Pediram um hit junino aí? Vem ouvir “Ribuliço”, música nova do Omulu com a drag Potyguara Bardo

Nem só de carnaval viverás o homem. E o DJ e produtor carioca Omulu, que neste ano já lançou parcerias com Duda Beat (“Meu jeito de amar”), Luedji Luana (“Tô te querendo”) e ÀTTØØXXÁ (“Chora Viola”) sabe disso melhor do que ninguém e, desta vez, decidiu entrar no clima de festa junina com sua nova colaboração: “Ribuliço”.

Mantendo a proposta de revelar novas vozes e ritmos da música brasileira, a nova parceria de Omulu conta com vocais da drag norte-rio-grandense Potyguara Bardo, que lançou no último ano o disco “Simulacre”, onde passeia por referências que vai da house music ao folclore brasileiro, se destacando pelo formato de som e visual diferente do que outros artistas vinham explorando no pop nacional.

A mistura de gêneros, sempre presente nos trabalhos do produtor, que tem no currículo artistas como Elza Soares e Pabllo Vittar, aqui acontece no encontro entre o forró e reggaeton, fazendo de “Ribuliço” uma opção para dançar muito além das festas de junho.

Ouça abaixo:



“A galera sempre me cobra pra soltar música de festa junina desde o remix que fiz do Wesley Safadão”, contou Omulu, que completa: “Quis fazer algo bem lúdico, com uma vibe de forrós antigos, então criei a melodia da sanfona e, logo de cara, achei que ficaria demais com a voz da Potyguara.”


A combinação não poderia ter sido melhor. Artista independente, Potyguara revela que se ofereceu para cantar nesta faixa em contato com o produtor pelo Twitter e, tão logo ouviu suas batidas, logo trocaram algumas referências que resultaram na faixa que ouvimos agora. “Oficialmente, meu primeiro batekoo”, brinca a drag. Tá feito o ribuliço.

Crítica: “Love” de Gaspar Noé é feito com muitas doses de amor, sexo, 3D e transfobia

A maior especialidade do diretor franco-argentino Gaspar Nóe não é fazer bons filmes, é chocar. Podemos afirmar isso porque, para um filme ser “bom” ou “ruim”, depende de fatores e variáveis externos e pessoais. O choque, ao contrário, é unanimidade – desde seu primeiro filme.

Em “Sozinho Contra Todos” (1998) o diretor, antes do último ato, exibe por 30 segundos um aviso informando sobre o teor da cena a seguir e aconselha o espectador a parar de assistir ao filme. Em “Viagem Alucinante” (2009), acompanhamos em primeira pessoa a viagem de um espírito durante três horas de pura psicodelia. Em "Clímax" (2018), entramos de cabeça em uma festa assustadora regada a LSD. Mas foi com “Irreversível” (2002) que o nome de Noé se firmou como sinônimo de polêmica. O filme possui uma das cenas mais aterradoras da história do cinema: quase dez minutos ininterruptos com um estupro sem cortes, sem trilha, sem movimento de câmera, nada. Seco. Brutal. Cru.

Com temáticas tão desafiadoras e corajosas, o cinema de Noé é sempre envolto de muita curiosidade. Não foi diferente com “Love” (2015), seu mais ambicioso longa, que trouxe o sexo como o elemento chave. Porém, ao contrário dos outros longas, “Love” é, como o próprio realizador apontava, seu filme mais leve. “Uma celebração do amor e do sexo”, dizia.

“Love” conta a história de Murphy (Karl Glusman), um estudante de cinema americano que mora em Paris com Omi (Klara Kristin), mãe do seu filho, Gaspar. Na manhã do ano novo, o rapaz recebe um telefonema da mãe de sua ex-namorada, Electra (Aomi Muyock), dizendo que a filha sumiu há dois meses. A ligação desencadeia uma série de lembranças de Murphy sobre o relacionamento dos dois, regado a sexo, drogas e amor.


