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Tem Kanye West em dose dupla neste ano: rapper anuncia disco inédito e projeto com Kid Cudi

Depois de meses de silêncio sobre novos projetos musicais, Kanye West voltou para o Twitter para anunciar o lançamento de DOIS álbuns em junho desse ano.

Com uma sequência de posts "enigmáticos", ele ainda indicou que um dos discos será feito em parceria com Kid Cudi, em um projeto chamado "Kids See Ghost".
Kanye ainda aproveitou o embalo para anunciar as datas de mais dois álbuns da sua label, a GOOD Music. Ambos produzidos por ele, o disco do rapper Pusha T sai em 25 de maio, e o da maravilhosa Teyana Taylor em 22 de junho. Mr. West não brinca em serviço!


Foram quase 11 meses desaparecido das redes sociais até os tweets dessa semana, que além de trazerem novidades da carreira musical de Kanye, também foram a plataforma escolhida por ele para compartilhar pensamentos filosóficos. Aparentemente, tudo o que ele está compartilhando por ali vai fazer parte de um livro. Quem já quer entrar na lista de espera pra garantir a sua cópia?

Seja o mais transparente possível. Pare de definir as jogadas. Pare de jogar xadrez com a vida. Tome decisões baseadas em amor e não medo
Aliás esse é o meu livro que estou escrevendo em tempo real. Nenhum editor vai me dizer o que colocar onde ou quantas páginas escrever. Isso não é uma oportunidade financeira, isso é uma necessidade inata de me expressar.

Há um ano, Taylor Swift foi exposta por Kim Kardashian na internet



Nessa semana faz um ano desde que a internet foi quebrada por Kim Kardashian que, no dia 17 de julho de 2016, revelou um vídeo em que seu marido, o rapper Kanye West, conversava amigavelmente com Taylor Swift sobre a faixa “Famous”, do álbum “The Life of Pablo”, na qual ele afirma que a fez famosa e que eles deveriam fazer sexo por conta disso.

No vídeo, Kanye e Taylor conversam sobre a canção por telefone e, após ouvir o trecho em que o rapper sugere que os dois deveriam transar, a cantora de “Blank Space” afirma: “Eu acho que isso é uma coisa boa pra colocar na música. E, tipo, é um elogio”.

Kanye continua, afirmando: “Eu me importo com você, como pessoa e amiga, e quero fazer algo que te faça sentir bem. Eu não quero fazer rap que faça as pessoas se sentirem mal”. E ela responde: “Vá em frente com os versos que achar melhor (...) E eu realmente te agradeço por me contar isso. É muito legal [da sua parte]”.

Eu não acho que as pessoas ouvirão isso e pensarão ‘Ela deve estar chorando agora’”, continua Taylor. “Você tem que contar a história do jeito que ela aconteceu pra você, porque você não sabia quem eu era antes do ocorrido. Não importa que eu tenha vendido 7 milhões de álbuns antes do que você fez. O que aconteceu, aconteceu.  Você não sabia quem eu era antes disso. (...) Quando a música sair e me perguntarem, eu direi que você me ligou”, finaliza.

Mas a gente se lembra que a história não foi bem assim...



Quando o disco “The Life of Pablo” foi lançado, incluindo a parceria com Rihanna em “Famous”, Taylor Swift não disse uma linha sobre essa conversa com Kanye West, depois afirmando que gostaria de ser retirada de uma narrativa que nunca pediu para fazer parte.

Por meio de textos em suas redes sociais, a cantora foi firme em dizer que não sabia da existência da música, ainda que Kanye contasse o contrário, e, obviamente, teve sua versão acatada pela maioria, apenas reforçando todo o mal entendido que se estendia desde a premiação da MTV em que o rapper a interrompeu pra discutir sobre o privilégio branco e a perda de Beyoncé, que na época foi passada por Taylor Swift com o clipe de “Single Ladies” - one of the best videos of all time.

Com a exposição de Kim Kardashian, uma nova perspectiva foi dada para toda a história, que não anulava a misoginia por trás dos versos de Kanye West, mas acrescentava pontos sobre a forma como Taylor Swift usufruiu de seus privilégios ao colocar sua palavra acima do que realmente aconteceu, deixando que o rapper saísse como mentiroso e com o estereotipo do homem negro raivoso.

No Brasil, toda a história se transformou no meme que apresentou para o mundo Duny, de “Girls In The House”, e essa versão maravilhosa de “Keeping Up With The Kardashians”:



Ela é dissimulada essa garota.

Ouvimos o “4:44” do JAY-Z por várias horas e essas foram nossas primeiras impressões

Os rumores eram reais e, na última sexta-feira (30), o rapper JAY-Z lançou com exclusividade ao Tidal o seu novo disco, “4:44”. O álbum sucessor do “Magna Carta... Holy Grail”, é um verdadeiro livro confessional, no qual o marido de Beyoncé narra das vezes (sim, no plural) em que traiu a cantora aos problemas que teve com o seu amigo de longa data, Kanye West, abordando ainda narrativas sobre a forma como lida com o racismo e até mesmo a homossexualidade de sua mãe.

Das letras aos arranjos, “4:44” nos entrega uma experiência ainda mais complexa do que a oferecida pelo rapper em seu álbum anterior, contando com referências o suficiente para nos perdermos por algum tempo, o que só nos mantém ainda mais curiosos para ouvi-lo mais e mais vezes.

Abaixo, listamos alguns pensamentos que tivemos durante as primeiras vezes em que o escutamos.

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Kanye West está presente nesse disco


Apesar de JAY-Z e Kanye West estarem brigados, a influência do parceiro de Jay em “Watch The Throne” é perceptível do início ao fim do disco. A faixa de abertura, “Kill Jay Z”, inevitavelmente nos remete a “I Love Kanye”, do disco “The Life of Pablo”, o sample de Nina Simone em “The Story of OJ” é algo que Kanye West faria, o sample de Sister Nancy em “Bam” é o mesmo que o Kanye usou em “Famous” e por aí vai. Se não fossem as letras sobre ele, ‘Ye ficaria orgulhoso.



“The Story of OJ” é uma das músicas mais fodas desse ano, porque sim.


