Usher também quer falar de racismo em “Chains”, um dos clipes mais fodas da sua carreira

Ainda que caminhemos a curtos passos, as discussões sobre racismo estão se tornando bastante frequentes e, principalmente, pelo incômodo e posicionamento cada vez maior de suas próprias vítimas, tanto no Brasil quanto em vários outros países no mundo, e, assim como acontece por aqui, um problema frequente nos EUA é a repressão policial, que condena cada vez mais pessoas apenas por serem negras.

Usher, famoso por suas músicas sobre festas, transas e romances, decidiu então contribuir quanto a toda essa discussão e da melhor forma possível, na música que abre os trabalhos do seu novo disco, “Chains”, contando ainda com a participação da compositora de “Bitch Better Have My Money”, da Rihanna, Bibi Bourelly, e o grande rapper Nas.

Caso não se lembre, “Chains” havia sido lançada em outubro do ano passado, mas com exclusividade pelo Tidal, o que dificultou o acesso a canção, bem como toda sua divulgação, fazendo com que ela não chamasse tanto a atenção pública, mas passados alguns meses desde sua estreia, a música ganhou nessa semana o seu videoclipe e, TAQUEPARIU, HEIN?

Com direção do Ben Louis Nicholas, o clipe novo do cantor coloca Usher na posição de próxima vítima de toda a injustiça desse sistema, enquanto, sem culpa por coisa alguma, o cara é perseguido por policiais e, até o fim da produção, termina como apenas mais uma das estatísticas.

Ainda que estruturado de maneira bastante simples, o videoclipe, todo em P&B, tem suas cenas alternadas entre takes em que elementos como armas e bandeiras dos EUA de gesso são quebradas, assim como outros negros aparecem com mensagens em cartazes, incluindo um que questiona: “Eu sou o próximo?”. Definitivamente, não tem como assistir e não se arrepiar.

Dá só uma olhada:



Foda demais! Só é uma pena saber que isso não acontece apenas nos videoclipes, né?

Na sua letra, a música diz “você age como se fosse a mudança / tentando me jogar atrás das grades / não aja como se estivesse nos salvando / continua a mesma coisa / Cara, não aja como se eu estivesse inventando tudo isso / você culpa a gente / vamos ser honestos / Você até deu um nome pra isso: criolo”. E, nas suas performances, Usher leva a sério todo o conceito cantado, realizando apresentações algemado, como essa que você pode assistir abaixo:


“Chains” é a primeira amostra do novo disco do Usher, sucessor da máquina de hits, “Looking 4 Myself” (2012), e chega num momento mais que oportuno nos EUA, uma vez que sucede o ano em que Kendrick Lamar levou um dos discos mais críticos dos últimos tempos para o Grammy e a Casa Branca e também pega andando a polêmica do Oscar que, em mais uma edição, fez pouco caso dos artistas negros, correndo o risco de sofrer boicote de grandes nomes, como Will Smith e o diretor americano Spike Lee. Será que podemos esperar mais militância vinda dele nesse novo CD?

Vale ressaltar que a música também foi composta pela Bibi que, além de “Bitch Better Have My Money”, esteve por trás de “Higher”, do CD “ANTI”, da Rihanna, e recentemente assinou um contrato para o lançamento do seu disco de estreia pela gravadora Def Jam.

O que você achou do clipe?

A Effie Trinket de “Jogos Vorazes” será a Rita Repulsa do novo “Power Rangers” e estamos pirando com isso

AGORA PODE BOTAR FÉ NA PRODUÇÃO!

Não dá pra negar que ficamos com uma pulga atrás da orelha desde que começaram a promover o novo “Power Rangers”, principalmente pelo peso que o filme carrega e, com isso, as possíveis dificuldades que encontrariam em torná-lo um blockbuster de qualidade para os telespectadores da atualidade, mas parece que esse jogo vai virar.

O negócio é que esse recomeço da franquia acabou de ganhar um dos seus primeiros grandes nomes do elenco (sério, sem exagero!) e para um papel tão grande quanto, daí não tem como não surtar um pouquinho, né?

Mas o que está rolando, gente? É só que a Elizabeth Banks, conhecida por interpretar a maravilhosa e caricata Effie Trinket, em “Jogos Vorazes”, acabou de ser confirmadíssima no elenco e interpretando ninguém menos que a vilã Rita Repulsa!

Agora imagina só, se na pele da Effie Trinket, Banks conseguiu tornar o papel tão grandioso, tanto por sua atuação dramaticamente cômica quanto por seus figurinos espalhafatosos, o que esperar dela como a vilã gótica das trevas? QUEREMOS.

