“Sua Cara”, do Major Lazer com Anitta e Pabllo Vittar, é o clipe mais visto do ano em suas primeiras 24h

É hit que chama? Major Lazer lançou no último domingo (30) o videoclipe da sua parceria com Anitta e Pabllo Vittar, “Sua Cara”, e comprovando o quanto estavam sedentos para essa estreia, o público levou pouco mais de 20 horas para garantir recordes para o trio.

Major Lazer e Anitta corrigem jornalistas por ignorarem Pabllo Vittar

Passando pra trás Katy Perry e o clipe de “Bon Appetit”, que alcançaram 16,4 milhões de visualizações no seu primeiro dia, o vídeo de “Sua Cara” bateu 17,7 milhões nas primeiras vinte e quatro horas no ar, se tornando o clipe mais assistido no seu dia de estreia em 2017.

Não só isso, o clipe também é o mais assistido de todos os tempos em 24h com a participação de artistas latinos, passando o hit de J Balvin, “Mi Gente”, o primeiro a atingir essa marca com uma faixa toda em português AND o videoclipe mais curtido do Youtube em seu dia de estreia, quebrando também o recorde antes pertencente ao One Direction, por “Drag Me Down”.



No Brasil, as opiniões sobre a produção ficaram bem divididas, mas se tivemos uma unanimidade, foi quanto a vontade de reconhecer e enaltecer a presença das artistas brasileiras nessa parceria internacional. Dá vontade, @?

“Sua Cara” é o segundo single do Major Lazer com o EP “Know No Better”, inicialmente promovido por sua faixa-título, em parceria com Camila Cabello, e após a estreia de seu clipe, os brasileiros estão pirando com a possibilidade de ter Pabllo Vittar e Anitta apresentando a faixa no palco da maior premiação da MTV americana, Video Music Awards. Ideia essa que Diplo e sua trupe também apoiam:


Imagina o tiro! Assista ao clipe abaixo:

Sim, a gente fez uma playlist só com os gemidões do pop (e é claro que tem Britney Spears)

Lá vem aquele amigo que não para de te mandar o gemidão!

Todo mundo já caiu pelo menos uma vez no “gemidão do zap”, que consiste em vídeos e áudios que, ao contrário do que as mensagens sugerem, trazem a voz de uma mulher gemendo. Mas depois de tanto temer cair de novo na brincadeira e passar AQUELA VERGONHA™ em público, você finalmente terá a oportunidade de ouvi-lo por livre e espontânea vontade.

Inspirados por toda essa safadeza, nós preparamos a playlist “Gemidão” no Spotify, com várias músicas cheias de gemidos, sussurros e a atmosfera perfeita pra apertar o play e, se o universo estiver ao seu favor, dar os seus próprios gemidões.

Como não dá pra falar em gemido e música pop sem pensar na Britney, é claro que a cantora aparece mais de uma vez na lista, ao lado de Madonna, Selena Gomez, Ariana Grande, Rihanna, Beyoncé, Lady Gaga e mais um monte de gente, do MC Livinho a FKA Twigs.

Agora em alto e bom som, sem medo de ser feliz, aperta o play abaixo e não deixa de seguir a gente no Spotify pra conferir nossas outras seleções:


ÃAAAAAAAA

Crítica: "Relatos Selvagens" é o guia prático de sobrevivência na selva de pedra que é a modernidade

O cinema argentino é a galinha dos ovos de ouro da América Latina: o país é o único da região a conseguir ganhar algum Oscar – e não foi apenas um, mas dois: “A História Oficial” em 1986 e “O Segredo dos Seus Olhos” em 2010 levaram o careca dourado de “Melhor Filme Estrangeiro”. Há outros expoentes latinos na premiação, como o mexicano Alejandro González Iñárritu ganhando “Melhor Diretor” em 2015 e 2016 por “Birdman: Ou a Inesperada Virtude da Ignorância” e “O Regresso”, respectivamente, ou Fernanda Montengro concorrendo a “Melhor Atriz” em 1999, se tornando a única atriz brasileira na história a concorrer ao prêmio, porém o único país da América Latina com Oscar dado a um filme que o representa é a Argentina.

