Mais gore impossível: "Jogos Mortais: Jigsaw" ganha o seu primeiro trailer

A San Diego Comic Con começou e já estamos levando vários tiros desse evento incrível  e podemos dizer que um deles vem da Lionsgate, que lançou na convenção o trailer de "Jogos Mortais: Jigsaw", oitavo filme da franquia. Treze anos após o lançamento do primeiro "Jogos Mortais", o longa mostra que, sem dúvidas, a franquia ainda tem muito gás para conquistar o público com este novo filme. 

Embalado pela lenta – e, neste contexto, agoniante e assustadora – canção "Running Scared", de Roy Orbison, o trailer traz muito suspense é um prato cheio para os fãs da franquia, mas, ao mesmo tempo, nada de inesperado acontece: personagens prestes a sofrer com algum tipo de tortura, gritos, sustos, quartos escuros e, até mesmo, Jigsaw na bicicletinha. 

A trama gira em torno do surgimento de corpos na cidade, todos de pessoas que foram violentamente assassinadas. A polícia se encarrega de investigar os crimes e, surpreendentemente, John Krammer é o maior suspeito deste crime, mesmo morto há mais de dez anos. Seria possível Jigsaw estar vivo ou seria um fiel seguidor do assassino o responsável pelas atrocidades?   



Sob direção de Michael ("Canibais") e Peter Spierig ("O Predestinado"), "Jogos Mortais: Jigsaw" conta com Dan Heffner e Oren Koules na produção, enquanto Stolberg e Peter Goldfinger cuidam do roteiro. O elenco é composto por Mandela Van Peebles, Brittany Allen, Laura Vandervoort, Callum Keith Rennie, entre outros. Curiosamente, o filme tem estreia nacional no dia 2 de novembro de 2017, dia de finados. Deus é mais (e top)!

Sedenta! Azealia Banks revela vídeo misterioso alertando que algo acontecerá segunda-feira

O ícone do hip-hop, Azealia Banks, usou seu Instagram para anunciar que, na manhã da próxima segunda-feira (24), seus fãs terão uma surpresa.

Ela não disse “surpresa”, exatamente, mas publicou um vídeo com imagens rápidas de toda a sua carreira ao som de “The Big Big Beat”, single que antecedeu a faixa “Chi Chi”, encerrando com o aviso: segunda-feira, 11h (horário de Brasília), Azealia Banks.

Olha só:


Dá vontade, né @?

Os últimos dias foram bastante agitados para a rapper, de forma que são muitas as possibilidades do que pode rolar na segunda-feira. Entre seus últimos feitos, houve a contratação de um novo empresário, a estreia de “SLAY-Z” nas plataformas de streaming e a promessa de que voltaria aos estúdios para terminar a sequência da mixtape “Fantasea” e da sua parceria com a Iggy Azalea. Qual a sua aposta?

Na segunda-feira estaremos de volta e atentos para essa novidade, seja ela qual for.

Com visual inspirado em Prince, “Balanga Raba” leva Rico Dalasam do rap ao pop e vice-versa

Rico Dalasam não conteve seu fogo. Depois de fazer todos cantarem que não esperavam o carnaval pra serem vadias, o rapper lançou no Youtube o seu novo single, a faixa produzida por Mahal Pita, “Fogo em Mim”, e sem tempo a perder, estreou nesta sexta-feira (21) o EP “Balanga Raba” no Spotify.



Com quatro faixas, o novo trabalho de Dalasam sucede seu álbum de estreia, “Orgunga”, e inclui, além do single “Fogo em Mim”, a frenética “Procure” e outras duas inéditas: o recado para quem tentou subestimá-lo, “Não Deito Pra Nada”, e a curta, dançante e livremente romântica, “Não Vem Brincar de Amor”.


“Até quem me copia, hoje muda o mundo.”


Dois anos desde a estreia do EP “Modo Diverso”, “Balanga Raba” soa como uma nova introdução ao Dalasam que, se antes sequer aparecia na capa de seu álbum, agora orgulhosamente o estampa na maior pose de Prince, ícone negro e precursor da fluidez de gênero na música, explorando ainda mais do que nos apresentou em seus trabalhos anteriores, nos fazendo dançar, cantar e pensar do pop ao rap, ou vice-versa.

