Ariana Grande deleta foto em estúdio com Lady Gaga após rumores sobre parceria

Começou o estresse no Mundinho ‘Rain On Me’ Brasil desde a tarde desta sexta (03), quando Ariana Grande repentinamente apagou sua foto em estúdio com Lady Gaga, com quem supostamente lançará em breve uma música nova, até então esperada para a tracklist do álbum “Chromatica”.

Postada em março, a foto havia sido publicada com uma mensagem de homenagem ao aniversário de Gaga, com Ariana a chamando de “anjo que literalmente mudou minha vida de tantas formas” e prometendo nos contar mais detalhes depois.


Sem a foto com Gaga, agora o perfil da cantora conta com uma foto sozinha publicada hoje, sem nenhuma legenda.


Será que deu ruim e o feat caiu? Será que a Gaga pediu pra apagar? Estariam as duas brincando com o imaginário dos fãs?

“Rain On Me” se tornou notícia antes mesmo de Lady Gaga lançar o primeiro single de “Chromatica”, “Stupid Love”, e, há alguns dias, foi também confirmada pelo produtor Tommy Brown, que falou sobre a música estar prestes a ser lançada.

Em anos anteriores, Gaga e sua equipe engavetaram parcerias por terem informações vazadas ou anunciadas previamente pelos artistas envolvidos. Alguns dos exemplos são suas parcerias com Azealia Banks e SOPHIE, que, até então, nunca viram a luz do dia. Já estamos torcendo pra que “Rain On Me” não tenha o mesmo destino.

Após acusações de estupro, Anitta deixa de seguir ex-BBB Felipe Prior e se defende em rede social

Um dos nomes mais comentados da atual edição do Big Brother Brasil, o ex-participante Felipe Prior virou assunto nesta sexta-feira (03) não por suas falas e ações no programa, mas, sim, por questões ainda mais graves: acusações de estupro e relatos de assédio de anos anteriores ao reality show, revelados nesta matéria exclusiva da revista Marie Claire.

Protagonista do maior paredão da história do programa, no qual competia com Manu Gavassi e Mari González, Prior contou com o apoio de inúmeras figuras públicas, incluindo jogadores de futebol como Neymar e Gabigol, além de cantores como Saulo Poncio, do UM44K, e até mesmo políticos, e agora, diante dos sérios relatos e acusações, o público questiona o silêncio das figuras públicas que tanto fortaleceram a sua imagem.

Um dos nomes que terminaram envolvidos na discussão, obviamente, foi da cantora Anitta, que seguiu Felipe em seu Instagram e chegou a convidá-lo para uma festa em sua casa. A artista que, como a maior parte do público, até então não tinha ciência dessas histórias, usou seu Twitter pra se manifestar sobre o assunto e declarar abominação aos atos de violência praticados pelo ex-BBB:

“Eu segui o Prior e mandei mensagem dizendo que a primeira festa que tivesse na minha casa ele tava convidado faz tempo”, disse a cantora. “Justamente porque, por um momento, achei que ele tinha se arrependido de comportamentos inadequados que teve na casa. (...) Assim como vocês, eu também não conheço ele. Por isso não fiz campanha nenhuma pra ninguém. Realmente as acusações que surgiram sobre ele são graves. Como uma mulher feminista, abomino qualquer ato de violência contra nós mulheres.”


Na rede social, a cantora, que também deixou de seguir o acusado, continuou o debate com alguns seguidores e, respondendo um usuário que frisou o fato de Felipe já ter apresentado comportamentos agressivos e machistas dentro da casa, comparou:

“Da mesma forma que tem gente do BBB que paga de feminista que todo mundo idolatra mas que já sentou comigo na mesa e me tratou que nem um pedaço de merda pq eu era ‘funkeira e rodada’.”

Atualmente, o nome de Felipe Prior é um dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil, ao lado de adjetivos como “estuprador”, “acusado” e “machista”. Usuários da rede social associaram o caso ao de outro participante do Big Brother que, em 2016, deixou o reality show e foi condenado por estupro de menor.

Luísa Sonza alcança o topo do Spotify Brasil e entra na parada global da plataforma com “Braba”

Pra quem chegou “Devagarinho”, com o perdão do trocadilho, Luísa Sonza está melhor do que nunca com os números de “Braba”, seu primeiro single após o disco “Pandora”, que rendeu hits como “Pior Que Possa Imaginar”, “Garupa” e “Fazendo Assim”.

