além da participação de muitos produtores com os quais a artista sempre quis trabalhar. "Sonoramente e criativamente, eu posso fazer absolutamente o que eu quiser agora", contou Normani à Billboard. Soa promissor, né?



Rihanna

Rihanna está nos enrolando por anos após assumir o papel de revendedora oficial da sua linha de maquiagem, a Fenty Beauty, ao ponto de que vivemos um caso de abstinência coletiva de Riri em nossas vidas. A hitmaker já confirmou que o novo disco chega mesmo esse ano, mas não sabemos muito além disso. Rumores diziam que seu nono álbum exploraria o reggae, mas faz tanto tempo que essas informações saíram que não temos como ter certeza de nada. O que não importa muito, já que qualquer coisa que a Rihanna fizer em qualquer ritmo vai ser incrível.



Selena Gomez

Selena ensaiou seu retorno definitivo diversas vezes, com singles avulsos aqui e ali, mas sempre parando no meio por conta do Lupus e de suas complicações. Recém-saída de uma clínica de reabilitação, na qual entrou para lidar com estresse e ansiedade, a cantora parece estar bem agora. Segundo a gravadora Polydor, esse ano o sucessor do "Revival" (2015) sai. Fica a torcida pra que 2019 seja cheio de saúde e disposição para a cantora, e que ela consiga se reerguer e transformar toda a sua dor em música boa, como a gente sabe que ela pode fazer.



Sigrid

Uma das maiores revelações do pop em 2018, Sigrid não nos decepcionou com nenhuma música que lançou até hoje, e não há razão para acreditar que com seu disco de estreia, chamado "Sucker Punch", vai ser diferente. O material incluirá a canção de mesmo nome, além de "Don't Kill My Vibe",  "Strangers" e "Don't Feel Like Crying" (R.I.P. "High Five"), e está previsto para dia 1º de março.



Tame Impala

Calling all the indies! Tava muito difícil ser conceitual sem um novo lançamento do Tame Impala, mas essa saudade vai ficar pra trás em 2019. A banda foi confirmada como headliner do Coachella desse ano e já deu a entender que um novo álbum vem aí, possivelmente no dia em que se apresentam no festival, 13 de abril. O material será o sucessor do aclamado "Currents", de 2015, que é uma das melhores coisas que o meio alternativo nos proporcionou nessa década.



The Weeknd

No início ano passado, The Weeknd lançou o EP "My Dear Melancholy,", ótimo, mas que não necessariamente saciou nossa vontade por um novo disco do cara. Felizmente, durante um show em Toronto no fim de 2018, o canadense avisou que seu seu sexto álbum chegaria em breve, e a gente decidiu que esse em breve não pode passar desse novo ano. À julgar pelo "Starboy", de 2016, e pelo EP, podemos ficar tranquilos porque, quando chegar, vai ser bom demais, como sempre.



The 1975

Donos de um dos melhores discos de 2018, os caras do The 1975 já lançaram o "A Brief Inquire Into Online Relationships" com a certeza de que nesse ano viria mais um álbum. O "Notes On A Conditional Form" é, segundo o vocalista Matty Healy, um disco de UK Garage (dance, música eletrônica) sobre "ansiedade social" e nele você poderá encontrar uma das melhores letras que ele já escreveu. Os caras sabem muito bem como criar expectativa na gente (e como atendê-las também).



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Pra qual disco você tá mais ansioso? Esquecemos de incluir algum álbum muito importante e muito esperado na lista? Conta pra gente nos comentários!

A regra é rebolar em “Só Depois do Carnaval”, clipe novo e sem defeitos da Lexa

Arrasou demais, gente!

Lexa prometeu encerrar com chave de ouro a sua trilogia de funks pra ninguém botar defeito, que começou lá me “Sapequinha”, com MC Lan, tendo sequência em “Provocar”, com a Gloria Groove, e após revelar sua música nova, “Só Depois do Carnaval”, mostrou que fez a lição de casa com seu videoclipe, lançado nesta quinta (31).

Com direção d’Os Primos, dupla responsável por clipes como “Problema Seu” e “Disk Me”, da Pabllo Vittar, o novo vídeo da cantora a leva direto para um baile de rua, onde coloca seu batidão pra jogo e deixa o recado claro: ela quer curtir e não vai parar. Namoro, só depois do carnaval. Não poderíamos concordar mais.