“Fogo em Mim” ganhará seu videoclipe no próximo final de semana, dia 29 de julho, na programação do Music Video Festival 2017, no MIS, em São Paulo, mas enquanto ele não chega, temos muito o que curtir com “Balanga Raba”.

Faça bom proveito:

E não é que a parceria de Louis Tomlinson e Bebe Rexha em "Back To You" deu muito certo?

Será que alguma vez na vida imaginaríamos que Louis Tomlinson, Bebe Rexha e Digital Farm Animals se uniriam para criar uma música tão boa? Talvez não, mas que bom que, apesar de nunca termos esperado isso, essa colaboração aconteceu. É de onde menos se espera e de uniões inimagináveis que saem as melhores coisas, e a parceria tripla "Back To You", lançada hoje (20) nos prova isso. 

Apesar da canção ser o single de estreia de Louis (ignorando "Just Hold On", música do Steve Aoki que contou com a sua participação), quem começa cantando é, na verdade, Bebe. A distribuição vocal da canção é extremamente igualitária para um featuring e gostamos de ver o ex-One Direction ceder espaço para a americana.

Ainda que ela apareça bastante, não podemos tirar o mérito do cara. Considerado por muitos como o mais esquecível do One Direction, Louis fez um debut nem um pouco esquecível e mostrou que, sim, tem uma carreira solo bastante promissora. "Back To You" é diferente de tudo o que esperávamos vindo dele e tem muita personalidade. Vale destacar também o quanto a faixa se encaixou muito bem com as vozes dos dois intérpretes, que são difíceis e que, se usadas de forma errada, podem ficar muito agudas. 

Tudo isso não seria possível sem a produção certeira do Digital Farm Animals. Responsáveis pelo hit "Be The One", da Dua Lipa, a música por ser pouco usual e não se parecer em nada com o que está em alta hoje em dia. É refrescante.

Você não sabia que precisava tanto desse hino até escutá-lo pela primeira vez.



E aí? A estreia de Louis Tomlinson está aprovada para você?

O primeiro álbum solo do cantor, que deve chegar ainda nesse ano, tem inspiração nas "letras verdadeiras" de Arctic Monkeys e Oasis, como ele mesmo descreveu, e trará toda a sua jornada desde a "saída" da boyband até o momento atual, passando ainda pela perda da sua mãe, que aconteceu no ano passado. 

“The Handmaid’s Tale” é a série mais foda que você ainda não deu atenção


Na semana passada, foram nomeados os indicados ao Emmy 2017, premiação importantíssima da TV americana. "The Handmaid’s Tale" foi uma das selecionadas, sendo responsável pela primeira nomeação do serviço de streaming Hulu na categoria “Melhor Série Dramática”. Não só isso, o show baseado no clássico de Margaret Atwood é um dos favoritos ao prêmio.

O enredo é sobre um mundo distópico onde os Estados Unidos, após um golpe promovido por um grupo fundamentalista cristão, passa a viver sob uma ditadura, a República Gileade. As mudanças climáticas provocaram uma espécie de epidemia de infertilidade, e homens e mulheres no mundo todo pararam de ter filhos, o que provocou uma crise global. É nesse clima de medo que o discurso religioso ganha força e acontece o golpe. Nessa teocracia a palavra de Deus é livremente interpretada segundo os interesses dos fundadores, e as mulheres vivem sob constante dominação – para os homens, o objetivo final do ser feminino é a procriação e somente isso.

Nesse mundo existem as Handmaids, ou Aias, que são as poucas mulheres que ainda são férteis. Elas foram capturadas antes que pudessem sair dos Estados Unidos (a ditadura chega aos poucos e quando acontece é tarde demais para fugir). As Aias são servas das famílias que comandam a República de Gileade e sua obrigação é dar à luz a bebês para essas famílias, o que passa por um processo doloroso de estupro por parte dos chefes da casa, chamado de “cerimônia”.

