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As 10 melhores fotografias do cinema em 2021


Para abrir as listas de "Melhores de 2021" aqui no Cinematogafia (ainda teremos as melhores atuações e, claro, os melhores filmes), aqui estão as 10 melhores fotografias do ano, aquelas que nos fizeram falar "dá o Oscar para esse enquadramento". Mas antes de tudo, o que é fotografia?

A fotografia - ou cinematografia, no jargão técnico mais apropriado - é o termo que mais sofre quando alguém elogia o "visual" do filme. Ao contrário do que se pode presumir, a fotografia não é necessariamente tudo o que está na tela, tudo o que podemos ver; ela é a "impressão" do roteiro, ou seja, os enquadramentos, movimento de câmera, uso de filtros, manipulação de cores, exposição de luz e afins.

Quando alguém solta um "olha a paleta de cores maravilhosa desse filme!", muitas vezes ele não está falando da fotografia, e sim do design de produção - a chamada "direção de arte", que compõe todo o aparato físico que está no ecrã. As cores, parte visual mais emblemática, entra tanto na fotografia - pelo trabalho do colorista - como na direção de arte - no trabalho do cenógrafo - e nos figurinos - no trabalho do figurinista. São departamentos distintos e realizados por profissionais diferentes; é a união de todos que fazem um filme ser "bonito" (ou não, caso propositalmente).

Então, o que a lista está julgando, basicamente, é o trabalho de câmera juntamente com a colorização das películas. O critério de inclusão dos citados é o de sempre: ter estreado nacionalmente (em salas comercias, festivais ou plataformas de stream) em 2021 ou ter chegado à internet sem data de lançamento previsto. Preparado para fazer a linha cult na próxima roda de amigos e falar das fotografias mais estonteantes do cinema em 2021? Aqui as 10 melhores pelo Cinematofagia (sem ordem de preferência):


Ovelha (Lamb)

Cinematofragia por: Eli Arenson. Coloração por: Eggert Baldvinsson.

O selecionado da Islândia para o Oscar 2022, "Ovelha" é uma fantasia com toques de terror que necessitava de uma atmosfera ideal para o desenvolvimento de sua estranha história, e a cinematografia da fita é elemento fundamental para seu sucesso. Não é tão difícil assim conseguir um filme visualmente incrível na Islândia - é só apontar a câmera para qualquer lugar do país que é garantia de imagens belíssimas -, mas "Ovelha" sabe utilizar a natureza como elemento dramático, afinal, como bem informa o roteiro, a natureza é maior mãe que existe.

Spencer (idem)

Cinematografia por: Claire Mathon. Coloração por: Peter Bernaers.

De maneira inesperada, "Spencer" é um dos filmes mais "divisivos" de 2021: enquanto o consenso da crítica é de puro deleite, o público em geral não gostou tanto assim da obra. Um elemento, no entanto, é regra: a forma como a história de aprisionamento de Lady Di é filmada com maestria. Com cores escolhidas a dedo e enquadramentos que evidenciam o estado mental da protagonista, somos catapultados para uma década de 90 cheia de glamour e solidão, como se o que está passando diante dos nossos olhos fosse uma memória que, por mais afeto injetemos, não consegue esconder sua melancolia.


O Cavaleiro Verde (The Green Knight)

Cinematografia por: Andrew Droz Palermo. Coloração por: Alastor Arnold.

Dirigido por David Lowery, mesma cabeça pro trás de "Sombras da Vida" - uma das melhores cinematografias do século -, "O Cavaleiro Verde" não tinha como decepcionar. Lowery gosta de utilizar a lente para desenvolver um universo quase paralelo, como se suas histórias não se passassem na nossa realidade, e a epopeia de "O Cavaleiro Verde" busca ser um filme feito como se fosse uma obra fidedigna dos contos fantásticos medievais, abusando de enquadramentos que evocam magia e encantamento. Todos os momentos em que o personagem do título está na tela é um show.


If I Can't Have Love I Want Power (idem)

Cinematografia por: Petra Diensbirova. Coloração por: Bryan Smaller.

O filme que acompanhou o lançamento do quarto álbum de estúdio da norte-americana Halsey, "If I Can't Have Love I Want Power" é uma extravagância imagética que não economiza na grandiosidade de suas imagens. Seguindo uma rainha que abdica de tudo em busca de poder, Halsey foi caprichosa em extrapolar a narrativa do disco com cenas encharcadas de simbolismos que vão muito além de composições visualmente bonitas - são poderosíssimas.


Nomadland (idem)

Cinematografia por: Joshua James Richards. Coloração por: Élodie Ichter.

Aquele que deveria ter vencido o Oscar de "Melhor Fotografia" (desculpa, "Mank"), "Nomadland" arrebatou a todos (e o careca dourado de "Melhor Filme") com a simplicidade em que escancarou as mazelas do capitalismo norte-americano na contemporaneidade. Fotografado pelo parceiro da diretora e oscariada Chloé Zhao, Joshua James Richards, essa mistura de road movie com cinema de denúncia contrasta suas temáticas com cenas de tirar o fôlego, capturadas com uma falsa calmaria: tua soa muito simplista, mas carrega camadas que exprimem a luta de seus personagens ao tentarem sobreviverem àqueles ambientes.


Santa Maud (Saint Maud)

Cinematografia por: Ben Fordesman.

