Fãs brasileiros estarão numa homenagem a maior “Cool Girl” que a gente respeita, Tove Lo

O novo disco da Tove Lo, “Lady Wood”, foi lançado na última sexta-feira (28) e, aproveitando o sucesso da sueca no Brasil, a gravadora Universal decidiu libertar o nosso lado “Cool Girl”, com uma ação que resultará num vídeo e será mostrado para a própria cantora (!).

A ação #CoolGirlBR é bem simples e, pra participar, basta postar uma foto ou vídeo criativo no Instagram, utilizando a hashtag, e os melhores estarão nesta homenagem, que também deverá ser dividida com o público. Pra saber mais, acesse seu hotsite.



Tove Lo será uma das atrações do Lollapalooza Brasil 2017 e, com o disco já lançado, a gente tem tudo pra arrasar nesta homenagem e não fazer feio. Quem sabe ela curte tanto que até decide fazer shows em outras cidades por aqui, hein? Não iriamos reclamar.

“Lady Wood” foi lançado na última sexta (28) e teve como primeiro single “Cool Girl”, sucedido pela parceria com Wiz Khalifa em “Influence” e o maior hino da porra que você respeita, “True Disaster”.

Bora encarnar essa rainha das nuvens e arrasar com a hashtag? 

Anitta, a mina que se tornou a rainha do pop nacional

Quem gostou, gostou, quem não gostou, paciência. Ou, parafraseando uma frase do seu próprio repertório: “se não tá mais à vontade, sai por onde entrei”.


Foi na última semana que aconteceu mais uma edição do Prêmio Multishow e, entre suas atrações, o evento da emissora de mesmo nome contou com a participação de Anitta, que apresentou um medley que abrangeu os ápices de sua carreira, com foco nos trabalhos do disco “Bang” e sua recente parceria com o rapper Maluma, “Sim ou Não”.

Mais do que isso, a cantora de “Essa Mina É Louca” fez dessa uma das suas melhores performances televisionadas, num combo que pega muito emprestado de Beyoncé e Rihanna, o que, desde já, explicamos não ser algo ruim, e prova a sua força e presença de palco, além de ser um baita banho de água fria aos que, pelo breve tempo de sua carreira, mal se atentou a quantidade de sucessos que ela já possui.



Embora ainda não tenha nenhum disco realmente incrível, Anitta teve sua carreira milimetricamente pensada para atingir as massas e assim o fez. Em “Show das Poderosas”, nos conquistou visualmente pela simplicidade, com a vantagem de ter ao seu lado uma de suas músicas mais chicletes, com um sample que trouxe o som do Major Lazer para o Brasil antes mesmo do sucesso “Lean On” – uma de suas inspirações em Beyoncé, que também sampleou a canção, chamada “Pon De Floor”, em “Run The World (Girls)”. E, de lá até aqui, emplacou mais e mais hits, incluindo “Zen”, a parceria com Projota em “Cobertor” e “Na Batida”, só pra citar alguns.



Com o disco “Bang”, de 2015, a brasileira foi além: apesar de repetir o mesmo erro em que a produção do disco reflete a pressa da gravadora em aproveitar ao máximo sua exposição, num conjunto que, nas primeiras audições, entrega quais músicas são ou não singles em potenciais, rodeadas por uma leva de fillers (equivalente à expressão “enche linguiça”), acerta de maneira significativa na identidade visual, elemento esse crucial para artistas importantes da cultura pop, como Madonna, Britney Spears e Lady Gaga, construindo ainda componentes icônicos, emprestados da popart, que se tornaram referenciais  para os clipes dessa era, “Bang” e “Essa Mina É Louca”.



Neste ponto, é possível perceber também a preocupação da cantora e sua equipe em apresentar um material coerente, musical e visualmente falando, ao contrário de seus trabalhos anteriores, e com tantos passos tão bem pensados, obtiveram o melhor retorno possível: Anitta se tornou um monstro imbatível dentro do pop nacional.

“Sim ou Não”, seu trabalho mais recente, é a grande prova de que, indo contra os que viam Anitta como uma mera tendência, a cantora está mais forte do que nunca. A parceria com Maluma, que sequer deverá fazer parte de seu novo disco, surgiu como um lançamento publicitário, pela marca Samsung, e indo no caminho contrário de outros lançamentos do gênero (como “Taste The Feeling”, do Luan Santana para a Coca-Cola), caiu no gosto popular tão facilmente quanto seus trabalhos anteriores, também pela produção assertiva, que pegou carona no hype do dancehall, tocando no Brasil com artistas como Justin Bieber, Rihanna e Drake.