A exposição do sexo no cinema é um modo libertário de expressão que sempre existiu, ganhando força nessa década com nome como “Ninfomaníaca” (2013) de Lars Von Trier, explorando as nuances e jornadas sexuais da protagonista. Em “Love” a coisa é mais profunda, sem o perdão do trocadilho. Enquanto em “Ninfomaníaca” as cenas são coreografas e fictícias, o sexo de “Love” é real. Os atores estão realmente no ato diante da câmera. A exaltação do sexo dentro do amor foi mostrada de forma menos explícita, mas ainda mais naturalista em “Azul é a Cor Mais Quente” (2013). A premissa em “Love” é similar: mostrar como o sexo com aquele que você ama é uma experiência poderosíssima.

O relacionamento de Murphy e Electra, findado de forma brusca, nem sempre foi conturbado. Durante os flashbacks, notamos a sintonia quase transcendente dos dois, que fazem juras de amor eterno capazes de arrancar uma lágrima. Planos, anseios e até os nomes dos futuros filhos são discutidos. A química do casal é invejável, seja em momentos de ternura, seja no sexo. E é muito sexo. A coisa desandou quando eles conhecem Omi. Murphy trai Electra com a garota, que tinha apenas 16 anos, e a engravida, o que resulta num surto de ódio da então namorada.

“Love” é o primeiro filme de Noé lançado em 3D – no Brasil, o título nacional cogitado seria o desastroso “Transa 3D”, mas foi sabiamente descartado, usando o título original para não confundirmos com “Amor” (2012) de Michael Haneke. O efeito tridimensional é desnecessário e acrescenta em pouquíssima coisa ao filme, já que ele foi feito exclusivamente para três cenas – uma delas é uma ejaculação direto na tela – o que é muito pouco perto de um filme de mais de duas horas. “Viagem Alucinante” seria bem melhor aproveitado com o 3D, nos colocando de forma ainda mais eficiente dentro da visão do protagonista.


Duas dimensões são o suficiente para enchermos os olhos com o primor técnico de “Love”. A fotografia segue os moldes de “Viagem Alucinante”, intensificando os tons de verde, azul e vermelho com luzes artificiais belíssimas. Os enquadramentos são verdadeiras pinturas, ainda mais caprichadas nas cenas em camas (e são muitas), estando perfeitamente alinhadas, hora focando nas expressões dos atores, hora em detalhes. Um recurso interessante foram os cortes abruptos que escurecem a tela rapidamente, como se a câmera fosse nossos próprios olhos, que piscam de tempo em tempo. Além de nos aproximar dos acontecimentos, nos tornando quase voyeurs, os cortes dão ritmo aos planos sequência, facilitando também na hora da edição.

“Love” é a exploração bem íntima de Noé sobre o que deveria ser o cinema de celebração. Usando auto-referência a todo o momento, o filme é uma fala do próprio diretor sobre os assuntos na tela. A paixão de Murphy sobre o cinema e seu desejo de fazer um filme que mostre de forma verdadeira o amor e o sexo é o desejo de Noé, concretizado na tela. Fora as referências mais gritantes, como o filho de Murphy e Omi, que se chama Gaspar, e o ex-namorado de Electra, interpretado pelo diretor (!) e chamado de Noé.

Mesmo numa velocidade desacelerada, “Love” transcorre sem graves problemas até uma cena que quase conseguiu obliterar todo o filme. Electra sugere que Murphy faça sexo com uma travesti. A coisa já começa errada quando os dois se referem a ela como “tranny”, uma gíria que poderia ser traduzida como “traveco”, ou seja, uma forma transfóbica de se referir a uma pessoa trans.

Então a cena começa. A trans é interpretada pela atriz brasileira Stella Rocha, que se despe enquanto Murphy desiste do ato ao vê-la nua, irradiando repulsa a todo o momento. Ela insiste e a cena é cortada, deixando a entender que houve a relação. Na cena seguinte Murphy fala que queria esquecer “aquela coisa” e que Electra jamais pode falar sobre.

Qual é o problema disso tudo? Dentre de todas as opressões que cotidianamente residem na nossa sociedade, o transexual é um dos que mais sofre. Tratar de um tema tão delicado é complexo, principalmente quando exposto da forma mais estereotipada possível: a travesti prostituta e estrangeira. Se você colocar agora a palavra “travesti” no Google, verá que os resultados dominantes serão sobre prostituição, reflexo da realidade de 90% das transexuais.