Filmes de terror com viés religioso são um dos meus fracos, principalmente quando fotografados da maneira correta (dá vontade, "A Freira"?). "Santa Maud" é um dos exemplos de louvor. Uma enfermeira, após um acidente fatal, se converte para o cristianismo com certo... radicalismo. Sua missão na terra é salvar a vida (e a alma) de sua nova paciente, custe o que custar. Ben Fordesman (fotógrafo do maravilhoso curta musical "M3LL155X" de FKA Twigs) vai a fundo na "decreptação" do mundo de Maud, extinguindo qualquer tom de cor alegre e afundando a história em imagens lúgubres que estão mais perto do inferno do que qualquer paraíso.


O Santo Desconhecido (The Unknown Saint)

Cinematografia por: Amine Berrada. Coloração por: Laurent Navarri.

Essa pequena joia do cinema marroquino não teve o apreço que merece aqui em terras brasileiras, e espero agora mudar essa realidade. "O Santo Desconhecido" narra o conto de um ladrão que enterra seu roubo no alto de uma colina. Ao sair da prisão tempos depois, ele volta para finalmente resgatar seu tesouro, só para descobrir que o local virou santuário intocável de um santo criado por um vilarejo. Recheado de planos abertos lindos de morrer, o árido norte da África é filmado com paixão e traduz imageticamente o misticismo (e pura comédia) de um povo apegado às tradições.


Duna: Parte 1 (Dune: Part One)

Cinematografia por: Greig Fraser. Coloração por: David Cole.

Um dos projetos mais ambiciosos do século, "Duna" comprova que Denis Villeneuve entrou na ficção-científica (depois de "A Chegada" e "Blade Runner 2049") e não sairá mais dela. Elogiar os aspectos visuais do filme é chover no molhado: efeitos especiais incríveis, figurinos irretocáveis e uma fotografia perfeita compensam qualquer defeito que podemos encontrar no filme como um todo. Villeneuve e Greig Fraser foram assertivos na criação desse mundo distópico que se consolida como um épico (ao menos no trato do ecrã). Oscars virão.


A Morte de Dois Amantes (The Killing of Two Lovers)

Cinematografia por: Oscar Ignacio Jiménez. Coloração por: Drew Tekulve.

Fincando no interior dos EUA, "A Morte de Dois Amantes" é o suprassumo do cinema indie. Um casal em crise decide dar um tempo. A regra é: cada um pode se envolver com outras pessoas, sem ressentimento. A regra é bem seguida pela esposa; já para o marido, ver a amada conseguindo seguir a vida sem ele é uma tortura. O longa se passa através do ponto de vista do marido, que vê seu relacionamento ruir impotentemente, e as imagens da fita são a combinação ideal para a destruição psicológica do fim de um romance - aqui, levado para extremos perigosos demais.


Luz Eterna (Lux Æterna)

Cinematografia por: Benoît Debie. Coloração por: Marc Boucrot.

Parceiro de cinematografia de Gaspar Noé, Benoît Debie sabe, desde "Irreversível", como o diretor é quase um ditador ao tratar suas imagens com o maior choque possível. Depois da festa mais caótica de todos os tempos com "Clímax", Debie vai ainda mais longe no média-metragem "Luz Eterna": são múltiplos trabalhos de câmera, que muitas vezes são colocados lado a lado na tela mostrando pontos de vistas diferentes do inferno que é a filmagem de uma obra. Um filme dentro do filme, "Luz Eterna" é ousado e desconcertante ao querer provar que o pandemônio não é sua história de bruxas high-fashions prestes a serem queimadas na fogueira, são os bastidores.

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LISTA: Cinco discos que conquistaram o amor do público e o ranço da crítica

 





Muita polêmica, muita confusão...

O que faz de um disco ser bem-sucedido? Para um artista mainstream, é muito difícil ignorar a importância dos números. Emplacar hits nas paradas e vender milhões de cópias é o que todos querem. É o famoso sucesso comercial.

Mas quando se trata de crítica musical, nem sempre o sentimento do público reflete aclamação. As controvérsias são enormes. Enquanto às vezes fica evidente quando um artista deixa a desejar quando não entrega um trabalho que mostre todo seu potencial, em outras, o artista pode cair no gosto do público e render milhões em singles e turnês. E ainda ser gongado pela crítica, gerando revolta nos fãs.

É o caso desses cinco álbuns do mundo pop que listamos baseados nas notas do Metacritic - plataforma que reúne críticas de diversos veículos especializados em um único score -  e que você confere logo abaixo:

5) Christina Aguilera - Stripped

Não faltaram hits icônicos, como "Dirrty", "Beautiful" e "Fighter". Nem sucesso comercial, com mais de 4 milhões de cópias vendidas apenas nos EUA. Muito menos vocais, principalmente quando se fala em Christina Aguilera. Nenhum desses fatores impediu a crítica de problematizar o ousado Stripped, quarto disco de estúdio da Xtina. “Parece um disco da Mariah Carey. Soa como um disco de Mariah Carey”, opinou o NME, dando a entender que faltava uma identidade própria da cantora. O E! Online escreveu que se Christina “tivesse apenas aparecido e cantado com toda a força, Stripped teria sido um show melhor”. Até hoje, um dos CD’s mais mal avaliados pela crítica e amados pelo público, especialmente pelos fãs. 

Nota final: 55/100

4) Maroon 5 - Overexposed 



A era Overexposed talvez seja a mais bem sucedida do Maroon 5. Afinal, foi dela que saíram “Payphone” e “One More Night”, hits dos mais estrondosos de 2012. O sucesso se refletiu nas vendas: foi o 11º disco mais vendido naquele ano nos EUA, e mais de 2 milhões de cópias foram comercializadas mundialmente. O primeiro disco inteiramente pop da banda não conquistou os veículos de música. O Entertainment Weekly afirmou que a sonoridade “nunca encontra um equilíbrio entre a coragem do rock e o brilho do dance-pop” e foi além: “Maroon 5 mal soa como uma banda”. O The Independent, do Reino Unido, carinhosamente disse: “Quanto antes esse monte de ameixas voltar à obscuridade, melhor”. Essa é a opinião de muita gente hoje... 

