Os melhores lançamentos da semana: Tati Zaqui, Tinie Tempah, Aaron Carter, Charli XCX e mais

Desde junho do ano passado, a sexta-feira foi escolhida para o dia mundial de novos lançamentos musicais, chamado New Music Friday, e, no geral, todos esses lançamentos acontecem por plataformas como Spotify, Apple Music, Tidal, iTunes, etc.

Ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, corremos para o Spotify, para sabermos quais são as novidades mais interessantes, sejam elas de artistas novos ou consolidados, e daí surgiu a ideia de tornarmos isso uma playlist que, obviamente, será atualizada semanalmente.



Como uma introdução, vale ressaltarmos que as músicas foram ordenadas de forma que as melhores se encontrem no topo.

Caso você não esteja interessado em ler sobre isso, pode apenas apertar o play na lista acima, mas se você realmente está disposto a saber o que temos a dizer sobre isso, aqui vamos nós:


 Nós amamos a Pabllo Vittar, mas se existe uma artista que realmente acreditamos poder se tornar tão grande quanto Anitta neste ano, ela se chama Tati Zaqui. O novo single dela é mais uma aposta para o nosso verão e destaque da nossa playlist: “Bumbum Que Balança”.

 A saga de Tinashe em busca de um hit segue firme e, desta vez, a cantora emprestou seus vocais para “Text From Your Ex”, do rapper Tinie Tempah. Nossos dedos estão cruzados.

 Se Robyn não quer lançar disco novo esse ano, tem quem queira. Frida Sundemo continua se mostrando um nome em potencial pra herdar o trono da rainha do pop sueco com “Beautiful Heartbeat”, do produtor MORTEN.

 Quem diria que 2017 nos renderia um bom single do Aaron Carter? “Sooner Or Later” poderia ser do Bieber, Nick Jonas e, nesta altura do campeonato, até The Weeknd, mas pertence ao ex-Backstreet Boys.

 Nossos olhos e ouvidos não sairão de Maty Noyes em 2017 e, repetindo o que fez no ano passado, ela já lançou uma das coisas mais interessantes desse mês. “Too Soon” é sua parceria com o DJ Vanic.

 Charli XCX está empenhada em disseminar a PC Music pelos quatro cantos do mundo e, no Japão, fez isso ao lado da cantora Kyary Pamyu Pamyu. O hino se chama “Crazy Crazy”.

 Outra das nossas apostas do ano é a Maggie Rogers e, como toda boa revelação, ela também tem um hino pra chamar de seu. O dessa semana é a faixa “On + Off”.

 A cota de synthpop dessa semana foi gloriosamente preenchida pelo single “Crying On The Bathroom Floor”, da banda MUNA.

 Nos esforçamos pra não deixar que esse outro single do Tinie Tempah, “Chasing Flies”, ofusque sua incrível parceria com a Tinashe.

 A música eletrônica não soa como nada óbvio em “Stay High”, do duo We Are Loud! com a cantora Ida. Isso é realmente bom.

Entrevistamos o Clean Bandit: “Os fãs podem ficar tranquilos, a música com Marina estará no próximo CD”

Depois de morar por sete semanas no #1 da principal parada britânica com "Rockabye", o Clean Bandit já está planejando os próximos passos. A banda arrasa nos números: são 16 milhões de singles e 1,6 milhões de álbuns vendidos, além do Grammy de Best Dance Recording (Melhor Música Dance/Eletrônica) com "Rather Be", parceria com Jess Glynne. Misturando música clássica com eletrônica, o grupo, integrado por Grace Chatto e os irmãos Jack e Luke Patterson, vem conquistando cada vez mais reconhecimento e espaço no cenário musical, além de fãs no mundo todo.

Conseguimos um tempinho na agenda de Grace para conversar sobre os planos da banda, o novo álbum, novas parcerias e como é se apresentar em festivais com um público tão grande. A entrevista completa vocês conferem abaixo!



