O hit do carnaval de 2017 foi a música de uma drag queen com um rapper negro e gay

MC Kevinho bem tentou com a sua novinha terrorista, o outro, de “Deu Onda”, se afundou por polêmicas declarações homofóbicas e, ainda que Anitta tenha emprestado seus vocais para dois sucessos em potencial, não deu outra: a música do carnaval de 2017 foi a parceria de Pabllo Vittar e Rico Dalasam, “Todo Dia”.

A faixa, presente no disco de estreia da drag brasileira, foi produzida por Rodrigo Gorky, do Bonde do Rolê, e vem carregada pelo funk, com uma letra na qual a dupla enaltece não precisar do carnaval como desculpa para serem vadias. São todo dia.

No que foi um dos carnavais mais diversos do Brasil, com forte presença de blocos LGBTs e, ainda nos que não eram, respeito por todos os grupos, a música não poderia ter sido mais apropriada, tanto por sua mensagem de liberdade sexual, entregue de forma leve, numa narrativa descontraída, quanto por seus intérpretes: a cantora drag queen e o rapper negro e gay.



Entre suas aparições pelo carnaval, a música contou com apresentações em parceria de Rico Dalasam e Pabllo Vittar com a cantora Daniela Mercury, além da performance feita pela drag no bloco Pop do Cassete, do blog Papel Pop, que também contou com as participações de MC Linn da Quebrada e Gloria Groove.

Pela internet, “Todo Dia” já ultrapassa as 2 milhões de execuções no Spotify, estando presente entre as cinquenta músicas virais da plataforma no Brasil, fora suas mais de 4 milhões de exibições por seu videoclipe, lançado no final de janeiro no Youtube.

A melhor parte é que, além do sucesso nesse carnaval, a letra da música pode ser usada de forma atemporal, nos servindo de contagem regressiva até a festa do ano que vem. Até lá, teremos outras 300 e poucas oportunidades de sermos todo dia. Todo dia. 

Batemos um papo com a banda The Maine: “Os brasileiros sabem fazer uma banda se sentir amada”

Formada no Arizona, Estados Unidos, em 2007, por John O'Callaghan, Pat Kirch, Jared Monaco, Garrett Nickelsen e Kennedy Brock, a banda The Maine já percorreu um longo caminho na indústria musical. De aposta de uma gravadora a artista independente, de emo a rock, pop, alternativo e todos os ritmos nesse meio, o grupo chega aos seus 10 anos de existência mais vivo do que nunca, com um sexto álbum a caminho, uma turnê prestes a chegar no Brasil e, principalmente, querendo continuar por muito tempo.



Foi nesse clima festivo e pra cima que tivemos a oportunidade de conversar com o guitarrista, Kennedy. No nosso papo, falamos um pouco sobre como é ser uma banda independente nos dias atuais, o novo disco, "Lovely Little Lonely", que chega no dia 7 de abril, o Brasil, as fãs brasileiras e, claro, sobre esses 10 anos de banda e tudo que o The Maine passou para chegar até aqui. Leia a entrevista completa abaixo:

Oi, Kennedy! Meu nome é Nathalia e eu sou do It Pop, um blog brasileiro de música!
Kennedy: Olá! Tudo bem?

Tudo bem! E com você?
Kennedy: Tudo bem sim!

Podemos começar?
Kennedy: Vamos lá!

Vamos falar do sexto álbum. Como o "Lovely Little Lonely" é diferente dos trabalhos anteriores? 
Kennedy: Eu acho que é o álbum mais focado que já fizemos. Acho que no passado nós tentamos muito ter músicas que se conectassem de forma coesa e esse álbum consegue isso. Parece que as músicas se juntam e fazem sentido e isso é muito especial pra gente. 

Qual a inspiração por trás do título do álbum? 
Kennedy: John (O'Callaghan, vocalista) teve a ideia do título. Ele descreveu como a sensação que você tem quando está no fundo de uma piscina sozinho. O especial sobre esse CD é que ele conversa com as pessoas, vai ajudar quem precise dessas músicas e vai estar lá para os nossos fãs.



