Twenty One Pilots faz show épico no Lolla Brasil 2019 e entra pra história do festival

Foto: Diego Baravelli/G1

A última visita do Twenty One Pilots, dupla formada por Tyler Joseph e Josh Dun, ao Lollapalooza rolou em 2016. Na época, os caras estavam fazendo turnê do disco "blurryface" e viviam o auge do sucesso de "Stressed Out", quando começaram a ser notados pelo grande público. Então, em 3 anos eles saíram de apenas mais um show de tarde para pré-headliners do Lolla. Tá bom, né?

Após assistirmos ao show do duo nesse domingo (07), ficou fácil entender o porquê de todo esse crescimento em tão pouco tempo: mais do que ter ou não hits - o atual disco do duo, "Trench", não teve nenhum grande sucesso, por exemplo - eles tem uma fã base dedicada e uma vontade infinita de agradecer à todo esse apoio fazendo absolutamente tudo para transformar às 1h30 de show no melhor momento da vida de quem está lá. 

E quando nós falamos que eles fazem de tudo, nós estamos falando tudo MESMO. 

Após a entrada ensurdecedora de "Jumpsuit", Tyler, vocalista da banda, viu o potencial dos brasileiros para fazer desse o melhor show do grupo e aqueceu a galera ao som de "We Don't Believe What's On TV": "vamos ver se vocês conseguem cantar mais alto do que os outros países da América Latina", ele disse. 

Em "Nico And The Niners", sexta música, Tyler já estava descendo e andando pela plateia. Mal acabou a faixa e ele voltou pra galera, dessa vez sendo erguido pela multidão de fãs ao som de "Holding On To You". Também teve coro altíssimo para "Stressed Out" e "Ride", tentativa de português de Josh, o baterista, e muitos "ooohhs" e "yeeeeys" no estilo "repitam comigo!". 

Só aí o sucesso do show já estaria garantido, né? Mas os caras fizeram mais: Josh também quis se jogar na galera, mas de uma forma diferente. Ele levou uma versão um pouco mais compacta de sua tradicional bateria para a plateia (sim!) e tocou enquanto seus fãs o sustentavam. E como se isso não fosse suficiente, ainda tivemos Tyler subindo em uma estrutura de metal altíssima ao som de "Car Radio", uma das músicas mais emblemáticas do Twenty One Pilots.


Depois de tantas loucuras, o show não poderia terminar de outra forma se não com uma chuva de confetes, no estilo mais farofeiro possível. E em meio à declarações de amor da banda para o público, tivemos a certeza de que presenciamos algo que entrou para a história da edição brasileira. Tyler e Josh, voltem logo (e, de preferência, como headliners mesmo). 

No Lollapalooza, The Struts prova que o “novo” rock ainda tem vez nos grandes festivais

Fotos: Camila Cara (Equipe MRossi / Divulgação)

Quem já acompanha o Lollapalooza há muitos anos, sabe que as tardes do festival sempre reservam algumas surpresas bem positivas e que, muitas vezes, passam batido por quem só vai ao festival tendo os headliners em mente.

Felizmente, essa surpresa não passou despercebida por quem topou com o palco Budweiser na tarde deste domingo (07), último dia do festival, e conferiu o som da banda The Struts.

Com repertório marcado pelos discos “Young and Dangerous” (2018), “One Night Only” (2017) e “Everybody Wants” (2016), a banda veio armada até os dentes para manter o público entretido e, quando não o fazia com suas músicas, que pegavam na boca do público tão logo chegasse o primeiro refrão, se apoiava nos artifícios já manjados para eventos como esse, mas que funcionavam como de praxe: dos gritos puxados pelo vocalista aos movimentos ensaiados com as mãos. Rolou até um agachamento e pulo coletivo. Isso tudo antes das 5 da tarde.


Dois dos hits mais aguardados do último álbum, “Body Talks”, que também tem uma versão com a Kesha, e “Primadonna Like Me” foram entregues logo no início do set, levando o público a loucura e, desde já, antecipando que eles teriam muito mais a explorar. E tiveram. “Fire”, do mesmo álbum, rendeu um coro contagiante, e ainda sobrou tempo para um cover de “Dancing In The Dark”, do Bruce Springsteen, personalizada até a última nota para soar como mais uma faixa do seu repertório.

O forte da banda, por sua vez, fica nas mãos do vocalista Luke Spiller: um roqueiro porralouca que, aos 30 anos, invoca o melhor do que já houve à frente do rock em décadas anteriores, numa mistura que vai do Freddie Mercury ao Mick Jagger, ambos nomes que o próprio assume ter imitado muito na frente do espelho na adolescência.