Nota final: 54/100

3) Katy Perry - Teeenage Dream



Maior ato da carreira de Katy Perry (pelo menos no quesito comercial), o Teenage Dream foi um acontecimento no pop entre 2010 e 2012. A fórmula que apostou em músicas divertidas e em uma estética toda colorida rendeu frutos. Todos os cinco singles do álbum alcançaram o 1º lugar na Hot 100 da Billboard EUA, um marco que igualou Katy Perry e seu segundo disco a ninguém menos do que Michael Jackson com seu divisor de águas, Thriller. A era colecionou sucessos, mas um deles definitivamente não foi o de crítica. A opinião do PopMatters, por exemplo, é de que o disco é “recheado por canções que são muito sem vida” para acompanhar a estética e o astral de “California Gurls”. O The AV Club afirmou que o feat com Snoopy Dog é o auge da diversão do disco, mas que Perry apostou em muitas baladas “enfadonhas e conteúdo radiofônico sem brilho”. 

De fato, longe de ser o queridinho da crítica: 52/100

2) Post Malone - Beerbongs & Bentleys



Mais recente da lista, o Beerbongs & Bentleys foi a aposta de Post Malone para consolidar seu nome na indústria da música depois o sucesso do debut album Stoney. Apostando em uma tracklist com “Rockstar”, “Psycho” e “Better Now”, o segundo lp do rapper emplacou todas as músicas no top 20 do Spotify dos EUA e conseguiu certificado de platina apenas dois dias após seu lançamento em 2018.  Apesar de indicado a Álbum Do Ano no Grammy 2019, a opinião crítica foi bem negativa. A Consequence disse que uma das músicas, “Same Bitches”, soava “como um descarte de Ty Dollar Sign que Post transformou de lixo em tesouro”. Já a Pitchfork, uma das mais rigorosas, comentou: “É quase impressionante como um disco chamado Beerbongs & Bentleys pode levar tempo até te fazer abrir um sorriso”.     

Resultado: 51/100

1) Black Eyed Peas - Monkey Business



Terceiro disco de uma das bandas mais queridinhas dos anos 2000, o Monkey Business entregou alguns dos hits mais icônicos da primeira década do século. Alguns só para refrescar sua memória: “Don’t Phunk With My Heart”, “Don’t Lie”, “My Humps” e “Pump It”. O sucesso comercial foi grande: mais de 3 milhões de cópias do disco vendidas apenas nos EUA, seis certificados de platina tanto no Canadá quanto na Austrália, e três singles no top 10 da Billboard Hot 100. Mas enquanto o mundo dançava com esses sons, a crítica especializada desceu a lenha. “A inspiração lírica evaporou”, disse o The Guardian justificando sua nota 40. O famoso portal AllMusic achou o disco mediano: “O que o grupo fez soar sem esforço no passado soa tenso e enlatado aqui”. Essa doeu.

Nota final do nosso lanterninha: 47/100

E aí? Algum injustiçado nessa lista? 

Artistas que só tiveram 1 música de sucesso


Às vezes você ouve aquela música que era um dos maiores hits de 2012, e se pergunta: "porque eu nunca mais ouvi nada desse cantor(a)/banda"? A gente também! 

One Hit Wonder é um termo conhecido para artistas que fizeram sucesso com apenas uma música, e que logo depois, caíram no esquecimento, e ocasionalmente, seu nome é lembrado. Isso não quer dizer necessariamente que o artista não trabalha mais na indústria musical, ou não tenha uma fanbase, e sim, que apenas não conseguiu produzir outra canção que atingisse as paradas de sucesso.

É claro, todos os artistas aqui mencionados são super talentosos e de forma alguma estamos tentando diminuir seus valores e de sua arte. Afinal, o mercado é muito amplo e todo dia nos deparamos com milhares de novos músicos, e assim, nem todos conseguem ficar sempre no topo. Confira a seguir cinco desses artistas:

Vanessa Carlton - A Thousand Miles

Atire a primeira pedra quem nunca cantou junto a música A Thousand Miles enquanto assistia As Branquelas (2004) com aquela cena do Latrell cantando no carro como se não houvesse o amanhã.

JoJo - Too Little Too Late

 

Sim, eu sei que você, você mesmo que está lendo, tem Too Little Too Late na sua playlist que é provavelmente intitulada "nostalgia" ou "anos 2000" até hoje! JoJo foi um ícone que a nossa geração não soube apreciar da maneira correta. E até mesmo, do filme mais incrível da década de 2000, chamado Aquamarine (2006), ela participou. Desculpa JoJo, nós falhamos com você...

Wheatus - Teenage Dirtbag

 

É mais provável que você conheça a música Teenage Dirtbag por conta do cover das bandas One Direction e 5 Seconds of Summer, do que a versão original. A música, da banda Wheatus, foi trilha sonora de uma comédia - que com certeza não funcionaria hoje em dia - chamada O Otário (2000)

Natalie Imbruglia - Torn

 

Em 1997, foi lançada junto com o álbum de estreia da jovem cantora Natalie Imbruglia, Left of the Middle, a canção Torn. Foi um sucesso e até hoje é muito lembrada! Mas, infelizmente, Natalie ficou conhecida apenas por essa música. 

