“Três Anúncios Para Um Crime” leva os maiores prêmios do BAFTA 2018


Aconteceu ontem o BAFTA Awards, premiação britânica de cinema, considerada um termômetro importante para o Oscar. “Três Anúncios Para Um Crime” foi o grande vencedor da noite, levando em Melhor filme, Melhor Filme Britânico, Melhor Roteiro Original, Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante. “A Forma da Água”, grande promessa no evento e que disputou mais categorias nessa edição, levou três prêmios, entre eles o de Melhor Diretor para Guilherme Del Toro. 

O grande destaque da noite, porém, fica por conta do protesto de atrizes que mais uma vez vestiram preto em apoio ao movimento Time’s Up, que reivindica a equidade de salários entre homens e mulheres e o fim do assédio sexual endêmico na indústria. Horas antes do início da cerimônia, 190 atrizes britânicas assinaram uma carta em apoio ao movimento iniciado pelas companheiras americanas. Entre elas Emma Watson, Kate Winslet e Claire Foy. 

Kate Middleton, esposa do príncipe William, usou um vestido verde escuro e foi manchete pelo mundo todo por isso, ajudando a mudar o foco da premiação para o movimento. Por protocolo, membros da família real não podem se manifestar em casos políticos, mas o verde escuro e a fita preta na peça usada por Middleton sugeriu para alguns como um discreto apoio e, para outros, falta de esforço para tamanha ousadia como duquesa.



Abaixo, a lista completa dos indicados e vencedores:

Melhor Filme

“O Destino de Uma Nação”
“A Forma da Água”
“Me Chame Pelo Seu Nome”
“Três Anúncios para um Crime”
“Dunkirk”

Melhor Filme Britânico

“The Death of Stalin”
“God’s Own Country”
“O Destino de Uma Nação”
“Três Anúncios para um Crime”
“Paddington 2”
“Lady Macbeth”

Melhor Diretor

Luca Guadagnino (“Me Chame Pelo Seu Nome”)
Christopher Nolan (“Dunkirk”)
Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”)
Martin McDonagh (“Três Anúncios para um Crime”)
Guillermo Del Toro (“A Forma da Água”)

Melhor Atriz

Frances McDormand (“Três Anúncios para um Crime”)
Annette Bening (“Film Stars Don’t Die in Liverpool”)
Saoirse Ronan (“Lady Bird – A Hora de Voar”)
Margot Robbie (“Eu, Tonya”)
Sally Hawkins (“A Forma da Água”)

Melhor Ator

Daniel Day-Lewis (“Trama Fantasma”)
Gary Oldman (“O Destino de uma Nação”)
Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”)
Jamie Bell (“Film Stars Don’t Die in Liverpool”)
Daniel Kaluuya (“Corra!”)

Melhor Atriz Coadjuvante

Kristin Scott Thomas (“O Destino de uma Nação”)
Octavia Spencer (“A Forma da Água”)
Laurie Metcalf (“Lady Bird – A Hora de Voar”)
Allison Janney (“Eu, Tonya”)
Lesley Manville (“Trama Fantasma”)

Melhor Ator Coadjuvante

Hugh Grant (“Paddington 2”)
Christopher Plummer (“Todo o Dinheiro do Mundo”)
Willem Dafoe (“Projeto Flórida”)
Sam Rockwell (“Três Anúncios para um Crime”)
Woody Harrelson (“Três Anúncios para um Crime”)

Melhor Roteiro Original

“Corra!”
“Eu, Tonya”
“Três Anúncios para um Crime”
“A Forma da Água”
“Lady Bird – A Hora de Voar”

Melhor Roteiro Adaptado

“Me Chame Pelo Seu Nome”
“The Death of Stalin”
“Film Stars Don’t Die in Liverpool”
“A Grande Jogada”
“Paddington 2”

Melhor Trilha Sonora Original

“Blade Runner 2049”
“O Destino de Uma Nação”
“Dunkirk”
“Trama Fantasma”
“A Forma da Água”

