O ano é 2019 e os Jonas Brothers estreiam no topo da Hot 100 americana com “Sucker”

Se falássemos, há alguns anos, que estaríamos aqui, em pleno 2019, noticiando que os Jonas Brothers fizeram um comeback tão bem sucedido que conquistaram seu primeiro número 1 nos Estados Unidos, você provavelmente não acreditaria. Mas é exatamente isso que aconteceu nesta semana, conforme informou a Billboard nessa segunda (11).

O trio de irmãos voltou com tudo com o pop delicioso de “Sucker”, desbancando hits como “7 rings” da Ariana Grande, “Please Me” da Cardi B com o Bruno Mars, e “Sunflower” do Post Malone com o Swae Lee. O novo single do trio se tornou a primeira música de um grupo a estrear direto no topo da Hot 100 neste século.


É claro que a nostalgia teve um papel importante na conquista desse #1, mas não podemos tirar os créditos dos Jonas. A banda soube aproveitar todo o hype do comeback, lançando uma música realmente boa e chiclete, produzida por Ryan Tedder e Frank Dukes, dois grandes nomes do pop no momento. “Sucker” conseguiu unir o melhor da carreira solo de Nick, os pontos fortes do DNCE, a banda paralela de Joe, e soar como algo que os Jonas Brothers faziam no passado, porém atualizado.

O mérito vai também para o ótimo e divertido videoclipe da canção, que conseguiu elevar a música ao trazer a participação de Priyanka Chopra, Sophie Turner e Danielle Jonas, companheiras de Nick, Joe e Kevin, respectivamente. É impossível ouvir a canção sem imediatamente pensar no vídeo. 


Só isso seria o suficiente pra fazer com que “Sucker” se tornasse um hit e dominasse o Spotify norte-americano e global, como fez. Mas os caras foram além. Diferente do que a maioria dos artistas da atualidade tem feito, os Jonas optaram por divulgar ativamente a música, participando de inúmeros programas de rádios, que, a gente bem sabe, ainda tem um peso considerável na Hot 100, e passando uma semana inteira no programa do James Corden, participando de quadros como o famoso Carpool Karoke. Não teve descanso, mas valeu a pena.


Alô, One Direction! É só organizar direitinho que o comeback bem sucedido vem também, viu? 

Lista: 10 filmes dirigidos por mulheres que demonstram sua importância no cinema

Mais um 08 de março, mais um Dia Internacional da Mulher. A data existe para celebrarmos a existência desse ser que ainda é vítima de opressões e violências diárias só por ser mulher. Nem preciso entrar nos trâmites que corroboram com a importância do pensamento crítico e social ao redor das mulheres, então sigamos em frente.

O Cinema é uma das indústrias que mais reflete a exclusão da mulher: elas são minorias em quase todos os departamentos. Os números não mentem: das 100 maiores bilheterias de 2018, apenas 4% eram dirigidas por mulheres. Enquanto o Oscar 2019 teve o maior montante de mulheres vencedoras, o prêmio de "Melhor Direção" só viu uma delas vencendo, Kathryn Bigelow por "Guerra Ao Terror" (2008) - e só outras QUATRO foram indicadas nos mais de 90 anos da premiação.

Por isso, decidi listar 10 filmes maravilhosos e modernos que possuem mulheres na cadeira de direção. A lista não está em ordem de preferência e nem escolhe os 10 melhores filmes femininos da *insira a faixa de tempo*, e sim traz 10 nomes que, talvez, o grande público não conheça - obras como "Lady Bird" (2017), "Que Horas Ela Volta?" (2015) ou "Precisamos Falar Sobre Kevin" (2011) foram postas de lado por já serem largamente famosas.


Na Flor da Idade (Grzeli Nateli Dgeeb/In Bloom), 2013

Dirigido por Nana Ekvtimishvili & Simon Groß.
Após o colapso da União Soviética nos anos 90, duas irmãs georgianas seguem suas vidas em meio ao caos social. Para elas, o mundo ainda não havia mostrado suas garras. Quando uma é obrigada a se casar, elas finalmente entendem o papel da mulher no universo patriarcal. "Na Flor da Idade" é um drama familiar intenso e cru que se divide entre chocar e sensibilizar a plateia. Ainda tem um acréscimo de ser vindouro de um país cuja cultura cinematográfica seja tímida - não lembro de já ter visto outro filme da Geórgia.