Ora, se essa é a realidade, qual o problema em ser mostrada no filme? Pessoas trans são má representadas no cinema – o filme “A Garota Dinamarquesa” (2015), cof cof  –, então deixá-la na tela por um minuto, servido apenas como objeto sexual e fonte de uma mórbida curiosidade física é para torcer o nariz. E é para isso que ela está lá: uma fetichização gratuita, uma aberração para o entretenimento dos ditos "normais".

Cinema é uma arte que provoca, que incita, que questiona, e Noé sempre fez isso de forma afiada, porém o real problema com a cena em específico é: ela serviu para NADA na narrativa. Não acrescentou coisa alguma, foi arbitrária, banal. Se não existisse, faria zero diferença dentro do texto como um todo, soando como um apêndice dispensável no filme. Murphy é um cara machista, que é um valor deplorável assim como a transfobia, porém é um valor atribuído para dar peso à narrativa, para construir o personagem. O machismo não está ali de graça, ao contrário do momento com a trans. Por estar de forma gratuita, a cena simplesmente dá voz a uma opressão e ao dar voz, a fortalece.

A mesma ideia pode tranquilamente ser repassada para outros filmes do diretor. Estupro é uma realidade, por mais absurda que seja, e a cena de “Irreversível” que tanto chocou é estritamente necessária para a trama, feita da forma mais crua possível para que o espectador sinta ódio, nojo, raiva, indignação do ato presenciado. Não está ali de forma equivocada, serve como denúncia para esse crime que ainda é tão praticado (e tão impune).

De fato não dá para anular todo o filme com a cena, porém simplesmente deixá-la de lado é negligenciar algo que grita, seja pela curta duração em tela ou por qualquer outro motivo. As vantagens do longa estão lá e não podem ser diminuídas, porém o saldo final sofre grandes perdas pela construção do momento citado e faz com que “Love”, que deveria ser um júbilo cinematográfico amoroso a partir do ponto de vista sexual, reforce uma marginalização tão disseminada. Felizmente, estamos vivendo um apogeu no cinema trans - o número de obras incríveis com a temática nos últimos tempos não me deixa mentir.

É certo que pessoas trans não serão marginalizadas por conta de "Love": elas já são socialmente excluídas bem antes do filme e continuarão sendo enquanto houver pensamentos que impedem completamente o respeito à identidade transexual. Cinema, uma arte tão abrangente e poderosa, ao contrário do que podemos pensar, não é apenas entretenimento e muito menos pode ser reduzida como as horas que você passa comendo pipoca em frente à tela. Há uma função social fortíssima em seu discurso - e a responsabilidade enquanto autor é imprescindível.

Já nasceu aclamada: Beyoncé dá voz a Nala no novo teaser de "O Rei Leão"

A nova versão de "O Rei Leão", dirigida por Jon Favreau ("Mogli"), chega aos cinemas no próximo mês, trazendo ninguém menos que Donald Glover e BEYONCÉ? nos papéis de Simba e Nala, respectivamente. Para nos deixar ainda mais animados, um comercial surgiu na rede mundial de computadores e traz consigo a interprete de "Formantion" dando voz a leoa mais poderosa do cinema.



Simplesmente pop perfection demais. Primeiro porque Beyoncé tem uma voz linda e encaixou perfeitamente em Nala. Segundo que é a fucking Beyoncé. Ela poderia estar dublando uma pera que nós estaríamos aplaudindo de pé.

Além de Beyoncé e Glover, "O Rei Leão" traz Chiwetel Ejiofor ("12 Anos de Escravidão") n elenco como um dos maiores vilões do cinema, o Scar, enquanto Billy Eichner (Parks and Recreation) e Seth Roger viverão Timão e Pumba. Os nenês Jd McCrary e Shahadi Wright Joseph ficarão encarregados da versão jovem de Simba e Nala. James Earl James retorna como Mufasa.

