Meu hino latino tá pronto! Parceria de Anitta e J Balvin é real e até já ganhou uma prévia

Durante a passagem de J Balvin pelo Brasil nesse ano, Anitta jogou no ar que eles estavam sim preparando uma parceria inédita e, depois de um tempinho de deserto, finalmente começamos a ter algumas informações sobre o hino que vai unir toda a América Latina.

O produtor do colombiano, Alejandro Ramirez, postou hoje, 16 de outubro, em seu Instagram Stories, uma prévia da faixa, ainda sem nome ou data de lançamento. No trechinho, podemos ouvir a voz de Anitta, cantando em espanhol.


Ainda não sabemos se parceria será lançada como parte do projeto Check Mate, mas o importante é que ela existe mesmo, está gravada e, se está ganhando essa prévia, com certeza já está no radar dos cantores.

Vale lembrar que a carioca já colaborou com J Balvin no remix de "Ginza", um dos grandes sucessos do cara, e o resultado foi ótimo. Depois desse hit latino, o colombiano lançou o hit mundial "Mi Gente", que ganhou recentemente um remix com Beyoncé, e se encontra nesse momento em #3 na Billboard Hot 100. Com essa nova colaboração, Balvin e Anitta vão unir a qualidade de sempre com um (não nos surpreenderíamos nada) sucesso mundial



Falando em Anitta, a brasileira sabe que todos estamos esperando ansiosamente por "Vai Malandra" e, por isso, avisou em seu Stories que o primeiro corte do vídeo, gravado na favela do Vidigal, já está pronto. E é claro que, para nos informar sobre isso, ela liberou um trecho do clipe do verão:


CADÊ O VMB QUANDO PRECISAMOS DELE?

E agora voltamos a programação normal: enaltecer "Is That For Me", atual single de Anitta com Alesso, que estreou em #80 no Spotify Mundial, dando a cantora sua melhor estreia na parada.

A Amazônia é o palco de Anitta no clipe de "Is That For Me"

Depois de liberar “Is That For Me”, seu novo single em parceria com o Alesso, na madrugada dessa sexta-feira, 13 de outubro, Anitta não quis perder tempo e revelou também o tão aguardado videoclipe da música, gravado inteiramente na Amazônia.

Fazendo da floresta seu palco, a brasileira rouba a produção para si, tornando a canção, uma típica faixa de música eletrônica, completamente sua. Se você faz parte do time que achou "Is That For Me" fraca, abra sua mente e deixe o clipe te surpreender. 



Quem gostou, gostou. Quem não gostou, pelo menos finge, c@#$*%&.

Segundo Anitta, a ideia do vídeo é mostrar as belezas naturais do nosso país para o mundo todo, já que a produção foi colocada no canal do DJ e, com isso, atentar a população para a preservação da Amazônia.

Com o projeto Check Mate, a brasileira explora ritmos que nunca teve a oportunidade de explorar, saindo da sua zona de conforto. A ideia veio no momento certo, já que ela está se lançando em carreira internacional, precisa fazer novas conexões e mostrar sua versatilidade. E que mal há nisso? 

E se ainda assim você não está gostando da forma como Anitta está conduzindo esse projeto, fica aqui o recado: senta e espera que "Vai Malandra" tá vindo aí. 

"Os Novos Mutantes" aposta em gênero ousado no seu primeiro trailer

Vocês já agradeceram a Fox por ter feito "X-Men" em 2000? É sério. Quem é fã destas inúmeras adaptações cinematográficas de quadrinhos tem que louvar o pai adotivo dos mutantes, porque sem ele nada disso iria ver a luz do dia tão cedo.

É fato que o estúdio impulsionou uma tendência que hoje é vista por muitos como um gênero do cinema, e mais de quinze anos depois, o estúdio busca, indiretamente, trazer uma mudança para o gênero. "Deadpool" é quem causou a primeira mudança: uma linguagem própria e violência gráfica que fizeram o filme ser para maiores de 18 anos e ainda sim lucrar horrores. Já "Logan" conta com uma história pé no chão até certo ponto, também com bastante violência gráfica, e que se propôs a se preocupar mais com a técnica de que seus antecessores.

"Os Novos Mutantes" ganhou seu primeiríssimo trailer durante a madrugada de hoje, e nossa maior surpresa foi a promessa do terror sendo cumprida. O vídeo em questão é simples, e talvez por esta simplicidade, para alguns deve soar como uma produção qualquer dentro do gênero apostado, porém só por sua ousadia, ele já merece nosso ingresso.



