Travis Scott topa cantar com Maroon 5 no Super Bowl e se torna o 100º problema de Jay-Z

A gente contou por aqui que o Maroon 5 estava custando a encontrar alguém que topasse cantar com eles no halftime do Super Bowl e, depois de ouvir o “não” de nomes como Nicki Minaj, Cardi B e Mary J. Blige, parece que eles encontraram quem topasse: o rapper por trás de um dos maiores discos do ano, Travis Scott.

Mas se os caras imaginaram estarem garantidos com este convidado, ele se engana. Isso porque, segundo a Variety, outro rapper de peso, Jay-Z, está disposto a fazer com que Travis desista da sua participação, insistindo pra que o dono de “ASTROWORLD” se una ao boicote em prol do jogador Colin Kaepernick, banido dos campos pela NFL após um protesto contra o racismo e brutalidade policial dos EUA.

Uma das últimas opções para o maior evento esportivo americano, o Maroon 5 só teve a oportunidade de cantar no Super Bowl depois que estrelas como Rihanna e P!nk recusaram o convite por conta do mesmo boicote.

Pela internet, uma petição com mais de 70 mil assinaturas pede pra que a banda reveja sua posição e cancele a participação no evento. Por motivos bem menores, a banda já boicotou outros eventos de grande porte, como é o caso de premiações tipo o MTV Video Music Awards, anualmente criticado pelo vocalista Adam Levine.

Crítica: eleito melhor filme do ano, “Roma” é pequeno e particular demais para tal título

Indicado a 10 Oscars:

- Melhor Filme
- Melhor Direção
- Melhor Atriz (Yalitza Aparicio)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Marina de Tavira)
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Filme Estrangeiro
- Melhor Design de Produção
- Melhor Fotografia
- Melhor Edição de Som
- Melhor Mixagem de Som
* Crítica editada após as indicações ao 91º Oscar

Atenção: a crítica contém spoilers.

Ah, a aclamação universal... A "comprovação incontestável" da qualidade de uma obra. Tanto um parâmetro como uma ilusão, o consenso sobre a qualidade de um filme diz tudo e nada ao mesmo tempo, afinal, o gosto da maioria nem sempre pode estar certo - nosso novo presidente está aí para comprovar. O que quero dizer com esse discurso? Nada além do óbvio: sua subjetividade está acima de qualquer consenso.

E se há algo com que já me acostumei na minha trajetória enquanto crítico de cinema é nadar contra a maré; vários dos eleitos "melhores filmes do ano" são, para mim, nada de mais: "Boyhood: Da Infância à Juventude" em 2014, "Mad Max: Estrada da Fúria" em 2015, "Dunkirk" em 2017 e "Roma", em 2018, são exemplos. Já virou uma piada interna entre alguns amigos, como se eu quisesse ser o "diferente", o que não é verdade. Eu queria bastante estar em concordância com tais aclamações, meu trabalho seria mais fácil.

Mas não, e o que você e eu podemos fazer, não é mesmo? Já antecipei o final do presente texto, mas, indo na ordem correta, essa é a história de "Roma": Cleo (Yalitza Aparicio), uma empregada doméstica, vive na casa da família de classe média em que trabalha. Durante um ano, vários acontecimentos com todos da casa vão mudar os rumos daquela família. "Roma" é um trabalho semi-biográfico sobre a infância de Alfonso Cuarón no México da década de 70, e, de longe, o filme mais pessoal do diretor, ganhador do Oscar por "Gravidade" (2013).


Foi curioso ver como a Netflix colocou as mãos no filme tão rapidamente - não é um longa que pareça ter a cara da plataforma. Enquanto leva a fita a um número enorme de pessoas, a distribuição é um dos principais fatores que pode tirar o Oscar de "Roma": a Netflix ainda não conseguiu quebrar a barreira da Academia, que não vê com bons olhos a Sétima Arte indo para a tela do computador. É uma faca de dois gumes: é melhor ter um careca dourado na estante ou ver seu filme indo parar no maior número possível de lugares (tendo em vista que um nome como "Roma" não possui apelo comercial para lutar contra blockbusters nas salas de cinema)?