Perto do show acabar, a banda, que nos últimos anos esteve em turnê com artistas como The Who, Guns N’ Roses e Foo Fighters, perguntou ao público quem estava vendo-os pela primeira vez e quem gostaria que voltassem mais vezes. A resposta, para as duas perguntas, foi a mais positiva possível, cravando a teoria de que The Struts é a melhor oportunidade praqueles que ainda torcem o nariz para as novas apostas do rock: são, sim, novos, e soam como tal, ao mesmo tempo em que resgatam o que já aconteceu de mais grandioso no gênero.

Iza estreia no Lollapalooza Brasil como a diva pop que o Brasil merece


Foto: Fábio Tito/G1

O palco Adidas do Lollapalooza Brasil ferveu nesse domingo (07) com a performance da maravilhosa Iza: com uma estrutura poderosa entre banda, dançarinos e projeções, a cantora proporcionou uma apresentação digna de uma diva pop para o público do festival, que compartilhava cada verso com ela a plenos pulmões. O setlist incluiu seu disco de estreia, "Dona de Mim", e covers de Rihanna e Lady Gaga.
É incrível ver o crescimento de Iza desde o lançamento de seus primeiros singles. "Pesadão" e "Ginga" foram os primeiros passos para essa jornada linda que trouxe a cantora até o Lollapalooza, representando o que há de mais potente na música pop nacional. Foi emocionante acompanhar uma multidão inteira cantando e dançando suas faixas favoritas do álbum, com destaque para "Rebola""Bateu" e a faixa-título "Dona de Mim".
Um dos momentos mais especiais do show foi em "Pesadão", que veio seguida de uma projeção com o icônico discurso de Martin Luther King, "I Have A Dream" - mensagem de empoderamento que deixa clara a postura de Iza perante as dificuldades do momento político do país. A performance incluiu a participação de Marcelo Falcão, que entrou no palco acompanhado de gritos enlouquecidos do público.

Iza ainda cantou "What's My Name", da Rihanna, e "Bad Romance", de Lady Gaga, para delírio dos amantes de um bom clássico do pop. Nem precisamos dizer que os covers ficaram lindos na voz dela, né? Queremos as duas notando a nossa diva brasileira pra já!

Infelizmente, esse domingo foi o último dia de Lollapalooza 2019. Já estamos morrendo de saudade </3 Visite o nosso Instagram para ver todos os destaques do festival. Volta logo, Lolla!

Post Malone faz rap emo e leva Kevin, O Chris para o horário principal do Lollapalooza 2019

Foto: Fábio Tito/G1

O visual de adolescente branco perdido no tempo até engana, mas Post Malone tem, sim, muito o que mostrar, e provou isso com seu show no finalzinho de noite deste sábado, 06, no Lollapalooza.

Aos gritos dos fãs, em sua maioria recém-chegados à maioridade, e sob a mira de milhares de celulares, o cantor já abriu o show com um de seus principais hits, a ótima “Psycho”, e sentindo a recepção mais do que positiva do público, desabrochou como uma criança em frente a um novo brinquedo: agradeceu inúmeras vezes pelo carinho, prometeu mais de uma que voltaria em breve ao país, fumou, não tirou o sorriso do rosto e até arriscou algumas dancinhas.

A alegria do músico, por sua vez, contrastava com as letras de seus sucessos: tanto o disco de estreia “Stoney”, de 2016, quanto o hypado “beerbongs & bentleys”, do ano passado, são fortes representantes da ascensão emo no rap, tendo como alguns de seus hits outros pontos altos da noite, incluindo “Better Now” e, claro, a conhecidíssima “Rockstar”.

De surpresa, as batidas emprestadas da trap music foram interrompidas duas vezes durante o show. A primeira para a performance de “Stay”, uma das melhores de seu repertório, toda no violão; a segunda com a chegada do funkeiro carioca Kevin, O Chris, convidado para apresentar duas músicas que Post Malone não parou de ouvir desde que chegou ao país, os hits “Vamos pra gaiola” e “Ela é do tipo”.


Precursor no movimento do funk em 150BPM, o músico não escondeu a emoção e nervosismo, surpreso pela reação do público e, também, pelo entusiasmo do rapper americano, que dançava e sorria mais feliz do que nunca por co-protagonizar aquele momento, que repetiu o efeito da parceria entre Jack Ü (Skrillex e Diplo) e MC Bin Laden no Lolla de 2016.

Passado o momento Lolla da Gaiola, o show retomou sua programação normal: Post dominou o palco com “White Iverson”, que disse ser sua única música boa, emendou a sua faixa para “Homem-Aranha”, “Sunflower”, e deixou o festival com os hits “Rockstar” e “Congratulations”, não sem antes quebrar um violão, pular no público e, de novo, só pra garantir, prometer que voltaria em breve aos solos brasileiros. Mal podemos esperar.

