O nosso lançamento da semana é "Switch", de Iggy Azalea com Anitta

Finalmente nós podemos dizer que a carreira internacional de Anitta começou, mesmo que timidamente. A parceria da rainha do pop brasileiro com a Iggy Azalea, "Switch", chegou hoje (19) e tudo o que queremos é seguir gritando por todos os cantos "Lula presidente!" "QUE HINOOOO!".

"Switch" é a melhor música que a australiana lança em muito tempo e com maior potencial para hit desde "Black Widow". Iggy parece estar bastante confortável com essa roupagem mais pop chiclete, e a participação de Anitta, ainda que pequena, é certeira. A carioca já havia confirmado para a MTV Brasil que cantaria apenas o refrão da canção, mas isso não nos impede de ficar querendo mais.



RED LIGHT, YELLOW LIGHT, GREEN LIGHT, SWITCH!

Um videoclipe para a faixa já foi gravado e contará com a participação da brasileira que, além aparecer na produção, cantará com Iggy em pelo menos um programa de TV. Vai ter divulgação com a Anitta SIM!

"Switch" é o segundo single oficial do novo disco de Iggy Azalea, a quase lenda urbana "Digital Distortion", previsto para o início de junho. 

Com "The Way I Are (Dance With Somebody)", Bebe Rexha está pronta para tentar mais uma vez

Em meio a tantos lançamentos dessa sexta-feira (19), nós precisamos tirar um momento para divulgar enaltecer Bebe Rexha. Depois de lançar a primeira parte de seu disco de estreia, "All Your Fault Pt. 1", a cantora abre os trabalhos da segunda metade do material com a divertida "The Way I Are (Dance With Somebody)".

O novo single é uma parceria com o rapper Lil' Wayne que, diferente da primeira parte de seu álbum, segue uma linha menos urban e mais pop dançante. Com sample de "Dance With Somebody", da Whitney Houston, a música é gostosinha e, mesmo sendo muito linear, tem potencial, com a repetição de "I just dance with somedoby" grudando desde a primeira ouvida.

Apesar de termos sentido falta de uma explosão, como em "I Got You", "The Way I Are" faz justiça ao clássico da Whitney.

 
É agora o verdadeiro smash? A gente espera que sim!

O "All You Fault Pt. 2" chega no segundo semestre desse ano.

Crítica: "Corra!" não é uma nova abordagem no terror, mas uma brilhante discussão sobre racismo

Indicado aos Oscars de:

- Melhor Filme
- Melhor Direção
- Melhor Ator (Daniel Kaluuya)
- Melhor Roteiro Original

Crítica editada após os indicados ao Oscar 2018

Atenção: a crítica contém spoilers.

É bem interessante notar como os filmes de terror são aceitos de forma diferente pelo público. Basicamente, o que é necessário para um longa do gênero ser considerado “bom” é que ele, de alguma maneira, assuste. Não cabe ao horror a função de conscientizar, de debater, enfim, de ter uma postura mais séria. É basicamente a diversão gerada pelo medo seguro do lado de cá da tela.

Há, claro, exemplos de “horrores” que assumem a responsabilidade de discutir algo relevante, como “A Bruxa”, que, no fim das contas, é um filme sobre libertação feminista. É difícil notarmos essa premissa, já que estamos acostumados a esperar simplesmente os sustos diante de um longa de terror, porém, só há o que elevar esse gênero tão massacrado quando ele se posta em posição de debates socialmente relevantes – algo que o drama é quase condicionado a fazer.

O terror sensação de 2017 é “Corra!” (Get Out), que desde a estreia no Festival de Sundance, em janeiro, causou tsunami de hype pelas críticas acaloradamente positivas: até o momento a obra tem nota “universalmente aclamada” no Metacritic e 99% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes – na ranking geral, “Corra!” é o 4º melhor filme da história no site. Para qualquer filme seria um feito e tanto, para um terror, é história sendo feita. Claro, a tabela do site é construída a partir de dados puramente quantitativos, então não, “Corra!” não é uma obra-prima revolucionária para ser o 4º melhor na história – no Metacritic ele é o 12º melhor de 2017 até agora, algo mais próximo do real.