Se isso não for o suficiente para compreender aonde ela está chegando, vale lembrar também da sua participação nos Jogos Olímpicos desse ano, na qual foi convidada para cantar ao lado de duas lendas da música nacional, Caetano Veloso e Gilberto Gil, para uma performance que a tirou de sua zona de conforto, mas, de maneira nenhuma, tirou o seu brilho.

O episódio no Prêmio Multishow, fechado com o bordão “vocês pensaram que eu não ia rebolar a minha bunda hoje?”, seguido do batidão “Movimento da Sanfoninha”, foi a inevitável coroação dela, que pode, sim, ser chamada de rainha do pop brasileiro. Anitta canta, dança e domina o palco como ninguém, nos entrega os bons singles, ótimos videoclipes e refrãos que dividem espaço com uma maioria de artistas internacionais nas rádios e noites afora. Ela é a diva de nível exterior que tanto queríamos por aqui e, como não poderia ser exceção entre elas, também desperta o ódio daqueles que não se permitem aceitar o óbvio: ela ainda tem muito o que melhorar, mas vem fazendo um trabalho cada vez mais foda.

Usando, outra vez, um de seus versos: bate palmas, ela merece!

Depois de “Viado”, fica difícil te defender, Valesca

Por Leonardo Uller

E aí, Valesca, tudo bom? 

Quem tá falando aqui contigo é uma pessoa que tem o maior carinho pela sua trajetória e arte. Lembro quando, em 2012, fui pela primeira vez em um show seu (foram mais quatro, desde então): eu tinha acabado de me assumir gay em casa, estava numa fase super gostosa e você falou com todas as letras no seu show “se alguém mexer com os gays, mexeu comigo. Manda uma mensagem pra mim no twitter que eu vou ajudar como puder, homofobia não tá com nada”.

Na hora eu só pensei “caraca, que massa isso. Uma funkeira que se importa com a minha dignidade”. Desde então, veio o sucesso nacional em carreira solo com “Beijinho no ombro” e várias declarações bastante acertadas sobre feminismo e LGBTfobia. Mas me decepciona ver você virando as coisas para essas bandeiras agora, num momento em que esses temas efervescem no funk com o trabalho maravilhoso de pessoas como a MC Carol, por exemplo.

Depois de vários singles que não viraram hits e virais, incluindo uma parceria com a homofóbica Cláudia Leitte, e nenhum álbum completo, eis que você aparece com seu novo single: “Viado”. Que péssima escolha, Valesca. Vamos começar com o título, usando essa expressão perjorativa contra a comunidade homossexual. Entendo que você jamais quis ofender os gays usando o termo, mas isso não dá passe livre para você usá-lo em uma música. E nem para milhões de pessoas cantarem uma música com essa palavra que tanto machuca e estigmatiza a comunidade LGBT no Brasil.

Segundo problema, o teor da letra. Nela, você está narrando uma história para o seu amigo gay, o “viado”. Valesca, você precisa urgente saber de uma novidade: esse papo de que o gay tem que ser um acessório na vida das mulheres não tá com nada. É bem bacana que você tenha vários amigos gays, mas se você os trata como poodles, como faz nessa música, não tem nada de bacana nisso tudo.

Isso sem falar no clipe, né? Mais uma vez, a mesma história do boy magia e cheio de tanquinhos e bunda de fora. Nada contra gostar de um cara ABNT, mas essa higienização que a comunidade gay passa há anos, onde só os sarados e bonitos são valorizados é muito triste e faz muito mal pra muita gente (eu, inclusive). Padrões estéticos não devem ser impostos dessa maneira.



Se você algum dia ler isso, quero que leia de coração aberto. É a carta de um fã que, em 2012, se sentiu realizado e contemplado por seu trabalho e hoje está longe de se sentir assim. Tudo isso pra quê? Pra conseguir lucrar em cima da comunidade LGBT? Seu clipe e single não propõem um mínimo de reflexão sobre a comunidade gay e a homofobia, apenas mira no pink money e no reforço de estereótipos – vide a estratégia de divulgação, com o lançamento dentro de um site que nada aborda sobre o empoderamento feminino e LGBT.

