Jennifer Lopez descobre o feminismo no clipe de “Ain’t Your Mama”

Jennifer Lopez não conseguiu levar muita gente com o discurso feminista do seu novo single, “Ain’t Your Mama”, visto que a música carrega um empoderamento questionador, já que sugere que a mãe do cara é quem deve fazer as tarefas da casa, e conta com a produção do Dr. Luke, atualmente acusado de abuso sexual e psicológico pela cantora Kesha, mas seguiu em frente com essa proposta no clipe da canção.

Lançado nessa sexta-feira (06), o vídeo de “Ain’t Your Mama” foi dirigido pelo Cameron Duddy e, numa puta produção, coloca a cantora na pele das mais diferentes posições em que tende a ser incomum encontrarmos mulheres, enquanto prova que pode fazer o que quiser – e bancar a mãe de cara nenhum está em seus planos.

O empoderamento é reforçado a partir dos primeiros segundos do vídeo, no qual uma dona de casa escuta uma reportagem e começa a perceber algo de errado no ambiente ao seu redor e, daí em diante, JLO encarna várias grandes mulheres que foram contra o machismo de cada dia, porque, como já dizia Beyoncé, são elas quem dominam o mundo.

Olha só:



“Ain’t Your Mama” foi composta pela Meghan Trainor que, numa recente entrevista, garantiu que Jennifer Lopez não fazia ideia de que a música tinha a participação do Dr. Luke. Segundo a hitmaker de “Bang Dem Sticks”, a faixa foi composta bem antes de Kesha começar a tocar o processo contra o produtor.

MØ revela a capa do seu novo single produzido pelo Diplo: “Final Song”

O disco novo da , primeiro desde todo o seu sucesso com o Major Lazer em “Lean On”, será lançado nesse ano e, passados seis meses desde que lançou o single “Kamikaze”, a dinamarquesa começa a preparar o terreno para o novo CD com sua “Final Song”.

A nova música de trabalho da MØ, que agora está loira (!), foi produzida pelo Diplo, assim como o single anterior, e foi anunciada pela própria para o dia 12 de maio, contando com essa capa aqui:

Um vídeo publicado por MØ (@momomoyouth) em

“Final Song” já havia sido apresentada pela dinamarquesa algumas vezes e, pelas prévias no palco, pode-se dizer que tentará repetir a fórmula de “Lean On”, o que a gente considera um tanto arriscado, pra falar a verdade. Seja como for: queremos.

Assista ao vídeo de uma dessas apresentações abaixo:


Será que ela tem em mãos um smash hit ou, de fato, a “Final Song” da sua carreira? RS. A gente espera que seja a primeira opção.

Vale lembrar que em seu disco novo, ainda sem nome ou data de lançamento, a cantora deve contar com algumas colaborações bem bacanas, como a sueca Elliphant e a britânica Charli XCX.

Lauren, Fifth Harmony e o clipe para a música mais interessante do CD “7/27”: “Write On Me”

Com disco novo engatado para o dia 27 de maio e cinco apresentações marcadas no Brasil entre junho e julho, Lauren Jauregui e as meninas do Fifth Harmony aproveitaram essa sexta-feira (06) para lançar um vídeo viral de “Write On Me”, que é o mais novo single do grupo com o vindouro “7/27”.

Se tratando apenas de um clipe para a web, a produção visual de “Write On Me” é bem simples, pra não dizermos amadora, mas toda a nossa atenção fica para a música que, sem dúvidas, é a nossa favorita desse disco até aqui, nos deixando na dúvida quanto a direção que elas realmente tomarão no álbum completo, mas amadurecendo de maneira significativa a sua sonoridade em relação ao álbum de estreia, “Reflection”.

Assista ao vídeo abaixo:


#TEAMLAUREN.

Enquanto “Work From Home” soou um tanto ultrapassada, visto repetir uma fórmula que ouvimos incessantemente com artistas como Iggy Azalea e outros produzidos pelo DJ Mustard; “The Life” trouxe uma proposta mais alternativa para as meninas, nos lembrando da influência que a Ellie Goulding teve na sua sonoridade e agora “Write” (a gente jura que escuta elas cantando "ride") às coloca em sintonia com as rádios atuais, lembrando alguns trabalhos do produtor Kygo. Esperamos que o disco siga soando como algo promissor.