“Eu não sou um negro [qualquer], eu sou O.J.”, disse O.J. Simpson durante um de seus depoimentos enquanto era julgado pelo assassinato de sua mulher, em um dos maiores casos policiais dos EUA. A frase, por sua vez, foi o que permitiu que JAY-Z o associasse com essa faixa, na qual discute a forma como o racismo se mantém presente e violento na vida negra, independente da sua pele ser mais clara ou, como no caso de O.J. Simpson, você ser um negro famoso e milionário. “Negro claro, negro escuro, negro falso, negro real, negro rico, negro pobre, negro de casa, negro do campo, continuará sendo apenas um negro. Apenas um negro”, diz em seu refrão.

A música ainda traz um sample pontual de “Four Women”, da Nina Simone, na qual ela dá voz para quatro mulheres negras em tonalidades diferentes, demonstrando a forma como a escravidão deixou seus resquícios na vida de cada uma delas. Foda demais.

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O relacionamento dele com Beyoncé foi abusivo?


Da treta com Solange no elevador aos versos que fazem referência as agressões sofridas por Tina Turner em “Drunk In Love”, foram muitas as vezes em que o público se questionou sobre o relacionamento entre JAY-Z e Beyoncé ser abusivo em algum nível e, além das confissões sobre suas traições, o rapper dá margem pra que também interpretemos isso.

Na faixa “4:44”, um dos versos que nos chama a atenção é quando ele relembra que, no aniversário dela de 21 anos, pediu: “não me envergonhe”. Hoje ele se diz arrependido e afirma que deveria ter dito “seja minha”, mas toda a canção segue nessa narrativa em que ele fala sobre o quanto foi um macho babaca, para hoje reconhecer a mulher que tem ao seu lado. Nessa canção, ele também conta sobre quando ela descobriu uma de suas traições e se desculpa, inclusive, por abortos que ela teria sofrido em 2010 e 2013.

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...ok, precisamos lidar com o fato de que JAY-Z foi um homem babaca.


“Eu vou acabar com algo bom se você me deixar. Becky, me deixa em paz”? Meu cu, né JAY-Z. Se não bastasse o histórico narrado em “4:44”, na faixa “Family Feud” ele é ainda mais direto sobre as traições, agora fazendo menção a mesma Becky que também virou música com a Beyoncé em “Sorry”, do “Lemonade”, mas se colocando numa posição de vítima bastante incômoda para quem está ouvindo.

Cê foi lá transar sem ninguém te obrigar, sabendo que era marido da fucking Beyoncé. Não vem se fazer de inocente pedindo pra mina te deixar em paz, porque era você quem poderia ter dado um fim nisso antes mesmo de ter começado. Cuzão.



A sacada de “Moonlight” foi genial


Depois do soco de realidade na letra de “The Story of O.J.”, o racismo volta a ser pautado em “Moonlight”, uma reflexão sobre como a maioria se apega ao conformismo em meio aos pequenos avanços. “Nós continuamos em La La Land. Mesmo quando ganhamos, estamos perdendo”, diz em seu refrão.

A sacada fica para a relação com o último Oscar, no qual o drama LGBT negro “Moonlight” venceu o musical favorito muito branco “La La Land” e, mesmo com a estatueta da noite, teve seu momento marcado pelo anúncio confuso da premiação, que inicialmente deu o prêmio ao segundo filme. O que deveria ser histórico pelo filme vencedor, terminou lembrado pela gafe, fato que, de certa forma, ofuscou o brilho da produção negra.



Caralho, Blue Ivy, tu é muito esperta


Agora que Beyoncé teve gêmeos, Blue Ivy precisa se preparar pra dividir a maior fortuna do mundo com mais duas crianças, mas a menina é esperta. Na faixa “Legacy”, é ela quem começa perguntando, “papai, o que é um testamento?”. Quer menina mais esperta?

Falando sério, a letra fala sobre o legado que o rapper quer deixar para seus filhos e termina com um sample do Donny Hathaway, no qual ele profetiza: “Algum dia, todos nós seremos livres.”

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Dá vontade, não dá, Macklemore?


A gente bebeu muito mijo do Macklemore & Ryan Lewis pelo sucesso de “Same Love”, que trazia vocais da cantora bissexual Mary Lambert, abordando a relação homoafetiva, raramente discutida por artistas do hip-hop, e aqui está JAY-Z indo ainda mais fundo em “Smile”, na qual sua mãe é quem revela ser homossexual, da forma mais bela e inspiradora possível.

“Mamãe teve quatro filhos, mas ela é lésbica”, canta JAY-Z. “Precisou fingir por tanto tempo que se tornou uma atriz. Precisou se esconder no armário até ser medicada. Por vergonha da sociedade e da dor ser grande demais para aguentar. Chorei lágrimas de alegria quando se apaixonou, porque pra mim não importa se será ele ou ela, só quero te ver sorrir apesar de todo esse ódio.”

No final da faixa, é a própria mãe do rapper, Gloria Carter, quem recita um poema, no qual diz:
Vivendo duas vidas, feliz, mas não livre. Você vive nas sombras pelo medo de ferir alguém da sua família ou pessoas que você ama. O mundo está mudando e eles dizem que está na hora de se libertar. Mas você vive com o medo de apenas ser você. Viver nas sombras parece a forma mais segura de ser. Sem danos pra eles, sem danos pra mim. Mas a vida é curta demais, então é hora de ser livre. Ame quem você ama, porque a vida não está ganha. Sorria.

Dá o Grammy pra ela!

***


JAY-Z foi um puta babaca com a Beyoncé? Sim, ele foi. Mas, assim como ela fez em “Lemonade”, transformou todo esse transtorno em um dos seus melhores álbuns – e, felizmente, em um dos melhores álbuns desse ano – de uma forma em que não ficaremos surpresos se, assim como ela, conquistar o apreço critico como nunca antes – e, provavelmente, perder o Grammy para algum artista branco.

“4:44” é um disco que resgata a qualidade dos primeiros trabalhos de JAY-Z, com toda a maturidade artística que ele só poderia apresentar nos dias atuais, com o acréscimo do que absorveu ao longo de suas parcerias com artistas como Kanye, Beyoncé e até nomes mais novos do que ele neste jogo, como Frank Ocean e Kendrick Lamar.

