Album Review: Taylor Swift, “reputation”

“Eu juro que não amo o drama, é ele quem me ama”, canta Taylor Swift em “End Game”, segunda faixa do disco “reputation”. Introduzido ao público pela vingativa e dançante “Look What You Made Me Do”, o álbum que anuncia a morte da antiga Taylor é também o que busca ressuscitá-la em seu imaginário, mas desta vez com a sua versão sobre várias histórias.

Em seu prólogo, ela explica: “nós pensamos que conhecemos alguém, mas a verdade é que só conhecemos a versão que eles escolheram nos mostrar (...) Nós nunca somos apenas bons ou ruins. Somos mosaicos das piores e melhores versões de nós mesmos, nossos segredos mais profundos e nossas histórias favoritas para contar num jantar, existindo em algum lugar entre nossa foto boa para o perfil e aquela da carteira de motorista”.

“Tenho estado sob os olhos do público desde os meus 15 anos. Tive a sorte de fazer música para viver e ver multidões apaixonadas e vibrantes, mas no outro lado da moeda, meus erros têm sido usados contra mim, minhas decepções sido usadas para entretenimento, e minhas composições sendo vistas como uma exposição excessiva.”


“Não haverá maiores explicações”, ela adianta. “Apenas a sua reputação”. E assim seguimos, sob as produções de Jack Antonoff, Max Martin e Shellback, para descobrirmos o que ela tem a nos dizer.



Esta é nossa resenha faixa-a-faixa para o álbum “reputation”:

“...Ready For It?”

Logo em sua intro, a música é tomada por batidas eletrônicas impactantes, agressivas. Os synths distorcidos nos lembram do som de suspense que antecede a chegada do monstro Demogorgon, na série da Netflix, “Stranger Things”, até que Taylor nos pergunta: você está pronto pra isso?

Apesar do soco de seus primeiros segundos, o refrão é bem mais contido do que esperávamos, remetendo, tanto lírica quanto sonoramente, a faixa “Wildest Dreams”, do seu álbum anterior. Então sim, podemos dizer que estamos prontos.


“End Game”

“Nós temos uma grande reputação”, canta Taylor, quase que em tom de celebração. Primeira e única parceria do disco, a música se afasta da proposta vingativa de “Bad Blood”, do álbum anterior, para uma espécie de reunião entre pessoas mal faladas - neste caso, ela, Ed Sheeran e o rapper Future. E ainda que fale sobre seus inimigos, termina numa declaração amorosa, onde as vozes da faixa já não querem mais ser opções para a outra pessoa. “Quero ser o fim dos seus joguinhos.”

Ed Sheeran, que vez ou outra arrisca uns raps em suas canções, já havia colaborado com Taylor Swift na fofa “Everything Has Changed” e, desde o lançamento do álbum “Divide”, assumiu uma postura bastante prepotente com a imprensa, de forma que se encaixa bem no espaço que a cantora abre para sua nova fase. Sua participação aqui também lembra uma de suas influências nas investidas pop, Justin Timberlake, principalmente pela confiança como entoa os versos, não usual em sua própria discografia. Um dos grandes e inesperados acertos do disco.

“I Did Something Bad”

A mesma Taylor Swift que atendeu ao telefonema de “Look What You Made Me Do” é quem está no controle por aqui. Com vocais distorcidos, batidas pulsantes e um violino que ascende durante toda a faixa, “‘Something Bad” traz sua confissão de que, apesar de ter sido acusada por fazer algo ruim, ela gostou disso e faria outra vez. 

Essa é a primeira faixa do disco que, aparentemente, trata da sua desavença com o rapper Kanye West. A referência mais notável é o verso “se um homem diz asneiras, eu não devo nada pra ele”, que conversa abertamente com a letra original de “Famous”, em que ele dizia “eu acho que Taylor Swift me deve sexo, eu tornei essa vadia famosa”.

Neste caso, o “algo ruim” pelo qual foi acusada foram as contradições sobre o assunto, como o fato de ter aprovado seus versos numa ligação com Kanye West e, posteriormente, dito não ter sido avisada sobre a música. É um dos arranjos mais empolgantes do disco, mas a letra cai em clichês que mais parecem um compilado de legendas para o Instagram.


“Don’t Blame Me”

Lana Del Rey e Banks entram num bar. “Blame” tem bastante influência das faixas do australiano Flume (ouvir “Say It”, dele com a Tove Lo, e “Never Be Like You”, com a cantora kai), enquanto a cantora faz confissões sobre seus exageros passionais, uma vez que, após brincar com caras mais velhos e partir corações, ela foi pega por um sentimento intenso de verdade. “Que deus me salve, porque minha droga é o meu amor e eu vou usá-la até o fim da minha vida.” Outro ponto alto do disco.