O single “Write On Me” já está disponível nas principais plataformas de streaming e, com isso, queremos dizer que ele já está no Spotify.

Meghan Trainor é a única pessoa do mundo que gostaria de ser a Meghan Trainor em “Me Too”

Meghan Trainor deve ser a única pessoa no mundo que, se não fosse ela, iria gostar de ser. O novo single da cantora com o “Thank You” continua a nossa novela de amor e ódio com esse disco e, chamado “Me Too”, nos traz outra amostra do pop-Britney de “NO”, ao contrário das outras faixas reveladas, que pareciam trilhar o mesmo caminho do álbum de estreia “Title”.


Com uma letra bastante divertida, Trainor quase intertextualiza os versos da brasileira MC Melody em sua música nova, afirmando: “Se eu fosse você, também queria ser eu”. Ao som de sintetizadores ágeis e dançantes, como um pop borbulhento que poderia ter sido produzido pelo Diplo com will.i.am.

Ouça:


Que música divertida, gente! Adoramos!

“Thank You” será oficialmente lançado na próxima semana, dia 13 de maio, mas já circula pela rede mundial de computadores, o que pode ser bem triste, dependendo do ponto de vista.

Esperamos que, ao longo do disco, ela tenha conseguido sustentar esse pop noventista que nem mesmo Britney Spears consegue fazer tão bem, para vingar o flop de “NO”, que foi um dos singles mais injustiçados do ano.

Os melhores lançamentos da semana: Fifth Harmony, Charli XCX, Timberlake, Alicia Keys e mais


Desde junho do ano passado, a sexta-feira foi escolhida para o dia mundial de novos lançamentos musicais, chamado New Music Friday, e, no geral, todos esses lançamentos acontecem por plataformas como Spotify, Apple Music, Tidal, iTunes, etc.

Como tem se tornado costume, ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, corremos para o Spotify, para sabermos quais são as novidades mais interessantes, sejam elas de artistas novos ou consolidados, e daí surgiu a ideia de tornarmos isso uma playlist que, obviamente, será atualizada semanalmente.



Como uma introdução, vale ressaltarmos que as músicas foram ordenadas de forma que as melhores se encontrem no topo e que, em todas as edições, faremos uma breve revisão sobre o top 10, apenas a título de informação.

Caso você não esteja interessado em ler sobre isso, pode apenas apertar o play na lista acima, mas se você realmente está disposto a saber o que temos a dizer sobre isso, aqui vamos nós:


 Let’s explo-woah-oh-ode com a Charli XCX e “Explode”, da trilha sonora de “Angry Birds”. Uma ótima pedida para os que gostam da sonoridade do disco “Sucker” – ou seja, todos que tenham o mínimo de bom senso.

 É engraçado escutar uma música nova do Justin Timberlake e pensar em nomes como o Nick Jonas, que se inspira no Timberlake, não é? “Can’t Stop The Feeling” é a música dele para a trilha sonora de “Trolls” e, bem, é melhor do que 99,9% das músicas que os artistas costumam fazer para trilhas sonoras.

 A gente não sabia que precisava de outras músicas inspiradas no dancehall de “Sorry”, do Justin Bieber, até escutar “Hotter Than Hell”, da Dua Lipa. Agora sim, estamos satisfeitos.

 “In Common”, da Alicia Keys, saiu na última quarta-feira (04), mas continua soando boa demais para não incluirmos nessa playlist.

 Nossa relação com o disco “7/27”, da Fifth Harmony, é de amor e ódio frequente. Nós amamos “Write On Me”.

 A estrela pop em ascensão, Astrid S, nos trouxe nessa sexta-feira o single que nem sabíamos o quanto precisávamos. “Hurts So Good” é uma das músicas mais importantes do dia, sem dúvidas.

 Bibi Bourelly é a compositora de “Bitch Better Have My Money” e “Higher”, da Rihanna. Seu EP de estreia, lançado hoje no Spotify, conta com duas descartadas do “ANTI”: “Riot” e “Ego”. Além do single “Sally” e duas inéditas, uma delas é “Guitar”, que é quase uma “Kiss It Better”, só que menos sexy.

 “24/7”, da Kehlani, é uma música para escutarmos 24h por dia, com o perdão do trocadilho infame.