Até nas nomeações nossos hermanos levam a melhor: sete deles contra quatro nossas em “Melhor Filme Estrangeiro”. Mesmo com filmes fortes e aclamados pela crítica, como os nacionais “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” (na edição de 2015) e “O Silêncio Ao Redor” (em 2014), a última vez que chegamos perto do prêmio foi em 2008 quando “O Ano Que Meus Pais Saíram de Férias” ficou entre os semifinalistas – mas indicação mesmo não vemos desde 1999, quando a obra-prima “Central do Brasil” perdeu para “A Vida é Bela” – gosto amargo até hoje. Agora que estamos voltando aos eixos e indicando filmes com chances reais na competição, ou alguém já esqueceu que “Dois Filhos de Francisco” e “Lula, o Filho do Brasil” foram escolhidos como nossos representantes em 2006 e 2011? Esquecer seria uma boa ideia.

E em 2015, a Argentina foi indicada novamente, com “Relatos Selvagens”. O filme, um dos favoritos ao prêmio desde a estreia no Festival de Cannes – que foi ovacionado de pé por 10 minutos, mostrou-se aposta certeira ao ser indicado a “Filme Estrangeiro”, mas injustamente perdeu para o plástico polonês “Ida”. Saindo da hegemonia do Oscar, o filme levou mais de 40 prêmios ao redor do mundo, além do principal: aclamação crítica e do público.


“Relatos Selvagens” é uma antologia, ou seja, trata-se de um filme montado em contos: são seis relatos (realmente selvagens) que funcionam como curtas independentes, unidos unicamente pelo conceito de violência e vingança que o filme propõe dissecar. Cada história mostra um lado da instável natureza humana e como lidamos com situações corriqueiras na base da pressão e do estresse.

O primeiro segmento se chama “Pasternak” e conta a história de um voo aparentemente normal que aos poucos vai se revelando uma surpresa desagradável para seus tripulantes. Num estilo bem Pedro Almodóvar, um dos maiores cineastas espanhóis (e co-produtor de “Relatos Selvagens”), o curta é divertidíssimo e rende uma crítica bem forte: sobre as decepções que a vida nos traz, acumulando-se e fazendo com que nossas frustrações nos joguem num estado psicótico de vingança contra o mundo - aqui, de forma quase literal.

O humor negro do primeiro curta é deixado de lado no próximo, “Os Ratos”. Ele conta a história de uma garçonete (Julieta Zylberberg) que atende o homem que arruinou sua vida – sem ele saber quem ela é. Mesmo com a fome de vingança exalando dos seus poros, a moça consegue manter sua civilidade e decide não atentar contra o agiota, porém sua chefe (Rita Cortese) não é tão racional assim, resolvendo por um fim na vida do cara.

A história por si só garante um suspense de como a trama se desenrolará, nos colocando na velha, e sempre certeira, situação: o que nós faríamos ali? A garçonete e sua chefe são o contraponto social: a moça, mesmo estando inserida naquela realidade precária, ainda preza por seus valores. A chefe não, aceita a condição e dança conforme a música, entoando diálogos memoráveis, como “Eu me sentiria mais livre na cadeia. Aqui fora é uma merda”, ou “Como não acreditar que ele concorre a prefeito? São os filhos da p*ta que governam o mundo”. Esta se tornou uma pessoa amargurada – e até cruel – pelo meio em que vive, tão cruel quanto, numa exposição de que sim, o meio afeta o indivíduo de formas bem profundas.


Outro ponto interessante do segmento é como a fotografia e direção de arte são elementos primordiais na composição da narrativa e do clima da cena. Enquanto a cozinha é composta por tons frios de azul e verde, o salão vem em cores quentes como vermelho e amarelo, criando a ideia de que é na cozinha que se passa os dilemas, enquanto o salão fica para o embate e o confronto.

O terceiro (e melhor) segmento da obra se chama “O Mais Forte”. Nele, Diego (Leonardo Sbaraglia) dirige pelo deserto tranquilamente quando encontra com um carro na estrada. Este, bem velho e caindo aos pedaços, impede propositalmente a passagem de Diego, que se estressa, xinga o motorista (Walter Donado) e dá o bom dedo do meio. O jogo vira quando o lustroso carro do protagonista fura o pneu e é alcançado pelo motorista, que decide se vingar da afronta anterior.

Cenário bem corriqueiro: motorista engraçadinho bloqueia a passagem de alguém – quem nunca presenciou (ou até mesmo fez) o que Diego aprontou com o motorista? Ambos estão errados, sim, mas o ato de Diego é banal perto da fúria que ele recebe como vingança, claramente vinda de um homem desequilibrado que não é tão estranho nos dias de hoje.