É um disco sofisticado e agressivo, sutil e escandaloso, feito para ser amado e odiado. E, disponível apenas no Tidal, definitivamente, vale a audição.

Kanye West teve alta de clínica e já está em casa com sua família, diz site

O rapper Kanye West passa por um período conturbado e, na segunda-feira da semana retrasada (21), deu entrada numa clínica médica de Los Angeles, mas, de acordo com o site da revista People, o músico recebeu alta nesta quarta (30) e já está em casa, descansando.


Embora não tenha muitos detalhes, a publicação afirma que Kanye já está bem e na companhia de Kim Kardashian e seus dois filhos. Eles ainda contam que o dono de “Fade” continuará recebendo tratamento em casa, cuidando também dos seus problemas com estresse e necessidade de descanso e tempo para a vida pessoal.



Antes da internação, West estava em exposição por conta do último show da turnê Saint Pablo, que contou com um longo e confuso desabafo, no qual ele criticou grandes corporações e disse estar chateado com Beyoncé, que teria aceitado um prêmio da MTV em troca de uma performance na sua premiação.

Em meio às notícias, cerca de vinte shows que concluiriam essa turnê foram cancelados, até que os fãs receberam a notícia de que Kanye West estava hospitalizado.

Nós ficamos na torcida pra que o rapper consiga ter seu merecido descanso e, claro, se recupere o quanto antes de tudo o que vem passando.

Editorial: “What happened, Mr. West?”

Kanye West nunca foi um santo. O rapper, autointitulado Yeezus no seu disco lançado em 2013, protagonizou uma série de polêmicas que, de certo, merecem ser questionadas, como o episódio com Taylor Swift no MTV Video Music Awards 2009 e o lançamento de “Famous”, do seu mais recente álbum, “The Life of Pablo”, mas quanto mais sua imagem caminhou para essa personalidade midiática, mais seu comportamento foi afetado por todo o assédio.



Tudo aconteceu muito rápido na vida e carreira de Kanye. Seu disco de estreia, “The College Dropout” (2004), lhe rendeu seu primeiro Grammy (por ‘Melhor Álbum de Rap’) e, na mesma edição, ele conquistou os gramofones por ‘Melhor Música de Rap’ (“Jesus Walks”) e ‘Melhor Música de R&B’ (como compositor, por “You Don’t Know My Name”). O reconhecimento veio acompanhado de ainda mais espaço pra que fizesse a sua arte e, consequentemente, o seu nome. Assim, de College Dropout até aqui, Kanye acumulou invejáveis 21 prêmios Grammy. Mas algo neste caminho deu errado.

Sempre lembrado por sua música, o nome de Kanye West foi aos poucos se tornando sinônimo de polêmica e, apesar de muitas atitudes e declarações questionáveis, a imprensa e todo seu racismo e sensacionalismo teve uma grande culpa nisso. O rapper, para terem uma ideia, discutia no começo da carreira sobre a importância de desconstruirmos a homofobia no hip-hop, porque tinha um tio gay e nunca havia pensado no quanto era preconceituoso com a comunidade LGBTQ+, e pensar nisso hoje, nos faz questionar o que houve com The Old Kanye, como ele mesmo se refere em “I Love Kanye”, também do último disco.



O MTV Video Music Awards de 2009 talvez seja um importante divisor na carreira do rapper. Naquela época, Kanye West não discutia apenas a qualidade do videoclipe de Beyoncé (“um dos melhores clipes de todos os tempos. De todos os tempos.”), mas também o privilégio branco na indústria e, não só nessa edição da premiação, ele seguiu questionando publicamente sobre isso e o quanto esses tipos de eventos são desrespeitosos com os artistas. “Amanhã, essa arena estará completamente diferente”, disse no seu discurso de agradecimento no VMA de 2015. “Terá algum show, algo assim. O palco irá partir. Depois dessa noite, o palco irá partir, mas o efeito disso [o evento] nas pessoas permanecerá”. E permaneceu.

Do MTV Video Music Awards 2009 até as premiações atuais, é difícil pensar numa retrospectiva em que a emissora não tenha relembrado o triste episódio de Taylor Swift ao lado do lobo mau do hip-hop e, reforçando a memória, fizeram questão de colocar a cantora ao lado do rapper em 2015, dando na edição seguinte 15 minutos pra que ele fizesse exatamente o que desse na telha – ele escolheu um breve discurso, seguido da estreia de seu novo videoclipe, “Fade”.



A edição desse ano, entretanto, ganhou um novo capítulo há alguns dias, quando Kanye West afirmou, durante um show, que a emissora o confidenciou que Beyoncé ganharia o prêmio de ‘Vídeo do Ano’ por “Formation”, numa decisão que teria sido feita por ela, em troca de uma performance no palco da premiação. No show, que aconteceu no dia 17 de novembro, o rapper afirma: “Beyoncé, isso me machucou”. E explica que o problema sequer foi o prêmio, mas, sim, saber que ela aceitou isso, ciente de que acarretaria numa vitória sobre ele e Drake, que concorriam por “Famous” e “Hotline Bling”, respectivamente.

A imprensa, obviamente, amou a novidade. O que se viu por aí foram vários “Kanye West acusa Beyoncé de fraudar o VMA”. Mas só esqueceram de analisar o que ele contou como um todo, porque, sim, faz mais sentido do que gostaríamos.

Apesar do longo e confuso desabafo desse show, que aconteceu em San Jose, na Califórnia, o rapper estava focado em criticar grandes corporações. Ele gritou “Google mente pra vocês, Facebook mente pra vocês, as rádios mentem pra vocês”, em certo momento. E, sobre a premiação da MTV, afirmou que a emissora te deu essa notícia momentos antes dos seus “quinze minutos livres”, o que, se não fosse a satisfação em lançar seu novo videoclipe com tamanha exposição, poderia tê-los rendido outra grande polêmica para os próximos anos. Se Kanye falou a verdade, a MTV queria que ele confrontasse Beyoncé ao vivo, mas o que tiveram foi um sincero e bem humorado rapper, que afirmou no palco da premiação: “Nesta noite, ‘Famous’ deve perder para Beyoncé, mas eu não posso me chatear. Eu estou sempre desejando que ela vença, então tudo bem”.



