Dona da série, Sarah Paulson revela detalhes de sua personagem em "American Horror Story: Cult"


Sarah Paulson, atriz vencedora do Emmy em 2016, deu com a língua nos dentes e revelou spoilers sobre seu papel em "American Horror Story: Cult", sétima temporada da obra de Ryan Murphy para o canal FX. A revelação aconteceu na coletiva de imprensa da Associação de Críticos de Televisão na quarta passada (9). 

Paulson viverá Ally e será casada com outra mulher, Ivy, vivida por Alison Pill, que faz sua estreia na trama. Após entregar que as duas farão um casal lésbico, a atriz desconversou, afirmando “pode ser ou não verdade” (parece a gente quando fala o que não deve, né?). Na semana passada foram revelados os nomes de alguns personagens, onde podemos conhecer a Ivy, com uma faca em mãos numa espécie de frigorífico.


Spoilers à parte, a cada semana o sétimo ano do show vem ganhando novos detalhes. Apesar de Ryan Murphy ter afirmando há meses que o tema da temporada é sobre a eleição de Trump nos Estados Unidos, o produtor executivo da série, Alexis Martin Woodall disse, em entrevista: “diria com honestidade que, quando Ryan havia anunciado originalmente que a temporada lidaria com Trump, é mais sobre o que está acontecendo no mundo que nos rodeia”. Ou seja, quando achamos que sabemos de alguma coisa, eles mudam tudo! A fala de Woodall aponta para um temporada que reflita sobre a sociedade americana que chegou ao ponto de eleger Trump? Talvez. Vamos acompanhando as pistas até 6 de setembro, quando "American Horror Story: Cult" estreia no Brasil. 

“The Handmaid’s Tale” leva os maiores prêmios do TCA Awards 2017 e choca ninguém


Na noite do dia 5 aconteceu o TCA Awards (Television Critics Association Awards), prêmio da crítica especializada, que reúne críticos americanos e canadenses para julgar obras da televisão. O prêmio é considerado um esquenta para o Emmy e os vencedores do TCA saem à frente para a grande noite que acontece em setembro. 

Esse ano “The Handmaid’s Tale” (Hulu) foi a grande vencedora (avisamos que essa série é foda, não é?) com os prêmios de Série do Ano e Melhor Drama e, se tudo continuar assim, a série baseada no Conto de Aia de Margaret Atwood, pode sair vitoriosa do Emmy. Outro destaque ficou para “Atlanta” (FX) com os prêmios de Melhor Comédia e Melhor Atuação para Donald Glover. A série entrou no nosso radar e vamos com certeza prestar mais atenção.

Carie Coom fez história ao ser consagrada com o prêmio de Melhor Atuação em duas séries! A atriz levou a estatueta por “The Leftovers” e “Fargo”, um feito e tanto! Além dessas, "This Is Us" e "Big Little Lies" também merecem atenção; a primeira ganhou em Melhor Nova Série e a segunda em Melhor Minissérie.

Carie Coom em "The Leftovers" e Donald Glove em "Atlanta"

Abaixo você confere os vencedores da noite. Aproveita pra ficar de olho e já vai assistindo algumas, pois depois do Emmy não dá pra reclamar de spoiler por aí. 

Série do Ano
Atlanta
Big Little Lies
Stranger Things
The Handmaid’s Tale 
The Leftovers
This Is Us

Melhor Drama
Better Call Saul
Stranger Things
The Americans
The Crown
The Handmaid’s Tale 
This Is Us

Melhor Ator ou Atriz em Drama
Sterling K. Brown, This Is Us
Carrie Coon, The Leftovers e Fargo 
Claire Foy, The Crown
Nicole Kidman, Big Little Lies
Jessica Lange, FEUD: Bette and Joan
Elisabeth Moss, The Handmaid’s Tale
Susan Sarandon, FEUD: Bette and Joan