Ao longo dos 10 episódios da primeira temporada, acompanhamos os pensamentos de June (Elizabeth Moss - "Mad Men"), Aia inconformada com seu cárcere privado e o mundo de terror e dominação em que vive. June está sozinha e o roteiro usa de seus devaneios para nos dar uma dose forte do medo, insegurança e raiva que passam por sua mente. Não nos esquecendo que ela é uma prisioneira, é possível notar que as diretoras da série se esforçaram para que sentíssemos incomodo com aquela mulher à mercê de pessoas poderosas, e não naturalizássemos seu sofrimento. Ela não faz tudo o que pedem porque Deus mandou, mas sim porque não tem escolha.

Falando em direção, outro ponto incrível da série são as diretoras – são 4 mulheres que dirigem 8 dos 10 episódios. Reed Morano e Kate Dennis foram inclusive indicadas ao Emmy de melhor direção em série dramática, dando peso às indicações femininas na categoria junto à Lesli Linka Glatter, de "Homeland", a única mulher entre as nomeações há dois anos.

As diretoras fizeram por merecer, porque os episódios são extremamente bem dirigidos, com uma atmosfera bem construída. Somos apresentados à três linhas do tempo: o presente, o passado próximo ao golpe e o passado depois do golpe. Em vídeo, cada um possui cores e jogos de câmera que constroem uma identidade única. É um prazer acompanhar os closes em movimento nos personagens e o ambiente sombrio da mansão iluminado por feixes de luz da janela.


Poderia uma ditadura assim acontecer? Poderíamos voltar um dia ao passado e oprimir novamente mulheres de maneira implacável? A distopia de Margaret, lançada em 1985, é mais atual do que nunca. Temos visto no mundo todo discursos de ódio ganhando espaço e fundamentalistas religiosos sendo aplaudidos mundo afora. 

“Ah, mas se algo assim acontecer, a mídia não deixará. Todos no mundo saberão das atrocidades, a ONU...”. Será mesmo? Tomem como exemplo a Rússia com a lei “anti propaganda gay”, na verdade um passe livre para o genocídio LGBT, e o Brasil e o mundo continuam com relações comerciais naturais com o país. Relativizamos a dor de outros povos, e a mídia contribui ao divulgar da forma como bem entende o que acontece em outros países, isso se quiser divulgar. 

Ao ver "The Handmaid’s Tale" nos perguntamos se seria possível tal distopia, mas a narrativa também pode ser vista por outro viés – o da sororidade. As Aias, devidamente uniformizadas de vermelho, não são seres passivos como pensam. Essas mulheres chamam o que acontecem em seus lares, sim, de estupro, violência e humilhação, e muitas querem fazer algo para mudar. É emocionante quando June percebe que, de alguma forma, não está completamente sozinha.


Alexis Bledel (“Gilmore Girls”) e Samira Wiley (“Orange Is The New Black”), indicadas por seus papéis na série, transmitem através de suas interpretações toda a dor de suas personagens. Outros destaques também ficam para as outras mulheres, com personagens minuciosamente complexos, como são os casos de Ann Downd (“The Leftlovers”) como Tia Lydia, também indicada ao Emmy, e Yvonne Strahovski (“Chuck”).

Por essas e outras, o mais esperado é que o Hulu leve o grande prêmio da noite de 17 de setembro - e, com isso, sinalizar uma alerta para a Netflix e HBO também. E a gente vai ficar, com certeza, bastante atentos às próximas produções originais do serviço.

A gente bateu um papo com o Gavin James: “Não conseguiria compor pensando nas rádios”

Gavin James é um nome que você ainda ouvirá muito falar. O cantor irlandês foi uma das apostas do Spotify em 2016 e, daí em diante, só colheu bons frutos ainda de seu disco de estreia, “Better Pill”, lançado no mesmo ano.

Foi dele que Gavin extraiu a sua música mais famosa, “Nervous”, e foi com ela que também se apresentou ao público brasileiro, emplacando a faixa na trilha-sonora de uma novela da Globo.



Sua sonoridade não tem muitas novidades. Apesar do vozeirão, James segue o padrão europeu que já levou para as paradas dois outros de mesmo nome: Arthur e Blunt, além de Sam Smith, Ed Sheeran e contando.

Atualmente gravando seu novo disco e prestes a desembarcar no Brasil, o cantor bateu um papo com a gente e o resultado dessa conversa você confere abaixo.