Imagem: Divulgação/Internet
Com prestígio crítico garantido – e o comercial também; a produção já arrecadou mais de 215$ milhões de dólares contra um orçamento de 4,5$ milhões –, “Corra!” trata do relacionamento de Chris (Daniel Kaluuya) e Rose (Allison Williams). Ele, negro, e ela, branca, estão arrumando as malas para Rose apresentar o namorado aos pais. A primeira preocupação de Chris é “Seus pais sabem que eu sou... negro?”. “Eles deveriam?”, ela pergunta. Numa cena casual e logo de cara o filme mostra a que veio: discutir o racismo. Dentro dessa nossa fábrica de opressões, até mesmo Chris se preocupa em deixar claro de antemão a cor da sua pele, tranquilizado pela namorada sobre o não preconceito dos pais. Ele nem está reproduzindo o preconceito que sofre, e sim tentando evitar situações que possam lhe causar constrangimento. É melhor prevenir que remediar, porém, tal cena já mostra de forma bastante simples como é a vida de alguém negro.

Tais situações não demoram a aparecer quando, durante a viagem, o carro de Rose atinge um animal. Um policial, branco, ao ver Chris, pede para que ele mostre a carteira de motorista, mesmo que o rapaz não estivesse dirigindo durante o incidente, para a revolta da namorada. O clima de constrangimento velado exalada da tela quando fica evidente que o pedido do policial se baseia unicamente pela cor de Chris.

Imagem: Divulgação/Internet
Chegando à enorme casa dos sogros, que são exageradamente simpáticos, Chris percebe que há, além dos pais de Rose, duas pessoas: Georgina (Betty Gabriel), a empregada, e Walter (Marcus Henderson), o jardineiro. Há duas coisas em comum em ambos: eles são negros e com comportamento bastante estranho. Dean (Bradley Whitford), pai de Rose, se apressa em dizer o quão clichê é aquela cena, os empregados negros na casa da família branca. Ele diz que detesta como isso parece, mas que preconceito não habita aquela casa. Mesmo com as estranhezas dos empregados, há um clima acolhedor que tenta integrar Chris no meio de todos aqueles brancos.

Durante uma conversa em família, Dean pergunta se Chris fuma, e comenta como o hábito é “nojento”, recomendando uma sessão com a esposa, Missy (Catherine Keener), psiquiatra especialista em hipnose. Mesmo contra a vontade do protagonista, Missy o hipnotiza, deixando-o num estado de choque. O filme então constrói visualmente o que o protagonista sente durante o processo: um enorme abismo negro. Chamado de “Lugar Afundado”, a filmagem diegética do poço obscuro na mente de Chris é interessantíssima, e peça chave no decorrer da fita.

Imagem: Divulgação/Internet
No mesmo fim de semana que o casal está na casa, acontece um encontro com vários amigos da família, realizado anualmente desde que os avós de Rose eram vivos. Como já era de se esperar, Chris se sentirá ainda mais perdido, pois a tal festa é feita com vários velhos brancos, todos bastante interessados no novo namorado de Rose. Para provar o quão ele é aceito no meio, um deles fala, sem a menor cerimônia, “Peles brancas são preferência por milhares de anos, mas agora está mudando. Ser negro está na moda”.

Com todos os estranhos acontecimentos à sua volta, Chris decide ir embora com Rose. Sem a sua presença, só o espectador assiste ao que está acontecendo durante a reunião: Dean está num palanque ao lado de uma foto de Chris, enquanto os velhos levantam cartas de bingo. Ele está sendo leiloado. Filmada de forma lenta e com os atores sem proferir uma palavra, a cena é assustadora, crua e ditadora do perigo que Chris corre estando ali. É a apoteose do horror de “Corra!”.

Imagem: Divulgação/Internet
O leilão de Chris funciona, dentro da película, como a real função dele estar ali: a família de Rose conseguiu desenvolver um procedimento através da hipnose (orquestrada pela mãe) e lobotomia (operada pelo pai) onde o cérebro e a mente de alguém são depositados no corpo de outra pessoa. Todos aqueles velhos estavam simplesmente comprando um corpo novo – algo que aconteceu com os dois empregados da casa, que na verdade são pessoas brancas dentro do corpo de pessoas negras. Além dessa premissa do roteiro, há a gritante metáfora da venda da carne negra pela escravidão e a apropriação cultural sofrida por essa população. Pode soar bastante absurdo, mas estamos falando de pessoas brancas comprando o corpo de pessoas negras para habitar naquela realidade. Elas estão, de forma física, se apropriando de suas culturas.