O Julgamento de Viviane Amsalem (Gett), 2014

Dirigido por Ronit Elkabetz & Shlomi Elkabetz.
Em plena Israel contemporânea, Viviane só deseja uma coisa: se separar do marido. Mas lá não existe divórcio civil, cabendo ao homem a voz final para a dissolução do casamento - e o de Viviane jamais aceitará. Assim começa a batalha de uma mulher que só deseja ser dona de si mesma. Confinando-nos dentro de um tribunal por 2h, "O Julgamento de Viviane Amsalem" é a metáfora perfeita para a situação claustrofóbica da protagonista, que deseja nada além da sua liberdade - e tudo sem cair em chavões fáceis como abusos e violências. É a luta pelo simples direito de ser. Uma perda para o Cinema internacional a morte precoce de Ronit Elkabetz (co-diretora e protagonista) em 2016.

Políssia (Polisse), 2011

Dirigido por Maïwenn.
Segundo Maïwenn, o título de "Políssia" veio do seu filho, que escreveu a palavra "polícia" com dois "s". O título é singelo, mas carrega o cerne da película: conhecemos a rotina dos policiais da Brigada de Proteção de Menores. Sua principal função é lidar com crianças vítimas de pedofilia. Muito mais que uma visão fria do trabalho, os 120 minutos de duração obrigam o espectador a chorar e vomitar um turbilhão de sensações, costurando de forma brilhante o dia a dia do combate à pedofilia com seus impactos sociais e psicológicos sob todos os envolvidos. "Políssia" é o Cinema como espinho necessário.

Eu Não Sou Uma Feiticeira (I Am Not a Witch), 2017

Dirigido por Rungano Nyoni.
Vencedor do prêmio de "Melhor Estreia" no BAFTA 2018, "Eu Não Sou Uma Feiticeira" viaja até a Zâmbia para escancarar a cultura africada de bruxaria. Só que, ao contrário do que podemos esperar, ser rotulada como bruxa é o pior pesadelo de uma mulher. Rungano Nyoni sabe da importância do seu texto e de como extrair imagens poderosíssimas do seu filme, e "Eu Não Sou" é uma alegoria carregada e certeira do choque entre gerações e como algumas tradições devem ser urgentemente abolidas.

Cabelo Ruim (Pelo Malo), 2013

Dirigido por Mariana Rondón.
Junior mora na periferia de Caracas, Venezuela. Correndo nas ruelas do complexo de precários apartamentos em que vive, o garoto sonha em ter a foto do anuário escolar perfeita, e para isso - diz ele - precisa alisar o cabelo. Isso se torna uma obsessão para o menino, o que desencadeia a ira da mãe, preocupada com o fato do filho ser gay. "Cabelo Ruim" esbanja sensibilidades ao abordar um conjunto de temas complexo - raça, sexualidade e pobreza - sob o prisma infantil, que desde cedo sente nas costas os pesos e as pressões da sociedade. Mariana Rondón, no entanto, não tem pudores em revelar o quão cruel podemos ser diante do sonho de uma criança.

Marguerite (idem), 2017

Dirigido por Marianne Farley.
Curta-metragem indicado ao Oscar 2019, "Marguerite" gravita ao redor da personagem-título, uma idosa que recebe os cuidados de Rachel, sua enfermeira. Esta entra e sai da casa e da vida de Marguerite, que tem sua percepção mudada quando descobre que Rachel é lésbica. A descoberta vai destravar sentimentos passados e mudar a relação das duas. O curta de Marianne Farley tem apenas 19 minutos, todavia, arranca lágrimas pelo violento nível de emoção ao abordar tópicos que dificilmente aparecem lado a lado - e com uma expertise de dar inveja.

Blue My Mind (idem), 2017

Dirigido por Lisa Ivana Brühlmann.
O maior medo da adolescente Mia é a sua própria natureza: com 15 anos, ela entra na puberdade e seu corpo começa a mudar. Na fase mais conturbada da vida, ela tenta se encaixar no grupo de meninas enquanto desesperadamente busca um meio de frear seu próprio corpo. "Blue My Mind" (trocadilho genioso em inglês) nada mais é que uma metáfora cinematográfica das mudanças femininas na puberdade. Lisa Brühlmann pega verdades comuns e produz matéria-prima para um enredo que une realismo com fantasia.

