E aí, tá aprovada? 👀 Anitta lança versão acústica de “thank u, next”, da Ariana, para o Spotify

Anitta não perde tempo e, depois de protagonizar um episódio bem desconfortável por conta da aparição de Nego do Borel em seu show, dias após o caso de transfobia do cantor contra Luísa Marilac, ela resolveu revelar a sua participação no especial Spotify Singles, realizado pela plataforma de streaming em Nova York, com direito a cover de Ariana Grande e tudo mais.

O quadro, pra quem não sabe, se assemelha ao que rola há anos no Live Lounge da BBC Radio 1: os artistas são convidados para apresentarem seu single e o cover de algum hit atual.

Daí Anitta apresentou sua aposta em espanhol com o EP “Solo”, “Veneno”, e ainda arriscou um cover de “thank u, next”, da Ariana Grande. Que, sim, ficou muito bom.

As duas performances estão disponíveis para audição na plataforma:



Pelo Instagram, Anitta havia publicado uma série de vídeos se explicando em relação ao show com Nego do Borel, afirmando que sua participação não estava combinada, que ela não sabia do caso de transfobia e que, apesar de não querer abandoná-lo e pretender ensiná-lo sobre os tópicos que diz não entender, os dois estão com a amizade abalada, por ela estar cansada de aconselhá-lo sobre pontos que ele não tem escutado.

Mais tarde, a cantora despistou novas discussões sobre o tema pra falar de sua música para o carnaval: uma parceria com Kevinho chamada “Terremoto”. A canção terá seu clipe inspirado no clássico “I’m Still In Love With You”, de Sean Paul, com direção dos brasileiros Kondzilla e João Papa.


Todo esse timing se assemelha bastante ao que rolou quando a cantora foi criticada por não comentar sobre o assassinato da vereadora e ativista negra, feminista e LGBTQ, Marielle Franco; na época, Anitta fez a conturbada estreia de “Indecente”, que teve seu desempenho afetado pelos debates e promessas de boicote do público.

Drag negra e nordestina, Enme já tem o seu hit para o carnaval; ouça “Juçara”

Se ainda não existe um consenso quanto ao hit do próximo carnaval, o que não faltam são artistas LGBTQs a fim de preencherem essa lacuna, assim como houve com Pabllo Vittar e Rico Dalasam em 2017 ou, em menores proporções, Gloria Groove em 2018.

Um bom exemplo é a estreia da drag maranhense Enme ao lado de Brunoso, que se jogam na swingueira com “Juçara”.

Identificada como rapper, cantora, DJ e “ARTivista”, Enme já havia colaborado com Brunoso outras vezes em faixas como “Sarrar” e “Revis”, mas em “Juçara”, revelada pela OneRPM, a dupla vai além, agigantada pela chamada “Bahia bass”, que mistura a bass music com toda a pegada da música baiana e nordestina. Não poderia ter funcionado melhor.



Com a ascensão dos streamings, o cenário digital tornou cada vez mais possível que a música brasileira seja explorada em todas as suas camadas e, nos últimos anos, o que não faltaram foram revelações vindas das regiões Norte e Nordeste do país; podemos citar Pabllo, Baco Exu do Blues, BaianaSystem e ATTOOXXA.

Um ponto em comum sobre todos esses artistas é, além da vontade de nos fazer dançar com ritmo autenticamente brasileiros, o poder de embalar seus hits com discursos sobre as bandeiras que representam, abordando tópicos que vão de suas orientações às questões de raça e gênero.

Em tempos de arte e cultura sendo colocadas em risco por governantes e uma população esquecida sobre sua própria história, o momento não poderia ser mais propício. 

Hit sobre Fábio Assunção ganhará nova letra e terá lucro doado para o apoio de dependentes químicos

Se para muita gente ainda há incerteza sobre qual será o hit do verão e, consequentemente, carnaval, para muitos, a aposta é uma das mais infelizes possíveis. E nem estamos falando daquela “Jenifer”. A música em questão é uma parceria da banda La Fúria com o youtuber Bartz, chamada “Fábio Assunção”.

Releitura para um funk de mesmo nome, lançado pelo youtuber Bartz no ano passado, a música se inspira no ator brasileiro da pior forma possível, zombando do seu histórico de dependência química para descrever um rolê em que vão beber até “ficar loucão”.

Em tratamento há mais de 10 anos, Fábio Assunção tornou seu caso público como uma forma de servir de exemplo e apoiar outras pessoas que se vejam no mesmo quadro, mas, mais de uma vez, também teve sua dependência exposta em momentos de recaídas e exploradas com todo o sensacionalismo da mídia que, despreparada para esse tipo de assunto, não levou em consideração os efeitos dessas narrativas para a vida pessoal dele e outros dependentes químicos.

