Crítica: "Sniper Americano" é uma aula de como usar o cinema para propagar ódio sutilmente

Desde que “Guerra Ao Terror” levou o Oscar de “Melhor Filme” em 2009, surgiu na premiação uma cota definitiva para filmes de guerra no estilo nesse século, seguido, quatro anos depois, por “A Hora Mais Escura” (2012). O que esses filmes têm em comum? Além de serem dirigidos pela mesma pessoa, Kathryn Bigelow (única mulher a vencer o Oscar de “Melhor Direção” pelo primeiro), os dois tratam da supremacia dos Estados Unidos nas guerras contemporâneas, sempre com enfoque no Oriente Médio. O último filme a percorrer esse território e chegar ao Oscar foi “Sniper Americano” (American Sniper), que segue a mesma cartilha sem tirar nem por.

“Sniper Americano” é dirigido pelo badaladíssimo Clint Eastwood, diretor duas vezes vencedor do Oscar (por “Os Imperdoáveis” em 1993 e “Menina de Ouro” em 2005). Queridinho da Academia, o coroa de 87 anos larga seus famosos faroestes pelo chumbo-grosso militar, mas diferenciando-se de Bigelow num ponto interessante: ele traz um estudo de personagem do protagonista Chris Kyle (interpretado por Bradley Cooper), tudo baseado na história real do atirador.


Logo nos primeiros minutos de filme somos enviados à infância e juventude de Kyle, e notamos que desde sempre ele é naturalizado em questão da violência. Seu pai o levava para caçar e, mecanicamente, o ensinava a ovacionar a arma, além de criar os filhos sob a curta rédea do machismo. São nuances que sustentarão as motivações futuras do protagonista, que, mesmo sendo mostradas de forma escancarada, ajudarão a dar peso a mentalidade do personagem.

Eastwood quis, assim como (quase) todos os filmes bélicos, trazer uma mensagem anti-guerra, vindo com a ideia de mostrar os danos que a violência orquestra, com foco para aqueles que retornam do conflito, principalmente em Kyle, porém, “Sniper Americano” bate de cara no primeiro muro: deita-se num patriotismo exacerbado. É só olhar para título, que poderia facilmente ser “O Sniper” ou “O Atirador”, mas não, ele não é só um atirador. Sua função vem carregada por uma adjetivo para qualificar e diferenciá-lo: ele é americano. É uma característica que merece ser destacada, e não um mero detalhe. Obviamente, a bandeira azul, branca e vermelha inunda quase que o filme em sua totalidade.


Kyle, o sniper real, matou mais de 150 pessoas em suas operações. Cento e cinquenta. Incontáveis vezes durante a projeção ele é chamado de "lenda", "mito", "herói" (pelos compadres americanos, claro). A repetição é tanta que praticamente se torna um processo de ufanismo – quanto mais você repetir algo, mais “verdade” aquilo se torna, mais concreto. Aqui vemos uma alarmante inversão do papel do herói: agora ele não luta em prol de vidas, ele as tira - o fraco "Até o Último Homem" pelo menos fez um bom trabalho ao dar o rótulo de "herói" para alguém que mereça. Mas, de acordo com a ideologia impregnada pelos personagens, ele é um herói por tirar as vidas “certas”.

Há o argumento de defesa que o filme não idolatra o sujeito por matar muitos, ele retrata a idolatria, uma guerra como ela é. Mesmo tendo fundo de verdade, isso não se encaixa perfeitamente no filme porque ele não demonstra sinal algum de “julgamento”. Os árabes são repetidamente chamados de “malditos selvagens”, então poderíamos dizer que não são “todos” os árabes, só os “terroristas”? Não, pois há nenhum símbolo, signo ou estratégia narrativa que demonstre essa separação. Ao apenas mostrar sem “tomar partido”, o filme generaliza e dá vez e voz à uma ideologia, reforçando-a.


Explicando melhor: ao fazer uma abordagem escancarada da fobia contra o islamismo, o filme fomenta um óbvio negativo ao invés do óbvio positivo, que é a real intenção dele, no caso, a de mostrar que na guerra não há vencedores, todos são vítimas. Esse viés existe sim, porém é soterrado pelas enormes cenas de combates, o que diminui pesadamente sua boa vontade e dá (muita) corda para tais deficiências.

Os chavões inquietantes também se mostram em determinadas escolhas de montagem, como por exemplo: logo no início há uma cena mostrando os atentados de 11 de setembro, e imediatamente em seguida há um corte para Kyle na guerra, criando um link de "culpa". Ele assiste aterrorizado ao atentado na televisão e logo em seguida é mostrado em combate, como se estivesse se "vingando".

Mas, incrivelmente, no meio de toda a polêmica no recheio do filme, houve algo que conseguiu atrair a atenção do público: o bebê dos protagonistas. Em uma cena, onde o casal passa por uma discussão de relação, todos os olhares caíram em cima da criança, ou, para ser mais exato, do boneco assustador e artificial que Cooper tem que carregar (e ninar). A passagem é embaraçosa e bizarra, e rendeu toneladas de memes nas redes sociais pela falta de noção em usar algo tão falso - Renesmee bebê em "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2" (2012) encontrou seu irmão.