Liniker e os Caramelows trouxeram um show lindo para a história do Lollapalooza Brasil


Foto: Diego Baravelli/G1

Na última edição do Lollapalooza Brasil, em 2018, a cantora Liniker acabou encerrando sua apresentação no festival antes do previsto, por questões técnicas - mas dessa vez, ela e sua banda, Os Caramelows, conseguiram entregar um show completo, cheio de energia e emoção para a multidão que chegou cedo para assisti-los nesse sábado (6).
Transitando com facilidade entre seu repertório mais suave e mais dançante, Liniker compartilhou os seus vocais poderosos com o público durante os sons mais conhecidos como "Zero""Calmô" e "Tua", e arrancou lágrimas com as faixas mais emotivas, como "Deixa Eu Bagunçar Você". A qualidade de som da banda foi impecável, e junto à voz inconfundível da cantora, trouxeram uma apresentação de uma potência épica.

Seguindo os gritos de "Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*" - que estão se tornando bem comuns durante os shows do festival - Liniker ainda discursou sobre o período difícil de resistência que estamos enfrentando no país: "é para isso que a gente tá aqui, para resistir", disse à plateia, que vibrava junto à ela.
O Lollapalooza 2019 continua até domingo, com shows da poderosa Iza, do rapper Kendrick Lamar e muito mais. Acompanhe a nossa cobertura no Instagram para não perder nenhum destaque do festival!

Duda Beat abre 2º dia de Lollapalooza com pop virilhante e protesto por Rennan da Penha

Foto: Mila Maluhy

Se para os artistas consolidados no pop brasileiro falar em assuntos políticos é um dos seus piores pesadelos, para aqueles que ainda buscam seu lugar ao sol, tocar nesses assuntos se torna quesito obrigatório. Sendo assim, foi na abertura do Lollapalooza deste sábado (06) que a pernambucana Duda Beat cumpriu com o requisito: fez, pelo telão, provocações ao governo Bolsonaro, relembrou a ditadura de 64 e, de quebra, ainda pediu por liberdade ao DJ Rennan da Penha, acusado de envolvimento com tráfico de drogas em meio a cruzada das autoridades contra o funk e os bailes de rua.


Uma das últimas boas revelações da música nacional, Duda canta um pop sofrência pra dançarmos enquanto lembramos daquele amor que não superamos. Seu disco “Sinto Muito” figurou entre os melhores registros do último ano e, com tamanho hype, garantiu dois hits pra brasileira: “Bixinho”, que encerra seu show, e “Bédi Beat”.


No Lolla, apesar das letras tristes, o clima era de festa: a cantora conta com a participação de uma grande banda e um balé pra lá de diverso que, somando a sua encantadora presença de palco, mal permitem que pisquemos os olhos.

Atração de abertura do palco Adidas, que na sexta (05) já havia recebido artistas como St. Vincent e Troye Sivan, a pernambucana não escondeu a felicidade em ver a quantidade de público que atraiu ao Autódromo de Interlagos e, retribuindo o carinho, economizou até mesmo nas falas. “Temos pouco tempo e quero cantar tudinho pra vocês.”

Além dos hits de seu primeiro CD, o repertório trouxe a parceria com Omulu em “Meu jeito de amar”, um bregafunk romântico em 150BPM, a versão abrasileirada de Lana Del Rey em “Chapadinha na praia” e a inédita “Chega”, que contou com a participação especial dos músicos Jaloo e Mateus Carrilho, com quem divide os vocais da faixa.


No fim, quem ainda não conhecia a cantora, muito provavelmente deixou o festival disposto a garimpar o que os streamings têm a oferecer sobre ela, enquanto quem já conhecia só confirmou que seus hits da internet conseguem soar ainda mais envolventes e virilhantes ao vivo. Um nome que, de certo, já assinou passaporte para muitos outros Lollapaloozas.

BLACKPINK tem melhor estreia entre grupos femininos e artistas de K-pop no Spotify com “Kill This Love”

BLACKPINK in your area! 

Na última quinta-feira (04), as meninas do girl group de K-pop BLACKPINK lançaram seu mais novo single, “Kill This Love”, com direito a um clipe mega produzido. E elas tem muito que comemorar, porque além da música ser ótima, conquistou números incríveis no Spotify.

A contagem das primeiras 24 horas de “Kill This Love” saiu e temos um resultado surpreendente. A música estreou no #4 lugar da parada global do Spotify, acumulando mais de 4 milhões de streams. Assim, as garotas passam a deter não só o recorde de melhor estreia de um grupo feminino por lá, como também de melhor artista de K-pop, no geral. 