Como alguém que admira o seu trabalho ou, na melhor das hipóteses, já admirou, te recordo: você é bem mais do que isso.

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Leonardo Uller é jornalista, tem 22 anos, e foi o autor do trabalho de conclusão de curso “Empoderados: perfis de jovens gays fãs de divas do pop”, sendo também amante do trabalho de artistas como Adele, Beyoncé e Madonna.

Pixar anuncia mudança nas datas de estreia de "Toy Story 4" e "Os Incríveis 2"


Esse é o tipo de notícia que certamente deixará as pessoas animadas e chateadas ao mesmo tempo. Inclusive, as famosas palavras "Qual notícia você quer primeiro? A boa ou a ruim?" se encaixariam perfeitamente neste post. Mas, sem mais delongas, vamos começar pela ruim. O filme "Toy Story 4", da Pixar, que tinha estreia programada para 2018, teve que ser adiado para 21 de junho 2019. Vale lembrar que esta é a segunda vez que a animação sofre um adiamento, já que, inicialmente, o lançamento estava previsto para 16 de junho do ano que vem.

O motivo deste adiamento seria – e agora vimos com a notícia boa! – porque “Os Incríveis 2” está em estágio avançado de produção, ou seja: a continuação da história de Sr. Incrível, Mulher-Elástico, Violeta, Flecha e Zezé, dirigida por Brad Bird, que estrearia no dia 21 de junho de 2019, foi antecipada para 15 de junho de 2018! Vamos combinar que a troca não está sendo em vão e é por uma boa (ótima, na verdade) causa, vai!

Os próximos lançamentos da Pixar mantêm-se com as datas inalteradas. “Carros 3” estreia no dia 6 de junho de 2017 e “Coco” em 23 de novembro de 2017. Além destes, o estúdio tem mais dois filmes no calendário, que, embora sem títulos divulgados, estão previstos para 2020.

E, por fim, aquele lembrete indispensável:



‘De nada’: Meghan Trainor já está trabalhando no disco sucessor de “Thank You”


A cantora Meghan Trainor, mais conhecida popularmente como Badebes, revelou em uma entrevista que já está escrevendo seu terceiro álbum. Não há muitas informações sobre o sucessor de "Title" e "Thank You", mas a maior expectativa é que a artista entregue outros hits, como de costume.

Ela contou, durante o talk show, um pouco do processo de criação das letras de suas músicas e que recebeu ajuda do ex-One Direction, Harry Styles, para compor "Someday", sua parceria com Michael Bublé.
É como terapia para mim. Às vezes, eu tenho meu melhor amigo comigo, que é meu assistente pessoal, para me ajudar nas rimas e a escrever os créditos no álbum. Eu sempre preciso de ajuda.

Eu comecei a escrever a música e encontrei com Harry, toquei um pedaço para ele no violão e perguntei 'você gostou?' e ele disse 'eu amei!'

A cantora, que finalizou sua última turnê, a Untouchable Tour, na terça-feira, falou também sobre seu novo relacionamento com o ator e cantor Daryl Sabara.
Já faz um tempo que sou amiga da Chloe Grace Moretz. Eu dizia a ela 'me arrume um namorado!' e ela me disse que tinha um amigo bem legal chamado Daryl que eu tinha que conhecer, e aconteceu! Eu realmente estava com medo de ser vista publicamente com ele, porque eu não queria que ele fosse atacado e eu o avisei sobre isso, mas eu postei uma foto de nós dois e ninguém disse coisas ruins. Durante a turnê, nós escrevemos umas três músicas juntos.
Uma foto publicada por Meghan Trainor (@meghan_trainor) em  

Meghan Trainor foi anunciada recentemente como uma das atrações da iHeart Radio's Jingle Ball Tour, juntamente com Fifth Harmony, Diplo, Daya, Charlie Puth e outros.

Os melhores lançamentos da semana: Tove Lo, MC Carol, The Skins, DNCE e mais


Desde junho do ano passado, a sexta-feira foi escolhida para o dia mundial de novos lançamentos musicais, chamado New Music Friday, e, no geral, todos esses lançamentos acontecem por plataformas como Spotify, Apple Music, Tidal, iTunes, etc.

Como tem se tornado costume, ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, corremos para o Spotify, para sabermos quais são as novidades mais interessantes, sejam elas de artistas novos ou consolidados, e daí surgiu a ideia de tornarmos isso uma playlist que, obviamente, será atualizada semanalmente.