Esse famigerado reboot dos “Power Rangers” está previsto para janeiro de 2017 e tem como intuito torná-los grandes nos cinemas, apostando em novos nomes para as telonas e também tirando a má impressão que os fãs de heróis da atualidade tem sobre o histórico trash da franquia.

Bem que a Record podia dar uma forcinha pra bombar essa estreia, hein?

It Charts: "Love Yourself" chega ao topo da Hot 100, que tem estreia de Rihanna e hit novo de Selena Gomez no top 10, confira!


Tiroteio é a palavra que define o It Charts da semana. Com um UK Charts bem morno e surpreendentemente sem grandes novidades, quem rouba a cena essa semana é a Hot 100 americana que passou por uma repaginada há muito não vista. Simplesmente três músicas que estavam indo super bem nos charts simplesmente sumiram do top 10 e deram espaço para mais um smash single de Selena Gomez, Flo Rida e Rihanna. Ainda tem o Furacão Bieber, que causou ainda mais destruição ao se destronar e colocar "Love Yourself" no topo. Olha, foi tanto tiro que nem deu pra perceber a Ivair e o colunista que vos fala precisou da colaboração de um outro membro: Maicon Alex, que narra excepcionalmente hoje o que teve de bom no chart britânico.

A espera continua: Rihanna ainda está gravando o clipe de "Work"

O assunto da semana ganha mais um capítulo. Entre ter todos seus singles anteriores transformados em buzz singles, vazamento do álbum, lançamento de “Work” e, por fim, o “ANTI” sendo disponibilizado de graça para download, a notícia de agora não vai agradar muito aos fãs que estavam aguardando ansiosamente o começo dos trabalhos de Rihanna com o projeto: ao contrário do que imaginávamos no começo do mês passado, o clipe de “Work”, não está pronto. Rihanna ainda está recrutando mais dançarinos para as gravações.

No começo de janeiro, antes mesmo de termos uma perspectiva de lançamento do oitavo disco da barbadiana, vazou na internet um “anúncio” de que ela e Drake estariam procurando artistas para as gravações do clipe de “Work”, que, logo mais, viria se tornar o primeiro single do projeto. Segundo esse anúncio, as gravações aconteceriam durante os dias 08 e 09 de janeiro, dando a impressão de que o clipe já poderia ter sido lançado a esse ponto.

Acontece que agora, outro anúncio apareceu na internet e, novamente, a Rihanna está procurando dançarinos para as gravações do clipe, ou seja, fomos Alice mais uma vez. Ele não está pronto.


Pois é, o clipe, talvez, não saia tão cedo. É o lançamento do álbum se repetindo mais uma vez. Mas, enquanto isso, nós continuamos curtindo “Work” (e o resto do “ANTI”, que está muito bom, diga-se de passagem).

"Kung Fu Panda 3" tem números de estreia tão bom quanto os longas anteriores


"Kung Fu Panda 3" estreou com tudo nas salas americanas. Apesar de menos estrondoso que seus filmes anteriores, o fim de semana de estreia do longa foi bem favorável se levarmos em conta a temporada atual.

A história do panda lutador chegou desbancando até mesmo "O Regresso", filme estrelado por Leonardo DiCaprio ( vencedor do Oscar. OREMOS!) e concorrente ao Oscar como "Melhor Filme".

O filme arrecadou US$ 41 milhões de sexta (29) a domingo (31) contra US$ 60,2 milhões do longa original e US$ 47,6 milhões do segundo. Os números são ótimos se for levado em consideração que os anteriores foram lançados no verão americano e esse no inverno.

Na trama atual, o pai sumido de Po reaparece, então a dupla parte numa viagem a um paraíso dos pandas. Mas quando o vilão sobrenatural Kai começa a varrer da existência todos os mestres de kung fu da China, Po deve fazer o impossível: treinar uma aldeia cheia de irmãos desajeitados a fim de torná-los em definitivos Kung Fu Pandas.

O filme será lançado por aqui no próximo dia 18 de março e se espera que ele faça tanto sucesso quanto os anteriores também.
 

Ben Affleck revela que seu Batman está passando por uma crise existencial em "Batman VS Superman: A Origem da Justiça"


Recentemente em entrevista à CIAK Magazine, Ben Affleck afirmou que sua encarnação do Batman se sente gente como a gente, ou seja, VELHO. Tudo bem que a gente aderiu ao hino "Forever Young", mas de vez em quando ainda bate aquele sentimento TÔ VELHÃO. Identifiquei-me bastante com esse novo Batman.