“Delicate”

É interessante que, apesar da sonoridade tropical já datada, Taylor Swift consegue tornar “Delicate” um bem-sucedido experimento, especialmente pela forma como trabalha seus vocais, aqui acompanhados de um efeito chamado vocoder, que o parte em vários pedaços, como um coral. Mais vulnerável que boa parte do disco, a música fala sobre ela se abrir para um novo amor, que deverá amá-la por o que ela é, não por o que outras pessoas falam sobre, e quando volta para o assunto amor, a cantora tem seu ápice lírico, sendo essa uma das melhores letras do disco até aqui.


“Look What You Made Me Do”

Ao longo do disco, é comum ver Taylor Swift assumindo poucas de suas ações. Em “End Game”, ela canta sobre o que seus inimigos falam sobre ela, em “I Did Something Bad”, ela afirma que eles acham que ela fez algo ruim e, em “Don’t Blame Me”, ela pede pra não ser considerada culpada por suas ações. E o mesmo, como você sabe, se repete em “Look”, no qual ela declara: olha o ponto que você me fez chegar, olha o que você me fez fazer.

Um dos seus primeiros-singles mais inesperados de toda a carreira, traz a primeira aparição do produtor Jack Antonoff no disco e constrói uma narrativa apoteótica sob o arranjo de “I’m Too Sexy”, do Right Said Fred, com quês de “Operate”, da cantora Peaches.

Passada tantas faixas com sonoridades experimentais para a discografia da cantora, é aqui que ela, enfim, anuncia: a velha Taylor está morta. Mas isso não dura muito tempo.

“So It Goes…”

No livro “Matadouro 5”, originalmente lançado sob o título “Slaughterhouse Five” (1969), de Kurt Vonnegut, a expressão “so it goes” é usada sempre que uma morte acontece, como uma forma de pular para outro assunto. A alusão aqui faz sentido, como se essa fosse uma forma de Taylor virar a página e, assim como fez em “Look What You Made Me”, dar um fim ao que deixou pra trás.

Em 2016, a cantora havia chamado a atenção do público ao usar o termo “slaughtered”, que pode ser traduzido como “trucidada”, ao falar sobre a forma como a mídia tratava os seus encontros.

De volta às mãos de Max Martin e Shellback, a faixa abre um novo momento do disco que, daqui pra frente, soará como um lado B do seu trabalho anterior, “1989”, com toda uma sonoridade e lirismo que, facilmente, poderiam se encaixar no antigo trabalho. Como era de se esperar, a velha Taylor não está tão morta assim.

“Gorgeous”

Agora que está numa relação estável, Taylor também se permitiu cantar sobre isso e, numa audição do novo disco com alguns fãs, fez questão que soubessem e espalhassem quem era a inspiração desta faixa, seu atual namorado.

Musicalmente, “Gorgeous” lembra bastante “Blank Space”, do “1989”, de forma que, por conta de sua letra positiva, a música faz um contraponto interessante com a anterior, agora sobre um amor que é tão, mas tão bom, que até faz com que ela sinta como se fosse demais. “Não há nada que eu odeie mais do que o que eu não posso ter.”


“Getaway Car”

Quando ela viveu um relacionamento com o ator Tom Hiddleston, houveram muitos rumores de que essa aproximação havia começado antes dela terminar com o produtor Calvin Harris, e nesta faixa, Taylor trata justamente de um triângulo amoroso fadado ao fracasso.

Em várias composições, como “Blank Space” e “...Ready For It”, a cantora demonstra bastante convicção sobre saber como seus relacionamentos terminarão e, neste caso, ela sabe que está caminhando para algo complicado. “Nada que é bom começa em um carro de fuga”, diz em seu primeiro verso.

Segunda aparição de Jack Antonoff no disco, a faixa sampleia Hilary Duff e soa como uma típica canção da sua própria banda, Bleachers, que poderia ser facilmente cantada por Lorde ou Carly Rae Jepsen, e inevitavelmente figura entre uma das melhores do disco.


“King of My Heart”

No embalo do disco, “King” parece mais uma produção de Jack do que dos seus reais produtores, Max Martin e Shellback. A faixa é mais uma demonstração sobre o quanto Taylor está feliz com seu relacionamento atual, fazendo mais menções aos seus antigos namoros, para agora dizer que, enfim, encontrou o homem da sua vida.

“Seria esse o fim de todos os términos? Meus ossos partidos estão se curando com todas essas noites que passamos juntos. Em cima do telhado, com essa paixonite de escola, bebendo cerveja em copos de plásticos. Diga que me ama extravagantemente, não me dê extravagâncias. Querido, tudo de uma só vez, isso é o suficiente.”

“Dancing With Our Hands Tied”

Apesar de estar vivendo o amor que sempre sonhou, Taylor ainda se preocupa em se tornar um fardo para esta pessoa. Conversando com outras músicas de sua discografia, incluindo o verso “encoste em mim e você nunca mais estará sozinho”, de “...Ready For It?”, ela pesa o fato de que, ao seu lado, o cara provavelmente lidará com uma superexposição e, por outro lado, comemora o quanto eles têm se dado bem com tudo isso.

“Nós estamos dançando, dançando com nossas mãos atadas, sim, estamos dançando, como se fosse pela primeira vez.”

Ainda em contato com seu disco anterior, o primeiro assumidamente pop de sua carreira, “Dancing” soa como uma evolução natural para o que a cantora já havia nos mostrado, nem tão agressiva quanto as músicas que abriram o disco ou óbvias quanto as faixas que a antecedem. Seus primeiros versos são carregados por uma batida pulsante, até que ela dá uma guinada em seu pré-refrão e, já no refrão, ganha sintetizadores mais próximos do que escutamos no pop atual, como Chainsmokers e, outra vez, Flume.


“Dress”

Já que o clima tá bom, vamo transar. Por seu público mais jovem, foram poucas às vezes que Taylor Swift falou sobre sexo em suas canções e, quando o fez, foram sempre de formas bastante implícitas, utilizando-se de metáforas e eufemismos e, neste caso, a proposta não foi muito diferente.

Ela está se sentindo em êxtase pela singularidade do que tem compartilhado com ele e, temendo que isso não termine como ela gostaria, esclarece: “eu não quero você como meu melhor amigo. Só comprei esse vestido aqui pra você tirar.”

A sonoridade de “Dress”, também produzida por Antonoff, é bastante contida, contribuindo para a atmosfera mais íntima e sensual de sua letra.

“This Is Why We Can’t Have Nice Things”

Por um momento, até a Taylor se esqueceu que essa era estava focada nos seus acertos de contas, mas voltamos pras tretas com “Nice Things”. O primeiro e mais óbvio destinatário da faixa é Kanye West, mais uma vez. Apesar das desavenças públicas, foram várias as tentativas dos dois manterem uma relação saudável e, pela letra desta faixa, a cantora jura que foi ele quem fez com que tudo fosse por água abaixo.

O outro alvo, por sua vez, pode ser Katy Perry. As duas eram bastante amigas até rolar da Katy contratar uns dançarinos da Taylor e “Bad Blood” e “Swish Swish” e o resto você conhece.

E aí tem mais uma possibilidade, que seriam os membros que deixaram o seu squad, afinal, cê não consegue reunir um time de supermodelos, atrizes e cantoras e todos os seus egos, sem que isso termine em algumas tretas. Este último até foi lembrado no clipe de “Look What You Made Me Do”, pela cena em que Taylor aparece rodeada de manequins destroçados e, no final, em que sua personagem de “You Belong With Me” usa uma camiseta com o nome dos membros que seguiram dentro do seu clubinho.


Seja pra quem for, a faixa acerta em trazer uma Taylor Swift solta e bastante bem-humorada sobre toda essa confusão, com um cinismo ainda melhor do que o apresentado em “Look”, com direito a uma pausa na faixa pra ela rir de todo esse pessoal, quando diz que “perdoar é a melhor coisa a se fazer”. Não dá pra ser legal com todo mundo, Taylor.


“Call It What You Want”

Sob o arranjo minimalista de Jack Antonoff, bem próximo dos trabalhos do produtor com o último disco da cantora Lorde, Taylor Swift baixa a guarda para falar sobre o tempo em que não estava dando as caras na mídia e, ainda assim, assistia ao seu nome sendo o assunto da vez.

Logo nos primeiros versos, ela conta que seu castelo desmoronou, porque ela entrou numa briga sem saber contra o que estava lutando e terminou sendo chamada de mentirosa por pessoas que ela considera serem os mentirosos, no que pode ser mais uma referência ao caso de “Famous”, quando foi publicamente desmentida por Kim Kardashian, que expôs uma gravação da ligação em que ela concordava e aprovava os versos de Kanye West. “Eles tomaram a minha coroa, mas está tudo bem.”

Na sequência, ela demonstra ter dado a volta por cima quando, apesar de toda a confusão, ainda tinha com quem se confortar. “Ninguém tem ouvido falar sobre mim há meses, porque eu estou melhor do que eu sempre estive.”

Daí em diante, não importa os esforços de seus inimigos, ela está preocupada em continuar bem com aquele que se preocupa com ela. Neste ponto, ela ainda menciona as “rainhas do drama” e os “palhaços vestidos de reis”, talvez se referindo não só a Kim e Kanye, mas também a Katy Perry, que usa um jogo de palavras semelhante na sua música pra Taylor, “Swish Swish”. “Meu amor passa por cima de tudo isso e me ama como se eu fosse uma outra pessoa, então chame isso como você quiser.”