Melhor comédia
Atlanta 
black-ish
Fleabag
Master of None,
The Good Place
Veep

Melhor Ator ou Atriz em Comédia
Pamela Adlon, Better Things
Aziz Ansari, Master of None
Kristen Bell, The Good Place
Donald Glover, Atlanta 
Julia Louis-Dreyfus, Veep
Issa Rae, Insecure
Phoebe Waller-Bridge, Fleabag

Melhor Minissérie
Big Little Lies 
Fargo
FEUD: Bette and Joan
Gilmore Girls: A Year in the Life
The Night Of
Wizard of Lies

Melhor Nova Série
Atlanta
The Crown
The Good Place
The Handmaid’s Tale
Stranger Things
This Is Us

Melhor Programa não Roteirizada
The Circus, Showtime
The Great British Baking Show
The Keepers
Leah Remini: Scientology and the Aftermath 
Shark Tank
Survivor: Game Changers

“New Rules”, da Dua Lipa, é o primeiro #1 feminino do ano no Spotify britânico

Os números não nos deixam mentir: as novas regras de Dua Lipa estão sendo seguidas.

Dois meses após a estreia de seu primeiro álbum, autointitulado, a cantora assumiu o topo do Spotify do Reino Unido nesta semana, com o hit “New Rules”, e agora se tornou a primeira artista feminina a conseguir tal feito neste ano como uma artista principal, em tempo que desbanca faixas como “Wild Thoughts”, do DJ Khaled e Rihanna, e “Despacito”, do Luis Fonsi com Daddy Yankee e Bieber.

Album Review: a salvação do pop acontece no primeiro álbum de Dua Lipa



Na décima-primeira posição do Spotify globalmente, “New Rules” deve contar com uma ascensão ainda maior pelas próximas semanas, como consequência de seus últimos ganhos, e todos esses streamings deverão ter um reflexo positivo em paradas como a UK Charts, onde já se encontra no top 5, e Billboard Hot 100, que somam ainda o impacto da faixa em vendas.

Nosso rolê: vai ter uma festa especial Dua Lipa em SP

Há alguns dias, nós antecipamos essa ascensão de Dua Lipa por aqui e, na busca por representatividade feminina nas paradas e música pop mundial, é simplesmente maravilhoso que isso esteja acontecendo com uma faixa como “New Rules”, que não só é uma música radiofônica, mas também carrega uma importante mensagem em sua letra.

Já seguiram as novas regras hoje?

A era clean de Miley Cyrus continua em "Younger Now", seu novo single que chega nessa sexta

Tem álbum novo da Miley Cyrus vindo aí e, onde tem álbum, tem single. Sucedendo "Malibu", a cantora resolveu apostar na faixa-título do material, "Younger Now", e vai lançá-la nessa sexta-feira, 18 de agosto. 

Como o nome da canção remete a juventude, não poderia ser diferente: Miley definiu como capa uma foto de sua infância. Ela ainda avisou, por meio de um textão no Instagram, que o clipe também chega nessa sexta-feira, juntinho com a música, e aproveitou para se desculpar por não ter comparecido ao Teen Choice Awards 2017, que aconteceu neste domingo, 13 de agosto, onde ganhou o prêmio The Ultimate Choice Award. 


To my dearest fans & all of those watching @teenchoicefox ! I want to say thank you from the very bottom of my heart for presenting me with #TheUltimateChoiceAward ! I am beyond bummed I couldn't make it to the show as I had every intention of being there to accept and celebrate this honor! I created an unrealistic schedule for myself which leads me to this announcement! I've been tryin to keep the secret but I can't hide it any longer! My new single / music video #YoungerNow will be dropping this Friday , Aug 18th & I am sooooooo EXCITED to share it with all of you! I hope to always make people smile and shine light thru my work! I look forward to making music for the rest of my life and I'm thankful everyday for those who listen! I am sending so much love and peace into the world right now because THATS what we need most! Love Love & more LOVE! ❤️💙💚💛💜❤️💙💚💛💜
Uma publicação compartilhada por Miley Cyrus (@mileycyrus) em

Se com "Malibu" e "Inspired" a ex-Disney mostrou que estava mesmo disposta a resgatar as origens country da família, com essa música, que traz como capa uma foto da pequena Miley do Tennessee, nós apostamos que o ritmo pode realmente marcar presença. Parece que, depois de Lady Gaga e Kesha, o country é o novo pop.