O procedimento é puro elemento do gênero terror, todavia, é em seus subtextos que habita sua força. Até mesmo o "Lugar Afundado" é uma forte metáfora: é lá onde as pessoas negras caem durante o procedimento, onde seus gritos não podem ser ouvidos. O tal lugar nada mais é que o sistema silenciando e marginalizando as pessoas negras. E por que pessoas brancas escolhem justamente negros para seus novos corpos? “Quem é que sabe?”, responde o comprador de Chris. “As pessoas querem mudanças, querem ser mais fortes, mais rápidos, mais legais, mas eu não me importo com a cor da sua pele”. 

“Corra!” é uma obra sobre hipocrisias, nos entregando de bandeja aquelas pessoas brancas tão boas, que votariam no Barack Obama pela terceira vez se pudessem, que têm como jogador favorito o Tiger Woods, que adoram tanto pessoas negras que não se importam em comprar seus corpos e literalmente viver dentro deles. São pessoas brancas que todos nós conhecemos, que dizem “tenho nada contra pessoas negros, até alguns amigos meus são” e se dão super bem com negros, desde que eles estejam em posições sociais menores que a deles. Pessoas de bem.

Imagem: Divulgação/Internet
O longa não está preocupado em esconder seus clichês e óbvias referências: o macete da hipnose soa forçado assim como em diversos outros filmes que já se utilizam da técnica para fazer suas histórias andarem, além de ser impossível não lembrar de “A Chave Mestra” (2005) quando descobrimos o mistério da fita. O que “Corra!” está preocupado é em compor momentos que elevam o seu gênero, carregado por cenas brilhantes (a da subida da escada é puro deleite) e discussões sobre racismo postas de maneira lúdica, esperta e incisiva pelas lentes do diretor/roteirista Jordan Peele.

Após o melhor ano para o cinema negro na história que foi 2016, com “Moonlight: Sob a Luz do Luar” vencendo o Oscar de “Melhor Filme”, “Corra!” é um belo pontapé para as discussões sobre a negritude no cinema, principalmente quando inserido no gênero terror, famoso pelo cunho racista, onde o personagem negro sempre morre. Nas mãos de Jordan Peele, “Corra!” se torna a vingança particular de um cineasta negro ao trazer luz ao destino de Chris, num final bastante delicioso e socialmente relevante, principalmente em meio à Era Trump. Precisamos cada vez mais de cineastas dispostos a exporem os nossos problemas de forma criativa e inventiva como vemos com "Corra!".

Modo Alice ativado: Katy Perry e Nicki Minaj podem lançar uma parceria amanhã

É bem verdade que fomos tombados com o rumor não concretizado de que Ariana Grande estaria em "Bon Appétit", da Katy Perry, mas já estamos prontos para sermos Alices novamente. Isso porque, ao que tudo indica, uma colaboração da ex-doceira com a Nicki Minaj deve chegar amanhã (19).

Os rumores começaram com a própria Nicki, que tweetou ontem usando a hashtag #SwishSwishBish. Pode parecer um tweet aleatório, mas em uma recente entrevista Katy revelou ter em seu novo disco, "Witness", uma música dançante e divertida chamada "Swish Swish". No live de lançamento de "Bon Appétit", a californiana teria se referido a canção da mesma forma que a rapper. Muita coincidência, não?


A pré-venda oficial do novo álbum de Perry começa amanhã, por isso não seria surpresa para ninguém se ela aproveitasse a data para liberar um buzz single. 

O tweet de Minaj também veio acompanhado da hashtag referente ao Billboard Music Awards, que acontece nesse domingo (21). Ela abrirá a premiação com um medley de 9 minutos e contará com a participação de Jason Derulo, David Guetta e Lil' Wayne. Faria bastante sentido vê-la trazer também Katy para que juntas elas performassem "Swish Swish" pela primeira vez.