Aos poucos, a Fox está fazendo o que nenhum estúdio que trabalha com filmes de herói de fato conseguiu: serem únicos. As mudanças entre os filmes da Marvel Studios são tímidas, e a Warner, ao tentar criar algo diferente, mais caiu do que levantou. Talvez, com o possível sucesso de "Os Novos Mutantes", cresça a onda de filmes com identidade no mundo dos super-heróis.

"Os Novos Mutantes" chega aos cinemas em abril de 2018, contando com Anya Taylor-Joy ("Fragmentado") e Maisie Williams ("Game of Thrones"), como Magia e Lupina respectivamente, além dos brasileiros Henry Zaga (Manha-Solar) e Alice Braga (Cecilia Reyes). O filme conta com a direção de Josh Boone ("A Culpa é das Estrelas").

Pode entrar, Anira! "Is That For Me" é pra quem pensou que Anitta não teria seu hit em inglês

O novo single de Anitta já está entre nós! "Is That For Me", sua parceria com o sueco Alesso, chegou na madrugada desta sexta-feira, 13 de outubro, e é, como esperávamos, uma farofa com selo BR de qualidade, daquelas pra ninguém botar defeito. 

Bem diferente de tudo o que já fez, Anitta se jogou de vez na música eletrônica (e até em um pouquinho de trap!), e deixou o DJ conduzir fazendo o que sabe fazer de melhor. A produção não foge do comum para o que costumamos ver no ritmo, mas funciona muito bem pela presença da brasileira, que nunca tinha se arriscado em algo tão eletrônico assim, ainda mais em inglês, e mais uma vez prova sua versatilidade. 

Um hino que, com certeza, vai nos fazer rebolar muito nas pistas de dança desse Brasil. Solta a batida, Alesso!


videoclipe de "Is That For Me", gravado inteiramente na Amazônia, também estreia hoje. Para divulgar a nova música e o novo vídeo, a carioca fará uma live de 24 horas (!) no Instagram. Os bastidores do vídeo serão lançados no TVZ de hoje. Ainda sexta, a cantora também sobe ao palco do Ultra Music Festival para performar a canção ao lado de Alesso pela primeira vez. Surra de Anitta sim!

Para os próximos meses do projeto Check Mate, que deve durar apenas até dezembro, Anitta prepara o lançamento do single "Vai Malandra" e mais uma música que ainda é um mistério. 

A vingança de P!nk e Eminem em "Revenge" tem gosto de hit

Sede de vingança! P!nk veio pronta para, finalmente, dominar os charts com sua nova era. "Revenge", seu novo single em parceria com o Eminem lançado hoje, 13 de outubro, junto com o álbum, é um prato que a gente come de qualquer jeitinho de tão bom que é, e nos fez até relevar a presença do rapper. 

Divertida da letra a melodia, a faixa é muito mais a cara da cantora do que seu primeiro single, a política "What About Us". Em "Revenge", P!nk usa e abusa das repetições e até faz um rap bem tímido. A participação de Eminem não acrescenta muito (e as vezes em que ele fala desesperadamente "whore" e "slut" são completamente desnecessárias), e quem brilha mesmo é ela. É a canção que estávamos esperando desde que ela anunciou seu novo álbum.



Hmmmm, que gostinho de hit!

Ao que tudo indica, a música deve ser também o novo single do rapper, que lançará seu novo álbum no dia 17 de novembro. 

"Beautiful Trauma", o oitavo disco de P!nk, já está disponível em todas as plataformas digitais, e traz tanto as baladas sofridas que apenas ela sabe fazer, quanto as canções divertidas e supersinceras que já está acostumados a ouvi-la cantar. 

Solta a batida, Alesso! O clipe de "Is That For Me", novo single da Anitta, chega nessa sexta

Você quer essa rapidez? Anitta passou a semana na Amazônia gravando o clipe de "Is That For Me", seu novo single do projeto Check Mate com o Alesso, mas se engana quem pensa que, por isso, a produção vai demorar a estrear. Na na ni na não! A estreia da música e do vídeo está marcada para amanhã, 13 de outubro.


Explorando a beleza natural do nosso país como uma forma de protestar contra as medidas que querem sobretudo, destruir nossa floresta, o clipe de "Is That For Me" será colocado no canal de Alesso, dando assim maior visibilidade intencional para Anitta. É a estratégia!


Essa sexta também o dia em que Alesso sobe ao palco no Ultra Music Festival, que começa nesta quinta, 12 de outubro, e vai até sábado, 14. Já está confirmado: a carioca apresentará a canção pela primeira vez com o DJ.