Além desse feito bem legal, no iTunes norte-americano o grupo também se deu bem. O BLACKPINK se tornou o primeiro girl group feminino a chegar ao topo do chart desde as Destiny’s Child com “Lose My Breath”, há 15 anos! Já não era sem tempo, né? 



BLACKPINK realmente é a revolução!

Lenny Kravitz mostra que é um verdadeiro popstar no palco do Lollapalooza 2019

Foto: Diego Baravelli/G1

O show do Lenny Kravitz nesse sábado (06) de Lollapalooza foi uma grande amostra de porque ele tem 30 anos de carreira consolidada: ele canta, dança, toca e até enxuga o chão (é sério!).

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O setlist foi curtinho. Foram 11 músicas, em sua maioria clássicos da carreira do cantor, espalhadas por pouco mais de 1 hora e 15 minutos de show. O motivo? Lenny quis aproveitar a maior quantidade de tempo possível pra mandar vários solos de guitarra, dar espaço para sua banda arrasar em solos também e interagir com a plateia.

Por falar em interação, o artista veio focado. Durante seu show, ele avisou: “nós viemos aqui para nos conectar com vocês e só vamos embora quando isso acontecer”. Dito e feito. Lenny não aceitou apenas o coro de seus hits, como “Fly Away” e “It Ain’t Over ‘Till It’s Over”. Em “Let Love Rule”, por exemplo, ele desceu do palco e foi de um a um até achar alguém que pudesse cantar o refrão da música. Insistente, ele repetiu diversas vezes o trechinho, até conseguir que todo mundo cantasse junto. Missão cumprida. 



Em outro momento, Lenny comentou sobre as chuvas que quase pararam o segundo dia de Lollapalooza 2019. “Obrigada por aguentarem a chuva durante o dia todo. Apreciamos muito vocês”, ele disse. E no maior estilo “se você quer algo bem feito, faça você mesmo”, ele saiu enxugando o chão molhado do palco pra poder dançar melhor. 

Amigo de Jorja Smith, Lenny aproveitou uma brecha em seu set pra mandar um beijo pra britânica, que se apresentava no palco Adidas: “quero enviar todo o meu amor para a Jorja Smith. Não acredito que eu e ela estamos nos apresentando no mesmo horário”, ele comentou. Rolou também um cover do Bob Marley e um “shout out” para seu amigo de colegial Slash, lendário guitarrista do Guns n’ Roses, ao apresentar a música “Always On The Run”, uma composição dos dois. 

Com uma personalidade forte daquelas que a gente nem precisa falar porque transparece no rosto, muita disposição e elegância, Lenny conseguiu reanimar o público depois da chuva que quase fechou o festival e mostrou que ainda tem pique pra mais 30 anos de carreira.

Com naturalidade, leveza e muitos sorrisos, Jorja Smith se consolida como a maior revelação do Lolla 2019

Foto: Felipe Tito/G1

Não tão conhecida do grande público, a novata Jorja Smith era uma das principais apostas desse Lollapalooza 2019. E, depois do show encantador que ela deu nesse sábado (06) de festival, dá pra dizer que essa aposta da produção foi mais do que certeira.




Apesar de suas músicas incríveis, com letras poderosas e delicadas, Jorja não faz um som daqueles para dançar. Por isso, rolava o perigo de que seu show, praticamente todo composto por faixas de seu primeiro disco, "Lost & Found", acabasse ficando paradão e não empolgando. Mas isso não chegou nem perto de acontecer, graças ao carisma e presença de palco da cantora. 

Com uma banda pequena pra dar apenas uma base, a artista de 21 anos tomou pra si a responsabilidade de fazer uma boa estreia no Lollapalooza Brasil e em terras tupiniquins.

Mais do que animar seus fãs, que compareceram em peso, ela soube conquistar todo mundo que passava pelo palco Adidas: chegou uniformizada com a camisa da seleção brasileira e uma saia verde de bolinhas amarelas, apostou em arranjos puxados para a bossa-nova, e ainda rebolou bastante, para gritos da plateia.

Entre sorrisos, Jorja atingiu notas com uma facilidade que impressiona, tanto nas mais conhecidas como "On My Mind" e "Blue Lights", quanto nas viciantes "Teenage Fantasy" e "Where Did I Go?", essa última com direito a aparição da cantora Liniker no telão curtindo muito. A britânica ainda usou de dois trunfos para cair ainda mais nas graças da galera: ela apresentou um cover de "Lost", do Frank Ocean, e de "No Scrubs", do TLC. 



Ao final do dia, não dava pra negar: Jorja Smith conquistou, com leveza e naturalidade, o posto de maior revelação do Lollapalooza 2019.

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