Vocês já passaram pelo pop, rock, emo, alternativo... Como vocês se definem hoje?
Kennedy: Nós somos uma banda de rock, uma banda que toca guitarra mesmo, uma banda do "ao vivo". Como banda nós gostamos de fazer outras coisas em nossos trabalhos e experimentar, mas em geral somos rock. 

E como vocês definem o "Lovely Little Lonely"? Vai ser mais pop, mais rock...?
Kennedy: Vai ser um pouco disso (pop e rock). Ele é um álbum catchy e vai chegar em várias pessoas. Estamos muito animados com essa fase da banda e como a banda está nesse momento e vocês poderão sentir isso nas nossas músicas. 

O primeiro single, "Bad Behavior", já saiu. Quando deve sair o próximo? 
Kennedy: Na verdade, nós vamos lançar o vídeo de "Bad Behavior" amanhã (23/02) e quanto mais perto do lançamento do álbum nós estivermos, mais músicas vamos liberar. Pelo menos uma nova vai sair. Agora, nós basicamente estamos tentando divulgar "Bad Behavior" e a resposta tem sido muito boa. Mas vamos lançar outra música perto do lançamento do álbum, sim. 



Pode nos contar alguma coisa especial sobre as canções desse álbum? 
Kennedy: É o que eu disse, é nosso trabalho mais coeso e o as canções se juntam e fazem o álbum fluir. 

Vocês não costumam fazer parcerias. Estão com alguma parceria em mente? 
Kennedy: Gostamos de tocar música com nossos amigos na estrada e tentar criar coisas diferentes à partir daí. Eu acho que vamos tentar fazer algo assim quando voltarmos para a estrada e nos próximos anos. Estão, podem esperar várias coisas assim. Estamos tentando nos manter ocupados e lançar muitas músicas, então coisas legais assim estão nos nossos planos.  

Vocês estão fazendo 10 anos de banda! Como é estar junto por tanto tempo e se ver crescendo profissional e pessoalmente? 
Kennedy: É bem radical! Tem sido uma jornada louca e tivemos que nos achar e achar um jeito de fazer essa nossa paixão funcionar, tudo ao mesmo tempo. Tem sido incrível. Outro dia fomos celebrar (nosso aniversário) e fizemos um festival no Arizona (cidade de origem). Foi a combinação de vários sentimentos de todos os anos de sofrimento para fazer tudo dar certo, mas também dos momentos incríveis e dos pontos altos. Foi uma jornada muito legal e o que é mais legal é que todo mundo da banda está ainda mais animado para fazer música agora do que estávamos quando começamos. Nós queremos fazer cada vez mais.

Vocês trabalharam em uma gravadora por um tempo, mas decidiram sair e se tornar uma banda independente. Por que tomaram essa decisão? 
Kennedy: Pra gente foi uma questão de controle criativo. Somos muito envolvidos na nossa banda e em como ela se apresenta para o público e começamos a ver nossa banda seguindo para um caminho que não era o que queríamos que ela fosse. No final, foi uma decisão incrível e somos muito sortudos de conseguir fazer isso por conta própria. 

Vocês estão fazendo algo para ajudar outras bandas independentes?
Kennedy: Sim! No Arizona nós temos vários amigos. Somos amigos das bandas Technicolor e Beach Weather e tentamos dar oportunidade a eles. É difícil para uma banda dar ajuda a outra banda, mas tentamos ajudá-los sempre que dá, por exemplo, vemos em quais lugares e momentos o som deles se encaixa e tentamos colocá-los para tocar ali, e também levamos eles para a estrada conosco.


Agora, vamos falar do Brasil! Estão animados para voltar?
Kennedy: Estou feliz (em português)! Estou tão animado! Eu amo o Brasil, as pessoas, o lugar, eu amo tentar falar português. 

Seu português é ótimo! Eu entendi tudo! 
Kennedy: Eu não lembro palavras (em português). Eu esqueço as palavras! Tem sido tão bom pra gente e amamos voltar. Dessa vez vamos a mais cidades e por isso estou ainda mais animado. 

O que vocês estão preparando para os shows por aqui? 
Kennedy: Vamos tocar as músicas novas do novo álbum e os shows vão ser selvagens e loucos! Vai ser uma mistura de coisas novas e velhas e vamos fazer um show bem inclusivo, pra todo mundo mesmo. Vai ser no estilo rápido e divertido e temos que deixar a energia lá no alto o tempo todo. 