Ainda de acordo com o ator, em “Batman VS Superman: A Origem da Justiça”, o milionário e homem-morcego, Bruce Wayne, está passando por uma crise existencial.

Esse Batman tá prometendo ser mais emo-gótico que o normal, hein!

“Batman está em boa forma, mas ele se sente velho por dentro, sente que sua jornada chegou ao fim. Ele não é mais um causador de problemas, nem busca mais vingança pela morte dos pais. Ele está questionando sua própria existência, buscando um sentido na vida. Nosso Batman não deve nada ao anterior, ele pertence a um mundo muito mais diversificado, e quem acompanha os quadrinhos vai perceber isso”, contou Ben Affleck.

Na mesma entrevista ele ainda detalhou um pouco mais do trabalho de Gal Gadot no papel da literalmente maravilhosa, Mulher-Maravilha.

“Já era hora, não é mesmo?”, disse, se referindo à introdução da heroína no cinema. “Tivemos que esperar por 75 anos. E para aqueles que pensam que ela é uma relíquia, uma paródia do feminismo dos anos 70, estão enganados. Eu tive certeza disso após ver o teste de Gal Gadot. Ela vai te hipnotizar [em Batman vs Superman]. Ela até poderia ser uma Bond Girl. Gal é muito forte e já fez parte do exército de Israel. Não tenho dúvidas de que ela se tornará uma grande estrela”.

DC não tem limites. A equipe criativa não tem limites. Os atores não tem limites. Ninguém tem limites ao se tratar de mexer com a nossa ansiedade. Não estamos sabendo lidar com essa demora em toda essa porrada de filmes de heróis que irão chegar nas nossas telonas nesse 2016.

Enfim, stay calm cause o filme chegará aos cinemas brasileiros no dia 24 de março. 

Agora Vai! Finalmente "Avatar 2" tem data de seu início de filmagens revelado


Parece que agora vai! Depois de ter sua estreia adiada em mais um ano, "Avatar 2" parece que vai ver a luz do sol. Ao menos é o que afirma a publicação My Entertainment World, que revelou que a continuação do aclamado filme tem seus inícios de filmagens já marcados para 15 de abril.

Para quem não sabe, o diretor James Cameron tinha planos para lançar a continuação já no Natal de 2017, porém segundo o site The Wrap, o longa não ficaria pronto a tempo.

Sendo assim, já é a segunda vez que vemos tal filme ser adiado. A última foi ano passado, quando seria lançado em dezembro. Ao menos James Cameron terá tempo para trabalhar mais na franquia, isso sem contar com a sorte de não ter que enfrentar "Star Wars: Episódio VIII" nos cinemas.

Imaginem a destruição que não seria se esses dois monstros do cinema fossem lançados na mesma época ?

As locações do filme serão novamente na Nova Zelândia, e segundo produtor Jon Landau, “Jim [Cameron, diretor] não está voltando para a Nova Zelândia por causa de seus incentivos fiscais. Parte da decisão é por causa disso, mas ele está voltando por causa da mão de obra especializada e dos incríveis talentos que tem lá”.

Zoe Saldana e Sigourney Weaver já foram confirmados na continuação, sendo assim podemos ficar tranquilos, pois nossos smurfs Avatares preferidos irão nos surpreender mais uma vez no vasto mundo de Pandora.

Olho pro teclado e só sei pensar “Vem monstro, vem bater seu próprio recorde de maior bilheteria of all times”.

A superestimação do alternativo pelos fãs de música pop e o disco novo da Rihanna


Atualização (17/04): A imagem que ilustrava a matéria foi substituída, após reivindicações de direitos do site Getty Images.

Ninguém realmente deveria ficar surpreso com um lançamento da Rihanna causando comoção geral pela internet. A cantora completou no ano passado uma década de sua carreira e, nesse tempo, emplacou hit atrás de hit, incluindo “Umbrella”, “Only Girl In The World”, “We Found Love” e “Diamonds”, só pra citar alguns, e depois de lançar sete discos, quase que anualmente, deu então início a um jejum musical, para se dedicar aos trabalhos do seu novo disco, “ANTI”.

