Pare alguns minutos do seu dia para o clipe “A Santa Máquina”, da Antonia Morais

Antonia Morais é um nome novo por aqui, mas um rosto familiar para muitos. Pode ser que você a conheça da TV, por seu papel em “Guerra dos Sexos” (2012), das telonas, por sua personagem em “Linda de Morrer” (2015), ou de alguma notícia aleatória, por ser filha da Glória Pires, mas nosso foco aqui é seu clipe mais recente: “A Santa Máquina”.

A atriz e cantora brasileira tem apenas 24 anos e, no ano passado, se lançou na música com o EP “Milagros”, no qual aposta numa sonoridade suja ora alternativa demais pra ser pop, ora pop demais para ser alternativa, e prestes a lançar seu primeiro CD, previsto para esse semestre, revelou o clipe do seu novo single, no qual interpreta um ser conectado com a natureza, que trava uma batalha com o seu oposto, sem que exista um lado certo ou errado.

Musicalmente falando, “A Santa Máquina” remete à nomes que vão da brasileira Alice Caymmi a neozelandesa Lorde, com sintetizadores pesados, guiados ao longo da faixa por seus vocais. A produção e letra são da própria cantora.

Confira abaixo:


Que foda. A direção d’A Santa Máquina é assinada pelo Dauto Galli e, como conta a assessoria da cantora, seu clipe foi gravado em três dias, tendo como cenário a capital de Goiás, Goiânia.

O que você achou da brasileira?

Os melhores lançamentos da semana: Zara Larsson, M.I.A., AlunaGeorge, Izzy Bizu e mais


Desde junho do ano passado, a sexta-feira foi escolhida para o dia mundial de novos lançamentos musicais, chamado New Music Friday, e, no geral, todos esses lançamentos acontecem por plataformas como Spotify, Apple Music, Tidal, iTunes, etc.

Como tem se tornado costume, ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, corremos para o Spotify, para sabermos quais são as novidades mais interessantes, sejam elas de artistas novos ou consolidados, e daí surgiu a ideia de tornarmos isso uma playlist que, obviamente, será atualizada semanalmente.



Como uma introdução, vale ressaltarmos que as músicas foram ordenadas de forma que as melhores se encontrem no topo e que, em todas as edições, faremos uma breve revisão sobre o top 10, apenas a título de informação.

Caso você não esteja interessado em ler sobre isso, pode apenas apertar o play na lista acima, mas se você realmente está disposto a saber o que temos a dizer sobre isso, aqui vamos nós:


 Se tem uma música que nos deixou NO CHÃO nesta sexta, foi “Ain’t My Fault”, da sueca Zara Larsson. E a culpa é dela, sim.

 A inusitada parceria da M.I.A. com o Zayn, “Freedun”, foi revelada e, para a nossa surpresa, é muito interessante. “AIM” está bem representado no quesito singles.

 Chega de dancehall! O disco do AlunaGeorge, “I Remember”, não sai nunca, mas ganhou uma música nova e, finalmente, soando como o bom e velho som do disco “Body Music”. “Mediator” é a nossa favorita do CD até aqui.

 Pensou Fetty Wap, já toca “Trap Queen” na cabeça, mas seu novo single, “Make You Feel Good” merece a nossa atenção.

 Izzy Bizu lançou seu disco de estreia, “A Moment of Madness”, e garantimos a nossa sanidade ao confirmar que a melhor música do disco se chama “Give Me Love”.

 Terminar essa semana sem ouvir o EP “Ultraviolet”, da Dagny, deveria ser um crime de responsabilidade, por isso deixamos “Fight Sleep” como uma amostra por aqui.

 Se Britney Spears tivesse arriscado algo no dance com seu disco “Glory”, provavelmente soaria como “Shout”, da novata Maribelle.

 “Wild World”, do Bastille, continua ganhando forma e, desta vez, a banda chega com os ânimos aliviados em “Send Them Off”.