Qual a diferença entre os shows que vocês fazem no Brasil e os que vocês fazem em outros lugares? 
Kennedy: É sempre diferente tocar em qualquer lugar. Para gente os shows do Brasil são os mais barulhentos! Os brasileiros cantam mais alto que todo mundo. Na primeira vez que eu estive aí, eu não ouvi nada quando estava no palco e eu fiquei muito chocado, mas amei cada segundo. Os brasileiros sabem como fazer uma banda se sentir amada. 

A gente sabe que vocês não costumam cobrar para tirar fotos com fãs. Por quê? 
Kennedy: Não sentimos que isso era certo. Somos pessoas, eu sou uma pessoa, não tem razão para as pessoas pagarem para me conhecer. Nós só conseguimos ir nesses lugares por causa de todas as pessoas que nos apoiam. Sempre achamos que temos que falar com ações e não com palavras e queremos mostrar que realmente nos importamos com essas pessoas. Além disso, essa é uma oportunidade de praticar meu português de merda. Somos muito felizes de conhecer as pessoas no Brasil e nós gostamos tanto de conhecer eles quanto eles gostam de nos conhecer. Também acho que o dinheiro não tem que ser barreira que impeça as pessoas de chegarem na oportunidade. Todos devem ter chance de experienciar as coisas boas da vida e, se podemos levar felicidade a essas pessoas, não vamos fazê-las pagar por isso. 

Pra terminar, um recado para os fãs brasileiros que estão ansiosos para ver vocês de novo!  
Kennedy: Até mais (em português)! Obrigada por tudo, por nos apoiar, por nos deixarem ser nós mesmo. Não vamos esquecer isso e continuaremos a amar o Brasil. Vamos ter uma turnê incrível e louca! Estou feliz pra caralho (em português)!


***

E não é que o Kennedy já está falando português melhor do que a gente?

Em julho, a banda volta ao Brasil e terá a oportunidade de aprender ainda mais palavras no nosso idioma. Confira as datas:

15/07 - Tropical Butantã - São Paulo
16/07 - Bar da Montanha - Limeira
18/07 - Teatro CIEE - Porto Alegre
19/07 - Local a confirmar - Curitiba
21/07 - Arena Futebol Clube - Brasília
22/07 - Teatro Bradesco - Belo Horizonte

E se você ainda não garantiu seu ingresso, calma que dá tempo! É só clicar aqui.

Aproveitamos também para agradecer ao Kennedy por disponibilizar seu tempo para conversar conosco. Ele foi muito simpático e divertido, falou um ótimo português e demonstrou um carinho imenso e verdadeiro pelo nosso país. Estamos esperando vocês, seus lindos!

O ícone pop Camila Cabello será uma das atrações do Kids’ Choice Awards 2017

O ícone pop contemporâneo Camila Cabello dará mais um importante passo na sua carreira solo daqui algumas semanas, quando se apresentará ao vivo na premiação Kids’ Choice Awards.

A hitmaker de “Love Incredible” foi confirmada como uma das atrações musicais do evento e deverá dividir o palco com o rapper Machine Gun Kelly, apresentando o smash hit “Bad Things”.



Respeitada entre o público adolescente, a premiação realizada pela Nickelodeon também confirmou uma apresentação do grupo Little Mix, ainda não se sabe para quais canções do disco “Glory Days”.

Atualmente, a ex-integrante do Fifth Harmony segue trabalhando no seu disco de estreia, já tendo colaborado com produtores como Sophie, Cashmere Cat, Benny Blanco, Diplo, entre outros. O material deve sair no segundo semestre desse ano.

O Kids’ Choice Awards 2017, por sua vez, já tem data marcada e acontecerá no dia 11 de março.

O velho Ed Sheeran segue vivo na inédita “Eraser” e ganha remix do Major Lazer para “Shape of You”

O cantor Ed Sheeran continua promovendo seu novo disco, “Divide”, e depois de emplacar o hit “Shape of You”, seguido dos singles promocionais “Castle On The Hill” e “How Do You Feel (Paean)”, apresentou a inédita “Eraser” durante um especial de aniversário da SBTV, divulgado na última terça-feira (28) pelo Youtube.