Melhor Fotografia

“Blade Runner 2049”
“O Destino de Uma Nação”
“Dunkirk”
“A Forma da Água”
“Três Anúncios para um Crime”

Melhor Filme Estrangeiro

“Elle”
“First They Killed My Father”
“A Criada”
“Sem Amor”
“O Apartamento”

Melhor Documentário

“City of Ghosts”
“I Am Not Your Negro”
“Icarus”
“An Inconvenient Sequel”
“Jane”

Melhor Animação

“Viva – A Vida É Uma Festa”
“Com Amor, Van Gogh”
“My Life as a Courgette”

Melhor Edição

“Em Ritmo de Fuga”
“Blade Runner 2049”
“Dunkirk”
“A Forma da Água”
“Três Anúncios para um Crime”

Melhor Figurino

“A Bela e a Fera”
“O Destino de Uma Nação”
“Eu, Tonya”
“Trama Fantasma”
“A Forma da Água”

Melhor Design de Produção

“A Bela e a Fera”
“Blade Runner 2049”
“O Destino de uma Nação”
“Dunkirk”
“A Forma da Água”

Melhor Penteado e Maquiagem

“Blade Runner 2049”
“Eu, Tonya”
“Victoria e Abdul”
“O Destino de uma Nação”
“Extraordinário”

Melhores Efeitos Visuais

“Blade Runner 2049”
“Dunkirk”
“A Forma da Água”
“Star Wars: Os Últimos Jedi”
“Planeta dos Macacos: A Guerra”

Melhor Som

“Em Ritmo de Fuga”
“Blade Runner 2049”
“Dunkirk”
“A Forma da Água”
“Star Wars: Os Últimos Jedi”

Estrela em Ascensão

Daniel Kaluuya
Florence Pugh
Josh O’Connor
Tessa Thompson
Timothée Chalamet

"Pantera Negra" é uma das produções mais inovadoras do gênero nos últimos anos

Como nós dissemos há alguns dias aqui no It Pop, "Pantera Negra" é um dos filmes mais importantes em termos de representatividade negra na Hollywood atual (e talvez em toda a sua história), o que já faz destaca positivamente a produção e é um bom motivo para assisti-la. Levando isso em consideração, chegou a hora de trazer aqui a nossa tradicional review, que busca explorar com mais afinco alguns aspectos do longa-metragem.

Construído em torno do super-herói da Marvel que dá título ao filme, Pantera Negra (Chadwick Boseman, de "Deuses do Egito"[2016]), e apresentando sua nação fictícia Wakanda, que é composta pela união de tribos africanas, a produção ocupa-se em melhor explorar e introduzir elementos levemente abordados em "Capitão América: Guerra Civil" (2016), que contou com a primeira aparição do protagonista e eventos que só viriam a ser revisitados agora, em seu momento solo, e por meio de uma trama que condensa situações do passado com elementos futuristas.

De cara, a primeira coisa que chama atenção no filme é o quão inovador ele é - uma palavra que há tempos não era utilizada dentro do "cinema de super-heróis", gênero que se consolidou neste século e  atualmente conta com diversas produções ao ano, já quase enlatadas em sua fórmula técnica. Os primeiros momentos de "Pantera Negra" em si já elevam toda a coisa a outro nível, fazendo o espectador perguntar para si mesmo o que ele está vendo em tela: há uma tecnologia ainda mais avançada; uma fantasia mais curiosa e deslumbrante; uma ação com mais fôlego, que é apresentada sob diferentes aspectos, passando por sequências de animação em frames de luz pulsante, de coreografia em uma superfície aquática e até por um quase plano-sequência. Sim, é bem intrigante e diferente de assistir.

Percebe-se que, ao mesmo tempo em que a direção de Ryan Coogler ("Creed", 2015) é cautelosa em apresentar um sopro de novidade, ela é bastante contemplativa; a abordagem de toda a produção, ainda que sob a superfície do já existente MCU (Marvel's Cinematic Universe), não deixa os elementos africanos para trás, tendo noção de que são um grande diferencial e influência do filme. Há muito do moderno, sim; mas também há muito respeito à tradição cultural, com cores, roupas, ritmos, crenças e outros aspectos tribais que permeiam a direção de arte e o desenvolvimento narrativo do filme. Esses elementos, unidos à seleção de canções feita por Kendrick Lamar e à trilha sonora de Ludwig Göransson (frequente colaborador de Childish Gambino [aka Donald Glover]), trazem um contraste geracional que consegue assumir ritmo harmonioso. 