Para completar, Nicki usou o Twitter para perguntar quem vai ficar acordado até a meia-noite dessa sexta-feira, o horário onde novas canções costumam ser liberadas. Nós vamos.


Depois disso tudo, podemos confirmar que nosso modo Alice está ativado.

Selena Gomez e seus sussurros estão de volta em "Bad Liar"

Selena Gomez está de volta! A rainha dos sussurros liberou na madrugada dessa quinta-feira (18), depois de uma contagem regressiva, posts com a letra da música e teasers que não revelavam quase nada, "Bad Liar", o carro-chefe de seu novo álbum, e se você esperava um pop mais dançante e divertido, vai ficar pra próxima. 

Composta por Selena em parceria com Julia Michaels Justin Tranter e produzida pelo Ian Kirkpatrick, "Bad Liar" usa um sample da canção "Psycho Killer", do grupo Talking Heads e, ainda que nos remeta ao "Revival", tem uma batida pesada diferente de tudo que já a vimos fazer.

Muito mais falada do que cantada, a canção nos lembrou o trabalho da banda Terror Jr e algumas músicas mais recentes de Britney Spears, como "How I Roll" e "If I'm Dancing". Não vamos dizer que é fácil de digerir, mas depois de algumas ouvidas até que nos caiu bem. 



Um clipe para o single também chegou nesta quinta, sendo o primeiro a fazer parte do catálogo do Spotify, já que a plataforma de streamings agora passará também a disponibilizar videoclipes. Completíssimos mesmo! Você pode assistir ao vídeo de "Bad Liar" aqui. Nas próximas semanas, uma produção oficial para o single deve ser lançada.

Selena Gomez é uma das únicas cantoras que, em meio a dominação masculina dos charts, ainda está conseguindo se sobressair. Recentemente, a americana chegou ao #10 da Billboard Hot 100 com "It Ain't Me", parceria com o DJ Kygo, alcançando a marca de pelo menos um Top 10 por ano desde 2013. Esperamos que, com "Bad Liar", ela consiga aumentar essa média e conquiste o seu segundo em 2017.

A capa do primeiro single de Camila Cabello, "Crying In The Club", é bem gótica suave

Sabe aquela experiência de cair no choro no meio da balada? Com certeza você já passou por isso e, se não, já viu amigxs passarem. Camila Cabello, aparentemente, também passou - ou então veio te avisar que não vai ter chororô nenhum na pista. Seu primeiro single solo, que chega nessa sexta-feira (19), se chama "Crying In The Club" e promete ser bastante emotivo.

Depois de fazer uma brincadeira com seus fãs, enviando pedaços da capa até formá-la por completo, já podemos vê-la por inteiro. Optando por uma arte mais dramática do que uma foto sua (tá cheia de conceito essa menina!), a capa mostra o que seria um desenho de Camila chorando, feito pelo artista Loui Jover. 


Além de revelar o nome da música, a cubana já está postando prévias do videoclipe, que pode sair junto com a canção. Elas não nos mostram muito, apenas que a produção será sombria como a capa. 







Bem gótica suave!

No domingo, após lançar "Crying In The Club", Camila fará aquela promo certeira e cantará o single pela primeira vez no Billboard Music Awards. Seu debut álbum, "The Hurting The Healing The Loving", chega ainda esse ano. 

Demi Lovato e Cheat Codes dão um rolê intergaláctico no clipe de "No Promisses"

Demi Lovato pode estar em estúdio preparando seu sexto disco, mas isso não significa que a ex-Disney esteja oficialmente parada. Ela emprestou sua voz para "No Promisses", parceria com o trio de música eletrônica/sensação do ritmo do momento na Europa, Cheat Codes, e aproveitou pra fazer aquela pontinha no vídeo que foi lançado hoje (16). 

Clipe de música eletrônica sempre segue aquela linha "vamos curtir a vida sem pensar no amanhã", mas esse veio um pouquinho mais elaborado. Na produção, dirigida por Hannah Lux Davis, Demi e o trio até dão um rolê, mas futurista, no que parece ser um mundo pós-apocalíptico (a Hannah gosta dessas coisas, né?) onde tudo está abandonado, mas há bastante tecnologia, o que faz ser possível viajar através de portais e, assim, permite a presença das pessoas em uma grande quantidade de rolês, como algumas festinhas em diferentes partes da galáxia.