 “Suburbia” é uma razão e tanto para guardarmos os nomes de Kilian & Jo e Erik Rapp.

 Essa é a primeira vez que o produtor graves aparece por aqui e, depois de “Sheep With Wolves”, deixamos registrado que ele pode voltar quando quiser.

+ Outro hino EDM apoteótico do FRENSHIP, uma música nova da Dulce Maria, a quinta volta do Usher, uma nova versão de “Timeless”, do James Blake, etc.


"TOC", com Tata Werneck, pode ser a comédia brasileira que tanto precisamos


A grande especialidade do cinema nacional sempre foi a comédia. Entretanto, poucas se salvam e a sensação de estarmos diante sempre do mesmo filme prevalece em grande parte das produções. Não podemos ir tanto contra a maré e dizer que o país não trouxe algo que ao menos arrancasse umas boas risadas nos últimos anos — "Minha Mãe É Uma Peça" é um ótimo exemplo —, mas mesmo que inflados no gênero, nós nunca precisamos de algo realmente bom como precisamos ultimamente.

"TOC", com Tata Werneck e Ingrid Guimarães, pode ser esta comédia tão desejada. Pelo menos é o que sua prévia promete. Recheado de cenas cortadas, o vídeo traz um pouco de deboche dentro dos bastidores da sétima arte, fazendo até piadinhas com o gênero que sustenta o longa-metragem. Dá só uma olhadinha aí!



— Você é atriz de cinema?
— Sou.
(...)
— Que que cê fez?
— Comédia.
— Achei que você tinha feito cinema (...). Comédia nacional: quem vê essa bosta?


"TOC" acompanha Kika (Tata Werneck), uma atriz e comediante com Transtorno Obsessivo Compulsivo, e sua relação com sua rival, interpretada por Ingrid Guimarães. O filme chega aos cinema logo mais em novembro!

Você precisa assistir ao trailer do suspense "Shut In", com Naomi Watts e Jacob Tremblay


2016 está sendo um ano maravilhoso para o terror, não é mesmo? Começamos com o divisor de opiniões "A Bruxa", depois tivemos o queridinho James Wan com sua sequência de "Invocação do Mal", e por fim, "Quando As Luzes Se Apagam" também não fez feio — leia nossa crítica. E não pararemos por aí! Além dos aguardadíssimos "A Bruxa de Blair" e "Chamados", seremos presenteados com "Shut In", que traz ninguém menos que Naomi Watts ("O Chamado") e Jacob fucking Tremblay ("O Quarto de Jack") em seu elenco.

Na trama, acompanharemos Mary Portman (Naomi), uma psicologa infantil e mãe viúva que cuida do filho (Charlie Heaton) em estado vegetativo. A reviravolta acontece quando ela se dispõe a cuidar de Tom (Jacob), um garotinho que perdeu sua mãe, e que acaba desaparecendo, sendo dado como morto. Porém sua presença continua constante com aparições assustadoras fazendo com que ela se questione sobre a morte do garoto.

Assista ao trailer pela essa água de Jesus porque tá muito bom. É sério!



A produção está com estreia marcada para a segunda semana de novembro nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, "Shut In" continua sem previsão, mas deve chegar aos cinemas no mesmo mês.

Carly Rae Jepsen deve estrear no top 15 da Billboard com seu “Emotion SIDE B”

Que o novo disco da Carly Rae Jepsen, “Emotion Side B”, foi lançado e está realmente incrível, todo mundo já sabe. (Se você não sabe, ao menos saiba que deveria, ou seja, clique aqui e ouça agora pelo Spotify!)

Mas o que nem todos esperavam é que o CD, composto por músicas que não fizeram parte de seu material anterior, “Emotion”, contaria com uma estreia mais bem sucedida que o disco original, com previsões para estrear entre os quinze mais da Billboard Hot 200, segundo os cálculos do site Hits Daily Double.


Até o momento, “Emotion Side B” está projetado para debutar na décima quinta posição da parada americana, um lugar acima do álbum “Emotion”, devendo ainda contar com uma ascensão referente aos streamings pelo Spotify e Apple Music.