Desde a estreia no Festival de Veneza, saindo vencedor do prêmio máximo, o Leão de Ouro, as honrarias do longa têm se amontoado por onde passa, sendo escolhido para representar o México no Oscar de "Melhor Filme Estrangeiro" - e já chegando como favorito da categoria. O primeiro aspecto de "Roma" a chamar a atenção é sua fotografia em preto e branco. Cuarón, que além de dirigir roteirizou, co-produziu, co-editou e fotografou a película, decide abrir mão das cores para gerar o aspecto de memória sobre o filme, uma homenagem à mulher que o criou.


Não dá para negar: a fotografia de "Roma" é estonteante. Filmando os ambientes de maneira aberta, os planos-sequências giratórios da obra são belíssimos, seguindo Cleo como se a protagonista possuísse um magnetismo irresistível para a câmera, que a persegue incansavelmente. Tímida e retraída, ela sofre um baque ao engravidar do primeiro namorado, que a abandona imediatamente em uma cena icônica: Cleo conta da gravidez dentro do cinema, e, quando o namorado pede para ir ao banheiro, a plateia já sabe que ele não voltará. A plateia do lado de lá, imersa no filme que passa, não vê a certeza crescente da mulher de que foi abandonada.

Cleo tem o apoio de Sofia (Marina de Tavira), a dona de casa, que marca as consultas para garantir a saúde do bebê. Só que a relação da empregada e a empregadora é mais complexa, com Sofia descontando a raiva do casamento fadado à ruína sobre Cleo, que aceita tudo de boca fechada. Quando estamos no seio doméstico, é impossível não lembrar do nacional "Que Horas Ela Volta?" (2015). Ambos possuem algumas tramas iguais: a simples doméstica que se sujeita aos desmandos da patroa e nutre um amor maternal pelos filhos que não são delas. Só que é latente a maneira que "Roma" não chega aonde "Que Horas Ela Volta?" chega.

"Roma" vai ao quartinho dos fundos das empregadas, que devem apagar as luzes cedo para não gastar energia, e mostra a mesa de jantar minúscula na cozinha, para que empregados e patrões não se sentem no mesmo ambiente. Tudo o que "Que Horas Ela Volta?" também faz. No entanto, as críticas à hierarquia são iguais à fotografia: giram, giram, giram e não saem do lugar. Ao fim da sessão, não fica claro o que a fita quer falar sobre a vida de Cleo, as mazelas da servidão e status sociais. Não há uma "moral" para todo o discurso, o que o torna vazio. Quando os créditos subiram, não conseguia definir o que a obra quis me transmitir, como se tivesse passado mais de 2h ouvindo nada.


É preocupante, consequente a tudo isso, perceber um ar de romantização sobre Cleo. A mulher é completamente adestrada, engolindo sapos de uma chefe que, convenhamos, não está realmente preocupada com a empregada quando sua maior dor de cabeça é o homem que nunca está em casa. O arco narrativo sobre Cleo, que termina exatamente no mesmo local que começou, é problemático: soa como se ela devesse amar aquela condição, e ela está sempre com um sorriso no rosto. Então, a protagonista é uma heroína por abraçar a pobreza a que foi predestinada? Por ser uma "guerreira" e aguentar?

Enquanto Cleo carrega o coração - e o interesse - de "Roma", a família para qual trabalha é notoriamente desinteressante. Quando o foco narrativo sai das mãos da empregada, o filme cai vertiginosamente - a trama do marido infiel é insossa e tem influência branda demais para tamanho desenvolvimento. Uma hora o marido desaparece, para reaparecer por menos de um minuto e sumir novamente. Não há uma coesão para diversos acontecimentos, soando soltos.

Se o começo e o fim são melhores desenvolvidos, o meio da obra é uma sucessão de momentos inúteis. Há um bloco de sequência em particular que é literalmente perda de tempo: quando a família e a Cleo viajam e acontece o incêndio. Enquadramentos à parte, se a viagem não tivesse acontecido o filme mudaria em nada, e é essa a impressão que "Roma" transmite: imagens grandiosas que escondem o quão pouco é entregue pelo roteiro.