Segundo rumores, o projeto Check Mate deve durar até dezembro, quando Anitta lançaria "Vai Malundra", faixa que ela já revelou que deve chegar mesmo no verão. O mês de novembro é um mistério, mas alguns boatos diziam que ela e Cláudia Leitte estariam preparando uma parceria. Será?

E agora ficamos com o vídeo/obra de arte de Anitta com medo da cobra da Amazônia picar seu c*. Gente como a gente.

#AmarNãoÉDoença | 8 séries que sempre estiverem em prol da diversidade

Há alguns dias, o juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho foi favorável, em decisão liminar, à ideia de que psicólogos podem oferecer tratamentos de reversão sexual, a chamada “cura gay”. No dia 2 de outubro, o recurso do Conselho Federal de Psicologia, que reprova a decisão, foi recusado pelo mesmo juiz e a decisão continua ativa. 

São tempos difíceis meus caros, mas parece que a onda conservadora, em especial a que alastra o ódio para com a diversidade sexual e de gênero, é uma reação perante às conquistas de parte da população LGBT nesse século, como a visibilidade nunca antes vista. Os anos 2000 marcaram a “saída do armário” de gays, lésbicas, bissexuais e pessoas trans, com filmes, realitys e séries que retratam o cotidiano dessa “minoria”. Atualmente, encontramos produções audiovisuais que exploram a diversidade sexual, de gênero e étnica como nunca, saindo da forma "didática" como apresentava os personagens antigamente para papéis complexos e instigantes, que assumem o caráter plural das comunidades marginalizadas.


Conservadores lutam para retirar direitos conquistados a muito suor e sangue, mas o caminho trilhado de respeito e amor em toda a sociedade é irreversível (com muita luta, claro). A lista abaixo mostra apenas algumas produções, entre as mais relevantes, que provaram há anos que o amor é lindo de todos os jeitos, e retratam as diversas fases que o audiovisual com representatividade teve ao longo dos últimos 20 anos. 

The L World
Nossa “Sex and the City” lésbica, “The L world” representa a primeira série dedicada a explorar os dramas de mulheres lésbicas e bissexuais. O principal casal, Bette e Tina, introduziram ainda o debate sobre inseminação artificial, algo novíssimo no longínquo ano de 2004. O show foi produzido pelo canal a cabo Showtime e conta com incríveis 6 temporadas. Merece sua atenção.



Queer As Folk
A série foi uma ousadia só quando estreou, primeiro no Reino Unido em 1999 e depois com sua versão americana em 2000. A trama nos Estados Unidos aborda a vida de cinco homens gays e suas aventuras profissionais e amorosas, com foco no relacionamento de Brian e Justin, que têm idades muito diferentes. Foi inovadora por apresentar gays e lésbicas como pessoas comuns — como elas de fato são —, cheias de problemas e dúvidas como qualquer outra pessoa., sem debater muito a comunidade em si. A versão americana foi mais longe, com 5 temporadas na Showtime. 

Contudo, a versão britânica, com duas temporadas, parece ter mais fãs, com uma história mais centrada nos protagonistas, apenas três, e muito mais sexo.



Looking
Quando estreou, “Looking” foi logo comparada a “Queer As Folk”, principalmente pela semelhança física dos personagens: mais uma série de homens gays brancos e magros? É verdade que a série começou um tanto alienada, com o roteiro mais voltado à Patrick e suas frustrações e inseguranças amorosas. Apesar disso, após a segunda temporada, absorvendo as críticas que recebeu, o show voltou com uma crítica à comunidade gay higienizada e preconceituosa, com personagens gordos e  debate entorno do HIV, por exemplo, sem cair numa publicidade governamental. O momento era diferente da efervescência e do novo gosto da liberdade que já existia nos anos 2000 com "Queer As Folk".

Originalmente transmitida pela HBO, entre 2014 e 2015, “Looking” teve só duas temporadas, e o canal produziu um filme televisivo, que serviu como fim da história e agrado para os fãs. Apesar das críticas que recebeu por parte da comunidade LGBT, a série foi uma obra televisa divertida e inclusiva sim, até certo ponto. 

Orange Is The New Black
Se tem uma coisa que “Orange Is The New Black” provou, é que o amor não tem fronteiras. De casal lésbico que se ama/odeia (Alex e Piper) a casais pouco prováveis (Poussey e Soso), o fato é que a série da Netflix é sinônimo hoje de diversidade. Qualquer pessoa que esteja querendo “a cura” para si ou para outras pessoas deveriam assistir ao programa e ver o quão fluída a sexualidade pode ser, e o quão abrangente o amor é. 