No mesmo show, Kanye ainda pediu pra que Jay Z o ligasse, eles precisavam conversar como homens crescidos, e estranhamente deixou o apelo: “não mande seus homens atrás da minha cabeça, me ligue, você ainda não me ligou”.

A apresentação foi alvo de muitas críticas pelo público presente, visto que o rapper apresentou apenas duas canções, deixando o palco antes do esperado, e na sequência Kanye West cancelou o restante da turnê, que ainda contaria com cerca de 20 shows.

Todos esses acontecimentos já sugeriam: algo estava errado com Kanye. A confirmação veio mais tarde, quando o rapper deu entrada numa clínica em Los Angeles, para tratar o que afirmaram serem problemas com a privação do sono, exaustão e excesso de trabalho.

Mas o que está acontecendo com Kanye West?

Se relembrarmos o ano como um todo, o rapper já passa por essa fase conturbada há algum tempo. Em seu perfil no Twitter, foram muitos os desabafos, dos problemas financeiros, contando até mesmo com um inusitado pedido de empréstimo ao dono do Facebook, Mark Zuckerberg, às discussões com outros artistas, e se tratando da indústria, também não faltaram pensamentos, com críticas às premiações, emissoras e rádios, além do claro descontentamento em ver trabalhos como o seu e outros artistas negros serem desvalorizados nos meios de massa.


O final desse ano, entretanto, conseguiu ser ainda pior. No começo de outubro, Kim Kardashian foi feita de refém e assaltada em Paris, optando por dar uma pausa nas redes sociais, e no dia 10 de novembro, o rapper passou por mais um ano desde o falecimento da sua mãe, acontecimento esse que desencadeou seus problemas com a depressão e quase levou o músico ao suicídio entre 2010 e 2011.

Neste mesmo período do ano passado, Kanye se refugiava em sua música, visto que estava em estúdio, produzindo o que viria a ser “The Life of Pablo”, mas em turnê, rodeado por toda a exposição que acompanha a família Kardashian e seu reality show que não termina quando a TV desliga, a pressão foi maior do que poderia aguentar.

Assim como um de seus maiores ídolos, a lendária Nina Simone, Kanye West usa muito de sua música como uma válvula de escape para o que tem sentido e, no disco “The Life Of Pablo” especificamente, dedicou alguns versos ao momento que vinha passando.

Na música com The Weeknd, “FML” – uma sigla para “fuck my life” –, ele fala sobre as pessoas sempre esperarem que ele cometa algum erro grave o suficiente para foder com a sua vida. “Eles queriam que eu fosse em frente e fodesse com a minha vida, mas não posso deixar que me atinjam. E mesmo se eu sempre estiver acabando com a minha vida, sou o único que posso falar disso”, canta seu refrão. Na mesma música, o rapper também faz menção a um remédio que trata distúrbios mentais, como depressão e bipolaridade, afirmando: “Você nunca verá um cara tão louco quanto esse sem seu Lexapro”.



Em tom mais sarcástico, Kanye faz uma longa reflexão sobre sua carreira em “Feedback”:

Parece que quanto mais fico famoso, mais fico selvagem. Tenho perdido a cabeça há muito tempo, tenho perdido a cabeça há muito tempo. Venho dizendo como me sinto nos momentos errados. (...) Não posso deixar que essas pessoas brinquem comigo. Me diga um gênio que não seja louco.



E, fora do seu disco, também há uma contribuição de Kanye em “Reaper”, lançada por Sia no disco “This is Acting” (2016). A música, descartada pelo rapper e por Rihanna, foi composta aos poucos, por meio de notas e conversas entre Kanye, Sia e Rihanna, e faz um pedido pra que a morte não o busque enquanto estiver se sentindo bem:

Não venha atrás de mim hoje, estou me sentindo bem e quero aproveitar isso. Não venha atrás de mim hoje, estou me sentindo bem e me lembro de quando você veio para me levar embora. Eu estive tão perto dos portões do paraíso. Mas, querido, hoje não. Você tentou me derrubar e me seguiu como uma nuvem negra, mas, querido, não, hoje não.



Em “What Have They Done To My Song, Ma”, originalmente lançada pela americana Melanie Safka, Nina Simone lamenta para sua mãe os efeitos da indústria em sua música, alma e mente. “Eles mexeram em minha mente como se fosse um pedaço de frango e agora acham que eu estou louca, mãe, olha o que fizeram comigo”. E apesar dessa não ser uma das muitas músicas da cantora reutilizadas por Kanye West, é possível associá-la bastante ao músico.

De Britney Spears à Amy Winehouse, foram muitas as vezes que os fãs da cultura pop tiveram a decadência de artistas famosos como seu entretenimento, e a imprensa aprendeu da pior forma possível o quanto isso pode ser lucrativo, então não deixará o nome do rapper em paz tão cedo. Mas no meio de toda essa realidade, na qual propagar o ódio tem parecido cada vez mais interessante, é importante ressaltar a necessidade da empatia e bom senso num momento como esse, em que não é preciso gostar ou admirar o artista para minimamente respeitar não apenas ele, mas todos que sofrem com algum desses distúrbios.

A reação contraditória das redes sociais, que comemoraram, afirmando que ele “está tendo o que merece”, é apenas mais um dos motivos pelos quais tantas vidas são perdidas, visto que muitas pessoas se tornam resistentes à pedir ajuda, temendo a mesma falta de consideração.

Nas palavras do próprio rapper: “we still love Kanye”. E estamos na torcida pra que ele se recupere dessa o quanto antes.

***

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 10% da população mundial possui algum distúrbio de saúde mental, e, apesar de ainda haver muito o que percorrer, esse é um assunto que tem sido cada vez mais debatido e desconstruído. Se você acredita lidar com algum transtorno mental, não hesite em procurar ajuda médica.

Pelas redes sociais, também recomendamos o maravilhoso trabalho do CVV (Centro de Valorização da Vida), que fornece apoio emocional e prevenção do suicídio por meio de atendimentos gratuitos por seu site oficial, telefone, Skype e, presencialmente, em seus postos físicos.