“New Year’s Day”

Com Antonoff no piano, assim como fez em “Liability”, de Lorde, “New Year’s Day” é a única baladinha do “reputation” e, também, o suspiro mais característico da velha Taylor Swift, que parece se recompor aos passos que a cantora deixa pra trás o ódio alimentado por suas últimas desavenças pelo amor encontrado em seu último relacionamento.

Também como na música de Lorde, os pensamentos de Taylor vão do táxi a festa que ela não gostaria que acabasse, com ela se prendendo nas memórias e torcendo pra que ele realmente não seja apenas mais um que passará por sua vida e, depois de tudo o que compartilharam, se tornará mais um estranho. “Se apegue às memórias, porque elas se apegarão a você.”

***


O disco “reputation” vem acompanhado de um poema escrito pela própria Taylor Swift, que se chama “If You’re Anything Like Me” (“Se somos parecidos em algo”, em tradução livre) e busca aproximar a sua imagem de hábitos comuns, muitas vezes distantes da ideia que temos sobre celebridades e, até aqui, do que suas próprias composições nos permitiam ver. Em um dos trechos, ela afirma: “se somos parecidos em algo, existe um sistema de justiça na sua cabeça, para nomes que você nunca falará outra vez, e você precisa tomar as decisões cruéis. Cada novo inimigo se torna aço, eles se tornam as grades que te confinam em sua própria cela de ouro… Mas, querida, aí é onde você conhece a si mesma.”

Por mais dramatizado que isso tenha soado quando dito pela primeira vez, não duvidamos de Taylor Swift em relação às discussões sobre Kanye West e Kim Kardashian: essa é uma narrativa que ela não gostaria de fazer parte. Quando fez, a cantora, que tinha todo um reinado aos seus pés, viu sua imagem sofrer a primeira crise significativa de toda a sua carreira e, no meio de tantas histórias e especulações, viu sua reputação ser colocada em xeque.

Como a própria diz no prólogo de “reputation”, existem diferenças entre ser quem você é, quem você quer que te vejam e como te veem, de uma forma que, quando tentou controlar todas essas imagens, a cantora se viu no papel da vilã manipuladora, que começou a dar as caras em “Blank Space”, uma faixa que define boa parte da sonoridade e composições deste álbum, e se tornou essa pessoa oficialmente em “Look What You Made Me Do”, onde declara a sua própria morte.


Na sua cela de ouro, que até aparece no clipe desta última canção, entretanto, é que Taylor percebe para onde está caminhando e, sendo tomada por um novo amor, encontra possibilidades além do que sua reputação permitia, alimentando as esperanças sobre um relacionamento que não esteja fadado a terminar na sua “long list of ex lovers”.

“reputation” soa como uma fase de transição que ainda não chegou ao fim, talvez dando margem pra que, em seus próximos passos, descubramos uma Taylor Swift que amadureceu com seus erros e, na melhor das hipóteses, definiu prioridades mais sérias do que meras discussões com outros famosos por puro ego, principalmente dentro de um momento em que tantos artistas têm se mostrado empenhados em usar suas vozes para causas além de seus próprios privilégios.

Musicalmente falando, o álbum demonstra uma vontade ainda maior da cantora em explorar sua faceta pop, ao mesmo tempo em que, quando parece ter ousado demais, dá alguns passos pra trás para garantir seu fiel e antigo público. Movimentos precisamente calculados, que explicam como Taylor Swift se tornou uma das maiores artistas pop da nossa geração e, inevitavelmente, mantém segura a sua reputação. Como canta na primeira música do disco, deixe que os jogos comecem!

Agora sim! Lily Allen lança oficialmente seu novo single, "Trigger Bang"

O novo single de Lily Allen, "Trigger Bang", caiu na internet há alguns dias, o que fez a cantora prometer que o lançaria oficialmente o mais rápido possível. Como promessa é dívida, Lily liberou a canção, uma parceria com o rapper Giggs, em todas as plataformas de streamings nesta segunda-feira (11). 

"Trigger Bang" traz elementos vistos em todas as fases da carreira de Lily, e deve agradar tanto aos fãs órfãos de seus primeiros álbuns, "Alright, Still" e "It's Not Me, It's You", quanto aos que curtiram a proposta radiofônica de seu último disco, "Sheezus"


"Trigger" é a primeira música lançada pela inglesa desde 2014, quando liberou o "Sheezus", álbum com uma proposta mais radiofônica, eletrônica e comercial, que contou com os singles "Hard Out Here" e "Air Balloon"



O quarto disco de Lily Allen deve ganhar o nome de "The Fourth Wall" (a gente viu o que você fez aí, Lily) e será lançado em 2018. 

Último dia da CCXP 2017 teve Alicia Vikander e Will Smith cantando música de “Um Maluco no Pedaço”

Imagem cedida pela CCXP. Foto por Daniel Deák - Galpão de Imagens.

Igualmente incrível aos dias anteriores, o quarto e último dia da CCXP 2017 encerrou o evento, que se consolidou como a maior Comic Con do mundo, com chave de ouro.

Para dar aquele quentinho no coração de todos os que cresceram lendo os gibis da Turma da Mônica, comecemos pelo painel da Maurício de Sousa Produções. Lá foram divulgadas as primeiras imagens do elenco de “Turma da Mônica: Laços”, o primeiro filme live-action da turminha, caracterizado e gente, a fofura é real. Além disso, foram anunciadas três novas HQs – “Astronauta IV” e “Cebolinha”, por Gustavo Borges, e “Horácio”, por Fábio Coala – e uma série animada do Astronauta.

Por mais que o painel da Maurício de Sousa Produções tenha sido puro amor com um toque de nostalgia, não podemos negar que tiveram painéis com um apelo muito maior, como os da Warner e Netflix. O primeiro não foi nem um pouco simplório e trouxe ninguém mais do que a ganhadora do Oscar Alicia Vikander, enquanto o segundo também não ficou por baixo e trouxe a lenda Will Smith. Mas first things first: o painel da Warner começou com “Jogador nº 1”, novo longa de Steven Spielberg, e, para falar sobre o filme, o evento contou com a presença de Tye Sheridan (protagonista) e Simon Pegg. Rolou também a exibição do primeiro trailer, que já está disponível.

Dwayne “The Rock” Johnson deu as caras num vídeo sobre “Rampage” e foi anunciado também, através de um outro clipe, duas novidades para 2018: “It: A Coisa 2” e “A Freira”. Além destes, outro vídeo que rolou foi o de “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”, com um vídeo de Eddie Redmayne – além de uma imagem oficial que já havia sido divulgada anteriormente.

Agora, rufemos os tambores para a realeza do cinema: Alicia Vikander vem por aí.A protagonista de “Tomb Raider: a Origem” foi o grande destaque do painel da Warner e contou bastante sobre as cenas de ação do filme. Vikander ficou emocionada com o carinho do público, que a aplaudiu de pé. A ganhadora do Oscar disse, surpreendentemente, que pela primeira vez realmente se sentiu como uma estrela. Ao final do painel a fada sueca ainda posou para fotos com cosplayers vestidos com figurinos inspirados no filme.

Após esse momento de êxtase, o painel foi concluído com uma mensagem gravada de Jason Momoa sobre “Aquaman” e os logos atualizados dos próximos lançamentos da DC: “Aquaman”, “Shazam!”, “Mulher-Maravilha 2”, “Esquadrão Suicida 2”, “Liga da Justiça Sombria”, “The Batman”, “Tropa dos Lanternas Verdes”, “Flashpoint" e “Batgirl”.

"...I'll tell you how I became the prince of a town called Bel Air". Reconhecem este trecho de música? Quem a canta esteve no último painel da CCXP 2017 e, ainda, deu uma palhinha para os fãs e relembrou a canção do seriado "Um Maluco no Pedaço". Sim, Will Smith compareceu à ocasião para divulgar "Bright", no painel da Netflix, ao lado de Joel Edgerton e do diretor David Ayer. O trio se mostrou bem animado para falar sobre o longa e Smith até já "pediu' por uma continuação. Tanto Smith quanto Edgerton ressaltaram, também, o quão rígido Ayer (que já havia trabalhado com Smith em "Esquadrão Suicida") é no set – até brincaram dizendo que, assim, sentiam medo de verdade.

Tudo que é bom dura pouco e a CCXP 2017 não poderia ser diferente. Mesmo depois de tanta correria por parte do Salvani e Tintel, que estiveram presencialmente no São Paulo Expo fazendo esta cobertura especial, só nos resta dizer: sim, foi épico. E que venha a CCXP 2018!

Billboard libera suas tradicionais listas de final de ano e, sem surpresas, não vemos quase nenhuma mulher

Chegamos ao final do ano, o que significa que é hora da Billboard liberar o tradicional Year End Chart, listas de fim de ano que apontam os maiores artistas, músicas e discos, baseado nas posições e estabilidades dos mesmos em diversos charts.

Sem surpresas, o Year End Chart de 2017 comprova que esse foi um ano bem ruim para as mulheres.

