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Mia Badgyal está de volta com o reggaeton experimental de “LOKA”

Um dos símbolos emergentes da resistência clubber brasileira, com influência de artistas que vão do francês Gesaffelstein a venezuelana ARCA, Mia Badgyal está pronta pra contar e cantar a sua própria história ao som do seu álbum de estreia “EMERGÊNCIA”, esperado para ainda este ano em todas as plataformas.

O carro-chefe desse novo projeto, sucessor da mixtape “Mia” (2019) e singles como “Na batida” (2017), “Amor Fajuto” (2019) e “VTQ” (2020), é a produção de FUSO! e Rodrigo Kills em “Loka”, um reggaeton com experimentações eletrônicas que entregam muito das influências que cercam este novo trabalho.

“É um grito por todas as travestis que são donas de si, e que sabem da sua força. Se ser louca é tomar as suas próprias rédeas, eu sou LOKA mesmo, nós somos o que existe de melhor e somos fortes”, define a artista.

“A Mia é ‘loka’ e tá pronta pra conquistar seu espaço”, conta um dos produtores da música, FUSO! “A vibe obscura da música me chamou a atenção, em algumas horas rascunhei um instrumental pra complementar a demo. Junto com Rodrigo, conseguimos misturar timbres techno à la Gesaffesltein e a vibe reggaeton que Mia queria pro álbum, sintetizando muito bem a mensagem.”

Do reggaeton ao neo-perreo, são muitos os artistas que estão explorando e renovando as influências da música latina pelo pop global, com nomes que vão de FKA Twigs (“papi bones”) a Rosalía (“SAOKO”), passando ainda pela própria ARCA, Bad Bunny, Isabella Lovestory e Rakky Ripper, entre outros nomes e, no que depender dessa nova fase, não tardará até que Badgyal também garanta seu espaço nessa lista que têm dominado os festivais - e nossos fones de ouvido - mundo afora.

Ouça “LOKA”:

“A cena drag veio pra ficar”, diz Mia Badgyal, que estreia com o clipe de “Na Batida”

“A cena drag veio pra ficar e nós vamos assumir cada vez mais essa posição de liderança e representatividade na música pop”, acredita Mia Badgyal. A drag é mais um rosto novo para a música brasileira e, neste ano, lançou seu primeiro clipe, para a faixa “Na Batida”.

Para o seu visual, são muitos os possíveis recortes e influências, que vão da cena clubber paulista aos trabalhos de artistas como a canadense Grimes, mas no que diz respeito a sua sonoridade, as inspirações vão ainda mais além. “Me inspiro muito em música latina, PC Music e no próprio eletrobrega, que eu amo. Pretendo alcançar essa gama da comunidade LGBTQ+ que não se identifica [apenas] com o funk.”

Apesar da diferença entre seus trabalhos, Pabllo Vittar é um nome que Badgyal reconhece como crucial para o que a música drag alcançou no Brasil. “Eu enxergo a Pabllo como uma divisora de águas, por ter feito algo tão mainstream, que tocou em todos os gostos.”

A cantora de “Então Vai” é, inclusive, uma das parcerias dos sonhos de Mia, que já chegou a trabalhar com a artista como estilista. Além de Pabllo, ela também amaria entrar em estúdio com Lia Clark e as internacionais Charli XCX e Brooke Candy.

“A música pop brasileira é feita exclusivamente para a comunidade LGBTQ+, então, por que não fazermos nós mesmos essa música pra gente?”, questiona a cantora, que começou na música ainda na infância, cantando em igrejas evangélicas.


“Na Batida” é o primeiro single de Mia com seu EP de estreia, planejado para o final desse mês, e é nele que a artista aposta para alçar voos ainda maiores. “Sou artista independente, então tenho que fazer o corre para as coisas acontecerem. Mas espero que, com o EP, eu consiga visibilidade e mais pessoas que possam me conhecer e trabalhar comigo, assim como já tenho conhecido gente grande que tem fortalecido.”

Assista abaixo ao seu videoclipe:

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