Lady Gaga respondeu à crítica do The Chainsmokers da melhor forma possível

Ela é debochada, ela.


Lady Gaga lançou hoje (18) mais uma música do “Joanne” e, dessa vez, não teve vez para o rock e nem mais uma baladinha, sendo “A-YO” uma das faixas mais dançantes desse novo trabalho, e sem tempo a perder, a hitmaker de “Dancin’ In Circles” aproveitou a oportunidade para responder aos caras do Chainsmokers, que andaram falando mal de “Perfect Illusion” por aí.



Em seu Twitter, a cantora publicou o link da música nova e, endereçando aos donos de “Closer”, ironizou: “Talvez vocês gostem mais dessa, pessoal!”.


Pra quem perdeu, a dupla, atualmente no primeiro lugar da Billboard, decidiu dar sua opinião sobre a música de Gaga numa entrevista para a Rolling Stone, na qual disseram que “Perfect Illusion” era “uma bosta”. Na publicação, eles explicam que Gaga e os colaboradores da canção são ótimos artistas, mas que não foram conquistados por esse primeiro single.



Será que eles vão respondê-la? Sendo essa música mais radiofônica, também apostamos que curtirão mais, mas, no lugar deles, simplesmente não saberíamos aonde enfiar a cara numa situação como essa.

Ouça “A-YO”:



ATUALIZAÇÃO: Eles responderam, mas super pularam fora. Matou com bondade mesmo, hein Gaga?


Boicote? Grammy 2017 não reconhecerá novos álbuns de Frank Ocean para indicações

Vai que é tua, Beyoncé!


Frank Ocean comprou uma briga com a sua gravadora, quando lançou o disco “Blonde” sem o conhecimento do selo, no mesmo fim de semana em que a Universal havia feito a estreia do álbum visual “Endless”, e, aparentemente, sua escolha de burlar o contrato lhe custou caro.

De acordo com o site da revista Billboard, o cantor ficará de fora do Grammy 2017, uma vez que a gravadora tem o poder de escolha quanto aos artistas que poderão ou não ser indicados e, embora tenha sido lançado no prazo elegível, não submeteu nenhum dos trabalhos de Ocean, aclamadíssimos pela crítica.


No tempo em que foi lançado, “Blonde” levantou especulações quanto ao clima na Universal estar tenso, levando, inclusive, a um provável rompimento dos contratos de exclusividade com a Apple, que apoiou o lançamento paralelo de Frank.

Sem Frank, a corrida pelo Grammy de ‘Disco do Ano’ fica menos acirrada, mas permanece com outros grandes nomes em potencial, como Beyoncé, Adele, David Bowie e Chance The Rapper. 

Não é a primeira vez que isso acontece

No Grammy desse ano, outro nome que foi deixado para trás por conta da gravadora foi o rapper Drake, também contratado pela Universal. No auge de “Hotline Bling”, antes de estrear o álbum “Views”, o canadense já contava com o apreço da crítica, além dos números da música pelas paradas mundo afora, mas não foi submetido às indicações da academia por um mero descuido, perdendo a chance de concorrer ao famigerado gramofone.


#JUSTICEFORFRANKOCEAN.

Aprenda a se vestir como a Lady ‘Joanne’ Gaga com esse tutorial da Alaska Thunderfuck

Tem como não amar a Alaska? Sério, não dá!

Assim como todo o mundo, ela tá de olho na Lady Gaga e a fase do seu novo disco, “Joanne”, e em um vídeo feito para o canal WOW Presents, decidiu apresentar um tutorial MARAVILHOSO sobre como se vestir igual a nova era da cantora que, basicamente, consiste na simples combinação da brusinha cropped e shortinho jeans.

É claro que, se tratando de Alaska e Lady Gaga, nada é realmente simples, mas o melhor é a forma como a drag contextualiza todo o tutorial. Estamos morrendo de rir aqui!

Olha só:


Falando na Alaska, há alguns dias ela lançou seu novo disco, “Poundcake”, e o disco rende várias pérolas, como a parceria com a Adore Delano em “The T” e a homenagem aos seus fãs brasileiros na debochada “Come to Brazil”. O melhor é que, fora ser bem-humorado, a produção do disco tá mesmo muito boa.

Ouça no Spotify:


RAINHA.