Nas mãos do tal youtuber, o trauma do ator vira motivo de piada e incentiva ainda mais zoeiras, como máscaras e camisetas que deverão surgir aos montes durante o carnaval. Exatamente da forma que ninguém gostaria de ver se, no lugar da figura pública, o dependente químico fosse você, um amigo ou algum familiar.

Fazendo desse limão, uma limonada, entretanto, Fábio Assunção resolveu reverter essa situação e, num acordo com a banda La Fúria, propôs que a canção não fosse tirada do ar, mas tivesse toda a sua renda revertida para uma instituição de apoio a dependentes químicos.

“É muita gente sofrendo por não conseguir controlar suas compulsões”, explicou o ator em seu Instagram. “Todo mundo começa do mesmo jeito. Achando que tudo bem. E pode não terminar tudo bem. Foi pensando nisso que eu, minha equipe de comunicação e o corpo jurídico que me atende, decidimos entrar em contato com os meninos e tornar essa história um ato propositivo de ajuda a quem precisa e de conscientização de quem pode ainda acreditar ser um super herói.”

Para frear a glamourização em torno do tema, o vocalista da banda, Bruno Magnata, também confirmou que irá trabalhar numa nova versão para a sua letra, em acordo com o youtuber Bartz e o próprio ator.


No Youtube, o clipe de “Fábio Assunção”, lançado no último mês, acumula mais de 1,8 milhões de visualizações; sua versão funk, lançada no ano passado pelo canal do youtuber, mais de 1,2 milhões. Já no Spotify, a banda La Furia possui duas versões da música, que juntas somam cerca de 400 mil audições.

Na dúvida, bora praticar a empatia e curtir de uma forma que não ofenda, nem represente um gatilho para ninguém, combinado? :)

Vem ver a tracklist de “thank u, next”, o próximo hinário da Ariana Grande

Se a teoria de que términos de relacionamento são os melhores motivos para ótimos discos pop, Ariana Grande pode estar prestes a lançar um dos álbuns mais interessantes da sua carreira.

“thank u, next”, surgiu quase que instantaneamente após o fim do seu relacionamento com o comediante Pete Davidson, e depois de revelar a sua faixa-título, a canção promocional “imagine” e seu atual single, “7 rings”. A hitmaker de “break up with your girlfriend, i’m bored” adiantou também toda a tracklist do seu novo trabalho, que será composto por 12 canções.

Cata só o nome dos prováveis hinos:

1. imagine
2. needy
3. NASA
4. bloodline
5. fake smile
6. bad idea
7. make up
8. ghostin
9. in my head
10. 7 rings
11. thank u, next
12. break up with your girlfriend, i’m bored

Estamos sentindo o cheiro dos hinos daqui.


“thank u, next” ainda não teve sua data de lançamento confirmada, mas espera-se que ele chegue ainda neste semestre, mantendo o ritmo de lançamentos frequentes da cantora, que praticamente não descansou desde o fim da era “Sweetener”.

Por qual música você está mais ansioso?

Solta a batida, Zedd! Parceria de Katy Perry com o DJ ganha nome e data de lançamento

Katy Perry tá tirando umas férias mais do que merecidas depois da era "Witness" e preparando seu retorno oficial com calma, mas arrumou um tempinho para emprestar sua voz ao novo single do Zedd. A faixa, confirmada oficialmente pela Universal Music UK nessa terça (22), se chama "365" e chegará no dia 7 de fevereiro.



Apesar de creditar os dois artistas e ser um dueto, a canção é um single do DJ, e não da cantora. Aquela tipo de parceria só pra dar um gostinho antes do comeback verdadeiro, né?

Segundo informações de quem diz já ter escutado a música, "365" soa como uma mistura de "Chantaje" da Shakira com "Gemini Feed" da BANKS em meio a um electropop, o que nos parece algo bem inusitado. Sobre a letra, foi tido que a composição é simples, mas chiclete, e a estrutura é diferente dos últimos singles do Zedd, tendo dois refrões diferentes, porém igualmente bons. 

Ao que parece, o clipe de "365" também já está gravado. Stories da equipe de Katy indicam que as filmagens da produção rolaram nessa segunda-feira (21), pra aproveitar o eclipse lunar. 

Zedd tem se mostrado um grande hitmaker e emplacado uma série de hits, como "Stay" e "The Middle". Seria "365" seu próximo sucesso?



