A volta dos que não foram: Justin Bieber retorna nessa sexta-feira com "Can We Still Be Friends"

Cansado de Justin Bieber? Se sim, sentimos te informar que ele parece não estar nem um pouco cansado e sim mais do que pronto para fazer seu verdadeiro comeback. Depois de lançar diversas parcerias que o mantiveram no topo dos charts mundo afora enquanto "descansava", o canadense mandou avisar que sexta-feira, 18 de agosto, lançará um novo single chamado "Can We Still Be Friends" – e parece que a música é produzida por um dos The Chainsmokers.

Há um tempo atrás, caiu na internet uma prévia da canção que, segundo rumores, seria uma parceria entre o cantor e o duo eletrônico. Parece que, na verdade, o novo single é apenas produzido por um deles, o Andrew Taggart (caso você não saiba quem é quem, é aquele que fica se pegando com a Halsey no clipe de "Closer"). Considerando a produção da faixa, a gente não se surpreenderia nem um pouco se ela fosse uma "Closer" 2.0 e também não vamos ficar surpresos se, ainda assim, ela hitar (porque vai).



Gore ou queremos? Vocês decidem.


Não nos levem a mal, a gente adora as músicas do Justin Bieber, mas será que ele já não está um pouquinho saturado? Será que ele não deveria tirar umas férias, ainda mais agora que ele cancelou uma turnê? Deixamos esses questionamentos pra vocês. #Reflexão

Atualmente no topo da Billboard Hot 100 por 13 semanas consecutivas com "Despacito", parceria com o Luis Fonsi e o Daddy Yankee, Justin Bieber pode se substituir no topo do chart, já que o hit latino ainda tem força para ocupar a #1 posição nas próximas atualizações. Talvez possamos ser salvos por Rihanna, DJ Khaled e sua "Wild Thoughts". Talvez. 

Os melhores lançamentos da semana: Kesha, Gabrielle Aplin, Fifth Harmony, Ella Eyre e mais

Nada foi a mesma coisa após junho de 2015, quando as gravadoras e plataformas de streaming se uniram para a chamada New Music Friday: um dia global de lançamentos com artistas de todos os gêneros nas principais plataformas pela rede mundial de computadores.

Ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, nós religiosamente corremos para o Spotify, pra sabermos quais são as novidades mais interessantes da semana, sejam elas de artistas  novos ou consolidados, e reunimos todas nesta playlist que, sendo assim, é atualizada semanalmente.




Apesar de todas as músicas acima serem 10/10, vale ressaltarmos que as melhores das melhores se encontram no topo da lista.

Caso se interesse em ler mais sobre as faixas escolhidas, aqui vamos nós, e não deixe de nos seguir pelo Spotify!

O QUE TEVE DE BOM


👍 Esse momento é seu, menina mulher! Kesha finalmente está de volta e com o álbum da sua carreira. Foi difícil escolher nossa favorita do "Rainbow", mas depois de algumas ouvidas ficamos com "Boots", onde a velha Kesha encontra a nova – e é incrível.  

👍 Gabrielle Aplin pode não ser conhecida, mas conseguiu fazer algo que muita gente grande não tá conseguindo por esses dias: lançar algo refrescante e diferente da maioria, como sua "Waking Up Slow". Ponto pra ela.

👍 As coisas andavam meio estranhas nessa nova era do Fifth Harmony, mas uma luz no fim do tunel apareceu e ela, ironicamente, se chama "Angel". Produzida por Skrillex e Poo Bear, a música é tudo que nós queremos ver o quarteto fazendo nessa fase e conseguiu nos fazer esquecer que "Down" algum dia existiu.  



👍 O novo single da Ella Eyre com participação do Ty Dolla $ign, "Ego", parece algo que a Zara Larsson faria, o que só pode significar que a música é realmente boa.  