Revelado na última sexta-feira (26), o novo material de Jeppo chega para acalmar seus fãs, até que seu novo álbum seja lançado, além de comemorar o aniversário de um ano do seu terceiro álbum, que contou com singles como “I Really Like You” e “Run Away With Me”.

Na próxima atualização da Billboard Hot 200, o álbum da cantora canadense dividirá espaço com lançamentos como “Glory”, da Britney Spears, e “Blond”, do Frank Ocean.

Frank Ocean chega ao topo da Billboard com o CD “Blond” e a sua gravadora não gostou nada disso

E o inevitável, aconteceu: o novo disco de Frank Ocean, “Blond”, se consagrou como um dos maiores lançamentos do ano e, apenas atrás dos discos “Views”, do Drake, e “Lemonade”, da Beyoncé, alcançou 276 mil cópias vendidas, sendo 232 mil vendas tradicionais, na sua semana de estreia, chegando ao topo da Billboard Hot 200.

Até então promovido pelo single “Nikes”, o novo disco de Ocean foi revelado um dia depois do álbum visual “Endless” e, se não fosse por sua exclusividade à Apple Music, teria conquistado números ainda maiores, confirmado o fato desse ser um dos melhores momentos de sua carreira, graças as expectativas geradas durante a espera de seu novo material.


Quem não tem o que comemorar sobre esses números, entretanto, é a sua gravadora. Responsável pela estreia do álbum “Endless”, o selo Universal não estava sabendo que Frank Ocean lançaria um segundo disco, sem a participação da empresa nos lucros, e viu essa estratégia como uma forma dele burlar seu contrato, atrapalhando de maneira intencional as vendas do primeiro lançamento, além de usá-lo como um projeto experimental, bem diferente da sonoridade mais familiar do disco seguinte.

Embora a gravadora tenha garantido que não irá processar Frank por passá-los pra trás, eles já começaram a tomar medidas preventivas e, de acordo com sites como The Guardian e The Fader, romperão novas parcerias de exclusividade com a Apple Music, que já havia trabalhado desta forma com o álbum “Views”, do Drake, além de, até então, estar negociando a estreia do novo CD de Lady Gaga, que pertence ao mesmo catálogo.

O que ainda não ficou claro, é se a regra valerá apenas para o serviço de streaming da Apple ou todas as plataformas, uma vez que, sem perder tempo, o Spotify demonstrou pela primeira vez interesse em lançar álbuns exclusivos para seus usuários premium, o que muda a sua posição na batalha que vinha travando contra as gravadoras e, muito provavelmente, o coloca em evidência após o streaming da maçã apoiar a fuga de Frank.

No fim das contas, o cantor de “Thinking About You” fez bem mais do que quebrar a internet, desestabilizando, literalmente, toda a indústria. Mudanças virão. 

O clipe de “Fade”, do Kanye West, é sobre o empoderamento negro e feminino

Tudo o que envolve o trabalho de Kanye West com o disco “The Life of Pablo” tem sido grandioso e, para o lançamento de seu novo clipe, o rapper não economizou. Sem qualquer aviso prévio, foi no palco do MTV Video Music Awards que West estreou o vídeo de seu novo single, “Fade”, e surpreendeu o público mais uma vez, agora sem polêmicas ou várias participações especiais, mas apenas, como disse o próprio, por um pedaço da sua arte.

“Fade” é estrelado pela atriz e cantora Teyana Taylor que, ao longo do vídeo, protagoniza belíssimas cenas nas quais dança e realiza movimentos de ginástica, facilmente remetendo ao clássico “Flashdance”, da década de 80, mas com uma agressividade, força, que combina com a musicalidade de Kanye.


Nos segundos finais, o clipe conta com uma mudança brusca: Teyana Taylor aparece ao lado de seu marido, o jogador de basquete Iman Shumpert, e, na sequência, com uma criança e rodeado por ovelhas. A câmera foca na atriz e, no lugar do seu rosto, o que vemos é a feição de um gato. Fade out.

