De Lorena Simpson ao Biu do Piseiro, conheça os artistas presentes no novo disco da Pabllo Vittar, “111 Deluxe”


Para o bem e para o mal, a cantora Dua Lipa se tornou referência quando o assunto são álbuns de remixes pelo recente “Club Future Nostalgia”, no qual revisitou seu último disco, “Future Nostalgia”, com releituras mixadas pela produtora The Blessed Madonna.


Em tempos de eras cada vez mais curtas — e engolidas — pelo timing dos streamings, a estratégia funciona para revitalizar o trabalho, aumentando a sua vida útil, bem como permitir que o artista ganhe mais tempo para explorá-lo através de novos singles, contando com outros exemplos recentes, como são os casos dos discos “1000 Gecs and The Tree of Clues”, da dupla 100 Gecs, e os EPs “SAFC Remixes”, da banda nacional Fresno.


Antes da dona de “Don’t Start Now”, quem já tirava essa ideia de letra no Brasil era a cantora Pabllo Vittar que, desde o seu primeiro álbum, aposta nas versões remixadas para oferecer outras perspectivas de suas músicas e, o mais legal, colaborar com inúmeros artistas e produtores independentes que encontram no seu álbum uma prateleira pra se lançarem ao mercado de massa.


“Vai Passar Mal: Remixes”, de 2017, antecipou inúmeros nomes que emplacaram hits posteriores na cena brasileira: Omulu, produtor de “Open Bar”, é o nome por trás de faixas como “Meu jeito de amar”, com Duda Beat, e “Tô te querendo”, com Luedji Luna; DKVPZ, que remixou “Então Vai”, lançou em 2019 o EP “Flvxo do Fvtvro”, com Kevin o Chris, e também assinou a produção de hits como “Kanye West da Bahia”, do Baco Exu do Blues; já Zebu, do remix de “Irregular”, casou tão bem com o som da drag, que co-compôs e produziu seus dois discos seguintes, incluindo hits como “Disk Me” e “Amor de quê”.



Dois anos depois, com o disco “Não Para Não”, a estratégia se repetiu. “NPN: Remixes” voltou a olhar para a nova cena brasileira e, desta vez, apresentou nomes como kLap, em evidência entre os nomes do chamado “brazilian bass” pela mistura de ritmos mundiais com os gêneros brasileiros, e o projeto musical O’Hearts, formado pelos músicos Pedrowl, Barbara Ohana e o ex-CSS, Adriano Cintra.


Já em seu terceiro disco de inéditas, “111”, Pabllo mantém a tradição e, na próxima quinta-feira (26), lançará a sua edição remixada, que teve sua capa e tracklist anunciadas nesta semana e, mais uma vez, repleta de participações especiais de artistas nacionais, independentes e em ascensão.



Substituindo nomes como Charli XCX, Ivete Sangalo e Psirico, presentes em sua versão original, a edição deluxe do disco “111” traz nomes como Jaloo, Lucas Boombeat, Getulio Abelha e Lorena Simpson, além da cantora e produtora Alice Glass, que provavelmente será um nome familiar aos que conheciam seu trabalho como ½ da dupla Crystal Castles.


De olho na tracklist que, certamente, dará uma nova cara — e som — para o mais recente trabalho de Pabllo, resolvemos aproveitar sua curadoria tão certeira de parcerias para mostrar um pouquinho do trabalho de cada um desses feats, te ajudando também a entender os elementos que esses poderão incluir nas músicas que escutaremos até o Spotify riscar pelos próximos meses.


POCAH (feat. em “Bandida”)

Lenda do funk, a cantora é mais conhecida por seu nome de outrora, “MC Pocahontas”, mas tem hits bem recentes como “Quer Mais?”, com a MC Mirella, e “Não Sou Obrigada”, que pegou no carnaval de 2019.



VERONICAT (feat. em “Parabéns”)

Com assinatura de remixes para artistas como Tropkillaz, Jaloo e Lucas Boombeat disponíveis em seu Soundcloud, Veronicat é uma estudante de engenharia elétrica que, quando a noite cai, assume a posição de DJ e produtora musical.



LUCAS BOOMBEAT (feat. em “Parabéns”)

Integrante do coletivo de rap Quebrada Queer, Boombeat lançou nesse ano o seu disco de estreia, “Nem tudo é close”, que também ganhou a sua própria edição de remixes altamente recomendada, com feats de Gloria Groove, BADSISTA e Noize Men.