Crítica: “Cemitério Maldito” é uma masterclass de todos os clichês possíveis dentro do terror

Atenção: a crítica contém detalhes da trama.

O grande entusiasta do terror que sou eu ainda se pergunta uma questão quase básica dentro da indústria voltada para o gênero: por que ainda insistem em adaptar livros do Stephen King? Rei do terror na literatura, são bem escassos os exemplos de sucessos no cinema para com suas histórias - e o caso fica ainda mais grave no comparativo entre "deu certo" X "quantos foram feitos".

Os exemplos bem feitos: "Carrie: A Estranha", dirigido pelo maravilhoso Brian De Palma em 1976; "O Iluminado" (1980) do maior diretor da história, Stanley Kubrick; "Louca Obsessão" (1990) do Rob Reiner; "Um Sonho de Liberdade" (1994), por Frank Darabont, viciado em adaptações do King; e a mais recente glória, "It: A Coisa" (2017), do Andy Muschietti.

Listar os nomes malfadados seria um trabalho hercúleo que me faria gastar tempos aqui, todavia, adianto: o novo "Cemitério Maldito" (Pet Sematary) é um deles. Segunda ida da história para a telona - o primeiro foi lançado em 1989 e é uma das poucas adaptações de King dirigidas por mulheres -, "Cemitério Maldito" entrou no calendário dos grandes lançamentos do terror no ano - seguido do fraco "Nós" - pela divulgação massiva da Paramount. Em números, o rendimento foi satisfatório: já passou da marca de $110 milhões mundialmente, e acabou de chegar no Brasil.


O longa é dirigido por Dennis Widmyer & Kevin Kölsch, dupla responsável pelo interessante "Starry Eyes" (2014). O primeiro filme sob as assas de um grande estúdio, a obra é um fracasso como terror e como cinema puro e simples. Não li o livro original nem assisti à primeira versão, então minha visão é exclusivamente direcionada ao que me foi posto na tela aqui. A trama gira em torno de Louis (Jason Clarke), sua esposa Rachel (Amy Seimetz) e os dois filhos, Ellie (Jeté Laurence) e o inútil Gage (Hugo & Lucas Lavoie) - coitado do menininho, mas o personagem é literalmente esquecido em boa parte da duração. Quando Church, o gato da família, morre, Louis é levado por Jud (John Lithgow), o vizinho, até um cemitério escondido que revive aquilo que lá é enterrado.

Louis fica aliviado por não ter que dar a trágica notícia para a filha, a mais apegada ao gato, todavia, o que antes parecia um plano eficiente se revela um desastre, já que Church volta à vida de maneira violenta. O filme dedica várias cenas com os personagens tendo que lidar com o felino arisco (e descabelado), o que é ridículo. A reviravolta surge quando Ellie é atropelada no dia do seu aniversário; é claro que o pai enterra a menina no tal cemitério, e ela volta como uma psicopata sanguinária, destinada a matar quem aparece pela frente.

É involuntariamente cômica a situação. O malabarismo para justificar o mote "criança assassina" é hilário, e o pior: Ellie é atropelada por um caminhão e não há UMA gota de sangue na tela. Seu corpo ressuscitado quase não demonstra sinais de danos e o pai consegue entrar no cemitério, cavar a sepultura da filha, abrir o caixão e levar o corpo sem que NINGUÉM veja. Claro que sim.


Se o cerne do roteiro é pobre dessa maneira, a produção vai ainda mais longe e se revela uma masterclass de todos os clichês existentes dentro do terror. Até parece que existiu um estudo para compilar trajetórias e ideias já feitas centenas de vezes dentro do gênero, porque quando há tantos chavões reunidos, não pode ser mera coincidência. Para deixar o sentido da masterclass ainda mais evidente, nada melhor que expor em tópicos os principais pontos clichês dentro de "Cemitério Maldito".