Na apresentação, sem plateia, Sheeran performou a música nova acompanhado apenas de seu violão e, no que depender dessa versão ao vivo, a música é mais uma das que soam como seu disco de estreia, “+”, se distanciando da faceta pop explorada em seu sucesso atual.

Algo que chama a atenção em “Eraser” é tê-lo falando mais do que cantando outra vez. Fórmula essa que funcionou em faixas como “You Need Me” e “Don’t”, dos seus dois últimos álbuns.

Olha só:


Decidido a se manter no topo das paradas, o ruivo revelou na última semana um remix do Major Lazer para “Shape of You”, com vocais da parceira do trio em “Light It Up”, Nyla.

Ouça abaixo:


O novo disco de Ed Sheeran será lançado na próxima sexta-feira, 3 de março.

Crítica: você não vai dizer "gimme more" para "Britney Ever After", desastrosa cinebiografia da princesa do pop

Quando estamos assistindo a uma cinebiografia, nossa percepção pela obra é construída de forma diferente. Ao assistir a adaptação da vida de determinada pessoa, você geralmente já sabe os principais acontecimentos – mesmo que a figura midiática não seja extremamente famosa, o panorama geral é conhecido pelo público na maioria dos casos. Há também as cinebiografias que têm como objetivo apresentar personalidades importantes, mas desconhecidas do grande público, como o caso de “Estrelas Além do Tempo”, no entanto, em termos gerais, você conhece a trama na tela.

Por ter essa ciência, as cinebiografias entram num concurso imaginário para ver quem consegue a melhor reprodução do real na tela. Quanto mais parecido o ator escalado para o protagonista ficar com a real pessoa, melhor. Os motivos são óbvios: tanto demonstra ótima produção para a composição do personagem como o básico fato de que a plateia irá se conectar muito mais facilmente se for “iludida” com as semelhanças.

Imagem: Divulgação/Internet
E quem não gosta de ver um ator encarnando uma figura popular de forma tão assustadora que até parece um sósia? Os exemplos do cinema moderno são muitos: Meryl Streep como Margaret Thatcher em “A Dama de Ferro”, Daniel Day-Lewis como Abraham Lincoln em "Lincoln", Salma Hayek como Frida Kahlo em "Frida", Eddie Redmayne como Stephen Hawking em "A Teoria de Tudo", David Oyelowo como Martin Luthe King em "Selma: Uma Luta pela Igualdade" e Natalie Portman como Jacqueline Kennedy no recente “Jackie”, muitos indicados e vencedores do Oscar pela atuação. 

Quando o/a ator/atriz não se parece tanto com a figura, a coisa complica mais, porém há meios de contornar a situação, como o caso de Michelle Willams em “Sete Dias Com Marylin”. A atriz, mesmo caracterizada, não era tão parecida assim com a lendária Marylin Monroe, entretanto, sua composição de gestos, trejeitos e voz conseguiu criar um link para que o espectador, enquanto via a atriz em tela, esquecesse que se tratava de outra pessoa. A magia do cinema está feita.

Imagem: Divulgação/Internet
Mas e quando o ator escalado se parece em NADA com o biografado real? É o caso do telefilme “Britney Ever After”. Produzido pelo canal americano Lifetime, o longa retrata a glória e a queda da princesa do pop Britney Spears, um dos maiores fenômenos culturais do século. A performer ficou famosa por surgir como a encarnação do “sonho americano”, porém, o estrelato e a pressão, além de problemas pessoais, fizeram com que ela caísse em danos psicológicos, protagonizando cenas icônicas na cultura pop.

Natasha Bassett foi a escolhida para encarnar Britney. Uma palavra pode definir bem a atriz: coitada. E nem é pela atuação, bastante fraca, mas por ter sido escolhida para viver um ícone tão grande sem parecer com o mesmo. Quase nenhuma composição de Bassett remete à Britney: alguns trejeitos lembram o da cantora de “Toxic”, mas de resto, a voz com sotaque forçado e a simples e elementar forma física da atriz estão longe do real. É impossível imergir na história quando sua maior estrela não nos faz acreditar no que está na tela.