 A artista importante, VÉRITÉ, finalmente lançou o EP “Living” e, com isso, já podemos ouvir músicas como a maravilhosa “Rest”, que é o que esperaríamos de uma parceria da Lorde com Broods.

 Meghan Trainor provavelmente é a única pessoa que, se não fosse ela, gostaria de ser ela. Seja como for, nós gostamos do fato dela ser ela e, graças a isso, ter lançado a divertida “Me Too”.

😢  Os novos álbuns do Drake e Beyoncé ainda não estão no Spotify. Chegou a hora de boicotá-los.

+ Nina Nesbitt, Hailee Steinfeld, Tegan and Sara, Panic! At The Disco, Pharell ‘Finalmente Uma Música Boa’ Williams, Jake Bugg, Mike Posner, Mahmundi, James Blake e mais. 


O novo CD do James Blake, “The Colour In Anything”, já está COMPLETÃO no Spotify

O novo disco do James Blake FINALMENTE está entre nós! E, daqui pra frente, nada será a mesma coisa para o cara, né? O músico britânico lançou nessa sexta-feira (06) seu terceiro álbum de inéditas, “The Colour In Anything”, e dessa vez encontra um cenário bem diferente de quando lançou o CD “Overgrown”, visto que, há apenas alguns dias, apareceu entre as faixas do “Lemonade”, da Beyoncé.

No disco novo, antes chamado por “Radio Silence”, Blake não traz a prometida parceria com Kanye West, mas pelo menos tem Bon Iver na, até então, inédita, “I Need A Forest Fire”, além de músicas já reveladas, como a própria “Radio Silence” e outras tipo “Timeless” e “Modern Soul”. “The Colour In Anything” também é o nome de uma das faixas.

“The Colour In Anything” já está disponível nas principais plataformas de streaming ao redor do mundo, o que significa que, felizmente, você pode ouvi-lo apertando “play” logo abaixo. Por enquanto, nossas favoritas são “Choose Me”, “Put That Away and Talk To Me”, “My Willing Heart” e “Two Men Down”.

Ouça o álbum complete gratuitamente pelo Spotify:

Karol Conká, Rico Dalasam e Mahmundi se reúnem no Festival Path, em SP

Falta pouco mais de uma semana para mais uma edição do Festival Path, que foi criado pelo O Panda Criativo, com uma ideia bem diferente dos outros eventos que conhecemos: apresentar propostas culturais de criatividade e inovação para a geração atual, oferecendo uma experiência que vai do entretenimento aos negócios.

O festival rola em São Paulo, nos dias 14 e 15 de maio, com um formato mais ou menos itinerante pelo bairro de Pinheiros, contando com filmes, palestras AND shows. E as atrações são SENSACIONAIS.


Só pra você ter uma ideia: vai ter Karol Conká, Rico Dalasam e Mahmundi, além de bandas como O Terno, Baleia, Dingo Bells e Maglore, mais uma série de artistas, que farão a trilha sonora desses dois dias de muito conteúdo.

Pra ter mais informações sobre o festival, bem como saber as formas de adquirir o seu ingresso, acesse seu site oficial clicando aqui.

Nos vemos por lá? :D

Os EUA não estavam prontos para a Bibi Bourelly e todo seu “Ego”


Imagina só: você tá de boa, zapeando pelos canais da TV, daí de repente se depara com uma menina que parece ter engolido a Rihanna e a Sia, mas tem uma postura toda desleixada, meio rock’n’roll, diríamos, e uma maquiagem versão garbage da Amy Winehouse. É claro que você pára pra assistir.

Bibi Bourelly começou a traçar o caminho para a sua estreia, com o EP “Feel The Real”, que será lançado nessa sexta-feira (06), e depois de carregar nas costas algumas composições do disco “ANTI”, da Rihanna, levou para a tv americana seu single “Ego”, com uma performance tímida, mas bastante impactante, graças ao seu vozeirão.

Dá só uma olhada:


Caralho, Bibi!

“Ego” é o segundo single da moça, sucedendo a não menos maravilhosa “Riot”, que foi descartada pela Rihanna. Em compensação, ela escreveu pra barbadiana músicas como “Bitch Better Have My Money” e “Higher”, que são alguns dos grandes destaques da sua fase atual.