It: Você foi eleito um dos artistas pra ficar de olho do Spotify em 2016. Muita coisa mudou desde então?

Gavin: Siiim! Eu fiquei lisonjeado em ter sido um dos escolhidos pelo Spotify. Foi uma ótima maneira de levar a minha música para muitas pessoas ao redor do mundo e realmente me ajudou a construir o público dos meus shows.

It: “Bitter Pill” é um disco muito bom. Pode nos contar um pouco sobre suas influências?

Gavin: Eu escutei um pouco de tudo o que é bom, do Frank Sinatra ao John Mayer, entre outros. Meu pai costumava chegar em cada todo dia com uma mixtape diferente pra mim. Coisas aleatórias, tipo James Taylor com Jimi Hendrix ou Van Halen. Daí um dia ele me trouxe uma fita do Sam Cooke, era fantástica.

It: E você já tem trabalhado no seu novo disco ou continua focado na divulgação de “Better Pill”?

Gavin: Eu estou compondo para o meu próximo álbum, que deve ser lançado no comecinho de 2018, e experimentando algumas músicas novas na estrada, mas mal posso esperar para lançar todas essas novidades.



It: O mainstream pode ser cruel para novos artistas, moldando-os para o que as rádios querem tocar. Não teme que isso possa acontecer com você, conforme fica mais famoso?

Gavin: Eu escrevo minhas músicas pra mim e para meus fãs. Eu nunca estou pensando no que as rádios querem, simplesmente não poderia escrever desta forma.

It: Qual música você não consegue parar de ouvir ultimamente?

Gavin: “Redbone”, do Childish Gambino. É a música do ano, totalmente, será o som do meu despertador por um bom tempo  daqui pra frente.



It: A gente sabe que os europeus amam programas de competições musicais. O que você acha deles? Se fosse convidado pra ser jurado de um desses realities, aceitaria?

Gavin: Pessoalmente, eu não entraria em algo assim, só porque não é a minha praia. Mas isso pode e tem dado certo para muitos artistas, uma vez que é uma ótima plataforma para alcançar um público maior.

It: “I Don’t Know Why” está com um remix muito bom no Spotify. Você gosta dessa versão?

Gavin: Sim, eu curto o remix feito pelo Danny Avila. Não pretendo lancá-la como single, mas ele fez um bom trabalho e ela tem ido bem.



It: Ainda falando de trabalhos anteriores, sua música “22” fez parte da trilha-sonora de “Grey’s Anatomy”. Você gosta da série? Como rolou esse convite?

Gavin: Eu sou um grande fã de filmes e TV, e ter uma música em “Grey’s Anatomy” é uma meta de vida pra qualquer artista, eu acho? Nós batemos na trave algumas vezes, mas “22” finalmente funcionou para eles no episódio certo.



It: Pode deixar uma mensagem para quem já conhece e ama as suas músicas no Brasil?

Gavin: Muito obrigado a todos pelo apoio e eu espero vê-los com um show em breve! [Em português] Obrigado e até breve!

***


Nesta semana, Gavin James atingiu a marca de 100 milhões de execuções pelo Spotify e, para comemorar, revelou uma versão acústica da faixa “Nervous”, que você pode conferir abaixo:



É esperado que o irlandês se apresente no Brasil entre o final de julho e começo de agosto, apresentando a canção acima e outras do álbum “Better Pill”, disponível nas principais plataformas.

"Kingsman 2" lança mais um trailer foda e não choca ninguém


A Fox liberou nesta quinta-feira (20) o segundo trailer de um dos filmes mais aguardados do ano (pelo menos aqui no It Pop): Kingsman: O Círculo Dourado, que tem estreia marcada no Brasil para 28 de setembro. O novo vídeo ganha destaque por ser classificado como "para maiores" e apresentar muitas cenas inéditas. Confira abaixo:


Nesta sequência ao filme de 2015, Eggsy (Taron Egerton) e sua equipe encontram-se ameaçados quando seu quartel-general é destruído e o mundo torna-se refém de uma nova organização. Para derrotá-la, o grupo de Kingsman alia-se à Stateman, outra agência de espionagem bastante semelhante e que atua nos Estados Unidos. O estrelado elenco contará, além de Egerton, com os grandes nomes de Julianne Moore, Colin Firth, Halle Berry, Jeff Bridges, Channing Tatum e até Elton John.