It Pop: Vamos começar com "Rockabye". A música é um hit no mundo todo! Vocês estão orgulhosos dela? Como foi trabalhar com Anne-Marie e Sean Paul?
Grace: SIM, SIM! Nós estamos muito orgulhosos da música. É uma música muito especial para mim e é o tipo de música que eu amo, como o que Anne canta também é muito interessante... E a gente sempre quis trabalhar com o Sean Paul, eu amo o senso de humor dele. Foi um sonho que se realizou!


It Pop: Anne-Marie é uma artista que estourou há pouco tempo. Por que vocês convidaram ela para uma colaboração e como vocês escolhem os artistas para trabalhar?
Grace:  Um dia, estávamos em um festival e Anne estava cantando com o Rudimental. Ficamos obcecados pela voz dela e percebemos na hora que ela seria perfeita para "Rockabye". A gente escolhe o tipo certo de palavras para cada música e é assim que selecionamos o artista. Depende muito da letra.

It Pop: Vocês já trabalharam com vários artistas diferentes. Existe alguém que você queira muito colaborar?
Grace: Hum, bem, meus artistas preferidos no momento são Lana Del Rey, James Bay... Mas nós estivemos trabalhando com Zara Larsson, Elton John, e eles são músicos excelentes.

It Pop: Sim, eu vi que vocês postaram uma foto no estúdio com a Zara. O que você pode nos dizer sobre isso?
Grace: Ela é incrível! Ela é tão jovem, mas é muito madura como artista e como pessoa. Ela tem uma voz poderosa. Talvez seja o próximo single que vai sair, ainda não temos certeza.

It Pop: E vocês mantêm contato com essas pessoas? Por exemplo, a Jess Glynne...
Grace: Sim, sim. Nós sempre nos encontramos em festivais e estamos trabalhando com ela no seu próximo álbum.


It Pop: Clean Bandit é uma banda que mistura eletrônica e música clássica. Como é isso para você?
Grace: Nós gostamos dessa mistura. Eu sempre toquei música clássica e Jack sempre gravava áudios, ele estava sempre nos meus ensaios. Um dia, decidimos brincar com isso, adicionando graves e algumas batidas. Foi assim que isso começou pra gente.

It Pop: É verdade que o segundo álbum sai este ano? E ele vai seguir os caminhos do "New Eyes" ou vai ter um estilo diferente?
Grace: Sim, ele vai sair este ano mesmo. Estamos trabalhando nele já faz um tempo, Eu acho que não será como "New Eyes". Existem muitos estilos musicais nele.

It Pop: E vocês já têm um nome pra ele?
Grace: Não, ainda não escolhemos...

It Pop: Já que estamos falando sobre isso, você tem um álbum preferido do ano passado?
Grace: Hmmm, um álbum favorito... Acho que o da Rihanna, "Anti".

It Pop: Vocês já tocaram em vários palcos ao redor do mundo. Como foi a primeira vez que você se apresentou para um público grande?
Grace: Eu toquei música clássica a minha vida toda e a plateia é muito diferente, é quieta. Então, na primeira vez que nos apresentamos como um banda, as pessoas estavam animadas, pulando, dançando, e eu amei ter essa conexão com o público.

It Pop: E qual é a lembrança mais legal de um show que você tem?
Grace: Eu acho que foi quando nos apresentamos com a Orquestra Filarmônica da BBC e nós recriamos o nosso álbum "New Eyes". Foi um momento muito especial.


It Pop: Vocês ficam nervosos no palco? Por exemplo, num evento como o Mobo Awards...
Grace: Não, eu não fico muito nervosa. Eu acho que nesse dia a Anne-Marie ficou nervosa, mas nós apenas aproveitamos o momento.


It Pop: Ainda falando sobre shows, vocês planejam uma visita ao Brasil?
Grace: Ah, eu adoraria! Possivelmente, um dia. Nós só estamos planejando o nosso ano agora com nossos agentes e empresários, mas já faz muito tempo que eu quero ir ao Brasil ver os fãs.