Lady Gaga fala sobre Kanye West: “Eu te apoio e te amo, irmão, posso ver sua coragem”

A hospitalização repentina de Kanye West, após o cancelamento de todos os shows da turnê Saint Pablo, continua sendo assunto e, se existe um consenso sobre essas discussões, é de que transtornos mentais não devem ser motivos para piadas ou quaisquer outros tipos de brincadeiras.

Lady Gaga, com quem o rapper se desentendeu em 2009, resultando no cancelamento da turnê conjunta Fame Kills, se manifestou sobre os últimos acontecimentos com seu nome pelo Twitter e, da forma mais sensata possível, pediu pra que o público fosse amável e gentil.

“Não é engraçado brincar sobre a possibilidade de ninguém ter ou não transtornos mentais, esse é um momento sensível para muitos”, disse Gaga. “Vamos ser gentis e amorosos.”

Como o assunto da declaração não havia ficado claro, a cantora de “Million Reasons” continuou:

“Embora eu não concorde com tudo o que ele faz, espero que o público mostre compaixão e amor por Kanye West e uns aos outros. Um amor. Uma raça”, e completou: “Kanye, eu te apoio e te amo, irmão, eu vejo sua bravura e coragem em parar essa turnê para cuidar de VOCÊ. Você é um ÓTIMO artista.”

Que fofa!

A cantora Janelle Monáe foi outra artista que comentou sobre o rapper, afirmando pelo Twitter:

“Orando por Kanye. Orando pra que ele tenha as energias certas ao seu redor nesse momento. Enviando paz e amor.”

Kanye West foi hospitalizado na noite da última segunda-feira (21) para “sua própria segurança e saúde”, de acordo com a NBC. Os principais veículos da imprensa americana reportaram que tentaram diversos contatos com a equipe do rapper, mas não tiveram qualquer retorno com maiores informações.  

Aparentemente, Kanye West acabou de ser hospitalizado à força

As coisas não estão bem para Kanye West.

Os últimos dias foram turbulentos para o rapper de “Ultralight Beam” e, segundo veículos da imprensa americana, ele foi hospitalizado na noite dessa segunda-feira (21), após o que deveria ser uma consulta de rotina.

Como contam as fontes do tabloide TMZ, Kanye recebeu um de seus médicos para tratar seus problemas com o sono, entretanto, decidiram que ele precisava ser internado e, contra a sua vontade, o rapper foi levado por uma ambulância em Los Angeles.

Na NBC, também afirmaram que sua hospitalização foi para o “bem da sua própria saúde e segurança”, além de confirmarem que nenhuma atividade criminosa foi reportada.

A triste notícia chega após o cancelamento de todos os shows da turnê Saint Pablo, que teve sua última apresentação marcada por um confuso desabafo, no qual Kanye demonstrou sua insatisfação quanto aos negócios que acontecem por trás da indústria musical, com menções à Beyoncé, Drake, Jay Z e DJ Khaled.

No mesmo desabafo, o rapper também pediu pra que Jay Z o telefonasse, pois queria que resolvessem suas pendências conversando, e, após afirmar que estava contando coisas que poderiam custar sua vida e sucesso, pediu pra que seu parceiro do disco “Watch The Throne” não mandasse pessoas “atrás de sua cabeça”.



Há anos, Kanye West luta contra a depressão e, após o falecimento de sua mãe, chegou a tentar suicídio. Em várias entrevistas, o rapper falou sobre a importância da amizade de Jay Z e Beyoncé durante esse período, além da contribuição de Kim Kardashian, que naquele tempo foi não só sua amiga, mas também confidente e conselheira.

Até o momento, o rapper ou sua equipe não se pronunciaram sobre a suposta hospitalização, mas, assim que houver mais informações, atualizaremos a postagem aqui no blog.

Um fã remixou todo o “The Life of Pablo”, de Kanye West, e ficou ainda mais foda

Album Review: “The Life of Pablo”, de Kanye West, realmente é um dos melhores álbuns de todos os tempos

Foi em março desse ano que Kanye West lançou o seu sétimo álbum "The Life of Pablo", que deu muito o que falar, com toda a treta envolvendo a faixa "Famous"Nove meses depois do lançamento, chegou à internet um rework do álbum de Ye, feito por um fã, intitulado "The Life of Paul"

Todas as faixas foram retrabalhadas, com novos usos de seus samples e versos adicionais retirados de algumas versões demos, explorando ainda mais o conteúdo por trás do trabalho de West.  O fã, identificado como Dorian Ye' no seu perfil do site Reddit, conta que a intenção era demonstrar como o álbum seria se Kanye tivesse utilizado os samples de forma mais explícita.

Eu acredito que '[The Life of] Pablo' tem a melhor seleção de samples de qualquer outro álbum do Kanye: os samples são maravilhosos e levam as músicas para direções inesperadas. Eu não usei nada que não foi tocado por ele de algum jeito, ou que não está presente no álbum de alguma forma. Eu queria mostrar como seria 'Pablo' se alguns elementos das demos antigas fossem mantidos nas faixas finalizadas. 

Previsto para ser lançado no dia 5 de dezembro, em comemoração ao primeiro aniversário de Saint West, filho de Kim e Kanye, a compilação foi adiantada e saiu antes da hora.

Soltar esse trabalho três semanas antes da data original em dezembro significa que eu não tive tempo suficiente para mixar perfeitamente como eu gostaria (apesar de achar que o resultado está muito bom). Antes do fim do ano, eu espero ainda fazer um update nessa versão com algumas correções.

A certeza que temos é que se Kanye ouvir essa versão de seu álbum, ele com certeza vai querer relançar o disco! Ouça na íntegra abaixo e, caso queira baixá-lo, corre nesse link disponibilizado pelo fã:

E se Kanye West realmente se candidatar à presidência dos EUA em 2020?

De certo, ninguém realmente esperava que Donald Trump se tornasse vitorioso nas eleições para a presidência dos Estados Unidos e, como já sabe, isso aconteceu. Mas enquanto muitos já se abraçam a desesperança, por conta dos discursos de ódio defendidos pelo ex-apresentador do reality show “O Aprendiz”, outros se apegam ao que o futuro pode nos reservar, e isso inclui uma provável candidatura de Kanye West, em 2020.