A americana tem apresentação marcada no Video Music Awards, que acontece no dia 27 de agosto. Por lá, ela está indicada pelo lead single, mas deve cantar a nova música de trabalho. "Younger Now", o disco, chega um mês depois dessa performance, no dia 29 de setembro. 

A volta dos que não foram: Justin Bieber retorna nessa sexta-feira com "Can We Still Be Friends"

Cansado de Justin Bieber? Se sim, sentimos te informar que ele parece não estar nem um pouco cansado e sim mais do que pronto para fazer seu verdadeiro comeback. Depois de lançar diversas parcerias que o mantiveram no topo dos charts mundo afora enquanto "descansava", o canadense mandou avisar que sexta-feira, 18 de agosto, lançará um novo single chamado "Can We Still Be Friends" – e parece que a música é produzida por um dos The Chainsmokers.

Há um tempo atrás, caiu na internet uma prévia da canção que, segundo rumores, seria uma parceria entre o cantor e o duo eletrônico. Parece que, na verdade, o novo single é apenas produzido por um deles, o Andrew Taggart (caso você não saiba quem é quem, é aquele que fica se pegando com a Halsey no clipe de "Closer"). Considerando a produção da faixa, a gente não se surpreenderia nem um pouco se ela fosse uma "Closer" 2.0 e também não vamos ficar surpresos se, ainda assim, ela hitar (porque vai).



Gore ou queremos? Vocês decidem.


Não nos levem a mal, a gente adora as músicas do Justin Bieber, mas será que ele já não está um pouquinho saturado? Será que ele não deveria tirar umas férias, ainda mais agora que ele cancelou uma turnê? Deixamos esses questionamentos pra vocês. #Reflexão

Atualmente no topo da Billboard Hot 100 por 13 semanas consecutivas com "Despacito", parceria com o Luis Fonsi e o Daddy Yankee, Justin Bieber pode se substituir no topo do chart, já que o hit latino ainda tem força para ocupar a #1 posição nas próximas atualizações. Talvez possamos ser salvos por Rihanna, DJ Khaled e sua "Wild Thoughts". Talvez. 

Os melhores lançamentos da semana: Kesha, Gabrielle Aplin, Fifth Harmony, Ella Eyre e mais

Nada foi a mesma coisa após junho de 2015, quando as gravadoras e plataformas de streaming se uniram para a chamada New Music Friday: um dia global de lançamentos com artistas de todos os gêneros nas principais plataformas pela rede mundial de computadores.

Ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, nós religiosamente corremos para o Spotify, pra sabermos quais são as novidades mais interessantes da semana, sejam elas de artistas  novos ou consolidados, e reunimos todas nesta playlist que, sendo assim, é atualizada semanalmente.




Apesar de todas as músicas acima serem 10/10, vale ressaltarmos que as melhores das melhores se encontram no topo da lista.

Caso se interesse em ler mais sobre as faixas escolhidas, aqui vamos nós, e não deixe de nos seguir pelo Spotify!

O QUE TEVE DE BOM


👍 Esse momento é seu, menina mulher! Kesha finalmente está de volta e com o álbum da sua carreira. Foi difícil escolher nossa favorita do "Rainbow", mas depois de algumas ouvidas ficamos com "Boots", onde a velha Kesha encontra a nova – e é incrível.  

👍 Gabrielle Aplin pode não ser conhecida, mas conseguiu fazer algo que muita gente grande não tá conseguindo por esses dias: lançar algo refrescante e diferente da maioria, como sua "Waking Up Slow". Ponto pra ela.