Imagem: Divulgação/Internet
É bem sabido que, por se tratar de um telefilme, a produção careça de recursos – não há aqui o orçamento das grandes produções hollywoodianas, muitas das que fizeram os bem sucedidos filmes citados anteriormente. Entretanto, encontrar uma atriz que pareça minimamente com o sujeito escolhido para retratar é o básico do básico – a própria Lifetime já conseguiu resultados melhor com "House of Versace", escalando Gina Gershon para viver Donatella. Até a drag queen Derrick Barry parece MUITO mais com a Britney que Bassett. Com essa grande falha, o filme já perde bastante. Tal limitação poderia ser minimizada por uma boa direção, fotografia caprichada e edição coerente, todos os itens inexistentes em “Britney Ever After”. A edição, em especial, que mistura drama com documentário, é um horror.

Outro ponto da produção que esbarrou em dificuldades é que aqui se trata de uma cinebiografia não autorizada, ou seja, nada que envolva a marca Britney pode ser usado. Como ela é figura ligada à música, espera-se que suas canções estejam no filme, afinal, acima de tudo, foram elas que deram o sucesso da cantora, contudo, apenas duas músicas são regravadas pela atriz, “Satisfaction” e “I Love Rock’n Roll”, pois ambas já eram regravações feitas por Britney. Músicas originais (e sem o menor brilho) foram feitas para o filme, outro ponto que corta a conexão do espectador, órfão dos hits “Baby One More Time”, “Oops I Did It Again” e tantos outros. Imagine um filme da Madonna sem "Like A Prayer" ou do Michael Jackson sem "Thriller".

Imagem: Divulgação/Internet
O principal motivo para gerar o interesse em cinebiografias é, claro, as reconstituições dos maiores acontecimentos da vida da pessoa biografada, dando mais ênfase ainda quando este viveu eventos que entraram pro imaginário popular. Muitas vezes tais eventos são de cunho trágico – como vemos JFK sendo assassinado ao lado da esposa em “Jackie” –, o que coloca a obra numa posição delicada: ela tem que tratar tudo de maneira com que não vire mero circo sensacionalista. “Britney Ever After” encontra três eventos tristes da história de Britney: a cena do ataque aos paparazzi com o guarda-chuva, o momento em que a cantora raspa o cabelo e a malfadada apresentação no Video Music Awards (VMA) de 2007.

Grandes esforços deveriam ter sido feitos na reconstituição de tais cenas tão famosas na carreira da princesa do pop, mas, com exceção do ataque com o guarda-chuva, as outras não conseguem o devido impacto. A cena em que Britney raspa a cabeça é feita com uma peruca artificial e montada de forma quebrada, talvez em “respeito” ao momento, enquanto a apresentação no VMA é um desastre por 1 não ter a música original, “Gimme More”, pelos motivos já citados, e 2 não ser feita em local minimamente parecido com o palco da premiação (ao que parece, é utilizado o mesmo palco o filme inteiro). Custava nada uma ensaiada com o vídeo original para pelo menos assistirmos e lembrarmos do evento. No fim das contas, o que seria o prato principal do longa foi feito de forma pobre. Resta o quê, então?

Imagem: Divulgação/Internet
A “missão” de “Britney Ever After” pode ser definida como a humanização de Britney Spears, objetivo geral de muitas cinebiografias. O filme tenta dar um enfoque mais pessoal numa figura que sofreu tanto pela mídia, todavia, os eventos roteirizados são bastante mal feitos, sem um arco narrativo que dê sustentação ao colapso psicológico enfrentado pela protagonista. É tudo jogado na tela de forma desleixada, soando ainda mais fraco pelos problemas já explanados – isso quando não esbarramos em cenas constrangedoras, como a “briga” em forma de dança de Britney e Justin Timberlake (interpretado por Nathan Keyes, esse, pelo menos, lembra o real cantor). “As Branquelas” encontrou seu sucessor.