Sob a produção do DJ Thai, com quem colaborou em “Cavalgada”, dela com Heavy Baile, o funk brilhou como um dos grandes hits espontâneos deste ano e, além do sucesso do clipe no Youtube, contou com um baita impulsionamento por conta dos famosos desafios de maquiagem na rede social ‘Tik Tok’, que fez com que a música alcançasse também o público internacional.

Com isso, “Braba” se tornou o primeiro single solo da cantora a atingir o topo do Spotify Brasil e, não contente, surgiu também entre as mais ouvidas da plataforma no mundo, atualmente na 159ª posição da lista global.

No clipe da faixa, dirigido criativamente pela própria cantora, Sonza encarna a líder de uma gangue feminina que se infiltra num club de strip pra matar alguns caras maus. O vídeo é um prato cheio pros fãs de produções com narrativa, coreografia e muito carão. Olha só:

Lindsay Lohan tá de volta e servindo pop de qualidade na maravilhosa “Back to Me”

Já são quinze anos desde a última vez que Lindsay Lohan lançou um disco, na época o segundo de sua carreira, “A Little More Personal”, que nos rendeu o single “Confessions of a Broken Heart”. E, aparentemente pronta pra outra, esta sexta (03) foi a escolhida pela atriz e cantora para voltar aos nossos braços ou, melhor dizendo, nos convidar para voltar aos dela ao som de “Back to Me”.

Depois de uma década longe das rádios, sempre bate aquele medo quanto a sonoridade que a artista retornará, se não virá soando como algo datado, tentando repetir acertos antigos ou jogando seguro com fórmulas batidas, mas Lindsay não dormiu em serviço e, apesar de todos esses anos distante da indústria, manteve os olhos e ouvidos atentos para voltar na melhor forma possível.

O time na produção, obviamente, tem seu crédito: Lindsay voltou sob os cuidados de Mark Ralph, nome por trás de hits como “Rockabye”, do Clean Bandit, e “Shine”, do Years and Years, além de ter colaborado com AlunaGeorge, Tove Lo e Marina, só pra citar alguns nomes, e a faixa ainda traz entre seus compositores a maravilhosa ALMA, cantora e compositora finlandesa que você provavelmente conhece pelas músicas “Chasing High” e “Karma”, senão, pelos feats dela com Charli XCX e Tove Lo, “Out of my Head” e “Bad As The Boys”. Só gente talentosa.

Pensando nessa galera, não fica difícil de entender a proposta de “Back to Me”, que acerta nessa pegada pop-chique com quê de novidade, ao mesmo tempo em que nos remete justamente a alguns trabalhos da própria ALMA e da sueca Tove Lo, o que é um baita elogio.

Pop de qualidade e muito bem servido, Lindsay Lohan nos trouxe, sim:

Passou perto! 5 Seconds of Summer barra Dua Lipa e estreia no primeiro lugar do Reino Unido com disco “Calm”

Bateu na traaave! Dua Lipa lançou há alguns dias seu segundo álbum, “Future Nostalgia”, e por uma diferença de 550 cópias, não chegou ao primeiro lugar da parada britânica de discos, barrada pela banda 5 Seconds of Summer e seu novo trabalho, “Calm”.


A disputa, como era de se esperar, foi bastante acirrada. Apesar da cantora estar em bastante exposição, principalmente pelos singles “Don’t Start Now” e “Physical”, os australianos são donos de uma fã-base majoritariamente adolescente e que, na semana de sua estreia, se dedicaram a mutirões e as chamadas “listening parties” (festas virtuais, nas quais se organizam para ouvirem os álbuns/singles coletivamente em diferentes horários do dia para impulsionarem seus números nas paradas), além de terem, com razão, surtado após supostas falhas no iTunes que teriam prejudicado seu desempenho inicial.

O segundo lugar do “Future Nostalgia”, mesmo sem liderar as vendas e audições britânicas, ainda representa uma performance e tanto, visto que o pico do seu trabalho anterior, o disco de estreia “Dua Lipa”, foi a terceira posição da mesma parada.

Para os meninos do 5SOS, por sua vez, o momento é de pura celebração. “Pelo momento em que o mundo se encontra agora, esperemos que nosso disco ‘Calm’ tenha trago felicidade e seja uma trilha sonora que estimulem vocês a saírem da cama. ‘Calm’ foi criado exatamente por esta razão. Todo nosso amor, fiquem bem e continuem levantando uns aos outros!”, disse a banda.