👍 As coisas andavam meio estranhas nessa nova era do Fifth Harmony, mas uma luz no fim do tunel apareceu e ela, ironicamente, se chama "Angel". Produzida por Skrillex e Poo Bear, a música é tudo que nós queremos ver o quarteto fazendo nessa fase e conseguiu nos fazer esquecer que "Down" algum dia existiu.  



👍 O novo single da Ella Eyre com participação do Ty Dolla $ign, "Ego", parece algo que a Zara Larsson faria, o que só pode significar que a música é realmente boa.  

👍 Talvez você conheça a Stefflon Don de "Instruction", do Jax Jones com a Demi Lovato, mas ela é uma rapper muito boa e que merece sua atenção nas suas próprias músicas. Comece por "Hurtin' Me", com o French Montana

NÃO PODE SAIR SEM OUVIR




Ouça e siga a playlist “It’s Nü Music Friday” no blog:

Zendaya é a estrela do clipe de "Versace On The Floor", do Bruno Mars

Bruno Mars gosta de uma surpresa! Enquanto todos nos dividíamos entre Game Of Thrones e Teen Choice Awards, o cara aproveitou pra liberar o clipe da sua nova música de trabalho, "Versace On The Floor", que tem a participação de ninguém mais, ninguém menos do que o ícone da nova geração, Zendaya.

Com muita cara de anos 90, a produção trás o cantor em um quarto de hotel cheio de luzes enquanto toca um piano e  canta sua musica, enquanto a atriz aparece no quarto ao lado se sentindo toda dentro de seu vestido Versace reluzente.




Vale lembrar que além de atriz e participante de clipes do Bruno Mars, Zendaya tem uma carreira de cantora e lançou seu primeiro e único disco lá em 2013. O material, autointitulado, segue um pop e R&B dançante e que combina bastante com a garota, que também sabe dançar muito bem. No ano passado, ela até ensaiou sua volta com "Something New", mas não foi pra frente. Zendaya não tem feito muitos projetos na música e está se dedicando mais ao cinema, estrelando recentemente "Homem-Aranha - De Volta Ao Lar", mas vamos aproveitar esse post pra pedir, por favor, pra que ela lance mais um disco. TÁ ME OUVINDO, QUERIDA?



"Versace On The Floor" é o terceiro single do "24K Magic" e sucede os mega hits "That's What I Like" e a faixa-título. Em novembro, Bruno chega ao Brasil para cantar esses e outros hits em 4 shows lotadíssimos. Quem vamos?

Crítica: a corrida para achar sua cara metade no estranho "O Lagosta" pode salvar sua vida (ou não)

Caso você não acompanhe os noticiários, a Grécia vem passando por uma crise econômica há alguns anos. Longe daqui querer explicar de forma técnica e detalhista os motivos para o caos financeiro grego. Todavia, de forma bem superficial (e ainda assim tediosa), o berço dos jogos olímpicos deve bilhões de Euros, causando um profundo déficit de orçamento e desconfiança no mercado internacional. E olha que lá habita apenas 11 milhões de habitantes – o Brasil tem, aproximadamente, 18 vezes esse contingente populacional.

E crise financeira é motivo pra tirar o sono de um país – nós bem que estamos entendendo, mesmo não chegando perto da Grécia. Só que, numa forma bem paradoxal, a República Helênica tem um mercado em plena expansão: o cinema. No nascimento deste novo século, o “novo cinema grego” virou celeiro de produções cada vez mais mirabolantes, provocativas e polêmicas.

O grande pontapé para essa onda aconteceu em 2009 com “Dente Canino”, de Yorgos Lanthimos. O longa, que venceu diversos prêmios mundo afora e foi indicado ao Oscar de “Melhor Filme Estrangeiro” (infelizmente perdendo), conta a história de uma família formada pelo pai, mãe e três filhos, sendo um rapaz, o mais velho, e duas garotas. A enorme casa, afastada do mundo, é a redoma de vidro dos filhos: eles nunca saíram de lá.