👍 Talvez você conheça a Stefflon Don de "Instruction", do Jax Jones com a Demi Lovato, mas ela é uma rapper muito boa e que merece sua atenção nas suas próprias músicas. Comece por "Hurtin' Me", com o French Montana

NÃO PODE SAIR SEM OUVIR




Ouça e siga a playlist “It’s Nü Music Friday” no blog:

Zendaya é a estrela do clipe de "Versace On The Floor", do Bruno Mars

Bruno Mars gosta de uma surpresa! Enquanto todos nos dividíamos entre Game Of Thrones e Teen Choice Awards, o cara aproveitou pra liberar o clipe da sua nova música de trabalho, "Versace On The Floor", que tem a participação de ninguém mais, ninguém menos do que o ícone da nova geração, Zendaya.

Com muita cara de anos 90, a produção trás o cantor em um quarto de hotel cheio de luzes enquanto toca um piano e  canta sua musica, enquanto a atriz aparece no quarto ao lado se sentindo toda dentro de seu vestido Versace reluzente.




Vale lembrar que além de atriz e participante de clipes do Bruno Mars, Zendaya tem uma carreira de cantora e lançou seu primeiro e único disco lá em 2013. O material, autointitulado, segue um pop e R&B dançante e que combina bastante com a garota, que também sabe dançar muito bem. No ano passado, ela até ensaiou sua volta com "Something New", mas não foi pra frente. Zendaya não tem feito muitos projetos na música e está se dedicando mais ao cinema, estrelando recentemente "Homem-Aranha - De Volta Ao Lar", mas vamos aproveitar esse post pra pedir, por favor, pra que ela lance mais um disco. TÁ ME OUVINDO, QUERIDA?



"Versace On The Floor" é o terceiro single do "24K Magic" e sucede os mega hits "That's What I Like" e a faixa-título. Em novembro, Bruno chega ao Brasil para cantar esses e outros hits em 4 shows lotadíssimos. Quem vamos?

Crítica: a corrida para achar sua cara metade no estranho "O Lagosta" pode salvar sua vida (ou não)

Caso você não acompanhe os noticiários, a Grécia vem passando por uma crise econômica há alguns anos. Longe daqui querer explicar de forma técnica e detalhista os motivos para o caos financeiro grego. Todavia, de forma bem superficial (e ainda assim tediosa), o berço dos jogos olímpicos deve bilhões de Euros, causando um profundo déficit de orçamento e desconfiança no mercado internacional. E olha que lá habita apenas 11 milhões de habitantes – o Brasil tem, aproximadamente, 18 vezes esse contingente populacional.

E crise financeira é motivo pra tirar o sono de um país – nós bem que estamos entendendo, mesmo não chegando perto da Grécia. Só que, numa forma bem paradoxal, a República Helênica tem um mercado em plena expansão: o cinema. No nascimento deste novo século, o “novo cinema grego” virou celeiro de produções cada vez mais mirabolantes, provocativas e polêmicas.

O grande pontapé para essa onda aconteceu em 2009 com “Dente Canino”, de Yorgos Lanthimos. O longa, que venceu diversos prêmios mundo afora e foi indicado ao Oscar de “Melhor Filme Estrangeiro” (infelizmente perdendo), conta a história de uma família formada pelo pai, mãe e três filhos, sendo um rapaz, o mais velho, e duas garotas. A enorme casa, afastada do mundo, é a redoma de vidro dos filhos: eles nunca saíram de lá.

Tudo o que eles conhecem da vida foi ensinado pelos pais, que deturpam o real significado das coisas. Por exemplo: para eles, um avião passando pelo céu não é um avião passando pelo céu, é um brinquedo prestes a cair – e a mãe, às escondidas, joga um avião de brinquedo no meio do jardim para a alegria dos filhos.

Existem na casa algumas regras básicas. Os filhos não podem ultrapassar a enorme cerca, pois o mundo é cruel e facilmente pode os matar. Eles só poderão sair pelo portão quando o dente canino cair – ou seja, jamais, já que a dentição de leite há muito tempo se fora, antes mesmo de os filhos desejarem sair dali – coisa que eles não desejam. Toda aquela disfuncional realidade funcionava muito bem até que o pai, preocupado com os impulsos sexuais do filho, traz regularmente uma empregada de sua empresa para fazer sexo com o rapaz. A entrada desse corpo estranho na casa vai arruinar a paz de outrora.