Na produção, Lexa também não economiza nos figurinos: ela vai de musa do funk à passista de carnaval. E arrasa em todos, ao som da faixa que passeia do funk em 150BPM às influências da música árabe, autorreferenciando seus dois singles anteriores. Todas as músicas foram produzidas pelo coletivo Hitmaker, também responsáveis por hits como “Boa Menina”, da Luísa Sonza, e “Quer Mais?”, da MC Pocahontas.

Em breve, é esperado que a cantora revele também um vídeo focado na sua coreografia, pra todo mundo fazer bonito no carnaval, tá?

Agora cata esse clipe, que tá lindo demais:


Eu digo “Lexa”, vocês dizem “ícone”.

Desespero coletivo: irmão de Rihanna vai ao Instagram cobrar por um novo álbum da cantora

Socorro???

Estamos há exatos 1.110 dias sem um novo disco da Rihanna e já podemos dizer que vivemos um caso de desespero coletivo. Ninguém aguenta mais essa espera e as redes sociais da artista estão sendo tomadas por comentários de pessoas pedindo pelo R9, entre elas Rorrey Fenty, seu próprio irmão. 

Enquanto Rihanna comemorava o aniversário de 3 anos do "ANTI", lançado em 2016, Rorrey não perdeu tempo e engrossou o coro dos fãs com um comentário no Instagram:

"Quando você vai lançar o R9?"


Se nem o irmão da Rihanna sabe, imagina a gente?

A empresária, atriz, modelo e atual revendedora de cosmético aproveitou o "ANTIversary" para reafirmar que "a música ainda é, e sempre será, seu primeiro amor". Ela ainda relembrou algumas conquistas do projeto e agradeceu muito todo o apoio dos fãs: "sou abençoada por ter vocês todos".


Embora Rihanna não tenha dado nenhuma informação sobre seu novo disco, além de que ele chega esse ano, o produtor The-Dream deixou escapar que seu nono álbum já está praticamente pronto. Rumores dizem até que um novo single deve está entre nós em breve. Nada disso foi dito diretamente pela barbadiana, então não dá pra acreditar cegamente, mas já é alguma coisa, né?

Deixamos aqui o nosso apelo: Rihanna, volta logo, a gente te implora!

Lexa, conte com a gente pra tudo! Vem ouvir “Só Depois do Carnaval”, single novo do ícone brasileiro

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Prepara a raba, porque o hino chegou! 

Lexa começou a era sucessora do disco “Disponível” com o pé direito e, depois dos hits “Sapequinha”, com MC Lan, e “Provocar”, com a Gloria Groove, revelou nesta quinta (31) a canção que conclui a sua trilogia de hinos pra ninguém botar defeito: a maravilhosa “Só Depois do Carnaval”.

Sua aposta para uma das temporadas mais competitivas do ano no pop nacional, “Só Depois do Carnaval” conta com os mesmos produtores de seus últimos singles, o coletivo Hitmaker, e acerta em cheio nas autorreferências, não só pelas menções aos singles “Sapequinha” e “Provocar”, como também pela volta aos 150BPM, que foram um dos fatores mais característicos da sua colaboração com MC Lan. 

A sigla, pra quem não sabe, se refere ao número de batidas que uma canção tem por minuto (beats per minute ou, em português, batidas por minuto). No funk, os “150BPM” são aqueles batidões acelerados, incluindo hits como “Tu Tá Na Gaiola”, do MC Kevin, O Chris, e a recente “Coisa Boa”, da Gloria Groove.

Fora o batidão, “Só Depois do Carnaval” ainda carrega influências emprestadas da música árabe, aqui fazendo referência a “Provocar”, e resulta num compilado que, como a própria já adiantou, garantirá uma coreografia que não deixará ninguém parado.

Ouça a faixa abaixo:



A canção chegou às plataformas de streaming na madrugada desta quinta (31) e, logo mais, ganhará também seu videoclipe, com direção da dupla Os Primos.

Alguém duvida que ouviremos MUITO Lexa neste ano?