Please Like Me
Alguém poderia dizer que “Please Like Me” é a “Girls” australiana, com seus personagens chatos e complexados. É quase isso. Mas “Please Like Me”, além de retratar a ansiedade dos jovens nessa era, difere-se pela abordagem de temas ainda tabu, como depressão, suicídio e, sobretudo, por ser uma série aparentemente inofensiva, mas profunda em certos momentos. Não é necessariamente um drama, embora pareça às vezes, nem mesmo uma comédia por completo. As quatro temporadas do programa estão na Netflix, e a maratona é rapidinha. Apaixone-se (ou odeie) Josh e suas neuras também, e veja como a compreensão pode gerar uma família amorosa e de bem com a vida.



Transparent
Mort já na terceira idade assume para a família, seus três filhos adultos, que é transgênero. A partir daí, a trama se desenvolve nos relacionamentos que vão se modificando a partir da revelação do pai, que pega todos de surpresa. “Transparent” é uma comédia única, aclamada pela crítica e que humaniza a população trans, refletindo sobre seus dilemas, inclusive algo apontado por Jeffrey Tambor, que faz a protagonista, questionando sua escolha para o papel ao invés de uma atriz trans de verdade em seu discurso no Emmy de 2016.

Atualmente a série está em sua quarta temporada, e pode ser assistida pelo serviço de streaming da Amazon, o Prime Video.



Modern Family
Cam e Mitchel são um casal gay com uma filha adotiva, numa narrativa bastante importante, mostrando que pessoas gays querem também, entre várias coisas, ter uma família dita "tradicional". Diferente do que alguns críticos sugerem, Cam e Mitchel não são “heteronormativos" (as pessoas abusam do termo hoje em dia), mas sim mostram que os objetivos de pessoas gays são amplos, muito além do que o imaginário popular pode sugerir. Ambos tornam “Modern Family” muito mais atrativa e são um tapão na cara do homofóbicos. 

Glee
“Glee” foi responsável por fazer com que muitos passassem a aceitar suas próprias orientações sexuais e gênero. Provavelmente, pelo menos meia dúzia de seus amigos descobriram que eram gays ou lésbicas vendo o seriado de Ryan Murphy que mostrava a descoberta sexual de diversos personagens, como as lindas Britanny e Santana e Kurt e Blane, ou a diversidade de gênero, no genderfluid Unique. É certo que Ryan tem algum problema escrevendo personagens lésbicas – elas não acabam juntas em seus finais —, mas de qualquer forma os casais construídos em "Glee" foram representativos e importantes para muita gente.

XXX

Esses são apenas alguns dos melhores exemplos, centrados em personagens que contribuíram para diferentes perspectivas sobre o indivíduo LGBT na sociedade americana. Além de séries em que somos protagonistas, e que têm como objetivo mostrar um mundo reconhecível por pessoas LGBT, toda a comunidade começa a ser representada de maneira natural em produções para a massa. Estamos em séries como “How to Get Away With Murder”, “Orphan Black”, “Dear White People”, “Riverdale”, “Scream”, “American Gods”, “Shameless”, “Sense8”, “House of Cards”, “Unbreakable Kimmy Schmidt”, entre tantas outras. Esses são programas em que a sexualidade de seus personagens é apenas uma parte da complexidade humana em que neles reside.


***


Sempre estivemos dispostos a usar nossa plataforma como algo além do tradicional “noticiar” e aproveitarmos nosso alcance em prol do que merece a máxima atenção possível.

Essa matéria integra a campanha #AmarNãoÉDoença, que visa celebrar a diversidade sexual e de gênero. Somos apoiados pelos veículos abaixo assinado.

Album Review: Lorde, “Melodrama”

Quatro anos separam o primeiro hit de Lorde, “Royals”, do disco lançado pela cantora e compositora neozelandesa nesse ano, “Melodrama”

Neste tempo, a jovem viu sua realidade mudar da água pro vinho, indo da pacata Auckland para a iluminada Nova York e trocou seu círculo de amigos de nomes como seu produtor e anônimo Joel Little para o esquadrão de cantoras, atrizes, modelos e celebridades que desfilam ao lado da estrela pop Taylor Swift.

Se em seu álbum de estreia, “Pure Heroine”, era sua adolescência e recém-descoberta fama que inspiravam suas letras, aqui o mundo megalomaníaco que foi inserida se tornou o laboratório para as suas novas composições, essencialmente mantendo o misto de desprendimento e obsessão daquela que nunca se imaginara na realeza, somados a vulnerabilidade e maturidade da menina que, antes dos 18, perdia o controle de tudo o que não tinha para se tornar o centro das atenções.