Tudo o que eles conhecem da vida foi ensinado pelos pais, que deturpam o real significado das coisas. Por exemplo: para eles, um avião passando pelo céu não é um avião passando pelo céu, é um brinquedo prestes a cair – e a mãe, às escondidas, joga um avião de brinquedo no meio do jardim para a alegria dos filhos.

Existem na casa algumas regras básicas. Os filhos não podem ultrapassar a enorme cerca, pois o mundo é cruel e facilmente pode os matar. Eles só poderão sair pelo portão quando o dente canino cair – ou seja, jamais, já que a dentição de leite há muito tempo se fora, antes mesmo de os filhos desejarem sair dali – coisa que eles não desejam. Toda aquela disfuncional realidade funcionava muito bem até que o pai, preocupado com os impulsos sexuais do filho, traz regularmente uma empregada de sua empresa para fazer sexo com o rapaz. A entrada desse corpo estranho na casa vai arruinar a paz de outrora.


Bizarro, não? Pois é, é assim que a nova safra grega vem despontando. Em 2015 tivemos outro exemplar grego para se unir ao freakshow, “O Lagosta”, também de Yorgos Lanthimos. O longa se passa numa realidade paralela, onde é terminantemente proibido ser solteiro. David (Colin Farrell), coitado, perdeu a mulher a para outro homem, o que faz o governo bater à sua porta em meio à dor para retirá-lo da Cidade e levá-lo até o Hotel. Lá, ele tem 45 dias para encontrar um par; caso falhe, ele virará um animal à sua escolha e será solto na floresta.

É isso aí. Ao chegar no Hotel, ao lado de Bob, seu irmão, que foi transformado em cachorro por não conseguir encontrar um amor, David passa por um criterioso questionário, que pergunta seu status atual e qual tipo de relacionamento ele deseja, hétero ou homossexual. “Não pode ser bissexual? Eu fiquei com um cara na escola uma vez”, pergunta ele. Infelizmente a resposta é não. Já nos primeiríssimos segundos o roteiro de Lanthimos, indicado ao Oscar de “Melhor Roteiro Original”, debocha da padronização do amor que impomos à pessoa do macho. Meio cabisbaixo David aceita “ser hétero”.

Logo depois o nosso protagonista recebe a visita da Gerente do Hotel (Olivia Colman), que explica algumas regras básicas do local, como a proibição de masturbação e a extensão da estadia: um dia a mais por cada Solitário (ex-hóspedes que fugiram para a Floresta e lá vivem clandestinamente – e solteiros) que ele caçar com dardos tranquilizantes. No fim, pergunta qual animal David gostaria de ser transformado caso falhe: uma lagosta.

“Excelente escolha”, parabeniza a Gerente, enfatizando que poucas pessoas escolhem animais “incomuns”. Esses primeiros minutos conduzidos em intimidade com David nos coloca como cúmplices daquela situação, pois vamos, juntamente com o personagem, aprendendo e nos adaptando a toda aquela estranheza, além de, evidentemente, nos perguntar o que faríamos ali.


Antes de sair, a Gerente prende a mão direita de David na parte de trás do cinto. “Para você ver como é ruim não ter ajuda”. Começa aqui o show insanamente artificial de manipulações do Hotel para provar por A + B que ser solteiro é uma maldição. Outros métodos nada sutis são encenações para os hóspedes de situações corriqueiras, colocando em xeque a importância de ter alguém do seu lado. Num momento vemos um funcionário do Hotel no palco em duas situações. A primeira, “solteiro”, o mostra comendo, se engasgando e morrendo. Na segunda, “com alguém”, mostra a mulher correndo e conseguindo fazê-lo respirar. Viu? Ser solteiro vai te matar.

