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10 musicais das últimas duas décadas para você amar e cantar junto

Nesta útlima quinta-feira, chegou aos cinemas "Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo", trazendo de volta Shopie (Amanda Seyfried), Donna (Meryl Streep), Tanya (Christine Baranski) e Rosie (Julie Walters) nos embalos dos sucessos do ABBA. Com o lançamento do novo filme, reunimos 10 musicas das últimas duas décadas para você se apaixonar e cantar junto.

Sem mais delongas, pega o microfone e vem com a gente.

Across The Universe, 2007

Atenção aos românticos de plantão, essa é para vocês! Em "Across The Universe", acompanhamos o romance do Jude (Jim Sturgess) e Lucy (Evan Rachel Wood), em meio a um turbilhão de emoções, revoluções e a Guerra do Vietnã. Ambientado nos anos 60, o filme tem as músicas dos Beatles, que se costuram com a trama de forma magnífica, numa releitura boa, e ainda conta com a participação do Bono, do U2.


Burlesque, 2010

Esse aqui a gente tem que confessar: só colocamos porque as performances são muito icônicas, já a trama... A história é bobíssima com as personagens de Christina Aguilera e Cher tentando salvar o The Burlesque Lounge. Porém, é impossível ficar parado com "Express", "Welcome to Burlesque" e "Show Me How To Burlesque".



Dreamgirls, 2006

Como uma atriz, a Beyoncé é uma ótima cantora e provou isto lá em 2006, quando protagonizou "Dreamgirls". Na trama, a gente acompanha a jornada das Dreamettes, da ascensão à separação. Com canções originais e outras do próprio musical da Broadway, você vai se sentir vidrado logo no primeiro ato. Ah!, e Jennifer Hudson cantando "And I Am Telling You I'm Not Going" é de arrepiar. Que mulher, gente!



Hairspray - Em Busca da Fama, 2007

Situado em 1962, "Hairspray" é um musical que traz Tracy Turnblad, uma jovem que ama dançar e sonha em participar do The Corny Collins Show. Com o musicão "You Can Stop The Beat", o filme é estrelado por vários nomes talentosos como Zac Efron, Nikki Blonsky, Amanda Bynes, Christopher Walken, John Travolta e Michelle Pfeiffer.



High School Musical 3, 2008

Trooooooy! Nós precisávamos trazer esta grande farofa, perdão aos cults que caíram neste post. "High School Musical" é uma das coisas mais legais que a Disney já produziu para o seu público infanto-juvenil, e o terceiro filme fecha a trilogia com chave de ouro por abusar mesmo do gênero, com coreografias excelentes e troca de cenários que só fazem sentido para um musical.



La La Land, 2016

Listar musicais e não citar "La La Land" chegaria a ser um insulto. O vencedor do Oscar de Melhor Filme por um minuto é um verdadeiro ode aos principais musicais já feitos, com um montão de referências, sem contar os bastidores hollywoodianos, que também são bem explorados pela produção. "La La Land" é 10/10 para quem tá se sentido meio incapaz de seguir seus sonhos e que precisa ganhar um upzão.




Mamma Mia, 2008

É claro que não podia faltar o próprio "Mamma Mia", né, gente, ainda mais com o lançamento do novo filme. É uma boa pedida para aqueles que amam hits antigos, principalmente os do ABBA, já que todas as músicas cantadas durante o filme são os grandiosos sucessos do quarteto; é impossível não querer dividir os vocais com Meryl Streep.




Moulin Rouge!, 2001

Como um filme se passando em Paris com Nicole fucking Kidman cantando poderia dar errado, gente? Além de nos presentear com o hit "Lady Marmelade" (que é uma regravação!), o filme conta com a direção de Baz Luhrmann ("The Get Down"). Nesse aqui, é fácilzinho cantar junto porque as músicas são regravações de cantores como Madonna e David Bowie.




Moana, 2016

"Moana" foi uma das grandes surpresas lançadas pela Disney nos últimos anos. O musical gira em torno da viagem feita pela personagem-título sozinha em busca do semi-deus Maui (The Rock), para salvar a tribo motunui. Com tudo no ponto, o filme trouxe a maravilhosa "How Far I'll Go", cantada pela novata Auli'i Cravalho na versão do cinema e por Alessia Cara na versão para as rádios. Aqui no Brasil, a música fica pela fofa Any Gabrielly.