Esse é seu Melodrama.




“Green Light”

Escolhida como primeira faixa para nos contar essa história, “Green Light” é a música perfeita pra falarmos de uma transição. O título se refere ao verde de um semáforo, sinal para seguir em frente, enquanto sua letra fala de um ex-relacionamento que não foi tão sincero o quanto ela gostaria, mas agora só precisa dar a abertura necessária pra que ela se veja livre dele.

Musicalmente falando, a estrutura da canção é essencial para construir a sua narrativa, começando quase que acapela, ao som de um tímido piano, até que cresce sob batidas tão dançantes quanto algum hit lançado pelo Calvin Harris na época em que Lorde convencia todos a trocarem seu pop genérico por seu trip-hop anti-pop.

“Sober”

Com sinal verde para essa nova empreitada, ela e o produtor Jack Antonoff, também vocalista da banda Bleachers e baixista da fun., constroem uma verdadeira obra de arte tão eletrônica quanto orgânica, que dá o tom para a sua redescoberta, num momento em que a cantora dança enquanto não sabe se está no seu melhor momento ou apenas perdendo a cabeça.



Recomeços tendem a ser complicados, principalmente quando não se sabe aonde quer chegar, e em “Sober” é sobre isso que ela canta, aos passos que se devaneia com um novo amor e, após passar os efeitos da última noite, não sabe exatamente como isso a faz sentir. “Ao amanhecer, você estará dançando com todas as dores de seu coração e com a traição e com as fantasias de que está partindo. Mas nós sabemos que, quando estiver acabado, você estará dançando conosco.”

“Homemade Dynamite”

Ainda não amanheceu e, no ápice de sua noite, é com Tove Lo que Lorde se permite o êxtase, no que resultou numa das melhores experimentações desse disco. A música fala sobre uma alma com quem ela esbarrou e, apesar de não conhecer bem, se identificou totalmente. Elas dançam, piram e aproveitam a noite como se não houvesse amanhã, explodindo a porra toda como bombas caseiras.



Nesta faixa, a produção é feita sob um pop em desconstrução, com quês de Flume (“Never Be Like You”) e Lady Gaga (“Paparazzi”), até que, em seu refrão, inevitavelmente nos remete ao clássico das Runaways, “Cherry Bomb”. “Nossas regras, nossos sonhos, nós estamos cegas. Colocando tudo para o ar com uma dinamite caseira.”

“The Louvre”

Outro ponto alto de “Melodrama”, essa faixa é aberta com uma guitarra que quebra a atmosfera entusiasmada de “Homemade Dynamite” pra dar lugar a uma desajeitada declaração de amor; amor esse que ela tem ciência sobre não durar muito tempo, mas que a faz se sentir bem agora, e isso é o que importa. “Transmita esse ‘boom, boom, boom, boom’ e faça-os todos dançarem com isso.”



Com dedo do Flume, lembrado na faixa anterior, a música passeia entre cordas e sintetizadores, numa construção que, segundo a própria cantora, foi inspirada pelo disco “Blonde”, de Frank Ocean. Tanto lírica quanto sonoramente, a faixa também nos remete a “I Could Say”, de uma liricista que em muito nos lembra Lorde por sua acidez poética, Lily Allen, presente no disco “It’s Not Me, It’s You”.

“Liability”

“Eu sou um pouco demais para qualquer um”, ela entoa nesta, que é uma das faixas mais simples e, ao mesmo tempo, complexas de todo o disco. Ao piano, “Liability” é sobre a responsabilidade depositada em nós quando estamos num relacionamento, ao passo em que nos dão o peso de alcançar as expectativas de outra pessoa e, consequentemente, se ver como o problema caso algo não saia como o esperado.



Essa faixa nasceu depois que Lorde pegou um táxi enquanto ouvia “Higher”, do último disco da Rihanna, e neste ponto, é possível perceber a forma como as faixas se conversam, sendo a de Rihanna uma ligação bêbada na madrugada pra falar sobre o quanto aquela pessoa te faz sentir especial e, no caso dessa canção, uma conversa na qual “o problema não é você, sou eu”. “Todos vocês me verão desaparecer pelo sol.”

“Hard Feelings/Loveless”

“Em três anos, eu te amei todos os dias e isso me deixou fraca, porque pra mim era real. Sim, pra mim era real.” O relacionamento chegou ao fim, como ela esperava, e no mesmo estúdio em que Taylor Swift gravou o seu disco “1989”, ela se debruça a cantar sobre esse término e, como sua amiga, não poupa a dedicatória: “(...) é tarde demais e essa música é para você”.