Enquanto para os Estados Unidos o videoclipe da canção serve para tentar alavancar "No Promisses", no Reino Unido, lugar onde os caras do Cheat Codes costuma hitar bastante, o clipe ajudará a consolidar a parceria. Isso porque ela está fazendo bastante sucesso na parada britânica e vem crescendo semana após semana por lá, ocupando agora o #24 lugar. Vem aí um Top 10?

Já para Demi, esse lançamento provavelmente será o único por um bom tempo. A cantora deve deixar a gente nessa deserto tour até o final do ano quando, ao que tudo indica, lançará seu verdadeiro comeback, que pode vir com uma proposta mais experimental e minimalista e até mesmo pegar carona no som dessa colaboração. 

Crítica: “Amantes Eternos” é o melhor filme sobre vampiros desse século ao retrata-los de forma atual (e real)

De todas as entidades fantásticas que o ser humano já criou, o vampiro talvez seja a mais poderosa. Quando falamos de arte, focando no Cinema, o número de filmes que possua o tema vampiresco de forma geral ou coadjuvante é extenso, e todos devem a um vampiro em específico: Conde Drácula. A figura do vampiro existe em diversas culturas sob diversos nomes há séculos, mas foi Bram Stoker e seu livro “Drácula” (1897) que transformaram a entidade num ícone cultural.

Para termos uma ideia, apenas com o Conde Drácula já foram feitos mais de 200 filmes. O impacto é tão grande que, ao ouvirmos sobre a Transilvânia, terra natal do dentuço, é impossível não associarmos imediatamente a vampiros. O primeiro grande filme sobre ele é, curiosamente, um plágio. “Nosferatu: Uma Sinfonia do Horror”, de F.W. Murnau, foi lançado em 1922 e usava todos os elementos de “Drácula”, apenas mudando alguns detalhes, como a língua (“Nosferatu” se passa na Alemanha), e o Conde Drácula virou Conde Orlok.

Stoker então recorreu à justiça e ganhou a causa, com todas as cópias de “Nosferatu” condenadas à destruição, mas felizmente cópias piratas sobreviveram, resgatando o filme para a presente era – e com domínio público. O filme é um marco do cinema de horror e criou uma entidade que viria a ser presença confirmada na Sétima Arte.

Imagem: Divulgação/Internet
Depois disso tivemos, em 1931, “Drácula”, o mais famoso filme sobre o vampiro, com Bela Lugosi criando a mais clássica interpretação do personagem. De lá pra cá então tivemos “Drácula de Bram Stroke” em 1992, “Entrevista Com o Vampiro” em 1994, “Blade” em 1998 – e os exemplos não acabam. Mas foi em 2008 que o cinema vampiresco ressurgiu com toda força.

Fugindo da áurea soturna e sensual do vampiro clássico, a saga “Crepúsculo” foi a romantização da criatura, agora misturados na sociedade como adolescentes. E mais: eles brilham sob a luz do sol. Baseados nos livros de Stephenie Meyer, os cinco filmes foram – e continuam sendo – um fenômeno mundial: $ 3.3 bilhões em bilheteria, uma das maiores séries cinematográficas da história. Era a fixação definitiva do vampiro no cinema desse novo século. 

Porém estava longe de cifras bilionárias o melhor filme sobre vampiros do século XXI (até presente data, claro). O posto, conseguido com grande batalha, é de “Amantes Eternos” (“Only Lovers Left Alive” no original, “apenas amantes permanecem vivos”), lançado em 2013. O filme, dirigido por Jim Jarmusch, conta a história de Adão e Eva, dois vampiros vivendo no mundo moderno.

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Adão, interpretado pelo espetacular Tom Hiddleston, mora em Detroid, Estados Unidos, enquanto Eva, interpretada pela musa Tilda Swinton, vive em Tânger, Marrocos. Numa ligação, ela nota a voz abatida do amado e decide voltar para a América. É aí que a paz do casal se encontra em perigo com a vinda de Ava (Mia Wasikowska), instável irmã de Eva.