Recap || X Factor UK 2016: com volta arrasadora das Little Mix, confira mais uma eliminação


Depois de boas apresentações na "Motown Week", foi ao ar, nesse domingo (16), no UK, o segundo Result Show da 13ª temporada de The X Factor. Ontem, nós apostamos que o Bottom seria formado por Ryan, Freddy ou Saara. Será que acertamos?

O programa ainda contou com as participações pra lá de especiais de OneRepublic e das rainhas do X Factor, Little Mix, estreando seu novo single, "Shout Out to My Ex".

Confira tudo que de melhor aconteceu, logo abaixo:

O programa já começou meio estranho, sem a tradicional performance em grupo e sequer uma explicação.

Na sequência, foi a vez de Dermot anunciar os primeiros convidados da noite: a banda OneRepublic, que, mais uma vez, arrasou, agora com seu novo single, a animada "Kids".

[Atualizaremos o post quando o vídeo for liberado]

Na volta do intervalo, já começamos a formação do Bottom, que, como previmos, realmente teve Ryan, Freddy e Saara entre os menos votados.

Antes do anúncio do "flash vote" e do Bottom 2, tivemos o momento que mais esperamos na semana: O COMEBACK DAS LITTLE MIX! E o que tivemos? Um ARRASO de performance como sempre. Maravilhosas no ao vivo e com um novo hino em mãos, Perrie, Jesy, Jade e Leigh-Anne brilharam em meio a muito girlpower e bailarinos, dando seu recado direitinho a todos os "ex", que fazem suas merdas por aí e depois querem o perdão. Com elas, isso não vai acontecer. Grandiosa performance!



Voltando à realidade, anunciaram que Ryan Lawrie havia vencido o "flash vote" e estava salvo. Com isso, tivemos o Bottom 2 formado por Freddy e Saara.

No sing-off, Freddy fez uma boa performance de "Stay"...


Já Saara, apostou na belíssima "Run"...


Com Nicole e Simon votando em Saara, e Sharon e Louis em Freddy, tivemos pela primeira vez o Deadlock na temporada, culminando com a saída de Freddy.



E aí, gostaram da eliminação de hoje? Semana que vem, como revelou a Jukebox, o tema será "Divas" e podemos esperar performances poderosas. Nos Results, teremos como convidados Shawn Mendes e John Legend.


Até mais!

Azealia Banks acusa o ator Russell Crowe de agredí-la fisicamente numa festa

As coisas estavam indo muito bem para Azealia Banks. Cada vez mais distante das redes sociais, a rapper contou recentemente que assinou um novo contrato musical e, levando suas últimas experiências como lições da indústria, estava decidida a dar um tempo na mídia, até que pudesse ser lembrada por sua música outra vez, mas a folga não durou muito tempo.

Em seu Facebook, a rapper desabafou de maneira preocupante, contando que foi vítima de violência pelo ator Russell Crowe (“Gladiador”, “Uma Mente Brilhante”), que teria a agredido física e verbalmente, a insultando de maneira racista e até mesmo cuspindo em Azealia, após expulsá-la de uma festa em sua suíte.

No seu relato, Azealia ressalta que haviam outros homens no lugar, que não fizeram nada para defendê-la, e diz que queria ter alguém que pudesse vingá-la, porque está se sentindo muito fraca e com vontade de morrer.
“Pra resumir minha noite, eu fui para uma festa na suíte do Russell Crowes, na qual ele me chamou de preta – em inglês, “nigger”, de forma pejorativa -, me enforcou, jogou pra fora e cuspiu em mim”, contou a rapper. “A última noite foi uma das mais difíceis para dormir depois de muito tempo. Os homens que estavam lá deixaram que isso acontecesse. Tô me sentindo péssima hoje.”
Em seu Twitter, o ator havia publicado o clipe de “The Big Big Beat”, mas apagou algum tempo depois.


Pouco se sabe quanto aos fins que levaram a rapper até a festa do ator, mas, como apurou o fã-site Azealia Banks Brasil, Russell atuou no filme “O Homem com Punhos de Ferro”, dirigido por RZA, que é também o nome por trás de “Coco”, filme inédito, protagonizado por Azealia, e um dos principais mentores nesta nova fase de sua carreira, sendo, inclusive, o responsável por seu novo contrato.

Até o momento, o ator não se pronunciou sobre as acusações, mas ficamos na torcida pra que ela fique bem o quanto antes e, claro, não deixe um episódio como esse passar impune. Força, Zezé! 😔

A atração surpresa do Lollapalooza Brasil era o Martin Garrix. Vida que segue.