Como você deve se lembrar, durante seu discurso no MTV Video Music Awards 2015, ao receber o prêmio ‘Michael Jackson de Artista Vanguarda’, o rapper Kanye West afirmou que iria tentar a sua chance na presidência dos EUA e, até então muitos ainda viam a declaração do cara como uma brincadeira, mas se teve uma coisa que a eleição de Trump provou, é que não devemos duvidar de mais nada e, por conta disso, eis que surgiu a dúvida: seria o rapper um bom presidente?

Para responder essa pergunta, reunimos então algumas pautas que julgamos necessárias para o bom desempenho de um presidente, principalmente falando de uma potência como os EUA, e aqui está o nosso veredito.


Black Lives Matter

O carro-chefe da campanha de Kanye West para presidência provavelmente seria contra a violência policial aos negros americano, pautada pelo movimento apoiado pelo rapper e outros artistas, Black Lives Matter. 

Numa entrevista para a BBC’s Radio 1, o rapper de “Famous” afirmou: “Nós fechamos nossos olhos... Fechamos nossos olhos para as 500 crianças que são mortas em Chicago por ano, fechamos os olhos para o fato de que houveram sete tiroteios policiais no começo de julho... Fechamos os olhos para lugares do mundo em que não vivemos – tipo, nossa vida está bem, mas está tudo bem quanto a vida de outras pessoas não estarem bem?”.

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Em suas músicas, incluindo os trabalhos com o disco “The Life of Pablo”, Kanye West também discute bastante sobre racismo. Se tratando desse último álbum, o rapper chegou a pedir, pelo Twitter, pra que publicações escritas por brancos, como Pitchfork, Rolling Stones e New York Times, poupassem seu tempo e opiniões sobre suas canções. 
“Eu amo, amo pessoas brancas, mas vocês não entendem o que significa ser o bisneto de um ex-escravo e ter chegado tão longe.”

Ele daria apoio aos LGBT+

A comunidade LGBT+ americana nunca recebeu tanto apoio de um presidente como aconteceu com Barack Obama, mas enquanto pode estar prestes a vivere um pesadelo com Donald Trump, as coisas estariam sob controle com Kanye West.

Desde 2005, quando ainda promovia seu segundo disco, “Late Registration”, o rapper se mostra crítico à homofobia presente no hip-hop e, ao longo dos anos, falou bastante sobre a forma como busca não reproduzir esses discursos preconceituosos.

Na biografia “Kanye West: God & Monster”, tem uma declaração em que Kanye West explica: 
“Quando você vai para o ensino médio e você não costumava ficar na rua, não tinha a figura de um pai ou não ficava por aí o tempo todo com ele, você vai agir como quem? Você vai agir como a sua mãe. Daí, todos na escola ficavam como, ‘Ei, você parece um viadinho. Você é gay?’”.

O rapper conta então que ter sofrido bullying na época da escola, fez com que visse a homossexualidade como algo pejorativo e, desta forma, se tornado homofóbico. “Quando você vê algo que não quer ser, porque há uma grande conotação negativa sobre isso, você tenta tanto se afastar disso, que me tornei homofóbico nesta época em que estava na escola. Para qualquer um que era gay, eu dizia tipo ‘yo, fica longe de mim!”.

E conforme passou a se dedicar à arte e, posteriormente, ao rap, viu as coisas não mudarem muito. “Era como se eu corresse atrás de um modelo de masculinidade que estava o tempo todo na minha frente. Eu usava a palavra ‘viado’ e sempre desprezava os gays.”

As coisas só mudaram mesmo quando Kanye descobriu que seu tio era gay: “Eu o amava, ele é um dos meus tios favoritos. (...) E neste momento, eu percebi, ‘ele é meu tio, eu o amo e tenho discriminado gays.”

“Eu acho que isso deveria ser dito como um elogio”, brinca Kanye. “Tipo, ‘Cara, isso é tão que está quase gay.’ (...) Mas todo mundo no hip-hop discrimina as pessoas gays... E eu só queria ir na TV e dizer aos meus rappers, contar aos meus amigos, ‘Pô, parem com isso, manos!’”.

Kanye West também é amigo e grande fã de Frank Ocean, e afirmou, quando o cantor revelou ser gay: “Pessoas que quebram estereótipos fazem história.” Além de, segundo Caitlyn Jenner, ter sido o responsável por ajudar Kim Kardashian a compreender e aceitar o seu processo de transição.

E também estaria ao lado dos imigrantes...

Além de, obviamente, ser uma pessoa horrível, Donald Trump pensa em medidas extremamente xenofóbicas sobre os imigrantes nos EUA, com projetos como a construção de um muro que inviabilize a entrada de pessoas pela fronteira com o México, entretanto, Kanye West também poderia fazer algo sobre isso.

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Em 2010, o rapper chegou a convocar outros músicos para boicotar Arizona, após uma controversa lei que prejudicaria imigrantes. Pelas redes sociais, Kanye comparou seu protesto com o movimento Montgomery Bus Boycott, de 1955, no qual ativistas começaram uma campanha contra a política de segregação racial nos transportes públicos de Montgomery, em Alabama, afirmando: “E se nós assinarmos juntos uma carta, dizendo ‘nós não vamos concordar, nós não vamos tocar  no Arizona. Vamos boicotar Arizona?!”.

Sua primeira dama seria Kim Kardashian (!)

Assim como muitas pessoas cogitaram deixar os EUA após a eleição de Donald Trump, não ficaríamos surpresos em ver todos voltarem por conta de Kim Kardashian.

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Os últimos anos foram ótimos para a modelo, que calou a boca dos que duvidavam do seu potencial, enquanto se mostrava, entre outras coisas, uma grande empreendedora, fazendo do seu nome a marca que todos gostariam de contratar, e tê-la como a primeira dama dos Estados Unidos significaria muitas selfies na Casa Branca, o que, definitivamente, todos gostariam de ver, não é mesmo?

Os EUA teriam o primeiro presidente realmente viciado no Twitter

As redes sociais foram um ótimo canal de comunicação entre Obama e seu eleitorado mais jovem, incluindo até mesmo um perfil oficial do presidente no Spotify, mas, embora não utilize o Facebook, Kanye West poderia facilmente manter essa conduta, acrescentando ainda plataformas como o Tidal.