Há duas cenas em que os níveis emocionais vão às alturas: o parto e o momento na praia, que gerou o pôster irretocável do filme. Sobre o parto, o filme assumidamente entrega o desfecho inúmeras cenas antes, com metáforas visuais que são prelúdios da morte do bebê de Cleo, como o terremoto no hospital, que causa a morte de um recém-nascido. Todavia, nem a previsibilidade retira a dor do momento, com Yalitza Aparicio entregando uma atuação humanamente poderosa, compatível com sua personagem, que enfrenta o medo do mar para salvar a vida das crianças. Ela podia perder mais nenhum de seus filhos, mesmo aqueles não saindo de dentro da sua barriga. O rótulo de "heroína" cabe aqui, mas só aqui - e é gritante a rápida mudança entre "Cleo salvou a minha vida" para "Cleo, me faz uma vitamina".

Com duas cenas possuindo destaque dentro de 135min de filme, percebemos que não há material o suficiente para tornar "Roma" um filme verdadeiramente bom. Enquanto divagava sobre o que não me fez amar o filme, lembrei de "Lady Bird" (2017), que, assim como "Roma", também é um filme feito a partir das memórias de sua diretora, Greta Gerwig. O que faz de "Lady Bird" um sucesso é sua universalidade: você não precisa estar na pele de seus personagens para ser arrebatado pelo carisma do filme, algo que não acontece com "Roma". Mesmo com universalidades pontuais, a obra de Cuarón sofre de um efeito decisivo: é muito particular.

Não dá para questionar o talento de Alfonso Cuarón enquanto diretor, e é uma grata surpresa ver o quão exímio cinematógrafo ele é, porém, "Roma" é mais embalagem do que conteúdo. Nem todo o coração de Cleo consegue compensar os personagens sem apelo e as situações desconexas, o que coloca em questionamento até onde o nome de Cuarón pesa para a recepção do filme. A falta de pretensão da obra gera uma simplicidade fatalista que coloca essa memória filmada num patamar aquém de sua celebração, já que é pequeno e particular demais para ser memorável.

O cover da Miley Cyrus para "No Tears Left To Cry" é tudo o que você precisa ouvir hoje

Miley Cyrus e Mark Ronson estão em uma maratona de divulgação de sua parceria, a ótima "Nothing Breaks Like A Heart". Uma das paradas da dupla foi na BBC Radio 1, onde os artistas tradicionalmente gravam um cover, e a escolhida deles foi nada menos do que o hino "No Tears Left To Cry", da Ariana Grande

Quando a gente sabe que uma grande artista vai fazer uma versão para um hit de qualidade de uma outra grande artista rola aquela expectativa, né? E, normalmente, por mais que fique bom (e como não ficaria?), a gente sempre espera mais. Nesse caso, o cover de Miley para o sucesso de Ariana ficou até mais incrível do que a gente poderia imaginar. Sem defeitos MESMO.

Sério, você precisa ver e ouvir:



Tudo bem com vocês? Porque aqui não tá nada bem.

A admiração entre as duas não é de hoje. Lá em 2015, Miley postou um cover de "Don't Dream It's Over" com a Ariana, e elas até performaram a canção juntas no One Love Manchester, show que Ari fez para arrecadar dinheiro para as vítimas do atentado que rolou durante a Dangerous Woman Tour. Em uma de suas recentes entrevistas, a hitmaker de "Wrecking Ball" contou que queria realmente começar uma amizade verdadeira com a Ariana, afinal, com tantas coisas acontecendo, ela está precisando mesmo de uma amiga. Queremos demais! <3



Falando em Miley e Mark, os dois se apresentaram nesse sábado, no Saturday Night Live, e fizeram uma performance maravilhosa de "Nothing Breaks". Além disso, eles cantaram também uma nova música natalina em parceria com o Sean Ono Lennon, "Happy Xmas (War Is Over).


Essa dupla tá rendendo bem, hein? Já podem encomendar o disco em conjunto. 

Em protesto contra NFL, ninguém quer cantar com Maroon 5 no Super Bowl

Faltando menos de dois meses para a sua apresentação no show do intervalo do Super Bowl, Adam Levine e a sua trupe do Maroon 5 estão penando para encontrarem quem tope dividir o palco com eles no evento esportivo. E o motivo é ainda melhor: estão todos se unindo ao protesto pelo jogador Colin Kaepernick.