Com tanto tempo longe das rádios, ainda que com singles esporádicos, como a parceria com Kanye West e Paul McCartney em “FourFiveSeconds” e a pesada “Bitch Better Have My Money”, não tinha como ser diferente quando um novo disco dela chegasse ao público e as coisas só ficam ainda mais interessantes se o álbum, tão aguardado e rodeado de especulações, cai na internet, ainda que essas histórias sejam sempre mal contadas o suficiente para não acreditarmos, e, pra deixar todo mundo boquiaberto, ainda é liberado para download gratuito — de maneira legal mesmo.

Mas teve um problema nisso tudo. O disco saiu e, caralho, a Rihanna finalmente está de volta! Só que o público não esperava por esse disco. E com público, a gente se refere a nós, você e os fãs da cantora.



“ANTI” é um disco que, de fato, vai contra tudo o que conhecemos da Rihanna até aqui, talvez não de maneira tão extrema, mas numa tentativa bastante funcional. Os singles “FourFiveSeconds”, “Bitch Better Have My Money” e o promocional “American Oxygen”, sequer aparecem em sua tracklist, assim como as prometidas parcerias com Sia, Calvin Harris, Ne-Yo, Kiesza, Charli XCX e vários outros que estiveram envolvidos nesta produção, e dão lugares para um cover do Tame Impala em “Same Ol’ Mistakes” (uma versão para “New Person, Same Old Mistakes”, do álbum “Currents”) e uma interlude que sampleia “Only If For A Night”, da Florence + The Machine. Tudo gritando para soar alternativo.

Parcerias? Só da SZA. Uma cantora americana de “R&B alternativo”, assim como The Weeknd e FKA twigs, sabe? Que já trabalhou ao lado de Kendrick Lamar, Nicki Minaj e Beyoncé, mas ainda não conquistou o seu lugar ao sol. Pelo menos por enquanto. Ela empresta sua composição e vocais para “Consideration”, que abre o disco. E é assim que Rihanna segue nos apresentando sua nova fase.

O grande problema é que seus fãs, ainda que estivessem imaginando algo menos comercial que seus discos anteriores, foram chocados por essa direção que tanto tenta soar alternativa, principalmente depois do Kanye West ter pulado fora do projeto e Rihanna assumido toda a sua produção executiva. E talvez pelo receio de não se interessar por algo tão fora dos moldes tradicionais, optam pela superestimação, afinal, se é diferente, deve ser cult. E isso é bom, né?

Com menos de uma hora pela internet, o disco novo já era apontado por Deus e o mundo como “o melhor da carreira de Rihanna” e conquistando mais e mais pessoas que não hesitavam em falar sobre gente que “gosta de música de verdade” aprovar a tal produção. Isso porque o disco não contava com as tão comentadas farofas e, de novo, se é diferente, deve ser cult. Deve ser bom.

Essa superestimação instantânea pode ser vista por dois ângulos. O primeiro parte da ideia de que a música alternativa, sempre tão distante do que tocam nas rádios, é algo mais sofisticado, artístico, apenas por não atingir as massas como uma composição atual da Sia ou alguma produção do Diplo. Enquanto a segunda já pega para um lado um pouco menos complexo: os fãs da música pop se autossabotam o tempo inteiro, só para se mostrarem os grandes entendedores de coisa nenhuma.

Um bom exemplo disso, saindo desse cenário da Rihanna e seu “ANTI”, foi quando Miley Cyrus lançou o álbum experimental “Miley and Her Dead Petz”, em parceria com a banda The Flaming Lips. O álbum, revelado gratuitamente após o VMA 2015, contava com mais de 20 canções, mas o público sequer levou tempo pra escutar cinco delas até sair falando sobre o quanto ela havia evoluído musicalmente e descoberto algo realmente artístico. O estranho os encanta. E por mais que você realmente não goste de verdade, talvez não compreenda a complexidade do projeto por completo e, na dúvida entre passar vergonha por não conseguir digerir tanta conceitualidade, o melhor é dizer que curtiu mesmo. Pura balela.



Antes de qualquer coisa, não há nenhuma palavra sequer questionando a qualidade do novo CD da Rihanna neste texto. “ANTI” é, inclusive, um álbum muito bom e diversificado, realmente diferente do que ela já fez e do que esperávamos que ela fizesse. Mas encontramos um comportamento preocupante e questionável quando os fãs, em vez de defender seus respectivos pontos de vistas, se dispõem a aceitar qualquer coisa e querer limitar o que é ou não música de verdade, com base na sua percepção individual e preconceito quanto ao que é ou não feito para atingir as massas, mesmo que tenha fritado ao som de “Sorry”, do Justin Bieber, há algumas baladas. 

