Pabllo Vittar é homenageada com outdoor em Minas Gerais após não incentivar shows drive-in

Ao contrário de inúmeros artistas que têm se adaptado aos ditos “novos formatos da indústria”, apostando na baixa temporada de shows pra se apresentarem nos formatos de drive-in, a cantora Pabllo Vittar está disposta a esperar até que realmente seja seguro retornar aos palcos, com a promessa de que só voltará a fazer shows quando houver uma vacina contra o COVID-19.

A decisão é, obviamente, a mais sensata. Sem uma vacina, ainda que os eventos se comprometam a cumprir com todas as normas da OMS, não têm controle total aos processos de entrada e saída do público, bem como colocam em exposição a saúde de seus funcionários, ou, em casos como o criticado show dos Chainsmokers nos EUA, podem ainda contar com a irresponsabilidade do público que, não contente em saírem de casa numa quarentena, podem descumprir com as regras desse tipo de show e colocarem em risco a saúde de todos ao redor.

Desta vez não indo longe demais, uma vez que faz coro ao pedido de que “se puder, fique em casa”, Pabllo foi tão elogiada por suas palavras sobre esse atual cenário, que ganhou até mesmo uma homenagem feita pelos moradores de São Gotardo, em Minas Gerais, que expuseram um outdoor agradecendo as palavras da drag queen. “O povo trabalhador de São Gotardo está contigo, Pabllo Vittar. #ficaemcasa”, diz o cartaz.


Sobre os shows drive-in, Pabllo afirmou em entrevista ao Estadão:

“Eu acordo de manhã sabendo que ainda não tem vacina e é muito triste ver que o governo também não faz quase nada pela população que mais precisa. Então, como eu vou subir num palco pra drive-in? Primeiramente, para isso a pessoa tem que ter carro. Quem tem carro no Brasil? Não tem como eu subir num palco sabendo que tem um monte de gente que não está nem podendo trabalhar. Essa não é a energia que quero pra mim.”

No comecinho desse ano, em março, Vittar lançou o disco “111”, de onde extraiu hits como “Amor de que”, “Parabéns” e o feat. com a Charli XCX em “Flash Pose”. Sem a divulgação massiva pelos palcos e programas de televisão, a cantora cumpriu uma longa agenda de lives e participações em eventos virtuais, além de ter apostado no formato animação para o clipe da canção “Rajadão”, lançado em julho.

Precisamos falar sobre Hyunjun Hur e seu mágico recomeço com “Bagari”

The Boyz é um daqueles grupos dessa geração nova de k-pop em que é preciso dar toda atenção possível devido ao talento inegável dos integrantes. O grupo estreou em dezembro de 2017 com a faixa-título "Boy" após um programa de variedades criado exclusivamente para apresentar os membros ao público, mas não demorou muito para que o início de um sonho desse tudo errado.

Foi em outubro de 2019 quando os fãs, chamados The B (deobi), receberam a triste notícia de que um dos membros, Hwall, estaria se afastando das atividades em grupo por questões de saúde em uma carta escrita a mão por ele. Quase um ano depois, Hwall ressurge como Hyunjun Hur em sua primeira faixa solo em inglês (!), "Bagari", que recebeu um videoclipe recheado de referências a obra "O Pequeno Príncipe", nessa sexta-feira (14).


Em "Bagari", Hyunjun fala sobre um amor aparentemente não correspondido, mas também canta sobre aceitar seus sentimos e se recuperar, traçando um possível paralelo com o que aconteceu com ele. Em sua carta de despedida do grupo, ele deixou claro que problemas de saúde o impediram de entregar a performance "perfeita" que tanto desejava.

"Eu fui muito feliz em receber amor de tantos fãs a cada performance, e mais que tudo, eu estava ansioso em poder realizar meu sonho (se tornar um artista completo que é amado em todo mundo), então decidi fazer reabilitação após minha cirurgia na perna. Entretanto, se tornou um fardo para mim performar nos palcos em um estado imperfeito devido a diversas questões de saúde. Expressei meu desejo de interromper minhas atividades por um bom tempo com minha família, membros e agência".

Artistas de k-pop trabalham muito além do necessário e com horas escassas de descanso.