It Pop: Eu imagino que vocês já estejam cansados dessa pergunta, mas é algo que os fãs querem muito saber. A música "Disconnect", com a Marina and the Diamonds, vai estar no novo álbum?
Grace: Sim! Vai estar sim. Nós ainda estamos trabalhando nela e fazendo mudanças, mas vai sim estar no nosso próximo álbum. Os fãs podem ficar tranquilos!

Pode entrar, smash hit! Tinie Tempah e Tinashe estão juntos em “Text From Your Ex”

Se preparando para lançar o álbum "YOUTH", Tinie Tempah está fazendo bastante sucesso na Terra da Rainha. Sua parceria com a Zara Larsson em "Girls Like" se tornou um hit no ano passado e até está concorrendo a dois BRIT Awards, o que é ótimo também para a Zarinha. Agora ele aparece com mais um single, a colaboração com a Tinashe em "Text From Your Ex", que pode, quem sabe, ter um efeito tão positivo na carreira da americana como teve na da sueca. 

Com uma vibe tão dançante e divertida quanto "Girls Like", a música nova traz Tinie e Tinashe se jogando no R&B. E é claro que, como de costume, a participação da cantora deixa a faixa sexy na medida certa. 



Tem cara de smash hit, hein?

Recentemente, Tinashe lançou o maravilhoso clipe de "Company" onde, mais uma vez, sensualiza, segurando a produção na coreografia e no bate cabelo. A gente torce para que "Text From Your Ex" faça sucesso e carregue "Company" para o topo das paradas do UK. Sonhar não custa nada, né?

Crítica: "Estrelas Além do Tempo" supera suas limitações para se revelar um importante retrato do empoderamento negro feminino

Indicado ao Oscar de:
- Melhor Filme
- Melhor Atriz Coadjuvante (Octavia Spencer)
- Melhor Roteiro Adaptado

O ano de 2016, mesmo com todas as loucuras, conseguiu um ótimo saldo: foi um momento incrível para o cinema negro. Vários exemplares conseguiram chegar ao grande público por meio de festivais e grandes premiações, como “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, “Loving”, “O Nascimento de Uma Nação”, “Cercas” e outros, todos fortes nomes na edição de 2017 do Oscar. Se são filmes bons ou não, isso é outra história. O fato importante aqui é a representatividade.

Um dos maiores nomes desse movimento representativo é “Estrelas Além do Tempo”, novo longa de Theodore Melfi. O filme resgata a história de três importantes cientistas da NASA na corrida espacial dos EUA contra a Rússia: Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe). O que elas têm em comum? São todas mulheres negras. Esse fato acabou colocando suas histórias e suas enormes contribuições de lado, algo que o filme se propõe a consertar.

Imagem: Divulgação/Internet
Logo quando o contexto em que a obra se insere fica claro, já sabemos o que sairá dali. Guerra Fria, corrida espacial, quem coloca o primeiro homem no espaço, então terá fortes exaltações norte-americanas em detrimento da então Rússia soviética. O filão de grande filme estadunidense com grandes nomes estadunidenses evocando a glória estadunidense é receita certa para o Oscar (a maior premiação estadunidense), e o filme não se mostra tímido ao deixar essa vertente bastante clara, introduzindo a bandeira do país em diversos frames e colocando discursos reais de J.F. Kennedy. E os exemplos de filmes que já pegaram carona dessa receita são inúmeros: na história recente da premiação, “Ponte de Espiões”, “Sniper Americano”, “Capitão Phillips”, “Lincoln”... Todos indicados a “Melhor Filme” em seus respectivos anos. 

Então, sim, “Estrelas Além do Tempo” é um típico “enlatado do Oscar”, que sempre aparecem ano após ano na ânsia de conseguir algumas indicações. Isso é algo ruim? Bem, não. Porém, para entrar nessa forma de bolo, o filme acaba se limitando, o que é algo ruim. Quer exemplos? “A Teoria de Tudo”, “O Jogo da Imitação”, “O Discurso do Rei”, “A Garota Dinamarquesa”... Alguns bons, outros presos em suas fronteiras, mas todos tendo o Oscar como “objetivo final”. Onde “Estrelas Além do Tempo” se encaixa aqui? No grupo de longas que consegue atingir alguma relevância.