A Teoria do Caos então é aplicada de forma incisiva aqui: um pequeno ato gera uma avalanche de desordem emocional que desencadeia em situações absurdas e – para nós – hilárias enquanto os homens afundam cada vez mais na barbárie. E não é curioso, para não dizer assustador, como torcemos para que a situação piore cada vez mais? Quando o motorista reaparece, desejamos uma retaliação. Depois, esperamos ansiosos pela vingança de Diego, que gera mais conflitos, nos jogando numa teia alucinante que sozinha valeria um filme inteiro.

O segmento mostra que não importa quem você seja ou de onde você venha, basta um estímulo para nos descontrolar e virarmos o mesmo animal. O motorista vinha num carro surrado, com roupas velhas e aparência maltrapilha, enquanto Diego possuía carro novo e caro, vinha com seu terno e óculos escuros confortavelmente no ar-condicionado. Moral da história? Ambos se transformaram em bestas sem razão pelo impulso da raiva.

O próximo curta se chama “Bombita” e narra o dia de Simón, um engenheiro especialista em demolições que vê sua própria vida ser demolida. Ele tem que pegar o bolo de aniversário de sua filha e chegar às 17h na festa, porém, ao estacionar na confeitaria, o carro é guinchado, fazendo com que ele perca o horário e desencadeie uma série de complicações.

Ricardo Darín, novo rei do cinema argentino, estrela o segmento. Dos últimos 14 filmes selecionados pelo país como representante ao Oscar, sete tinham Darín como protagonista. O ator há muito já comprovou ser um dos melhores da atualidade e não desaponta no curta, fazendo uma transposição perfeita entre o pacato cidadão e pai de família até o completo descontrole.


O monstro que Simón enfrenta é o mesmo que todos nós enfrentamos: o trânsito, o tempo, a burocracia, as filas, as contas; ferramentas bem eficientes para extinguir a paciência de qualquer um. As características da metrópole, que possuem regras nem sempre claras ou justas, vão derrubando o muro da civilidade do protagonista, levando a situação ao extremo, gerando um efeito curioso: as pessoas começam a apoiar Simón, mesmo estando numa posição claramente errada.

Ele se transforma no escapismo social da população, virando um anti-herói contra o sistema, e nós, espectadores, também torcemos por ele. Ele quebra as regras que todos nós temos vontade de quebrar em situações emocionalmente críticas – para nosso deleite e segurança, afinal, não somos nós infringindo a lei. Seu ato abala a tranquilidade social e gera uma turba raivosa, como se as pessoas estivessem numa panela de pressão esperando apenas um empurrão para explodir – e os respingos caem em todos os lados, principalmente na forma que a mídia aborda o caso.

Chegando na reta final vem o segmento “A Proposta”. Um adolescente rico atropela uma grávida, fugindo do local sem prestar socorro. Pelo noticiário, os pais do rapaz (Oscar Martínez e María Onetto) descobrem que a moça e o bebê foram mortos pela negligência, o que arruína a tranquilidade do palácio luxuoso da família.

O que seria algo condenável em qualquer situação, até mesmo se nós estivéssemos sabendo da notícia pelo mesmo noticiário, recebe um viés diferente ao ser abordado o que a família do culpado faz diante daquela crítica situação. A primeira coisa que a mãe fala para o advogado é “Não deixem que o prendam”. Naturalmente é a reação esperada por se tratar da mãe do rapaz, mas se o ocorrido se passasse além dos seus muros, a reação seria bem diferente.


Deixando completamente o humor negro de lado, “A Proposta” é uma crítica à burguesia e sua suprema roleta da solução de todos os problemas na base do dinheiro. Numa vil corrupção pessoal, todos os personagens entram num jogo onde suas dignidades são postas à venda em nome da segurança do garoto rico, que, mesmo não tendo feito o acidente propositalmente, é culpado da morte de duas pessoas.

Ao mesmo tempo que julgamos reputações transformadas em moeda de troca, há um questionamento interessante no curta: até onde somos capazes de ir para salvarmos nossa família? É realmente errado apostarmos tudo em nome de sua integridade? Mais uma vez temos os impulsos nervosos batendo de frente contra as leis que nós próprios criamos, afinal, acobertar um crime também é crime, mas por se tratar de uma “salvação” familiar, a ação de torna “louvável”?