No roteiro, escrito pelo próprio diretor e Joe Robert Cole, que é vencedor de muitos prêmios importantes da área pela minissérie "The People v. O. J. Simpson: American Crime Story", há ainda espaço para política, trazendo um vilão que (amém) possui motivações relevantes dentro deste aspecto. Na verdade, o estúdio possui praticamente nenhum filme tão político (ou mais, até) do que "Capitão América 2: O Soldado Invernal" (2014).

Sobre o vilão Erik Stevens, é preciso destacar que seu intérprete, Michael B. Jordan, rouba a cena desde sua primeira aparição. Já parceiro de Coogler há alguns anos, o ator externa camadas de rancor, ódio, tristeza e cinismo. O elenco inteiro, inclusive, tira nota dez no dever de casa: repleto de atores premiados, como Lupita Nyong'o, Forest Whitaker, Angela Bassett, Sterling K. Brown, Danai Gurira e o indicado ao Oscar de Melhor Ator desse ano Daniel Kaluuya, não há coadjuvantes que não brilhem em tela; exceto Martin Freeman, com um sotaque de inglês americano horroroso. Curiosamente, Chadwick Boseman não chega a ser de fato ofuscado, mas não permanece tão marcado na mente quanto seus colegas, mesmo sendo o personagem-título.

"Pantera Negra", no entanto, não é um filme perfeito; embora seja diferente da maioria, ainda carece do mal de seu gênero, com uma montagem que às vezes parece ter sido feita às pressas e arcos que são esquecidos ou se desenvolvem de forma episódica. Existem, também, muitas e marcantes semelhanças com a animação da Disney "O Rei Leão" (1994); não pela prevalência da temática africana, mas pelo dilema envolvendo ancestrais, família e disputa pelo trono em uma monarquia. Pode ser um ponto negativo aqui, mas ao mesmo tempo indica que não precisamos temer tanto a versão live action do filme clássico, que possui previsão de lançamento para o ano que vem.  

O filme do príncipe T'Challa e seu alter-ego felino, carregado de relevância cultural e impacto na indústria do entretenimento, é um bom exemplo do resultado exemplar que se obtém quando um estúdio grande reúne um time de profissionais de talento e investe alto por seu trabalho. E isso é ótimo para o público; afinal, é muito bom finalmente ter algo fresco no prato.

Crítica: a esperada virtude da ironia de "Birdman" é o que o faz ser um clássico contemporâneo

No final da década de 80 e início de 90, Tim Burton deu uma reviravolta em sua carreira quando aceitou dirigir “Batman” (1989), um dos super-heróis mais icônicos da história. Trazendo a veia sombria de sua filmografia, o filme foi um sucesso enorme, com alta bilheteria e até Oscar (de “Melhor Direção de Arte”). Michael Keaton era o Homem-Morcego, ganhando grande visibilidade no mundo e voltando a estrelar como o protagonista em “Batman – O Retorno” (1992). O convite foi feito novamente para “Batman Eternamente” (1995), mas o ator recusou, com o papel indo parar com Val Kilmer. Logo após, sua carreira deu uma esfriada, sem conseguir que seu nome voltasse a ser falado como antes.

Riggan Thomson é um ator famoso por interpretar o Homem-Pássaro em "Birdman", filmes do herói, todos sucessos de bilheteria. Ao recusar o papel no último filme da franquia, sua carreira congela, fazendo com que ele, décadas depois, adapte para o teatro o roteiro da história “O Que Nós Falamos Quando Falamos de Amor”, na esperança de conseguir o prestígio de outrora.