Dividida em duas partes, o primeiro lado de “Hard Feelings” volta a explorar o inexplorado da música pop, com um arranjo que se bagunça entre sintetizadores e percussões, nos lembrando da forma desritmada em que ela se lançou com “Royals”.



No lado B, “Loveless”, o sol já está se pondo, mas Lorde se lembra que ainda não deixou a festa. Apesar de conectada a “Hard Feelings”, a faixa tem o papel justamente contrário da anterior, agora se mostrando uma luz no fim do túnel para o qual ela vinha caminhando cada vez mais fundo. “Aposto que você quer ignorar as minhas chamadas agora. Mas adivinha só? Eu gosto disso (...) Nós somos a geração sem amores. A geração sem amores. A geração do todos-fodendo-com-a-cabeça-de-nossos-amados.”

Com uma letra que facilmente resgata o conceito de “New Romantics”, também de Taylor Swift, “Loveless” traz de volta a sonoridade apresentada em seu primeiro EP, “The Love Club”, quase como se, escondida por trás de “Hard Feelings”, fosse um refúgio em que ela se encontra com Ella, seu nome fora dos palcos, para então relembrar os pensamentos daquela que debochava sobre andar com as crianças populares.

“Sober II (Melodrama)”

Quando as luzes se acendem, tudo o que resta são Lorde e seu Melodrama. Numa sonoridade que implode sob um trip-hop, semelhante ao que ela trabalhou em seu primeiro disco, mas agora com uma atmosfera monumental, que beira o gospel, ela volta a se questionar sobre o que está ao seu redor. “Todo esse glamour e o trauma e essa porra de Melodrama.”



Para quem estava decidida a recomeçar, nem tudo pode ter saído como ela gostaria e, nesta altura, ela ressalta, como se nos devesse alguma explicação: “nós te avisamos que isso era um melodrama. Você queria algo que pudéssemos te dar.”

“Writer In The Dark”

Agora em casa, a cantora não conseguiu deixar o seu coração na pista e, enquanto compõe uma nova canção, volta a lidar com as falas daquele que a fez se sentir um fardo. Tanto lírica quanto sonoramente, “Writer In The Dark” se mostra conectada a “Liability”, enquanto ela volta a cantar sobre o quanto será difícil se desvencilhar desses sentimentos, em tempo que demonstra saber onde canalizá-los: nas suas canções.

Eu aposto que você lamenta o dia que beijou uma compositora no escuro. Agora ela vai tocá-lo, cantá-lo e aprisioná-lo em seu coração.



Em seu refrão, “Writer” ganha um coro que nos remete de Bowie ao Queen, dando a faixa força o suficiente para garantir que seremos pegos pelo coração e obrigados a sentir toda a vulnerabilidade que, como pediu em “The Louvre”, ela queria transmitir para que dançássemos sobre. “Eu vou te amar até que a minha respiração pare, até que você chame a polícia atrás de mim.”

“Supercut”

Conforme transforma suas vulnerabilidades em emoções cantadas, Lorde consegue resgatar a narrativa dançante com a qual abriu o disco e, em “Supercut”, nos leva direto para os versos de outra do seu álbum de estreia: “Buzzcut Season”, na qual cantava sobre como tudo parecia bem enquanto estava ilhada com o seu amor e melhor amigo. Na hiperrealidade em que vivia como se estivesse em um holograma, “onde tudo é bom”.



Desta forma, “Supercut” cresce sob sintetizadores emprestados do disco “Body Talk”, da Robyn, com ela assistindo em sua cabeça aos momentos bons que deixou para trás e, ainda presa na versão em que foi a errada da história, os finais alternativos que poderiam existir se tivesse agido de outras maneiras. 

“Essas visões nunca param, essas fitas me envolvem por completo, mas quando tento me aproximar de você, me lembro de que é só uma grande lembrança. (...) Na minha cabeça eu faço tudo certo. Quando você me liga, eu te perdoo e não brigo. São os momentos que assisto no escuro, e os fluorescentes, que ficam guardados no meu coração. Mas é só uma grande lembrança de nós.”

“Liability (Reprise)”

Lorde repete seus últimos passos mentalmente, como quem tenta se lembrar onde deixou algum objeto esquecido, e enquanto reavalia suas atitudes, reprisa as palavras que a atingiram em “Liability”, se permitindo agora uma nova leitura.