Assim como “Famous”, “Wolves” e muitos outros de sua videografia, “Fade” não é um clipe de fácil interpretação – e, inclusive, abre margem para várias delas. Mas a diretora e coreógrafa da produção, Jae Blaze, contou um pouco sobre o seu conceito e, enfim, tornou mais clara a mensagem pretendida por Yeezus.
“Eu acho que a visão por trás disso é sobre o quão incrível a Teyana é”, contou Jae, ao Pitchfork. “e como ela tem ascendido e como está se esforçando, então você pode vê-la florescendo para essa leoa feroz, essa gata feroz. Ela tem trabalhado em busca disso e agora está numa ótima posição com a sua vida. Ela tem sua família, está agarrada ao seu incrível marido e tem uma linda criança. Sabe, ‘a leoa sempre protege a sua prole’. Eu realmente acho que isso é sobre ela se tornando poderosa e onde ela está com a sua vida agora. Ela está se descobrindo.”
Gritando representatividade, além de carregar um conceito de empoderamento feminino e negro, o novo vídeo segue justamente o caminho oposto de “Famous”, que possui um discurso misógino, por conta da violência implícita e explicita contra nomes como Rihanna e Kim Kardashian, mas repete a sua grandiosidade em termos visuais, sendo, até aqui, o melhor clipe de Kanye West com esse novo disco.

Por enquanto, o clipe de “Fade” só está disponível no Tidal, sem previsão de lançamento no canal Vevo do rapper.

"Quando As Luzes Se Apagam" é banhado em sustos gratuitos, mas traz um roteiro competente


Em 2013 estávamos inflados com o famigerado found-footage no terror, sub-gênero que utiliza "imagens encontradas" para a criação de um longa-metragem, baseados em fatos (ir)reais, e gritávamos desesperadamente por algo novo. "Invocação Do Mal", lançado naquele, não foi suficiente. Até que surge na internet um curta genialmente simples.

Os tímidos dois minutos de “Lights Out” conseguem criar uma tensão pouco vista no terror. Uma entidade persegue uma mulher no escuro, sumindo quando as luzes são acessas e retornando quando apagadas. Acompanhamos todo o desespero envolta da personagem em querer manter as luzes acessas, infelizmente, sem muito sucesso.



O curta foi tão estrondoso que garantiu sua versão em longa-metragem, "Quando As Luzes Se Apagam", com produção do mozão James Wan e distribuição da Warner Bros, mantendo em partes a mitologia já apresentada, mudando detalhes minúsculos (e necessários) para estabelecer a entidade, dando uma excelente justificativa, diga-se de passagem, para suas aparições, ganhando até mesmo uma boa origem. A reviravolta do ato final não é surpreendente, mas não deixa de ser interessante para a trama como um todo. Ponto para o roteiro de Eric Heisserer.

Algo bem legal de ressaltar, é que “Quando Luzes Se Apagam” foge do ordinário e traz personagens absurdamente espertos e inteligentes. Eles não levam quase todos os três atos para entender como a entidade se manifesta. É tudo bem rápido — corrido até — para os protagonistas assimilarem tudo que está acontecendo e buscarem uma maneira de se defender. Parece bobo relevar esse ponto, mas se pegarmos no leque atual, isto tem se tornado uma tendência no gênero. Então podemos dizer que o longa-metragem de David F. Sandberg só contribui para o fim dos “personagens burros”.

Por falar no diretor, ao mesmo tempo em que não conseguimos enxergar sua assinatura, vemos que ele não deixou James Wan tomar conta do filme todo. É uma direção bem competente, com uma produção tímida se formos relevar quem cuida dela. O único toque perceptível de Wan aqui é no visual do ser monstruoso, bem similar ao de “Invocação do Mal”, mas nada que incomode quem assiste.