Esse pensamento ignorante apenas fomenta o preconceito em torno da música pop, que, vamos lá, sobrevive com a ajuda de aparelhos, graças ao alcance de alguns de seus artistas, que ainda mantém em alta os seus números, e parte da mesma desvalorização burra de quem prefere ouvir o disco da Taylor Swift cantado por um cara que interpreta suas canções como se tivesse acabado de acordar, com alguns arranjos mal terminados e toda essa grande áurea alternativa que parece lhes empurrar qualquer coisa goela abaixo.

Ter um artista disposto a fugir da sua zona de conforto e cruzar cada vez mais essa fronteira imaginária entre o que é ou não mainstream é algo louvável e que vamos adorar vez mais vezes, mas esse cenário seria ainda mais positivo se os fãs apresentassem uma maior maturidade junto com eles, conseguindo discernir o que gostam do que elogiam para parecerem legais e fazendo isso sem que precisem desvalorizar o que já gostavam e escutavam antes, porque, de Grimes ao Justin Bieber, música é música e, como diz aquele ditado, “vamo fazer o quê?”. E, desta forma, futuramente, os artistas não precisarão mais fugir do que os representa para provar que, além dos hits, são talentosos.

A música alternativa, como qualquer outra, tem seus artistas bons e ruins, suas produções boas e ruins, e continua sendo apenas música. A obra, ainda que fora da linha do que estamos acostumados a ouvir nas rádios, não se torna nenhuma maravilha intocável e inquestionável, e não gostar disso é tão normal quanto não curtir aquele single mais comercial da sua diva favorita. Gostar de Lana Del Rey não torna seu gosto melhor que do amigo que escuta Baile de Favela. E o novo disco da Rihanna não precisa ser endeusado só por soar mais alternativo do que se esperaria de um novo álbum vindo dela. Vida que segue.

It Pop apresenta: 16 novos artistas para ficarmos de olho em 2016

O slogan do It Pop é “o pop que vai dominar o mundo está aqui” e, acredite, a frase tem um significado mais profundo do que parece. Quem nos acompanha há bastante tempo, deve saber que você encontra aqui matérias sobre artistas que só aparecerão em outros veículos quando cantarem com a Taylor Swift ou aparecerem em algum hit com a Meghan Trainor ou Calvin Harris, e isso só acontece porque, nessa busca pelo pop que tomará conta do globo, nós buscamos e incentivamos novos artistas o tempo todo.

Foi pensando nisso que começamos o “It Pop apresenta”, que trouxe para a sua vida nomes como Lorde, Tove Lo, Kiesza, Broods e vários outros, antes que dessem qualquer indício de que conquistariam as rádios e paradas, e, desde 2014, começamos também outro especial, elegendo no começo do ano uma série de artistas que tem tudo para explodir pelos próximos 300 e poucos dias e, sendo assim, não devemos tirar os olhos.

Em sua primeira edição, o especial rendeu indicações como , a voz de um dos maiores hits de 2015 (“Lean On”, do Major Lazer), Sam Smith, uma das maiores estreias britânicas desde Adele, Ella Eyre, Neon Jungle e George Ezra; no ano seguinte, chegou a vez de apresentarmos Troye Sivan, MNEK, Years & Years e até mesmo a recém-indicada ao Grammy, Courtney Barnett, e eis que está na hora de fazermos nosso veredito sobre a música em 2016.

É um pouco óbvio que as possibilidades dos dezesseis nomes aqui lembrados acontecerem no mesmo ano são poucas, até porque as paradas ao redor do mundo não possuem tantos primeiros lugares para todos eles, mas se levarmos em consideração que algumas apostas de 2014 ainda estão começando a acontecer, assim como a carreira da Sky Ferreira, que passou 20 anos sendo aposta da blogosfera, até que tivesse um disco pra chamar de seu, podemos idealizar um cenário bastante promissor para todos os artistas que estão abaixo desse parágrafo, ainda que a longo prazo.

OS 16 NOMES QUE DEVEMOS FICAR DE OLHO EM 2016

Alessia Cara

Falou na Alessia Cara, já nos vem em mente o primeiro hit da canadense, “Here”, do seu EP de estreia, “Four Pink Walls”, e, mais tarde, álbum de estreia “Know-It-All”. 


Como tem sido bastante comum ultimamente, Alessia é mais uma dessas artistas vindas do Youtube, assim como seu conterrâneo, Justin Bieber, e com uma sonoridade que passeia entre Amy Winehouse e Lily Allen, mas com um quê pop que aterrissa sua música em solos bastante atuais, conquistou também uma posição no BBC Sound of 2016, que prevê os grandes destaques do ano.