O Estranho Que Nós Amamos (The Beguiled), 2017

Dirigido por Sofia Coppola.
Uma escola feminina no interior dos EUA em plena Guerra Civil tem sua rotina mudada permanentemente quando um soldado ferido é resgatado em suas imediações. Relutante pela presença do homem, a diretora da escola se vê tentada a deixa-lo ali - mas ela não imaginava que a tentação não seria só dela. "O Estranho" rendeu o segundo prêmio de "Melhor Direção" a uma mulher no Festival de Cannes - para Sofia Coppola -, e merecidamente. Seu filme é um conto de como a masculinidade é uma doença naquele corpo feminino, que deve se unir para não ver sua própria ruína.

Pária (Pariah), 2011

Dirigido por Dee Rees.
De uma das maiores expoentes do cinema negro norte-americano - Dee Rees -, "Pária" coloca no palco Alike, uma garota de 17 anos que passa por uma batalha interna para se aceitar como lésbica. Chamado de "semi-autobiografia" por Rees (que também é lésbica), a obra é o "Moonlight" (2017) feminino: explora as dores específicas que uma pessoa negra sofre por ser gay. Alike ainda tem o peso de ser mulher e estar fincada numa família religiosa, mais um prego na cruz que deve carregar. Visual e socialmente estonteante, "Pária" é uma pérola do Cinema em todos os quesitos.

Cafarnaum (Capernaum), 2018

Dirigido por Nadine Labaki.
Nas favelas do Líbano vive Zain e sua família. O garoto está preso (com apenas 12 anos) após se envolver num crime. No julgamento, ele revela querer processar os pais; o motivo? "Por eu ter nascido". "Cafarnaum" é uma obra-prima inestimável que tem acumulado prêmios e indicações ao redor do mundo - foi indicado a "Melhor Filme Estrangeiro" no Oscar 2019 e merecia ter levado. O trabalho que Nadine Labaki realiza enquanto diretora e roteirista é fora de série, uma das direções mais poderosas do ano que a comprova como voz fundamental para a Sétima Arte.

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Muito longe do raso: Lady Gaga chega ao topo da Hot 100 americana com "Shallow"

Depois de levar pra casa todos os prêmios possíveis por "Shallow", incluindo Grammy, Globo de Ouro e, finalmente, um Oscar, Lady Gaga ainda tem o que alcançar e comemorar. Seguindo sua vitória na principal premiação do cinema, a música da trilha de "A Star Is Born" chegou ao topo da principal parada norte-americana nessa segunda-feira (04).



Ser aclamada pelo público e pela crítica especializada é essencial. 

Pra chegar ao 1º lugar da Billboard Hot 100, "Shallow" precisou subir nada mais do que vinte (!) posições e desbancar Ariana Grande, que já estava no topo da parada há cinco semanas não consecutivas com "7 rings" e cai agora para o segundo lugar. Em terceiro temos Halsey com o hit "Without Me", completando um top 3 totalmente feminino, do jeito que a gente gosta. 

Além de chegar ao #1 da parada de singles dos Estados Unidos nessa semana, Lady Gaga também conquistou o topo do chart de álbuns pela quarta vez com a trilha de "A Star Is Born". Essa é a primeira vez que Gaga tem a música e o disco número 1 nos EUA na mesma semana.

A parceria com Bradley Cooper (que, vale lembrar, já tem Grammy e, agora, #1 na Hot 100, mesmo não sendo primariamente um cantor), é o quarto número 1 de Lady Gaga nos Estados Unidos. Ela chegou ao topo da parada com "Just Dance" e "Poker Face", lá em 2009, e com "Born This Way", em 2011.



Se isso é a decadência de Lady Gaga, porrannnnn, imagina o auge?

Nossa adolescência tá viva! Vem ouvir "Sucker", o comeback dos Jonas Brothers

Estão autorizados os gritos escandalosos: os Jonas Brothers estão de volta! Depois de quase 6 anos da separação do grupo, os irmãos Nick, Joe e Kevin começam 2019 trabalhando juntos novamente, com o single "Sucker" como primeiro lançamento.