O que achou do novo trailer? Conta pra gente nos comentários!

Crítica: "O Mínimo Para Viver" é esquecível enquanto cinema, mas traz necessário debate sobre anorexia

A Netflix já é um dos maiores impérios de cultura do nosso planeta. Com mais de 100 milhões de assinaturas pelo globo, a plataforma de streaming consegue ditar pautas sociais a partir de seus lançamentos, introduzindo diálogos sobre os mais variados assuntos. Lembra quando a série "Stranger Things" foi lançada ano passado? Era absolutamente a única coisa que se falavam pelas redes sociais, e a série é uma obra original da Netflix.

"Stranger Things" é só um exemplo dos vários que caíram na boca do povo e foram originados na plataforma. Em 2017 tivemos o boom de "13 Reasons Why", série que veio com o intuito de discutir o suicídio na adolescência. Com fervorosos comentários contra a "glamourização" do suicídio que a série teria realizado até defensores que aprovam a história, o fato é que a série fez com que o número de pedidos de ajuda contra o suicídio aumentassem. No fim das contas, esse impacto positivo é a real conquista.

Por essa força de impacto, comprovada pelos números de "13 Reasons Why", a Netflix parece estar preocupada com outros problemas sociais. Recentemente a companhia comprou os direitos de exibição de "Okja", filme que debate o uso irresponsável de animais para o consumo humano. O lançamento da semana, no último dia 14, foi "O Mínimo Para Viver", longa-metragem que coloca os distúrbios alimentares na mesa.


Lily Collins, estrela (para o bem ou mal) de "Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos" (2013), vive Ellen, uma garota de 20 anos que sofre de anorexia. Sua estrutura familiar é meio caótica: a mãe mora em outra cidade, seu pai é completamente ausente (ele nem ao menos aparece no filme, uma sacada engenhosa da produção) e ela vive com sua madrasta Susan (Carrie Preston, de "True Blood") e sua meia-irmã Kelly (Liana Liberato). Ao ser levada pela madrasta até o médico William Beckham (Keanu Reeves), a garota é internada numa espécie de casa de repouso para transtornos alimentares.

O filme não perde tempo explicando nossos padrões de belezas. Não há uma introdução da garota vendo revistas de moda com aquelas modelos-palitos ou assistindo a videoclipes com cantoras e suas barrigas saradas: nós já estamos muito bem familiarizados com as imposições estéticas da nossa sociedade, principalmente as voltadas para o corpo feminino, ainda mais cruéis. Há uma rápida menção desses padrões e já caímos de cara com a doença da protagonista em plena atividade.

Como qualquer produção que evolve grandes mudanças físicas nos atores, "O Mínimo Para Viver" pode virar palco de curiosos em relação ao corpo de Collins. Magérrima, a atriz teve que perder muitos quilos para o papel, o que gerou controversas. A própria atriz já assumiu ter sofrido de distúrbios alimentares, então ter que emagrecer dessa forma, mesmo acompanhada de uma nutricionista, como ela mesma frisou em várias ocasiões, não seria o mesmo que um alcoólico recuperado voltar a beber álcool para um filme (com supervisão de um profissional)?


É bem verdade que soa perigosa essa transformação, porém se a atriz aceitou e recebeu orientação constante, não podemos interferir - imaginemos-a cheia de efeitos especiais como Kristen Stewart em "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1" (2011) durante sua fase esquálida da gravidez: o efeito principal do longa, só conseguido pelo impacto visual da doença, seria perdido. Além disso, Collins usou o filme como uma "libertação" dos fantasmas do passado, falando em redes sociais que "dividir a minha história em relação aos transtornos alimentares e o quão pessoal esse filme é para mim tem sido uma das experiências mais gratificantes da minha vida".