O feat que a gente pediu! Dua Lipa tá cantando em português com Anitta no novo remix de “Physical”

Dos anos 80 ao k-pop, chegando agora ao funk em 150, Dua Lipa não brincou quando começou a era “Future Nostalgia” nos convidando pra fazer alguns exercícios e, passada a estreia do disco, tem investido nos remixes pra conquistar ainda mais ouvintes ao redor do mundo.

A faixa escolhida para ganhar novas versões foi nada menos do que o segundo single do disco, “Physical”, e depois do remix com a cantora do girlgroup coreano Mamamoo, Hwa Sa, chegou a vez da brasileira Anitta dar o ar de sua graça numa edição ainda mais ousada, que transforma o nu-disco da britânica num funkão pra ninguém botar defeito.


Ainda que pareça inesperada, a parceria entre as duas tinha tudo pra acontecer: tanto Dua quanto Anitta são contratadas da Warner Music, selo responsável por viabilizar inúmeras outras colaborações da brasileira com artistas internacionais, e em sua última vinda ao país, a dona de “Don’t Start Now” falou bastante sobre a voz de “Bola Rebola” em suas entrevistas, confirmando que adoraria a oportunidade de cantarem juntas. E aconteceu! Olha só:



“Future Nostalgia” é o segundo disco da Dua Lipa e chegou aos streamings na sexta passada, dia 27, já colecionando títulos por conta do desempenho de todas as suas faixas no Spotify e Deezer globalmente.

Já Anitta, lançou no ano passado o disco “Kisses”, composto por colaborações e faixas solos em português, inglês e espanhol, o álbum ficou marcado pela colaboração com Ludmilla em “Onda Diferente” e, meses depois, foi sucedido por hits como “Faz Gostoso”, com Madonna, “Some Que Ele Vem Atrás”, com Marília Mendonça, e “Combatchy”, que uniu a cantora com Luísa Sonza, Lexa e MC Rebecca.

Serve y serve! “After Hours” tá aclamadíssimo e The Weeknd não para com músicas novas, disco deluxe e EP de remixes

Na sexta-feira (20), The Weeknd entregou ao mundo o que nem sabíamos, mas precisávamos, com seu quarto álbum de estúdio, "After Hours". O astro nos deu de presente este que já está ficando conhecido como hino oitentista, já que o álbum tem uma pegada realmente nostálgica em seus arranjos. Sua energia é de contagiar qualquer um! E, claro, o cantor também serviu conceito em seus clipes. Como sempre, um trabalho completo e "redondo", coeso do início ao fim.

Depois deste hinário, não é surpresa que o álbum foi aclamadíssimo pela crítica. Hoje a aclamação foi confirmada e o trabalho pegou o primeiro lugar na parada da Billboard e bateu o recorde de melhor estreia do ano, além de ser a melhor estreia de um álbum do próprio cantor. Seu segundo (e uma das músicas que mais grudam na cabeça de todo este trabalho), "Blinding Lights", também entrou nesta segunda (30) como #1 da mesma parada. Sente o nível!


Mas, se você acha que The Weeknd agora vai só curtir as consequências de seu último trabalho, achou errado! O cantor já lançou a versão deluxe do álbum com três novas faixas: "Nothing Compares", "Missed You" e "Final Lullaby". E ainda avisou que vai rolar um EP com vários remixes. Pensa num reizinho trabalhador... tudo que a gente precisa durante essa quarentena!

E aí, já ouviu o disco? O que achou? 

Crítica: para “Viveiro”, a vida perfeita no subúrbio é uma condenação

Atenção: a crítica contém spoilers.

Gostaria de começar esse texto com um apelo que, ao mesmo tempo, é uma confissão. Eu julgo filmes pelos seus pôsteres. É claro que não é apenas ele que me fará assistir à produção, mas definitivamente possui quase uma ciência por trás das artes feitas e como elas podem gerar sensações que serão (ou deveriam ser) refletivas no filme. Por exemplo, um filme de terror com um cartaz "alegre" vai vender uma imagem discrepante, não é verdade? Enfim, o que quero dizer é: distribuidoras, caprichem em seus pôsteres, eles podem ser essenciais na captura a atenção do público.