The Calling - Wherever You Will Go

 

Por fim, mas não menos esquecido, em 2001, a banda The Calling lançava a canção Wherever You Will Go. Afinal, quem não lembra do clipe onde uma jovem descobria que seu namorado a traía logo após fazer uma tatuagem com seu nome estampado no braço. A banda se separou em 2005, mas em 2013, teve seu retorno. 

E aí, lembra de algum outro one hit wonder que não está na lista?

Não aguenta mais ouvir as mesmas músicas? Separamos quatro artistas de k-pop que você deveria escutar


Todo mundo sabe o fenômeno que o k-pop se tornou nos últimos anos e como o gênero vem dominando as paradas e as rádios de todo o mundo. Quem nunca escutou, conhece ou pelo menos já ouviu falar de algum grupo de pop coreano?

Só que, dessa vez, não estamos aqui pra falar deles. Escolhemos quatro artistas solo feminino para você ouvir e apoiar, pois além de não receberem tanto investimentos como os grupos, também enfrentam o machismo dominante no mercado do k-pop.

De antemão, advertimos: antes de tentar reproduzir as coreografias, se certifique de estar bem alongado.

YUKIKA 

A nossa primeira indicação é a Yukika, nascida no Japão e sul-coreana de alma e coração, a artista escolheu para seu primeiro trabalho um nome que fizesse jus a sua história. Em 2020 lançou seu disco intitulado como "Soul Lady", é um trocadilho para se referir a capital da Coreia do Sul, Seul (Ela foi muito perspicaz, caras). A cantora e compositora é uma das responsáveis por reviver o City Pop, popular nas décadas de 70 e 80, e traz em seu primeiro registro musical um synth pop deliciosíssimo atrelado ao jazz e soul, sem trocadilhos dessa vez. 

SOMI
 
De origem canadense, Somi já é bastante popular dentro e fora da Coreia do Sul, ela venceu um reality show de sobrevivência, "Produce 101", em 2016, e até debutou com o girl group temporário I.O.I nesse mesmo ano, porém, só em 2019 que ela foi lançada como cantora solo. Você pode até não conhecer ela, mas se assistiu ao documentário do BLACKPINK, na Netflix, provavelmente ouviu  a demo de uma de suas músicas sendo cantada por nada mais nada menos que Rosé, estamos falando da pop perfection "What You Waiting For".


YOUHA

Nascida e criada na Coreia do Sul, YouHa é a nova aposta da gravadora Universal. A cantora e compositora já participou da seleção para integrar o girl group conhecido como "Future 2NE1", mas que nunca chegou a ir para frente. Após anos de preparação, a coreana foi lançada pela Universal Korea, em setembro de 2020, e tem dois singles lançados, ambos incrivelmente bons. (Carly Rae Jepsen o seu legado está em boas mãos). 


LEE SUHYUN 

A nossa última indicação é ELA, Lee Suhyun, (a eterna rainha, sempre, a mulher)! Lee iniciou sua carreira ao lado de seu irmão mais velho, com apenas 13 anos. Eles passaram pela segunda temporada do reality "K-pop Star", saíram vitoriosos do programa e assinaram contrato com a YG Entertainment, empresa que também agencia o BLACKPINK. O duo, nomeado como AKMU, estreou oficialmente em 2014, e segue em atividade até hoje. Em 2020, ela gravou a versão coreana de "Reflection", para o remake de Mulan, posteri ormente, em agosto lançou a maravilhosa "ALIEN". Suhyun serve coreografia, visuais e vocais majestosos (uma verdadeira artista completa). 



E aí, gostou das nossas sugestões? Faltou falar de alguém? Conta pra gente o que achou das nossas indicações e vamos arrasar nas coreô!

Lista: as 15 melhores atuações do Cinema em 2020

O Cinematofagia está cada vez mais próximo de publicar a lista com os melhores filmes deste difícil 2020, mas antes vamos celebrar as 15 melhores atuações do ano.

De vencedoras da temporada a estreias inacreditáveis, a lista segue as seguintes regras: não há separação entre papéis protagonistas e coadjuvantes, tendo como critério de inclusão a estreia do filme em solo tupiniquim dentro do ano ou com o filme chegando à internet sem distribuição no país até o fechamento da lista.

Não assistiu a algum dos longas aqui listado? Não se preocupe, pode ler todos os textos que são sem spoilers - e em seguida correr para aclamar essas performances maravilhosas. Quem é indicado ao Oscar Cinematofagia de "Melhor Atuação" do ano? Você pode conferir abaixo.

Adam Sandler em "Joias Brutas"

A missão dos irmãos Josh e Benny Safdie no mundo do Cinema é pegar atores considerados medíocres e transformá-los em apostas no Oscar. Em "Joias Brutas", foi a vez de Adam Sandler. O ator, guilty pleasure e recordista em Framboesas de Ouro (o Oscar dos piores filmes), é há tempos massacrado pela crítica com sua enxurrada de comédias tenebrosas, mas lá no fundo há um bom ator, e aqui está a prova. Sua atuação em "Joias Brutas" - que, apesar de injustamente não ter sido indicada ao Oscar, rendeu o Spirit Award e o National Board of Review de "Melhor Ator" - é um daqueles casos que Hollywood faz renascer a carreira de um nome falido.

Kacey Rohl em "Mentira Nada Inocente"

A história nem é tão inovadora: uma garota está fingindo ter câncer e sua mentira vai chegando cada vez mais perto de um inevitável fim. As grandes sacadas de "Mentira Nada Inocente" são: o roteiro, que prende a plateia na indagação "onde isso vai parar", e Kacey Rohl, na pele da protagonista. Não apenar um filme LGBT que foge totalmente das pautas clássicas da temática, a película é carregada pela insana atuação de Rohl, que dá literal vida a uma enganação de maneira tão forte que ela mesma acredita.