5 músicas que não podem faltar no show do Clean Bandit em SP

Todo artista tem aquela música que você ama e, quando chega o dia de ir ao show, não vê a hora de vê-lo cantar, né? E com o trio britânico Clean Bandit, que se apresenta em São Paulo nesta sexta (01), não é diferente. 


Mas precisamos confessar: com tantos hits e hinos já lançados mesmo antes do disco “What Is Love?”, é quase impossível chegar a um consenso sobre qual é aquela música especial que não pode faltar. Por isso, aproveitamos a oportunidade pra listar as nossas cinco imperdíveis. E já estamos cruzando os dedos pra que nossas preces sejam ouvidas.

Cata a nossa lista e vê se você concorda com a gente:

“Rihanna (feat. Noonie Bao)”

Quem conhece o trio desde essa aqui, provavelmente entende todo o valor sentimental que envolve ouvir “Rihanna” ao vivo. A música foi um dos primeiros sucessos do trio e, também pelo nome da cantora barbadiana no título, ajudou a colocá-los no mapa. De quebra, ainda traz a participação da cantora e compositora sueca Noonie Bao, que transforma tudo o que toca em ouro.

“New Eyes (feat. Lizzo)”

A Lizzo tá arrasando com seu single novo, “Juice”, e conquistando cada vez mais fãs o som e visual da cantora. Então é uma boa oportunidade deles relembrarem da vez em que tiveram a participação dela nesta que foi a faixa-título do seu primeiro CD, lançado em 2014.

“I Miss You (feat. Julia Michaels)”

Impossível falar nas músicas imperdíveis do Clean Bandit sem falar também em seus hits, né? Por isso a gente abre essa ala com a maravilhosa “I Miss You”, que traz a participação da também incrível Julia Michaels. A faixa foi uma das que resgataram a mistura do trio de música eletrônica com instrumentos como violino e piano e, sob os vocais de Michaels, soa como um verdadeiro clássico que merece ser cantado a plenos pulmões.


“Tears (feat. Louisa Johnson)”

Outra que soa como um clássico instantâneo, mas que já não teve o mesmo efeito em números, “Tears” é daquelas canções que, se pudéssemos, cantaríamos em todo karaokê. Imagina ouvi-la ao vivo, com centenas de pessoas nos ajudando no coro e dividindo as partes da talentosíssima Louisa? Por favor, nos dê esse momento, Clean Bandit!

“Rockabye (feat. Anne-Marie & Sean Paul)”

E, pra fechar, a gente não conseguiu escolher outra. “Rockabye” é grandiosa, chiclete, dançante e emocionante. Tudo numa tacada só. Sendo um dos principais hits do grupo, inclusive aqui no Brasil, a canção em parceria com Anne-Marie e Sean Paul deverá reservar um dos momentos mais épicos da apresentação, com direito à muita gente gritando e caprichando nos stories.

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Mas e aí, qual música do repertório do trio é imperdível pra você? Os ingressos para o show ainda podem ser adquiridos antecipadamente no site da Tickets for Fun. Não perde tempo, não!

10 anos depois de último show, Lily Allen voltará ao Brasil pra apresentação única em SP

Respira aí! Porque você não leu errado: 10 anos desde a sua segunda e última vinda ao país, a cantora Lily Allen retornará neste ano ao Brasil para apresentação única em São Paulo, planejada para o mês de junho, como apurou o Popload.

Sem aparecer por aqui desde a era “It’s Not Me, It’s You”, foram dois os discos lançados pela britânica até essa volta aos solos tupiniquins, o controverso “Sheezus”, de 2014, e o reflexivo “No Shame”, no qual buscou se reencontrar após uma crise de identidade e algumas divergências criativas quanto às intenções do seu selo na gringa. É esse o disco que encabeça a nova tour.


A fim de conversar com seu público, neste meio tempo rolou ainda o livro “My Thoughts Exactly”, no qual ela fala sobre seu processo de amadurecimento, fim de casamento, dependência em drogas e maternidade. Sinceridade sempre foi seu forte.

Até junho, pode ser que outros shows entrem na agenda. Tudo depende da demanda. Por agora, ficamos felizes em sabermos que em breve ela estará por aqui. Os fãs brasileiros agradecem.

A gente não consegue parar de ouvir “Pink Money”, o single novo da drag maranhense Frimes

“Baby, cê fica esperta, em estado de alerta. Ser POC é a nova sensação!”, canta a drag queen Frimes logo nos primeiros versos do seu novo single, “Pink Money”. 