O jump scare é presença garantida, infelizmente. Vai desde aquele estrondo aleatório da trilha sonora ao corte mais aleatório ainda. A tentativa de criar uma tensão é quase grotesca, com pouco sucesso. O atrativo do curta-metragem acaba se tornando uma piada quando levado ao longa.

O filme não salvou o terror, mas é aquele algo novo que tanto pedíamos. Os sustos são irrelevantes como falamos agora pouco, porém o roteiro é um dos poucos bem trabalhados no gênero (no meio dos blockbusters) nos últimos anos — ele te prende. Talvez se James Wan tivesse dado maiores pitacos na produção, o resultado seria outro e o longa poderia ter se tornado o assunto do momento como seu curta.

10 fotos da Blue Ivy, a filha da Beyoncé, para mostrar que feio é o seu racismo

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Beyoncé quebrou tudo no último MTV Video Music Awards, com uma apresentação que levou ao palco da premiação um pouquinho do seu novo disco, “Lemonade”. 

Mas, além da sua música, a cantora também levou para o evento sua filha, Blue Ivy, e terminou surpreendida por uma triste reação do público pela internet, que distribuiu comentários racistas e discriminatórios contra a menina, que só tem quatro (!) anos, tanto de maneira explícita, com ofensas e associações com animais, à implícita, como “mas ela é feia e essa é a minha opinião”.

Antes de mais nada, esclarecemos então:  preconceito, discriminação e racismo não são questões de opinião. A liberdade de expressão, inclusive, não se aplica aos valores que você tenta aplicar aos outros, partindo da ideia de que “beleza” é algo subjetivo e, infelizmente, fortemente influenciado por padrões sociais, que historicamente supervalorizam características eurocêntricas, que a menina Blue Ivy não tem e nem precisa ter.

Como uma imagem vale mais do que mil palavras, separamos então 10 fotos da filha de Beyoncé e Jay Z, para deixarmos claro que feio é o seu preconceito.

Blue Ivy já chegou ao mundo destinada à comandá-lo, assim que a rainha não estiver mais apta a seguir com as suas funções. 


E, quando cresceu, as pessoas começaram a falar que “ela se parece demais com o Jay Z”. Bem, ele é o seu pai, ela não iria se parecer com o Kanye West, né?


E, sério, OLHA PARA ESSA MENINA LINDA!


Nessa imagem, do tapete do VMA, podemos ver um ícone fashionista contemporâneo e a Beyoncé.


Beyoncé que, inclusive, vem pegando várias dicas de moda com a filha.


E dicas sobre como quebrar a internet também.


Não há o que questionar...


Blue Ivy é uma criança MARAVILHOSA.


E você deveria pensar duas vezes...


...antes de tentar ofender a próxima suprema.


– Obrigado por esse post, It!

Catfish Brasil estreia nesta quarta, na MTV, e a gente bateu um papo com seus apresentadores

Mais vale um crush na mão do que um fake nos enganando, né? E quem se passa por outras pessoas pela internet pode começar a ficar esperto, porque estreia nesta quarta-feira (31) o Catfish Brasil, na MTV, e nunca se sabe quando você será a pessoa desmascarada, né?

No formato americano, “Catfish” é uma série comandada por Max e Nev, uma dupla de stalkers formados, que buscam por histórias inusitadas de amores pela internet e vão atrás das pessoas por trás dos monitores, no intuito de saberem se eles realmente são quem dizem ser.


No Brasil, o programa será comandado por Ciro Sales e Ricardo Gadelha e, por seu primeiro episódio, qual assistimos com exclusividade, podemos garantir que o formato seguiu bem fiel ao original. Em tempo, batemos um papo com os apresentadores nesta segunda (29) e conversamos bastante sobre essa estreia do Catfish Brasil, suas expectativas e mais um pouco.

It Pop (Gui Tintel): Eu assisti agora há pouco ao primeiro episódio do “Catfish Brasil”, tivemos acesso à estreia. 

Ciro: Aaaaah! (Risos) Você também já assistiu? Não dá spoiler pra gente, porque não vimos ainda, hein!