Lady Gaga em "911"

Lady Gaga não surpreende mais no mundo da música, provando há mais de uma década o monstro que é nos palcos, mas foi com "Nasce Uma Estrela" (2018) que ela mostrou seu talento para atuação. É verdade, ela já revelava isso em alguns de seus curtas musicais, e "911" é o ápice: percorrendo toda a narrativa onírica de maneira estrelar, é no plot twist que Gaga libera toda a sua potência e já nos deixa ansiosos para seus próximos passos na Sétima Arte.

Haley Bennett em "Devorar"

Longas que quebram a glamourização da maternidade - e que até a transformam em terror - estão aí há tempos, e "Devorar" é o filhote de "O Bebê de Rosemary" (1968) que estávamos esperando. Uma jovem e recém-casada mulher tem dificuldade em manter o casamento e a vida doméstica. Afogada em tédio e distanciamento emocional, ela descobre que está grávida, fato que desencadeia um transtorno que a faz engolir os mais diferentes objetos. Haley Bennett talvez não havia aceitado um papel tão desafiador quanto esse em sua carreira, e o desafio foi conquistado de forma brilhante.

Sidney Flanigan em "Nunca Às Vezes Raramente Sempre"

Sidney Flanigan fez uma daquelas históricas estreias no Cinema: seu primeiro papel, em "Nunca Raramente Às Vezes Sempre", inundou a atriz de aclamação e prêmios na atual temporada. No filme, ela é uma menina de 17 anos que, ao se ver grávida, embarca em uma viagem pelo país em busca do aborto. É claro que com essa temática a produção está rodeada de polêmicas, contudo, o roteiro empurra as previsibilidades e coloca Flanigan como porta-voz de um tópico que ainda precisa de muito debate.

Daniel Kaluuya & Jodie Turner-Smith em "Os Perseguidos"

"Os Perseguidos" - ou como eu prefiro chamar, "Queen & Slim" (o título original) - ganharia o Oscar de "Melhor Timing" caso houvesse a categoria. É uma fita sobre truculência policial contra a população negra lançado em meio ao movimento "Black Lives Matter". Quando um casal negro, em uma abordagem totalmente desproporcional, mata um policial branco, suas vidas estão condenadas para sempre. O road-movie de estreia de Melina Matsoukas (diretora do lendário clipe de "Formation" da Beyoncé) é lindamente conduzido por Jodie Turner-Smith (em seu primeiro protagonismo) e Daniel Kaluuya (protagonista do oscarizado "Corra!", 2017), que choram, suam e sangram em nome das vidas negras que são constantemente dizimadas pelo racismo estrutural.

Delroy Lindo em "Destacamento Blood"

Depois do imenso sucesso com "Infiltrado na Klan", 2018 (que finalmente lhe rendeu um Oscar), Spike Lee apertou as mãos da Netflix e lançou "Destacamento Blood", mais uma empreitada que deve ir direto para o coração da Academia. E o que há de maior apreço aqui é a atuação antológica de Delroy Lindo. O longa se divide bastante em termos de protagonismo, contando até com o recém-falecido e jamais esquecido Chadwick Boseman, no entanto, é Lindo que assalta todos os momentos em sua caída rumo à loucura, potencializada pela caça a um tesouro que custará a vida de muitos. O Oscar de "Melhor Ator" já tem um indicado (atualização pós-temporada: a esnobada de Lindo foi um crime).

Kelvin Harrison Jr. em "As Ondas"

"As Ondas", até metade de sua duração, é uma obra-prima, e isso se deve, e muito, à Kelvin Harrison Jr. Popular aluno, aspirante e brilhante atleta, sua vida é completamente perfeita até que ele descobre uma lesão em seu ombro que o tirará permanentemente do esporte. Com sua vida ruindo rapidamente, ele levará a situação a um ponto extremo que só funciona graças à sua performance de tirar o fôlego que hipnotiza pela veracidade.

Fathia Youssouf Abdillahi em "Lindinhas"

Sem entrar muito no tópico de como a Netflix quase destruiu "Lindinhas" com seu marketing desastroso, esse foi um dos filmes mais falados do ano na plataforma. Há muita discussão acerca de seu posicionamento, mas há um ponto que se destaca: como Fathia Abdillahi, de 11 anos e em seu primeiro trabalho na telona, foi capaz de interpretar uma personagem TÃO complexa. Esmagada entre a cultura tradicional de sua família versus a liberdade por vezes sem freios da modernidade, a garotinha entra para um grupo de dança que replica o que há de pior na sexualização de crianças. É um trabalho difícil e Abdillahi jamais fica aquém da empreitada.

Maria Bakalova em "Borat: Fita de Cinema Seguinte"

Sacha Baron Cohen deu um show de atuação como o tresloucado jornalista cazaque no filme original de 2006. É claro que a história não seria diferente no lançado-de-surpresa "Borat 2". Só que ele nem é a maior revelação do longa, e sim Maria Bakalova, atriz búlgara que interpreta Tutar, a filha do jornalista que é usada como presente para o então vice-presidente dos EUA. Muito mais que um pastelão escatológico, a presença de Bakalova é fundamental para a veia feminista de toda a loucura, e ela definitivamente rouba a cena de Cohen - e isso quer dizer muita coisa.

Helena Zengel em "Transtorno Explosivo"

Outra criança mostrando que talento não tem idade? Sim, temos. Helena Zengel teve, de longe, o trabalho que mais exigiu de um ator em 2020, e ela entregou sem defeitos. Vivendo uma menina com o transtorno do título, sua personagem é corretamente insuportável ao carregar uma doença mental seríssima que dificulta a vida de todo mundo ao seu redor. Ela grita, ataca e esperneia, e fica ainda mais impressionante assistir às entrevistas de Helena, tão doce e contrastante à sua personagem, um poço e ódio nem sempre reprimido.