Teve um déjà vu? Semelhanças não são meras coincidências. “Birdman Ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)” é uma comédia de humor negro que utiliza da metalinguagem da carreira de Keaton para criar o mundo da película, mundo esse contado pelas lentes do megalomaníaco Alejandro González Iñárritu, diretor famoso por “Babel” (2006) e “O Regresso” (2015).


Uma das primeiras jogadas da obra, que já nos surpreende de cara, é a forma que ele foi costurado. “Birdman” é montado como se tivesse sido filmado inteiro de uma vez, em plano sequência. Há cortes, evidentemente, mas eles são feitos discretamente e unidos de forma invisível. Em alguns momentos a transição fica clara, mas na maior parte do tempo não percebemos onde a câmera parou e começou. Essa técnica não é nova: Alfred Hitchcock utilizou o falso plano sequência em 1948 no filme “Festim Diabólico”.

“Birdman” começa com Riggan flutuando (isso mesmo) em seu camarim enquanto conversa com o Homem-Pássaro que só ele vê (isso mesmo também). A criatura existe unicamente para criticar e julgar o homem a todo o instante, como um complexo de auto-crítica destrutiva. Ela representa tudo o que Riggan perdeu: seu brilho, sua força, sua fama, sua juventude, e o Homem-Pássaro faz questão de recordá-lo disso. Em momento nenhum o filme dá pistas se aquilo acontece "de verdade" ou se é uma entidade puramente metafórica (você pode escolher como preferir), como vários outros acontecimentos. "Birdman" é carregado de jogos visuais, simbologias cinematográficas e eventos que só fazem sentido dentro da realidade única da película.


Então vamos conhecer o resto do grupo da peça produzida pelo protagonista, com uma câmera incansável que flutua por todo o teatro de forma extraordinária, numa mise-en-scène¹ esplendorosa. Mesmo sem o uso do 3D, conseguimos ter níveis de profundidade e distanciamento do quadro, como se o retângulo do filme fosse “fundo”. O balé feito por Emmanuel Lubezki, fotógrafo do filme e vencedor do Oscar de "Melhor Fotografia" pelo trabalho, é incrível e elemento preponderante na crianção da atmosfera e narrativa do longa.

Mas voltemos para o enredo do filme. Riggan gasta todas as suas economias para fazer a peça ir para frente, porém precisa de um ator de renome para conseguir mais bilheteria. É então que Lesley (uma incrível Naomi Watts) consegue Mike (Edward Norton), um brilhante – e desequilibrado – ator, que pode por tudo a perder. No elenco principal também temos Sam (a recém oscarizada Emma Stone), filha de Riggan e sua assistente.


Um dos principais trunfos do filme é a forma como o elenco se conecta. Estão todos em perfeita sintonia, desde o tresloucado Mike até a doce e confusa Sam, e cada um está lá para dar suporte ao brilho do outro, garantindo uma harmonia sem igual para o filme. O ritmo é acelerado e intenso, e tudo conduzido dentro do teatro, moldando um clima claustrofóbico e agonizante que reflete a loucura do momento daqueles personagens, à beira de um colapso nervoso que só se acentua com a chegada de Mike.

Recheado com muito sarcasmo e auto-ironia (as cenas com o baterista quebrando a diegese são sensacionais), o roteiro de “Birdman” é uma grande sátira da fama e do sucesso. Riggan está tão desesperado e alucinado por um reconhecimento passado que comete loucuras e se transforma numa Norma Desmond da era do Twitter – Norma é a protagonista da obra-prima absoluta “Crepúsculo dos Deuses” (1950), uma atriz da era muda que fica psicótica quando é abandonada na chegada dos filmes falados. Enquanto Norma tem sua própria loucura como julgadora, Riggan tem o Homem-Pássaro, que em alguns momentos larga o convencionalismo de ficar só como uma voz na cabeça de Riggan para aparecer de carne, osso e fantasia, perseguindo o ator aonde for. 