Hoje é o dia 16 de outubro, e isso significa que chegou o dia do Lollapalooza Brasil revelar quem seria a sua atração surpresa. Os rumores foram muitos, com nomes que iam do Years and Years ao Radiohead, e o artista misterioso do festival era ninguém menos que...

Martin Garrix.


Apesar da estratégia dar a entender que a atração misteriosa seria uma “carta na manga”, pronta pra agradar aos que ainda sentiam falta de algo entre os nomes que se apresentarão nos dias 25 e 26 de março no Autódromo, tudo não passou de uma forma de não afetar as vendas do Ultra Music Festival, que rolou neste fim de semana e trazia o hitmaker de “Animals” como um dos seus principais nomes.


A parte boa é que, embora não tenha um Years and Years, Lana Del Rey ou fucking Radiohead, o Lollapalooza do ano que vem continua cheio de nomes interessantes, como The Weeknd, The Strokes, The XX, Two Door Cinema Club, Tove Lo, Melanie Martinez, MO, Glass Animals, Tegan and Sara e por aí vai.

Além do Martin Garrix, confirmaram também a entrada do Jimmy Eat World entre os artistas da sua próxima edição. Vida que segue.

Recap || X Factor UK 2016: pegue seu radinho e se jogue na (deliciosa) breguice da Motown Week


Foi ao ar, hoje, no UK, o segundo episódio dos live shows da 13ª temporada de X Factor UK. Como de praxe, um tema pra lá de conhecido deu as caras no programa: os clássicos da Motown. 

Com a substituição de Brooks Way pela girlband Four of Diamonds, nosso Top 11 teve momentos bem distintos. Enquanto os favoritos seguem mantendo o nível com ótimas performances, a galera que está um pouco abaixo, segue se complicando. Mas, sem mais delongas, você pode acompanhar tudo que de melhor (e pior) aconteceu no programa de hoje, porque está no ar mais uma Recap.

Xuxinha - 'Ain’t No Mountain High Enough' (Marvin Gaye & Tammi Terrell) 


A gente está até agora tentando entender porque a Nicole deixou o Freddy com uma das melhores músicas da semana. Pra gente, estava claro que ele não seguraria e, como esperávamos, a apresentação foi ‘just ok’ e ficou parecendo Karaokê em muitos momentos. Concordamos que ele foi melhor na semana passada, mas a gente também sabe que isso não era muito difícil. O que mais gostamos nessa apresentação foi o fato dele se descolar de vez da imagem ‘menino do piano’. Pra gente será uma surpresa se a Xuxinha não pegar o Bottom 2 amanhã.

Emily Middlemas - 'Stop! In the Name of Love' (The Supremes)



Quando Emily surgiu na tela, já ficamos mais animados por não ser uma versão no violão – ô imagem chata da porra – mas nossa alegria não durou muito. Ela fez todas as mudanças pra deixar a música com a cara dela e adivinhem só? Ficou boring pra caramba. No meio da apresentação a gente já estava dormindo. De verdade, não da pra entender esse amor todo do Simon e nem porquem ela está bem posicionada na Casa de Apostas. Não deve correr risco nessa semana, mas se dependesse exclusivamente da gente, também não duraria muito na competição. 

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Matt Sexy Terry - 'I Head It Through the Grapevine' (Marvin Gaye)



FINALMENTE O SHOW QUE ESTÁVAMOS ESPERANDO. Como na semana anterior, Matt fez uma apresentação incrível. O boy mais consistente da equipe e um dos melhores candidatos dessa edição. A voz estava ótima, entregou muito bem nas regiões agudas e sensualizou como quis no palco (Nicole, amiga, a gente te entende, viu?). Continuando assim, será difícil não vê-lo na final do programa. O que a gente espera para as próximas semanas, é que o Matt se arrisque ainda mais. Sabemos que ele consegue e queremos que o act faça uma temporada memorável. 



Relley C - 'Ain’t No Sunshine' (Bill Withers)



Há duas temporadas, o Ben Haenow, em sua audição, fez uma performance memorável dessa música. A da Reeley teve a cara dela, porém, acreditamos que faltou um pouco mais de emoção pra entregar tudo aquilo que estávamos esperando. A candidata está crescendo com a competição e cresceu demais nas últimas duas semanas. Até a Judge’s House, a gente bem achava ela qualquer coisa, mas ela precisa ficar atenta e se conectar com o público. Acertar todas as notas não levará a Reeley nem ao Top 5.