Pra quem não lembra, Kaepernick foi banido pela NFL desde que, em protesto contra a injustiça racial e brutalidade da polícia americana com pessoas negras, se ajoelhou durante a execução do hino nacional estadunidense.

Foi em apoio ao cara que nomes como Rihanna e P!nk recusaram o convite aceito pelo Maroon 5. E agora a banda não encontra quem divida esse momento com eles, incluindo nomes como Cardi B, Mary J. Blige e Nicki Minaj.

Segundo a revista Variety, outros nomes cotados para o show são Outkast, Lauryn Hill e Usher. E a tendência é que eles ouçam outros “não”.

Desde a ascensão do movimento Black Lives Matter, a violência policial americana se tornou um tema de discussão frequente nos EUA e, pela quantidade de figuras públicas em prol da causa, ficou praticamente impossível se omitir sobre esse e outros tópicos sociais, ainda mais no contexto atual, com o país sendo presidido por Trump.

Lista: as 10 melhores atuações femininas do cinema em 2018

O Cinematofagia está cada vez mais próximo de publicar a lista com os 40 melhores filmes de 2018, mas antes vamos celebrar as 10 melhores atuações femininas do ano. De vencedoras do Oscar a estreias inacreditáveis, a lista segue o mesmo molde da que elegeu os melhores atores do ano: não há separação entre papéis protagonistas e coadjuvantes, tendo como critério de inclusão a estreia do filme em solo tupiniquim dentro do ano ou com o filme chegando à internet sem distribuição no país até o fechamento da lista.


Não assistiu a algum dos longas aqui listado? Não se preocupe, pode ler todos os textos que são sem spoilers - e em seguida correr para aclamar essas atrizes maravilhosas. Quem ganha o Oscar Cinematofagia de "Melhor Atriz" em 2018? Você pode conferir abaixo - e todas as listas de #bestof2018 no fim do post.


10. Regina Hall (Support The Girls)

Regina Hall é um caso absoluto de como as escolhas de um ator podem interferir diretamente na percepção que o público tem dele. Quando pensamos na atriz de 48 anos (!), imediatamente lembramos do seu icônico papel na franquia "Todo Mundo em Pânico" (2000-2006), como a imortal Brenda Meeks (morria em todos os filmes e sempre voltava no seguinte). Só foi com "Support The Girls" que Hall mostrou ser muito mais que uma atriz de comédia pastelão. Carregando um filme bastante difícil - os diálogos são incessantes -, ela transpõe uma naturalidade gigantesca, comprovando como ainda é subestimada na indústria e dona de um talento enorme.

9. Lady Gaga (Nasce Uma Estrela)

Uma das estreias mais aclamadas da década, Lady Gaga já caminhou pela dramaturgia na Sétima Arte - como em "Machete Kills" (2013) - e na televisão - em "American Horror Story: Hotel" (2015). O que ambos possuem em comum? Não comprovavam o talento da cantora diante das câmeras. Quando escalada no papel protagonista de "Nasce Uma Estrela", Gaga assumiu uma responsabilidade que parecia além das suas capacidades, então foi uma surpresa avassaladora ver o quão confortável ela parecia na pele de Ally. Muitos acham que a hitmaker de "Bad Romance" brilha nas cenas musicais - o que não é mentira, sua voz é inacreditável -, mas Gaga encontra seu maior poder nos momentos intimistas, quando nem ao menos parece estar seguindo um roteiro. Nasceu uma estrela do Cinema.

8. Saoirse Ronan (Lady Bird)

Um dos nomes mais complicados de Hollywood (nunca vou aprender a pronúncia), Saoirse Ronan já foi indicada ao Oscar três vezes, todavia, só com "Lady Bird" consegui ver o que todo mundo via na garota. Um dos motivos definitivos do sucesso do filme, Ronan dá vida e asas a uma adolescente tentando se encontrar no mundo, papel que já vimos inúmeras vezes. Só que ela se apropria de uma personagem banal e a transforma em algo mágico, carismático e impossível de não gerar apego. Juntamente com o roteiro afiado de Greta Gerwig, algumas das cenas de Saoirse facilmente entrariam numa lista de melhores do ano - "GIVE ME A NUMBER".