Bizarro, não? Pois é, é assim que a nova safra grega vem despontando. Em 2015 tivemos outro exemplar grego para se unir ao freakshow, “O Lagosta”, também de Yorgos Lanthimos. O longa se passa numa realidade paralela, onde é terminantemente proibido ser solteiro. David (Colin Farrell), coitado, perdeu a mulher a para outro homem, o que faz o governo bater à sua porta em meio à dor para retirá-lo da Cidade e levá-lo até o Hotel. Lá, ele tem 45 dias para encontrar um par; caso falhe, ele virará um animal à sua escolha e será solto na floresta.

É isso aí. Ao chegar no Hotel, ao lado de Bob, seu irmão, que foi transformado em cachorro por não conseguir encontrar um amor, David passa por um criterioso questionário, que pergunta seu status atual e qual tipo de relacionamento ele deseja, hétero ou homossexual. “Não pode ser bissexual? Eu fiquei com um cara na escola uma vez”, pergunta ele. Infelizmente a resposta é não. Já nos primeiríssimos segundos o roteiro de Lanthimos, indicado ao Oscar de “Melhor Roteiro Original”, debocha da padronização do amor que impomos à pessoa do macho. Meio cabisbaixo David aceita “ser hétero”.

Logo depois o nosso protagonista recebe a visita da Gerente do Hotel (Olivia Colman), que explica algumas regras básicas do local, como a proibição de masturbação e a extensão da estadia: um dia a mais por cada Solitário (ex-hóspedes que fugiram para a Floresta e lá vivem clandestinamente – e solteiros) que ele caçar com dardos tranquilizantes. No fim, pergunta qual animal David gostaria de ser transformado caso falhe: uma lagosta.

“Excelente escolha”, parabeniza a Gerente, enfatizando que poucas pessoas escolhem animais “incomuns”. Esses primeiros minutos conduzidos em intimidade com David nos coloca como cúmplices daquela situação, pois vamos, juntamente com o personagem, aprendendo e nos adaptando a toda aquela estranheza, além de, evidentemente, nos perguntar o que faríamos ali.


Antes de sair, a Gerente prende a mão direita de David na parte de trás do cinto. “Para você ver como é ruim não ter ajuda”. Começa aqui o show insanamente artificial de manipulações do Hotel para provar por A + B que ser solteiro é uma maldição. Outros métodos nada sutis são encenações para os hóspedes de situações corriqueiras, colocando em xeque a importância de ter alguém do seu lado. Num momento vemos um funcionário do Hotel no palco em duas situações. A primeira, “solteiro”, o mostra comendo, se engasgando e morrendo. Na segunda, “com alguém”, mostra a mulher correndo e conseguindo fazê-lo respirar. Viu? Ser solteiro vai te matar.

Por se tratar duma realidade muito absurda, “O Lagosta” adota uma narrativa fabulesca e surreal, narrada em tom de ironia e com uma trilha sonora estrondosa, exagerada e gritante, que vai de encontro com a loucura da película ao não medir esforços em soar gigante e histriônico. É tudo fora do comum, desde os momentos em câmera lenta, ovacionando a violência das caçadas de forma poética, até os personagens. As atuações são nem um pouco naturalistas, afinal, há nada de “natural” naquela realidade. Há um forte teor mecânico, ensaiado e desconfortável nos personagens, vítimas de um sistema opressor que os obriga a “serem felizes”, além de forçar de maneira quase ufanista a máxima “ser solteiro é ruim”.


É válido pontuar a falta de nomes para os personagens, com exceção do protagonista. Todos os outros são designados a partir de características físicas e sociais, tornando ainda mais impessoal e distante o processo de romantismo. Isso nada mais é que uma versão hiperbólica da nossa própria realidade. Vivemos num sistema onde você necessita ser feliz, e só pode ser feliz ao lado de alguém. Ser feliz sozinho é algo estranho. Não querer casar? Nossa!, como pode? Você não pensa no futuro? E quando virar velho, vai viver sozinho? E filhos? Eles são uma dádiva, você só é completo como ser humano depois de filhos!