Por se tratar duma realidade muito absurda, “O Lagosta” adota uma narrativa fabulesca e surreal, narrada em tom de ironia e com uma trilha sonora estrondosa, exagerada e gritante, que vai de encontro com a loucura da película ao não medir esforços em soar gigante e histriônico. É tudo fora do comum, desde os momentos em câmera lenta, ovacionando a violência das caçadas de forma poética, até os personagens. As atuações são nem um pouco naturalistas, afinal, há nada de “natural” naquela realidade. Há um forte teor mecânico, ensaiado e desconfortável nos personagens, vítimas de um sistema opressor que os obriga a “serem felizes”, além de forçar de maneira quase ufanista a máxima “ser solteiro é ruim”.


É válido pontuar a falta de nomes para os personagens, com exceção do protagonista. Todos os outros são designados a partir de características físicas e sociais, tornando ainda mais impessoal e distante o processo de romantismo. Isso nada mais é que uma versão hiperbólica da nossa própria realidade. Vivemos num sistema onde você necessita ser feliz, e só pode ser feliz ao lado de alguém. Ser feliz sozinho é algo estranho. Não querer casar? Nossa!, como pode? Você não pensa no futuro? E quando virar velho, vai viver sozinho? E filhos? Eles são uma dádiva, você só é completo como ser humano depois de filhos!

Esse processo pode ser chamado de expansão dialética (o mesmo efeito visto no recente - e magistral - "Peles"): é o exagero de algo para mostrar como o objeto escolhido tem irregularidades, e Lanthimos é mestre nisso – “Dente Canino” e “Alpes” (2011), os dois filmes anteriores a “O Lagosta”, se utilizam do mesmo processo, sendo usado de forma mais incisiva neste novo. Exagerando o desespero constante para achar a cara metade em algo que pode te transformar num animal, o diretor mostra que talvez nós estejamos fazendo as coisas da maneira errada.


A própria ideia em ser transformado num animal revela muito. O ápice dessa busca desenfreada acaba nos transformando em animais dispostos a tudo para alcançar o “amor”, literalmente saindo à caça de outros seres humanos que simplesmente preferem estar felizes consigo mesmos. E a maneira forçada que nos levamos a buscar alguém é quase o instinto animal de procriação: bate o sistema interno e lá vão eles atrás do acasalamento. No filme, um dos personagens, interessado numa mulher que sofre com sangramentos nasais, passa a bater seu nariz em qualquer coisa para também sangrar. Só assim eles serão realmente compatíveis.

Novamente é o filme nos levando ao extremo, mas não é muito difícil encontrarmos casais que se moldam só para se encaixarem, mesmo que isso custe um preço alto demais. Somos mais que relacionamentos mentirosos, ou pelo menos deveríamos ser – e é essa a cruz de David, que um dia percebe que é muito mais difícil fingir que você tem sentimentos quando não tem do que fingir que não tem sentimentos quando os tem.

Na segunda metade do longa, David foge para a Floresta, onde decide viver solteiro junto com os Solitários. Mas a Floresta também tem suas regras. É terminantemente proibido qualquer tipo de ligação amorosa, contato sexual ou qualquer atividade do tipo. Você é obrigado a cavar uma cova, que será usada quando você morrer. É o êxtase do “viver juntos, morrer sozinho”. Porém David conhece a Mulher Míope (Rachel Weisz) e se apaixona, algo completamente contra as regras. A Chefe dos Solitários (Léa Seydoux) começa a perceber a aproximação dos dois, o que acarretará em complicações na relação.


Ao sairmos do Hotel e chegarmos à Floresta, o ritmo do filme muda, pois as realidades são conflitantes. Na Floresta podemos ter deslumbres maiores do mundo onde os personagens vivem: David, Mulher Míope, Chefe dos Solitários e o Nadador Solitário vão ocasionalmente à Cidade para comprar suplementos e visitar os pais da Chefe dos Solitários, que acreditam na fachada da filha. Ela seria casada com o Nadador Solitário e David com a Mulher Míope – encenação que estes dois começam a gostar cada vez mais, o que, na mesma proporção, vai enfurecendo a Chefe dos Solitários.