7. Elsie Fisher (Oitava Série)

Com 13 anos quando foi escalada para "Oitava Série", Elsie Fisher define que talento não possui idade. A menina interpreta um dos nomes mais complexos do Cinema este ano, Kayla, uma youtuber que só tem o pai como espectador. O grande caso é que ela, nos vídeos, é uma exímia habitante desse louco planeta, sabendo lidar com situações difíceis e sendo um exemplo de autoestima. Só que isso não existe quando ela aplica o que fala no dia a dia. Entregando todas as camadas de uma adolescente sufocada pela ansiedade e as pressões sociais, Fisher está nada menos que genial e humana em cenas que exigem vulnerabilidades difíceis para qualquer pessoa.

6. Allison Janney (Eu, Tonya)

Allison Janney é uma das poucas pessoas a conseguir um feito enorme: vencer TODOS os principais prêmios do Cinema com um único papel. Por "Eu, Tonya", ela levou pra casa o Globo de Ouro, o SAG, o Critic's Choice, o BAFTA e o Oscar como a mãe abusiva dessa história real. Numa mistura de insanidade com humor negro, Janney finalmente recebeu o reconhecimento que merece, sempre caminhando por produções que não traziam todo seu potencial à tela - "Beleza Americana" (1999), "As Horas" (2002), "Juno" (2007), "Histórias Cruzadas" (2011) etc. A narrativa do longa, um falso documentário, deixa a atriz roubar a cena tanto nos momentos "simulados" quanto nas quebras da quarta parede.

5. Glenn Close (A Esposa)

Uma das atrizes mais aclamadas da história, Glenn Close já ganhou basicamente todos os principais prêmios do planeta - 2 Globos de Ouro, 3 Emmys, 1 SAG, 3 Tonys -, mas o Oscar, nunca, mesmo com SEIS indicações. "A Esposa" parece ser o momento que a Academia sanará sua dívida. E, caso vença, Close não será um dos nomes que venceu pelo conjunto da obra, e sim por estar monstruosa no ecrã. Vivendo uma mulher que é soterrada pela sombra do marido, Glenn entrega o que podemos chamar de "atuação da carreira" quando, até mesmo em cenas em que não abre a boca, podemos sentir a intensidade do seu poder. E quando amarras são quebradas, o espetáculo é garantido.

4. Sally Hawkins (A Forma da Água)

Como comentado sobre a Glenn Close, mesmo nos momentos em que não há diálogos, ela destrói em cena, mas e quando a personagem não oraliza durante o longa inteiro? Esse foi o desafio de Sally Hawkins em "A Forma da Água". Com exceção de uma pequena cena, a atriz não emite uma palavra sequer ao interpretar uma mulher muda que se apaixona por um homem-anfíbio. Com uma língua de sinais irretocável, é sobrenatural como ela gera sentimentos para a plateia e desenvolve um dos romances mais estranhos já vistos no Cinema. Sua doçura e ânsia de viver aquela aventura são narcotizantes, entregando todo o seu corpo à uma heroína que não precisa de palavras para salvar o dia.

3. Frances McDormand (Três Anúncios Para Um Crime)

Frances McDormand é uma das poucas pessoas a terem a tríplice coroa da atuação: venceu os principais prêmios do cinema, televisão e teatro (Oscar, Emmy e Tony, respectivamente). O motivo? "Três Anúncios Para um Crime" consegue explicar facilmente. Assim com Janney, McDormand também levou todos os grandes prêmios da Sétima Arte na temporada com sua mãe sem remorsos em busca de justiça pela morte brutal da filha. Ácida e dura como pedra, a personagem deixa ninguém vê-la suando - principalmente se esse alguém for um homem. Seja em momentos onde ela manda todo mundo calar a boca ou até mesmo dando apenas uma encarada para gelar o sangue, é vibrante seguir seus passos através do filme. As dualidades da mãe de luto são orquestradas sem esforço por Frances, uma vencedora incontestável do Oscar.