Fora Riri, Bourelly também andou trabalhando com Kanye West, Usher, Nas... Só gente consolidada. E assinou um contrato com a Def Jam que, além de “Ego”, também esteve por trás do seu single mais recente, “Sally”, e do EP que sairá amanhã. Não tem nada que não fique pequeno para essa menina.

Michael Band: “É uma questão de tempo até eu conquistar quem curtia a P9”

Desde que, de repente, a P9 acabou, ficamos órfãos de uma boyband brasileira propriamente pop e, claro, nos questionamos sobre qual seria o destino dos integrantes no mundo da música. A banda apareceu do nada, ainda em 2012, sem aquele processo natural da fama que a gente está acostumado: eles lançaram o primeiro single em março de 2013 e, pouco tempo depois, já tinham seus vocais entoados nas cenas da novela "Salve Jorge", no mesmo ano. Um outro single, uma outra novela. E da mesma forma que surgiram, de repente chegaram ao final. Tudo orquestrado pelos bastidores.

Mas, pensando bem, o fim de uma banda nos trouxe mais quatro artistas para o cenário pop brasileiro. Um deles é Michael Band, que tem tudo para deixar o passado da P9 da mesmo forma que Zayn deixou para trás a One Direction. Não no sentido negativo, já que a banda o lançou ao mercado e ao público, mas agora, sozinho, ele terá mais autonomia na hora de ditar sua sonoridade.


Autenticidade? Parece que não será problema. Mesmo com um primeiro single bem pop, "La La La", Michael segue a linha de que não faz músicas para os charts e diz beber muito da alternativa fonte do folk. Sabemos disso porque batemos um papo com o carioca e ele nos contou sobre várias coisas: P9, carreira solo, sonoridade nova, disco novo e relação que tem com o público LGBT e até falou da famigerada política.

It Pop: Vamos começar com uma pergunta relacionada ao P9. Foi um projeto que nasceu meio que pelos bastidores de uma gravadora bem grande. Com os incentivos que vieram e tudo, vocês conseguiram emplacar um sucesso antes mesmo de ter fãs. Você acredita que isso, de alguma maneira, prejudicou a forma como levaram o resto da carreira da banda ou não?


Michael: De ter emplacado antes de ser conhecido pela galera e tal? Acho que deu uma força, deu um start muito forte. Eu acho que foi um start muito forte, que é muito legal, assim, de ter um apoio muito grande de uma gravadora. A música entrou, é o que você falou, a música entrou na novela antes da galera saber o nosso rosto, né? Então é um apoio muito forte pra um começo e eu acho, assim, super válido. Mas também acho legal começar pequeno. Acho legal das duas formas, tipo agora: eu tô começando, tô fazendo um trabalho independente, começando devagarinho e acho que tem muito o que crescer, muito lugar pra ir, muita coisa pra fazer.

E já que falou agora do seu trabalho solo, você afirma que finalmente pode fazer alguma coisa que te representa? Acha que você não sentia isso no grupo?

M: O grupo me representava também, com certeza! Claro que minhas influências sempre foram mais diferentes em questão de estilo musical, mas eu sempre gostei de umas coisas mais alternativas. Inclusive, o folk, que sempre foi algo me influenciou. Mas eu sempre escutei de tudo, então tipo assim, quando eu era criança, eu realmente escutava... Minha irmã era fã de Backstreet Boys e eu realmente escutava Backstreet Boys. Então foi verdadeiro, sabe? Mas eu realmente tô me descobrindo e em algo que eu estou muito feliz de fazer nesse momento agora. Um momento diferente da minha carreira, e algo que eu tô curtindo muito fazer. E tô, assim, me baseando muito em referências do que eu gosto. Tô fazendo muito exatamente o som que eu queria estar fazendo, colocando os instrumentos que eu quero estar colocando. Então tá muito legal. Os elementos e etc e tal.

IT: Você citou que você sempre ouviu muito de tudo, Backstreet Boys, folk. A gente percebe que o som desse primeiro single de trabalho, que é o “La La La”, foge bastante da proposta da P9, mas continua como algo bastante pop. Você diz que gosta de tudo, ouve de tudo. Mas quais foram suas influências pra esse trabalho especificamente?