Imagem: Divulgação/Internet
Ao resgatar um evento histórico tão conhecido, a ida do homem ao espaço, a própria reconstituição de época é uma importante peça para o bom funcionamento do filme, e aqui tudo está em ordem: direção de arte e figurinos conseguem nos transpor com facilidade à década de 60 e seus arcaicos aparelhos eletrônicos. Usando bastante cores, o filme é fotografado de forma simples e correta, porém conseguindo encher os olhos – algo que “O Jogo da Imitação” fez de forma bem similar. 

Mas, muito mais que o visual, o filme se preocupa em introduzir a vida de suas três protagonistas, quais foram suas contribuições à NASA, e, claro, ao movimento negro, além de explorar as formas de segregação existentes na época à fim de gerar a reflexão no espectador atual. Pessoas brancas e negras possuíam polos de trabalho separados, onde a mera presença de uma pessoa negra no “polo branco” causava estranheza. Quando Katherine, genial matemática, é chamada para trabalhar no centro do Projeto Mercury, ou seja, no polo branco, os olhos não conseguiam esconder o espanto e a curiosidade de vê-la ali – e nem só por ser uma pessoa negra, mas por ser também uma mulher. Na enorme sala, todos ali são homens brancos; a única mulher presente é a secretária. Uma mulher negra assumindo um posto importante e fora do esperado era um absurdo, todavia, nem assim ela conseguia o respeito de seus colegas, que não aceitavam dividir o café com ela – outro bule com o rótulo “Negra” foi colocado na sala.

Imagem: Divulgação/Internet
E o filme desenvolve de forma aguçada uma grande tirada para demonstrar essa segregação: como Katherine poderia ir ao banheiro se no polo só havia “banheiros brancos”? Ela tinha que ir até o polo negro, quase 1km de distância, para essa finalidade. Vemos suas – literalmente – corridas até o seu centro para não atrapalhar o trabalho, já que só em chegar perto do banheiro branco ela já era bombardeada com olhares reprovativos. Tudo soa bastante cômico pela montagem do longa, que só mascara uma realidade absurda – realidade esta escancarada pela personagem num surto de raiva, momento importantíssimo para a obra, realizado com grande poder por Taraji P. Henson, totalmente desglamourizada. Até o vestuário era ferramenta desse apartheid para ela: saia abaixo dos joelhos, saltos e colar de pérolas. “Deus sabe que vocês [brancos] não pagam negros o suficiente para comprarmos pérolas”.

As dificuldades das outras duas co-protagonistas eram diferentes, mas tão revoltantes quanto. Dorothy, interpretada por uma sóbria Octavia Spencer, vencedora do Oscar por "Histórias Cruzadas", deseja o cargo de Supervisora do seu setor, algo que ela já faz, mas sem receber o salário da categoria. Suas súplicas são sempre negadas por Vivian Mitchell (uma apática Kirsten Dunst), afinal, ela não poderia ter uma mulher negra no mesmo patamar. Já Mary, engenheira, deseja subir de cargo, no entanto é impedida quando um dos requisitos para isso é ter cursado aulas de engenharia numa escola branca, ou seja, impossível para ela. "Se você fosse um homem branco, ainda sonharia em ser engenheiro"?, peguntam a ela. "Eu não precisaria sonhar. Já seria um". A burocracia é feita exclusivamente para impedir o avanço de pessoas negras.

Imagem: Divulgação/Internet
Talvez o ponto mais curioso de “Estrelas Além do Tempo” é na “adaptação” para as telas de Katherine Johnson. Na vida real, a cientista tem a pele branca, porém, por ter descendência africana, era considerada negra – assim como, hoje, latinos são considerados pessoas “de cor” nos EUA, fazendo um paralelo. Para simplificar essa questão, presumimos, a produção decidiu escolher uma atriz com a pele negra, Taraji P. Henson, para interpretá-la. Esse fato só mostra como a concepção de raça é questão bastante complexa no país e passíveis de grandes preconceitos.