O anúncio do comeback veio depois de muita especulação da imprensa e dos fãs nas últimas semanas, desde que as contas oficiais do Jonas Brothers no Instagram e no Twitter foram reativadas e tiveram todo o seu conteúdo removido. No dia 18, a US Weekly publicou uma matéria indicando que o trio estaria em Londres em reuniões para discutir o futuro de suas carreiras, o que aqueceu ainda mais os rumores do retorno da banda. Os três mantiveram silêncio até a manhã de quinta-feira (28), quando compartilharam a capa do single de retorno em suas redes sociais oficiais.

"Sucker" é um super presente para quem passou a adolescência ouvindo os hits dos irmãos Jonas: mesmo com uma sonoridade bem parecida com os seus últimos trabalhos, traz vocais e elementos mais modernos que indicam um amadurecimento no trabalho dos irmãos.


O clipe foi filmado na Inglaterra, e tem um cenário bem tradicional da história da região, composto de um castelo rodeado por um enorme jardim. Dentro dele, os três apresentam a música para uma plateia mega especial, composta pelas companheiras de cada um deles: Priyanka Chopra (Nick), Sophie Turner (Joe) e Danielle Jonas (Kevin). A interação de todos eles no vídeo é mega divertida e cheia de looks incríveis, inspirados na realeza.

O lançamento ainda vem acompanhado ações exclusivas para o Late Late Show, de James Corden: eles terão uma semana de aparições no programa, participando de entrevistas e dos quadros Carpool Karaoke e Spill Your Guts or Fill Your Guts.


O último lançamento dos Jonas antes da separação do grupo foi o álbum ao vivo "Live", em 2013. Desde então, Nick teve uma carreira solo bastante bem sucedida, com bons resultados nos charts para os álbuns "Nick Jonas" (2014) e "Last Year Was Complicated" (2016); Joe formou a banda DNCE em 2015, e com eles conquistou o top 10 do Hot 100 com o megahit "Cake By The Ocean". Já Kevin passou esse período afastado da música, e estrelou o reality "Married To Jonas" no E! ao lado de sua esposa Danielle em 2013.

E aí, o que acharam do retorno dos Jonas Brothers? Acham que eles têm chances de superar a nostalgia e consolidar a carreira na fase adulta? Dêem os seus pitacos aqui embaixo!

Você não pode deixar de ouvir o novo (e maravilhoso) single da Bea Miller, "it's not u it's me"

Bea Miller é daquelas artistas que começaram bem cedo na indústria, mas que vem em uma ótima crescente. Seu segundo disco, "aurora", lançado no ano passado, mostrou o amadurecimento do seu som, e seu novo single, "it's not u it's me", liberado nessa sexta-feira (01), prova que o céu é o limite para ela. 

Mas, antes de falarmos da música, vamos parar por um momento para apreciar a capa in-crí-vel de "it's not u it's me"?


Nós sentimos esse impacto.

A faixa traz uma letra poderosa e cheia de ironia voltada para o amor próprio, com versos como "não é você, sou eu, porque eu sou a única pra mim" e "não quero você se culpando, faz mal pra saúde", em meio a um pop simplista que lembra bastante o que costumamos ouvir da Julia Michaels. É divertido, é ácido e é delicioso também. 

Já a participação do rapper 6LACK (que, aliás, tem deixado sua marca em muitos lançamentos interessantes nos últimos meses), chega para somar, em meio a versos que reafirmam a ideia da canção, como "eu sei o que eu quero, é paz de espírito" e "tudo vai ficar bem, amor próprio não é egoísmo"



Ainda não sabemos se "it's not u it's me" será o primeiro single do terceiro disco de Bea, mas já estamos torcendo para que ela continue não só investindo nesse som, como também nesse visual lindíssimo, e já imaginando uma possível capa de álbum para superar essa do single. 

Rita Ora escolhe "Only Want You" como seu novo single e lança remix da faixa com 6LACK

Rita Ora lançou no final do ano passado seu segundo disco, o ótimo "Phoenix", que veio recheado de potenciais novos hits. Para continuar com a divulgação do projeto, a cantora resolveu apostar na faixa "Only Want You", cujo remix com o rapper 6LACK chegou nessa sexta-feira (01). 

Diferente de seus últimos sucessos, as eletrônicas "Anywhere" e "Let You Love Me", seu novo single segue uma linha mais acústica, mostrando um outro lado de Rita. Porém, assim como os britânicos gostam bastante de algo mais dançante, baladas emotivas também costumam pegar no coração deles e, por isso, achamos que "Only Want You" foi uma boa escolha (a frase "I don't want to wear another mini dress to impress a potential problem" também contribuiu pra essa nossa percepção).

Com relação ao remix, não alterou muito a forma da música, mas é interessante ver como o rapper em ascensão 6LACK, que recentemente apareceu em "Waves", da Normani, e "OTW", com o Khalid, conseguiu se encaixar bem em uma música pop diferente de tudo que ele já tinha participado. Reizinho versátil.



Escolha de single e remix aprovados? 

A gente já deixa aqui nossa sugestão para o próximo single: Rita,se você estiver lendo, escolhe "New Look" ou "Cashmere", por favor! 

Megazord do pop: Selena Gomez, J Balvin, benny blanco e Tainy unem forças em "I Can't Get Enough"

Selena Gomez é oficialmente a rainha das mega parcerias. Depois de “Taki Taki”,com DJ Snake, Ozuna e Cardi B, ela se uniu aos produtores benny blanco e Tainy e ao colombiano J Balvin em “I Can’t Get Enough”, lançada nessa quinta-feira (28). 

Como a participação de Balvin já indicava, a música aposta em uma sonoridade latina, mas, neste caso, bem suave, lembrando bastante a parceria do cantor com Anitta em "Dowtown" e combinando perfeitamente com o tom mais baixo e cheio de sussurros de Selena. 



Curtiu o resultado final?

Mas essa não é a única novidade que temos de Selena! A artista foi flagrada saindo de um estúdio de gravação na terça-feira e na quarta, sendo que neste último dia passou nada menos do que oito horas por lá. Já dá pra ter esperanças de que, depois de vários singles avulsos, vem aí o sucessor do "Revival", de 2015?

Com Sophie Turner e Jennifer Lawrence, "X-Men: Fênix Negra" ganha trailer foderoso

Depois da gente ter que fingir com o primeiro trailer de "X-Men: Fênix Negra", que pareceu mais emular uma versão nova de "O Confronto Final", finalmente temos um trailer para se orgulhar. De surpresa, um novo vídeo foi divulgado ontem e está bom pra caramba, bicho. Se um dia a gente criticou, era montagem.


Com este trailer, fica claro que a personagem de Sophie Turner será central nesta história, diferente da primeira vez em que a saga da Fênix foi adaptada aos cinemas. Aqui, a personagem irá se redescobrir, se mostrando cada vez mais forte, assim como foi mostrado nos 15 primeiros minutos do filme haviam sugerido na CCXP 2018.

Já nascendo aclamado, "X-Men: Fênix Negra" é a última grande produção dos mutantes ainda com a mão da 20th Century Fox. O filme proporciona a volta de vários nomes consagrados na franquia, como o trio Jennifer Lawrence, Michael Fassbender e James McAvoy; e não podemos esquecer da estreante no mundo mutante, Jessica Chastain.

"X-Men: Fênix Negra" chega aos cinemas em junho.

Lista: 10 filmes (difíceis, mas sensacionais) que estudam e desafiam tabus na tela

Eu, obviamente, não discuto sobre Cinema apenas nessa bela coluna que se chama Cinematofagia. Numa roda de amigos debatendo as delícias da Sétima Arte, um deles me perguntou o porquê eu gostar de filmes "difíceis", filmes estes que ele mantinha segura distância. Minha resposta foi automática: "Porque eles são prepotentes".

Gargalho gostosamente quando vejo alguém usando esse adjetivo, prepotente, como demérito de alguma obra. "Ah, esse filme é péssimo, muito prepotente". Há algo mais prepotente no mundo que o Cinema? Entre um longa prepotente e outro que está feliz apenas em existir, eu fico com o primeiro. Pensei em fazer uma lista com filmes prepotentes, mas isso soa ridículo. A saída brotou com obviedade: uma lista com filmes que discutem temas tabus.

O tabu designa qualquer assunto que esteja rodeado por uma áurea de proibição ou censura. Não se assuste, você, ao saber que o tabu é uma regra puramente religiosa, que atualmente se espalha para o âmbito social e cultural. Por isso, o que é tabu para nosso contexto pode ser algo tranquilo para outro, afinal, a moralidade é cultural. Isso não quer dizer que temas tabus são apenas aqueles assuntos que o conservadorismo tenta esconder. Tabu também é algo que fazemos/somos/queremos, mas não admitimos por vergonha ou por medo.

Escolhi 10 filmes, todos dos anos 2000, que estudam e desafiam 10 temas que não estamos tão confortáveis assim, o que comprova a importância do Cinema: pôr na tela discussões de maneira segura, gerando contestações e desconstruções na cabeça do público. Claro, todos os filmes listados possuem meu selo de qualidade, não sendo escolhidos apenas pelo tema, mas também pelo afinco que o aborda. Mesmo não sendo exatamente entretenimento, todos os filmes possuem um função educacional importante. Maratoná-los fica por sua conta e risco - mas a desconstrução é garantida.


Aborto: 24 Semanas (2016)

Astrid está grávida do segundo filho, e descobre tardiamente que o feto possui Síndrome de Down e um gravíssimo problema cardíaco. Ela deve correr o risco de passar por toda a gravidez e enfrentar a rotina médica que o bebê terá que passar (com grandes chances de falha)? "24 Semanas" (24 Wochen) acerta por ser um filme absolutamente feminino - é escrito e dirigido por uma mulher, Anne Zohra Berrached. O longa discute de maneira sóbria e didática os percalços ao redor do aborto, e mostra o ato sem romantismos: toda a sequência é dolorida, mas necessária, revelando que abortar não é uma atividade recreativa que a mulher decide se submeter a bel-prazer.

Drogas: Réquiem Para um Sonho (2000)

"Réquiem Para um Sonho" (Requiem for a Dream) foi o primeiro grande filme de Darren Aronofsky, e aviso precoce do talento que ele viria a repetir com "Cisne Negro" e "Mãe!". O filme é uma exposição de várias formas de abuso de drogas, e como cada personagem se mantém aprisionado em um mundo narcótico que o afasta da realidade. Sessão nada agradável, "Réquiem" vai de heroína ao vício por pílulas de emagrecimento e segue o passo a passo do abuso, levando a plateia a presenciar momentos assustadores. Ellen Burstyn definitivamente deveria ter levado o Oscar de "Melhor Atriz".

Estupro: A Bela e os Cães (2017)

"A Bela e os Cães" (Aala Kaf Ifrit/Beauty and the Dogs) segue uma garota que é estuprada após sair de uma festa. Ela desesperadamente busca justiça, mas como resolver isso se os estupradores foram os próprios policiais? Dividido em segmentos, todos em fenomenais planos-sequência, o poder nas imagens da obra de Kaouther Hania nos convida a enfrentar o que as mulheres vivenciam diariamente: o medo do assédio, a maneira ignorante por parte das autoridades diante do crime e como a voz feminina é sempre posta em dúvida diante do machismo esmagador. Mariam é uma heroína da vida real.

Incesto: Ilegítimos (2016)

Um dos maiores tabus da nossa sociedade é o incesto, quando membros familiares desenvolvem um relacionamento amoroso/sexual. "Ilegítimos" (Ilegitim) força o espectador a questionar: por quê? Quando a família de Romeo e Sasha, irmãos legítimos, descobrem o romance dos dois, o mundo vai abaixo. Eles são tratados como animais, seres sujos que envergonham a família. O que eles se questionam: "Por que nosso amor agride?". Esse seco filme romeno não se interessa em deixar sua mensagem de fácil digestão, porém levanta pontos interessantes, mesmo quando não queríamos ouvir.

Intolerância: A Constituição (2016)

Em um prédio, quatro pessoas vivem em pé de guerra por cada uma reprovar o "estilo de vida" da outra - seja por causa de religião, sexualidade ou nacionalidade. Quando situações os forçam a entrar em contato, eles devem rever seus próprios preconceitos. O croata "A Constituição" (Ustav Republike Hrvatske/The Constitution), que ironicamente se auto-intitula "uma história de amor sobre o ódio", cria um microcosmo da sociedade naquele prédio quando pessoas se odeiam por simplesmente serem diferentes. O interessante é que o longa passa a mão na cabeça de ninguém, e até mesmo a travesti é capaz de ser intolerante. Somos todos humanos e, ao mesmo que tempo capazes de produzir ódio, somos capazes de sermos empáticos.

Pedofilia: Michael (2011)

Estreia do diretor Markus Schleinzer, vemos intimamente cinco meses na vida de Michael, um pedófilo que mantém uma criança presa no seu porão. A obra desmistifica a ideia de que pedófilos são apenas velhos bizarros que comem criancinhas - Michael é um respeitável agente de seguros com uma vida social normal, um daqueles homens que você jamais vai pensar que faz sexo com um menino de 10 anos preso em casa. Apesar das sutilezas, "Michael" é um tapa na cara, conseguindo chocar ao escancarar até aonde o ser humano consegue ir em termos de maldade. Em um momento, Michael pergunta para o menino: "Esta é minha faca e este é meu p**. Qual dos dois devo enfiar em você?". Assustador.

Pobreza: Eu, Daniel Blake (2016)

A força do cinema perante o sistema é ferramenta de instauração de reflexão em "Eu, Daniel Blake" (I, Daniel Blake), vencedor da Palma de Ouro em Cannes. Quando Blake, um idoso solitário, sofre um ataque cardíaco, vai enfrentar um oceano de burocracia para receber a aposentadoria. Como é de se esperar para um idoso, ele entende nada do mundo digital e só piora a sua situação, beirando o desespero quando não possui um euro no bolso. O protagonista se torna porta-voz dos desmandos de Estados com sua pichação contra os bancos. A pobreza é sequela do capitalismo, e o assunto, que costumamos jogar para debaixo do tapete, não é aliviado: a pobreza força as pessoas a perdem o respeito próprio.

Sexualidade feminina: A Região Selvagem (2016)

O sexo em si é um tabu enorme ainda hoje, mas, muito mais que o ato sexual, a sexualidade especificamente feminina é ainda mais censurada. Homens são quase treinados, desde pequeno, a explorarem sua sexualidade, uma área proibida para o sexo oposto. Com o mexicano "A Região Selvagem" (La Región Salvaje), é a vez das mulheres. Quando um meteorito cai na cidade de Alejandra, ela finalmente descobre o prazer nas mãos (ou nos tentáculos) de um et. Filme com mulheres abraçando suas sexualidades, em que a protagonista se cansa dos machos da mesma espécie e fazem sexo com uma criatura não-humana que consegue satisfazê-la como homem nenhum? Obra-prima.

Suicídio: Mar Adentro (2004)

Chega a ser engraçado como nós não sabemos lidar com a única certeza que temos na vida: vamos morrer. A morte é, por si só, um assunto que ninguém gosta de debater; o suicídio então, impensável. Em "Mar Adentro", Ramon é um homem que está há anos lutando pelo direito de se matar. Quando jovem, sofreu um acidente que o paralisou do pescoço para baixo, e sua condição não é interessante para manter a própria vida - e ele é fisicamente incapaz de se suicidar. O espanhol, que venceu o Oscar de "Filme Estrangeiro", é uma novela fabulosa quando vemos a sociedade e a igreja em pavorosa com o pedido de Ramon, uma pessoa lúcida e que, apesar da tristeza, não quer morrer por melancolia.

Prostituição: O Céu de Suely (2006)

Hermila (Hermila Guedes) tem 21 anos e foi abandonada pelo marido no interior do Ceará. Com um filho para criar, ela precisa ganhar a vida após meses sendo recusada em empregos. A saída encontrada foi a prostituição, porém, Hermila é inovadora: ela decide fazer uma rifa em que o prêmio é ela mesma. Assim nasce Suely, a prostituta, que promete uma "noite no paraíso". "O Céu de Suely", uma das pérolas do novo cinema brasileiro, usa até do bom humor para entrar nas veias do machismo que tenta expelir a protagonista do próprio meio. A dignidade de Hermila e Suely pode até receber pedradas, mas se mantém de queixo erguido. Eu vou fazer um leilão, quem dá mais pelo meu coração?

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