It Pop: Não, pode deixar. Não vamos.

Sou muito fã da versão original de “Catfish”, acompanhei e pirava com várias ideias, e queria saber se vocês também assistiram, chegaram a fazer uma maratona para pegar pontos importantes nessa releitura ou algo do tipo?

Ciro: Na verdade, eu não conhecia o programa quando fui chamado pro teste. Mas depois eu fui me inteirar e, na verdade, eu achava que não conhecia, pois eu já tinha visto e gostado bastante. Me lembro que, quando eu assisti, não sabia que era um programa, algo que pudesse acompanhar, sabe? E fiquei muito impactado com esse primeiro episódio. Depois, quando soube o que tava rolando, de fato, eu comecei a ver vários episódios americanos e aí o interesse também vem para assistir ao filme.

Sobre a sua pergunta, se a gente assistiu muito ou fez uma maratona, o nosso processo de preparação para fazer [o programa] é engraçado, porque muita gente acha que tem um formatinho, todo engessado, e que a gente tem que ficar assistindo ao americano pra fazer exatamente igual, e, na verdade, o processo de preparação para isso é muito mais pra gente apurar o nosso faro e dominar as ferramentas que estão ao nosso alcance, do que exatamente estudar os episódios da versão americana. Óbvio, dentro disso, a gente assiste alguns episódios, pra ver as histórias desenrolando e também por questões de produção, enfim, mas é muito mais... Como a gente tá falando de um reality, de histórias reais, pessoas que estão ali com todo o seu sentimento e apostando muito naquilo, é muito mais uma preparação de como lidar com isso, sabe?

Ricardo: Eu também não conhecia o programa. Até a primeira etapa do teste, nunca tinha visto um episódio. A partir do momento em que fui permanecendo nessas etapas, foi que eu comecei a assistir e, claro, depois que confirmaram minha participação, vi alguns episódios, tanto do colombiano como do americano. Mas é como o Ciro te falou, a nossa preparação não exigia essa intimidade com as versões anteriores.

It Pop: Vocês falaram sobre ser um “reality show”, até aonde do que a gente assiste é realidade? Existe uma preparação, algo pré-discutido, ou o momento em que vocês revelam as descobertas é justamente aquilo que vemos na TV?

Ricardo: É absolutamente verdade. Sempre é gravado na primeira. Na verdade, existe um esforço contrário, pra que a gente concentre [neste momentos de revelações]. Nos momentos, por exemplo, em que você vai trocar a pilha de um microfone, a direção pode pedir “poxa, esperem um pouco, não se falem agora”, sabe? Tô eu e o Ciro, de frente pro computador, descobrimos que o “Joãozinho” não é o “Joãozinho”, ele é o “Fernando”. Automaticamente, a gente quer falar disso, é um impulso natural, né? Queremos falar sobre o que vimos. Mas se é uma cena mais delicada, a orientação é justamente pra que usemos o “ação!”, o “gravando!”, como o espaço do nosso trabalho. De maneira nenhuma existe algo pré-citado, acho que uma das grandes virtudes desse programa é isso: tudo está acontecendo em ordem cronológica, sequencial.

Ciro: Isso é o que confere essa capacidade que o Catfish tem de envovler quem está assistindo, porque, de fato, Ricardo, eu e a pessoa que está procurando o programa, a gente vive aquela história ali, em tempo real. Nem eu, nem o Ricardo sabemos nada sobre o que vai acontecer. Pra você ter uma noção, você vê que a gente viaja, mas a produção só nos manda assim “preparem uma mala com roupas de tantos à tantos grays”. A gente não sabe [para onde vão], porque a ideia é justamente que a gente vá descobrindo. Por exemplo, sei lá, se a gente vai para uma cidade do norte, no meio da Amazônia, é muito importante pro programa ter a nossa descoberta disso. Porque estaremos pesquisando e aí descobrimos que, na real, o cara não está em lugar X, ele está em lugar Y, e encontrar alguma pista que confirme isso, até que possamos dizer “então vamos pra tal lugar”, isso somos Ricardo e Ciro descobrindo em tempo real. Isso é um trunfo do Catfish.