Se esse ponto foi usado em prol do fácil entendimento do público de forma bem positiva, afinal, um longa de duas horas é incapaz de abordar tudo de forma perfeita, vários outros macetes são forçados e elementares demais. Todo o preconceito na tela fica longe do sutil, é aberto demais para que o espectador saiba imediatamente o que está se passando sem jamais ter a menor dúvida em segundo algum. O personagem de Jim Parsons existe basicamente para ser o preconceituoso modelo, aquele que passa o filme olhando com assombro para Katherine, tratando-a mal, sendo arrogante, mostrando-se incrédulo diante do sucesso da parceira negra e tudo mais. Não há sutilezas, não há sub-textos, é tudo gritante na tela. Funciona? Obviamente, todavia é como os sustos com barulhos altíssimos nos filmes de terror: você pula da cadeira, mas soam preguiçosos.

Imagem: Divulgação/Internet
Colocando estrelinhas na cartela do filme, um dos seus maiores acertos é fazer com que a parte física e matemática seja completamente irrelevante. As três mulheres são inteligentíssimas, e passam o filme falando jargões técnicos e uma infinidade de números, mas o espectador não tem necessidade de entender tudo isso, porque a parte teórica é algo acessório – o filme preocupa-se com a representação histórica de suas personagens, não dos meandros matemáticos que as mesmas fizeram. É claro que encher quadros com fórmulas é parte essencial para a composição do filme, porém quem está diante da tela não precisa nem acompanhar as lógicas que seguem as partidas de foguetes e as órbitas na gravidade zero, só suas implicações.

Ao contrário de muitos “enlatados do Oscar”, inclusive alguns citados no início do texto, “Estrelas Além do Tempo” supera suas limitações e clichês aos ser um filme relevante, destrinchando a importância do reconhecimento negro de forma bastante comercial, o que soa cinematograficamente frouxo, mas sem ter seu valor diminuído enquanto ferramenta de empoderamento negro feminino – principalmente quando voltado para as massas. Não conseguimos esquecer que, acima de tudo, estamos falando de dignidade humana, algo dado em doses menores àquela parcela oprimida da sociedade, o que a obra trabalha de forma satisfatória. Para ser bem sincero, é uma delícia ver mulheres negras usando suas inteligências para se auto-empoderar e colocar homens brancos no chinelo.

Eles deixam mulheres trabalharem na NASA não porque usamos saia, mas porque usamos óculos”.

* Crítica editada após os indicados ao Oscar 2017

Sem roteiro e confinamento, conheça “Terrace House”, o BBB japonês que é um reality de verdade

Seis estranhos (três homens e três mulheres) são convidados para morar em uma casa luxuosa em Tóquio por 18 semanas. Diferente da franquia Big Brother, aqui os jovens de 20 e poucos anos não ficam confinados, tampouco disputam semanalmente a permanência na casa entre provas de comida, liderança ou imunidade. Muitíssimo pelo contrário. Todos seguem com seus estudos e trabalhos, podendo sair do programa a hora que preferir. Em caso de “desistência”, outra pessoa do mesmo sexo assume o seu lugar. O ciclo continua até o fim do período estipulado. Ah… e qual o prêmio? Nada que você possa colocar em uma conta bancária.



Em um cenário de reality shows onde pessoas criam personagens ambiciosos e calculistas, Terrace House se destaca simplesmente por deixar pessoas serem pessoas. Cada episódio, de aproximadamente 30min, é o resumo de uma semana na vida dos moradores. Não existe apresentador ou uma voz que ecoa pela casa. Bem melhor que isso. Um dos pontos fortes do programa é uma espécie de aftershow (inserido entre blocos), onde um painel de celebridades comenta eventos que acontecem na casa e fora dela.


Não tem essa de edição ou roteiro (até onde se sabe), até porque os participantes não são blindados de nada. Ou seja, o programa vai ao ar no Japão enquanto a temporada ainda é gravada… e todos da casa tem acesso à TV e redes sociais.