Little Mix confirma "Think About Us" como single e anuncia lançamento de remix com Ty Dolla $ign

Depois de algumas performances de “Think About Us”, o Little Mix confirmou a faixa como a nova música de trabalho do disco “LM5”, com uma adição: sua versão em single contará com a participação do rapper Ty Dolla $ign.



O anuncio foi pela própria girlband nesta terça-feira (22) em suas redes sociais. Por lá, o Little Mix revelou um trecho do clipe e do remix de “Think About Us” com Ty, além de dar as datas exatas de quando poderemos ouvir a nova versão e assistir à produção. A música chega aos serviços de streaming no dia 25 de janeiro, essa sexta, enquanto o vídeo fica pra sexta seguinte, dia 1° de fevereiro.


Poxa, nem saiu e já hitou!

O hino com pegada latina sucede o lead-single "Woman Like Me", parceria com a Nicki Minaj, e o single promocional "Strip".


E parece que as garotas vão cantar "Think About Us" e tantos outros hits por aqui. Segundo o jornalista José Norberto Flesch, famoso por revelar extraoficialmente quais shows vão rolar por aqui, elas passarão pelo Brasil com a turnê de seu novo álbum ainda esse ano, com apresentação no Rock In Rio. Nada foi confirmado oficialmente, mas, essa semana, Leigh-Anne assistiu e respondeu ao vídeo de algumas fãs brasileiras com uma mensagem bem animadora:


Isso é tão fofo! Eu estive lutando para ir para o Brasil por 7 anos! Acredite em mim, mal posso esperar! Nós amamos muito todos vocês! Espero que vocês estejam prontos. 

Tá com cara de que vai rolar, hein?

Crítica: ”O Guia” é um pobre manual sobre racismo para novos habitantes do planeta Terra

Indicado a 05 Oscars:

- Melhor Filme
- Melhor Ator (Viggo Mortensen)
- Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali)
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Montagem

Saudações, novo habitante do terceiro planeta do Sistema Solar! É um prazer recebê-lo aqui. Não importa se você é um alienígena ou um terráqueo que acaba de vir ao mundo, sua presença é bem-vinda. Nosso planeta é um lugarzinho curioso de se viver, porém, há algumas noções que você precisa ter em mente para desenvolver uma habilidade social mais fácil.

Aqui existem cadeiras, e colheres, e caminhões, e lençóis, e cercas, e almofadas e, além de tudo isso, também existe o racismo. O que difere o racismo de todos os itens dispostos anteriormente? Ele é ruim e, apesar de você ter se instalado no nosso mundo com ele já existindo, é algo a ser repudiado. É verdade que alguém pode achar, assim como o racismo, que cercas são ruins por ter um amigo que prendeu um braço em uma, saindo machucado, mas isso é outra história.

Eu sei, é complicado entender, como vou criticar algo que já estava aqui quando surgi? Mas saiba, meu bom companheiro, independentemente da sua cor - aliens podem ser roxos? -, o racismo está impregnado e pode moldar como você é visto perante os outros. Bem louco, não? Contudo, não há motivo para desespero caso tudo isso pareça complicado demais. Existem manuais para que te faça compreender como identificar o racismo e quais mecanismos usar para driblá-lo.


Um deles é um filme recém lançado, "O Guia" (Green Book), que conta a real história de Tony Lip (Viggo Mortensen), um segurança italiano que aceita o emprego de motorista do Dr. Don Shirley (o oscarizado Mahershala Ali). A grande questão habita no fato de Don ser um musicista negro em meio aos EUA segregado, e precisa de segurança para viajar pelo sul do país, terrivelmente racista.

Pois bem, caríssimo novato terrestre, o longa tem uma mensagem muito simples: mostrar o quão ruim é o racismo. Você pode tranquilamente sentar e acompanhar as mais de 2h para ter um tutorial completo, com exemplos e discussões acerca do tema. Garanto que, após a exibição, você sairá com uma bagagem competente do tema. De nada.

Mas se você, assim como eu, já reside na Terra há mais tempo, sabe como as garras do racismo atuam. Curiosamente, mesmo com vários anos de carreira no nosso globo, eu não conhecia a história do "The Negro Motorist Green Book" (que dá o nome original da fita), um guia da década de 60 que instruía a população negra sobre quais os locais e cidades que sua presença era permitida, por mais assombroso que isso seja. Talvez seja um conhecimento corriqueiro para quem nasce nos EUA, porém, o filme faz um trabalho digno de reaver esse acontecimento e revelar o quão absurdo já fomos em termos de apartheid.