Iñárritu sempre gostou de dirigir filmes enormes e faraônicos, cheios de camadas, personagens e locações, o que nos deixava preocupado se ele conseguiria fazer tudo isso num cenário tão restrito, e, para nossa surpresa, “Birdman” só não é sua melhor direção porque ele se superou com "O Regresso". Todo seu exagero caiu como uma luva em "Birdman", condensando ainda mais a condução de tudo, o que garantiu seu primeiro Oscar de "Melhor Direção", além de "Melhor Roteiro Original" e "Melhor Filme", uma grata surpresa para uma Academia tão tradicional e que sempre premia filmes dentro dum molde - "Birdman" está distante de parecer um filme "feito pro Oscar".

Talvez a maior ironia de “Birdman” seja o paralelo quase que perfeito entre a vida de Michael Keaton, o criador, e Riggan Thomson, a criatura. Ambos foram heróis no passado, ambos perderam fama e sucesso, ambos buscam holofotes ao fim do filme, e é divertidíssimo assistir a essa corrida alucinante dos dois. Riggan, assim como Norma e assim como Keaton, está à espera do seu close-up.

¹ Mise-en-scène é uma expressão francesa que está relacionada com encenação ou o posicionamento de uma cena, criando profundidade de campo no enquadramento e enriquecendo a tomada.

Fica, tem mais hits! MC Loma e as Gêmeas Lacração estão de clipe novo: “Treme Treme”

 Segura, que MC Loma já está com outro hit pra chamar de seu!

A cantora de Recife estourou durante o Carnaval, com o videoclipe do seu primeiro single, “Envolvimento”, e após assinar um contrato profissional e relançar seu clipe, com a direção do Kondzilla, a menina e suas parcerias, As Gêmeas Lacração, já chegaram com mais uma faixa inédita.

“Treme Treme” abre os trabalhos de MC Loma com seu novo projeto, apelidado por “Check de Mate” (uma variação do “Check Mate”, de Anitta), que contará com o lançamento de músicas e videoclipes inéditos semanalmente, e em seu clipe, a cantora revisita a sua breve carreira: das maquiagens desajeitadas e vídeos engraçados de Recife até o carnaval de SP.

Pra garantir o efeito viral, o clipe conta com a participação dos Youtubers Cocielo e Irmãos Rocha, que aparecem dançando e até se vestindo como as garotas, além da drag queen Sasha Zimmer.

Olha só:



E aí, será mais um hit chiclete pra ficar na nossa mente?

Atualmente, “Envolvimento” já conta com mais de 5 milhões de execuções no Spotify. Nesta semana, a faixa desbancou “Vai Malandra”, de Anitta, e se tornou a canção mais ouvida do Brasil na plataforma. E, pelo Youtube, seus dois clipes já somam mais de 60 milhões de visualizações.

Denúncia do pop: a internet descobriu que Dua Lipa e Camila Cabello são a mesma pessoa 😱

Quem viveu em 2017, sabe que as cantoras Dua Lipa e Camila Cabello foram alguns dos maiores nomes femininos daquele ano para a música pop.

Com os hits “New Rules” e “Havana”, as artistas, que ainda são vistas como revelações, estiveram entre as poucas mulheres que conquistaram as paradas nos últimos meses e, fora o sucesso, são mais próximas do que parecem, sendo muito amigas e tendo, inclusive, aberto a mesma turnê do Bruno Mars.

O que você talvez não saiba, é que, na verdade, Dua Lipa e Camila Cabello são a mesma pessoa.

É sério, e essa descoberta foi feita pela melhor rede social possível, também conhecida como Twitter, que chegou nesta conclusão mexendo na velocidade dos hits das duas cantoras e percebendo que, em tempos diferentes, elas têm a mesmíssima voz.

A primeira descoberta veio com “Havana”, de Camila, que se for “desacelerada”, passa a ser cantada por Dua Lipa. Olha só:


Sim, nós mal acreditamos no que ouvimos.



Daí, se perguntaram: mas e ao contrário, também funciona?


E a resposta não tardou a surgir:


É A NOSSA FADA CUBANA, GENTE!

Depois disso, começaram até a improvisar alguns covers:

E a conclusão não pode ser outra: Dua Lipa e Camila Cabello, com todas as tecnologias de hoje em dia, são a mesma pessoa. O que talvez explique melhor a sua saída do Fifth Harmony, afinal, como manter duas agendas de shows, entrevistas e gravações, também participando de uma girlband? Não tem tecnologia que ajude.