Sam Lavery - 'Hello' (Lionel Richie)


Ainda estamos com a sensação de que essa não foi a melhor escolha para a Sam Lavery. Já está claro que o Simon ainda não entendeu a artista que a Sam é – ou gostaria de ser – e isso poderá prejudica-la na competição. Ela tem uma voz poderosa, intensa e bem característica, por isso, a escolha de ‘Hello’ não se faz tão certa para esse momento da competição. Com as mudanças no arranjo, a candidata deixou a música mais atual e próxima da sua realidade, mas ainda assim, ficou datada e, certamente, não superou a sua apresentação da última semana. Estamos torcendo para que ela escape do bottom essa semana e continue crescendo na competição, mas estamos com medo, viu?

5 After Midnight - 'Get Ready/Reach Out I’ll Be There' (The Temptations/Four Tops)  



Pela segunda semana, um verdadeiro show. É muito claro que os meninos sabem quem são como artistas e conseguem levar isso para o palco do The X Factor UK. A impressão que temos é que estamos assistindo a uma apresentação de retorno dos caras, com uma carreira consolidada pós-programa. O visual funcionou, as vozes estavam super harmônicas, a coreografia foi mais leve, trazendo uma nova proposta para o grupo. O mais legal é perceber como eles funcionam juntos e que são, sem dúvidas, o melhor grupo da temporada. Eles estão se firmando na competição e vão brigar fortemente pelo título.

Ryan Lawrie - 'Superstition' (Stevie Wonder)



Quem nasceu Ryan Lawrie jamais será Olly Delícia Murs. Que apresentação brega., insossa e vocalmente fraca. Temos a impressão de que o candidato já apresentou tudo o que tinha pra apresentar. Não conseguimos ver o Ryan além dessa apresentação. Parece que os jurados apostaram na pinta de artista comercial, mas ele não tem funcionado tão bem. Certamente, seria melhor em uma boyband. Bottom 2 vem aí, querido. Pode se preparar.



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Honey G - 'No Money No Problems' (The Notorious B.I.G. ft. Puff Daddy and Mase)



Não conseguimos explicar o que está acontecendo, mas pela segunda semana consecutiva Honey G deu um show e levantou a plateia. De joke act ela não tem mais nada. É legal ver uma candidata tão diferente na competição e, mais legal ainda, é perceber que o público do programa está comprando essa ideia. A apresentação se aproximou bastante com a da semana passada, mas para o momento, a ideia parece ser não mexer em time que está ganhando. Não acreditamos na vitória da Honey G – nesse momento – mas apostamos que ela está salva essa semana, até porque ela consegue ser beeeeem mais interessante do que Ryan, Xuxinha e mais uns dois candidatos.

Gifty Louise - 'Rockin’ Robin' (Bobby Day)



O início foi excelente e prometia uma performance de tirar o fôlego, mas do meio pro final, foi perdendo a força e se tornou uma apresentação previsível e esquecível – ainda mais se a gente comparar com a apresentação da semana passada. Gifty tem um potencial absurdo que ainda é mal explorado pelo Simon. Deixa ela se jogar e virar uma diva pop e cheia de personalidade. Ela quer e ela pode. Arrasa, Gifty!

Saara Alto - 'River Deep – Mountain High' (Tina Turner)



A nossa relação com a Saara é meio que de amor e ódio: depois de ser atual e brilhante com “Let It Go”, ela voltou a ser datada essa semana. Todo mundo já sabe que potência vocal ela tem, mas só isso não a manterá no programa – até porque, isso já existe no formato rival. Como comentamos sobre a Relley, se a Saara quiser continuar na competição, ela precisa quebrar a barreira e se aproximar do público.

Four Of Diamonds - 'You Keep Me Hangin’ On' (The Supremes)



Mesmo com a sabotagem bizarra da produção (cadê makeover, figurino pra show e palco montado?) e a fogueira que se meteram, as meninas foram bem na apresentação. Elas têm uma sintonia bacana e todas as quatro são boas vocalistas. Caso o UK dê tempo para que elas se apresentem e Louis queira trabalhá-las (achamos difícil), acreditamos que podem render coisas muito boas na competição. A gente está torcendo para que elas não rodem amanhã. 