E é um choque familiar o que o último (e maior) segmento do filme trata. “Até Que a Morte Nos Separe” se passa na festa de casamento de Romina (Érica Rivas) e Ariel (Diego Gentile). Toda a felicidade da festividade é obliterada quando Romina descobre, no meio da recepção, que o marido está lhe traindo. E mais: com uma das convidadas da festa.

Recheado com mais camadas de humor negro que o bolo de casamento, o curta é uma epopeia tresloucada de amor e ódio que gira em torno de Romina, que vai do melhor dia da sua vida, passando pelo pior, até que tome o controle da situação ao invés de deixar com que a situação tome controle dela. Mas sua sanidade já estará permanentemente abalada e a confusão está garantida no buffet.


Um dos maiores trunfos de “Relatos Selvagens” é, ao final, não se tornar uma colcha de retalhos com seus segmentos costurados à força uns aos outros. O filme é um todo uniforme, ligados pelo conceito primitivo da humanidade e como nossas máscaras sociais são frágeis, em curtas que são desde elementares e práticos até os mais hiperbólicos, mas absurdamente reais. Essa condução só é tão perfeita graças a Damián Szifron, diretor e roteirista do longa, que sadicamente leva a razão cada vez mais baixo. Palmas fervorosas também para a magnífica fotografia de Javier Juliá e para a trilha sonora impecável e sarcástica do duas vezes vencedor do Oscar, Gustavo Santaolalla.

“Relatos Selvagens” é uma das maiores obras-primas do cinema contemporâneo ao abordar de forma ácida, perspicaz, crítica e sempre divertida como a modernidade vem tirando a paz de todos nós. Burlando língua, país, nação, continente e qualquer fronteira imaginária ou não, o filme é clássico instantâneo que mostra de forma escancaradamente histérica como vivemos numa sociedade à beira do caos, numa era que evoca o lado mais animalesco do homem no simples ato de atravessar uma rua.

Na próxima vez que você virar a esquina, conte até 10 e respire profundamente. Vai que...

Sedenta por um hit, Camila Cabello vai lançar duas músicas novas nessa semana

Mesmo que "Crying In The Club" ainda esteja rendendo em alguns lugares do mundo - UK que o diga! - já está mais do que na hora de Camila Cabello apostar em um novo single e a cantora não só ouviu nossos pedidos como fez melhor e avisou em seu Twitter que nessa semana teremos não apenas uma, mas sim duas músicas novas!

Na rede social, a cubana postou apenas uma imagem que confirma o lançamento de "OMG" e "Havana", ambas faixas já apresentadas por ela no festival Summer Bash, há um mês atrás.


Na ocasião, Camila também performou uma terceira música, "I'll Never Be The Same", e depois fez uma enquete em seu Twitter para saber qual foi a favorita de seus fãs. Ainda que a terceira canção tenha sido a mais votada, ela parece ter optado mesmo em colocar as outras duas pra jogo. Consideramos a decisão inteligente: "OMG" flerta com o trap e "Havana", produzida por Pharrell Williams, com o tropical, ambos ritmos bastante em alta no momento. O hit vem!


Por enquanto as músicas devem ser apenas buzz singles, mas a gente sabe como isso funciona: a que tiver a melhor recepção do público deve ser promovida a segundo single oficial. Já estamos aqui com nossos pompons, torcendo por "Havana"!

A ex-5H chegou a revelar na semana passada que lançaria três novas músicas, mas parece que vão ser só essas duas mesmo. Tá bom, né, gente? Daqui a pouco o "The Hurting. The Healing. The Loving" ta aí e a gente vai ouvir muitas canções inéditas sim!

Minha “Switch” tá viva! Iggy Azalea lança remixes de parceria com Anitta no Spotify

Não tava morta a era “Switch”? 

Iggy Azalea está bem perdida com a divulgação do seu novo disco, “Digital Distortion”, e apesar de afirmar ter encerrado a divulgação de sua parceria com Anitta, que teve seu clipe cancelado após um vazamento, reapareceu com a faixa entre as estreias da última sexta-feira (28) no Spotify.

“Switch” ganhou um EP de remixes nas plataformas de streamings, com versões assinadas por Loud Luxury, Aazar, Feenixpawl, Vertue e Tom Swoon, que levam a faixa de um reggae eletrônico ao pop pra fritar. Tem pra todos os gostos.