A TRAVESTIS (feat. em “Tímida”)

Banda soterapolitana formada por uma mulher só, a compositora e vocalista trans Tertuliana Lustona, de 23 anos, é referência LGBTQ+ no meio do pagodão baiano, ainda dominado por artistas héteros e, em sua maioria, homens. Seu hit é a chiclete “Murro na costela do viado”.



JALOO (feat. em “Lovezinho”)

Com dois discos pra chamar de seu, “#1”, de 2015, e “ft.”, de 2019, o músico paraense talvez seja um dos nomes mais famosos dessa lista, seja por seus trabalhos solos ou pelas produções para outros artistas. Tem no histórico a icônica parceria com Deize Tigrona em “Injeção” e, em seus trabalhos mais recentes, sucessos como “Chega”, com Duda Beat e Mateus Carrilho, e “Céu Azul”, com MC Tha.



GETÚLIO ABELHA (feat. em “Amor de Que”)

Mais um oferecimento da música nordestina, Abelha é um artista músico-visual que tem como um dos seus pontos mais fortes a versatilidade e imensa paleta de referências que não ousa em aplicar nos seus trabalhos. Seu registro mais recente, “Sinal Fechado”, é mergulhadíssimo no cinema de horror dos anos 70 e 80.



TOMASA DEL REAL (feat. em “Salvaje”)

Presente no remix da espanhola “Salvaje”, a cantora e compositora Tomasa Del Real é autoridade quando o assunto é presença feminina no reggaeton e, principalmente, no subgênero “neoperreo”, que se movimenta pela inclusão de mulheres, LGBTQs e outros grupos minorizados na linha de frente da música latina. Seu trabalho mais recente é o disco “Bellaca del Año”, de 2018.



DJ ANNE LOUISE (feat. em “Flash Pose”)

Solta o som, The Blessed Madonna! Anne Louise é uma ex-pianista que largou o direito para se dedicar ao amor pela música eletrônica, onde tem seu público cativo. Além da música, é famosa pela alcunha “Missionary of Happiness”, traduzida livremente como “Missionária da Felicidade”, e pelo gosto peculiar para leques, frequentemente utilizado em suas apresentações.



LORENA SIMPSON (feat. em “Flash Pose”)

De bailarina da Kelly Key para um dos maiores nomes da música pop e eletrônica brasileira, Lorena Simpson foi uma das primeiras referências de diva pop aos moldes americanos para o público LGBTQ+ brasileiro, e isso lá em meados de 2008. Inspiração para artistas como Wanessa e até mesmo Anitta, com quem dividiu o palco em 2014, emplacou o hit “Brand New Day” na coletânea “Summer Eletrohits, Vol. 6”.



WEBER (feat. em “Clima Quente”)

Um dos produtores do hit “Corpo Sensual”, do disco “Vai Passar Mal”, Victor Weber é famoso por suas versões abrasileiradas para hits internacionais, incluindo o remix pisadeira de “New Rules”, da Dua Lipa, e a redenção de Justin Bieber ao forró em “Sorry”. Já viralizou ao ter músicas usadas em vídeos do humorista Whindersson Nunes e, no ano passado, veio a público desmentir suposto affair com a própria Pabllo Vittar e apoio ao governo Bolsonaro.



BIU DO PISEIRO (feat. em “Clima Quente”)

Cantor, produtor e compositorparaibense, Biu do Piseiro ou, como é chamado fora dos palcos, Guilherme Alexandre, também ficou famoso pelos covers e remixes, em sua maioria de hits do funk traduzidos para o forró e pisadinha, que é uma vertente do forró eletrônico, “sintetizado”. No Spotify, viralizou suas versões de músicas como “Vem me satisfazer” e “Surtada”.



CHEDIAK (feat. em “Ponte Perra”)

De São Paulo para a rede mundial de computadores, Pedro Chediak se autodenomina um “visual noise artist”, conhecido pelas produções que exploram do trap ao future bass, seja remixando hits do funk ou através de seus trabalhos autorais, lançados pelo selo fundado pelo próprio artista, Lost Boys, onde incentiva a criação de outros artistas independentes em ascensão.



LAYSA (feat. em “Ponte Perra”)

Revelação do rap lá em 2016, Laysa é natural de São Paulo e, através da música, traduz sua vivência enquanto mulher, negra e brasileira, com uma pegada que inevitavelmente nos teletransporta para o auge do rap feminino dos anos 90 e 2000, marcado por artistas como Lauryn Hill e Missy Elliott. Além do feat com Pabllo, neste mês ela também lança seu disco “Ghetto Woman”, apresentado pela faixa “Introducción Woman’s”.