Entre as top músicas da Hot 100, para que contabiliza vendas, streamings e spinns de rádios pra contabilizar as principais canções do ano, por exemplo, encontramos apenas uma canção com a participação de uma mulher, sendo esta “Closer”, do The Chainsmokers com a Halsey. Confir ao ranking completo:

1. Shape Of You – Ed Sheeran
2. Despacito – Luis Fonsi & Daddy Yankee feat. Justin Bieber
3. That’s What I Like – Bruno Mars
4. HUMBLE. – Kendrick Lamar
5. Something Just Like This – The Chainsmokers & Coldplay
6. Bad And Boujee – Migos feat. Lil Uzi Vert
7. Closer – The Chainsmokers feat. Halsey
8. Body Like A Back Roud – Sam Hunt
9. Believer – Imagine Dragons
10. Congratulations – Post Malone feat. Quavo


Na parada de Top Artistas, a situação é ainda pior. Não há nenhuma mulher no Top 10, e a primeira cantora a aparecer no ranking é Ariana Grande, em 15º lugar. No Top 20, apenas mais uma mulher dá as caras: Rihanna, em 20º. Vale lembrar que ambas lançaram seus últimos discos em 2016. Tá sofrido.

Essa é a lista geral dos principais artistas de 2017:

1. Ed Sheeran
2. Bruno Mars
3. Drake
4. Kendrick Lamar
5. The Weeknd
6. The Chainsmokers
7. Justin Bieber
8. Future
9. Shawn Mendes
10. BTS

E essa é a lista de artistas femininas de 2017:

1. Ariana Grande
2. Rihanna
3. Halsey
4. Taylor Swift
5. Lady Gaga
6. Alessia Cara
7. Selena Gomez
8. Demi Lovato
9. Adele
10. Katy Perry



Na lista de Top 200 álbuns, a situação é praticamente a mesma. A primeira cantora a aparecer é Rihanna com seu "ANTI", lançado no início de 2016. Ela chegou 23º lugar. Confira o Top 10:

1. DAMN. – Kendrick Lamar
2. 24K Magic – Bruno Mars
3. Starboy – The Weeknd
4. Divide – Ed Sheeran
5. Drake – More Life
6. Soundtrack – Moana
7. Post Malone – Stoney
8. Migos – Culture
9. Original Broadway Cast Recoring – Hamilton: An American Musical
10. J. Cole – 4 Your Eyez Only

Já começamos nossas orações para o Year End Chart de 2018 ser melhor. 

Os dias de "Closer" acabaram! Halsey alcança o top 10 da parada americana com "Bad At Love"

Depois de alcançar um sucesso inesperado em “Closer”, parceria com o The Chainsmokers, Halsey começa a trilhar seu caminho para, merecidamente, brilhar sozinha. É o que a nova atualização da Billboard Hot 100 nos comprova ao revelar que que “Bad At Love”, seu novo single, entrou no Top 10! 

Após escalar a parada americana durante semanas e bater na trave ao parar no 11° lugar, a faixa chegou a 8ª posição na atualização desta segunda-feira (11), sendo a primeira música solo de Halsey a alcançar o Top 10.
 

É aquele ditado: I’m bad at love, but you can’t blame me for trying.

Apesar de estar se saindo bem em vendas e em streamings, “Bad At Love” está se destacando mesmo nas rádios, e é, atualmente, a terceira música mais tocada nos Estados Unidos. Hitou mesmo, viu?

Antes de “Bad At Love”, o maior hit solo da Halsey tinha sido “Now Or Never”, que chegou ao Top 20 da Hot 100. As duas músicas são singles do “hopeless fountain kingdom”, disco lançado por ela nesse ano.

Top 10 com The Chainsmokers? Nunca mais!

Crítica: "Thelma" e o cinema de super-herói lotado de metáforas (e lesbianidade)

Quando você for contar para os seus filhos (isso se você não já os tiver) sobre como era o cinema "no seu tempo", provavelmente você falará que viveu a era dos super-heróis na telona. Sem entrar nos méritos desse sub-gênero, desde o sucesso de "Homem-Aranha" em 2002, os quadrinhos de mutantes, alienígenas e dotados de poderes especiais invadiram o cinema, rendendo bilheterias cada vez maiores e sequências que criam todo um universo próprio.

"Thelma", o representante norueguês ao Oscar 2018, também pega carona nessa vertente, porém, longe de Hollywood, subverte a narrativa já óbvia dos longas heroicos, criando um material menos comercial e mais subjetivo, tirando a pipoca e colocando simbolismos, o que é sempre bom, afinal, dá uma diferenciada dentro de um modelo cada vez mais batido.

A obra conta a história de Thelma (Eili Harboe), uma estudante que sai do interior para a capital quando passa na faculdade. Inserida num contexto contrastante, a jovem ultrarreligiosa, virgem e sem tanto preparo social se vê apaixonada por outra garota, Anja (Kaya Wilkins) - o nome sugestivo, para o português, soa correto. Essa relação vai desencadear uma série de mudanças na vida de Thelma, que descobre lados desconhecidos de sua própria natureza.


Se você for da roda cinéfila, essa premissa irá te lembrar de outro filme: "Grave", da francesa Julia Ducournau, sobre uma garota com pais bastante repressores que, ao entrar na faculdade e comer carne pela primeira vez, descobre ser uma canibal. Curioso termos dois filmes tão próximos em lançamento e premissa, mesmo cada um indo para caminhos diferentes - e com "Grave" sendo um pouco superior.

Mesmo à distância, os pais de Thelma controlam sua vida via telefone. Eles sabem todos os horários da filha, que não consegue nem mentir sobre cada passo do seu dia. Quando conta sobre sua infância, ela narra como o pai segurava sua mão sobre o fogo e dizia que assim era o inferno, eternamente, caso ela pecasse. Bebida é proibido, sexo então, fora de questão.


Aí ela conhece Anja. Durante o encontro, uma forte atração surge por parte de Thelma, que começa a sofrer um ataque epilético, enquanto animais ao redor agem estranhamente, com pássaros se atirando nas janelas e morrendo. Seus sonhos agora são preenchidos por uma cobra negra que rasteja determinadamente até sua cama. Esses eventos são prelúdios do desabrochar dos seus poderes paranormais.

Longe dos pais, no meio da nova vida completamente diferente, a garota cai nas graças dos médicos e passa por diversos exames para tentar encontrar a causa dos ataques. Remetendo ao clássico "O Exorcista" (1973), Thelma é submetida a torturantes procedimentos, assim como Linda Blair sofre nas mãos dos médicos em busca de algo que a ciência não explica. Porém, cada vez mais desesperada pelos estranhos acontecimentos em sua volta, a protagonista aceita percorrer esse caminho - sem contar para seus pais.


Mesmo sem encontrar uma justifica cientificamente plausível para sua condição, no fundo Thelma sabe o que acarretou tudo aquilo: Anja. Em suas fantasias mais obscuras, a garota deixa-se levar pelo prazer de ficar com a amiga, como na icônica cena em que ela engole a cobra de seus sonhos, numa clara referência ao pecado original, com Thelma aceitando a tentação. Mas ela ora fervorosamente para que deus tire esses pensamentos pecaminosos de sua cabeça.

Thelma, no fim das contas, é quase uma Carrie moderna - de "Carrie: A Estranha" (1976), obra-prima de Brian De Palma. Seus poderes nunca ficam absolutamente claros - assim como diversos pontos do longa. Joachim Trier, diretor e roteirista da obra, faz com que o espectador use de sua subjetividade para dar sentido às bizarrices da tela, sem soluções fáceis ou explicações tão explícitas.


“Thelma” é, sim, mais uma alegoria à repressão feminina – assim como “Grave”. A garota, presa dentro de uma redoma de vidro pela família, encontra os prazeres da vida – antes pecados – quando sai de sua gaiola, o que é representado pelos pássaros durante o longa. Em seu primeiro ataque, um pássaro voa diretamente para uma janela, como Thelma tentando fugir de sua prisão, para, só no final, conseguir vomitar a ave que vivia presa dentro de si.

Uma das vertentes mais interessantes no longa é o jogo nada simples entre “mocinhos” e “vilões”. Por se passar através do ponto de vista de Thelma, somos imediatamente colocados numa posição favorável à ela, e, consequentemente, contrária aos pais, todavia, vários elementos são dados à conta gotas através de flashbacks, que mostram que os pais podem não estar tão errados assim.


Não existe, aqui, um binarismo fácil, uma saída óbvia do que é certo ou errado. É fato que o fanatismo religioso que acorrenta Thelma é algo ruim, no entanto, sem conseguir controlar seus poderes, a garota causa dados irremediáveis quando extrapolados. Dentro dos acontecimentos, o que você faria se fosse os pais? Como lidar com algo humanamente inexplicável?

“Thelma” atinge nada longe o cinema de super-herói, sendo mais realístico e menos fantástico – toda a construção da personagem em nada se diferencia das construções dos mutantes na franquia “X-Men” -, entretanto, é inegável o requinte narrativo e técnico da película, usando metáforas e alegorias para deixar a cabeça do público voar. Com uma das melhores montagens do ano, “Thelma” consegue dialogar com diversas referências clássicas e atuais, além de instigar, provocar e, à maneira norueguesa, entreter.

Ao lado do coreano Jay Park, Charli XCX revela mais uma faixa de sua mixtape: ouça "Unlock It"

Charli XCX não para e, na semana de lançamento da sua nova mixtape, "Pop 2", nos entregou mais uma amostra do material, desta vez ao lado do cantor e rapper coreano Jay Park com a princesa do pop alemão, Kim Petras.

Sucedendo a colaboração com Tove Lo e ALMA em "Out of my Head", a nova faixa de XCX se chama "Unlock It" e, sob a produção de AG Cook e Life Sim, mantém a britânica pela PC Music, qual tem explorado desde o EP "Vroom Vroom", que contou com um single de mesmo nome.

Ouça abaixo:



E aí, gostou mais dessa ou "Out of my Head"?


"Pop 2" chega nesta sexta-feira (15) e, além de Tove Lo, ALMA, Jay Park e Kim Petras, trará participações de MØ, Carly Rae Jepsen e até da brasileira Pabllo Vittar, que participa da inédita "I Got It", com as rappers Cupcakke e Brooke Candy.

Pode entrar, hit do Carnaval! "Então Vai" é o novo single de Pabllo Vittar

Pabllo Vittar já começou a produção de seu segundo disco, mas isso não significa que ela vai deixar o "Vai Passar Mal" de lado. Com muitos potenciais sucessos para serem aproveitados em seu disco, ela fez uma escolha certeira e definiu "Então Vai", parceria com o Diplo, como seu novo single.

Caralho, meu coração tá muito cigano!

Em entrevista após o Melhores do Ano, premiação do Domingão do Faustão, onde levou o prêmio de "Música do Ano" com "K.O.", Pabllo revelou que o cabelo curto platinado que usou no evento é parte do look de seu novo vídeo.

Esse cabelo é por conta de um novo clipe que vou gravar chamado 'Então Vai'. Prometo clipes inovadores para 2018

Mal podemos esperar para comemorar mais um #1 no Top 50 do Spotify Brasil.

Vale lembrar que, nessa sexta-feira (15), poderemos escutar "I Got It", a parceria de Pabllo Vittar com Charli XCX, cupcakKe e Brooke Candy, presente na nova mixtape de Charli, "Pop 2".

Agora que vazou, a Lily Allen confirmou seu single de retorno: a deliciosa “Trigger Bang”

Já faz três anos desde que Lily Allen lançou o álbum “Sheezus”. Com singles como sua faixa-título, “Hard Out Here” e “Air Balloon”, o material não contou com um bom retorno comercial e, após encerrar seus trabalhos com essa era, a britânica não tardou em voltar aos estúdios.

A primeira amostra do que Allen andou fazendo se chama “Trigger Bang”. Anteriormente anunciada pela cantora em novembro, por seu Instagram Stories, a parceria com o rapper Giggs caiu na internet e, sem intenções de descartá-la enquanto single, a dona de “URL Badman” usou suas redes sociais para confirmar que a faixa estará em breve nas principais plataformas de streaming.


Ao menos na versão vazada, “Trigger Bang” parte de um lugar nem tão distante de onde “Sheezus” nos deixou: apesar de menos radiofônica, surge com um pop alternativo, aos moldes do que Lorde faria se tivesse uma parceria com a M.I.A. em suas mãos.

Sem a pegada eletrônica do álbum anterior, a faixa deverá agradar aos fãs de discos como “It’s Not Me, It’s You”, um dos mais importantes de sua carreira, carregando ainda vocais quase que abafados por uma estação de rádio de décadas anteriores, aqui alinhados com a sonoridade de outros artistas interessantes da atualidade, como Alabama Shakes e a banda HAIM.

“Trigger Bang” estava planejada para ser lançada apenas em fevereiro de 2018, mas, dado o seu vazamento e o aviso de Lily Allen, esperamos tê-la no Spotify e afins o mais breve possível. Agora é oficial: a nova era começou.

É agora o hit mundial: o remix de "Bum Bum Tam Tam", com J Balvin e Future, chega nessa sexta

Não é surpresa pra ninguém que, enquanto o próprio brasileiro recrimina o funk, artistas do mundo inteiro adoram o som e querem até aproveitar um pouquinho do sucesso do nosso ritmo musical. Agora, um dos maiores hits do gênero em 2017, "Bum Bum Tam Tam", do Mc Fioti, vai ficar internacional com o super remix com a participação de J Balvin, Future, Stefflon Don e Juan Magan, que sai nessa sexta-feira (15). 


A prévia divulgada segue o estilo do clipe do remix de "Mi Gente", e mostra muitas pessoas, entre elas os jogadores Neymar, Pogba e Drogba, além do DJ Snake, curtindo o som do brasileiro. Vemos também Shawn Mendes ouvindo a música pela primeira vez durante sua passagem pelo Brasil em setembro e, claro, gostando bastante do hit. 


Já sabemos qual música vamos colocar pra tocar na ceia de Natal da família.

Apesar da expectativa com relação a esse remix, "Bum Bum Tam Tam" também já ganhou uma versão bem interessante na voz de Jason Derulo



É legal falarmos também que, pra essa nova versão que sairá na sexta, teremos a participação de artistas de diversas partes do mundo: J Balvin vem da Colômbia, Future é dos Estados Unidos, Stefflon Don vem da Inglaterra e Juan Magan é da Espanha. Hit que vai selar a paz no mundo sim.

"Bum Bum Tam Tam" já acumula quase 500 milhões de visualizações em seu clipe oficial no YouTube, além de pouco mais de 70 milhões de streamings no Spotify. Não é pouca coisa não, viu?

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