A indústria do k-pop é cansativa ao extremo e o público espera apenas a perfeição de seus ídolos. Devido a essa expectativa e graças a glamourização de um esforço desenfreado, os artistas de k-pop trabalham muito além do necessário e com horas escassas de descanso. Então como deve ser para um cantor não poder dar seu melhor quando esperam unicamente isso de você?

São incontáveis os casos de artistas que se apresentaram em condições fora das ideais e muitos outros vão seguir se apresentando com a saúde em péssimo estado como se fosse a coisa mais normal do mundo. A saúde mental desses cantores é outra coisa que precisa urgentemente virar uma pauta dentro da indústria do k-pop, principalmente quando nos últimos dois anos há casos alarmantes de suicídios.

Hyunjun foi diagnosticado com tendinose posterior tibial, sendo necessário passar por uma cirurgia, em março de 2018. Devido a tendinose, o cantor ficou afastado de algumas atividades em grupo para poder se recuperar. No próprio "Come On! The Boyz Summer Vacation RPG", um reality do The Boyz, o cantor ficou de fora de algumas brincadeiras que envolviam esforço físico e também não pode promover algumas músicas do grupo.

O anúncio da saída de Hyunjun do The Boyz aconteceu mais de um ano depos, no finalzinho de outubro de 2019, mas o cantor seguiu com a Cre.ker - empresa responsável pelo grupo - até que seu contrato finalizasse "calmamente", como ele mesmo disse em uma carta aos fãs divulgada também nessa sexta-feira. Na carta, aliás, ele agradece aos membros do The Boyz e afirma que irá sempre apoiá-los.

"Bagari" abre os trabalhos de Hyunjun como artista solo de forma totalmente independente. A canção conta com o selo de Dia Note, empresa/gravadora do próprio cantor que irá gerir os seus próximos passos daqui para frente. Nós acreditamos na magia de recomeços e desejamos apenas amor e sucesso ao cantor.

Atualmente, os The Boyz seguem suas atividades com 11 membros após vencerem o reality show de sobrevivência "Road to Kingdom" e preparam um comeback previsto para acontecer até o final de 2020. Enquanto o retorno não acontece, o grupo está com um projeto de covers intitulado "A to Boyz" e visa mostrar o potencial de cada um dos integrantes.

Miley Cyrus faz toda a espera valer a pena com seu novo single, “Midnight Sky”

Ela veio! Miley Cyrus chegou com tudo em sua nova era com o lançamento da incrível “Midnight Sky” no início desta sexta-feira (14).

Produzida por Andrew Watt, nome por trás de músicas como “Eastside”, “Break My Heart” e “Anywhere”, “Midnight Sky” aposta em uma vibe new wave com influências de canções de rock (tem até sample de “Edge Of Seventeen”, da Stevie Knicks) e uma pitadinha da tendência disco-pop que tem rolado em 2020.

Essa mistura faz da faixa o primeiro single perfeito para o novo material de Miley, porque traz a artista confiante e muito confortável, em uma sonoridade que tem a cara dela. Parece que ela finalmente se encontrou! 

Já no clipe, gravado durante o isolamento social e dirigido pela própria Miley, ela aparece com seu cabelo estilo mullet usando muito looks que combinam perfeitamente as influências sonoras do single enquanto performa a canção com muita atitude. Simples, mas elegante.

Vem aí! BLACKPINK confirma colaboração com Selena Gomez para o final de agosto

SELPINK IN YOUR AREA!

Após muita especulação, as meninas do BLACKPINK revelaram nessa terça-feira (11) quem é o artista misterioso presente em seu novo single. E é... Selena Gomez

Em anúncio feito nas redes sociais do grupo e da artista, BLACKPINK e Selena confirmam o lançamento da faixa, ainda sem nome, para o dia 28 de agosto.



A parceria vai servir como primeiro single oficial do disco de estreia do BLACKPINK. Por enquanto chamado apenas de “THE ALBUM”, o material tem estreia marcada para o dia 2 de outubro.

Por enquanto ficamos aqui aproveitando a quarentena pra aprender a coreografia de “How You Like That”, single promocional do disco das garotas. Bring out your boss bitch!


Madonna trabalha em projeto secreto junto da roteirsta de “Juno” e “Tully”

Madame Hidroxocloriquina, Madonna está trabalhando em um projeto secreto com a roteirista de "Juno" e "Tully", Diablo Cody. Foi a própria cantora de "Hung Up" que revelou a informação em seu Instagram, na sexta-feira (07), em um vídeo ao lado da roteirista.