"O Guia" caminha sobre os dois pólos, Tony e Don. Entre eles, há uma inversão do arquétipo convencional: Tony é branco, mas pobre, sem estudo e vivendo de bicos, enquanto Don, negro, é culto, pianista, letrado e refinado. Quando o motorista entra no apartamento de Don pela primeira vez, o impacto entre as realidades é sem igual, resumidos pela disposição dos móveis - Tony senta numa cadeira enquanto Don senta, literalmente, num trono. A dinâmica entre o "inteligente" e o "boboca" pode ser aos avessos, contudo, é óbvia, só uma pequenina fatia da torta que é o filme como um todo.

Para nós, que contamos com vivências sobre a segregação racial, nada que a fita discorre é novidade. Mesmo se tratando de uma história real, "O Guia" tem nada para falar que nós não já saibamos - se você acabou de chegar à Terra, não me refiro a você. E o racismo, hein, nossa, que barra né, o que os negros têm que passar, acho muito errado isso aí, e acabou o filme.

Com um abuso de didatismo, a película joga váaaarias sequências para, repetidamente, martelar na cabeça de quem vê a frase que destaquei no parágrafo anterior. Os dois protagonistas passam por uma loja de ternos, entrando ao verem um modelo na vitrine. Don deseja provar um, mas é impedido pelo atendente, e por qual motivo? Pois é. Uma chatiação sem tamanho, claro.

Corta a cena. Don está no intervalo de uma apresentação e anseia usar o banheiro. O mordomo prontamente aponta o caminho para o recinto, um casebre de madeira do lado de fora, já que Don não é permitido no banheiro da casa. A pergunta que vale um milhão de reais: por que Don preferiu voltar ao hotel ao invés de usar o banheiro da criadagem? Tempo na tela.


Próxima sequência. É o último concerto da turnê, e toda a equipe janta no restaurante do local. Don é o último a chegar, e adivinhe o que acontece? Eu nem ao menos preciso continuar. Essa é a estrutura de "O Guia", uma sucessão de momentos constrangedores para Don graças ao montante de melanina em seu tecido epitelial.

E isso é algo ruim? Sim, é ruim, mas não pelo motivo mais elementar. Não é defeito um filme - ou qualquer trabalho - reforçar que o racismo é uma praga (pelo contrário), todavia, é ruim para um filme ser uma repetição de si mesmo. Com meia hora de duração já foi transmitida a mensagem inteira dos 130 minutos, com o resto se desdobrando para encontrar mais e mais momentos que gritam VEJA QUE HORROR É O RACISMO, GENTE!

Visando o Oscar, "O Guia" é mais um exemplar a discutir as diferenças sociorraciais e chegar na maior premiação do planeta, o que é sempre bom. Entretanto, é um dos nomes mais rasteiros a trazer essa discussão. Apontando somente longas a serem indicados ao prêmio de "Melhor Filme" nos últimos tempos com a mesma temática, vemos o quão pouca é a contribuição de "O Guia" ao lado deles: "12 Anos de Escravidão", "Estrelas Além do Tempo", "Um Limite Entre Nós", "Corra!", "Selma: Uma Luta Pela Igualdade" e, claro, "Moonlight: Sob a Luz do Luar". Comparar gera até pena.

O problema principal de "O Guia" é a falta de inventividade para pôr na mesa um tema que, querendo ou não, já foi discutido à exaustão e que AINDA precisa ser levantado. Toda a roupagem do filme o coloca num âmbito digno da Sessão da Tarde: importante debate, mas sem a menor ousadia, a fim de não cercear o apelo comercial - e a artimanha funciona, visto o número de honrarias que esse panfleto já conseguiu, como o Globo de Ouro, o National Board of Review e a Guilda de Produtores, o maior peso para o Oscar de "Melhor Filme". É necessário criatividade para sair da caixinha do ordinário e acrescentar, não apenas existir, e nem preciso ir longe para mostrar um exemplo.


"Infiltrado na Klan", que concorre ao lado de "O Guia", também transcorre sobre o racismo, porém, além da sagacidade incrível de Spike Lee, possui uma diferença crucial: está interessado em conversar com os negros ao invés de educar brancos, o oposto de "O Guia" - note o trajeto de Tony, que começa jogando fora os copos usados por negros em sua casa para defender Don. Que herói.

É inegável que existem momentos e diálogos acima da média no filme de Peter Farrelly - conhecido por dirigir, eeeerrrr, "Debi & Lóide" (sim), como "Inteligência não é o suficiente, é preciso coragem para mudar a cabeça das pessoas". Há uma rápida montagem com closes num presépio, mostrando o menino Jesus em toda sua branquitude e olhos azuis, a maior mentira da cultura ocidental. Além do diálogo após a delegacia, quando Don grita que não é aceito pelos brancos por ser negro, nem pelos negros por ter estudo, nem pelos homens por ser gay.