2. Brooklynn Prince (Projeto Flórida)

Quem achou que Lady Gaga tinha A estreia do ano, mal poderia imaginar que uma menininha de sete anos roubaria esse posto. Brooklynn Prince dá uma verdadeira aula de atuação em "Projeto Flórida", passando verdade em absolutamente todas as cenas - ela e o elenco infantil conseguem transmitir dúvida na plateia, que chega a se perguntar "será que eles estão interpretando eles mesmos?". A pequena facilmente poderia ter sido indicada ao Oscar de "Melhor Atriz", o que teria muito mais validade que a indicação de Meryl Streep por "The Post: A Guerra Secreta" (2016), por exemplo. De todo o encantamento gerado a partir da ótica das crianças diante de toda a precariedade em que vivem, é Prince que não só dá o tom como guia toda essa obra-prima.

1. Toni Collette (Hereditário)

E a melhor atuação feminina do ano é, indiscutivelmente, de Toni Collette. Indicada ao Oscar pelo clássico "O Sexto Sentido" (1999), a atriz, tão subestimada, está abrindo as portas do Inferno na tela de "Hereditário". Por ser o elo fundamental da malfadada família, Collette tem que - e consegue - entregar todas as nuances dificílimas que o roteiro demanda, desde os momentos de pura dor até o medo mais genuíno possível. O elenco inteiro, mesmo sensacional, desaparece quando Collette pisa o pé no ecrã, que entrega a atuação de sua carreira. Vencedora de inúmeros prêmios na temporada, ela deveria, no mínimo, ser indicada ao Oscar de "Melhor Atriz" - se Kathy Bates conseguiu por "Louca Obsessão" (1990), por que não?

***

Viciado em listas? Confira os melhores do ano pelo Cinematofagia:

http://bit.ly/2QymIlj



Ariana Grande tá bem p*ta com a treta do Kanye West com Drake no Twitter

Ariana Grande tá bem puta lá no Twitter, gente. E isso porque ela lançou nesta sexta (14) seu single novo, “imagine”, mas a internet só quer saber da treta nova do Kanye West, que usou a mesma rede social pra avisar que o Drake teria mandado alguém assassiná-lo. Sim, a história é essa mesmo.

Indo por partes, Kanye começou a mandar várias diretas para o Drake no Twitter, com quem ele já vem se desentendendo há um bom tempo. Rolaram até umas menções naquela vez que ele desabafou durante um show, se lembram? Daí ele pediu pra que o rapper de “Nice For What” fique longe de sua família, o acusou de ameaçá-lo, mandar recados por pessoas próximas, ofendê-lo por seus transtornos mentais, lembrou que “sem Kanye, não existiria Drake”, se referindo ao quanto inspirou os trabalhos do canadense e ainda mandou um: “se alguma coisa acontecer comigo, você será o primeiro suspeito, cara.”


O início da treta, também segundo os tweets de Kanye, seriam algumas indiretas que Drake teria mandado para o rapper na faixa “Sicko Mode”, do Travis Scott. Ele disse que ficou sabendo, inclusive, que a música fazia mais referências à ele, que foram removidas na versão final. E aí parece que o Drake andou mandando mensagens sobre Kanye para a mãe da Kim, Kris Jenner, o que deixou o rapper de “Ghost Town” ainda mais fodido.

Ariana Grande, por sua vez, já chegou pedindo pros caras se comportarem, reclamando que tinham dois marmanjos arrumando confusão e ofuscando as estreias dela e da Miley Cyrus, que também lançou hoje a natalina “Happy Xmas (War Is Over)”. Olha como ela tava bem *eye rolling* pra essa treta toda:

Tradução: “gente, eu sei que têm uns marmanjos tretando online agora, mas eu e Miley lançamos nossas músicas novas e maravilhosas nesta noite, então se vocês pudessem, por favor, se comportar só por algumas horas, pra que as garotas brilhem, eu ficaria MUITO grata.”

Definitivamente, GOD IS A WOMAN!

Nas respostas ao tweet, teve uma galera achando que Ariana foi bem indelicada, principalmente pelo histórico do hip-hop contar com algumas histórias de rivalidade bem bizarras que realmente terminaram em mortes, mas a maioria tá concordando com ela em que, se era pra causar, que ao menos fosse em algum outro dia.

Será que o Drake vai responder às declarações do Kanye? Será que o Kanye vai contar mais sobre essa confusão toda? E “imagine”, da Ariana, cês já ouviram? Gostaram?