***

Olhando para o show como um todo, essa semana foi bem mais fraca que a semana anterior. Candidatos datados, com apresentações bregas e se segurando apenas em algumas seguranças que não levam ninguém a lugar nenhum. E grande parte da culpa disso tudo é da própria produção. Gente, Motown não dá mais. Quando os candidatos tiveram liberdade em “Express Yourself”, o show foi mais atual, moderno e fluiu de uma maneira bem mais interessante. 

Diante dessa realidade, destacamos as apresentações do Matt, 5AM e adivinhem só? Honey G!

Acreditamos no bottom entre Ryan, Saara e Xuxinha – contando que a Sam tenha público suficiente para segurá-la após essa péssima escolha de repertório. Se tivéssemos que apostar na eliminação de alguém, apostaríamos em Saara Aalto.

E vocês, o que acharam? Amanhã estamos de volta! 

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Crítica: "Stonewall: Onde o Orgulho Começou" tenta representar, mas higieniza e marginaliza o movimento LGBT


Você talvez não tenha assistido “Stonewall: Onde o Orgulho Começou”, mas já compartilhe da áurea negativa que habita a produção. Desde as críticas penosas espalhadas pelos sites de cinema mundo afora até seu famigerado trailer, o filme nem viu a luz do sol e já era repudiado.

O que por si só é um efeito muito problemático. Tanto para a obra em si, afinal, entrarmos numa onda de ódio sem nem ao menos assistirmos ao filme é ilógico; até para o contexto que o filme está inserido, nossa realidade de lutas cada vez mais incisivas do meio LGBT.

Um aspecto bastante relevante nesse contexto, e que merece destaque para uma análise mais complexa do todo, é a quantidade de pessoas que não conhecem a história de Stonewall. Nos Estados Unidos os eventos são mais conhecidos, mas fora dele é grande o torcer de rosto ao citar o movimento. Mas afinal, o que foi Stonewall?

Numa breve abordagem histórica (foco no “breve”, você pode - e deve - se aprofundar melhor depois) a Revolta de Stonewall aconteceu em 1969 na Rua Christopher, Nova Iorque. Basicamente foi uma manifestação violenta de LGBTs contra a repressão da polícia, numa época bastante opressora para toda a classe LGBT (mesmo esta sigla não existindo à época). A revolta é o marco inicial para o movimento do orgulho contemporâneo.

Pois bem. O filme conta a história de Danny (Jeremy Irvine), um jovem branco, gay e classe média que é expulso de casa após seus pais (e a cidade inteira) descobrirem sua orientação sexual. Ele vai parar na Rua Christopher, onde conhece Ray (Jonny Beauchamp) um jovem latino afeminado que o inicia naquele caldeirão cultural tão diferente da sua pacata realidade. Paralelo a isso, Danny tenta entrar numa faculdade, mesmo com a reprovação absoluta do pai.

Imagem: Divulgação/Internet

O roteirista Jon Robin Baitz claramente fez uma extensa pesquisa sobre o contexto político-social da época, introduzindo logo de cara uma vasta gama de cores, expressões e pensamentos (para o bem ou para o mal). Após conhecer Ray, Danny é apresentado aos amigos do jovem, que vão desde gays negros com roupas “femininas” até hippies.

A narrativa não perde tempo e introduz diversos aspectos necessários para a composição de sentidos e mostra desde personagens se prostituindo até roubando. Gays eram considerados doentes mentais inaptos de conviverem em sociedade, um forte discurso médico que legitimava a marginalização, sendo automaticamente reprovados em vagas de emprego e sujeitos à uma sub-vida.

Além da pressão social, leis garantiam que esse grupo fosse ainda mais excluído. Duas delas são bastante abordadas no filme: gays eram proibidos de consumir bebidas alcoólicas e eram presos caso trajassem mais de três peças de roupa do gênero oposto ao seu biológico. Com a repressão e violência garantida, o grupo via-se encurralado na clandestinidade.

Imagem: Divulgação/Internet

É aqui que entra o Stonewall Inn, um bar mantido pela máfia onde gays, lésbicas, drag queens e transsexuais poderiam ter uma válvula de escape. O local, que seria palco da revolução, era um dos poucos que vendia bebida para LGBTs e permitia música e dança entre pessoas do mesmo sexo.