Os devaneios da neozelandesa voltam para a festa em que tudo começou, enquanto ela se questiona. “Talvez tudo isso ainda seja a festa. Talvez todas essas lágrimas e o quão fundo respiramos, talvez tudo isso seja a festa. Talvez apenas estejamos fazendo isso de uma forma muito violenta.”



E conforme as palavras ecoam em sua mente, “fardo, demais para mim, fardo, demais para mim”, elas abrem espaço para um coro enfatizar o quanto ela pode estar errando justamente em se ver como o erro. “Você não é o que pensava ser.”

“Perfect Places”

“Toda noite, eu vivo e morro”, começa em “Perfect Places”, que revive a euforia e synths do início do disco. Nesta faixa, a cantora busca sintetizar o que cantou ao longo do álbum, fazendo ainda uma reflexão em torno da sua persona e todo o universo que, quatro anos após “Royals”, continua a entediando.

Nesse tempo em que esteve longe de tudo o que era familiar, ela aproveitou as poucas vezes que pode voltar para sua família e amigos na Nova Zelândia e, distante de todos os exageros da América, era ali que encontrava seu lugar perfeito. “Afinal, que porra são lugares perfeitos?”, canta em seu último refrão.



Entre essas vidas e mortes, a cantora lamenta a perda de seus ídolos, como David Bowie, e ressalta o quanto isso faz com que ela valorize aqueles que ainda estão ao seu lado. “Eu tenho só 19 anos e estou prestes a explodir, mas quando estamos dançando, me sinto bem (...) Todos os nossos heróis estão partindo, agora eu mal posso ficar sozinha. Vamos para lugares perfeitos!”

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Quando a cantora neozelandesa emplacou seus primeiros hits, as gravadoras prestaram mais atenção nos artistas da internet e, não apenas desta forma, começaram a fabricar suas próprias estrelas indies, o que por si só soa contraditório, mas resultou no lançamento de artistas como Halsey, Melanie Martinez, Troye Sivan e derivados. Desta forma, Lorde não poderia simplesmente se repetir, ressurgindo com a mesma sonoridade que ajudou a pavimentar, e assim ela fez, mantendo a essência de seus primeiros trabalhos, em tempo que, musicalmente, evoluiu de maneira significativa.

A parceria com Jack Antonoff, como a própria reconhece, foi crucial para o nascimento de “Melodrama”, que entrega a sua narrativa da honestidade triste e ácida de suas letras aos muitos detalhes de seus arranjos, fazendo dele não só um disco agradável de se ouvir, mas também uma produção que nos permite assisti-lo, ainda que não seja, na teoria, um álbum visual.


Um dos inevitáveis melhores discos do ano, o segundo passo de Lorde pode não contar com a mesma atenção que ela encontrou quando era a próxima grande-coisa-pop, mas nos leva de encontro a mesma intérprete e compositora talentosa que, aos 16, colocava o mundo aos seus pés, agora para nos contar que está mais amadurecida do que nunca e, independente dos números, segura em continuar fazendo a sua arte valer mais do que ser ouvida ou comprada, mas, sim, sentida.

Bilheteria de "Blade Runner 2049" nos EUA tem resultado abaixo do esperado em final de semana de estreia


Geralmente os pipocões são os que mais faturam em bilheteria: efeitos especiais a rodo, animações e seres fantásticos e/ou irreais são alguns dos ingredientes quase que imprescindíveis para a fórmula dos blockbusters. Porém, nem sempre isso dá certo e, às vezes, o filme arrecada menos do que o esperado, obtendo pouco lucro em cima do que foi gasto para produzi-lo.

O fato é: existe uma possibilidade de “Blade Runner 2049”, que contraditoriamente teve boas críticas, seguir este caminho. Apesar de ter obtido um bom resultado de bilheteria na pré-estreia estadunidense, que rolou na última quinta-feira à noite (5 de outubro), o longa, que dá continuidade à “Blade Runner” (1982), teve um resultado decepcionante no final de semana de estreia, arrecadando apenas US$ 31,5 milhões – enquanto a expectativa da Sony era de somar cerca de US$ 50 milhões nos EUA. Vale lembrar que seu antecessor também não foi um sucesso de bilheteria.

Acredita-se que há chances de esses números alavancarem com o lançamento na Ásia, o que é comum de acontecer. Na Coreia do Sul, o filme estreia nesta semana (12 de outubro), mas no Japão o lançamento acontece apenas no dia 27 de outubro e é só no dia 10 de novembro que “Blade Runner 2049” chega aos cinemas chineses. Com o custo de US$ 150 milhões, os dedos estão cruzados para que o longa de Denis Villeneuve ("A Chegada", "Sicario") atinja a marca dos US$ 400 milhões em bilheteria mundial, que é o valor esperado.