Apesar de todos serem solteiros, cada um decide entrar na casa com um objetivo particular (namorar, fazer amigos, se descobrir…). É óbvio que conflitos existem, mas a ausência de storylines hiper dramáticas forjadas é o que torna o programa tão próximo da nossa realidade. Em um primeiro momento, pode parecer maçante, mas uma vez que você chega ao terceiro episódio, logo se vê fascinado em conhecer a cultura japonesa através da interação de seis “não-personagens” relativamente comuns. E quando alguém decide partir vem aquela tristeza, mas também a ansiedade em conhecer uma nova pessoa, um novo mundo. É doloroso, encantador e devastadoramente humano.


O mais bacana de Terrace House é que, apesar da falta de familiaridade com uma cultura estrangeira, é possível identificar traços como impulsividade e compaixão, que ultrapassam fronteiras e fazem tão parte de nós como seres humanos. O gênero reality show, teoricamente, carrega essa premissa, mas foi só depois de décadas que um programa conseguiu tal feito, finalmente.

As duas temporadas de Terrace House: Boys & Girls in the City, produzidas pela Fuji TV em parceria com a Netflix, se encontram disponíveis no catálogo brasileiro do serviço de streaming. No próximo dia 24, também estreia por aqui a primeira parte de uma nova temporada situada na ilha de Oahu, no Havaí. 

X-23 está perigosíssima no novo trailer de "Logan"


MISERICÓRDIA! Acho que agora está mais do que explicado o porquê da possibilidade de “Logan” receber a classificação R-Rated (para maiores de 17 anos, nos EUA). Apesar de o diretor James Mangold ter dito que o martelo ainda não foi batido em relação à classificação etária pela Motion Picture Association of America – órgão responsável por classificar os filmes estadunidenses –, restringir o público para maiores de 17 seria totalmente compreensível, tendo em vista as cenas apresentadas no segundo trailer do novo filme de Wolverine. Enquanto esperamos a MPAA dizer se "vai ser sim ou não", podemos já ficar ansiosos com o conteúdo que foi liberado hoje e torcer para que a verão final siga esta linha.

O destaque desta versão do vídeo é de Laura/X-23 (interpretada pela atriz Dafne Keen), o clone feminino de Wolverine. A ~pequena~ aparece botando pra quebrar, enquanto Logan e Xavier tentam ajudá-la a dosar seus poderes. Além disso, outro momento nos chamou a atenção: Logan (Hugh Jackman) segura uma HQ dos “Fabulosos X-Man” que pertence à Laura, fã dos mutantes (fofo), e diz, em tradução livre "um quarto disso aconteceu, e não foi assim. No mundo real, pessoas morrem". Tenso e da hora ao mesmo tempo!

Nos últimos dias, o diretor também liberou um trecho da trilha sonora, algumas imagens e, também, a sinopse oficial do longa, que estreia no dia 2 de março. “Num futuro próximo, um Logan cansado cuida de um Professor X debilitado, escondido na fronteira mexicana. Mas as tentativas de Logan de esconder-se do mundo e de seu legado acabam quando um jovem mutante chega, perseguida pelas forças sombrias".

Confira o trailer:

O novo clipe do Little Mix, "Touch", é quase um comercial da C&A


Que o Little Mix bombou em 2016 com o lançamento do "Glory Days", a gente já sabe. Agora, com quatro indicações ao BRIT Awards, sendo as mais indicadas dessa edição, uma turnê com a Ariana Grande prestes a começar nos Estados Unidos e outra em estádios programada para maio e junho no UK (ufa!), elas vêm dispostas a dominar 2017 e para isso já começaram lançando "Touch" como single e liberando o clipe da faixa. 

No vídeo, com coreografia da Parris Goebel, também responsável por "Sorry", do Justin Bieber, as misturinhas aparecem em um labirinto colorido, fazendo muito carão, sensualizando e batendo cabelo. A gente não nega que a coreo é incrível e que já estamos aqui aprendendo a dançar, mas parece que faltou alguma coisa para o clipe acontecer de fato (e investir em um figurino melhor para a Perrie também não faria mal, viu?). 