Enquanto você lida com essa informação, fique com os discos da Dua Cabello, ou Camila Lipa. Camilipa, sei lá.




No próximo bloco, apresentaremos a verdadeira história por trás da identidade de Lorde e Troye Sivan.

Liguem seus motores: data da décima temporada de "RuPaul's Drag Race" é anunciada

RuPaul não para! A terceira temporada de “RuPaul's Drag Race All Stars” ainda nem acabou e hoje já foi anunciada a data de retorno da décima temporada do reality show que, diferente do “All Stars”, traz drag queens desconhecidas pelo grande público.

“Em um mundo cheio de 9, seja um 10”, é o que diz RuPaul no vídeo antes de finalmente revelar que a nova temporada do programa estreia em 22 de março, na VH1 norte-americana. O apresentador ainda disse que os desafios, as queens e piadas serão de outro mundo, tudo em comemoração a uma década de “Drag Race”.

Confira o anuncio e já se prepare para muita extravaganza!

Na última semana, RuPaul e seu reality também foram motivos de polêmica no Brasil, desde que sua produtora passou a advertir e tirar do ar páginas mantidas por fãs do programa, alegando o uso ilegal de seu conteúdo.

No Facebook, a página da WOW Presents foi tomada por avaliações negativas do público brasileiro, que não acha justo a postura da empresa, visto que, apesar do compartilhamento ilegal de vídeos do programa, essas mesmas páginas foram as responsáveis pela popularização de RuPaul's Drag Race no país, além de oferecerem os episódios legendados antes de qualquer plataforma oficial.

As páginas de fãs do programa chegaram a oferecer suas legendas de maneira gratuita e legal, pra que fossem utilizadas no serviço de streaming da WOW, mas não tiveram qualquer retorno sobre isso.

“Grace and Frankie” voltará para uma quinta temporada e com a participação de RuPaul!

Uma das melhores séries de comédia da atualidade, “Grace and Frankie” estará de volta na Netflix com sua quinta temporada em 2019. Além da renovação, ainda foi revelado que RuPaul, a icônica drag queen apresentadora de "RuPaul’s Drag Race" será um dos atores convidados da série.

Na trama, Grace (Jane Fonda) e Frankie (Lily Tomlin) veem suas vidas virarem de cabeça para baixo quando seus maridos, Sol (Sam Waterston) e Robert (Martin Sheen), revelam ter um caso e irão se separar delas para viverem suas vidas juntos. Temas como amor na terceira idade e aceitação são debatidos durante as suas quatro temporadas.



A série já foi indicada a diversos prêmios como o Globo de Ouro, Emmy e SAG Awards e as quatro temporadas estão todas disponíveis na Netflix.

“A cena drag veio pra ficar”, diz Mia Badgyal, que estreia com o clipe de “Na Batida”

“A cena drag veio pra ficar e nós vamos assumir cada vez mais essa posição de liderança e representatividade na música pop”, acredita Mia Badgyal. A drag é mais um rosto novo para a música brasileira e, neste ano, lançou seu primeiro clipe, para a faixa “Na Batida”.

Para o seu visual, são muitos os possíveis recortes e influências, que vão da cena clubber paulista aos trabalhos de artistas como a canadense Grimes, mas no que diz respeito a sua sonoridade, as inspirações vão ainda mais além. “Me inspiro muito em música latina, PC Music e no próprio eletrobrega, que eu amo. Pretendo alcançar essa gama da comunidade LGBTQ+ que não se identifica [apenas] com o funk.”

Apesar da diferença entre seus trabalhos, Pabllo Vittar é um nome que Badgyal reconhece como crucial para o que a música drag alcançou no Brasil. “Eu enxergo a Pabllo como uma divisora de águas, por ter feito algo tão mainstream, que tocou em todos os gostos.”