M: Se você me perguntar: "Michael, o que tá na sua playlist?" É o que eu escuto e são minhas referências fortíssimas, que é James Bay, por exemplo. É uma das grandes influências que eu escuto direto. George Andria é um cara que eu gosto muito. Dos mais antigos, eu gosto muito de Simon & Garfunkel. Gosto muito de uma banda que acho que ninguém conhece aqui no Brasil e nem nos Estados Unidos, ela é mais da Europa, a Might Oaks, que é folk também. Do próprio Munford (and Sons) eu gosto muito. São coisas que eu escuto diariamente, mas eu gosto de escutar de tudo. Eu gosto de pegar um pouquinho de cada coisa, de escutar o pop brasileiro, o rock brasileiro, o samba. Eu acho que tem espaço pra pegar elementos de cada coisa. As influências são essas que eu escuto, é o caminho que eu tô indo, que eu mais gosto de escutar, então estou colocando os elementos. E nesse primeiro single, inclusive, não foi algo “eu quero fazer nesse estilo” ou “eu quero fazer nesse gênero musical”. Foi algo “vou fazer algo que eu goste, com as coisas que eu quero colocar, com os elementos que eu quero colocar e eu quero ficar super feliz com o trabalho que eu estou fazendo”. Não foi feito pensando em agradar tal pessoa ou acho que tem que ser dessa forma pra fazer tal coisa. É algo muito do que eu queria fazer e acabou saindo um resultado super legal. Inclusive dentro dos elementos folk que tem na música, ela tá com um pézinho no pop bem forte até. Mas são essas as minhas influências principais, algumas das principais, porque podíamos ficar falando horas sobre influências. Eu acho muito importante escutar de tudo, porque tem o que somar cada estilo musical.

IT: Você acha que você já começou se arriscando? Você falou que pegou influências do folk e isso acabou sendo um resultado legal que surpreendeu. Você acha que você já começou se arriscando, fazendo uma coisa “gosto disso, acho isso autêntico e vou fazer isso”? Porque geralmente nos primeiros trabalhos de artistas costumam ser mais comerciais, para você conhecer o artista, tem aquela coisa mais chiclete...

M: Com certeza. Eu acho que sempre que você está caminhando por essa linha de fazer exatamente o que você gosta, você está sempre arriscando. Você não está necessariamente fazendo para agradar o mercado ou para agradar alguém. Eu acho que dentro desse papo, a música saiu inclusive bem chiclete e bem pop para o conceito dela. Ela acabou saindo bem acessível ao pop e em todos os estilos musicais. Mas é sempre um risco, é sempre assim que saem as coisas novas! Se a gente repetir o que está no mercado, se a gente só fazer o que já está rolando, a gente não está colocando nada de novo. É uma fórmula que está ali, mas não necessariamente vá dar certo. Então é mais legal você fazer algo que você super se identifica, que você está afim de fazer e acabar dando certo de repente, do que você tentar entrar em algo que já está rolando que também as chances são as mesmas.

IT: E vem cá, é verdade que você compôs essa música nova em dez minutos?

M: Foi mais ou menos em dez minutos. Surgiu a ideia e eu estava tocando o violão, que eu gosto de tocar toda hora e aí veio a ideia do assovio. Comecei a assoviar e pensei: cara, isso é legal! Aí gravei. Aí comecei a fazer o lá lá lá, meio que cantarolando e falei: isso também é legal! E gravei. Aí comecei a ter ideia da música e a letra saiu em dez minutos e em dez, no máximo quinze minutos, a gente já tinha uma música ali. O corpo, a letra, o assovio, tudo pronto e eu falei: cara, que legal! Eu gostei, aí resolvi gravar.

IT: Você diz que está nessa tendência mais ligada para o folk, mas com elementos de várias coisas. Atualmente, no Brasil, a gente tem visto muitos artistas vindo com essa proposta funk pop; que é a Anitta, o Biel, a Ludmilla. A gente pode esperar que você siga essa tendência também ou você vai ficar mais preso a sua própria proposta?

M: Eu vou ficar mais preso a minha proposta, é o que eu curto fazer. Respeito pra caramba, acho que eles conseguem fazer um som super legal mas o que eu curto é esse estilo. Não me imagino fazendo funk pop, apesar de gostar. Acho muito legal a proposta deles, inclusive a proposta nova da Anitta, acho super foda, muito gringa. Mas eu estou fazendo o que eu curto escutar diariamente e é provavelmente a proposta que eu vou seguir.

IT: A gente já chegou nessa coisa de falar de artistas daqui e eu queria saber se você faria parceria com algum desses nomes do pop atual? Você gostaria de fazer, tentar um projeto ou algo assim com alguém desse novo cenário musical?

M: Faria, com certeza! Eu acho que a música é mais do que um estilo dividido em pop funk, folk ou rock. É mais do que isso! Acho que dá para conversar. Essa galera canta e independente do estilo, tenho certeza que eles apreciam outros estilos de música. Então acho super válido misturar público. E a música conversa em geral, não precisa ficar presa num estilo. Como se “porque eu faço isso, então eu vou fazer uma parceria com tal pessoa”. Não dá para fazer com não sei quem, porque não é do mesmo estilo. Isso é uma besteira!

IT: E com o P9 você conquistou uma quantidade bem grande de fãs dentro da comunidade LGBT. Eu queria saber o que você acha desse posicionamento conservador de políticos como Bolsonaro e o Pastor Feliciano, sobre os direitos gays no Brasil?

M: Eu prefiro nem acompanhar essa galera porque eu não curto muito o que eles pensam e o que eles falam. O público, esse público para mim é importante, o público geral é importante para mim. Eu nem gosto muito de entrar nesse assunto, porque não são pessoas que eu costumo acompanhar justamente porque não gosto dos ideais deles.

IT: A sua música “La La La” já foi lançada com o videoclipe. A gente quer saber, quais serão os seus próximos passos? Vem um disco solo ou talvez um EP?

M: Vem um EP! Estou em fase de escolher as músicas, estou definindo. Eu já tenho as opções, mas ainda estou escolhendo entre as opções quais vão entrar. Vão ser cinco músicas, contando com a “La La La”. Dessas cinco, são quatro em português e uma em inglês. É complicado dar uma data definitiva, mas acredito que lá para julho, de repente, o segundo clipe já com o lançamento do EP. Mas vai ser legal! O som vai ficar bem legal, caminhando por esse estilo e outras influências também. Vai ficar bem diferente!

IT: São composições suas ou tem composições de outras pessoas também?

M: Por enquanto, a maioria são composições minhas. Tem algumas opções, mas como eu ainda não defini, é complicado para te falar exatamente. Mas tem pelo menos composições de um amigo meu que gosta do mesmo estilo e de repente também vão entrar... Estou definindo exatamente.


IT: Para terminar, eu queria saber o que você tem a dizer para os seus fãs do trabalho do P9, que eles provavelmente vão demorar um pouquinho para digerir seu novo trabalho, pelo assédio do grupo, porque você agora está em carreira solo? E como você vai lidar com esse pessoal que às vezes torce o nariz, porque não curtia o grupo e a galera que curtis o grupo mas que está com o pé atrás porque você acabou saindo? Como você vai atingir esse pessoal?

M: Acho que é questão de tempo em conseguir conquistar quem curtia e não aceitou ou algo do tipo. É questão de tempo para eu conseguir conquistar de volta essa galera, deles gostarem do trabalho. A galera que não curtia, de repente, já tem um preconceito. Mas é tentar fazer com que eles se permitam escutar o som novo e, de repente, eles gostem. Mas tudo leva tempo! É tentar conquistar a galera... Eu tenho um negócio que eu gosto de agradar todo mundo. Isso é meio difícil, porque é impossível agradar todo mundo! Mas acho que a gente vai trabalhando devagarinho e vai fazendo ao máximo para a galera curtir o som. É muito legal quando você sente que o pessoal está gostando. E nesse nosso passo, devagarinho, que a gente está indo. Estou vendo que está com bastante plays no Spotify. A gente já bateu mais de vinte mil plays no Spotify em menos de duas semanas. Os comentários do YouTube estão todos muito bons, bastante likes. No Spotify até foi uma surpresa, a música entrou em 11° dos Top 50 virais do Brasil. Foi uma surpresa, fiquei muito feliz! Então devagarinho eu vou conseguindo o meu espaço e tentando conquistar essa galera.

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