Viva - A Vida é uma Festa, 2017

Pra finalizar, mais uma animação, mas essa aqui é para sair chorando pra caramba depois que o filme terminar. Vencedora dos Oscars de Melhor Filme de Animação e Melhor Canção Original, "Viva" é uma animação com protagonistas mexicanos que fala sobre a morte de uma das formas mais belas já vista no cinema. Só de lembrar de "Lembre de Mim", a gente já chora.



Lá no Spotify, a gente tem uma playlist maravilhosa com as músicas destes musicais e de outros que todo mundo precisa ouvir. Ouça Cantando Emoções.

Enquanto a internet briga por “Moonlight” e “La La Land”, seus diretores estão amiguíssimos na capa da Variety


A 89ª edição do Oscar ficou marcada pela grande reviravolta que tivemos nos momentos finais da premiação, entrando para a história. Ao anunciar o prêmio de Melhor Filme, o maior da noite, Faye Dunaway e Warren Beatty anunciaram "La La Land" quando, na verdade, o prêmio era destinado a "Moonlight", porém o erro só foi reparado após todo o elenco da outra produção já estar no palco. Toda a confusão se deu pela troca dos envelopes — Beatty recebeu, por engano, o envelope de Melhor Atriz.



Aproveitando o buzz de ambas as produções, a Variety chamou os diretores dos dois filmes, Barry Jenkins e Damien Chazelle, para uma sessão de fotos maravilhosa. Tem foto dos dois abraçadinhos, batendo um papinho ao lado de suas estatuetas. Real friends, pelos menos em fotos, real Oscars.

As fotos foram tiradas na manhã seguinte à entrega de prêmios. Na entrevista dada, os diretores comentam sobre a confusão na hora da entrega do prêmio. Jenkins disse que foi "uma bagunça, porém maravilhoso". Enquanto Chazelle achava que tudo não passava de uma pegadinha — tadinho, gente!

A entrevista ainda revela que os dois se conheceram devido ao Venice Film Festival e, inclusive, conferiram um ao filme do outro. Barry contou que se sentiu nostálgico por Los Angeles ao assistir "La La Land", já Damien disse que o longa-metragem era muito lindo.

Vocês se acabando pela rede mundial de computadores, enquanto os dois são super amiguinhos e gostam um do filme do outro. Paz.


Com esta amizade crescendo entre os dois, seria ótimo ver uma união na direção conjunta de um longa, já pensou? Imaginem o grande limpa que fariam na edição em que concorreriam com esse filme!

Crítica: "La La Land" usa clichês românticos para discutir sobre o nosso amor pela arte

Indicado ao Oscar de:

- Melhor Filme *favorito*
- Melhor Direção *favorito*
- Melhor Ator (Ryan Gosling)
- Melhor Atriz (Emma Stone)
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Fotografia *favorito*
- Melhor Direção de Arte
- Melhor Montagem *favorito*
- Melhor Figurino
- Melhor Trilha Sonora *favorito*
- Melhor Canção Original ("City of Stars") *favorito*
- Melhor Canção Original ("Audition [The Fools Who Dream]")
- Melhor Edição de Som *favorito*
- Melhor Mixagem de Som

“La La Land: Cantando Estações” é, sem sombra de dúvidas, o (futuro) vencedor do Oscar de “Melhor Filme” mais previsível dos últimos tempos. O longa vem fazendo um verdadeiro arrastão na temporada de premiações e só perde para “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, seu maior concorrente, no número de prêmios conseguidos até agora. Depois de levar o maior prêmio em diversas premiações, de Satellite Awards, até Critics' Choice Awards e Globo de Ouro (neste, se tornou o filme mais premiado da história), o destino no pódio mais alto da 84ª edição do Oscar está bem evidente.

Esse fato é, por si só, um evento histórico: caso o favoritismo se comprove, “La La Land” será 11º musical na história e o segundo nesse século a levar pra casa o careca dourado de “Melhor Filme” – o último foi em 2003 com “Chicago”. Antes disso? “Oliver!” em 1969, 34 anos antes. E entre “Chicago” e “La La Land”, quantos musicais concorreram ao prêmio máximo? Apenas um, “Os Miseráveis” em 2013. O gênero está em baixa.