A música, inspirada na sonoridade da PC Music, foi composta e produzida pela própria artista, sucede o single lançado pela cantora no ano passado, “Fadinha”, e traz uma dose de ironia para as discussões sobre “pink money”: o dinheiro de pessoas LGBTQs intencionado por artistas e marcas que se aproximam dessas bandeiras a fim de lucrarem por seus discursos.

Crítico e bem humorado, o single ostenta o poder aquisitivo da drag e incentiva seu uso consciente quanto aos lugares e pessoas com quem pretende gastá-lo, caindo como uma luva quanto ao timing das tantas discussões atuais envolvendo artistas héteros que se beneficiam do consumo de LGBTQs, mas se omitem em momentos que pedem por algum posicionamento político. 

Frimes vem da mesma terra que Pabllo Vittar, Maranhão, e tem como diferencial a estética e sonoridade inspiradas na PC Music, de artistas como SOPHIE, Hannah Diamond, A.G. Cook e Charli XCX.

“Pink Money” tá disponível nas principais plataformas de streaming.

Crítica: “Boy Erased” demanda a sessão ao expor as insanidades da terapia de cura gay

"Boy Erased: Uma Verdade Anulada" é um daqueles filmes que chegam com um timing perfeito. Apesar de estarmos na apoteose do Cinema LGBT, com nomes imersos na temática sendo cada vez mais produzidos e indo parar nas maiores premiações do mundo, estamos, também, embarcando em uma era da intolerância. Um dos pontos mais falados do lado conservador é a "cura gay".

Nem precisa ser um PhD em Psicologia para saber que a tal da cura gay é uma balela completa, porém, falar essa obviedade ainda é necessária. "Boy Erased" conta a história real de Jared (Lucas Hedges, indicado ao Oscar por "Manchester À Beira Mar"), um garoto de 18 anos que é mandado pelos pais, Nancy (Nicole Kidman) e Marshall (Russell Crowe), a uma clínica de terapia de reabilitação sexual. Jared é filho de um pastor e já nasceu rodeado pela religião, sem saber como equilibrar seus anseios e sua fé.


Um filme contemporâneo, é irônico como, logo no início, o enquadramento foca numa placa dizendo que os Estados Unidos é a "terra das oportunidades" - mas as oportunidades são só para algumas pessoas. Mas a ironia se torna pavor ao cair a ficha de que tudo o que está na tela é real e está acontecendo agora. A fita se utiliza de uma estrutura não-linear, indo e vindo na linha temporal numa tentativa de fugir do óbvio.

A maior parte da duração é dedicada para o que acontece dentro da clínica. Desde o momento em que Jared põe o pé no local, uma atmosfera de tensão paira quando as incontáveis regras são proferidas. Para resumir, há uma perda absoluta da privacidade, com os jovens não podendo nem ao mesmo ir ao banheiro sozinhos. Não é exagero chamá-los de "internos", afinal, a clínica mais parece uma prisão carcerária. Inclusive, a reabilitação é chamada de "Programa de Refugiados".


É impossível não lembrar de outro filme com a mesmíssima temática e lançado no mesmo ano: "O Mau Exemplo de Cameron Post" (2018), que retrata a vida de uma garota lésbica indo parar em um campo de conversão sexual. Também baseado em uma história real, as comparações entre "Cameron Post" e "Boy Erased" são inevitáveis. A grande diferença além do gênero das produções - "Cameron" é totalmente feminino, dirigido por uma mulher, Desiree Akhavan -, é que "Cameron" foca nos aspectos emocionais de sua protagonista diante da conversão, caindo bem mais no coming of age; "Boy Erased" coloca ênfase em explorar as narrativas construídas pela terapia.

Todo o desenrolar se inicia com o embate de Jared com o pai, um aspecto que aflige qualquer filho: o peso das expectativas dos pais. É fato que "Boy Erased" nunca chega num nível de sutileza ou requinte de um "Pária" (2011), só para citar outro longa LGBT com a mesma discussão, todavia, o filme de Joel Edgerton - que também atua, como Victor, o "líder" da clínica - sabe da importância de pontuar como LGBTs sofrem ainda mais no seio de famílias religiosas. O pai de Jared chega a dizer que, caso o garoto não aceite entrar na terapia, será expulso de casa - e dói saber que a realidade pode chegar a ser bem mais cruel do que isso.