Esse processo pode ser chamado de expansão dialética (o mesmo efeito visto no recente - e magistral - "Peles"): é o exagero de algo para mostrar como o objeto escolhido tem irregularidades, e Lanthimos é mestre nisso – “Dente Canino” e “Alpes” (2011), os dois filmes anteriores a “O Lagosta”, se utilizam do mesmo processo, sendo usado de forma mais incisiva neste novo. Exagerando o desespero constante para achar a cara metade em algo que pode te transformar num animal, o diretor mostra que talvez nós estejamos fazendo as coisas da maneira errada.


A própria ideia em ser transformado num animal revela muito. O ápice dessa busca desenfreada acaba nos transformando em animais dispostos a tudo para alcançar o “amor”, literalmente saindo à caça de outros seres humanos que simplesmente preferem estar felizes consigo mesmos. E a maneira forçada que nos levamos a buscar alguém é quase o instinto animal de procriação: bate o sistema interno e lá vão eles atrás do acasalamento. No filme, um dos personagens, interessado numa mulher que sofre com sangramentos nasais, passa a bater seu nariz em qualquer coisa para também sangrar. Só assim eles serão realmente compatíveis.

Novamente é o filme nos levando ao extremo, mas não é muito difícil encontrarmos casais que se moldam só para se encaixarem, mesmo que isso custe um preço alto demais. Somos mais que relacionamentos mentirosos, ou pelo menos deveríamos ser – e é essa a cruz de David, que um dia percebe que é muito mais difícil fingir que você tem sentimentos quando não tem do que fingir que não tem sentimentos quando os tem.

Na segunda metade do longa, David foge para a Floresta, onde decide viver solteiro junto com os Solitários. Mas a Floresta também tem suas regras. É terminantemente proibido qualquer tipo de ligação amorosa, contato sexual ou qualquer atividade do tipo. Você é obrigado a cavar uma cova, que será usada quando você morrer. É o êxtase do “viver juntos, morrer sozinho”. Porém David conhece a Mulher Míope (Rachel Weisz) e se apaixona, algo completamente contra as regras. A Chefe dos Solitários (Léa Seydoux) começa a perceber a aproximação dos dois, o que acarretará em complicações na relação.


Ao sairmos do Hotel e chegarmos à Floresta, o ritmo do filme muda, pois as realidades são conflitantes. Na Floresta podemos ter deslumbres maiores do mundo onde os personagens vivem: David, Mulher Míope, Chefe dos Solitários e o Nadador Solitário vão ocasionalmente à Cidade para comprar suplementos e visitar os pais da Chefe dos Solitários, que acreditam na fachada da filha. Ela seria casada com o Nadador Solitário e David com a Mulher Míope – encenação que estes dois começam a gostar cada vez mais, o que, na mesma proporção, vai enfurecendo a Chefe dos Solitários.

Se de um lado os hóspedes do Hotel caçam os Solitários, estes decidem se vingar de maneira hilária: vão até o hotel e começam a criar intrigas nas relações: Chefe dos Solitários invade o quarto da Gerente do Hotel e seu marido, amarrando a mulher e apontando uma arma na cabeça do homem. “Numa escala de 1 a 15, o quanto você ama essa mulher?”, pergunta a Chefe. “14”, responde o homem, uma marca “impressionante”. Então ele tem que escolher levar um tiro ou atirar na mulher. Ele escolhe atirar na esposa. A arma, para seu espanto, não estava carregada, porém é tarde demais. O marido escolheu tirar a vida da mulher. A discórdia estava plantada.


Dentro de todos os trunfos de “O Lagosta”, um dos mais gritantes são as atuações. Todos os atores estão tão imersos dentro da realidade daquela distopia que conseguem se descaracterizar com louvor, principalmente Colin Farrell e Rachel Weisz, ambos portando um tom cômico, delicado e quase infantil, o que cria química imediata entre os dois. Léa Seydoux (de “Azul é a Cor Mais Quente”, 2013), que há muito tempo comprovou ser uma das atrizes mais talentosas da nossa geração, está brilhante no ríspido papel, chegando a soar amedrontadora e calculista, mesmo com traços dóceis. E o que dizer de Olivia Colman genial no papel da Gerente? A atriz consegue compor uma personagem irônica, divertida e que acredita piamente que aquela realidade é correta. Mesmo com poucos momentos em tela, Colman rouba as cenas em que aparece.

“O Lagosta” é uma obra-prima visualmente estonteante, daqueles filmes que dá gosto assistir pelas belíssimas imagens, o contraste perfeito para toda a bizarrice das situações. Exemplar irretocável do humor negro e, por que não?, do cinema de romance, a obra já nasceu com cara de clássico cult. Mesmo sendo o primeiro filme do diretor falado em inglês, claramente visando maior visibilidade no mercado, este deve em nada aos seus filmes anteriores, vindo sempre autoral e com a essência do cinema “lanthimosiano”, a alegoria metafórica que vem para cutucar e incomodar, algo que muitos diretores perdem ao saírem de suas terras-natais para se aventurar em filmes comerciais.

Mas afinal, qual animal você escolheria? (O site do filme criou um teste - em inglês - para você descobrir qual animal seria caso fracassasse em conseguir um amor para chamar de seu. Aqui deu pinguim. Sério).

Fomos ao show de lançamento de “Unlikely”, álbum novo do Far From Alaska, e foi do caralho

A banda de Natal subiu no palco do Z, em São Paulo, um pouco depois da meia noite de quinta (10) para a sexta (11). O baixo e a bateria da introdução de Cobra preencheram o salão daquela esquina lotada de Pinheiros. O público estava atento, mas não esperava a paulada que seria o resto do show.

Cobra abre o Unlikely, álbum lançado no dia 4 de agosto, e foi a escolhida para abrir o primeiro show solo da banda com o novo “filho”, como colocou o guitarrista, Rafael Brasil. “É muito louca essa coisa de botar um filho no mundo”, ele brincou entre duas músicas. Era uma noite de descobertas para os fãs e para a banda.

Assim que Cobra acabou, Emmily Barreto, que cuida dos vocais do Far From Alaska soltou a informação que mudaria o rumo do show. O Unlikely seria tocado na íntegra, na ordem e com um comentário sobre o processo de criação de cada faixa. O público foi à loucura, ir ao lançamento de um álbum é uma coisa, ouvir um álbum na íntegra ao vivo é uma experiência completamente diferente - vale dizer que essa também foi uma novidade para a banda, que está acostumada a emendar músicas e não fazer tantas pausas no show.



A segunda música do Unlikely, Bear, era a próxima a ser tocada, e quando Emmily cantarolou o refrão em seu microfone, a casa lotada continuou, dando um belo de um susto na banda: “EITA PREULA!”, Cris Botarelli, tecladista e vocal do FFA comentou rindo. O show seria uma porrada, um soco no estômago.

Não teve um minuto no show inteiro que alguém ficou parado. Em entrevista recente, as meninas da banda disseram que esse CD também é para dançar. Com certeza, é. Flamingo, Pig (que para a banda é uma música que lembra uma fazenda na praia) e uma das favoritas do público, Pelican, são as provas disso. Mas não se engane que a banda perdeu suas raízes, o roqueirão pesado ainda está presente.

O primeiro moshpit apareceu no meio da pista na hora de Pizza, a única música do álbum que tem coisas, ou melhor, uma coisa em português. Pizza brinca com o questionamento que rola com a banda desde o começo: “‘Por que vocês cantam em inglês?’ ai colocamos uma palavra em português, a nossa palavra favorita, que é praia” disse Emmily antes da música começar. E todo mundo cantou junto “Praia means beach. Beach means praia”.

Depois veio Armadillo e Rhino, que tem até uma homenagem para a diva Whitney Houston. O CD se encerra com Coruja, a única música que tem o nome em português, porque, segundo a banda, Owl é uma palavra que soa muito estranha. Nada mais justo.

Mas isso não significa que o show acabou por aí, antes de começar a tocar uns sons antigos, Edu Filguera, baixista, contou como que eles são amigos e estão o tempo todo com outras bandas. Quase que para comprovar isso, a banda tocou as primeiras estrofes de Abraço, do Medulla, e Sol da Manhã, do Supercombo, acompanhados pelo público. Depois, tocaram três músicas do seu primeiro álbum, o Modehuman, de 2014, e entre elas a queridinha Dino Vs. Dino.

O Far From Alaska mostrou que quando sobe ao palco, sobe para quebrar tudo. E quebra. Foi quebradeira, porradaria, um soco no estômago. Mas um soco dos bons.

O Fifth Harmony do clipe de "Angel" é o Fifth Harmony que queremos ver

As meninas do Fifth Harmony decidiram mostrar a que vieram e recolocar nossa fé nessa era ao lançar o buzz single "Angel", e se desde de que escutamos a música pela primeira vez nós já sonhamos com ela virando o novo single, hoje, 11 de agosto, com o lançamento do seu clipe, nós estamos implorando para que elas trabalhem a faixa, que o hit é certo. 

O vídeo é bem simples e mostra um cara dormindo e, em seus sonhos, vê as garotas sensualizando bastante em meio a um jogo de luz e projeções, provando que não são anjos coisa alguma. Apesar de não ser uma mega produção, o clipe tem essa cara urban pop, a atual proposta do Fifth Harmony, combina com as meninas e, sim, finalmente trás alguma identidade e autenticidade para esse novo trabalho. 


A Ally tá mais parecida com a Ariana Grande que a própria Ariana Grande. Socorro! 

Apesar dos nossos pedidos, "Angel", faixa produzida por Skrillex (!) e Poo Bear (!), os caras por trás do "Purpose" do Justin Bieber, não deve mesmo ser o segundo single. Segundo rumores, "He Like That" está confirmada como sucessora de "Down" e já teria seu clipe gravado. 

Outros rumores sobre as faixas do CD dizem que, além de "Angel", Skrillex e Poo Bear produziram outra canção para as meninas, "Messy", e que esta soa bastante como algo do Pussycat Dolls, como "Stickwitu". "Bridges" falaria sobre problemas do mundo, como "We Are The World", enquanto "Lonely Night" deve ser bem empoderadora e falar sobre se satisfazer sozinha. "Deliever" cumpre a cota R&B do projeto e traz um som que lembra as Destiny's Child. 

O terceiro disco da girlband, chamado de "Fifth Harmony", chega no dia 25 de agosto. 

Esse é um post de agradecimento à Kesha pelo "Rainbow" e por não ter desistido

Não foi fácil, mas Kesha conseguiu. Hoje, 11 de agosto, finalmente podemos escutar o "Rainbow", álbum que reflete as experiências que a cantora viveu nesses últimos anos: a depressão, o transtorno alimentar e a necessidade de se ver livre da presença de um homem abusivo. 

Travando uma batalha judicial para quebrar o contrato que assinou aos 18 anos de idade com Dr. Luke, Kesha pôde gravar seu novo disco com diferentes colaboradores e sem a presença do produtor, ainda que não esteja livre dele: os lucros sob seu trabalho são dele e de sua gravadora, a Kemosabe Records. O cara continua tendo influência sobre a carreira dela a ponto de ter que aprovar tudo que ela lança – como foi o caso de "Praying", música que serve como uma resposta a ele e a toda essa situação. 



Mas Kesha não desistiu, não se calou e, ainda que não esteja totalmente livre, fez o que pôde com a sua meia liberdade e lançou um dos melhores disco de 2017. "Rainbow" é uma evolução do que já vimos a americana fazer e é também seu momento mais autêntico. Com letras sobre superação do passado, empoderamento feminino, autoaceitação e amor próprio além de, claro, os bons e velhos relacionamentos, a cantora entrega um material que, ao fim, nos faz pensar o quão injusto foi esse talento estar preso por quase cinco anos. 

Abrindo o disco, temos "Bastards", uma das melhores canções do registro. Contextualizando de primeira o trabalho, Kesha fala para que não nos deixemos abater pelas pessoas ruins que cruzam o nosso caminho. Em "Let 'Em Talk" a temática é a mesma, só que mais raivosa e rockeira, afinal, é uma parceria com o Eagles of Death Metal. A busca pela superação atinge seu ápice na faixa título, uma das melhores – se não a melhor –  do CD. 



Entre as músicas já lançadas, como a balada poderosa e que só faz subir no iTunes US, "Praying", nossa favorita é "Woman", faixa divertida (as risadas da Kesha, gente!) onde, mesmo tendo sido abusada sexualmente e psicologicamente, a hitmaker grita pra quem quiser ouvir que ela é um mulherão da porra e que não precisa de ninguém. 

O disco termina com "Spaceship", música onde Kesha mostra sua influência country que permeia todo o trabalho, como em "Hunt You Down" e em "Old Flames (Can't Hold a Candle To You)", parceria com a Dolly Parton, e canta sobre a vez que, segunda a própria, estava completamente sóbria e sem nenhuma substância alucinógena em seu corpo quando viu discos voadores. Quem sabe? In Kesha we trust

Obrigada, Kesha, pelo "Rainbow", por não ter desistido e por nos inspirar todos os dias. Esse momento é seu! <3 

"Planeta dos Macacos: A Guerra" encerra a trilogia com maestria

Dizem que a vida imita a arte, mas há também momentos em que a arte imita a vida – e o cinema não é diferente disso. E não, não fala-se, aqui, de fatos históricos, situações cotidianas completamente plausíveis ou, até mesmo, (pelo menos não por ora) de uma avançadíssima tecnologia de CGI capaz de imitar com perfeição qualquer ser ou lugar. O cinema, muitas vezes, joga na nossa cara algo inerente à nossa condição humana, mas que não conseguimos enxergar. “Planeta dos Macacos: A Guerra”, assim como os outros filmes da franquia, traz isso não somente representado nos humanos, mas também, nos próprios símios. A grande moral deste longa, que encerra a trilogia que antecede a série original, é sobre como a linha entre o bem e o mal é tênue; sobre como a ideia de herói e vilão é apenas uma questão de ponto de vista. É um filme sobre empatia.

Vivendo naquele mundo pós-apocalíptico, César (Andy Serkis) lidera sua comunidade de macacos até que são surpreendidos por ataques de humanos que pretendem dizimá-los, o que ocasionou na morte de seu filho e sua esposa. Para proteger seu grupo, César trama uma missão para irem a um lugar seguro enquanto ele planeja se vingar do líder dos soldados, o Coronel (Woody Harrelson). E é justamente nas “cabeças” de ambos os lados, humanos e macacos, onde percebemos que existe sentido e razão nas motivações. Apesar de sermos facilmente convergidos para o lado de César, o ideal de sobrevivência do Coronel nos leva à questão de: "seríamos nós tão diferentes dele na mesma situação?". Enquanto, por exemplo, em "Planeta dos Macacos: A Origem", de 2011, a questão do bem e mal é colocada em extremos, temos, neste, a desconstrução desses padrões de personalidade.

Mais uma vez "Planeta dos Macacos" faz qualquer um perder o fôlego com sua tecnologia de captura de movimento empregada nas cenas. Andy Serkis, com seu espetáculo de expressões faciais – que faz você crer e descrer, ao mesmo tempo, que é um ser humano por trás do animal – não fica muito a frente de seus colegas de elenco Karin Konoval, Terry Notary, Michael Adamthwaite e Steve Zahn (Maurice, Rocket, Luca e Bad Ape, respectivamente). Numa soma de atuações excelentes, um bom roteiro, um CGI e mocap impecáveis, o resultado não poderia ser nada menos que personagens muito bem construídos e únicos, que fazem jus à grandiosidade da obra. Dos novatos, vale destacar o curioso Bad Ape, um ex-macaco de zoológico que traz um tom de melancolia e comicidade com seu jeito senil e inocente; Coronel, com um deboche sombrio, e Nova – esta, infelizmente, com um destaque negativo. 