É um sutil tapa na cara do espectador que abre camadas daquela personalidade - mas ainda assim a produção não perde a oportunidade de dar um "climão" e colocar os personagens debaixo de chuva. Não dá para dar uma medalha nem mesmo às atuações: Viggo Mortensen e Mahershala Ali fazem um trabalho digno, mas nada fora de série. Ali, em principal, que parece caminhar ao segundo Oscar de "Ator Coadjuvante", parece deslocado e sob uma direção que em momento nenhum conseguiu retirar o que ele tem de melhor.

É cristalino que o racismo é um horror, todos sabemos - ou deveríamos saber -, e é esta pontuação que faz a existência de "O Guia" ser ainda necessária. A produção, contudo, não tira vantagem dessa necessidade para desenvolver um filme que discuta algo de uma forma além do que já foi posta no ecrã centenas de vezes. Assim como não era preciso reinventar a roda, não cabia aceitar tanta passividade diante do que é óbvio e rasteiro, deixando a fita no âmbito do lugar-comum, apesar de toda boa intenção. Caso você tenha o menor contato com outros seres humanos, esse manual sobre discrepâncias raciais que emula repetições acrescentará nada.

Pode entrar, melhor música da carreira: Camila Cabello e Mark Ronson estão em estúdio

Depois de se unir ao Diplo no duo Silk City, que rendeu a parceria com Dua Lipa em “Electricity”, e produzir Miley Cyrus no single de retorno “Nothing Breaks Like a Heart”, Mark Ronson se aproximou de mais uma artista pop que, neste ano, deverá lançar um hino com o produtor.

A artista em questão é Camila Cabello, que tem mostrado em suas redes sociais sessões de estúdio com o produtor, além da compositora Ilsey Juber, com quem colaborou anteriormente em “She Loves Control”, do seu primeiro álbum.

Juber, que parece ter sido a ponte entre os dois, foi também uma das compositoras de “Nothing Breaks Like a Heart”, além de já ter trabalhado com Britney Spears, Christina Aguilera, Shawn Mendes e outros artistas.

A dúvida para os fãs fica quanto ao futuro dessa possível parceria: tanto Ronson quanto Camila planejam lançar seus novos discos neste ano. Ela em seu segundo registro; ele em seu quinto trabalho, sucedendo “Uptown Special”, de 2015.

A parte boa é que, independente do destino desta canção, a gente sabe que o hino é certo.

Anitta convida Nego do Borel para show, público protesta e os dois terminam vaiados

Quem participou neste domingo (20) do ensaio do Bloco das Poderosas, produzido pela cantora Anitta no Rio de Janeiro, presenciou um momento de muito desconforto do público, que não gostou nada de uma das participações especiais do show: o cantor Nego do Borel.

Nego, pra quem não lembra, protagonizou na última semana um episódio de transfobia contra Luísa Marilac (famosa pelo meme “Se isso é estar na pior”), mais tarde publicando um vídeo, no qual se desculpa por o que disse ter sido uma brincadeira.

Anteriormente, a situação do cantor já não era das melhores com o público LGBTQ: no clipe “Me Solta”, ele interpreta uma personagem exagerada e repleta de estereótipos sobre gays e trans negros; durante as eleições, demonstrou simpatia com o atual presidente do país, Bolsonaro, e, em 2016, também apoiou Biel em relação ao assédio contra uma jornalista, inclusive tirando sarro de toda a história com uma música apresentada ao vivo.

No palco de Anitta, a recepção não poderia ser outra. Nego do Borel foi recebido ao som de vaias, que nem mesmo a cantora de “Veneno” pode conter.

Num discurso confuso, ela pediu a paciência dos fãs, afirmando que ama Nego do Borel e que estava ensinando-o sobre os tópicos que ele tanto erra quanto a comunidade LGBTQ. Veja o trecho em um vídeo:

Amigos de longa data, essa não é a primeira vez que Anitta sai em defesa de Nego sobre alguma situação problemática. Musicalmente, os dois já colaboraram nas faixas “Você partiu meu coração” e “Pode Chegar”.

Na contramão da insistência de Anitta, outros artistas já preferiram deixar que Borel lide com seus problemas sozinho. Foi o que aconteceu com Luísa Sonza, que abriu mão da sua participação no DVD do cantor, anunciada dias antes do caso de transfobia.

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