O vídeo publicado no IGTV é acompanhado da seguinte legenda: "quando você está preso em casa com vários machucados, o que você faz? Escreve um roteiro com Diablo Cody sobre...". Ainda não se sabe o que as duas estão aprontando, mas acredita-se ser um filme e fãs também especulam ser uma cinebiografia. Será que vem aí?

Madonna já flertou com a sétima arte algumas vezes, e em uma delas foi bem aclamada pela crítica e público por seu papel-título em "Evita". O último projeto da cantora para o cinema foi "W.E.: O Romance do Século", produzido, escrito e dirigido por ela.

Estrelado por Oscar Isaac, Andrea Riseborough, James D'Arcy e Abbie Cornish, o longa-metragem britânico acompanha o Duque de Windsor, Eduardo VII, que é pressionado a não se casar com a americana Wallis Simpson quando ele assume o trono.

Crítica: “Host”, o primeiro terror da quarentena, e a pior chamada já feita no Zoom

Um filme de terror com a atual pandemia do COVID-19 não seria algo que demoraria a aparecer, tinha certeza – tragédias e dramas reais são terrenos férteis para a ficção do gênero –, mas jamais imaginei que teríamos um pronto durante a pandemia. “Host” foi lançado no último dia 30 na plataforma Shudder e aproveita o momento não apenas para gerar um filme, mas também para entreter quem está na mesma situação que seus personagens - trancafiados dentro de casa como uma pessoa de caráter que respeita o isolamento social.

“Host” conta a história de um grupo de amigos que, assim como eu e você, tentam estreitar a distância por meio de videoconferências em tempos de distanciamento físico. O ecrã da película é a tela de um computador, mais especificamente através do aplicativo Zoom – que viu sua popularidade atingir níveis jamais imaginados desde o início da quarentena –, então sim, “Host” é um autêntico “browser horror”. Esse “sub-subgênero” se trata de obras que têm o computador como local dos acontecimentos; alguns exemplos: “V/H/S: Viral” (2014), “Cam” (2018); "Buscando" (2018); “The Den” (2013, o melhor disparado de todos do formato); e, é claro, “Amizade Desfeita” (2014).


O browser horror é o que há de mais moderno no impacto da tecnologia no ato de contar uma história. Porque não se trata de elementos técnicos – a tecnologia atual é capaz de construir universos inimagináveis por meio de efeitos especiais –, e sim de transformar a própria tecnologia. Ela é a própria história. E chamo de “sub-subgênero” porque ele é uma ramificação de um subgênero bem famoso (e saturado) do terror: o found-footage, aquelas fitas que simulam uma gravação real – os “A Bruxa de Blair” (1990) da vida. O que faz do browser horror uma novidade interessante é o ineditismo de seu formato – ainda temos poucos nomes lançados –, porém, com certeza, será mais uma artimanha que cairá no desgaste. Mas isso é uma conversa para outra hora.

A comparação de “Host” com “Amizade Desfeita” é inevitável. Realmente me questionava durante a exibição como fica a questão de direitos autorais, porque “Host” é basicamente uma cópia de “Amizade Desfeita”, só mudando o aplicativo usado (em “Amizade” era o Skype) e o pontapé do horror. De resto, tudo igual. E nem aponto isso como um defeito, é apenas uma contestação. Ou não, talvez seja um defeito, afinal, “Host” em momento algum consegue soar como algo inédito ou fresco – já vimos tudo aquilo antes e da mesma forma.


Todavia, temos que levar em consideração vários elementos. Ao contrário de “Amizade Desfeita”, distribuído pela gigante Universal, “Host” é um filme independente. Tudo o que se passa na frente das “webcams” (entre aspas porque obviamente não eram câmeras de notebooks) foram montados e gerenciados pelos próprios atores, incluindo os efeitos visuais como cadeiras sendo arrastadas pelo vento ou objetos voando de prateleiras. O trabalho é bem aquela parceria com amigos em que cada um faz sua parte para sair o todo, e o todo funciona.