Imogen Poots em "Viveiro"

Imogen Poots é uma atriz que merece ser descoberta pelo grande público. Apesar de um currículo vasto, a inglesa ainda não caiu nos radazes de grandes performers do momento, todavia, "Viveiro" veio para mudar essa impressão. Na bizarra fita, ela, juntamente com o namorado, está em busca da tão sonhada casa própria, que não tardará a ser um pesadelo. Poots cai em uma espiral de paranoia, isolamento e desespero com uma facilidade sobrenatural, já trazendo uma das melhores atuações do século.

Riley Keough em "O Chalé"

"O Chalé" não poderia ser O terror de 2020 sem uma atuação à altura. Riley Keough não tem medo de personagens que vão exigir o máximo dela - seu currículo filmográfico não mente -, e ela adiciona "O Chalé" ao seu mais-que-capaz portfólio. Uma breve descrição de como é seu papel é capaz de ilustrar o tamanho da responsabilidade: filha de um fanático religioso, ela foi a única a sobreviver de um massacre-suicida que matou todos da sua comunidade; agora, já adulta, ela ainda sobre gatilhos com imagens sacras, tomando remédios para manter sua curta sanidade mental. Keough, como em todo bom filme de terror, vai perdendo o controle da sua mente e calmamente arromba as portas do Inferno na tela.

Julia Garner em "A Assistente"

Julia Garner tem apenas 26 anos, mas já se encontra no caminho perfeito para cair nas graças de Hollywood. A garota, que começou a carreira liderando dramas indies, já possui um Emmy - de "Melhor Atriz Coadjuvante" pela série "Ozark" (2017-). Ela agora retorna em mais um protagonismo que mostra todo o seu talento. Em "A Assistente", Garner é a personagem título de uma empresa cujo chefe impõe um ambiente totalmente tóxico e machista. Com uma câmera que não descola de seu rosto, ela entrega nuances certeiras de um meio sufocante para quem é mulher.

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Lista: as 10 melhores fotografias do Cinema em 2020

 

Para abrir as listas de "Melhores de 2020" aqui no Cinematogafia, depois de um dos anos mais instáveis da história da Sétima Arte, aqui estão as 10 melhores fotografias do ano, aquelas que nos fizeram falar "dá o Oscar para esse enquadramento". Mas antes de tudo, o que é fotografia?

A fotografia - ou cinematografia, no jargão técnico mais apropriado - é o termo que mais sofre quando alguém elogia o "visual" do filme. Ao contrário do que se pode presumir, a fotografia não é necessariamente tudo o que está na tela, tudo o que podemos ver; ela é a "impressão" do roteiro, ou seja, os enquadramentos, movimento de câmera, uso de filtros, manipulação de cores, exposição de luz e afins.

Quando alguém solta um "olha a paleta de cores maravilhosa desse filme!", muitas vezes ele não está falando da fotografia, e sim do design de produção - a chamada "direção de arte", que compõe todo o aparato físico que está no ecrã. As cores, parte visual mais emblemática, entra tanto na fotografia - pelo trabalho do colorista - como na direção de arte - no trabalho do cenógrafo - e nos figurinos - no trabalho do figurinista. São departamentos distintos e realizados por profissionais diferentes; é a união de todos que fazem um filme ser "bonito" (ou não, caso propositalmente).

Então, o que a lista está julgando é o trabalho de câmera juntamente com a colorização das películas. O critério de inclusão dos citados é o de sempre: ter estreado nacionalmente (em salas comercias, festivais ou plataformas de stream) em 2020 ou ter chegado à internet sem data de lançamento previsto. Preparado para fazer a linha cult na próxima roda de amigos e falar das fotografias mais estonteantes do cinema em 2020? Aqui as 10 melhores pelo Cinematofagia:


Mank

Cinematofragia: Erik Messerschmidt. Edição de Cor: Eric Weidt.

"Mank", novo filme de David Fincher, tem todos os elementos que fazem a Academia tremer da base: é uma homenagem ao eleito "melhor filme de todos os tempos", "Cidadão Kane" (1941). O longa não apenas vai até os passos que levaram à produção do clássico como remonta perfeitamente a rodagem de um filme na Era de Ouro de Hollywood, e a fotografia não poderia ficar de fora. Pesadamente inspirada no trato visual de "Kane", revolucionário dentro do quesito, todo quadro da cinematografia de Erik Messerschmidt aponta para a grandiosidade das películas de época. Pelo menos a indicação ao Oscar da categoria o filme leva - e se ganhar a estatueta, não será surpresa.

A Primeira Vaca

Cinematografia: Christopher Blauvelt. Edição de Cor: Sam Fischer.

Jogando o espectador para o séc. XIX, no interior dos Estados Unidos, "A Primeira Vaca" é uma obra que exala simplicidade à primeira vista, mas é muito mais complexa do que aparenta. A amizade improvável de dois homens, que mudará os rumos de toda a cidadezinha em que vivem, é capturada com uma fotografia estonteante de Christopher Blauvelt, sabiamente executada em um plano mais quadrado, um dos principais elementos que fazem o público embarcar no período.

911

Cinematografia: Jeff Cronenweth. Edição de Cor: Dave Hussey.