Como uma introdução, vale ressaltarmos que as músicas foram ordenadas de forma que as melhores se encontrem no topo.

Caso você não esteja interessado em ler sobre isso, pode apenas apertar o play na lista acima, mas se você realmente está disposto a saber o que temos a dizer sobre isso, aqui vamos nós:


 Toda semana, dizem que o pop foi salvo por alguém. Se essa história for real, nesta semana foi a vez de Tove Lo fazer a sua parte. O disco “Lady Wood” está entre nós e uma das melhores músicas já lançadas em toda a carreira da sueca se chama “Imaginary Friend”.

 Heavy Baile nesta porra! MC Carol lançou um dos melhores álbuns do ano, “Bandida”, e além dos singles “100% Feminista” e “Delação Premiada”, traz uma nova versão de “Não Foi Cabral”. Que hino da porra.

 Não dá pra ficar surpreso ao saber que o produtor John de Sohn é da Suécia, após ouvir a maravilhosa “Run For Cover”. É como se a Bebe Rexha cantasse “Starving”, da Hailee Steinfeld, o que é uma ótima coisa, caso se questione.

 Em nosso primeiro contato com a banda americana The Skins, fomos impactados por um instrumental FODA, guiado pelos marcantes vocais de Bay Li, além da grande colaboração de D.R.A.M, que já deu as caras por aqui outras vezes. A música se chama “Bury Me”.

 Embora esteja numa boa posição na lista, ainda não estamos certos sobre ter ou não gostado de “After The Afterparty”, da Charli XCX. É meio “We Can’t Stop”, meio “O Sapo Não Lava O Pé”, meio genérica demais para um trabalho que sucede algo tão bom quanto o EP “Vroom Vroom”, mas cresce conforme escutamos. Talvez gostemos mais daqui um tempo.

 Louisa Johnson tem tudo para se tornar uma grande artista. A moça do X-Factor deu voz para um dos melhores singles do Clean Bandit, “Tears”, ela volta com seu próprio hino e, com o perdão do trocadilho, it’s “So Good”.

 Se o Maroon 5 não faz música de Maroon 5, Joe Jonas e a sua trupe do DNCE nos salva. “Blown” é funky, retrô, radiofônica, despretensiosa e chiclete pra caramba. Difícil não gostar.

 Não contentes em dominar a música pop, os suecos também avançam pelas fronteiras do neo-soul com “Did It For The Fame”, da talentosíssima Sabina Ddumba. O impacto é real.

 Numa proposta menos óbvia e, consequentemente, menos radiofônica, Dua Lipa se redescobre na introspectiva “Room For 2”. Mais um acerto em sua breve carreira.

 Bebe Rexha está decidida a emplacar seu próprio hit e, como não rolou com a Nicki Minaj em “No Broken Hearts”, torcemos pra que aconteça com “I Got You” – que é imensamente melhor, diga-se de passagem.

+ Alessia Cara, Drake, Little Mix, Frida Sundemo, Shakira, Maty Noyes, ALMA, etc.


Crítica: "Mãe Só Há Uma" atira em vários pontos relevantes sem atingi-los com profundidade

Anna Muylaert ganhou o mundo em 2015 ao lançar a obra-prima contemporânea “Que Horas Ela Volta?”, representante do Brasil no Oscar 2016 (injustamente não indicado, pois ele é melhor que o próprio ganhador, “O Filho de Saul”, cof). Em terras tupiniquins, a diretora paulista já havia ganhado destaque em com os longas “É Proibido Fumar” de 2009 e “Chamada à Cobrar” de 2012.

Com o sucesso do longa estrelado por Regina Casé, a diretora aproveitou o embalo e lançou neste ano “Mãe Só Há Uma”, mais um estudo cinematográfico de situação. A história, baseada no caso real do garoto Pedrinho, segue Pierre (Naomi Nero), um adolescente descobrindo sua identidade de gênero. Em meio aos conflitos da juventude, ele descobre que sua mãe o sequestrou na maternidade. Seus pais biológicos o procuram há anos e ele tem que se adequar com a mudança brusca que essa revelação causará.

Imagem: Divulgação/Internet

O fator humano é um gatilho disparado de forma certeira pelo roteiro, que nos obriga a entrar na situação na tela. O que faríamos se todo o nosso núcleo familiar se revelasse uma mentira? Por ser menor de idade, Pierre, ou Felipe, seu nome “real”, não possui autonomia para decidir sua vida após a prisão de sua mãe, indo ficar com sua família biológica.