Foi isso que aconteceu com "Viveiro", o segundo filme do ainda desconhecido Lorcan Finnegan - e o primeiro co-roteirizado por ele. A arte de divulgação da obra é belíssima e intrigante ao mesmo tempo, o encapsulamento ideal para a história que estava ali: um casal - Gemma (Imogen Poots, assustadoramente fantástica no papel), uma professora; e Tom (Jesse Eisenberg), um jardineiro - está em busca da casa dos sonhos. Eles encontram uma imobiliária que promete o conjunto habitacional perfeito, o Yonder, onde "famílias com qualidade de vida vivem para sempre". Eles são conduzidos por um estranhíssimo corretor - Martin (Jonathan Aris) -, que, durante a visita a uma das casas, desaparece. O casal tenta ir embora, mas simplesmente não consegue encontrar a saída naquele labirinto de casas iguais e desertas.

À princípio, tudo parece ter alguma resposta lógica para o casal, contudo, quando eles decidem seguir o sol e voltam exatamente para a casa #9, onde começaram, descobrem que há algo de muito errado ali. No meio do desespero, Tom incendeia a casa, só para ela estar intocada no dia seguinte; e ainda há uma surpresa: uma caixa é depositada na frente da casa. Dentro, há um bebê e a instrução: "Cuide da criança e sejam liberados".


Há diversos pulos temporais dentro da narrativa, fincando âncoras lineares a partir do crescimento do garoto. Ele cresce em uma velocidade anormal, e em três meses já parece uma criança de sete anos. Não satisfeito, ainda possui um comportamento totalmente desconcertante, com uma voz que claramente não poderia ser dele e imitando todos os passos, gestos, falas e tons de voz que Gemma e Tom fazem. Sua forma principal de comunicar algo que precisa é por meio de um grito ensurdecedor, só interrompido quando consegue o que quer.

O garoto - interpretado na forma infantil por Senan Jennings - é in-su-por-tá-vel, e peça seminal na construção da atmosfera do local. O ambiente, assim como o menino, é esteticamente correto: as casas miraculosamente pintadas, os móveis projetados com zelo, o céu sempre com nuvens perfeitas, todavia, absolutamente tudo ali, com exceção de Gemma e Tom, soam artificiais. Já na primeira refeição na casa, o casal afirma que a comida tem gosto de nada, e é exatamente assim que exala todo o resto. É como viver dentro de uma casa de bonecas gigante: tudo parece muito real, mas é só tocar para saber que é plástico.

É curioso ver como a dinâmica do casal é severamente mudada conforme eles vão acumulando dias presos no Yonder: se no começo discutiam sobre todos os significados que estariam ali, eles perdem essa urgência de sentar e conversar sobre o que diabos está se passando. Há tentativas de quebra do sistema - eles escrevem uma mensagem de socorro enorme no telhado e ficam na porta esperando que a caixa com comida do dia surja -, mas o único objeto de discussão restante é o menino.

Tom prefere deixar que ele morra , um ato de revolta contra o que quer que seja que controle o local - e, também, porque o menino é intolerável -; já Gemma decide manter, e até proteger, o garoto. Isso faz com que um distanciamento da relação os separe de tal forma que, mesmo estando fisicamente próximos, seus objetivos ali são diferentes. Tom está cavando um buraco no jardim da frente após descobrir quem o solo é feito com uma estranha substância; e Gemma vive para cuidar do garoto, mesmo lembrando-o constantemente que não é a mãe dele.

Uma das cenas chaves para entender o filme é a da brincadeira de imitação. Gemma diz para o menino imitar as pessoas que ele conhece, incluindo quem quer que seja que deu um estranho livro para ele. Ao imitá-lo, o menino começa a se transformar em uma criatura, para o desespero de Gemma. O desenho da criatura, uma mistura de humano com pescoço anfíbio, está no livro, junto com um idioma claramente alienígena.


O último ato segue o garoto já adulto, e a comprovação do tema por trás da película surge quando ele levanta o chão (!), como um tapete, e foge por diversas outras dimensões iguais a de Gemma - várias outras casas iguais, mas com famílias diferentes. "Viveiro" é um filme de E.T.s. Recentemente lançado, já podemos encontrar várias debates sobre o que o longa quis passar nos insanos 97 minutos. Vamos entender.

A primeiríssima cena é um ninho de pássaros. Lá, vemos o que um cuco faz: eles, ao invés de construírem os próprios ninhos, roubam os já prontos, depositam seus ovos e deixam o pássaro que o fez cuidar dos filhotes como se fossem seus. Eles são parasitas naturais, roubando a identidade dos reais filhotes e gritando quando precisam ser alimentados. O menino é como o cuco. O título também descreve bem: "viveiro" é uma espécie de aquário que imita um habitat real, e é exatamente assim que Gemma e Tom vivem. Eles são cobaias de uma raça alienígena, que estuda como os humanos agem em uma das configurações mais primitivas da sociedade: a família.