Anna Of The North

O pop nórdico sempre nos rende ótimos artistas. Robyn, Lykke Li, Icona Pop, Tove Lo, MØ, Loreen e iamamiwhoiam são só alguns desses e já podemos acrescentar à lista a menina Anna ou, como é artisticamente chamada, Anna Of The North.


A norueguesa está há pouco tempo por aí e, desde que chegou, lançou apenas três singles, sendo esses “Sway” e seu mais recente, “The Dreamer”. Mas bastaram essas duas músicas, fora a b-side do seu single de estreia, “Undervann”, e uma música que ela lançou sem pretensões comerciais, “Oslo”, pra que ela começasse a conquistar seu público, alcançando, pelo Spotify, cerca de 500 mil ouvintes por mês, com maior destaque em sua terra natal e no Reino Unido.

Repleto de sintetizadores, a sonoridade de Anna Of The North tem um ar apoteótico, semelhante aos trabalhos do Of Monsters and Men, mas pendendo para algo mais eletrônico, como Robyn, Ellie Goulding e Years & Years.

BANNERS

Na primeira vez que escutamos BANNERS, por uma indicação de “Start a Riot”, do Spotify, tínhamos certeza de que se tratava de uma banda, mas estávamos completamente enganados. O cantor, britânico, é um artista solo mesmo e, ainda que apresente um tipo de música repleto de singularidades bem específicas, é quem está por trás de cada um dos seus instrumentos, pelo menos em estúdio.


Antes chamado como RAINES, o projeto musical, na verdade, pertence ao Mike Nelson, e consiste num rock alternativo de proporções épicas, bastante semelhante ao que já conhecemos com artistas como Chet Faker, Imagine Dragons e Bastille. Suas músicas mais populares são “Start a Riot”, “Shine a Light” e “Ghosts”, sendo essa última, uma das remanescentes de seu projeto anterior.

Dua Lipa

A história da britânica, Dua Lipa, é associada a vários artistas que conhecemos bem. A menina, quando tinha só 13 anos, começou a ter aulas na Sylvia Young Theater School, que, em anos anteriores, recebeu nomes como Amy Winehouse e Rita Ora, e, um pouco mais tarde, com suas demos, atraiu a atenção da equipe da Lana Del Rey, que logo tratou de conseguir um contrato pra moça, colocando-a nas mãos do produtor Emile Hayne, que também já produziu para Kanye West, Bruno Mars e Sia.


Seu single de estreia foi a canção “New Love”, mas foi com a música seguinte, “Be The One”, um pop fora do comum e repleto de percussões, que ela pareceu traçar de vez a sua trilha para o estrelato, conquistando, assim como outros nomes desta lista, um espaço entre as grandes apostas da BBC.

Era Istrefi

Com muita influência do reggae, Era Istrefi é uma cantora de Kosovo, mesma terra natal de Rita Ora, e vem buscando seu lugar ao sol desde 2013, quase uma década após ver sua irmã, Nora Istrefi, se tornar um dos maiores nomes da música tradicional do seu país. A cantora, que estreou musicalmente com a canção “Mani Për Money” (“Viciada em dinheiro”, em português), entretanto, sempre teve uma ousadia que precisava ir bem além das fronteiras do seu país e assim se esforçou para fazer com seus lançamentos seguintes.


Pelo Spotify, seus maiores feitos são as canções “A po don?” e “E Dehun”, mas a gente quer mesmo é saber do seu single mais recente, “Bonbon”, que, com uma sonoridade próxima do que imaginaríamos de uma parceria da Rihanna com o Major Lazer, tem viralizado seu nome para os lados do Reino Unido e, com uma versão em inglês, não precisará de muito esforço para se tornar a “Lush Life” desse ano.

FLETCHER

Agora que a Ellie Goulding decidiu ser a próxima Taylor Swift, podemos adotar FLETCHER para assumir essa lacuna deixada pela britânica em nossos corações. A americana, que estreou com o single “War Paint!”, até então possui pouquíssimas amostras do seu trabalho pela internet, mas bastam esse e seu segundo single, “Live Young Die Free”, além da promessa de um disco de estreia para esse ano, pra acreditarmos que ela ainda será muito grande.