Confira:



Com a turnê com a Ariana chegando e uma divulgação pesada, "Touch" tem tudo para ser o primeiro hit das garotas nos Estados Unidos, principalmente porque vem na onda tropical house que continua bastante em alta por lá. 

Além de indicações e turnês, as meninas do Little Mix também tem mostrado sua força batendo recordes. Recentemente, o "Glory Days" completou quatro semanas não consecutivas no topo da parada de discos do Reino Unido, o que fez a girlband quebrar o recorde milenar das "Destiny's Child" com o "Survivor" e se tornar a que esteve mais tempo na liderança desse ranking. Tá bom ou quer mais?


Após seis anos, Gorillaz está de volta e contra Donald Trump em “Hallelujah Money”

Gorillaz está de volta. Mas não foi desta vez que lançaram a nova “Feel Good Inc”. No lugar de um novo hit, entretanto, o que a banda apresenta é um profundo e pontual protesto contra a eleição de Donald Trump, que assume a presidência dos EUA na próxima sexta-feira (20), e tudo o que este passo estadunidense significa para o cenário mundial.

“Hallelujah Money” conta com vocais do cantor, compositor e multi-instrumentista britânico Benjamin Clementine, que também influenciou significativamente sua sonoridade, e critica em sua letra as relações de política, poder e ganância, com o novo presidente americano como ponto de partida para sua discussão.

Entre as muitas referências do seu videoclipe, também protagonizado por Clementine, temos símbolos de religiões africanas, Klu Klux Klan (organização racista que defendia a supremacia branca americana) e cenas extraídas de uma animação inspirada em “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell, que satiriza as posições de poder e ignorância, numa crítica ao Stalinismo e a corrupção, ali metaforicamente ambientada numa fazenda e praticada por animais.

Assista:



Esse é o primeiro lançamento do Gorillaz em seis anos e, felizmente, abre os trabalhos da banda com seu novo disco, que deve ser lançado ainda este ano.

Em seu Twitter, a banda anunciou “Hallelujah Money” afirmando: “Tempos difíceis. Vocês precisam de alguém que os inspirem. Eu [preciso]. Aqui está um clarão de luz numa noite escura. Agora aja! Novas coisas não se escreverão sozinha”.

Pra encerrar, deixamos ainda a tradução dos versos de Damon Albern na faixa:

Como nós vamos saber se, quando a manhã chegar, continuaremos sendo humanos? Como nós vamos saber? Como nós vamos sonhar? Como nós vamos amar? Como nós vamos saber?

Bem vindos de volta, Gorillaz!

Chama a mamãe, Ketlyn! Com Kanye West na trilha sonora, saiu mais um trailer de “Power Rangers”

Minha divulgação está mais viva do que nunca! A Lionsgate está apostando todas as suas fichas no filme dos “Power Rangers” e, faltando pouco mais de dois meses para a sua estreia, marcada para março desse ano, revelou um novo trailer do longa.

Chamado “It’s morphin time!” (em tradução livre: “Ai misericórdia, chama a mamãe, Ketlyn!”), o novo trailer reapresenta algumas cenas dos teasers anteriores, revelando ainda alguns momentos e personagens inéditos, como é o caso do Zordon de Bryan Cranston, e desta vez parece melhor dividido entre todos os personagens, sem deixar nem mesmo que a Rita Repulsa (Elizabeth Banks) roube a cena.

Num meio termo entre muita ação e um quê cômico, fiel a proposta original, um dos pontos altos do trailer acontece no diálogo entre o Ranger Preto (Ludi Lin) e o Azul (RJ Cyler), que indiretamente remete às discussões raciais, em paralelo com o visual deles enquanto heróis. A trilha-sonora é a canção “Power”, do Kanye West.

Olha só:



Vai ser um filmão da porra, sim ou claro?

Com a estreia de “Power Rangers”, a ideia da Lionsgate é conquistar a fatia de fãs de super-heróis das telonas, deixando para trás o carão trash que nos remete a franquia, quem sabe tornando-o o próximo favorito tanto do público jovem quanto dos saudosos aos anos 90.