Numa jogada inventiva e bastante reveladora, Aracy, a mãe sequestradora, e Glória, a mãe biológica, são interpretadas pela mesma atriz, Dani Nefussi. Ela consegue construir duas pessoas completamente diferentes e que se encaixam nas realidades das personagens. Enquanto Aracy é a mãe de classe média, desbocada e fumante, Glória é mãe rica, elegante e recatada - os estereótipos são gritantes, mas necessários dentro dos contextos abordados. Sem atenção, nem percebemos que se trata da mesma atriz, o que mostra sua competência ao entregar duas personas distintas num mesmo filme.

Imagem: Divulgação/Internet

E o meio molda os indivíduos, com Pierre tendo que se adaptar à força àquele meio rico e cheio de mimos. Sua nova casa nada se parece com a antiga casinha do subúrbio, com obras de arte penduradas nas paredes e empregada doméstica para as refeições (contra o ovo frito da sua vida passada). É interessante notar a presença da empregada, negra, num paralelo aos temas abordados em “Que Horas Ela Volta?”. A personagem, quase uma figurante, não possui profundidade, o que pode incomodar. Não fica clara a intenção da diretora aqui. Se for conectar com seu trabalho passado, depende um pouco da boa vontade do espectador.

Com Pierre sendo o centro do longa, esbarramos com um grande problema: o personagem não consegue gerar empatia. Claro, trata-se de um adolescente meio rebelde que tem sua vida virada pelo avesso, todavia, sem laços com o público fica complicado, colocando em termos bem simplistas, torcer por ele.

Imagem: Divulgação/Internet

Além de sua personalidade introspectiva, Pierre lida com questões de sexualidade e gênero, outro problema enfrentado pela obra. O jovem se relaciona com garotos e garotas e usa roupas femininas. O longa não entrega um consenso sobre a identidade de gênero dele - seria ele trans? ou apenas sua expressão de gênero seria feminina? Com temas tão complexos, o filme perde a oportunidade de trabalha-los de forma competente. Sua própria duração, apenas 82 minutos, compromete esse trabalho, com Pierre soando como garoto-que-quer-chamar-atenção com suas roupas femininas. Ao invés de um estudo sobre a sexualidade e gênero humana, o garoto parece estar mais preocupado em irritar seus pais com seus vestidos, o que soa  irresponsável com as demandas de temas tão relevantes.

O melhor desenvolvimento fica por conta da situação dos pais. Esperando o retorno do filho sequestrado por 17 anos, idealizações foram formadas, sendo jamais atingidas por, agora, Felipe. Eles tentam de todo jeito agradar o filho, mesmo ao entrarem em conflitos, como na cena do provador, onde o pai, Matheus (Matheus Nachtergaele) agride Felipe por ele estar de vestido.

Imagem: Divulgação/Internet

O personagem mais desperdiçado é Joca (Daniel Botelho), o irmão biológico caçula de Felipe. Na escola, ele enfrenta bullying, provavelmente causado pelo irmão de vestido, mas toda a discussão, que renderia momentos inspirados, é resumida a uma única cena. Toda a complexidade da realidade mudada com a chegada de Felipe na vida de Joca é mal aproveitada, culminando numa cena final bastante bonita, mas sem o peso que realmente merecia.

“Mãe Só Há Uma” poderia ter 30 minutos a mais e desenvolver melhor tantos subtextos. Numa metáfora bem picareta, ao invés de terminar uma grande piscina profunda, soou como várias piscinas infantis. Mesmo sem a comparação com seu filme anterior, Muylaert orquestra um longa-metragem rico, porém raso. Ruim? Jamais.


Talvez não tenhamos que avisar que você precisa ouvir "So Good", da Louisa Johnson


Vamos falar de apostas para 2017? Vencedora da edição de 2015 do The X Factor UK, Louisa Johnson finalmente está pronta para dar início aos trabalhos de ser primeiro CD. A loira já havia lançado a canção "Tears", parceria com o Clean Bandit que fez muito sucesso na Terra da Rainha, com o objetivo de se apresentar como artista ao público e ganhar tempo para a produção de suas próprias canções. Porém, é com "So Good", primeira música de trabalho oficial de seu disco de estreia, que Louisa quer mostrar de fato a que veio. 