Lady Gaga, conhecida pelos videoclipes extravagantes e produções faraônicas, é uma cinéfila de carteirinha, já tendo referenciado inúmeros filmes ao longo da carreira. Com "911", curta em parceria com o aclamado diretor Tarsem Singh, o patamar é elevado para níveis raramente vistos na cultura pop. Inspirando em nomes como "A Cor de Romã" (1969), "8½" (1963) e "A Montanha Sagrada" (1973), a execução imagética realizada pelas mãos de Jeff Cronenweth é de cair o queixo, não se contendo em abocanhar imagens belíssimas como ousando em enquadramentos que denotam toda a carga de sua temática.

Casa de Antiguidades

Cinematografia: Benjamín Echazarreta. Edição de Cor: Mickaël Commereuc.

Se "Casa de Antiguidades" frustrou enquanto obra, sua fotografia deve em nada. Fincado no Brasil atual, em uma colônia de leite sulista, o longa busca retratar as garras do racismo e ageísmo da nossa sociedade. Como era de se esperar, esse retrato vai ganhando ares cada vez mais fantasiosos para encaminhar suas discussões para campos além do óbvio, e a cinematografia de Benjamín Echazarreta é um dos transportes dessa viagem sempre imageticamente bonita.

Devorar 

Cinematografia: Katelin Arizmendi. Edição de Cor: Sam Daley.

"Devorar" pode ser usado com excelente estudo de como a fotografia deve ir bem além de um elemento "bonito" dentro do filme: ela é usada para potenciar a atmosfera da narrativa. Seguindo uma dona de casa de classe alta que passa os dias na tediosa rotina doméstica, Katelin Arizmendi é largamente influenciado por "O Bebê de Rosemary" (1968), ao atirar a maternidade em um campo que beira o sobrenatural e a questionar de formas corajosas e longe de toda a glamourização a obrigação imposta sobre as mulheres no ato de procriar.

Viveiro

Cinematografia: MacGregor. Edição de Cor: Gary Curran.

O objetivo de quase toda cinematografia é emoldurar o ecrã da maneira mais natural e real possível, contudo, o caso de "Viveiro" vai para o extremo oposto. O filme necessita de uma cinematografia totalmente artificial para dar vida ao seu estranho roteiro, e MacGregor atinge sem dificuldades o propósito. Com seu design de produção esteticamente correto é fachada para a trama, com a fotografia escondendo toda a bizarrice com uma estética que passeia por "Edward Mãos de Tesoura" (1990) e "O Show de Truman" (1998), e transforma a casa própria, uma das mais desejadas paisagens, em um verdadeiro labirinto em que cada esquina é um pesadelo.

O Chalé

Cinematografia: Thimios Bakatakis.

Um dos elementos mais seminais para a construção de um bom terror é a fotografia - e não é de admirar que os melhores filmes do gênero também possuem cinematografias de sucesso. "O Chalé" entra nesse panteão: a película nada contra a maré do modelo atual de cinema de terror, acomodado em berrar sustos, e edifica sua atmosfera com muito cuidado, trabalhando com sugestões e temáticas geralmente tratadas com pobreza. A fotografia - do mesmo responsável por "O Lagosta" (2015) e "O Sacrifício do Cervo Sagrado" (2017) - é fundamental na imersão da história quando captura luzes naturais de maneira não convencional, no limiar entre claridade e escuridão.

1917

Cinematografia: Roger Deakins. Edição de Cor: Greg Fisher.

O atual detentor do Oscar de "Melhor Fotografia", falar do trato visual de "1917" é chover no molhado: a maneira como o longa foi filmado é espetacular. A fotografia de Roger Deakins - que também levou o Oscar por "Blade Runner 2049" (2017) - faz um preciso balé coreografado enquanto segue os protagonistas incessantemente. Editado para parecer uma rodagem sem cortes, o trabalho de câmera rende sequências que já entraram para a história do Cinema pela precisão e poder - e aqui, os exemplos são vários.

Maria & João: Conto de Bruxas

Cinematografia: Galo Olivares. Edição de Cor: Mitch Paulson.

"Maria & João" foi uma fita quase universalmente subestimada, tanto pelo público como pela crítica. É claro, a releitura da história clássica poderia ser muito mais potente caso não cedesse a comodismos (o final é particularmente fraco), todavia, há um elemento indiscutivelmente fantástico aqui: sua cinematografia. "Maria & João" aprendeu com "A Bruxa" (2015) a como fazer um filme de época no aparato visual. Cheio de simbolismos, cores artificiais e enquadramentos irretocáveis, Galo Olivares - em seu trabalho de estreia na cadeira de cinematógrafo em um longa - mostra a que veio sem sutilezas.

O Poço

Cinematografia: Jon D. Domínguez.

Quando um filme longe dos cofres bilionários de Hollywood consegue um feito além da média em termos técnicos, sabemos que é um sucesso. "O Poço", produção espanhola, é um desses filmes. "O Poço" impressiona pelo requinte técnico – e é a estreia do diretor Galder Gaztelu-Urrutia, mais um motivo para potencializar a boa realização da película. Toda a concepção visual da trama é realizada fantasticamente; quase inteiramente filmado em um único cômodo, o que exigiu o triplo da cinematografia de Jon Domínguez, que foi capaz de dar o tom correto da claustrofóbica trama.

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Bastidores: cinco filmes que tiveram grandes problemas durante sua produção

A produção de um filme envolve muitos imprevistos e problemas que parecem ser impossíveis de resolver. Muitas vezes tais empecilhos sequer chegam ao público, mas às vezes acabamos tendo conhecimento de alguns, principalmente quando o filme é adiado mais de três vezes por motivos diversos. Né, "Novos Mutantes"?