It Pop: Eu percebi também que, fora a gravação da própria MTV, com o que vai para a TV, vocês também fazem algumas gravações entre vocês mesmos. Isso será utilizado em algum material posteriormente, pra internet, quem sabe?

Ciro: A gente faz o que chamamos de “self recorded”, como se fosse um diáro de bordo. Confesso que, sobre a utilização desse material, ainda não tenho muita certeza do que será feito, mas deverá se tornar um conteúdo exclusivo.

Ricardo: A gente produz ambas as coisas, Gui. Tem momentos que fazemos essa gravação de nós mesmos, como um diário de bordo, para uso do próprio episódio, tem momentos que é usado para veicular em mídia digital, para web, ou para assinantes. A gente gera muito conteúdo e pode, de repente, ir só para o aplicativo, só para o MTV Play, pra poder estimular que as pessoas passem por lá. A gente também grava cenas extras, o episódio termina e depois tem uma entrevista com o Catfish, para entender melhor porque aquela pessoa fez aquilo, como que ele, enfim, são coisas que não necessariamente estão no episódio, mas que existem esses materiais gravados e vamos explorá-lo. Quando formos reapresentar a temporada, acrescentando cenas extras... Enfim, tem aí um mundo de oportunidades.

It Pop: Bacana. Quantos programas foram gravados? Vocês podem adiantar isso?

Ricardo: A gente já gravou oito episódios da primeira temporada.

It Pop: E essa primeira temporada será composto apenas por esses?

Ciro: Isso, infelizmente. E a gente depende de você, pra que essa primeira temporada seja um sucesso, bombar no Brasil...

It Pop: Ah, vai ser, com certeza, gente! E pode deixar, vamos divulgar e enaltecer. (Risos) E sobre esses episódios da primeira temporada, não dando spoilers, mas teve algum caso que vocês ficaram super chocados, aconteceu alguma coisa inusitada ou reação que vocês não estavam esperando?

Os dois rindo: Cara, muitos!

Ricardo: É impressionante, porque a cada episódio, a gente fica “cara, esse episódio foi foda!”, desculpa falar assim, mas “esse episódio foi incrível e nada vai superar”. Aí a gente vai gravar um outro episódio e, “MEU DEUS DO CÉU! O que foi isso? Isso é verdade!? Não acredito”. Enfim, a gente teve, realmente... Tivemos uma demanda muito grande de histórias reais acontecendo no Brasil, foram 1.301 histórias, então você imagina que a MTV fez um filtro das mais interessantes. Esse primeiro episódio que você assistiu, não me conta o que acontece, esse primeiro é um episódio muito interessante. Mas aí o segundo vai vir e você não vai acreditar no que vai acontecer.

Ciro: O episódio mais inusitado é aquele que você está fazendo naquela hora, pra gente. Porque é um envolvimento muito forte, assim, a gente sai do set e o nosso set é diurno, então a gente começa a gravar muito cedo, cinco, seis horas da manhã a gente já tá acordado, e ficamos até o pôr-do-sol. Quando chegamos no hotel, eu preciso de umas duas horas sozinho, pra digerir o dia, sabe? Você volta pro Rio depois de seis, sete dias de filmagens, e fico um dia inteiro na cama, em casa, então são histórias que te consomem muito. A gente é tragado pra dentro de uma “DR” enorme de pessoas que nunca se viram, estamos juntos ali, numa crise afetiva de proporções tsunâmicas, entendeu? Dentro da vida daqueles caras. Não é como se fosse um amigo pedindo ajuda, se fosse, ok, mas eu nunca vi aquela criatura na vida, então existe um esforço nosso de estar numa maneira muito empática, compassível com quem está nos procurando e com a pessoa que está por trás, do outro lado da história, que não necessariamente é um vilão ou cara mau caráter.