Ouça abaixo:



Desde o seu lançamento, o EP de “Switch” já conta com mais de 100 mil execuções no Spotify, com destaque para a versão do Vertue, que tem sido a mais ouvida até aqui.

Nos últimos dias, rolaram diversas especulações sobre o videoclipe dessa parceria, incluindo a história de que um fã teria comprado os direitos da produção para lançá-la oficialmente, mas tudo não passa de rumores. Ao menos por enquanto, clipe oficial a gente não tem.

Agora fica a dúvida quanto ao que será dessa fase de Iggy Azalea, né? Em suas redes sociais, a cantora prometeu novidades em breve, mas tem tido dificuldades quanto a comunicação com sua gravadora, que está insatisfeita com os baixos números desse disco, inicialmente promovido pelo single “Team”,  lançado em março de 2016.

Anitta, por sua vez, tá linda, livre, leve e solta com a divulgação de seu próprio single, “Paradinha”, além da parceria com Major Lazer e Pabllo Vittar em “Sua Cara”, que ganhou seu videoclipe neste domingo (30).

Major Lazer corrige Perez Hilton e Anitta interrompe jornalista por ignorarem Pabllo Vittar

Como diz a Mulher Pepita, “mas tem que respeitar, hein?”. Pabllo Vittar arrasou no clipe novo do Major Lazer com ela e a Anitta, “Sua Cara”, e enquanto a internet se divide entre ter amado ou odiado a produção, a drag queen, também dona dos hits “Todo Dia”, com Rico Dalasam, e “K.O.”, tem sofrido certa resistência para ser reconhecida na divulgação dessa parceria.

A primeira tensão rolou aqui no Brasil, durante uma entrevista que ela e Anitta concedeu para a Record agora há pouco, nos bastidores do show que elas farão na The Week, para a festa Combatchy. 

No vídeo publicado no Instagram de Pabllo, o jornalista Amin Khader é interrompido por Anitta, porque passa a entrevista inteira de costas para Vittar, ainda que esteja falando sobre a colaboração das duas. Quando o interrompe, Anitta pede, “você pode se posicionar aqui, olha, para nós duas”.

Assista ao momento abaixo:



E, num caso semelhante, o Major Lazer também chamou a atenção do blogueiro Perez Hilton pelo Twitter, porque o cara publicou sobre a estreia na rede social citando apenas Anitta e Diplo. “A música e o clipe também contam com a participação da Pabllo Vittar”, ressaltaram.


O blogueiro, conhecido por ser a própria caçamba do lixo, deixou claro que ignorou Pabllo Vittar intencionalmente e que não se importa com ela. “Eu sequer mencionei o Major Lazer, porque a chamada é mais forte se eu citar o Diplo (...) Quase ninguém conhece ele [Pabllo Vittar] nos EUA.”

Vamo parar que tá feio, né gente? Tanto Anitta quanto Pabllo tiveram o mesmo peso na canção e as duas arrasaram no clipe, então merecem esse reconhecimento juntas.

Não só isso, vale também questionar o preconceito por trás dessa esnobada, provavelmente motivada pelo fato de Pabllo Vittar ser uma drag queen, o que ainda é tido como um motivo para não levarem o seu trabalho a sério na música.

Aproveitando, bora rever o clipe de “Sua Cara”, porque recorde nenhum vai ser quebrado sozinho:

Anitta e Pabllo Vittar estão sedentas e rebolando com Diplo no clipe novo do Major Lazer, “Sua Cara”

Esse é momento é nosso, Brasil! Depois de lançar o clipe de “Know No Better”, que abriu os trabalhos do EP de mesmo nome, os caras do Major Lazer escolheram a tarde deste domingo para revelarem o vídeo da parceria com as cantoras brasileiras Anitta e Pabllo Vittar, “Sua Cara”.



Atualmente no topo do Spotify no Brasil, a faixa foi uma das mais bem-sucedidas desde a estreia do novo trabalho do Major Lazer, também por trás de hits como “Lean On” e “Light It Up”, e os números inevitavelmente fizeram com que Diplo e sua trupe se interessassem em trabalhá-la como single, que agora leva o nome de nossas artistas ainda mais longe.

No clipe de “Sua Cara”, Anitta e Pabllo estão sedentas no deserto, sensualizando e, como esperávamos, rebolam como se não houvesse amanhã, enquanto Diplo só arrasa no carão e faz o seu papel de homão da porra no meio da areia.

Dá vontade, né “Know No Better”? Assista ao clipe de “Sua Cara”:



AAAAAAAAAAAAAAA que pisão! E que orgulho da porra, né? O mais lindo é pensar que tanto Anitta quanto Pabllo tiveram seus primeiros hits sampleando Major Lazer, uma com “Show das Poderosas” e outra com “Open Bar”, pra agora emplacarem um sucesso em parceria com os próprios caras. O mundo dá voltas, bebê.

Essa é a terceira investida de Anitta na carreira internacional, que já contou com a faixa da Iggy Azalea, “Switch”, e também sua primeira música em espanhol, “Paradinha”. Vittar, por sua vez, já havia trabalhado com Diplo na faixa “Então Vai”, do seu CD de estreia, “Vai Passar Mal”, e deve repetir a parceria com o produtor em seu disco seguinte, sem previsão de lançamento. Ícones.



Na noite deste domingo (30) essas duas vão se unir no palco da Combatchy, que é a nova festa da Anitta no Rio de Janeiro. Além de comemorarem a estreia de “Sua Cara”, a dupla deverá competir musicalmente no evento, numa batalha que se repetirá em todas as edições da festa, sempre com a cantora de “Paradinha” e algum outro artista.

Depois desse clipe, achamos mais do que justo que a MTV Brasil ressuscite o VMB. Aliás, bem que o Major Lazer podia levar essas lindas pra arrasarem no palco do VMA também, né? Na falta de divas pop em alta nos EUA, elas fariam um trabalho e tanto.

Quando você voltar a respirar, conta pra gente o que achou do clipe também!

Os melhores lançamentos da semana: IZA, Kesha, The Killers, Jessie Ware e mais

Nada foi a mesma coisa após junho de 2015, quando as gravadoras e plataformas de streaming se uniram para a chamada New Music Friday: um dia global de lançamentos com artistas de todos os gêneros nas principais plataformas pela rede mundial de computadores.

Ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, nós religiosamente corremos para o Spotify, pra sabermos quais são as novidades mais interessantes da semana, sejam elas de artistas  novos ou consolidados, e reunimos todas nesta playlist que, sendo assim, é atualizada semanalmente.




Apesar de todas as músicas acima serem 10/10, vale ressaltarmos que as melhores das melhores se encontram no topo da lista.

Caso se interesse em ler mais sobre as faixas escolhidas, aqui vamos nós, e não deixe de nos seguir pelo Spotify!

O QUE TEVE DE BOM


👍 Você quer voz? Toma voz! IZA fez um cover INCRÍVEL para "I Put A Spell On You" e nós estamos até agora impactados. Dona do R&B brasileiro faz assim!

👍 Nas quintas nós ouvimos Kesha! Depois de uma semana sem música nova, a cantora lançou nessa quinta o pop alá P!nk de "Learn To Let Go" e, sem surpresas, ela é ótima. Como é bom tê-la de volta <3

👍 The Killers lança mais uma música nova de seu álbum e não choca ninguém. Você tá vendo isso, Lollapalooza? Foca aqui!


👍 A inspiração de Jessie Ware para "Midnight" claramente veio de décadas passadas, mas o resultado é muito atual e refrescante. É a voz, meu amor!

👍 Karol Conka finalmente lançou "Bate A Poeira II", versão da música de mesmo nome usada na abertura da Malhação 2017. Um hino de música para um hino de temporada. 

NÃO PODE SAIR SEM OUVIR   



Ouça e siga a playlist “It’s Nü Music Friday” no blog:

Crítica: a discussão sobre transexualidade em "A Garota Dinamarquesa" é tão bem intencionada quanto rasa

Tom Hooper é um verdadeiro caçador de Oscar. Vencedor do careca dourado de “Melhor Diretor” pelo questionável e esquecível “O Discurso do Rei” (2010), Hooper, naquele ano, viu seu filme levar ainda “Melhor Ator”, “Melhor Roteiro Original” e “Melhor Filme”, num ano abarrotado de obras muito mais interessantes e inesquecíveis (“Cisne Negro”, “A Rede Social”, “Toy Story 3”...). É a Academia se curvando para a forma de bolo.

E o que é a forma de bolo do Oscar? Segue a receita: um punhado de roteiro geralmente didático, um litro de grande atuação do protagonista, duas colheres de fotografia sóbria (se for dourada, melhor ainda), trilha sonora cheia de pianos e violinos à vontade e uma grande pitada de história de superação. Voilá! Eis o filme feitinho para o prêmio. E um filme que se enquadra nessa forma é automaticamente ruim? Claro que não. E querer se encaixar aqui para ganhar prêmios? Também não.

Às vezes, a Academia consegue surpreender e premiar algum filme que fuja da receita, como “Birdman” (2014) na edição de 2015, mas se couber na forma, pelo menos uma indicaçãozinha terá. Prova? Pegando nos últimos 10 anos: "O Curioso Caso de Benjamin Button" (2007), "O Leitor" (2007), "Um Sonho Possível" (2008), "Cavalo de Guerra" (2010), "Lincoln" (2011), "12 Anos de Escravidão" (2012), "O Jogo da Imitação" (2013), "Brooklyn" (2014)...

Infelizmente (para o diretor), seu último filme, apesar de ter todos os itens listados, voltou para casa quase sem prêmios. “A Garota Dinamarquesa” se baseia na história de Lili Elbe, uma pintora que, nos anos 30, foi uma das primeiras transexuais a se submeter à cirurgia de redesignação sexual. Lili é interpretada por Eddie Redmayne, recentemente vencedor do Oscar de “Melhor Ator” ao interpretar Stephen Hawking em “A Teoria de Tudo” (2014). Com o prêmio em mãos, contestável com o passar do tempo, os holofotes se viraram para o ator, o que gerou um grande movimento contra sua escalação. Por que não escalar uma atriz trans para o papel?


Uma das primeiras justificativas foi “Na década de 30, as trans não passavam por reposição hormonal, por isso tinham traços ‘masculinos’”, o que é um argumento bem nulo. O próprio diretor, durante o Festival de Veneza, comentou que escolheu Redmayne porque ele possui traços femininos, o que desarma completamente a lógica anterior. A questão aqui não são os “traços”, e sim a representatividade.

Pense rápido: quantos atores/atrizes trans você já viu atuando no cinema? Caso consiga pensam em algum(ns), compare com o número de artistas cis. A diferença é esmagadora, certo? Mesmo, de uma forma ou de outra, colocar em pauta a transexualidade, “A Garota Dinamarquesa” é um filme sobre trans sem nenhuma trans. Seria, numa comparação hiperbólica, como se “Selma: Uma Luta Pela Igualdade”, filme sobre Martin Luther King, não possuísse atores negros.

Certo, a arte de atuar possui beleza quando vemos atores se despindo de todas suas características e encarnando personagens cada vez mais desafiadores e fora da sua realidade. Foi assim como Felicity Huffman em “Transamérica” (2005) e Jared Leto em “Clube de Compras Dallas” (2013) – esse levando o Oscar pela atuação –, ambos pessoas cis interpretando personagens trans. E realmente não houve toda a discussão que houve durante a divulgação de “A Garota Dinamarquesa” no lançamento dos citados, mas isso inviabiliza as atuais discussões? Não, só mostra que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a questão da representação, o que é maravilhoso. Também não precisamos condenar qualquer um dos citados por não trazem atrizes trans em seus papéis, eles não estão cometendo crimes a serem repudiados, porém, a discussão deve ser levantada para que, um dia, nós nem precisemos dessa discussão.


Todavia, ao contrário de Huffman e Leto, que orquestraram atuações brilhantes, Redmayne copia e cola sem piedade os trejeitos e expressões que usou em “A Teoria de Tudo”, o que soa completamente equivocado e ainda mais sem peso para sua escolha. Em diversos momentos parece que é Stephen Hawking ali na tela – há uma cena numa cadeira de rodas e é exatamente a mesma composição de personagem. A carga dramática do roteiro e os violinos chorosos da trilha são o que sustentam o melodrama, pois o ator claramente é um homem tentando a toda força parecer uma mulher, ao invés de ser a mulher que Lili sempre foi. Durante toda a projeção, parece que a obra se preocupa mais em mostrar a transformação do ator do que de fato com a representação e discussão da transexualidade no cinema.