Mas focando no roteiro – co-escrito pelo diretor, Rob Savage. Cinco amigas (há um sexto amigo, mas ele sai da chamada antes do rolê começar de fato) decidem fazer uma sessão espírita com uma médium. Ah, gente, vamos fazer o que hoje? Que tal jogar Gartic? Ou melhor, que tal uma sessão espírita? Vamos! Uma das regras dadas pela médium é que os espíritos não podiam ser desrespeitados, caso contrário, algo de ruim poderia acontecer. Uma das meninas finge que ouviu a presença de um suicida, e é claro que a brincadeira vai ser o chamariz da ruína de todos. Quem nunca em um filme de terror fez o oposto do que era dito?

Uma das coisas que mais gostei em todo o roteiro é que ele não apela para qualquer tipo de drama prévio, ou trauma, ou carga emocional, ou mistério do passado. A história começa e termina bem ali, sem precisar se apoiar em qualquer outra coisa, e isso é bastante difícil de ser realizado. É verdade que o filme é um média-metragem – possui apenas 55 minutos –, o que obviamente diminui espaço para erros, no entanto, ainda é um bom sucesso um arco absolutamente construído em 1h. As relações das personagens não possuem qualquer relevância além do fato de que elas são amigas, e ponto final. Todo o resto necessário para o entendimento é construído na tela.

E, sendo curto, o caos não demora a acontecer; e por ser um filme tão familiar, sentamos exatamente para ver espíritos sem pena dos pobres personagens. Então, sim, temos jump scares. Eu, este assíduo amante do terror, já comentei inúmeras vezes como os sustos são uma bengala que enfraquece o gênero ao ser usada de maneira gratuita – tanto que o público em geral baseia a qualidade de um filme de terror na quantidade de sustos que ele possui, e os estúdios têm total ciência disso, por isso somos maltratados com bombas como “Annabelle” (2014) e similares. Contudo, no caso de “Host”, os sustos são (na maior parte) bem pensados. Tirando o último deles, que fica gritante quando acontecerá, os sustos funcionam por aliar imprevisibilidade (na medida do possível, claro) com a qualidade do que nos assusta. Há uma cena na escada que me fez pular da cadeira, e, depois de tantos e tantos filmes de terror, me assustar é difícil.


Mas não só de “Amizade Desfeita” vive “Host”. O filme é uma pequena colcha de retalhos de vários nomes do terror, usando referências charmosas. Por exemplo, há uma cena em que uma das meninas joga um pano no ar e ele fica no formato do espírito, clara referência ao fantasma clássico de lençol – inclusive há essa cena em “O Homem Invisível” (2020). Em outro momento, uma das personagens joga farinha no chão para ver os passos do espírito, igual em “Atividade Paranormal” (2007). O espírito, inclusive, andou assistindo à franquia e adorava abrir todas as prateleiras das cozinhas com a mesma violência de Toby. E pessoas sendo arrastadas de um lado para o outro? Temos sim.

Foi muito bom ver, também, o cuidado da produção em não usar a pandemia como um cenário sem peso para o roteiro. As personagens comentam como está sendo o distanciamento e o que fazem nesse “nOVo NoRMaL”, além de cumprimentarem as pessoas fora do isolamento com uma batidinha de cotovelos – fiquei pensando como, daqui a 50 anos, poderemos relembrar com apuro como foram esses meses tão marcantes nas nossas vidas ao assistir ao filme. Mas o melhor é na sequência em que uma das garotas, ao sair de casa visando fugir do espírito, coloca sua máscara e corre para a rua. A menina estava sendo seguida por uma entidade sobrenatural assassina e MESMO ASSIM lembrou de colocar a máscara, pois já bastava uma ameaça para matá-la. Hoje não, corona vírus. Você, que diz que saiu de casa e esqueceu a máscara, não tem desculpa, dê meia volta e vá buscá-la.

“Host”, o primeiro terror da quarentena, tem tudo o que a ela precisa: é um filme de terror curto, divertido, bem realizado e com sustos para entreter a plateia. Além disso, se passa na tela de um computador, e com os cinemas fechados, temos a imersão completa quando deixamos de lado nossos desktops para darmos lugar à tela de trabalho amaldiçoada das personagens. Se não é inédito e beira o plágio, aproveita o momento para ser um filme certo na hora certa, porque, há quase meio ano trancados dentro de casa, tudo o que queremos são alguns minutos de espairecimento, e nada melhor do que espairecer com demônios sanguinários no Zoom. Não vale mais reclamar daquela aula vista pelo aplicativo, as pobres meninas tiveram uma sessão bem pior.


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