Mas nem sempre foi assim. Na Era Dourada de Hollywood, lá entre os anos 30 e 60, os musicais roubavam a cena nas telas do cinema. Com a nova arte em plena ascensão, o som revolucionou não só o fazer cinema como o assistir cinema, então a música foi elemento fundido à própria narrativa, criando os musicais, que atraiam multidões – e tudo começou com “O Cantor de Jazz” em 1927, o primeiro musical longa metragem.

O Jazz e a Broadway foram elementos indispensáveis para o advento do cinema musical, com peças e números em jazz sendo transpostos à tela. Já na segunda edição do Oscar, em 1929, um musical foi prestigiado com "Melhor Filme": "Melodia de Broadway". Todavia, nenhuma década foi tão preenchida com musicais no posto mais alto do Oscar como a década de 60; quatro filmes receberam a honraria: "Amor Sublime Amor" em 1962, "Minha Bela Dama" em 1964, "A Noviça Rebelde" em 1965 e "Oliver!" em 1969. Depois disso, como já sabemos, só em 2002.

Caso você esteja se perguntando “ué, cadê ‘Cantando na Chuva’?”, a resposta é simples (e trágica): o eleito melhor musical de todos os tempos (com bastante louvor) não foi indicado a “Melhor Filme” – na verdade ele concorreu apenas em duas categorias e perdeu ambas, uma mácula (das várias) que a premiação carrega até hoje. Além dele, há diversos outros musicais inesquecíveis que não puseram as mãos no Oscar de “Melhor Filme” (quando nem indicação receberam), como “O Mágico de Oz”, “Rocky Horror Picture Show”, “Grease: Nos Tempos da Brilhantina” e “Moulin Rouge: Amor em Vermelho”.

Imagem: Divulgação/Internet
Certo, mas o que essa aula de história tem a ver com “La La Land”? Tudo. Em primeiro lugar podemos perceber como os musicais são assimilados por públicos diferentes de formas diferentes em tempos diferentes. Atualmente é bastante usual vermos espectadores colocando os dois pés atrás quando um musical está diante dele – inclusive de frente ao próprio “La La Land”. Tá ganhando tanto prêmio? Nossa, quero ver. É musical? Aaaaah, não... Se é chato, se os números musicais são piegas, se a linguagem simplesmente não agrada, vai de cada um, porém, o número de musicais indicados a prêmios é um reflexo da assimilação do público: pouco interesse, pouca visibilidade.

É bastante interessante perceber que é exatamente sobre isso, a perda de interesse por uma expressão artística, que o filme finca seu eixo central. Sebastian (um carismático Ryan Gosling) é um pianista apaixonado por jazz que vê, dia após dia, sua arte morrer. Ele tenta arduamente sobreviver da música, porém, acaba confinado em restaurantes que mal pagam e que não dão o reconhecimento que ele espera. Seu sonho é ter o próprio clube de jazz e, literalmente, “salvar” o gênero.

Imagem: Divulgação/Internet
Do outro lado temos Mia (Emma Stone, em maravilhosa atuação), uma garçonete que sonha em seguir os passos da tia e ser atriz. Ela, ironicamente, atende num café ao lado dos estúdios da Warner, em Hollywood, e vê estrelas passarem o dia todo enquanto ela deseja estar do outro lado da rua. E Mia é a apoteose do clichê hollywoodiano “bad luck vibe”: tudo de errado acontece na vida da garota. É desde café sendo derramado na sua camiseta momentos antes de um grande (e malfadado) teste até a tela quebrada do seu celular. Mais gente como a gente que isso, impossível.

Antes de conhecermos nossos protagonistas, o longa começa com um travelling onde vemos vários carros num engarrafamento. Em cada um, podemos ouvir diversos gêneros musicais, como pop, hip-hop e rap. Enquanto a câmera passeia entre essa diferença gritante, somos jogados num enorme número musical onde, depois de ouvirem músicas diferentes, todos os passageiros passam a cantar uma só música ("Another Day of Sun"). A sequência, filmada inteiramente sem cortes e em locação, é a abertura perfeita para dar todo o tom da obra, tanto musical como visualmente: muita cor, luz, vibração e euforia. Você imediatamente sabe o que vai esperar.

Imagem: Divulgação/Internet
Além dessa expectativa em torno do estilo narrativo do longa empregado pela cena de abertura, é extremamente evidente o formado clichê e batidíssimo que envolve o casal protagonista, que começa se detestando, trocando farpas, dizendo em alto e em bom som que jamais se apaixonariam um pelo outro até o evidente momento em que ambos devem deixar o orgulho de lado para se entregarem de vez. O roteiro não esconde essas obviedades, o que, nas mãos de outra produção, seria uma típica comédia romântica que tanto são exibidas na Sessão da Tarde, todavia, “La La Land”, assim como as obviedades narrativas presente em “Demônio de Neon”, são usadas ao seu próprio favor, fazendo com que o espectador deposite sua atenção aos outros aspectos da obra.

Pulando todas as dificuldades indulgentes impostas pelo casal até o momento em que se apaixonam – representado de forma criativa pela cena onde Mia deixa de ouvir as pessoas para ouvir o jazz da música ambiente –, o filme não é exatamente sobre o romance dos dois, e sim, sobre a paixão avassaladora que cada um tem pela sua arte e como isso reflete nas suas próprias vidas – eles são vetores desses amores culturais. Mia, apaixonada por cinema e teatro, tem um universo mega colorido, com cartazes espalhados por seu apartamento; enquanto Sebastian, amante da música e do jazz, vive num mundo sóbrio e desprovido de cor.

Imagem: Divulgação/Internet
Mesmo com tais diferenças, próprias das múltiplas diferenças de personalidades humanas, “La La Land” é um retrato do amor pela arte, seja ela qual for. Sebastian e Mia se apaixonam enquanto suas artes florescem, pondo em discussão o consumo da própria arte. De um lado, Sebastian vê seu jazz morrer, enquanto Mia passa pelo cinema que exibia clássicos, agora fechado. Por que tais expressões artísticas são deixadas de lado? Vale a pena investir nelas?

Enquanto dialogam entre si, os personagens são porta-vozes do próprio filme, que joga tais perguntas para o espectador. É claro que o molde em que “La La Land” se encaixa é bastante comercial, ou seja, com grande apelo do público, mas o fato de ser um musical acaba cerceando o interesse. Utilizando-se da metalinguagem, a fita é questionadora sobre sua própria existência e de tantas artes consideradas “menores” ou até “cults”, com faixa de público bem mais reduzida.

Imagem: Divulgação/Internet
Porém, mesmo com quais pensamentos até pessimistas, o longa não abre mão de provar de diversas formas que, sim, vale muito a pena amar tudo isso. Na sequência musical mais incrível do filme, “Audition (The Fools Who Dream)”, Mia canta com violenta paixão sobre os tolos amantes da arte, que fazem seus corações doer pela bagunça que fazem. "Um pouco de loucura é a chave para nos dar cores para enxergar. É por isso que eles precisam de nós". E o que nós, veneradores da sétima arte, somos além de malucos sonhadores que querem mudar o mundo através do cinema? Mia está ali cantando sobre quem está diante da tela, principalmente para aqueles que amam ver a vida pelas lentes do cinema.

Mesmo provido de tanta alegria, “La La Land” esbarra num ponto bastante complicado e que vem gerando discussões pelas representações sociais. Sebastian, um cara branco, tem como objetivo de vida salvar o jazz, ritmo criado por negros. No longa, todos os músicos, com exceção dele, são negros. Qual a justificativa, então, para o protagonista ser branco – principalmente quando sua missão de vida é salvar o jazz (por mais absurdo que isso soe)? 

Imagem: Divulgação/Internet
Essa discussão já tivemos várias vezes (recomendamos esse texto sobre a temática), com um protagonista branco sendo mais “vendável” que um negro, o que é preocupante – o que só possui amplitude maior quando estamos falando do favorito na categoria máxima da maior premiação do mundo. O filme consegue deixar essa missão sem nexo de lado, o que diminui a síndrome do "white savior" (o cara branco salvando algo da cultura negra), mesmo sendo, por si só, algo errado em pleno 2017, o que merece ser destacado e debatido.

Não, “La La Land” não é o melhor filme do ano (“Moonlight: Sob a Luz do Luar” é mais certo para esse título), no entanto, é uma obra puramente cinematográfica. Não só pelas sequências musicais filmadas sem cortes com explosões de cores, mas também por ser um manifesto de amor à sétima arte e às várias que ela abrange. Além disso, em subtextos do roteiro bastante elementar, o longa é um sincero (até demais) conto sobre a perseguição de nossos sonhos e do encontro do amor perfeito, e como esses dois rumos podem acabar colidindo. O que mais vale a pena? A resposta, aqui, é incrível - mesmo que “La La Land” arranque seu coração e pise em cima.

Cantando Emoções: nós montamos uma playlist com o melhor dos musicais do cinema

Na última terça-feira (24), a Academia de Artes Cinematográficas revelou a lista de indicados ao Oscar 2017. Com 14 indicações, o mesmo número dos clássicos "Titanic" (1997) e "A Malvada" (1950), o queridinho "La La Land: Cantando Estações" (que a gente adorou!) segue como um dos principais filmes da temporada.

Em comemoração a isso, o It Pop preparou uma playlist que busca, assim como o filme, celebrar o melhor dos musicais já lançados no cinema. Em cinquenta faixas, a gente conseguiu colocar de tudo: das clássicas canções herdadas da Broadway aos maiores hinos que o cinema de animação nos trouxe!

As músicas de "Chicago" (2003), "A Noviça Rebelde" (1965), "Minha Bela Dama" (1964) e "Amor Sublime Amor" (1961), alguns vencedores do Oscar de Melhor Filme, vão te fazer fazer cantar bem alto. Aliás, a playlist tá perfeita para quem adora um momento diva: tem Barbra Streisand, Judy Garland, Julie Andrews e muitas outras vozes que marcaram o cinema (e nossos corações!).

É quase impossível não dançar com "You Can't Stop the Beat" ("Hairspray - Em Busca da Fama", 2007), "Dancing Queen" ("Mamma Mia!", 2008), "Time Warp" ("The Rocky Horror Picture Show", 1975) e "You're the One That I Want" ("Grease: Nos Tempos da Brilhantina", 1978)! E, para quando bater a vontade de abrir o berreiro com aquela música que toca a alma, também incluímos "I Dreamed a Dream" ("Os Miseráveis", 2012), "And I Am Telling You I'm Not Going" ("Dreamgirls - Em Busca de Um Sonho", 2006) e "Maybe This Time" ("Cabaret", 1972); todas responsáveis por premiar suas intérpretes com o Oscar de Melhor Atriz (coadjuvante ou principal).

Nossa lista também inclui romances como "Os Últimos Cinco Anos" (2014), "Moulin Rouge!: Amor em Vermelho" (2001) e "Apenas Uma Vez" (2006), e filmes clássicos, como "Cantando Na Chuva" (1952), "Cinderela em Paris" (1957) e "O Mágico de Oz" (1939).

Para quem produções da Disney, não poderíamos esquecer de "High School Musical 3: Ano da Formatura" (2008), "Encantada" (2007), "Mary Poppins" (1964), "O Rei Leão" (1994), "A Bela e a Fera" (1991) e "A Pequena Sereia" (1989) — além dos recentes "Caminhos da Floresta" (2014), "Frozen: Uma Aventura Congelante" (2013) e "Moana" (2016). Dá para lembrar da infância e cantar muuuito lerigou!

Grandes nomes da música pop já passaram pelo cinema musical e, claro, nosso trabalho é divulgar e enaltecer. Diana Ross e Michael Jackson estão na faixa do filme "O Mágico Inesquecível" (1978); Madonna performa em "Evita" (1996), no papel-título da primeira-dama argentina Eva Perón, e a islandesa Björk é a estrela de "Dançando no Escuro" (2000), do famoso diretor Lars Von Trier.

A seguir, ouça a playlist completa, com muitos outros títulos além dos já citados. Você também pode acompanhar essa e outras playlists do It Pop nos seguindo no Spotify!

"La La Land" é um filme belíssimo que faz uma grande homenagem ao cinema clássico de Hollywood

Conquistando buzz desde sua divulgação prévia, por tratar-se de um musical original com elenco de renome, "La La Land: Cantando Estações" (2016), filme de Damien Chazelle (diretor de "Whiplash" [2014] e roteirista de "Rua Cloverfield, 10" [2016]), tem divido bastante o público. Notório em seu patamar de "produção nostálgica", que enaltece o cinema clássico de Hollywood (um molde muito em voga nos 1950), o filme vem angariando prêmios e aplausos por onde passa, quebrando recordes no Globo de Ouro 2017 e sendo indicado como uma das principais apostas ao Oscar. 

A história de "La La Land" é, assim como seu título, simples. Mia (Emma Stone) é uma aspirante a atriz frustrada que ama cinema clássico; Sebastian (Ryan Gosling), por sua vez, é um pianista desempregado apaixonado por free jazz. Ambos se conhecem, se apaixonam e passam a acompanhar as conquistas e derrotas um do outro. O que há de tão espetacular que faça o filme se destacar, então? A dualidade entre sonho e realidade que seus carismáticos protagonistas vivenciam. 

Mia e Sebastian são tão tridimensionais quanto qualquer um de nós; são críveis, empáticos. Jovens adultos cujo a chama sonhadora resquício de um impulso artístico, seja do cinema hollywoodiano clássico ou da música como forma de expressão criativa e social — persiste, acima de qualquer decepção que a dura vida apresente. Uma temática de esperança já apresentada no número de abertura "Another Day of Sun" ("Quando te decepcionarem / Você levantará do chão / O amanhecer estará ao seu redor / É outro dia de Sol"), que inclusive cita cinema Technicolor, e que atinge ápice na belíssima canção "Audition (The Fools Who Dream)" ("Tragam os rebeldes / as ondas de cristais / Os pintores, os poetas e as peças / Um brinde aos tolos que sonham / Tão loucos quanto parecem / Um brinde aos corações que se partem / Um brinde à bagunça que criamos"). É uma história movida por paixão, sobre paixão, e que atinge em cheio o emocional de seus espectadores que sonham (frustrados ou não).

Damien Chazelle construiu isto brilhantemente em seu roteiro, escolhendo um gênero cinematográfico tão marcado por "sequências de sonho" na era dourada de Hollywood, e que hoje resiste graças à seu público apaixonado. Em um dos principais diálogos, por exemplo, é perfeitamente notável o paralelismo existente entre o jazz e os filmes musicais, ambos supostamente "enterrados" pela modernidade, mas que persistem com grande potencial de adaptação.

A composição visual de "La La Land" está entre seus principais méritos. A fotografia, com muitas cores vivas e saturadas, não só homenageia os cenários em Technicolor dos principais musicais clássicos, mas também faz utilização sensacional da psicodinâmica das cores e constrói sequências belíssimas com um ótimo uso de contraste e iluminação (ferramenta por vezes utilizada no longa-metragem para destacar seus protagonistas). A abertura conta com uma ótima referência ao uso de Cinemascope, e os movimentos de câmera são quase coreografados como passos de dança, em uma decisão arriscada, mas que traz uma prazerosa dinamicidade (talvez inovadora) ao espectador.

Os números musicais são, certamente, ótimos. A coreografia de Mandy Moore (não é a atriz!) evoca muitas referências à musicais como "Cantando na Chuva" (1952) e "Amor Sublime Amor" (1961), principalmente durante as cenas de sapateado. A trilha sonora, composta por Justin Hurwitz, já parceiro do diretor em suas produções, é outro grande destaque positivo, com composições que exploram muito bem o instrumental e que são revisitadas durante todo o filme. As músicas da dupla Benj Pasek e Justin Paul, responsáveis pelo recente musical da Broadway "Dear Evan Hansen" (estrelado por Ben Platt, o Benji da franquia "A Escolha Perfeita") e alguns hits do seriado da NBC "Smash", são muito bem aproveitadas, principalmente no primeiro ato da produção, sendo responsáveis por parte do sentimento positivo que cerca "La La Land". A respeito de "City of Stars", só me resta dizer o óbvio: uma das favoritas ao Oscar de Melhor Canção Original.  

Sob a competente direção de Damien Chazelle e a química entre o casal protagonista (cujas atuações agradam), "La La Land" é um filme belo e bem realizado; cinema na sua forma mais pura e simples de contar histórias, que agracia a "fábrica de sonhos" californiana e emociona (e muito) com seu discurso esperançoso sobre sonhos. Uma ode aos musicais, com um final triunfante que convida à reflexão sobre decisões e a realidade natural da vida. "Um brinde aos tolos que sonham".

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