Ricardo: O que eu acho mais inusitado, que me prende sobre isso, é justamente a possibilidade das pessoas serem muito mais do que a gente vê a princípio. O Catfish tem me ensinado a olhar de forma mais compassível mesmo, se colocar no lugar do outro, é uma coisa de empatia. Eu não consigo receber uma história que diz “ai, falo há não sei quanto tempo com fulano” e pensar “AH, NÃO É POSSÍVEL!”, porque a gente está tão comprometido em entender o que está por trás, que não há espaço para julgamentos dessa natureza, sabe? Então isso muda a gente como pessoa, nos coloca numa posição muito positiva, que é essa de poder ajudar alguém a superar algo. E sobre o que mais nos surpreendeu, particularmente, é perceber quando o amor prevalece. Quando alguma coisa é revelada ou, de repente, a pessoa não era aquela, contou algo que não era verdade, mas eles construíram algo tão forte, tão concreto, que vale a pena dar uma chance para continuar.

Ciro: Tava aqui pensando, o que há de mais inusitado pra mim nesses casos, mais do que escolher um, é o fato dessas pessoas realmente estarem envolvidas. As expectativas, os sentimentos, são exatamente o que eu e você temos em nossas vidas amorosas. As pessoas que sofrem por amor presencialmente (risos), sem ser por meios virtuais, compartilham exatamente as mesmas dores do que o cara que está numa relação virtual. Isso, pra mim, foi uma surpresa. Talvez por ignorância, por não conhecer muito desse mundo, e acho que é um senso que paira um pouco pela opinião pública. Acredito que o programa tenha um papel importante de colocar esse pingo no “i”, sabe? Não é por ser um relacionamento online, que será um peguete, um crush, só uma transada. Tem gente que vê na internet um meio de encontrar seu grande amor, mesmo. No próprio Tinder, você lê as inscrições e tem algumas, tipo, “Cara, se você quer só me comer, não dê like, estou em busca de uma relação”. Então, eu acho que o programa qualifica um pouco isso, traz uma pegada mais madura, mais humana, mesmo.

Ciro: Nessa linha, mudou muito o meu olhar sobre a questão do relacionamento à distância. Eu e o Ricardo somos muito parecidos nisso. Sou uma pessoa muito ligada à presença, ao toque, se a gente tivesse fazendo essa entrevista pessoalmente, eu ia te dar um abraço no final, por essa coisa do toque, mesmo, do olhar. Então tem essas pessoas envolvidas nos casos, elas mostram que essa noção da presença é muito relativa. Um garoto, por exemplo, não tô dando spoilers, tem as fotos da garota impressas e coladas na parede do armário, e ele acorda toda manhã e dá “bom dia, meu amor”. Ele sente que ela está ali, ele grava áudios todos os dias. Ela tá tão presente na vida dele, que eu não consigo dizer que, “ah, não tem a presença”, sabe? São outras formas de se fazer presente e, às vezes, é uma presença muito mais qualitativamente rica do que uma pessoa que dorme contigo e você sai da cama sem dar bom dia – não que eu já tenha feito isso (risos).

It Pop: Se entregando! Hahaha! Gente, só pra fechar, eu quero saber o que vocês esperam da reação das pessoas num geral, tanto pra quem já conhecia o reality quanto pra quem terá agora o seu primeiro contato.

Ricardo: a nossa expectativa é que seja “CARACA QUE PARADA INCRÍVEL, VOU VER TOOOODOS!”.

Ciro: a nossa expectativa é... Você conhece a banda nova do Chay Suede, que ele lançou agora, Aymoreco? A nossa expectativa é que seja uma “Chuva de Like”. (Risos)

***

Eles são uns fofos, gente! Só não parecem tão legais enquanto estão desmascarando todo mundo, né? Chegaram pra expor a gente na internet. O Catfish Brasil estreia às 22h desta quarta (31), na MTV, e contará com episódios inéditos semanalmente. A gente divulga e enaltece porque vale a pena SIM.

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