Uma das maiores belezas do filme é a composição visual dos vampiros. Já na segunda década deste novo século, a imagem clássica do vampiro com capas e caixões é ultrapassada. Adão e Eva nem sempre usam roupas modernas, é verdade, mas nada tão óbvio. Enquanto ele usa preto dos pés à cabeça – como seus negros cabelos, ela usa branco – como suas platinadas madeixas. Ele é melancólico, pessimista e obscuro, enquanto ela é vívida, luminosa e otimista. Ele ama música, ela, literatura. Ele cansou de tentar, ela procura sempre algo novo – é dela a brilhante ideia do picolé de sangue. E dois seres tão diferentes se unem de forma espetacular na tela.

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O casal é um yin-yang perfeito, que só funciona com suas partes unidas – e essa é só uma das várias simbologias de “Amantes Eternos”. O filme começa com um plano circular, que gira em torno dos protagonistas, como se entrássemos naqueles cosmos a partir de agora e pudéssemos compartilhar de um pedaço da vida daqueles seres eternos.

E é aqui que mora um dos fascínios dos vampiros: a imortalidade. Quem nunca desejou por algum momento ter tamanho dom? O quão incrível seria não se preocupar com o ponteiro do relógio que segundo a segundo vai esvaindo nossas vidas? Em quase todo filme sobre seres superiores ao tempo isso é incrível, mágico e sensacional, mas em “Amantes Eternos” o peso do tempo é mais crível e palpável.

Enquanto Eva procura aproveitar sua existência com todos os percalços, Adão é negativo quanto ao mundo e os seres que neles habitam, principalmente em relação aos “zumbis”, forma pejorativa que ele chama os humanos. Ele lamenta a forma que nós destruímos nosso mundo e a nós mesmos, cada vez mais desejando por um fim na sua existência.

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Pensemos: você vive por séculos, já experimentou das mais diversas culturas, já presenciou os mais diferentes fatos históricos, já viu milhões de pessoas morrendo e já fez praticamente tudo o que poderia ser feito. E agora? A vida vampira é regada por muita cultura e muito tédio. Eva é vista envolta de montanha de livros, enquanto Adão é soterrado por vinis e instrumentos musicais. O nível intelectual dos dois é tão absurdo que nada mais os satisfaz – além do desejo de um pelo outro. E é aí que mora a chave dessa sustentação milenar: o amor dos dois – que reflete o título original do filme.

Outro aspecto importante da vida das criaturas é a alimentação. Como bem lembra Eva, não estamos mais na Idade Média, onde eles tinham a liberdade de consumir o sangue que quisessem sem serem perturbados – o nível de mortalidade era altíssimo. Mas estamos na era do big brother, onde há uma câmera em cada esquina. Caçar humanos é impensável.

Enquanto Eva era fornecida pelo amigo Christopher Marlowe (interpretado pelo incrível e eterno John Hurt) – sim, o poeta; aqui ele é um vampiro que fingiu sua morte em 1593 (!) –, Adão se veste de médico, sai na calada da noite até um banco de sangue e suborna um médico para conseguir seu sangue O Negativo. A cena é mortalmente cômica, desde a forma fria que ele tenta fingir ser um médico de verdade – usando utensílios ultrapassados – até a maneira que o médico do local morre de medo dele, mas aceita a barganha pelo dinheiro.

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Há ainda um ponto que, de tão óbvio, pode passar batido na resolução do longa: a forma que Jarmusch trabalha com a noite. Como todos sabemos, vampiros são seres noturnos, então todas as cenas do filme se passam à noite. Diferente da abordagem tradicional em filmes vampirescos, as noites aqui são sensuais, misteriosas e insinuantes, como se compartilhassem da natureza das criaturas. Não há temor, há atração. A cena final, com os dois vampiros observando um casal que delicadamente se beija, é a concepção máxima dessa noite emotiva do diretor.