A caracterização do personagem, feita por “““imitação dos jeitos femininos””” (coragem) é ofuscada por Alicia Vikander, que interpreta Gerda, esposa do então Einar. A atriz sueca, que vem despontando recentemente e brilhou em “Ex Machina: Instinto Artificial”, rouba toda a cena e é o pilar central do longa, o que torna o mesmo uma obra torta: como o filme é sobre a Lili e é Gerda que toma os holofotes? Esse efeito acontece porque o roteiro pontua mais o relacionamento dos dois do que de fato a questão transexual da protagonista – outra vez remetendo “A Teoria de Tudo”, onde os acontecimentos se passam na visão da esposa. Vikander, por fim, levou o Oscar de “Melhor Atriz Coadjuvante” pelo papel, o único, e controverso, prêmio do filme. Vikander é protagonista, porém a produtora do longa decidiu submetê-la ao prêmio de “Coadjuvante” para que suas chances de vitória fossem maiores. E foram.


E até mesmo o desenvolvimento de uma esposa descobrindo que seu marido é na verdade uma mulher não alcança voos tão altos como em “Laurence Anyways” (2012) do Xavier Dolan, que trata com muita mais profundida a mesma discussão – um roteiro oscariável não poderia se dar ao luxo de se alongar como Dolan fez em seu filme de 3h. Mas nem isso é justificativa. O longa “Tangerina” (2015) possui apenas 88 minutos e consegue construir um filme sólido e reflexivo sobre a realidade da pessoa trans – isso sem falar que as protagonistas são atrizes trans. “A Garota Dinamarquesa” é raso em todos os aspectos narrativos, tendo pouco impacto no florescer do próprio tema.

E o que dizer de um filme chamado “A Garota Dinamarquesa” falado em inglês? Imaginemos um longa chamado “A Garota Brasileira” filmado na Argentina e falado em espanhol. Seria completamente estranho, não? Pois é. Lili viveu na Dinamarca e, para completar suas cirurgias, se mudou para a Alemanha, porém o longa é um típico filme inglês, o que joga por terra a nacionalidade e cultura da própria história. Esquecemos completamente da Dinamarca com a narrativa, que pontua raras vezes que estamos no país, e não no Reino Unido.


É certo que colocar o longa em inglês faz com que a obra tenha uma abrangência maior, afinal, o eixo Estados Unidos-Inglaterra é o que há de mais poderoso no cinema em termos de alcance – só perceber a quantidade de filmes estrangeiros são mutilados em remakes em inglês – o que, no fim das contas, é mais uma “boa intenção” da produção, que deseja levar a mensagem sobre a transexualidade (ainda que rasa) para o maior número de pessoas. Mas ainda assim é um embaçamento na cultura original da história.

São vários os motivos que sepultaram o desejo de Tom Hooper em conseguir arrematar alguma estatueta com o filme (a única vencida foi para a estante de Vinkander), e, ao que parece, seu estilo feito para prêmios está passando batido perto de tantos filmes que ousam sair do lugar-comum – mesmo “A Garota Dinamarquesa” sendo “bem intencionado”. E, no final do dia, é bem melhor produzir uma obra que tenha relevância na arte e no público do que uma estatueta na estante – algo que “A Garota Dinamarquesa” não chegou perto.

O EP "Nervous System", da Julia Michaels, é a prova de que o pop está em boas mãos

Compositora favorita da Selena Gomez e de tantos outros famosos, Julia Michaels começou a trilhar um caminho sólido como cantora nesse ano. Seu primeiro single, "Issues", foi um grande sucesso e agora ela nos traz o ótimo e refrescante EP de estreia "Nervous System", lançado hoje (28).



Assim como diz o nome, o material é realmente "nervoso". Em alguns momentos Julia canta sobre a melhor parte do amor, enquanto em outras jogas as verdades na nossa cara e traz a tona seus piores medos e pensamentos.

Isso também se reflete no som: do trip-hop de "Issues" ao piano e violão bem anos 90 de seu atual single, "Uh Huh", da quase baladinha muito honesta "Worst In Me" a cheia de sintetizadores e com um pezinho nos anos 80 "Just Do It", passando pela maravilhosa, eletrizante e cheia de sussurros (Selena approves) "Pink", a cantora experimenta diversas sonoridades, sempre acabando no popzão mesmo, de raiz, aquele com melodia simples e refrão chiclete.

 
A música pop pode estar passando por uma crise agora, mas não podemos dizer que seu futuro não é promissor. É bom saber que ela está em boas mãos. 

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