O recomeço em uma nova casa

Você já assistiu a esse filme: uma família decide se mudar para uma nova casa - de preferência em outra cidade - para um recomeço. A família chega em uma cidadezinha pacata com a esperança de que o novo lugar seja a solução para os seus problemas. Aqui temos a apoteose da perfeita e asséptica família do american way of life, o conglomerado de pontuações que formam uma entidade irretocável tão vendida ao longo da história do cinema no país. Chega a dar abuso.

A família está fugindo de um trauma

É claro, todos não decidiram pegar as malas e sair de onde moravam só para respirar um novo ar, eles estão querendo distância de um trauma. Aconteceu alguma coisa no passado que perturba a cabeça dos personagens, de maneira tão forte que eles preferem largar tudo e chegar em um local diferente. O macete serve para solidificar a fraqueza psicológica de suas futuras vítimas - quanto mais fracas elas são, menos esforço é necessário na orquestração do terror.

A coisa fica ainda mais pobre quando essa fraqueza já vem pronta pelo roteiro. Vamos lembrar de "Hereditário" (2018): a saga de Annie é costurada com imenso cuidado do começo ao fim, da serenidade até a ruína emocional completa. Quando os personagens já chegam com um drama que está do lado de fora da tela, não há muito trabalho a ser feito. É a antítese do cinema: quando se fala ao invés de se mostra.
 

Algum personagem se nega a aceitar o que está acontecendo

Se o terror põe o pé no sobrenatural, o mais batido a ser feito é colocar um personagem em específico que vai duvidando do que está acontecendo enquanto se agarra em seu ceticismo. No caso de "Cemitério Maldito" é o patriarca, Louis; cirurgião, ele é o "homem da ciência", o ser racional que trabalha apenas com fatos mesmo quando tem espíritos pulando na sua frente.

O contraposto é sua esposa, que é perturbada pela onipresença da irmã já morta. Esse conflito é jogado em cima da filha mais velha, quando os pais não sabem como lidar com temas básicos como a morte: para a mãe, ela deve aprender que há algo depois da vida; para o pai, há coisa nenhuma. A discussão central nem é o velho "há vida após a morte?" - o que seria interessante -, é apenas uma subtrama que logo mais é esquecida e não volta a ser pontuada - ou seja, é irrelevante.

O Google sabe todas as respostas

Coisas estranhas estão acontecendo na sua casa? Há histórias misteriosas sobre os arredores de onde você vive? Não se preocupe, é só jogar no Google. É realmente difícil pensar em um terror que não se utilize da tática de colocar seus personagens fazendo pesquisas para compreender qual o pavor que está infernizando sua vida; mas o engraçado é ver como o Google sabe toda e qualquer resposta de maneira direta, fácil e eficiente. Jornais de 100 anos atrás em alta resolução que explicam tudo o que você precisa? Está à beira de um clique.
 

Os personagens acordam de pesadelos que podem ou não ser reais

Na minha crítica de "Hereditário", comento o alívio que é acompanhar um filme que introduz de maneira incisiva na trama as manjadas cenas com pesadelos que cortam para o personagem acordando desesperado. "Cemitério Maldito" não faz o mesmo. Além de serem basicamente inúteis, as sequências de sonho possuem uma linguagem péssima que aniquila qualquer atmosfera: Louis - quem tem tais sonhos - é coberto com uma névoa enquanto há uma nada inspirada narração de uma entidade (que deveria ser temida) dizendo que tudo vai dar errado. Ele acordando e tendo indícios que o sonho foi mais real do que poderia ser? Tem sim.

Uso de máscaras como propulsores do medo

A lista com exemplos é enorme: "O Massacre da Serra Elétrica" (1974), "Halloween: A Noite do Terror" (1978) e "Sexta-Feira 13" (1980), até os modernos, como "Pânico" (1996), "Os Estranhos" (2008) e "A Morte Te Dá Parabéns" (2017), todos usam personagens mascarados para fomentar o medo. Não é preciso dizer o quão saturado isso já está. O mais absurdo dentro de "Cemitério Maldito" é que já no começo vemos uma procissão de mascarados, eles estão em basicamente TODOS os materiais promocionais e, depois da primeira cena, não aparecem mais. É o ápice da banalidade - eles eram reais ou não? O filme acabou e não soube dizer.