Se de um lado os hóspedes do Hotel caçam os Solitários, estes decidem se vingar de maneira hilária: vão até o hotel e começam a criar intrigas nas relações: Chefe dos Solitários invade o quarto da Gerente do Hotel e seu marido, amarrando a mulher e apontando uma arma na cabeça do homem. “Numa escala de 1 a 15, o quanto você ama essa mulher?”, pergunta a Chefe. “14”, responde o homem, uma marca “impressionante”. Então ele tem que escolher levar um tiro ou atirar na mulher. Ele escolhe atirar na esposa. A arma, para seu espanto, não estava carregada, porém é tarde demais. O marido escolheu tirar a vida da mulher. A discórdia estava plantada.


Dentro de todos os trunfos de “O Lagosta”, um dos mais gritantes são as atuações. Todos os atores estão tão imersos dentro da realidade daquela distopia que conseguem se descaracterizar com louvor, principalmente Colin Farrell e Rachel Weisz, ambos portando um tom cômico, delicado e quase infantil, o que cria química imediata entre os dois. Léa Seydoux (de “Azul é a Cor Mais Quente”, 2013), que há muito tempo comprovou ser uma das atrizes mais talentosas da nossa geração, está brilhante no ríspido papel, chegando a soar amedrontadora e calculista, mesmo com traços dóceis. E o que dizer de Olivia Colman genial no papel da Gerente? A atriz consegue compor uma personagem irônica, divertida e que acredita piamente que aquela realidade é correta. Mesmo com poucos momentos em tela, Colman rouba as cenas em que aparece.

“O Lagosta” é uma obra-prima visualmente estonteante, daqueles filmes que dá gosto assistir pelas belíssimas imagens, o contraste perfeito para toda a bizarrice das situações. Exemplar irretocável do humor negro e, por que não?, do cinema de romance, a obra já nasceu com cara de clássico cult. Mesmo sendo o primeiro filme do diretor falado em inglês, claramente visando maior visibilidade no mercado, este deve em nada aos seus filmes anteriores, vindo sempre autoral e com a essência do cinema “lanthimosiano”, a alegoria metafórica que vem para cutucar e incomodar, algo que muitos diretores perdem ao saírem de suas terras-natais para se aventurar em filmes comerciais.

Mas afinal, qual animal você escolheria? (O site do filme criou um teste - em inglês - para você descobrir qual animal seria caso fracassasse em conseguir um amor para chamar de seu. Aqui deu pinguim. Sério).

Fomos ao show de lançamento de “Unlikely”, álbum novo do Far From Alaska, e foi do caralho

A banda de Natal subiu no palco do Z, em São Paulo, um pouco depois da meia noite de quinta (10) para a sexta (11). O baixo e a bateria da introdução de Cobra preencheram o salão daquela esquina lotada de Pinheiros. O público estava atento, mas não esperava a paulada que seria o resto do show.

Cobra abre o Unlikely, álbum lançado no dia 4 de agosto, e foi a escolhida para abrir o primeiro show solo da banda com o novo “filho”, como colocou o guitarrista, Rafael Brasil. “É muito louca essa coisa de botar um filho no mundo”, ele brincou entre duas músicas. Era uma noite de descobertas para os fãs e para a banda.

Assim que Cobra acabou, Emmily Barreto, que cuida dos vocais do Far From Alaska soltou a informação que mudaria o rumo do show. O Unlikely seria tocado na íntegra, na ordem e com um comentário sobre o processo de criação de cada faixa. O público foi à loucura, ir ao lançamento de um álbum é uma coisa, ouvir um álbum na íntegra ao vivo é uma experiência completamente diferente - vale dizer que essa também foi uma novidade para a banda, que está acostumada a emendar músicas e não fazer tantas pausas no show.