Neste ano mesmo tivemos alguns exemplos de longas que prometiam uma maior margem de lucro, mas acabaram falhando na missão. “Power Rangers”, por exemplo, arrecadou apenas US$ 142 milhões, sendo que o orçamento foi de US$ 100 milhões. “Alien: Covenant” teve um pouco mais de sorte e fez US$ 232 milhões com o mesmo orçamento de “Power Rangers”, mas ainda assim é pouco se comparado ao seu antecessor, “Prometheus”, que levantou, em 2012, US$ 403 milhões. “Blade Runner 2049” não é, exatamente, um pipocão, o que poderia justificar sua falta se sucesso.

Muitos acreditam que a continuação filme de 1982 seja uma espécie de “novo Mad Max”, o que é justificável, já que a história sobre um mundo distópico repleto de androides é pano de fundo para questionamentos filosóficos sobre nossa própria condição humana. Resta saber se o longa, que é cheio de surpresas (e que, diga-se de passagem, tem grandes chances de disputar por títulos no Globo de Ouro e Oscar), conseguirá recuperar o fôlego. Isso é a prova de que nem sempre qualidade é sinônimo de sucesso – e que sucesso é sinônimo de qualidade. 

O Ultra Music Festival tá chegando e nós listamos nossas expectativas para a 2ª edição do evento

Tá chegando! O Ultra Music Festival, evento parceiro da MTV, acontece nos dias 12, 13 e 14 de outubro e promete fazer a gente fritar. E como se o melhor da música eletrônica já não fosse motivo suficiente para você ficar ligado no festival, podemos esperar algumas surpresas para a edição desse ano.  

Pensando em tudo de incrível que pode rolar nesses três dias, separamos algumas de nossas expectativas entre as principais apresentações, passando desde rumores até a suposições, na esperança de que tudo pode acontecer em um festival lotado e com música boa tocando no último volume. 


Anitta e Alesso é #CheckMate


O projeto Check Mate de Anitta está a todo vapor. Depois da parceria internacional com Poo Bear, ela já definiu o single de outubro: "Is That For Me", escrita pelo mesmo produtor e que terá a produção de Alesso, uma das principais atrações do Ultra. Já no Brasil, o cara está na Amazônia, gravando o clipe da canção com a carioca, mas na sexta-feira, 13 de outubro, sobe ao palco sim e, segundo rumores, trará a dona do pop nacional para fazer a primeira performance da faixa. Imperdível!




Marshmello cheio de surpresas!


Quem também pode aproveitar o palco do festival para fazer algumas estreias é o Marshmello, que tem música nova chegando no dia 20 de outubro. Em "Me & You", o cara deu uma de Calvin Harris e resolveu não só produzir, mas cantar também. Sucesso, né? Outra faixa que deve ver a luz do sol o mais breve possível é sua super prometida parceria com Selena Gomez, que ele bem pode acabar tocando de primeira no Ultra. Por favor, Marshmello, nunca te pedimos nada!


Novas parcerias do David Guetta?


Quase um brasileiro, David Guetta conhece muito bem nosso país e ama vir pra cá, por isso, não ficaríamos nem um pouco surpresos de ver o cara lançar uma inédita no festival. Depois e colaborar com Nicki Minaj e Justin Bieber, ele deve ter uma carta na manga e, bem relacionado como é, não duvidamos nada que o próximo single seja ainda maior, melhor e mais impactante (e que ele toque um pedacinho pra gente, assim, como quem não quer nada).



Inferninho com Steve Angello


Lançando novos EPs que, juntos, vão formar um álbum (Bebe Rexha curtiu isso), Steve Angello já revelou, ainda nesse ano, o conjunto "Genesis", que nos trouxe duas canções novas. Agora, ele se prepara para lançar "Inferno", e uma música desse registro está ganhando alguns teasers bem interessantes em seu Twitter. O timing para tocá-la pela primeira vez por aqui tá ótimo, viu?


Abrindo nossos horizontes


E, como não poderia faltar, a maior surpresa de um festival, especialmente do Ultra, é a possibilidade de conhecer o trabalho de artistas que não estamos muito familiarizados, e um show é a melhor oportunidade para se fazer isso. Prepare-se para se apaixonar de cara por muitos DJs e cair de vez na música eletrônica. Vamo fritáaaa!



Se animou? Então corre lá no site do evento que ainda dá tempo de garantir seu ingresso!

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