Conta aí pra gente, enquanto ficamos torcendo pra que tudo fique bem entre Kanye e Drake o quanto antes.

Com crítica ao machismo, Luísa Sonza revela clipe do funk “Nunca Foi Sorte”

Mesmo com o hype de “Boa Menina” só começando, a cantora Luísa Sonza já lançou o clipe de mais uma música, desta vez pra faixa “Nunca Foi Sorte”, que faz parte da trilha sonora da nova novela da Globo, “O Sétimo Guardião”.

Na letra, composta pelo próprio autor da novela global, Aguinaldo Silva, a música questiona os padrões machistas da sociedade e a força das pessoas que lutam contra esses estereótipos e, no seu videoclipe, ilustra os mesmos tópicos de uma maneira ainda mais explícita: numa das cenas, uma mulher tenta falar enquanto dois homens dividem o microfone apenas entre eles; em outra, a própria cantora é alvo de julgamentos e piadas por pessoas com celulares na mão, aqui retratando um cenário mais próximo aos ataques frequentes pela internet.

Numa pegada bem conceitinho, a narrativa só começa a soar positiva quando as figuras opressoras, representadas por homens e brancos, têm seus olhos tomados por flores, enquanto a cantora segue interpretando a canção e mostrando também a sua coreografia.

“Nunca Foi Sorte” está disponível nas principais plataformas de streaming. Assista ao clipe abaixo:


Uma das revelações do pop nacional desse ano, Luísa Sonza já possui três singles lançados, sendo eles “Rebolar”, “Devagarinho” e “Boa Menina”. Com essas duas últimas, a cantora alcançou a lista de músicas mais ouvidas do Spotify no Brasil.

Avril Lavigne anuncia o disco "Head Above Water" e lança a ótima "Tell Me It's Over"

O novo álbum de Avril Lavigne tá marcado para o ano que vem, mas antes de 2018 acabar a cantora nos deu mais uma amostra. Nesta quarta (12), a artista liberou o single “Tell Me It’s Over”, uma das coisas mais legais que ela já lançou em um bom tempo.

Fugindo do pop rock tão característico de seus antigos trabalhos e diferente de “Head Above Water”, primeiro single lançado e que veio com uma pegada gospel, “Tell Me It’s Over” se inspira na música dos anos 50, tal como “Love On The Brain”, da Rihanna. 

O resultado ficou bem interessante e algo que se destaca entre as músicas da discografia da Avril:


O sexto álbum da carreira da canadense se chamará “Head Above Water” e será lançado no dia 15 de fevereiro. 


Dá uma olhada na tracklist:

1. Head Above Water
2. Birdie
3. I Fell In Love With The Devil
4. Tell Me It's Over
5. Dumb Blonde
6. It Was In Me
7. Souvenir
8. Crush
9. Goddess
10. Bigger Wow
11. Love Me Insane
12. Warrior

Já temos um motivo para entrar em 2019!

Agora você também pode ouvir as nossas playlists na Deezer! :)


Finalmente, gente!

Como a maioria dos nossos leitores já sabem, o It Pop mantém um perfil oficial no Spotify (não sabia? Então vai lá seguir agora!), com inúmeras playlists atualizadas sazonalmente, como a It’s Nü Music Friday, com lançamentos semanais, Pop Pop Bang, com os destaques e favoritas do pop, e Vem Sarrando, com destaques do funk.

Mas agora a gente finalmente cumpriu com uma promessa antiga e também chegamos à Deezer, com todas as principais playlists editoriais, que serão atualizadas simultaneamente com o streaming verde. 

Agora você pode escolher por qual plataforma nos acompanhar e, felizmente, com os mesmos mimos que os usuários do Spotify, o perfil todo organizadinho e os hinos de curadoria que são bons demais pra ficarem numa só plataforma.
Segue a gente lá, adiciona as nossas playlists nas suas favoritas e já aproveita pra avisar aos amigos que usam a Deezer que também estamos lá.

Aos usuários do Tidal, a gente já adianta que podem esperar um pouquinho, que também vamos embarcar neste avião, tá? 

Então vem, que agora estamos na Deezer, no Spotify, no Youtube e contando. A dominação é real.

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