Há vários pontos aqui passíveis de perdão, mas quando todos se unem, depende muito da boa vontade do espectador engolir “Britney Ever After”. Acertando em nenhum dos aspectos que se propôs, perdemos aqui uma obra que poderia retratar os males da era do TMZ e como a mídia sanguessuga pode arruinar a vida de alguém. Esse “Britney Never After” falha como cinebiografia, como produto para os fãs da cantora e, em primeiro lugar, como cinema, conseguindo ser pior que “Crossroads: Amigas Para Sempre” ao fazer algo teoricamente corajoso (contra a vontade da figura retratada) de forma desastrosa – as vezes é melhor não fazer do que fazer mal feito. Quando nem o icônico vestido jeans é feito minimamente parecido (no filme nem vestido é), a coisa está feia. Desculpa, Britney.

O Oscar não fez mais do que a sua obrigação e ainda há muito o que problematizar

Ainda que estejamos em um dos momentos mais críticos da política mundial, com líderes autoritários e conservadores, carregados de discursos preconceituosos e discriminatórios, presenciamos uma das melhores fases em relação a sociedade, que tem se mostrado cada vez menos conformada com as grandes instituições e seus copos-meio-vazios. A tal geração que “vê preconceito em tudo”, porque ele implicitamente está ali.

Quando o público manifestou sua insatisfação com o Oscar, dando voz ao movimento #OscarSoWhite, eles não estavam realmente preocupados com o prêmio do grande evento, mas, sim, com o que ele representa para todas as pessoas negras, das que assistem à premiação anualmente e veem seus semelhantes sendo preteridos aos que trabalham no meio e percebem a desvalorização de seus trabalhos, independente do esforço feito.

No seu discurso durante o Emmy Awards de 2015, a atriz Viola Davis aproveitou o atual momento de sua carreira e espaço alcançado para destacar que a problemática vai bem além das premiações, uma vez que essa desvalorização começa na escolha dos atores e personagens para a produção do filme. Ela explicou que a diferença entre atrizes negras e brancas são as oportunidades.


E, sobre essa fala, não fica difícil comprovar. São inúmeros os atores e atrizes negros que sabemos serem muito talentosos, e vários deles já ganharam prêmios importantes dentro do meio, mas quantos foram por papéis que não fossem escravos, jovens viciados em drogas e, principalmente em relação às mulheres, empregadas domésticas?

A discussão soa ainda mais preocupante se pensarmos nas categorias técnicas, majoritariamente dominada por homens, e um exemplo recente foi a indicação de Joi McMillion ao Oscar 2017, pela edição de “Moonlight”, uma vez que ela se tornou a primeira mulher negra indicada nesta posição – e perdeu.

Numa tentativa de se mostrar mais democrático e, ainda que gradualmente, demonstrar estar ouvindo a demanda pública, o Oscar desse ano entregou o grande prêmio da noite para “Moonlight”, que disputava contra o favorito – e branco demais – “La La Land”, e tê-los como vencedores não só é importante por se tratar de uma produção feita por artistas negros, como também por sua temática, que aborda dos recortes raciais à luta contra a homofobia.

Viola Davis, que já se tornou um dos maiores ícones negros do cinema atual, também teve a oportunidade de levar seu primeiro prêmio e, como bem definiram pelas redes sociais, na verdade foi o evento quem teve a chance de ter entre seus vencedores uma atriz no cacife de Davis. A noite ainda marcou o fato dela se tornar a primeira atriz negra da história premiada pelo Oscar, Emmy e Tony Awards por sua atuação.



Não só por seus indicados e vencedores, o Oscar desse ano também se mostrou empenhado em fazer a diferença por meio dos discursos de todos que subiram no palco da premiação, incluindo o apresentador Jimmy Kimmel, levantando debates, ainda que de forma descontraída, sobre a política xenofóbica de Donald Trump, entre outras facetas recém-resgatadas do antigo “sim-você-pode” Sonho Americano.

Apesar do clima ser de comemorações, é importante não nos esquecermos de que a representatividade vai além dos prêmios entregues neste ano, devendo a exigência do público se manter tão rígida quanto nas edições anteriores, e, mais do que isso, se faz necessário que cobremos ainda mais diversidade para as premiações que estão por vir, pra que tenhamos eventos cada vez mais negros, que reconheçam o talento das mulheres em todas as camadas das produções, como fazem todos os anos com os homens, e também LGBTQ, como foi “Moonlight”.

“Marijuana”? “Minnesota”? Como se chama o novo single da Lorde?