A estratégia básica da terapia é colocar dois pólos que jamais podem entrar em contato: a homossexualidade é o oposto absoluto da religião, um caminho aberto pelo próprio Satanás. Assim como a religião em si, o processo é moldado à base do medo. O próximo passo é construir uma árvore genealógica onde cada indivíduo deve explorar todos os "defeitos" familiares, que vão desde abuso de drogas, aborto e associação ao crime, afinal, na lógica deles, Jared é gay porque um tio era alcoólatra (?).


Essa é uma lógica retirada do próprio livro que rege a vida religiosa extrema. Com um gráfico, Victor fala como a homossexualidade está irremediavelmente ligada aos pecados do estupro, assédio, AIDS e solidão, tudo o que não cabe no antro da heterossexualidade. Escolher o caminho contrário a deus é um beco sem saída, o que nos traz a outra máxima: homossexualidade é uma escolha.

Sempre me assombro quando ainda preciso dar esse discurso sobre a "opção sexual": você, oh hétero, conte-me como foi a emocionante aventura que o levou a escolher gostar do sexo oposto. Sabemos que não existe uma resposta para isso, porém, mesmo se existisse, mesmo se a sexualidade fosse passível de escolha, não seria uma escolha válida e legítima? O ato de escolher não invalida coisa alguma, matando a lógica absurda dos discursos reacionários.

O que é martelado na cabeça de quem se submete à terapia é que eles devem ter vergonha da própria natureza, um crime humano sem tamanho. "Deus não te ama assim", diz Victor para um garoto gay que não aceita a reabilitação, levando a sexualidade para o campo moral. Não satisfeitos, o próximo nível é físico, como um intensivo militar: eles devem manter uma pose de "macho", não podendo nem cruzar as pernas. Qualquer traço feminino é repudiado, nada diferente do que está em todos os lugares da vida real; o machismo sufoca. Para tais terapias, o homem de "verdade" é o homem de deus, afogado em masculinidade tóxica.


O nível extremo das estratégias do local chega quando a violência sai da opressão emocional e parte para a física. Um dos jovens sofre um crime gigante quando a clínica monta um funeral e chama sua família, que o espanca com uma bíblia em cima de um caixão. Até a irmã caçula, se debulhando em lágrimas, é obrigada a bater no irmão com a palavra do altíssimo. Deus deve estar orgulhoso do bom trabalho do homem de bem. Victor, no dia seguinte, fala com um belo sorriso: "Me sinto revigorado".

É interessante a dinâmica que o longa aborda sobre as estratégias de sobrevivência daqueles que estão obrigados ali. Os personagens de Troye Sivan e Xavier Dolan, dois ícones gays da música e cinema, respectivamente, desenvolvem planos particulares e bem diferentes para enfrentar aquele inferno: o de Dolan evita todo e qualquer contato com homens e o de Sivan engole a frase "fake it till you make it", apenas fingindo que tudo está funcionando para ir embora.

Todas essas discussões de "Boy Erased" são postas de maneira competente na tela, entretanto, a fita não vai além de um molde elementar nem gera uma carga emocional acima da média. É tudo legal, mas nada fora de série - nem mesmo as atuações, apesar de Hedges, Kidman e Crowe estarem bem confortáveis nos papéis. A parte técnica segue a "normalidade", sem inovações ou momentos que sejam memoráveis. Não dá para saber se é uma acomodação ou medo de arriscar - com exceção da já citada montagem temporal.

"Boy Erased" demanda a necessidade de sua sessão quando expõe as insanidades das criminosas terapias de conversão sexual. O filme demonstra o quanto a opressão e marginalização da identidade sexual só gera problemas, apesar de não conseguir seu lugar no panteão das obras-primas do Cinema LGBT. Bem mais voltado para os que acreditam que a religião é capaz de curar algo que não é uma doença, a produção mostra sádicos sendo alimentados pelo dinheiro de cristãos e expurgando seus ódios em cima de cabeças fáceis, tudo em nome de deus. A mensagem final é de suma importância: a verdade não pode ser anulada.

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