A segunda música do Unlikely, Bear, era a próxima a ser tocada, e quando Emmily cantarolou o refrão em seu microfone, a casa lotada continuou, dando um belo de um susto na banda: “EITA PREULA!”, Cris Botarelli, tecladista e vocal do FFA comentou rindo. O show seria uma porrada, um soco no estômago.

Não teve um minuto no show inteiro que alguém ficou parado. Em entrevista recente, as meninas da banda disseram que esse CD também é para dançar. Com certeza, é. Flamingo, Pig (que para a banda é uma música que lembra uma fazenda na praia) e uma das favoritas do público, Pelican, são as provas disso. Mas não se engane que a banda perdeu suas raízes, o roqueirão pesado ainda está presente.

O primeiro moshpit apareceu no meio da pista na hora de Pizza, a única música do álbum que tem coisas, ou melhor, uma coisa em português. Pizza brinca com o questionamento que rola com a banda desde o começo: “‘Por que vocês cantam em inglês?’ ai colocamos uma palavra em português, a nossa palavra favorita, que é praia” disse Emmily antes da música começar. E todo mundo cantou junto “Praia means beach. Beach means praia”.

Depois veio Armadillo e Rhino, que tem até uma homenagem para a diva Whitney Houston. O CD se encerra com Coruja, a única música que tem o nome em português, porque, segundo a banda, Owl é uma palavra que soa muito estranha. Nada mais justo.

Mas isso não significa que o show acabou por aí, antes de começar a tocar uns sons antigos, Edu Filguera, baixista, contou como que eles são amigos e estão o tempo todo com outras bandas. Quase que para comprovar isso, a banda tocou as primeiras estrofes de Abraço, do Medulla, e Sol da Manhã, do Supercombo, acompanhados pelo público. Depois, tocaram três músicas do seu primeiro álbum, o Modehuman, de 2014, e entre elas a queridinha Dino Vs. Dino.

O Far From Alaska mostrou que quando sobe ao palco, sobe para quebrar tudo. E quebra. Foi quebradeira, porradaria, um soco no estômago. Mas um soco dos bons.

O Fifth Harmony do clipe de "Angel" é o Fifth Harmony que queremos ver

As meninas do Fifth Harmony decidiram mostrar a que vieram e recolocar nossa fé nessa era ao lançar o buzz single "Angel", e se desde de que escutamos a música pela primeira vez nós já sonhamos com ela virando o novo single, hoje, 11 de agosto, com o lançamento do seu clipe, nós estamos implorando para que elas trabalhem a faixa, que o hit é certo. 

O vídeo é bem simples e mostra um cara dormindo e, em seus sonhos, vê as garotas sensualizando bastante em meio a um jogo de luz e projeções, provando que não são anjos coisa alguma. Apesar de não ser uma mega produção, o clipe tem essa cara urban pop, a atual proposta do Fifth Harmony, combina com as meninas e, sim, finalmente trás alguma identidade e autenticidade para esse novo trabalho. 


A Ally tá mais parecida com a Ariana Grande que a própria Ariana Grande. Socorro! 

Apesar dos nossos pedidos, "Angel", faixa produzida por Skrillex (!) e Poo Bear (!), os caras por trás do "Purpose" do Justin Bieber, não deve mesmo ser o segundo single. Segundo rumores, "He Like That" está confirmada como sucessora de "Down" e já teria seu clipe gravado. 

Outros rumores sobre as faixas do CD dizem que, além de "Angel", Skrillex e Poo Bear produziram outra canção para as meninas, "Messy", e que esta soa bastante como algo do Pussycat Dolls, como "Stickwitu". "Bridges" falaria sobre problemas do mundo, como "We Are The World", enquanto "Lonely Night" deve ser bem empoderadora e falar sobre se satisfazer sozinha. "Deliever" cumpre a cota R&B do projeto e traz um som que lembra as Destiny's Child. 

O terceiro disco da girlband, chamado de "Fifth Harmony", chega no dia 25 de agosto. 

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