O acontecimento pop meticuloso, Lorde, lançará na próxima quinta-feira (02) o seu novo single e, horas após circular pela rede mundial de computadores uma prévia da canção, o ícone neozelandês usou suas redes sociais para revelar um site que deverá ser usado para promover o seu retorno, chamado “I Am Waiting For It” (“tô com o cu trancado de tanto esperar”, em tradução livre).

A parte interessante é que a página não traz nenhuma mensagem, sendo toda em branco, entretanto, carrega um título misterioso, no qual temos nove letras, tendo apenas duas delas reveladas: M********A.
Nós propositalmente abrimos o disco “Pure Heroine” no Spotify, pra que a impressão de tela ficasse melhor contextualizada – e ouvimos “Buzzcut Season” até o final, obviamente.
Levando em consideração que estamos falando da volta de uma importante estrela pop, tudo nos leva a crer que seja essa uma espécie de “jogo da forca” com seu novo single, com a vantagem de ninguém será realmente enforcado – ao menos é isso o que esperamos. E, como bons telespectadores de CSI que somos, já tentamos desvendar qual era a palavra misteriosa.

Nas primeiras pesquisas, percebemos que existem poucas palavras comuns em inglês com nove letras, que comece com “M” e termine com “A”, mas o que poderia nos ajudar, só tornou as coisas mais complicadas.


Para tentar avançar rapidamente com as investigações, acessamos então um site chamado “WordByLetter.com”, que nos ajuda a encontrar palavras de acordo com sua quantidade de letras e posições daquelas quais já conhecemos (!) e, felizmente, ele listou algumas possibilidades de títulos em potencial para o novo single de Lorde.

Como haviam muitas palavras, descartamos algumas que consideramos improváveis de ser o que procuramos, como “Madrepora” e “Molybdena”, que não nos parecem bons títulos para singles de retorno, e chegamos então as opções abaixo.

Nossas apostas estão entre “Myocardia” e “Marijuana”.

Mais de 1250 dias após lançar seu primeiro CD, Lorde finalmente estreará uma música nova

Hoje fazem exatos 1250 dias desde que Lorde lançou seu álbum de estreia, “Pure Heroine”, e apesar de já esperarmos o seu retorno para algum momento entre março e abril, como adiantamos há algum tempo, não conseguimos deixar de pirar um pouco ao saber que ela FINALMENTE deu algum sinal de vida sobre seu novo trabalho e, mais, nos deu uma data.

A volta da cantora neozelandesa com seu pop meticuloso está marcada para o dia 2 de março e, por esses menos de cinco segundos presentes na prévia que tem acompanhado um anúncio do seu retorno na televisão internacional, estamos certos de que Lorde está pronta para suprir todas nossas expectativas e, sem dúvidas, manter a música pop dentro dos trilhos, trazendo mais um importante acontecimento para indústria, como foi seu primeiro hit, “Royals”.

Sinta isso com a gente:



QUE HINO.

Pra quem não se recorda, Lorde conquistou o mundo com o single “Royals”, do seu EP chamado “The Love Club”, e um pouco mais tarde consolidou seu nome como uma das revelações de 2013 e 2014 com o disco “Pure Heroine”, do qual extraiu singles como “Tennis Court” e “Team”.



Mais tarde, a menina foi convidada para participar da trilha sonora de “Jogos Vorazes: Em Chamas” e, posteriormente, assinar o disco do filme seguinte, “A Esperança”, o que nos rendeu faixas como “Everybody Wants To Rule The World”, “Yellow Flicker Beat”, “Ladder Song” e “Meltdown” (“MELTDOWN”!).




Nesse meio tempo, ela ainda colaborou com o produtor Son Lux, na faixa “Easy”, e com a dupla Disclosure, no que já antecipava a sua salvação da música pop, “Magnets”:



Sentimos como se esperássemos pelo dia 2 de março desde os nossos quatro anos.

Demi Lovato pode lançar CD experimental, com produções do Flume e Sia, e mais controle criativo

Com saudades da Demi Lovato? Ao que tudo indica, a cantora e, inclusive, indicada ao último Grammy, está preparando seu retorno para esse ano, dessa vez lançando seu primeiro disco fora da gravadora que a acompanhou desde o começo da carreira, a Hollywood Records. E nos deixando ainda mais curiosos para ver o que ela vai fazer nessa era, vazaram no ARTL, fórum online conhecido por divulgar notícias sobre faixas e álbuns que ainda não foram lançados, algumas informações sobre seis novas músicas que devem estar no disco.