O Twitter, entretanto, seria o foco do rapper, que já utiliza a rede social o tempo todo naturalmente. Enquanto músico, Kanye West utiliza o site para dividir boa parte dos seus processos de criação, além de, publicamente, tocar por lá diversas discussões com outros usuários e artistas, de forma que daria sequência a mesma transparência ao se tornar presidente.

Legalização da maconha

Quando se fala da legalização da maconha, muitos enxergam a posição dos que apoiam como  uma mera maneira de liberá-la apenas para o uso próprio, mas, por trás dessa reivindicação, está uma importante forma de avançar um mercado que já existe, além de, por meio da legalização, cessar de vez o tráfico, responsável pela morte de muitos jovens na periferia.

Kanye, durante o mesmo discurso em que anunciou sua candidatura, confessou em rede nacional ter usado a droga para relaxar um pouco, o que nos leva a crer que também apoiaria sua legalização.

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O único problema seria a economia

Por mais que faça muito dinheiro com sua música, além de investimentos como sua linha de roupa, Kanye West já demonstrou ser um pouco desorganizado quando a missão é cuidar de suas finanças e, pensando num país como os Estados Unidos, isso talvez se tornasse um problema.

Neste ano, por exemplo, o rapper protagonizou um episódio verdadeiramente desesperador, no qual usou seu Twitter para pedir publicamente US$1 bilhão ao dono do Facebook, Mark Zuckerberg, para seus investimentos e acerto de dívidas. O criador da rede social, por sua vez, se limitou a curtir uma publicação em que o ex-engenheiro de seu site sugeriu: “Querido Kanye West, se você vai pedir um bilhão de dólares ao CEO do Facebook, talvez não devesse fazer isso pelo Twitter.”


Mas, vamos lá, estamos certos de que esse problema com a economia pode facilmente ser resolvido com alguns conselhos de Kim Kardashian, que, ao contrário do marido, tem cuidado muito bem do seu dinheiro.

Por fim, não podemos encerrar esse post de outra forma, senão com esse vídeo maravilhoso, feito por um perfil do Twitter que, desde já, começou sua campanha a favor de Kanye West para 2020:


A concorrência será dura para Donald Trump. Yes, we Kanye!

O clipe de “16 Shots”, do rapper Vic Mensa, é mais importante do que você imagina

Se você ainda não ouviu falar de Vic Mensa, esta é a primeira vez e, provavelmente, não será a última. O rapper de Chicago está crescendo e é a nova aposta do hip-hop. Em sua bagagem, parcerias com Kanye West e Chance The Rapper, festivais como Coachella e contrato com a Roc Nation, gravadora do JAY Z. Em sua história, encarou a morte duas vezes na adolescência: uma descarga elétrica de 15 mil volts derrubou o artista de uma altura de nove metros, quando ele tentava se infiltrar no Lollapalooza. Dois anos depois, ele dirigia para casa após um longa noite no estúdio, quando o carro capotou.
Esses são os motivos pelos quais eu tenho 'Still Alive' tatuado na minha barriga. Eu digo que não é uma coincidência eu ainda estar vivo. Estou vivo para mudar o mundo e fazer coisas que são importantes. Eu não sei das outras pessoas, mas fui colocado nesta terra por uma razão.
Em seu mais novo vídeo, "16 Shots", que estreou exclusivamente no Tidal, Mensa vinga Laquan McDonald, um jovem negro assassinado com 16 tiros por um policial de Chicago, em 2014. O visual angustiante traz poderosas reflexões abordando o racismo, principalmente por parte da polícia.

O rapper, que aparece usando uma jaqueta com a palava "resist" (resistir), é agredido e baleado por policiais, mas permanece ileso, trazendo o ideal de que sua vontade de resistir não poderá ser oprimida ou silenciada. O vídeo permanece, então, retratando o modo violento como os negros são abordados pela polícia americana.
Nossas vidas não são respeitadas.

Ao final do clipe, que pode ser conferido logo abaixo, foi inserida uma gravação da noite em que Laquan foi morto, mostrando o jovem caminhando na rua enquanto os policiais chegam e os tiros são disparados cruelmente.

A exposição continua! Nova versão de “Famous”, do Kanye West, é ainda mais machista


A novela não acabou! Vazou na internet o aúdio de uma versão não-finalizada da música "Famous", do rapper Kanye West, que gerou um grande buzz no mundo pop.

Taylor Swift, Kanye West... Não dá pra defender ninguém

Para relembrarmos a história, o single do álbum "The Life of Pablo" trouxe versos machistas, dizendo que a cantora Taylor Swift devia fazer sexo com ele, porque ele a tornou famosa. Na época, Swift se defendeu dizendo que não sabia da letra da música e até levou a rivalidade para um discurso no Grammy de 2016, quando aceitou o prêmio de Álbum do Ano. West, então, lançou o clipe da música mostrando várias celebridades, incluindo Taylor Swift, nuas em uma grande cama com lençóis brancos.

Kanye West, a infame sextape de “Famous” e a famosa hora de parar

Ele explicou que o conceito do vídeo, além de ser uma referência ao quadro "Sleep" do pintor Vincent Desiderio, era mostrar como o público gosta de invadir a privacidade dos artistas, violando a vida pessoal para sempre estar cientes de tudo que acontece por baixo dos panos. Alguns dias se passaram e Kim Kardashian, socialite e esposa de Kanye West, postou em seu Snapchat vídeos que comprovam que Taylor não só sabia, como havia aceitado o verso "I feel like me and Taylor might still have sex" ("Eu acho que eu e a Taylor ainda faremos sexo").

A hashtag #KimExposedTaylorParty subiu no Twitter e em poucos minutos era Trending Topics mundiais. O último capítulo de tudo isso foi quando a MTV convidou Kanye para se expressar no VMA 2016, dando a ele alguns minutos livres para que ele pudesse fazer o que quisesse. Ele conversou conosco, explicou o vídeo, brincou com a audácia de colocar Anna Wintour ao lado de Donald Trump e Ray J (ex-namorado de Kim Kardashian), e mais: lançou o clipe de "Fade".