O próprio nome dos vampiros também revela muito: eles conheceram tempos remotos e estão juntos até hoje, como se fossem os primeiros, e mais duradouros, amantes do planeta. Sem toda a ideia bíblica de pecado original, já que os dois são tratados quase como divindades, seres dotados de moral única e comportamentos dignos dos longos séculos nas costas, Adão e Eva são as peças definitivas que se encaixam como nenhum par. A víbora desse Jardim do Éden é Ava, a irmã que assombra os dois.

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“Amantes Eternos” é um longa primoroso pela versão atual e fiel do que viria a ser um mundo habitado por vampiros, uma das abordagens contemporâneas que conseguem casar com nossa realidade – a série "True Blood" é outro bom exemplo disso. Trazer figuras milenares que residem em nosso imaginário em cenários arcaicos como castelos para a era da internet é, no mínimo, curioso, e Jarmusch disseca essa premissa de forma genial, o que nos desafia e coloca em cheque nossas próprias concepções de realidade e modernidade, além de nos fincar ao chão sobre nossa tão sonhada imortalidade – ela pode não ser tão agradável assim.

Depois de ver incontáveis gerações, o que há mais para fazer? Como lidar com a futilidade da vida eletrônica e como preservar o tempo que eles vieram? Essas são algumas das várias questões levantadas no desenvolvimento de "Amantes Eternos". Tudo isso cria uma áurea magnética e narcotizante que nos faz adentrar naquela realidade vampira de forma ímpar, harmônica e sempre bela. Não importa que criatura você seja, o quanto tempo você exista e nem de onde você veio. No fim das contas o que nos une – e deve nos unir – é o amor, seja ele pelo o que for. Sejamos sinceros, não dá para não amar um filme sobre vampiros hipsters. Eles amam Jack White.

Pare tudo o que estiver fazendo e ouça o remix de "TOME CUrtindo", de Lia Clark e Pabllo Vittar

A gente não acredita que Lia Clark e Pabllo Vittar inventaram o featuring! Começamos essa semana que promete muitos lançamentos maravilhosos para a música pop com o remix mais esperado da década, "TOME CUrtindo" e, sim, a nova versão fez justiça às nossas expectativas!

A canção estava prevista para estrear amanhã, mas acabou vazando e, como Anitta já nos ensinou que quando vaza o melhor é curtir e deixar pra lá, Lia aproveitou para divulgar de uma vez o lyric video da faixa e QUE LYRIC VIDEO! Todo trabalhando na tecnologia, o vídeo traz as drags quase como robôs mega realistas do futuro, e mostra a letra no maior estilo "código de computador", tudo isso em meio a nova roupagem da música, que ficou bem mais eletrônica. 

SEGURA ESSE CONCEITO CIBERNÉTICO! 



Que hino da PORRA!

"TOME CUrtindo" é o terceiro single do EP de Lia Clark, "Clark Boom", que já contou com "Trava Trava" e sua outra parceria icônica, "Chifrudo", com a Mulher Pepita, como músicas de trabalho.
  

O primeiro single de Fifth Harmony como um quarteto pode chegar no início de junho

Se nessa sexta (19) Camila Cabello fará sua estreia fora do Fifth Harmony, podemos esperar para as próximas semanas o lançamento do carro-chefe do terceiro disco da girlband e primeiro sem a cubana. Informações da revista Variety afirmam que o grupo lançará o lead single de sua nova era no dia 2 de junho. Choque de monstro!

A data, uma sexta-feira, coincide com o dia da semana oficial de lançamentos musicais. Mas não é só isso que faz a informação ganhar credibilidade: as meninas marcaram uma apresentação nesse mesmo dia no Good Morning America, reforçando os rumores de que elas devem mesmo apresentar a canção no programa.

Na semana passada, o cantor Josh Levi usou o Twitter para comentar sobre a nova música do grupo e disse que ela vai deixar todo mundo "animado, chocado, orgulhoso, chorando, inspirado e sem palavras"


Já no começo do ano, o radialista Mike Adam falou na rede social que o próximo álbum das garotas seria o "mais R&B que elas já fizeram", o que significaria um certo distanciamento da sonoridade mais pop do 7/27 e uma maior proximidade com o disco de estreia do grupo, "Reflection". 

O terceiro CD do Fifth Harmony chega ainda esse ano, assim como o primeiro de Camila Cabello. Preparados?

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