Apenas um dos personagens vê uma aparição/espírito e coloca em cheque a sua sanidade

Espíritos são serem extremamente seletivos no terror, e decidem para quem vão aparecer. Loius é assombrado pelo espírito de um paciente que morreu na sua maca - o único personagem negro é o primeiro a morrer, uau. Já Rachel vê a irmã morta, seja de forma metafórica - como um peso que ela carrega ao se culpar pelo falecimento da irmã - ou física, com o corpo contorcido da finada se arrastando na sua frente. Com uma pesada maquiagem, todos os desenvolvimentos ao redor dessa subtrama possuem pouco peso diante do todo, servindo pelo choque visual e é isso. O pior é que Rachel, a fim de superar a morte da filha, decide passar uns dias na casa de sua infância. Ela volta para o lugar que é assombrado pelo irmã, o mesmo lugar que a fez ir embora antes de qualquer coisa. Coerente.

"Cemitério Maldito" acaba sendo uma mercadoria didática, uma aula de como não construir um roteiro e quais caminhos devem ser evitados na busca de um sucesso criativo. Responsabilizar o material fonte, com uma fala do tipo "ah, mas no livro é assim", não é justificativa para amenizar tantos erros juntos - pelo contrário: quando há um texto já pronto, é mais fácil saber quais os rumos podem ser mantidos e quais devem ser melhorados. Com poucos momentos que valham a pena, esperar algo competente de um filme à base de gatos zumbis e cemitérios não vigiados é, no mínimo, ingenuidade.

Miley Cyrus anuncia o lançamento de mais dois EPs até o fim do ano: “tudo isso valerá por um álbum”

Miley Cyrus lançou nessa sexta-feira (31) o EP “SHE IS COMING”, e antes que pudéssemos especular muito sobre seus próximos passos, a artista mandou avisar em seu Twitter: vem aí mais dos EPs.

Até o final do ano, Miley lançará mais duas coleções de 6 músicas. A primeira se chamará “SHE IS HERE”, enquanto a terceira e última leva o nome de “SHE IS EVERYTHING”. Juntos, os 3 EPs somarão 18 músicas e formarão seu novo álbum, chamado de “SHE IS MILEY CYRUS”


A estratégia de lançamento de EPs que acabam por formar álbuns tem sido bastante utilizada por cantoras pop na era do streaming, de Bebe Rexha a Bea Miller, e mais recentemente com Sabrina Carpenter, que deve lançar ainda esse ano a segunda parte do disco “Singular”. 

Enquanto aguardamos pelos anúncio dos dois novos EPs, ficamos aqui dando bastante stream para o “SHE IS COMING”:

Amizade do pop! Taylor Swift adiciona o novo single de Katy Perry em sua playlist na Apple Music

É verdade que Katy Perry e Taylor Swift tiveram uma rixa, mas o “Bad Blood” entre as duas ficou no passado. A prova disso é que nessa sexta-feira (31), após Katy lançar seu novo single, “Never Really Over”, Taylor foi lá e adicionou a música em sua playlist na Apple Music.

O novo single da Katy Perry foi adicionado na décima terceira posição da playlist. Como o número 13 nunca aparece coincidentemente para Taylor, acreditamos que essa foi a forma da artista mandar boas vibrações para a nova era da amiga.


Amamos ver uma lenda apoiando outra lenda. 

Chamada de “a trilha sonora de sua vida no momento”, a playlist de Taylor no serviço de streaming inclui também outros hinos como “Want You In My Room”, da Carly Rae Jepsen com produção do Jack Antonoff, e “Juice”, da Lizzo. Bom gosto!

E agora vamos fazer como a Taylor Swift e dar bastante stream para o novo single da Katy, porque ela merece. 

C*ralho, eu tô muito espiritualizada! Katy Perry é só positividade no clipe de "Never Really Over"

Ela voltou! Katy Perry lançou nessa sexta-feira (31) seu mais novo single, "Never Really Over", acompanhado de um clipe onde ela irradia paz, amor e muita positividade pra tentar superar um relacionamento que não deu certo. 