Com muitos gritos, uma sonoridade meio tribal e repleta de banjos, FLETCHER consegue, em seus dois primeiros singles, reproduzir algumas tendências do pop atual sem cair na mesmice, enquanto nos conquista, seja por toda essa singularidade que exala em seu trabalho ou por seus refrãos propriamente grudentos. “War Paint!” é o que as Little Mix lançariam nas mãos do Diplo.

Frances

Se você gosta de artistas como Birdy, Rae Morris e Jessie Ware, será um pouco difícil não cair de amores pela menina Frances, que despontou no ano passado com singles como “Let It Out” e “Borrowed Time”. A britânica, contratada pelo mesmo time de Smith, é mais uma das grandes apostas do ano, não só aqui, mas também pelo Spotify e BBC, e deve lançar no segundo semestre do ano seu disco de estreia, comprovando que estávamos certos em manter nossas expectativas lá em cima.


Mais chegada nas baladinhas, Frances trabalha um pop simplista e, no geral, romântico, quase sempre levado sob instrumentais de piano e violão, com tímidos toques de percussão. Sua voz, por sua vez, reflete a leveza dos instrumentais, o que nos rende combinações verdadeiramente majestosas.

Gallant

Com a benção de ninguém menos que o Elton John, que o apresentou durante uma seleção montada para a rádio da BBC, Gallant é um cantor americano de R&B alternativo, que se diz inspirado por artistas como a banda Radiohead, mas apresenta uma sonoridade mais próxima de artistas como The Weeknd, Prince e Sam Smith.


Uma das suas músicas mais famosas é a incrível “Weight In Gold”, que prova bastante da semelhança com os artistas citados acima, mas o que não falta na breve carreira do cantor, de apenas 23 anos, é versatilidade, e a prova disso é dançante “Testarossa Music”, em parceria com o produtor ZHU (Skrillex, AlunaGeorge).

Julie Bergan

A norueguesa, Julie Bergan, cresceu participando de concursos musicais e teatros na escola, então aprendeu muito sobre ser uma artista antes mesmo de ter a chance de brilhar para milhares de pessoas. Seu primeiro grande feito aconteceu aos 19, quando representou seu país no Eurovision, mas ainda que tenha saído sem o grande prêmio, ela conquistou um contrato com a Warner Music de lá, o que resultou no lançamento da maravilhosa “Younger”.


Seu single de estreia era uma bomba de efeito pop moral que, se estivesse nas mãos certas, poderia, facilmente, ser a sua “Wrecking Ball”. Mas, passados dois anos desde sua estreia, a música infelizmente não aconteceu, o que, de maneira alguma, a parou. Seus singles seguintes foram, então, a eletrônica “Fire” e um cover acústico de “Rude”, da banda MAGIC!, e eis que, em 2015, houve um grande acontecimento ou, como está no Spotify, uma música chamada “All Hours”. Se ela não acontecer em 2016, a gente promete não perder as esperanças.

Kacy Hill

Com um pop mais alternativo, mas que, vez ou outra, cai bem ao que funciona nas rádios britânicas, o som da americana Kacy Hill é daqueles que dificilmente conseguimos comparar com de outros artistas.

Ainda jovem, a ruiva tentou carreira como modelo e, em pouco tempo, atraiu a atenção de gente importante, mas seu empurrão definitivo veio mesmo de Kanye West, que a colocou pra dançar na Yeezus Tour e, mais tarde, pra assinar também um contrato com a gravadora G.O.O.D.


“Experience” foi um dos seus primeiros trabalhos de destaque, visto que integrou uma compilação americana da Kistuné, e desde então ela segue fazendo seu nome entre o público desse pop underground, com outras músicas fantásticas como “Arm’s Lenght” e “Foreign Fields”, do EP “Bloo” (2015).

Kiiara

Com apenas 20 anos, essa americana é o mais próximo que conseguimos chegar nessa lista do artista do futuro. Com um pop visionário, produzido por ela em seu próprio quarto, Kiiara bebe da fonte da PC music, dance, dubstep e R&B alternativo, enquanto, com muitos sintetizadores, nos apresenta uma mistura infalível, que vai do Skrillex à Ellie Goulding.


Até o momento, a menina possui apenas quatro músicas (“Gold”, “Feels”, “Say Anymore” e “Intentions”), sendo as duas primeiras singles oficiais, mas todas funcionam muito bem quanto a não nos deixar parados, enquanto também nos instigam por sua sonoridade do amanhã. Se te perguntarem como o pop soará no futuro, diga que será mais ou menos assim.