Desde o reality nós vemos o potencial da menina. Mas, se no The X Factor Louisa apostava em baladas e músicas que poderiam mostrar seu vozeirão, em "So Good" ela nos traz algo completamente inusitado e surpreendente, com uma sonoridade que nos remete à canções da Alessia Cara, como "Here", que em nada nos lembra sua passagem pelo programa e tão pouco sua participação em  "Tears", que tem uma vibe eletrônica. 

O resultado é extremamente positivo e abre um leque de possibilidades na carreira da cantora. "So Good" traz um ar jovial a Louisa, tanto pela som como pela letra, o que é sempre bom, considerando que a garota tem 18 anos e que o programa e as baladas que ela cantava deram uma boa envelhecida em sua imagem.


E é claro que Louisa Johnson já está com performance confirmada nesse domingo no The X Factor UK. A cantora vai ser apresentar no mesmo dia que o Brunos Mars - olha a responsabilidade! E, já que "So Good" é mais "dark", queremos vê-la aproveitando essa temática, fazendo algo completamente diferente do que ela apresentava quando era participante.

O álbum da britânica chega no primeiro semestre de 2017.

Já ouvimos: em seu novo disco, “Lady Wood”, Tove Lo quer marcar o seu nome no pop

Você demora para perceber, mas quando nota, já está acompanhando o ritmo com alguma parte do seu corpo, naquela dança tímida. Essa é a nova Tove Lo.

“Lady Wood”, segundo álbum da cantora sueca, que conquistou o mundo com o hit “Habits”, do CD “Queen of the Clouds”, será lançado nesta sexta-feira (28), mas contou com uma audição exclusiva em São Paulo na última quarta, 26, e aqui estão nossas primeiras impressões.

No geral, os singles “Cool Girl” e “True Disaster” falam muito sobre a direção que a sueca segue nesse novo trabalho: o CD é composto por músicas com a entrada lenta, sob poucos acordes, que somem e reaparecem, até que seus vocais deem forma para as batidas constantes, atingindo um refrão quase em acapella, acompanhado por frase chiclete e toda ritmada. Todas seguem a mesma repetição.



Seguindo essa linha, “Lady Wood” deixa a impressão de que Tove Lo acredita ter encontrado a fórmula para o sucesso, num conjunto que, facilmente, poderia ser confundido com o disco do último DJ do momento, que emplaca vários hits sem que você sequer perceba quem está cantando-os.

Mas as novidades são mais animadoras do que parece: em relação ao disco anterior, “Lady Wood” apresenta muitas melhoras, dos arranjos às letras, agora mais maduras, que formam uma história na cabeça de quem as ouve, como se todas estivessem dentro de um clipe – o que talvez explique a chegada do curta “Fairy Dust”, que fará o visual do álbum.



Numa primeira audição, as faixas que mais chamaram nossa atenção, com exceção dos singles “Cool Girl” e “True Disaster”, foram “Don’t Talk About It”, “Keep It Simple” e a parceria com Joe Janiak em “Vibes”, sendo essa última uma das propostas mais diferentes do álbum, guiada por acordes de violão, embora mantenha os ares eletrônicos desse trabalho.

“Lady Wood” estará disponível na íntegra na meia-noite desta sexta-feira (28) pelo Spotify.

Segura esse hit: "Slumber Party", da Britney Spears, ganhará versão com a cantora Tinashe



Depois de alguns semanas de rumores, foi confirmado que "Slumber Party", faixa do mais recente álbum de Britney Spears, "Glory", ganhará uma nova versão com ninguém menos que Tinashe, para então ser lançada como single! Quem fez a confirmação foi a própria princesinha do pop, ontem (25) pelo Twitter, com uma foto das duas no estúdio onde elas estão gravando um vídeo para a música.


Os vizinhos dizem que estamos causando uma comoção.

Tinashe é uma grande fã de Britney e não nega sua inspiração quando perguntada sobre sua diva em muitas de suas entrevistas. Além de várias demonstrações de admiração, a intérprete de "Party Favors" foi vista indo à loucura recentemente em um show da Piece Of Me em Las Vegas.



Este é um grande momento para ambas as partes: Tinashe que realiza o sonho de trabalhar com sua grande influência, e para os fãs de Britney, que desde "Make Me...", parceria com G-Eazy, ainda não tiveram um segundo single/vídeo.

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