E assim como qualquer obra que trate de temas obscuros, como suicídio, bullying, depressão, assassinatos e afins, o filme mostra detalhes dos corredores dos distúrbios alimentares. Na casa de internação há várias pessoas, principalmente mulheres, com anorexia e bulimia, e é revelado tanto as formas que elas fazem para não engordar até suas obsessões corporais. Há garotas vomitando depois do jantar dentro dum saco que guardam escondido embaixo da cama, há contrabando de laxantes, abdominais e outras atividades físicas obsessivas e até quem prefira correr ao invés de caminhar para perder mais calorias (que mal ingerem).


Isso pode soar como um belo manual para novos anoréxicos, assim como "13 Reasons Why" pode parecer um guia passo a passo de suicídio, porém o que separa o "incentivar" e o "conscientizar" são os mecanismos que a obra em questão se utiliza para mostrar que fazer aqueles passos é algo prejudicial. No caso de "O Mínimo Para Viver", não só acompanhamos o definhar físico de Ellen enquanto ela luta contra um medo desproporcional de ser gorda, mas também testemunhamos o desespero de sua família ao ver que a garota está, pouco a pouco, morrendo. O retrato desse impacto familiar é de suma importância para as discussões da obra, pois não exclui o indivíduo doente, como se todos os males apenas o abatessem. Ele, inserido num contexto social, acaba interferindo na realidade das pessoas à sua volta.

Numa cena, Ellen diz ter a situação sob controle, uma ilusão imposta por ela mesma para se manter confortável no meio da doença; em outra, ela assume ter medo de começar a comer e não conseguir mais parar. É bem difícil conseguir entender tal pensamento quando estamos fora da caixa craniana da personagem ou de alguém que sofre com quaisquer transtornos psicológicos, e é ainda mais difícil um filme transparecer de forma real tais problemas. Além de Collins, a própria diretora/roteirista, Marti Noxon, produtora de diversas séries, como "Buffy, a Caça-Vampiros" e "Glee", usou suas experiências com alimentação para construir a história, o que coloca mais verdade no ecrã quando sabemos que as pessoas envolvidas infelizmente vivenciaram o que está sendo exibido.


Talvez a melhor abordagem do filme, mesmo não sendo palco principal, é a romantização de problemas na internet. Ellen desenhava seus desejos e medos causados pela anorexia e postava no Tumblr. Uma garota, também anoréxica, cometeu suicídio e citou na sua última carta que o trabalho de Ellen a inspirou a realizar aquilo. A protagonista não é real culpada da morte da garota, porém há um peso muito forte quando transformamos algo negativo em belo, legal e até desejável.

Você com certeza já deve ter visto as glamourizações de suicídio pelos perfis de "sad boys", aquela garota anoréxica que posta fotos no Instagram e tem milhares de seguidores, e até mesmo ouve nossa querida Lana Del Rey cantando sobre violência doméstica de forma quase divina. Quem nunca "queria estar morta"? Até onde tais consumos são prejudiciais? Como somos influenciados por essa onda de endeusamento do que deveria ser repudiado?

O filme não condena os desenhos da protagonista, assim como não precisamos iniciar uma caça às bruxas pelos exemplos citados, contudo, há a necessidade de maiores responsabilidades com temas tão delicados, principalmente quando inseridos num meio de propagação tão rápida como a internet. Essa leve problematização serve para acendermos uma luz amarela quando a menina que se matou pelos desenhos de Ellen é baseada em histórias reais.


E essa responsabilidade é encontrada em "O Mínimo Para Viver". A obra se preocupa em deixar muito claro que tem nada de bonito em parecer um cabide, pois, muito acima da aparência, a saúde de suas personagens são o objetivo principal a ser atingido por todos ali. Há menções biológicas dos impactos da abstinência em alimentação, como o fato do corpo consumir seus músculos e órgãos quando não há mais ingestão de calorias. Aqui não temos um filme motivacional ou romântico, e sim uma abordagem seca e didática na medida certa (com exceção do esquemático final) sobre o passo a passo de ter um distúrbio alimentar, chegar no fundo do poço e conseguir sair de lá. É tudo cru, desde os diálogos até mesmo o sóbrio design de produção, carente de cores vibrantes.