ALICE GLASS (feat. em “Rajadão”)

Apesar da separação conturbada e, infelizmente, repleta de relatos de abusos por seu antigo parceiro de música, é impossível falar de Alice Glass sem mencionar a sua passagem pelo duo Crystal Castles, que ajudou a definir boa parte do chamado “witch house noise”, que nada mais é do que uma vertente alternativa e barulhenta do pop indie, ascendida no auge do surgimento de plataformas como o Soundcloud e essencial para a chegada de outras subvertentes, tal qual o atual hyperpop. Em carreira solo, lançou em 2018 seu EP de estreia, autointitulado, incluindo os singles “Without Love” e “Forgiveness”.



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“111 Deluxe” chega às plataformas de streaming nesta quinta-feira, dia 26 de novembro.

Cativeiro dos Blogueiros | O meu It Pop está morto, tens o que é necessário pra ressuscitar a minha equipe?

Quem conhece o It Pop, sabe que sempre estivemos dispostos a oferecer um conteúdo além do tradicional, discutindo a cultura pop além da música e propondo debates que vão do último single da Britney Spears aos privilégios usufruídos por artistas masculinos, cada vez mais fortes dentro das paradas mundo afora.

Todo esse conteúdo, por sua vez, exige mais do que criatividade, precisando do nosso amor ao tema e, obviamente, tempo, e é aí em que, enquanto pessoas reais por trás desses computadores, temos encontrado dificuldades para manter o blog tão atualizado o quanto – nós e vocês – gostaríamos.

Pra resolver essa situação da melhor forma possível, entramos em contato com Beyoncé, que nos sugeriu a criação de um cativeiro dos blogueiros, ou, melhor dizendo, uma seleção para novos redatores, na qual, sim, você pode participar.

Antes de mais nada, Queen B nos pediu para frisar que não se trata de nenhuma atividade remunerada, mas sim um hobby e, por isso, é importante que você não só domine o assunto, mas realmente goste do que irá se dispor a falar sobre.


E como isso funcionará, It Pop?

Basicamente, se você tem tempo livre, boa escrita, conhecimento sobre cultura pop (de Beyoncé à Dua Lipa) e muito, mas muito amor por esse universo, nos envie um email para contato@portalitpop.com, com o assunto “Cativeiro dos Blogueiros | Seu Nome”, nos contando um pouco do porquê acredita ser um bom nome para o que procuramos.

Todos os emails começarão a ser respondidos na primeira semana de dezembro. 

Tens o que é preciso para ressuscitar minha equipe? Então arrasa e manda logo a sua cartinha (er, email)!

Miley e Dua misturam sample de “Physical” de Olivia Newton-John e homenagens ao The Runaways no clipe de “Prisoner”

Prestes a lançar seu sétimo disco, chamado de “Plastic Hearts”, Miley Cyrus liberou nesta quinta-feira (19) o novo single do projeto, sua tão aguardada parceria com a Dua Lipa.


Misturando o melhor dos dois mundos, tal como Hannah Montana nos ensinou, “Prisoner” combina o glam rock da nova era de Miley com o disco pop de Dua Lipa e seu “Future Nostalgia”, que se faz presente na inserção do sample de “Physical”, da Olivia Newton-John. 


Já no clipe, Miley e Dua encarnam Cherie Currie e Joan Jett, integrantes da banda de rock feminina “The Runaways”, e referenciam também o filme “Rocky Horror Picture Show”, me meio à muita (quase) pegação e muito sangue (ou quase isso).




Com Midnight Sky e parcerias de Billy Idol e a própria Joan Jett, o Plastic Hearts chega na próxima sexta-feira, 27 de novembro.

3OH!3 está de volta e ao lado do 100 Gecs em “Lonely Machines”, primeiro single do seu sétimo disco


Você dificilmente viveu o final dos anos 2000 e comecinho dos 10’s sem ter cantado e dançado ao som de hits como “DONTTRUSTME”, “My First Kiss” e “Starstruck”, esses dois últimos contando com vocais delas que eram artistas revelações da época, Kesha e Katy Perry, e a assinatura mais do que perceptível deles: Sean Foreman e Nathaniel Motte, o duo 3OH!3.