A cantora de “Então Vai” é, inclusive, uma das parcerias dos sonhos de Mia, que já chegou a trabalhar com a artista como estilista. Além de Pabllo, ela também amaria entrar em estúdio com Lia Clark e as internacionais Charli XCX e Brooke Candy.

“A música pop brasileira é feita exclusivamente para a comunidade LGBTQ+, então, por que não fazermos nós mesmos essa música pra gente?”, questiona a cantora, que começou na música ainda na infância, cantando em igrejas evangélicas.


“Na Batida” é o primeiro single de Mia com seu EP de estreia, planejado para o final desse mês, e é nele que a artista aposta para alçar voos ainda maiores. “Sou artista independente, então tenho que fazer o corre para as coisas acontecerem. Mas espero que, com o EP, eu consiga visibilidade e mais pessoas que possam me conhecer e trabalhar comigo, assim como já tenho conhecido gente grande que tem fortalecido.”

Assista abaixo ao seu videoclipe:

Querida pessoa branca, “Pantera Negra” não foi feito pra você

Nesta quinta-feira, 15, chega aos cinemas a mais nova produção da Marvel, “Pantera Negra”, e com todo um peso e relevância que vão bem além das tradicionais estreias dos caras: essa é a primeira vez que um super-herói negro de origem africana e todo o seu universo ganham um filme solo.


A história gira em torno do príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) e seu reino, Wakanda, e traz um puta elenco, incluindo nomes como Michael B. Jordan (“Quarteto Fantástico”, “Creed”), Lupita Nyong'o (“Star Wars”, “12 Anos de Escravidão”), Danai Gurira (“Vingadores: Guerra Infinita”, “The Walking Dead”) e Daniel Kaluuya (“Corra!”, “Black Mirror”).



Em tempos de discussões sobre representatividade, o longa faz a lição de casa. Todo o visual é fielmente inspirado na cultura de época da África, além da produção ser majoritariamente feita por artistas negros, dos atores ao diretor, Ryan Coogler. E a título de informação, há apenas dois personagens brancos de destaque, interpretados por Andy Serkis e Martin Freeman, o que, apesar de ser raro no cinema, principalmente neste universo de super-heróis, ainda rendeu reclamações e ameaças de boicote.

Levando o mesmo nome que, por mera coincidência, também batizou o movimento que marcou a luta contra o racismo nos EUA entre as décadas de 60 e 80, o herói da Marvel ressurge num momento de importantes passos para a cultura negra em Hollywood, visto ser também o ano em que o terror “Get Out!”, de Jordan Peele, é um dos favoritos ao Oscar 2018, e que plataformas como a Netflix têm demonstrado uma preocupação cada vez maior em também fazer a sua parte nesta busca por reparação, com produções como a bem-humorada e mais do que necessária “Dear White People”.

A importância desse momento, por sua vez, não se dá apenas pela presença, destaque e premiação desses artistas e produções negras, mas também pela oportunidade de finalmente conseguirmos nos ver representados de maneiras que fujam dos velhos estereótipos do cinema e TV, com toda a pluralidade que existe e resiste na história e cultura negra, além da chance de assumirmos essas narrativas na linha de frente e, mesmo que aos poucos, fazermos a diferença para os tantos negros desta e de futuras gerações, que poderão olhar para todos esses filmes e personagens e se identificarem de uma maneira bastante positiva.



Com o perdão da brincadeira no título, o longa está aí para todos apreciarem, sem distinções, e antes mesmo de sua estreia, já estava fadado a fazer a diferença. Aos que se sentiram incomodados de alguma forma no que tange a representatividade e maioria negra na produção, sejam muito bem vindos ao outro lado da história, foi mais ou menos assim que nos sentimos enquanto víamos esse tipo de filme por todos os últimos anos e vocês vão sobreviver.

“Pantera Negra” chega aos principais cinemas de todo o Brasil nesta quinta, 15, e pra encerrar, aproveitamos para mostrar a trilha-sonora do longa, que estreou na última semana no Spotify e, com curadoria do sempre foda Kendrick Lamar, também veio repleta de artistas negros talentosíssimos:




Excelência negra! ✊🏿

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