Com um público alvo bem delimitado, adolescentes (foco na estrela teen no protagonismo, o romance bobinho - e desnecessário - e as descobertas sexuais dignas de um coming of age), "O Mínimo Para Viver" é um filme recomendado para gerar um debate sobre um assunto tão sério e tão atual. Mesmo não alcançando voo alto, a produção consegue cumprir o que propõe sem tanto impacto gráfico que a mensagem inicial promete, terminando com um positivo tom (para não dizer piegas) que pede para o espectador discorrer sobre o tema de forma esperançosa. Aqui temos um bom filme para ser passado em escolas, instituição que deve fomentar tais debates.

Durante as filmagens do longa, Collins, esquelética, encontrou uma amiga que comentou como ela estava ótima, querendo, ainda, saber o que ela fez para estar tão magra. Enquanto vivermos numa realidade torta onde o visual deprimente da atriz é motivo para elogios e o adjetivo "magra" uma bênção dos céus, o problema persistirá. "O Mínimo Para Viver" pode ser esquecível enquanto cinema, mas é correto enquanto debate.

Julia Michaels lançará seu EP de estreia na semana que vem e ele promete ser um hinário

Uma das maiores revelações de 2017, Julia Michaels provou que é muito mais do que uma compositora de hits e emplacou o smash "Issues" no #11 da Billboard Hot 100. Agora, ela está pronta para se tornar dona e proprietária total dos seus scrobbles com o lançamento do mini-álbum "Nervous System" na sexta-feira da semana que vem, dia 28 de julho.

Chamado de mini-álbum pela própria Julia, o "Nervous System" é, na prática, um EP com um número um pouquinho maior de faixas - serão 7 músicas no total. Além de seu primeiro hit como cantora, o trabalho também traz seu atual single, a maravilhosa e até o momento injustiçada "Uh Huh", e se ambas as canções servirem como um indicativo do que ouviremos no material completo, podemos esperar um EP salvador do pop.

Confira abaixo a tracklist do mini-álbum:

1. Issues
2. Uh Huh
3. Worts In Me
4. Make It Up To You
5. Just Do It
6. Pink
7. Don't Wanna Think

Como nem tudo é perfeito, a capa do EP é essa aí.



É aquele ditado: se as músicas forem boas, vamos fingir que essa capa nunca existiu. 

Compositora por trás dos hits de Selena Gomez e Justin Bieber, como "Hands To Myself" e "Sorry", respectivamente, Julia fez seu nome nos bastidores da música, tendo trabalhado ainda com grandes nomes do cenário como Britney Spears e Gwen Stefani. Como cantora, a garota tem se destacado e não só atingido sucesso comercialmente, mas também com a crítica, que tem a colocado entre as principais apostas para receber uma indicação ao prêmio de "Best New Artist" (artista revelação) no Grammy desse ano. Estamos atentos.

“Despacito”, de Luis Fonsi, se tornou o clipe mais assistido de todos os tempos na Vevo

Não importa se você gosta ou não da música, você ouviu “Despacito” pelo menos uma vez na sua vida e, muito provavelmente, também assistiu ao seu videoclipe. Se não o fez, saiba que mais de 2 bilhões de pessoas fizeram isso desde que o clipe foi lançado, em janeiro desse ano, e com isso, a parceria de Luis Fonsi e Daddy Yankee se tornou o videoclipe mais assistido de todos os tempos em um canal Vevo.

Com mais de 2,6 bilhões de visualizações, o vídeo de “Despacito” deixa pra trás o clipe de “Sorry”, de Justin Bieber, que contribuiu para o sucesso da faixa nos EUA, além de outros hits como “Uptown Funk”, do Mark Ronson com Bruno Mars, e “Shake It Off”, de Taylor Swift.



Uma das partes mais legais dessa marca é ser um recorde para a versão original de “Despacito”, sem a participação de Bieber, além de seguir colocando a faixa na linha de frente dessa onda latina, que também alavancou nomes como J Balvin e Maluma.

Vale ressaltar que, com o recorde batido na Vevo e todos os outros antes batido no Spotify, “Despacito” se torna a música mais executada de todos os tempos em plataformas de streaming, reunindo mais de 4,38 bilhões de execuções somando todos os serviços.

Dá vontade, @?

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo