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Fomos ao show de lançamento de “Unlikely”, álbum novo do Far From Alaska, e foi do caralho

A banda de Natal subiu no palco do Z, em São Paulo, um pouco depois da meia noite de quinta (10) para a sexta (11). O baixo e a bateria da introdução de Cobra preencheram o salão daquela esquina lotada de Pinheiros. O público estava atento, mas não esperava a paulada que seria o resto do show.

Cobra abre o Unlikely, álbum lançado no dia 4 de agosto, e foi a escolhida para abrir o primeiro show solo da banda com o novo “filho”, como colocou o guitarrista, Rafael Brasil. “É muito louca essa coisa de botar um filho no mundo”, ele brincou entre duas músicas. Era uma noite de descobertas para os fãs e para a banda.

Assim que Cobra acabou, Emmily Barreto, que cuida dos vocais do Far From Alaska soltou a informação que mudaria o rumo do show. O Unlikely seria tocado na íntegra, na ordem e com um comentário sobre o processo de criação de cada faixa. O público foi à loucura, ir ao lançamento de um álbum é uma coisa, ouvir um álbum na íntegra ao vivo é uma experiência completamente diferente - vale dizer que essa também foi uma novidade para a banda, que está acostumada a emendar músicas e não fazer tantas pausas no show.



A segunda música do Unlikely, Bear, era a próxima a ser tocada, e quando Emmily cantarolou o refrão em seu microfone, a casa lotada continuou, dando um belo de um susto na banda: “EITA PREULA!”, Cris Botarelli, tecladista e vocal do FFA comentou rindo. O show seria uma porrada, um soco no estômago.

Não teve um minuto no show inteiro que alguém ficou parado. Em entrevista recente, as meninas da banda disseram que esse CD também é para dançar. Com certeza, é. Flamingo, Pig (que para a banda é uma música que lembra uma fazenda na praia) e uma das favoritas do público, Pelican, são as provas disso. Mas não se engane que a banda perdeu suas raízes, o roqueirão pesado ainda está presente.

O primeiro moshpit apareceu no meio da pista na hora de Pizza, a única música do álbum que tem coisas, ou melhor, uma coisa em português. Pizza brinca com o questionamento que rola com a banda desde o começo: “‘Por que vocês cantam em inglês?’ ai colocamos uma palavra em português, a nossa palavra favorita, que é praia” disse Emmily antes da música começar. E todo mundo cantou junto “Praia means beach. Beach means praia”.

Depois veio Armadillo e Rhino, que tem até uma homenagem para a diva Whitney Houston. O CD se encerra com Coruja, a única música que tem o nome em português, porque, segundo a banda, Owl é uma palavra que soa muito estranha. Nada mais justo.

Mas isso não significa que o show acabou por aí, antes de começar a tocar uns sons antigos, Edu Filguera, baixista, contou como que eles são amigos e estão o tempo todo com outras bandas. Quase que para comprovar isso, a banda tocou as primeiras estrofes de Abraço, do Medulla, e Sol da Manhã, do Supercombo, acompanhados pelo público. Depois, tocaram três músicas do seu primeiro álbum, o Modehuman, de 2014, e entre elas a queridinha Dino Vs. Dino.

O Far From Alaska mostrou que quando sobe ao palco, sobe para quebrar tudo. E quebra. Foi quebradeira, porradaria, um soco no estômago. Mas um soco dos bons.

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