O longa-metragem costura aspectos ficcionais com reconstituições de eventos reais na sua narrativa, o que o caracteriza como um docudrama - os populares “baseados em fatos reais”. Danny e Ray, por exemplo, são personagens inventados, e contracenam com nomes como Marsha P. Johnson (interpretada por Otoja Abit), transativista negra que virou símbolo da Revolta de Stonewall.

Eis que chegamos ao cerne do grande problema de “Stonewall: Onde o Orgulho Começou”, transparecido em seu trailer. Se temos nomes reais e que representam minorias ainda mais massacradas historicamente, como a Marsha, por que colocar como protagonista um jovem branco, boa pinta, heteronormativo, com acesso à educação e que, atenção para este detalhe, não existiu?

Imagem: Divulgação/Internet

O diretor Roland Emmerich, homem branco e gay, disse em entrevistas após as discussões em torno do trailer bombardearem a internet, que seu filme foi feito também para “agradar heterossexuais”, e que estes se identificam com o protagonista. O quê?

É muito importante que tenhamos em mente o “objetivo” de toda e qualquer obra quando formos analisá-la. Qual é o objetivo de “Stonewall: Onde o Orgulho Começou”? Podemos citar três elementares: 1 entreter, 2 disseminar conhecimento histórico e 3 conscientizar sobre a luta LGBT.

Entendendo tais pontos, fica claro que é infundado assistir ao filme com o intuito de apontar diferenças históricas, pois ele não é um documentário, ele não está interessado em reproduzir fielmente todos os eventos da Revolta, mesmo passeando em vários aspectos daquele contexto em sua duração de mais de duas horas, desde pequenos, como a morte da atriz Judy Garland, até mais expressivos, como os desentendimentos entre a polícia e a máfia do Stonewall Inn.

Imagem: Divulgação/Internet

Com o objetivo de entreter e conscientizar sobre a importância do movimento LGBT, o filme, obviamente, quer agradar todo mundo, não importando sua cor, orientação sexual e identidade de gênero, afinal, essa conscientização dentro do contexto hétero-cis é bastante urgente, todavia, o público principal da obra é a classe LGBT, e soa bastante complicado quando o símbolo do filme, seu protagonista, não dialoga com camadas que estão cada vez mais em busca de voz - camadas estas que estão ativas na revolta histórica.

Além do mais, usar como desculpa para a heteronormatização do protagonista um agrado para o público heterossexual? Alguém já viu um romance hétero com um protagonista afeminado para agradar o público gay? Quando a preocupação com este público é de alguma forma diminuída em prol do público que já é representado em quase todas as obras, ainda mais as obras hollywoodianas, onde “Stonewall: Onde o Orgulho Começou” está inserido, há algo de errado.

Norte-americanos adoram um mito histórico; reflexo disso é a quantidade de filmes sobre esses mitos em seu cinema. Não há consenso entre historiadores sobre quem de fato iniciou a Revolta de Stonewall, entretanto, formou-se um mito sobre o primeiro objeto jogado, no caso do filme, um tijolo. Até mesmo Marsha é atribuída a esse momento, com ela jogando um tijolo e iniciando toda a movimentação.

Imagem: Divulgação/Internet

Este momento talvez seja o mais importante de todo o longa. Há uma forte construção imagética no momento do tijolo, arremessado aqui por Danny. Há cortes específicos que mostram o personagem segurando o objeto, seu rosto apreensivo, outros personagens em volta tensos até que ele joga e grita “Poder Gay!”, que incendeia o grupo e começa a revolta.

Diversos teóricos de cinema já falaram: a construção cinematográfica tem um forte poder de discurso. Tudo que cabe dentro do ecrã fala, berra, grita. O que a cena específica quer nos dizer?

Ao colocar o tijolo na mão de um personagem - é sempre bom repetir, branco, heteronormativo, universitário e inventado - o filme associa o mito ao personagem. Ali, Danny é um herói, um símbolo de Stonewall, aquele que sofreu na mão da sociedade preconceituosa e iniciou um evento que viria mudar a história.

Imagem: Divulgação/Internet

Como o filme não tem obrigação de retratar de forma 100% fidedigna os fatos e, como já mostrado, utiliza-se de tramas ficcionais para tecer sua trama, poderia muito bem ter colocado o tijolo com Marsha P. Johnson, um símbolo real. O tijolo deixa de ser um mero objeto para carregar um poder ideológico, e tamanho poder nas mãos de Danny embranquece, heteronormatiza e invisibiliza. Como pode o filme criar um símbolo sobre alguém que nem sequer existiu?

