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No Lollapalooza, The Struts prova que o “novo” rock ainda tem vez nos grandes festivais

Com repertório marcado pelos discos “Young and Dangerous”, “One Night Only” e “Everybody Wants”, a banda veio armada até os dentes para manter o público entretido.
Fotos: Camila Cara (Equipe MRossi / Divulgação)

Quem já acompanha o Lollapalooza há muitos anos, sabe que as tardes do festival sempre reservam algumas surpresas bem positivas e que, muitas vezes, passam batido por quem só vai ao festival tendo os headliners em mente.

Felizmente, essa surpresa não passou despercebida por quem topou com o palco Budweiser na tarde deste domingo (07), último dia do festival, e conferiu o som da banda The Struts.

Com repertório marcado pelos discos “Young and Dangerous” (2018), “One Night Only” (2017) e “Everybody Wants” (2016), a banda veio armada até os dentes para manter o público entretido e, quando não o fazia com suas músicas, que pegavam na boca do público tão logo chegasse o primeiro refrão, se apoiava nos artifícios já manjados para eventos como esse, mas que funcionavam como de praxe: dos gritos puxados pelo vocalista aos movimentos ensaiados com as mãos. Rolou até um agachamento e pulo coletivo. Isso tudo antes das 5 da tarde.


Dois dos hits mais aguardados do último álbum, “Body Talks”, que também tem uma versão com a Kesha, e “Primadonna Like Me” foram entregues logo no início do set, levando o público a loucura e, desde já, antecipando que eles teriam muito mais a explorar. E tiveram. “Fire”, do mesmo álbum, rendeu um coro contagiante, e ainda sobrou tempo para um cover de “Dancing In The Dark”, do Bruce Springsteen, personalizada até a última nota para soar como mais uma faixa do seu repertório.

O forte da banda, por sua vez, fica nas mãos do vocalista Luke Spiller: um roqueiro porralouca que, aos 30 anos, invoca o melhor do que já houve à frente do rock em décadas anteriores, numa mistura que vai do Freddie Mercury ao Mick Jagger, ambos nomes que o próprio assume ter imitado muito na frente do espelho na adolescência.


Perto do show acabar, a banda, que nos últimos anos esteve em turnê com artistas como The Who, Guns N’ Roses e Foo Fighters, perguntou ao público quem estava vendo-os pela primeira vez e quem gostaria que voltassem mais vezes. A resposta, para as duas perguntas, foi a mais positiva possível, cravando a teoria de que The Struts é a melhor oportunidade praqueles que ainda torcem o nariz para as novas apostas do rock: são, sim, novos, e soam como tal, ao mesmo tempo em que resgatam o que já aconteceu de mais grandioso no gênero.
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