A primeira canção mencionada se chama "Concentrate" e foi descrita como uma mistura da sensualidade de "Wildfire", da própria Demi, e do instrumental de "Can't Feel My Face", do The Weeknd. Ela contém uma estrutura diferente, começando pelo refrão, e os produtores são o Ali Payami e o Max Martin. A americana já teria postado no Twitter um trecho dela: "When you're done with me, I can't even concentrate... Concentrate..."


"Proof", que já foi registrada por Lovato e, de acordo com rumores, foi produzida pelo Flume, tem uma vibe experimental, e conta com uma batida depois do segundo refrão que soa estranha a princípio, mas que funciona. "Emotion", que até já teve uma prévia revelada na série que o Nick Jonas lançou no ano passado pelo Tidal, também vem nesse estilo e é descrita como "muito experimental e não soa como nada que algum artista já tenha feito".


"Night Fever" é definida como catchy, sobre se divertir à noite e com "I got that night fever to rock with anybody, feeling like I could be everybody" como parte da letra. O autor da postagem também revela que os vocais da cantora estão sendo usados de forma diferente, como ela não costumava usar. 

"Holding Up All We Have", uma das faixas mais promissoras, é um mid-tempo co-composto pela Sia, cuja letra é um pouco genérica, mas a batida R&B com dubsteep é muito boa. O fórum ainda diz que a bridge é um pouco estranha, no último refrão Sia e Demi harmonizam suas vozes e o produtor é o Greg Kurstin, que acabou de ganhar o Grammy de Produtor do Ano. Lovato está sedenta. 

Porém, a música que teve mais informações divulgadas foi "Gone", composta pela Diane Warren e completamente produzida pela ex-Disney. Ela é descrita como a mais emotiva de todas: "Você vai chorar muito, Demi cantou como nunca nessa música, os vocais são nível Whitney Houston. Ela começa com uns vocais acapella e cresce até o nível de realeza de "I Will Always Love You". EITA! Liberaram até o início de "Gone":

"A queen lost her throne today
And God watched all her love fade away
Tears rolling down her cheek
Filled the rivers of her soul so deep
Faith was questioned, life was abandoned
For another chance that left her stranded"


Ao final, o usuário que postou tudo isso fez um resumo de como estão as canções e esse CD como um todo:

No geral, com essas seis músicas, este será seu melhor álbum. É extremamente diferente de tudo que Demi já fez e da música pop em geral. Se ela conseguir alguns hits, eu vou amar. Ela pode mudar o cenário da música se jogar as cartas certas. A aclamação da crítica está chegando.

O autor do post ainda afirma que a americana está tendo o controle criativo do álbum, não quer nenhuma colaboração e que "ela está compondo sozinha também e quer que todas as músicas sejam escritas principalmente por ela com apenas alguns co-compositores".

What's wrong with being conceitual?

Tá todo mundo se pegando muito no novo clipe da Ariana Grande, "Everyday"

Ariana Grande não esperou nem o Oscar acabar pra lançar seu novo clipe. O vídeo de "Everyday", parceria com o rapper Future e quarto single do "Dangerous Woman", saiu na madrugada dessa segunda (27) e veio recheado de muita, muita, MUITA pegação! 

Na produção vemos alguns casais ficando de forma bem aleatória em ambientes comuns do dia à dia: tem gente se pegando na rua, na lavanderia, no trabalho e até no ônibus. Toda hora é hora e todo lugar é lugar. E, no meio disso tudo, enquanto muitos olham chocados para as pessoas se agarrando, Ariana faz aquela amiga que não tá beijando ninguém, mas comemora muito quando os amigos se dão bem. 

É importante destacar também a diversidade dos casais mostrados, que vão desde duas mulheres, passando por um par interracial e até dois velhinhos mandando ver! Amor (e pegação) é pra todo mundo mesmo! 



EVERYDAY, EVERYDAY, EVERYDAY! 

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