“Power Rangers” estreia dia 24 de março nos cinemas. 

Temos cinco motivos para você amar "Até Te Encontrar", single/clipe de (re)estreia do brasileiro Yann

O cantor carioca Yann lançou na semana passada o seu single de (re)estreia, "Até Te Encontrar", carro-chefe do novo EP do cara, "Entre o Fim e o Recomeço", que será dividido em duas partes e aceitará a beyoncetização nossa de cada dia: será um álbum visual, com clipe para todas as músicas. Anitta, aceita também!

Yann vem sim para reforçar o pop nacional, mas, distante da citada Rainha do Pop made in Brazil que é a Anitta, a proposta do carioca veio mais intimista e alternativa, mas nadinha menos interessante. Depois de vários dias ouvindo o novo single (no repeat), listamos cinco motivos para você também colocar "Até Te Encontrar" dentro do seu coração.

1. "Até Te Encontrar" é a "Habbits" brasileira

Isso mesmo, temos a nossa nova música dor-de-cotovelo, o que é maravilhoso, não é mesmo? Assim como Tove Lo tinha que cair nas baladas (e ficar chapada) para esquecer o ex-amor, Yann também espera ansioso a noite chegar para poder fugir das lembranças do relacionamento falido: "Depois conto os minutos pra noite chegar. É no escuro que esqueço seu olhar e consigo respirar. E à noite tenho sede pra me abastecer, pra esquecer". A faixa é uma pequena pérola daquele período terrível que passamos para superar e seguir em frente. Vida que segue.

2. Ela provavelmente vai ficar na sua cabeça

Você talvez não ame a faixa numa primeira ouvida; lá, ela soa uma faixa pop como qualquer outra. Aí você ouve novamente e hum, esse verso é bem bom. Na próxima, olha, essa letra é tão eu. Na quarta, nossa que batidinha delícia, essa guitarra no final é ótima. Na quinta, VEM, JÁ, PRA, CÁ, VEM, JÁ PRA, MIM.


3. Yann é made in Brazil 100% independente

É bem verdade que artistas em grandes gravadoras tenham que, muitas vezes, abrir mão de muita coisa para, a fim de emplacar mais um hit, se encaixar no formato que os produtores querem, porém, com os rios de dinheiro, fica mais fácil a música chegar até nós. Yann compõe as próprias músicas e faz tudo de maneira independente, o que é incrível. Assim como dançamos Banda Uó quando toca na balada (eles também eram independentes no começo da carreira, inclusive), temos que dar o apoio à artistas independes do nosso país, muitas vezes talentos absurdos perdidos no meio dos grandes contratos das gravadoras.

4. O clipe de "Até Te Encontrar" segue ótima tendência de vídeos minimalistas

Como é de supor, artistas independentes não possuem os grandes orçamentos para gravar um clipe de alto nível, então uma boa saída é agregar um conceito minimalista - quando bem feito, sai um belo resultado. Exemplos? "Búzios do Coração" da Banda Uó, "Chuva" do Jaloo, "Million Reasons" da Lady Gaga". Filmado numa praia carioca durante as primeiras horas da manhã, o cantor nos contou os perrengues da gravação, que foram desde os curtos momentos do amanhecer até o engano na data da gravação, que impediu duas dançarinas de comparecerem para as filmagens. Pensa que a coisa é fácil só porque a coisa é minimalista? Mas o resultado final ficou bastante interessante e cru, o que casa com a proposta da música.


5. Você já viu o cantor? Que delícia, né gente?

Uma imagem vale mais que mil palavras.


Okay, isso não é motivo para amar a música, mas amando quem canta já é um grande começo, não? Ai, misericórdia, chama a mamãe, Katelyn!

O primeiro volume de "Entre o Fim e o Recomeço" será lançado em março em todas as plataformas digitais e vem junto com o principal single de trabalho – que será revelado no mês de lançamento. E segurem: a faixa será uma parceria com a atriz Mariana Ximenes. Quem já quer mais do Yann? Só seguir o cara no Facebook, Instagram e Twitter. Vem salvar o pop!

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo