Atração do Lolla 2020, Lauv lança o disco “~how i’m feeling~“ e prova que o pop masculino está em ótima forma

Tá certo que atualmente não estamos vendo muitos artistas do pop masculino despontando, mas podemos dizer que o Lauv está vindo com tudo para se consolidar como um dos principais nomes do gênero para essa geração.

Com seu segundo disco, o honesto “~how i’m feeling~”, o americano de 25 anos faz um sad pop com batidas eletrônicas e de trap delicioso. Em 21 músicas (deu até sede!), Lauv fala abertamente sobre relacionamentos e expõe todas as suas emoções, além de abordar temas como saúde mental e a solidão dos tempos de internet. 

Em nossa primeira ouvida, os destaques do disco ficam para as ótimas “Sims”, “Believed” e "Lonely Eyes", além de "Julia", faixa escrita para sua ex-namorada, a cantora e compositora Julia Michaels. 

Também não podemos deixar de falar das parcerias do álbum. Tem Anne-Marie em “fuck, i’m lonely”, uma das nossas favoritas, a banda LANY em “Mean It”, e Troye Sivan, outro importante expoente do pop masculino, em “i’m so tired...” (essa aqui nos representa muito!). 

Alessia Cara empresta um pouco do seu estilo musical e aparece na fofíssima “Canada”, os caras do BTS cantam totalmente em inglês em “Who” e tem até um flerte com a salsa em “El Tejano”, com a Sofía Reyes.


O Lollapalooza Brasil vai rolar nos dias 3, 4 e 5 de abril, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e o Lauv sobe ao palco do festival já no primeiro dia, sexta-feira, mesma data em que Lana Del Rey, Rita Ora, Rex Orange County e King Princess se apresentam. Você ainda pode garantir seu ingresso aqui

Crítica: “O Homem Invisível” perde o charme quando sua história fica visível

Atenção: a crítica contém spoilers.

"O Homem Invisível" (The Invisible Man) talvez seja o único terror do atual período de "despejo" do mercado norte-americano a conseguir ser mais do que outra bomba desejando dinheiro - menti, "A Ilha da Fantasia" (2020)? Esse período consiste em janeiro e fevereiro, a época mais fraca para os cinemas norte-americanos graças ao calendário e ao próprio clima - a neve faz com que menos pessoas saiam de casa. Por isso, os estúdios sabem que o que há de pior no seu catálogo deve sair entre os meses - e muitas vezes são filmes de terror horríveis para adolescentes.

O filme de Leigh Whannell está muito bem na crítica local - por aqui, não tanto. Caso você não reconheça o nome de Whannell, ele é uma das mentes por trás de duas das maiores franquias do horror moderno, "Jogos Mortais" e "Sobrenatural". Ele, inclusive, atua em alguns deles - ele é Adam do primeiro "Jogos Mortais" (2004), o que acorda dentro do fatídico banheiro. Com um trabalho bastante ligado ao de James Wan - que parece ter abandonado o terror depois de "Aquaman" (2018) -, essa é a terceira direção de Whannell dentro do gênero - ele dirigiu "Sobrenatural: A Origem" (2015) e "Upgrade" (2018) anteriormente.

Com "Upgrade", vimos a união do terror com grandes elementos de ficção científica, e é isso que ele faz com o reboot de "O Homem Invisível". Cecilia (a maravilhosa Elisabeth Moss, que não pode ver um papel de mulher humilhada que já diz "eu faço!"), após drogar o namorado, foge no meio da noite. O cara, Adrian (Oliver Jackson-Cohen), é um magnata da tecnologia e psicopata, infernizando a vida de Cecilia, que até então não conseguia escapar da abusiva relação. A vida dela dá uma virada quando ela descobre que, duas semanas após a fuga, Adrian se suicidou, deixando uma grande herança para ela.

Aqui já vejo um obstáculo elementar. Vamos por um momento nos colocar no lugar de Cecilia. Não vemos os abusos acontecendo, mas claramente ela terá sequelas emocionais permanentes pelo o que passou - ela mal consegue sair de casa. Então você recebe a notícia que o culpado por tudo isso morreu. Você está, teoricamente, livre. O que eu faria, caso fosse ela? Iria me certificar com toda a certeza que esse planeta comporta de que o cara está morto de fato. Não conseguiria dormir até ter essa certeza, mas ela só aceita a notícia e vida que segue.


Uma das regras básicas que o terror nos ensinou é que você jamais pode dar por vencido um vilão sem saber que ele está mesmo derrotado. Sabe aquela cena que o assassino leva um tiro e todo mundo vai embora, para logo em seguida ele aparecer em pé? Pois é, SE CERTIFIQUEM. A partir de então, todo o filme segue baseado no fato de que Adrian está morto, o que é uma sustentação muito fraca. Estamos falando de um milionário, sociopata e com acesso à tecnologia que deixaria "Black Mirror" tremendo.

O filme, não-diegeticamente falando, quase em momento nenhum quer criar uma dúvida na cabeça do espectador, que não precisa se perguntar "será se ele está morto mesmo?". O título da obra é um spoiler absoluto, deixando claro que não, Adrian não morreu. Todavia, mesmo não deixando espaço para suposições, o filme se divide em três partes, e a primeira delas é, de longe, a melhor.

Os três atos do longa podem ser classificados como "Dúvida", "Hipótese", "Confronto", o que é uma estrutura clássica para a Sétima Arte. Dentro da configuração de "O Homem Invisível", após a suposta morte de Adrian, eventos estranhos começam a acontecer ao redor de Cecilia. Objetos desaparecem, outros surgem em lugares que não estavam e barulhos vindos aparentemente do nada são os estágios iniciais, o que dão ao filme um ar sobrenatural delicioso.

Muitas vezes, durante o primeiro ato, me sentia diante de "Atividade Paranormal" (2007), um dos mais fantásticos nomes do subgênero "sobrenatural" no século. Há uma cena em que Cecilia está na cozinha e a produção joga elementos assustadores de maneira muito sutil - como a faca caindo do balcão -, e aqui habita o que "O Homem Invisível" faz de mais sensacional: a criação de sua atmosfera. Uma das sacadas mais inteligentes é quando a fotografia começa o enquadramento na protagonista fazendo qualquer coisa e dá uma girada, até parar em algum lugar do cômodo que está vazio. Literalmente, vemos nada de anormal, mas a retirada da presença da protagonista cria uma efetiva ideia de "tem alguém ali", e o caso prova que insinuar é mais macabro do que mostrar. Pena que isso só permanece no primeiro ato.

O meandro do filme, a "Hipótese", é quando Cecilia começa a ponderar sobre a morte de Adrian. "Ponderar" foi uma palavra escolhida com muita boa fé, porque acontecem coisas absurdamente óbvias que só não são mais comprobatórias que o próprio Adrian aparecendo - como o frasco de remédio com o sangue do cara. Aqui, Whannell mostra o quanto seu amigo James Wan influenciou seu estilo: há cenas em plano sequência com a câmera passeando pela casa - como em "Invocação do Mal" (2013) - e o momento do lençol é muito "Sobrenatural" (2010), o que diminui um pouco a marca que seria própria do diretor (mas tem nada de errado em se inspirar em quem admiramos, claro). Whannell, inclusive, denota uma estética bem própria na deliciosa cena de ação do hospital, super estilizada e bem "Upgrade".


Só que mergulhamos demaaaais em um padrão cansado no gênero: quando um personagem tem sua sanidade questionada. Dentro de "O Homem Invisível", o macete possui certo fundamento - toda a discussão sobre abusos psicológicos leva à ideia de que a mulher se culpa pelos traumas -, no entanto, o roteiro exagera muito nas situações que transformam Cecilia, para quem não sabe do que ela sabe, em uma completa esquizofrênica. Tudo é construído para que ela pareça uma louca e muitas vezes nem sentido faz - o momento em que uma personagem leva um tapa de algo invisível e culpa Cecilia, que obviamente não seria capaz disso, geograficamente falando (ela não estava tão próxima assim).

O último ato é o "Confronto", quando já sabemos que Adrian está vivo e invisível por meio de uma roupa desenvolvida por ele - a maneira que o filme decidiu revelar isso no ecrã, na escada, é muito boa. Inúmeros comentários foram sobre como o longa não explora esse viés ou como não é "explicado" como funciona a tal roupa. Particularmente, acharia bem ruim se uma palestra sobre o equipamento começasse e, de maneira curiosa, isso revela como é nossa relação com a tecnologia. Na história original, o vilão fica invisível ao tomar uma fórmula. É mais "fácil" aceitarmos uma justificativa química do que tecnológica. Seria porque a tecnologia ainda é algo recente nas nossas vidas? Por que aquela roupa nos gera a intenção de sabermos como funciona e uma mistura de substâncias em um frasco não?

O clímax do filme possui, assim como comentei na crítica de "A Ilha da Fantasia", o vício do terror moderno: uma reviravolta - que vai levar a outra reviravolta. A primeira é totalmente irrelevante e a segunda, na última cena, violentamente previsível, e cunhada sobre um detalhe que é forçado para fazer sentido - Cecilia esconde uma das roupas invisíveis na casa de Adrian (ao invés de usar logo e ter uma vantagem contra o ex) e a usa para matá-lo de verdade. Toda a preciosa atmosfera feita no início já se dissipou por completo com o fraquíssimo final. Nem me surpreendi quando vi que vários dos melhores filmes de terror dos últimos tempos não possuem reviravoltas no sentido convencional da palavra ou não precisam delas para impulsionarem seu plot - "Hereditário" (2018), "A Bruxa" (2015), "Suspiria" (2018), "Mãe!" (2016), "Clímax" (2018) etc. Felizmente, estamos servidos de terrores com reviravoltas relevantes e bem executadas - um beijo para "Boa Noite Mamãe" (2014), "Corra!" (2017) e "Kill List" (2011).

E vou rapidamente pontuar: o quão absurda é a força extrema do Adrian, que consegue derrubar os maiores dos policiais na base do soco? Ele (que é atuado de maneira triste) é aparentemente invencível, porém, é muito puxado ter que engolir sequência atrás de sequência em que ele apaga um monte de brutamontes treinados para o combate. Em "Upgrade" havia uma sólida justificativa para a performance sobre-humana do protagonista, mas aqui, é só preguiça mesmo.

"O Homem Invisível" sofre de uma síndrome elementar do gênero: perde o charme quando passa a ser mais expositivo. Carece de muito cuidado quando uma obra revela suas imagens ocultas e que geravam medo por meio do imaginário, e esse exercício não existe aqui - é só ler o título. Elisabeth Moss carrega muito bem o longa nas costas - afinal, seu antagonista mal aparece na tela -, e, dentro do molde hollywoodiano pipoca em que o filme se encontra, é possível aproveitar a sessão. O revival da clássica história deveria ter aprendido com vários outros que comprovaram: muitas vezes é mais efetivo não mostrar o que o expectador quer ver em prol do clima - "O Bebê de Rosemary" (1968), "A Bruxa de Blair" (1999) e "O Farol" (2019) são exemplos -, e, para um terror, atmosfera pode ser a diferença entre um sucesso e um fracasso.

Katy Perry revela gravidez no clipe de "Never Worn White" e dá detalhes sobre seu novo disco

Gravidíssima! Katy Perry está entrando em uma nova fase da sua vida, pronta pra casar e pra se tornar mamãe, já que ela está esperando seu primeiro filho. É o que a artista revelou no clipe da canção "Never Worn White", lançada nesta quinta-feira (05). 

A música, dedicada ao seu noivo, o ator Orlando Bloom, é uma baladinha doce e delicada sobre confiar no amor mesmo com medo e dizer o tão esperado "aceito". Fofo, né?

Mas o destaque mesmo vai para o clipe da canção. Dirigido por Hannah Lux Davis, conhecida por trabalhar com a Ariana Grande, o vídeo de "Never Worn White" traz Katy usando vários arranjos florais na cabeça (alô, "Midsommar?") e, claro, revelando seu barrigão de seis (!) meses. 


Depois de contar a novidade para o mundo todo em seu novo clipe, Katy fez ainda mais e revelou algumas informações sobre seu próximo disco em uma live no Instagram. Segundo a cantora, "Never Worn White" não é exatamente o primeiro single do álbum, mas uma boa maneira de iniciar essa era. E sobre o KP5, ele deve chegar entre maio e setembro deste ano:

Muita coisa vai acontecer neste verão (norte-americano). Eu não vou apenas parir, literalmente, mas também figurativamente, e vai ser algo que vocês estavam esperando.

Em uma recente entrevista para uma revista australiana, Katy Perry revelou a temática do sucessor do "Witness": "Haverá um grande foco em saúde mental, felicidade verdadeira e como chegar lá". Segundo rumores, o primeiro single dessa era pode ser uma música chamada "Smile", com prdução do Zedd, que também esteve por trás de "Never Really Over". Queremos!

Sim, Ariana Grande e BLACKPINK podem estar no "Chromatica", o novo álbum da Lady Gaga

Parece que Lady Gaga vai dar tudo que a gente quer e um pouco mais em seu novo disco, "Chromatica". Depois de retornar ao som pop farofeiro de seus primeiros trabalhos, a artista pode estar preparando não só uma, mas duas parcerias de peso para seu novo material. 

A primeira delas seria com a Ariana Grande. Segundo alguns insiders, inclusive um que acertou todas as informações reveladas do "Chromatica" até agora, e alguns fã sites da Gaga conhecidos por divulgar muitas informações corretas, a música está confirmadíssima no álbum. Parece que Ariana estaria até já ensaiando a coreografia para o clipe da canção, que, aparentemente, seria o próximo single da era. 

No caso do BLACKPINK, temos um pronunciamento da YG, empresa que gerencia a carreira do grupo feminino de K-pop. No comunicado revelado por eles, a empresa não descarta a possibilidade da existência de uma parceria e afirma que irá informar a imprensa "através de dados oficiais quando confirmado".

Por enquanto, tudo não passa de rumores, mas é claro que já estamos alimentando esperanças aqui. Enquanto isso, vamos de stream em "Stupid Love"!

Feliz 2010! Depois de viralizar no TikTok, "Cannibal", música da Kesha, ganha lyric video

Parece que não é só a Lizzo que tem o poder de fazer hitar suas músicas antigas. Aproveitando a crescente popularidade de “Cannibal”, música de 2010 (!), Kesha lançou um lyric vídeo pra canção nessa terça-feira (03).



Apesar de ter lançado o disco “High Road” recentemente e já ter divulgado singles como “Raising Hell” e “My Own Dance”, é com a canção da época do relançamento de seu primeiro álbum, o “Animal”, que Kesha está voltando aos holofotes. 

”Cannibal” viralizou no aplicativo TikTok, o mais novo termômetro de hits orgânicos e plataforma responsável por transformar músicas como “Old Town Road”, “The Box” e “Say So” em sucessos nos Estados Unidos. 



Na época em que foi lançada, a canção acabou nem se tornando um single, perdendo espaço para outros hits como “We R Who We R” e “Blow”. Será que 10 anos depois a canção vai ganhar um clipe?

É chuva no deserto! Lady Gaga confirma data de lançamento para novo álbum, "Chromatica"


EMERGÊNCIA POP! Lady Gaga acaba de confirmar em todas as suas redes sociais que "Chromatica", seu sexto álbum de estúdio, chega ao mundo em 10 de abril. A capa ainda tem arte provisória, mas o pre-order já mostra que o disco terá 16 faixas - entre elas, o primeiro single lançado da era, "Stupid Love", que já veio incendiando o mundo da música com o retorno de Gaga às suas origens pop.



Em entrevista à Beats 1 na semana passada, a cantora falou sobre o conceito do álbum e sua mensagem sobre coragem e cura, e que "estaríamos todos dançando nesse próximo trabalho": "eu quero lançar música que seja ouvida por uma grande parte do mundo, e que faça parte do dia a dia dessas pessoas, e que as faça felizes todos os dias", disse a mãe monstro, "eu estava me sentindo tão mal por tantos dias, antes de ir ao estúdio trabalhar, e aí eu entrava e sentava com BloodPop [o produtor] e dizia 'ok, eu vou abrir o portal, vou ouvir, vou falar com as minhas fadas que me ajudam a compor e perguntar a elas o que o mundo precisa ouvir''. Muita gratidão por essas fadinhas! Gaga ainda disse que chorou muito no estúdio por ver como as músicas estavam saindo felizes e animadas, e que o processo de composição teve muito a ver com aceitar os aprendizados do passado, e espera que as mensagens do disco empoderem os seus fãs também.

Entre os parceiros reunidos para criar o LG6, os little monsters já ficaram empolgados com a presença do já citado produtor BloodPop - com quem já havia trabalhado em "Joanne" e é o responsável por "Sorry", do Justin Bieber -, e do compositor Max Martin, figura carimbada nos créditos dos maiores hits pop da história, de "Baby One More Time" à "Roar" e "Shake It Off". Ingredientes não faltam para a farofa acontecer e nós estamos prontos!

Doja Cat é uma disco diva no clipe de seu novo hit, “Say So”

Uma das nossas principais apostas para esse ano, Doja Cat está desbravando os caminhos do mainstream e crescendo pouco a pouco nos charts mundo afora, principalmente nos Estados Unidos.

Por lá, o atual sucesso da rapper - a canção disco “Say So” - já se encontra no Top 15 do Spotify, tudo isso de forma muito orgânica, ou seja, sem divulgação. O motivo: a faixa viralizou no novo aplicativo Tik Tok, conhecido por ser uma plataforma onde os usuários criam suas próprias coreografias para muitas músicas. 



E o poder do Tik Tok é indiscutível: nesse momento, a musica número 1 nos Estados Unidos, “The Box”, do rapper Roddy Ricch e que primeiramente ganhou destaque no aplicativo, já completa sete semanas no topo da Hot 100. O mesmo aconteceu, é claro, com “Old Town Road”, do Lil Nas X. Vale ficar de olho nessa plataforma que está se tornando um termômetro de hits orgânicos.

Voltando a Doja Cat e sua deliciosa “Say So”, a artista, que não é boba nem nada, aproveitou o hype da música e decidiu não só elegê-la como seu novo single, como também mandá-la para as rádios americanas e lançar um videoclipe.

E se “Say So” explora em sua sonoridade toda a nostalgia dos anos 70 e 80, a Doja fez o mesmo e investiu bastante em uma imagem de disco diva, utilizando muitos looks retrô. O destaque também vai para a clássica dancinha que a música ganhou no Tik Tok e que aparece como parte da coreografia da canção. 



SERVIU! 

Como se o clipe não fosse o suficiente, Doja provou que também faz tudo e um pouco mais ao vivo e nos entregou uma live maravilhosa da canção no programa do Jimmy Fallon. Olha só:



“Say So” está no disco “Hot Pink”, lançado no ano passado. Vale dar uma conferida enquanto esperamos pelos próximos passos dessa rapper que promete muito!

Crítica: “A Ilha da Fantasia” deveria ser considerado um crime contra à arte

Atenção: a crítica contém detalhes da trama.

A Blumhouse se consolidou como a maior produtora de filmes de terror da atualidade. Criada em 2000, ela é o nome por trás de hits como "Atividade Paranormal" (2009), "Sobrenatural" (2011), "A Entidade" (2012), "Amizade Desfeita" (2015), "Hush: A Morte Ouve" (2016), "Corra!" (2017) e "Cam" (2018) - isso pegando os longas dignos, porque tem muita porcaria.

Terror, sabemos, é o gênero mais massacrado do mercado, lotado de bombas que estão sempre no calendário anual - não dá para acertar todas. Porém, às vezes, o erro vai a um nível além e alcança patamares assustadores, mas não no sentido querido pelos produtores. É o caso de "A Ilha da Fantasia" (Fantasy Island), o primeiro lançamento da Blumhouse na década.

"A Ilha da Fantasia" é uma reimaginação em formato de terror da clássica série de mesmo nome da ABC, lançada em 1977 nos Estados Unidos. Tenho uma turva memória da minha juventude, quando assistia ao seriado na tevê - acho que era o revival de 1998 -, e a achava bem divertida, mas realmente, nada de terror, era bem aventura e fantasia. Dá para entender os motivos que levaram um estúdio a dizer "e que tal se a gente transformar essa ideia em um filme de terror?" - há muito apelo para isso, então não tardou para o filme chegar até nós.

A Ilha da Fantasia é um resort paradisíaco em algum canto do planeta que promete realizar qualquer fantasia dos sortudo levados até lá. Os escolhidos foram: Gwen (Maggie Q), uma mulher que deseja voltar para a noite que foi proposta em casamento e, desta vez, dizer "sim"; Melanie (Lucy Hale), uma garota em busca de vingança contra a bully que a atormentava na infância; Patrick (Austin Stowell), jovem soldado que quer honrar o pai, morto em combate; e Brax (Jimmy O. Yang) e JD (Ryan Hansen), dois irmãos - um hétero e um gay - que só querem ter a melhor festa de suas vidas.


Ao chegarem na ilha, conhecem Sr. Roarke (Michael Peña), o "proprietário" do local e chefe das atividades. Ele diz que ali existem duas regras: cada pessoa só pode escolher uma fantasia e, assim que iniciada, devem ir até o final. Pois bem, a ideia inicial do rolê presume o seguinte: cada um vai vivenciar uma espécie de realidade aumentada que simulará a fantasia - ou, em casos mais simples como o dos irmãos, tem uma festa rolando cheia de corpos semi-nus molhados. Aqui já encontro um problema básico.

Tirando a fantasia dos irmãos - que é baseada em uma experiência facilmente reproduzida -, as dos outros são baseadas em sentimentos, memórias afetivas. Se você deseja uma festa e tem lá uma festa na sua frente, tudo certo, mas se você anseia voltar no tempo para mudar um mal passo, como uma simulação pode ser minimamente satisfatória? Não consigo imaginar alguém saindo de sua casa para viver uma mentira por, o quê, um dia?, e se sentir em paz com isso. Claro que existem níveis desesperados de situações que até uma ilusão pode satisfazer, mas tudo bem, vamos em frente.

Os próprios participantes discorrem sobre como seria a atividade, chutando em hologramas, e partem cada um para a sua. O molde escolhido é um que, além de batido, é patético: os participantes começam "ah, isso não é de verdade", brincam com algo que obviamente é real para só depois perceberem que é mesmo - e, assim, surtarem. Mesmo dentro desse joguinho ridículo, há momentos que não fazem sentido, como na fantasia de Melanie. Ela está em uma sala à la "O Albergue" (2005), com um vidro separando a sua bully, presa em uma cadeira, e um brutamontes com a boca costurada começa a torturá-la. A forma como Melanie derruba o cara é vergonhosa, e ela salva a bully quebrando o vidro. Por que ela não fez isso logo de início?


Aqui já temos como notar o nível de "A Ilha da Fantasia". Esse é um filme que não possui o menor respeito com o gênero que arduamente tenta se encaixar: é um terror que, basicamente, não há uma gota de sangue. Pessoas são torturadas, amarradas, levam tiros, e nada. Por que isso? O estúdio não queria que a classificação indicativa fosse maior do que PG-13 - o nosso "Proibido para menores de 14 anos". Um terror para adolescentes de 14 anos? Muito que bem. Em um momento, quando um dos personagens tem o braço cortado, a montagem destrincha a sequência a fim de mostrar nada, e é como se nada acontecesse. Eles estão mais preocupados em deixar a classificação o mais baixo possível para que seus cofres tenham mais espaço para bilheteria.

A estrutura do filme é como um seriado: cada personagem possui seu bloco de trama, que são revezados. É natural o formato, contudo, fica muito cansativo quando são todos iguais: início + acontecimento relevante + cliffhanger - eles terminam, sempre, com um corte brusco logo após um momento ~bombástico, para deixar o expectador se questionando "o que aconteceu ali?". Funcionaria se a atmosfera costurasse a mínima sensação de perigo, e isso jamais acontece.

Para dar aquele climão inteligente, como se muita coisa tivesse sido pensada na construção do filme, é evidente que teremos reviravoltas, uma das pragas do cinema de terror contemporâneo, que atira qualquer contravenção na trama a fim de "surpreender". Os plot-twists de "A Ilha da Fantasia" são péssimos, sem inspiração e colocados à força para dizer que algo não era esperado pelo público. Até lá, somos massacrados com clichês, como a descoberta de que todos os selecionados estão ligados em alguma tragédia - eeeeerrrr, "Jogos Mortais" (2004-), tudo bem? - e até mesmo a ilha possuindo um "coração" que controla tudo - "Lost" (2004-10), sweetie, I'm so sorry. E engula personagens aleatórios surgindo para salvar o dia, engula viradas de lados, engula regras básicas sendo esquecidas e engula zumbis (sim).

A Blumhouse tem sua grande parcela de culpa na banalização do terror no mercado atual, com alguns dos piores nomes do gênero - "Uma Noite de Crime" (2013), "O Espelho" (2013), "Ouija" (2014), "A Forca" (2015), "Canibais" (2015), "Mártires" (2016), todos horríveis -, todavia, a qualidade (ou a falta dela) extrapolou qualquer expectativa com "A Ilha da Fantasia". Digno de um filme para a tevê dos anos 90 ou uma dessas novelas mexicanas que são reprisadas à exaustão, há qualidade nenhuma de redenção neste que possui o pior antagonista de qualquer filme de terror dos últimos nem-sei-quantos-anos e uma mitologia tão ruim e mal desenvolvida que perde para muitos Filmes B. Esse é um verdadeiro afronte à arte, e revolta pensar que $7 milhões foram investidos nessa atrocidade quando inúmeros artistas com ideias impressionantes morrerão sem ver seus filmes nas telas. A indústria é cruel, mas não precisa chegar tão baixo.

Lady Gaga voltou para acabar com sua vida com o clipe de "Stupid Love"

Três anos e vinte dias de espera. Se você é amante do pop raiz, está desde o lançamento de "John Wayne", o último clipe pop de Lady Gaga, esperando o seu retorno. Vimos a cantora entrando de vez na indústria do Cinema com "Nasce Uma Estrela" (2018), a vimos ganhar um Oscar e ter a música mais premiada de todos os tempos, "Shallow". Foram anos de muitas glórias para a novaiorquina, porém, no fundo, sempre esperamos seu retorno para a farofa. O dia chegou.

Lady Gaga lançou seu novo single, "Stupid Love", em todas as plataformas digitais na madrugada desta sexta (28). A canção é o lead single do seu sexto álbum de estúdio, aparentemente chamado de "Chromatica", e marca o retorno da hitmaker de "Dancin' In Circles" ao som que a tornou a Rainha do Pop da nova era. A faixa, vazada mês passado, traz uma pegada disco e electropop que há tempos sentíamos saudades. Está servido?

E para não perder o buzz, o clipe do single já veio com o lançamento. Dirigido por Daniel Askill - diretor de vários clipes da Sia, como a bilionário "Chandelier" -, o vídeo foi inteiramente filmado em iPhones - "Look At Her Now" da Selena fez o mesmo - e traz uma mistura de Power Rangers, Mad Max e Os Mutantes, ou seja, tá coloridíssimo.

É nossa obrigação garantir os streams e views desse que é o primeiro ato pop das grandes divas na década. Bem-vinda de volta, Gaga.

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