Pensando nisso, a edição deste sábado do Bastidores reúne cinco filmes que tiveram grandes problemas de produção. Alguns, aliás, são perceptíveis até mesmo no produto final pelo público.

007 - Sem Tempo Para Morrer (2020)


Surpreende que o vigésimo quinto filme da franquia "007" irá realmente sair se levarmos em consideração que houve uma explosão no set filmagens e que Daniel Craig (James Bond) se feriu em um acidente. Deu tudo errado.

A explosão foi antes do acidente com Craig e comunicada oficialmente pelo filme por meio do Twitter, em meados de junho de 2019. Segundo a publicação, um funcionário da equipe ficou levemente ferido e o estúdio onde o longa-metragem estava sendo rodado foi danificado.

Já no mês anterior a explosão, Daniel Craig machucou seu tornozelo e ainda precisou passar por uma cirurgia (!!!). Não há informações de como o acidente se deu, mas as filmagens precisaram ser adiadas em duas semanas por conta do ocorrido. A informação também foi divulgada oficialmente pelo Twitter do filme.

Han Solo (2018)


A tragédia de "Han Solo - Uma História Star Wars" foi anunciada muito antes de sua estreia. Em meio a produção, a dupla de diretores Phil Lord e Chris Miller ("Uma Aventura Lego") foi trocada por Ron Howard ("O Código DaVinci"). O motivo: Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, não estava gostando da abordagem dada pela dupla.

Kennedy buscava algo ao estilo "Guardiões da Galáxia", segundo o The Wall Street Journal, por isso foi feita a troca. No fim, Howard acabou refilmando 70% de um filme que grande parte dos fãs da franquia "Star Wars" fingem não existir. De qualquer modo, a Lucasfilm já estava preparada para o tombo.

Apesar da troca de diretores, talvez o maior problema da produção tenha sido Alden Ehrenreich, o Han Solo dessa nova versão. Um ator envolvido na produção, que na época não se identificou, afirmou que Alden não era bom o suficiente. A declaração foi dada ao site Vulture no começo de 2018, mas ajudou a crescer um rumor de 2017 que afirmava que um professor de atuação teria sido contratado para ajudar Alden.

Liga da Justiça (2017)


A DC Comics ainda estava perdida em como dar início ao seu universo cinematográfico compartilhado e "Liga da Justiça", dirigido por Zack Snyder e Joss Whedon, era a oportunidade perfeita para mostrar ao público que sabia o que estava fazendo. Infelizmente deu tudo errado e só agregou a maré de hate que a quadrinista seguia sofrendo nos cinemas.

O problema é anterior a este longa-metragem, na verdade. "Batman VS Superman: A Origem da Justiça" não teve a melhor das recepções. Arrecadou bem, mas não o suficiente para agradar executivos, o que resultou em uma série de intervenções em produções como "Esquadrão Suicida" e no próprio "Liga da Justiça", um verdadeiro Frankenstein, como o site The Wrap classificou.

A vontade de tirar Zack Snyder, todavia, vem desde "O Homem de Aço", mas o diretor permaneceu até "Liga", saindo apenas após a morte de sua filha. Joss Whedon já havia sido contratado para reescrever algumas cenas, que tornariam o filme mais leve, e com a saída de Snyder assumiu a direção. O resultado foi aquele filme que bem... preferimos esquecer.

Mad Max: Estrada da Fúria (2015)


"Mad Max: Estrada da Fúria" foi um dos poucos resgates de franquias antigas que valeram a pena, mas a produção sofreu para sair. As gravações do filme estavam previstas para começar em 2010, porém só tiveram início no ano seguinte por conta de chuvas na Austrália, onde a produção seria rodada. Devido as chuvas, todo o cenário desértico apocalíptico desejado por George Miller se tornou um campo de flores silvestres e terra vermelha.

O longa-metragem passou a ser gravado no deserto de Namíbia, no sul da África. A gravação tinha tudo para correr certinho, mas Charlize Theron e Tom Hardy, na época, não se deram muito bem nos sets de filmagem. Somente nesta semana que ambos confirmaram as brigas em um artigo especial do The New York Times sobre o filme.

Theron acredita que faltou um pouco de empatia de sua parte, enquanto Hardy contou que a produção foi bem desgastante. "A pressão sobre nós era esmagadora às vezes. O que ela precisava era um parceiro melhor, talvez mais experiente que eu", desabafou o ator.

Novos Mutantes (2020)


Esse aqui a gente está cansado de falar, não é mesmo? Principalmente por conta dos diversos adiamentos. Entretanto, diferente dos anteriores, este aqui envolve muito mais rumores do que confirmações. A começar por uma suposta refilmagem de 75% da produção que aparentemente nunca aconteceu.

As novas filmagens buscavam trazer um novo vilão e a personagem X-23. O produtor Simon Kinberg, diretor de "X-Men: Fênix Negra", em maio de 2019, chegou a afirmar que as gravações iriam acontecer, mas não há qualquer outra notícia confirmando que o filme realmente sofreu novas filmagens, apenas que seria lançado em sua versão original, segundo Josh Boone, diretor do filme.

Voltando um pouco no tempo, lá em 2018, o filme correu o risco ainda de ser totalmente engavetado junto de "Fênix Negra". Segundo o Comic Book News, alguns acionistas da Disney queriam trabalhar com os mutantes já dentro do Universo Cinematográfico Marvel, começando do zero. Na época, o rumor apontava até mesmo para um possível cancelamento da produção.

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Bastidores é uma coluna quinzenal que busca analisar e trazer curiosidades sobre o cinema enquanto arte e industria. Assinada pelo jornalista José Lucas Salvani, formado em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso e redator de cinema há quase sete anos. 

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