Existiram gays brancos e heteronormativos na Revolta de Stonewall? Sim, claro que sim, mas o cinema e toda forma de expressão midiatizada possui um elemento chamado “representatividade”, que é, de forma bem básica, o senso social formado pelas mídias do “outro”, daquele que não compartilha da nossa realidade e identidade. Brancos e heterossexuais já são muitíssimo bem representados nas plataformas midiáticas, então por que não protagonizar uma minoria que fez tanto para a revolta em específico e que não tem espaço?

“Stonewall: Onde o Orgulho Começou” sofre do mesmo mal que “A Garota Dinamarquesa”: é uma obra muito bem intencionada, no entanto jamais consegue soar relevante dentro da luta que propõe. Mesmo como todo o estudo sobre os eventos, toda a preparação visual para as expressões de gênero e toda a reconstituição física daquela época, o longa pode cair no esquecimento por levantar uma bandeira torta que, felizmente, gera descontentamento tanto por parte da classe que se propõe a representar quanto pelo puro e elementar estado de cinema, em mais uma história “coming-to-age” clichê e óbvia. Danny consegue, por fim, apoio de (parte) da família, cheia de sorrisos. É o açucarado final feliz do rostinho bonito que sempre teve tantas oportunidades a mais que todos os outros. O público pode voltar para casa tranquilo, o movimento LGBT está salvo.


Obs.: a análise do filme gerou um artigo científico intitulado
"As Garotas de Stonewall: analise de história e gênero a partir do filme
'Stonewall: Onde o Orgulho Começou'", escrito por mim e Julio Eduardo Alvarenga.

Pega seu cropped e shortinho jeans! O aquecimento para o “Joanne”, da Gaga, será neste sábado, em SP

Lady ‘Gaga’ Gaga finalmente voltará na próxima sexta-feira, 21, com o álbum “Joanne”, que já contou com os singles “Perfect Illusion” e “Million Reasons”, e faltando uma semana para o tão aguardado retorno da hitmaker de “Jewels and Drugs”, seus fãs já terão muito o que comemorar em São Paulo, na noite deste sábado (15) no Lab Club, na Augusta.

Marque presença no evento, pelo Facebook!

Agora que a era é indie. A volta de Gaga será comemorada numa batalha contra o Arctic Monkeys, na festa Love vs F**k, na qual duas pistas ditarão o que você dançará: em uma, rock, na outra, o bom e velho pop. Tá permitido tocar “Perfect Illusion” nas duas.



O aquecimento para “Joanne” começará às 23h e vai até o amanhecer, com, claro, nossa participação, trazendo hits do The Weeknd, MIA, Carly Rae Jepsen, Disclosure, Grimes, MØ, Kanye West e muitos, mas MUITOS hits da Gaga.

Taí um programa que vale a pena deixar o Netflix de lado. Não dá pra perder, né? Confira mais detalhes no evento do Facebook, pega seu cropped e shortinho jeans e nos vemos por lá! :D

Allie X quer fazer shows no Brasil neste ano e, literalmente, só depende dos seus fãs


Allie X revelou há alguns dias que virá ao Brasil em dezembro para se apresentar em uma conferência privada, na cidade de São Paulo. Como os fãs não terão acesso ao evento, a cantora está pedindo ajuda deles para que possa fazer outros shows pelo Brasil, como Rio de Janeiro e Fortaleza, além de mais um na capital paulista, e os X's — como ela carinhosamente chama os fãs — podem ajudá-la nessa tarefa.


A intérprete de "Old Habits Die Hard", em parceria com o site WeDemand, criou um página para que os fãs peçam shows nas três cidades que ela disponibilizou. O funcionamento da plataforma é simples: quanto mais pessoas demonstrarem interesse pelo evento, maiores as chances de acontecer. A meta que Allie colocou é de 500 pedidos por cidade, e além dos shows a cantora prometeu uma listening party do seu próximo trabalho, o "COLLXTION II", e acesso ao backstage para alguns fãs. Legal, né?! Você pode ajudar clicando aqui. 



Estamos na torcida para que os X's consigam realizar a tarefa e trazer a artista ao Brasil para shows!

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