A canção, produzida pelo Dreamlab e pelo Zedd, com quem Katy trabalhou recentemente na parceria "365", utiliza um sample bastante inusitado da faixa "Love You Like That", da cantora norueguesa Dagny, e que funciona muito bem. "Never Really Over" tem uma sonoridade que nos remete bem levemente ao "Witness", seu último disco, e um refrão poderoso, que não vai sair da sua cabeça cedo. 


Mas o verdadeiro destaque da canção vai mesmo para seu clipe. Na produção, Katy Perry dá entrada em um retiro espiritual que tem um toque do musical "Hair". Por lá, a cantora usa roupas bem hippies enquanto passa por tratamentos e rituais esotéricos para tentar curar seu coração partido. Da fotografia ao figurino, passando pelas coreografias, vemos Katy apostar em algum mais maduro, sem perder sua essência. 



Esse comeback tá mais do que aprovado!

Ainda não sabemos se "Never Really Over" é a primeira amostra do quinto disco de Katy Perry ou apenas um single avulso, mas torcemos para que a cantora continuo investindo nesse estilo, tanto em questão do visual quanto sonoramente. 

Ela chegou! Miley Cyrus lança o EP “She Is Coming”

Miley Cyrus lançou nessa sexta-feira (31) seu mais novo EP, “She Is Coming”. Com algumas parcerias e uma mistura de ritmos, o material soa como um “Bangerz” menos doido e mais amadurecido. 

Em entrevistas, a artista havia contado que estava trabalhando em faixas bem diferentes, algumas mais pop, outras hip-hop, e até canções levadas pro rock. O que encontramos no “She Is Coming” é um pouco de tudo, do pop-rock de “Mother’s Daughter”, produzida por Wyatt, até o batidão de “Cattitude”, em parceria com a RuPaul, ambas co-escritas pela novata ALMA. 

Entre os destaques, temos também as produções de colaboradores antigos de Miley. Mike WiLL Made-It, responsável por grande parte do "Bangerz", aparece em "Party Up The Street", uma parceria com o Swae Lee, enquanto Mark Ronson, com quem a cantora lançou a música "Nothing Breaks Like a Heart" no final do ano passado, é o nome por trás da melhor canção do EP, a balada country-pop "The Most"



Ainda que o EP seja bem interessante, terminamos as 6 músicas com a sensação de que precisávamos ter escutado mais dessa nova personalidade da Miley. Talvez, se a cantora tivesse lançado um disco de uma vez só, teríamos mergulhado de vez nessa nova fase.

Antes de ouvirmos o novo álbum, entretanto, Miley está planejando uma boa divulgação para o "She Is Coming". Ela já liberou uma prévia do clipe de "D.R.E.A.M." e andam dizendo por aí que ela pode lançar vídeos para todas as faixas do material.


Agora nos resta esperar para saber se o "She Is Coming" é apenas uma prévia do que vamos ouvir do disco, ou já é uma primeira parte desse material, sendo seguido por outro EP, uma estratégia que alguns nomes do pop tem seguido nesses últimos tempos. 

¡Madre mía! Rosalía salva o pop mais uma vez com o clipe de “Aute Cuture”

A gente sempre pode contar com a Rosalía pra salvar o pop a cada novo lançamento. A prova disso é seu novo single, “Aute Cuture”, que já chegou com um clipe incrível nessa quinta-feira (30).

  » Amanhã, dia 31, estreia em SP a festa Gasolina, Especial Rosalía

Na vídeo da música, que é um batidão pra ninguém botar defeito, a cantora aparece com roupas extravagantes e em cenários elaborados dançando muito e desfilando com unhas bem longas e douradas. É que, no clipe, Rosalía comanda um salão de beleza especializado nessas unhas gigantescas. Estilo é estilo, né?

Olha só:



¡Madre mía, Rosalía!

“Aute Cuture” é o primeiro single solo da espanhola desde o lançamento do disco “EL MAL QUERER”, no ano passado. Ainda esse ano, Rosalía lançou o single “Con Altura”, reggaeton em parceria com J Balvin e El Guincho.

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