Desde o advento do "american dream" na década de 30, vivemos em um ethos circular que é repetido incansavelmente: o meio nos diz que devemos casar, ter nossa moradia, nossos filhos, criá-los e então morrer. É um passo a passo doméstico muito bem traçado que dita o que será uma vida de sucesso e fracasso. Dentro dos gêneros, o homem é o responsável pelo sustento dessa valsa, enquanto a mulher é quem cuida dos filhos, até que eles possam executar sozinhos o mesmo trajeto. Os aliens estão observando as cobaias desempenharem exatamente esse papel: Gemma cuida do garoto enquanto o trabalho de Tom é cavar o buraco aparentemente sem fim.

Bem no início, na cena da escola, há um diálogo importantíssimo entre Gemma e uma garotinha que encontra dois passarinhos mortos no chão.

- Quem fez isso com esses filhotinhos?
- Eu não sei. Talvez tenha sido um cuco.
- Por quê?
- Porque ele precisa de um ninho.
- Por que ele não faz o próprio ninho?
- Porque a natureza é assim, é como as coisas são.
- Eu não gosto como as coisas são. Elas são horríveis.

A conversa é um exemplo bem lúdico do que o Determinismo tenta explicar. O princípio diz que tudo o que existe na natureza está ligado entre si por rígidas leis universais que excluem o acaso, e que não existe nada que possa frear o que está feito para acontecer. O Determinismo também prega que até mesmo a vontade humana é totalmente predeterminada pela natureza, ou seja, a liberdade é uma ilusão coletiva. E todos esses conceitos caem como uma luva na trama de "Viveiro": Gemma e Tom são apenas experiências incapazes de escapar da força superior das criaturas que projetaram aquele viveiro. Elas só devem seguir o fluxo até que a tarefa ali - criar o menino - seja completada.

O diretor diz, em uma entrevista sobre o trabalho, que o consumismo está consumindo a humanidade. Estamos tão mecanicamente condicionados a uma mesma estrutura de vida que acabamos presos em uma sequência que parece ser a liberdade, o sonho comum, mas só parece. O Transcendentalismo, que provavelmente foi fonte para as postulações do roteiro, critica exatamente esse ponto: eles vão a fundo no ataque ao modelo americano de vida - que é reproduzido ao redor do mundo. Henry David Thoreau, autor do livro "A Vida nos Bosques" - uma das inspirações do filme "Na Natureza Selvagem" (2007) - defende que o homem moderno deve diminuir suas necessidades materiais, que o afasta da conexão com a essência. Dentro de um simulacro da vida ideal, o casal protagonista enxerga as amarras que sempre estiveram ali.

Estamos vivenciando uma fase interessante na mistura de horror e ficção científica - "Sob a Pele" (2013), "Coerência" (2013), "Aniquilação" (2018) -, casando criatividade com as colunas dos dois gêneros: atmosfera e reflexão. "Viveiro" sem dúvidas não é um longa para qualquer paladar: é uma fita lenta, estranha, sufocante e que não vai entregar seus segredos de mão beijada. Sua beleza imagética esconde toda sua bizarrice com uma estética que passeia por "Edward Mãos de Tesoura" (1990) e "O Show de Truman" (1998), e transforma a casa própria, uma das mais desejadas paisagens, em um verdadeiro labirinto em que cada esquina é um pesadelo.


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Doja Cat conquista seu primeiro Top 10 na Hot 100 americana com o hit "Say So"

Ela conseguiu! Uma das maiores revelações de 2020, "Doja Cat" chegou com tudo e conquistou seu primeiro Top 10 da Billboard Hot 100, a principal parada de singles dos Estados Unidos, com o hino disco "Say So", de acordo com atualização divulgada nesta segunda-feira (30). 

A música, que vinha escalando o chart nas últimas semanas, alcançou a 9ª posição e certamente deve continuar a crescer, já que tem contado com bastante apoio das rádios e muitos streams nas plataformas. 

O sucesso de "Say So" começou no aplicativo TikTok, onde os usuários, em sua maioria jovens e adolescentes, criam danças e #challenges com diversas músicas. Daí em diante, a canção só cresceu: escalou o Spotify e ganhou um videoclipe lindíssimo, combinando com a vibe disco da faixa. 


Já podemos dizer que o prêmio de Best New Artist do Grammy tá chegando?

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