Uma década e outros dois discos depois, “OMENS” (2013) e “Night Sports” (2016), eles estão de volta pra pegar o que é deles no auge dessa era em que se tornou socialmente aceito se dizer emo e, botando na mesma conta, reconhecendo a grandiosidade do que foi toda essa época “pop de MySpace”, que também revelou artistas como Cobra Starship, Forever the Sickest Kids, Cash Cash e, no Brasil, ainda Cine, Volk e Restart, pra citar algumas.


“Lonely Machines” é o primeiro single do 3OH!3 em quatro anos e, neste retorno, eles vieram acompanhados de Laura Les e Dylan Brady, do duo caótico 100 Gecs que, atualmente, faz com o pop a mesma virada de cabeça pra baixo que eles faziam lá em 2009, mas para os tempos atuais.


Um verdadeiro encontro de gerações, a música mescla o arranjo eletrônico que nos leva diretamente para a época dos outros hits citados com as camadas de vocais distorcidos já familiares aos fãs dos Gecs, ao exemplo de hits virtuais como “Money Machine”, “gec 2 Ü” e “Stupid Horse”.


Ouça “Lonely Machines”:


Após perder processo contra o The Sun, Johnny Depp deixa franquia “Animais Fantásticos”

Após perder o processo contra o jornal britânico The Sun, o ator Johnny Depp anunciou sua saída da franquia "Animais Fantásticos e Onde Habitam", em uma carta publicada no Instagram, nesta sexta-feira (6). Na carta, ele agradece os fãs que deram apoio durante todo esse período e alega estar saindo a pedido da Warner. O ator estava processando o jornal por tê-lo chamado de "espancador de mulheres", após um texto publicado por Amber Heard sobre violência doméstica em 2018.


"Em razão dos últimos eventos, eu gostaria de fazer esse breve anúncio. (...) Eu gostaria que vocês soubessem que a Warner Bros pediu para que eu deixasse o meu papel como Grindelwald em 'Animais Fantásticos' e eu respeitei e concordei com a decisão. Finalmente, gostaria de dizer [também] que o julgamento da corte do Reino Unido não irá mudar minhas motivações de contar a verdade e confirmo que entrarei com uma apelação", declarou.


A saída de Johnny Depp tem sido discutida por acionistas da Warner desde as primeiras acusações de agressão contra a atriz de "Aquaman". O anúncio de demissão nada mais é do que um reflexo da decisão do juiz britânico Andrew Nicol, referente ao processo contra o The Sun. O julgamento aconteceu em julho de 2020, mas só teve sua sentença divulgada nesta semana.


O casal está separado desde 2017. Posteriormente, no ano seguinte, Amber publicou um texto no jornal Washington Post, onde afirmava ter sofrido violência doméstica, mas sem citar o nome de Depp. Na época, o colunista Dan Wootton, do The Sun, chamou o ator de "Piratas do Caribe" de "espancador de mulheres" e questionou a escolha de J. K. Rowling, que o defendeu, para viver Grindelwald em "Animais Fantásticos e Onde Habitam 2".


Diante dos acontecimentos, Depp moveu dois processos, um contra o The Sun e outro contra Amber Heard, afirmando que as informações do texto eram falsas. O processo que chegou ao fim no começo desta semana foi contra o jornal britânico. Na decisão, o juiz afirmou acreditar em pelo menos 12 das 14 acusações de violência doméstica feitas por Heard.

É tudo o que a gente precisava: “Queer Eye” vai ganhar uma versão brasileira na Netflix

Sim! "Queer Eye", o reality show da Netflix que é muito mais que um makeover, irá ganhar uma versão brasileira em 2021! A novidade foi revelada com um vídeo bem divertido com o elenco original dizendo gírias do Brasil, na noite desta quinta-feira (5), durante o terceiro dia do Tudum, o festival da Netflix.  



Jonathan Van Ness, Antoni Porowski, Bobby Berk, Karamo Brown e Tan France apresentam o novo elenco com frases em português como "tudo para mim". Fred será o responsável por bem-estar, Guto ficará com design, Rica com estilo, Luca ficará com cultura e, por fim, Yohan ficará a cargo de beleza.


Os rumores da produção de uma versão brasileira do reality show são antigos. Inclusive, em fevereiro, foi confirmado que a nova versão iria acontecer por meio do podcast "Episódio", do jornal O Estado de S. Paulo. "Queer Eye Brasil" está previsto para chegar a plataforma de streaming em algum momento de 2021.

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