LÉON

Por mais que a Sia venha da Austrália, nosso berço favorito para artistas pop continua sendo a Suécia e o nome da vez é a LÉON que, desde o ano passado, vem conquistando seu espaço ao sol com um pop sofisticado e repleto de elementos que nos surpreendem a cada audição, bastante influenciado pelos anos 60 e 80, mas facilmente adaptável ao que escutamos com nomes como MisterWives e Clean Bandit nos últimos dois anos.


O single de estreia da moça foi “Tired of Talking”, num pop funky e tímido, que explode num refrão extremamente radiofônico, mas nossa favorita mesmo é a maravilhosa “Nobody Cares”, do seu primeiro EP, “Treasure”, que, em seu mar de sintetizadores, também nos lembrou de Carly Rae Jepsen (!) e CHVRCHES.

Miss Tati

Tatiana de Fatima Palanca Lopes Pereira é o nome de batismo de Miss Tati, uma cantora norueguesa de pais angolano, que tem chamado a atenção em sua terra natal e, ao que tudo indica, muito em breve estará também atravessando o oceano — e o quanto antes, no que depender de nós.


Sua sonoridade é um soul e R&B bastante dançante, nos remetendo a artistas como Janelle Monáe e Erykah Badu, enquanto um dos seus singles mais tocados no Spotify, “Don’t Let Go”, nos lembra também das parcerias do Mark Ronson com a Lily Allen (“Oh My God”) e Amy Winehouse (“Vallerie”). Ela ainda não tem nenhum disco lançado, mas os três singles revelados em 2015, “Don’t Let Go”, “Shakedown” e “Be Free”, já são o suficiente para não a queremos longe de nossos ouvidos tão cedo.

NAO

O que você faz se, após publicar algumas músicas no Soundcloud, atrai a atenção de algumas das maiores gravadoras do seu país? No caso da londrina, NAO (tudo em caixa alta mesmo), ela escolheu recusar todos os convites e, como muitos artistas da atualidade gostariam de ter a oportunidade, abrir o seu próprio selo.


Sob a Little Tokyo, sua gravadora, ela lançou então o EP “So Good” e, um pouco mais tarde, “February 15”, com um R&B que bebe muito do eletrônico, assim como a Seinabo Sey, que re-apresentamos no fim de 2015, e outros nomes mais conhecidos, como Janelle Monáe. NAO também possui uma colaboração com o Disclosure na maravilhosa “Superego”, do CD “Caracal”.

Noonie Bao

Na primeira vez que escutamos a sueca, Noonie Bao, foi por um enorme confusão. Acontece que a cantora faz uma participação numa música do Clean Bandit, lançada bem antes deles estourarem com “Rather Be”, e a canção se chama nada menos que “Rihanna”, daí já viu. A parte boa é que, passada a confusão, ficamos apaixonados pelo trabalho dela com o Clean e, mais tarde, em seu material solo também.


Ela já possui um disco lançado em 2012, “I Am Noonie Bao”, mas começou a chamar atenção mesmo com seu EP seguinte, “Noonia”, de onde extraiu maravilhas como “Pyramids”, “Criminal Love” e “Ninja”.

Pia Mia

Imagina só, você faz um cover de “Hold On, We’re Going Home”, do Drake, publica na internet e, repentinamente, descobre que a sua versão da música está bombando, porque tocou no fundo de um vídeo da Kim Kardashian com o Kanye West. Foi essa a inusitada história de ascensão da Pia Mia, uma americana descoberta pelo mesmo empresário do Chris Brown, Abou Thaim, e que teve o nome impulsionado por esse cover, presente no EP “The Gift”.


Atualmente trabalhando em seu disco de estreia, Pia Mia cresceu ouvindo artistas como Michael Jackson, Beyoncé e Mariah Carey, e pelo menos das duas últimas, parece ter herdado o interesse por esse R&B explosivo para as rádios, claramente notado em seus primeiros singles, “Fuck With You” e “Do It Again”, além do seu mais recente single, que utiliza da sensualidade ao lado da tendência do momento, tropical house, resultando num hit pronto em potencial, “Touch”. Nós diríamos que ela é quase uma versão branca da Tinashe.

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Se não bastassem esses novos artistas, esse ano também deve ser marcado pelo retorno de grandes nomes da música pop, o que faz dele algo realmente promissor para se pensar. Caso, assim como nós, você seja do tipo de pessoa que utiliza o Spotify e não se sente culpado por isso, pode escutar abaixo a nossa playlist com todos os artistas da lista acima. 

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