O único ruído dentre os personagens é discreto, mas incomoda devido a algumas incoerências e clichês. Enquanto os outros são tão reais, Nova (Amiah Miller) apresenta uma inocência forçada, mesmo para uma criança. Além disso, em alguns momentos parece que houve a intenção de acelerar a ligação dela com sua nova família de símios e, por isso, deixaram alguns pontos à desejar. Seu pai (ou tutor) é morto por César e ela não se assusta ou hesita em se integrar aos macacos, mas chora pela morte de Luca, mesmo o conhecendo há poucos dias. Não é algo que, de fato, interfira na narrativa, mas é válido de se pontuar, já que o longa, no geral, parece evitar esses estereótipos.

O diretor Matt Reeves, assim como  Mark Bomback, Rick Jaffa, Amanda Silver, Michael Giacchino e Peter Chernin, sem dúvidas fechou com chave de ouro essa memorável trilogia. Com personagens, atuações, roteiro, trilha sonora, fotografia e, claro, efeitos especiais igualmente ótimos, o resultado não poderia ser outro além de um filme que mostra que a história dos macacos humanizados pode alcançar e agradar a todas as gerações. Sempre com fortes críticas sociais, Reeves e César podem ter a certeza de que seus legados irão permanecer.

A nova do Fifth Harmony, "Angel", é tão boa que nos fez esquecer de "Down"

A nova era do Fifth Harmony estava um pouco conturbada: "Down", que mais parece uma nova versão de "Work From Home", foi lançada como lead single e, para completar, numa tentativa um tanto forçada de demonstrar autenticidade, o disco ganhou o nome da girlband. Aí que apareceu uma luz no fim do túnel chamada "Angel" que nos fez acreditar que tudo vai ficar bem.

Lançada hoje, 10 de agosto, o (até então) buzz single é muito melhor que o lead. "Angel" é um trip-hop delicioso, que explora o melhor das vozes das quatro meninas e que mostra realmente o potencial delas e do álbum como um todo. Se o "Fifth Harmony" seguir essa linha urban pop de qualidade, ficaremos satisfeitos e esqueceremos que "Down" um dia existiu.


Por que essa não foi a primeira música de trabalho, gente?!?! Torcendo para que elas performem essa canção no palco do VMA, dia 27 de agosto.

Além de "Angel", as meninas liberaram recentemente a capa (bem bonita, por sinal) e a tracklist do CD, que chocou a população: não teremos mais nenhuma participação além da de Gucci Mane em "Down". Inusitado, mas promissor.



"Fifth Harmony", o álbum, chega no dia 25 de agosto.

Você quer pop com propósito? Então toma “What About Us”, o single de retorno da P!nk


É oficial! P!nk está de volta depois de cinco anos em seu cativeiro familiar. Para abrir os trabalhos de seu sétimo disco, a cantora escolheu a baladinha politicamente sutil, "What About Us", lançada hoje, 10 de agosto.

Se você tinha um pé atrás com o produtor Steve Mac ("Shape Of You" e "Rockabye"), pode ficar sossegado. A produção da canção é impecável e, como vimos na prévia do instrumental liberada ontem, extremamente emocionante, tudo isso combinado a uma letra poderosa sobre amor e quebra de confiança.

Somos problemas que querem ser resolvidos, somos crianças que querem ser amadas. Estávamos dispostos, nós viemos quando você pediu. Mas, cara, você nos enganou, já deu.



Sentiu essa, @DonaldTrump?

Como P!nk é P!nk, não importa em que tempo estamos, "What About Us" já está conseguindo um grande impacto nas rádios norte-americanas e, em menos de uma hora, já conquistou o #1 na Austrália, um dos mercados da música mais importantes do mundo. Tá bom pra você?

E pra quem queria uma "So What" ou algo do tipo, vamos com calma que o disco novo, "Beautiful Trauma", chega no dia 13 de outubro e, dada a temática do material, com certeza teremos músicas muito mais raivosas e explosivas pra amar. 

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