O clipe de “Fade”, do Kanye West, é sobre o empoderamento negro e feminino

Agora uma nova etapa dessa novela mexicana está começando, após o vazamento dessa versão de "Famous".

[...] Eu sinto que Taylor Swift ainda me deve sexo. Por quê? Eu fiz essa vadia famosa! [...] Eu sinto que Amber Rose ainda me deve sexo. Por quê? Eu fiz essa vadia famosa! Não muito, mas um pouco mais famosa.
EITA. Antes da versão finalizada, Kanye West também citava sua ex-namorada Amber Rose, que está no polêmico vídeo da música. Eles finalizaram o relacionamento em agosto de 2010 e de uma forma não muito amigável, mas recentemente Amber e Kim Kardashian se encontraram e aparentemente fizeram as pazes, e o rapper até brincou com ela durante seu discurso no VMA deste ano. O que será que vem pela frente? Amber vai cancelar a trégua? Taylor vai se pronunciar?

A gente aposta no vazamento de uma terceira versão, COM A PARTICIPAÇÃO de Taylor.

10 clipes pop para começar uma revolução

Se engana quem pensa que a política e cultura pop não andam de mãos dadas. De Madonna lutando contra estereótipos machistas e sexistas a Beyoncé levantando a bandeira da luta contra o racismo, foram muitas as vezes que o discurso de resistência se encontrou na música e, cá entre nós, nada melhor do que um bom refrão e puta videoclipe para espalhar uma mensagem tão importante, não é mesmo?


Em tempos que omissão se torna tão prejudicial quanto um mau posicionamento, aproveitamos o espaço tão amplo que construímos aqui no blog para relembrar alguns dos videoclipes que trazem essa proposta de luta contra as opressões, lembrando-os de quem são os inimigos e, claro, que não devemos deixar de lutar por nossos direitos jamais.


Madonna, “American Life”

Madonna nunca foi das mais sutis quando sua intenção era criticar algo. Entretanto, quando idealizou “American Life”, um manifesto anti-fashionista contra as guerras, ela talvez não esperasse que sua parceria com o diretor Jonas Akerlund fosse de encontro com a invasão americana ao Iraque. O clipe sofreu censura e chegou a ser removido dos canais oficiais da cantora, embora seja um dos seus vídeos mais relevantes.


M.I.A., “Borders”

Num dos melhores clipes desse ano, M.I.A. foi contra todas as convenções, mais uma vez, ao encarnar a líder de grupos de refugiados no clipe de “Borders”, lançado em meio às discussões dos supostos ataques terroristas na França.  Outro clipe dela que vale a menção é “Born Free”, do disco “/\/\/\Y/\”.


Brooke Candy, “Paper or Plastic”

Também entre os destaques desse ano, a volta de Brooke Candy dividiu opiniões pelas mudanças na estética de seu trabalho, mas continuou tão inquieta e agressiva quanto os materiais anteriores. “Paper or Plastic” traz ela e outras mulheres dando início a uma revolução contra o patriarcado.


Beyoncé, “Formation”

E falou em feminismo, chega Beyoncé. A maior ativista que você respeita, levantou as bandeiras do feminismo e movimento negro com o disco “Lemonade”, dando sequência ao discurso que abordou pelas beiradas ou de forma indireta, em trabalhos como “Run The World (Girls)” e “Single Ladies”. “Formation” tem Beyoncé se posicionando contra a violência policial com a população negra, chamando todas as mulheres negras pra entrarem em formação.


Lady Gaga, “Born This Way”

E o que você faz quando vive numa sociedade que não te aceita como realmente é? No caso de Lady Gaga e sua ode a autoaceitação, constrói uma nova. “Born This Way” é uma das maiores e mais significativas produções visuais de Gaga, abordando vertentes como o feminismo e a luta LGBT+, e traz a cantora como a mãe de uma nova geração. Esse é o manifesto da chamada “mãe monstro”.


Adam Lambert, “Never Close Our Eyes”

Entrando em um contexto fictício, “Never Close Our Eyes” é um dos melhores clipes da carreira de Adam Lambert, e se inspira nos clássicos distópicos da literatura, como “1984”, do George Orwell, e “Admirável Mundo Novo”, do Aldous Huxley, colocando-o dentro de uma prisão que controla mais do que sua liberdade e, daí em diante, incitando uma grande rebelião contra o sistema.


Halsey, “New Americana”

Agora bebendo de referências modernas de distopias, como “Jogos Vorazes” e “Divergente”, quem também se prepara para quebrar o sistema é Halsey, no clipe de “New Americana”. A produção traz a cantora como membro de um grupo secreto, que sobrevive de forma independente e se prepara para um eventual combate. Eis que o local é invadido e começam uma verdadeira caça às bruxas.


Emicida, “Boa Esperança”

Tem clipe nacional também. O rapper Emicida tocou em inúmeras feridas com seu último disco, “Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa...”, e um dos clipes mais expressivos neste sentido é “Boa Esperança”, no qual o rapper lidera uma revolta dos empregados, negros, contra seus patrões, brancos. Todo o conceito é bastante semelhante ao clipe “GOMD”, do J. Cole, que também merece uma menção na lista.


Kendrick Lamar, “Alright”

Ainda no rap, não dá pra falar em música e revolução da atualidade, sem lembrar de Kendrick Lamar e seu impactante “To Pimp a Butterfly”. O favorito do hip-hop de 2015 rendeu muito assunto e, no clipe de “Alright”, volta a abordar a violência policial, com uma grandiosidade visual de encher os olhos.


Kanye West X Jay Z, “No Church In The Wild”

Pra fechar a lista, ficamos com “No Church In The Wild”, do projeto Watch The Throne, de Kanye West e Jay Z. Nesse, a dupla nos coloca no meio de um puta protesto, repleto de brutalidade vinda da polícia e devolvida pelos manifestantes. Incômodo e certeiro, como deve ser.


Lembrou de algum clipe que merecia uma menção por aqui? Conta pra gente nos comentários! Aos interessados, disponibilizamos uma edição estendida da playlist no Spotify. E não se esqueça: temer jamais. Não há conquistas sem lutas. 

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