Uma das maiores armadilhas do filme é a competência de Eastwood, que conduz tudo com firmeza, derrapando em poucos momentos – como na cena clímax do filme, feita à base de um slow motion tenebroso. Bradley Cooper, em sua terceira indicação ao Oscar seguida (e a primeira merecida – as anteriores foram em “O Lado Bom da Vida” em 2013 e “Trapaça” em 2014), está muito bem como o protagonista, e possui bela química com Sienna Miller, que interpreta sua esposa, fazendo com que o todo se torne bem feito, com tais problemas já citados assimilados de forma mais “agradável” e “suave”, principalmente para o público-alvo: americanos, afinal, é um filme americano sobre a supremacia americana numa premiação americana.

Esse paradoxo acontece também em outro filme famoso: “O Nascimento de Uma Nação”. D.W. Griffith, um dos revolucionários da linguagem cinematográfica, lançou em 1915 esse filminho de três horas entupido de mensagem racista. Por um lado, há o avanço técnico primoroso e uma narrativa pioneira, mas por outro o teor deplorável. É essa a hora de pegar sua balança interior e ponderar os prós e contras – a mesma situação com “Sniper Americano”, uma faca de dois gumes onde você vai se cortar de qualquer forma.

“Sniper Americano” pode até não é um filme de fato preconceituoso (seu diretor afirma veemente que não é), mas acaba por fomentar ideais que, em mãos erradas, tornam-se uma verdadeira arma de disseminação de ódio, já que cada um pode escolher o lado do prisma que lhe convém, e tudo isso lançado em tempos do atentado na Charlie Hebdo, o que cai com peso maior ainda. Fechar os olhos para essa situação é incômodo e preocupante.


O filme teve um lançamento massivo, tornando-se um absoluto sucesso: foram $547 milhões em bilheteria, sendo a maior arrecadação de 2014 nos EUA, a maior cifra de um filme de guerra na história (sem o ajuste inflacionário) e o maior sucesso comercial de Clint Eastwood. Com o impacto no público de forma tão forte, comentários cheios de ódio inflamaram as redes sociais na época do lançamento. “'Sniper Americano' me deu vontade de atirar num maldito árabe”, dizia uma postagem. Outro contava “É ótimo assistir a um filme onde os árabes são interpretados da forma que realmente são: vermes com a intenção de nos destruir”. “O filme me fez gostar 100X mais dos soldados e odiar 1000000X mais os muçulmanos”, dizia mais um.

Mas a “culpa” por uma interpretação “ruim” é do espectador, e não do realizador do filme, certo? É só pensarmos numa situação onde colocamos uma arma na mão de uma pessoa: ele pode desde botá-la de lado ou até mesmo atirar em alguém. A responsabilidade não é diretamente daquele que colocou arma na mão, e sim de quem puxou o gatilho, mas dar o meio é ajudar os fins. É o mesmo com “Sniper Americano”.

E é triste notar que um filme assim é ovacionado – e mais uma vez legitimado – na maior premiação do mundo, o Oscar, com seis indicações (ganhando “Melhor Edição de Som”), enquanto "Selma: Uma Luta Pela Igualdade", que mostra a luta de Martin Luther King contra o racismo, recebeu míseras duas - "Melhor Filme" e "Melhor Canção". Isso não fala muito sobre ideologias. Grita. Berra.

Lolla Brasil 2018 começa com culto de Chance, benção de Iza e Zara homenageando Marielle

(Foto: Marcelo Brandt/G1)

Já era comecinho de tarde quando chegamos no Autódromo de Interlagos, para dar início a maratona Lollapalooza, que ainda vai nos render boas horas de música boa e dos mais variados estilos pelos próximos dias.

Na correria entre entrevistas, palcos e shows, a primeira apresentação que assistimos foi do rapper Rincon Sapiência, e não só por já amarmos seu disco seu disco de estreia, “Galanga Livre”, como também por sua grandiosidade ao vivo, terminamos o dia com a certeza de que não dava pra ter começado melhor.



Apesar dos poucos hits (a sua faixa mais conhecida é “Ponta de Lança”, recentemente incluída na novela adolescente “Malhação”), Sapiência não deixa ninguém parado e, como se precisasse de reforço, ainda trouxe a participação especial da cantora Iza, com quem apresentou sua nova colaboração, “Ginga”. Um dos pontos altos aconteceu quando o rapper pediu pelo fim do genocídio negro, prestando uma homenagem a vereradora Marielle Franco, brutalmente assassinada no Rio de Janeiro.



O dia seguiu ao som de Zara Larsson e Chance The Rapper, que se apresentaram no mesmo horário, respectivamente, nos palcos Onix e Budweiser. 

De um lado, a princesinha sueca entregou um show pop pra ninguém botar defeito: teve vocais ao vivo, teve coreografia, muito fôlego, presença de palco e interação com o público. Com uma carreira ainda breve, Larsson já tem hits de sobra pra chamar de seus, mas o destaque fica para as faixas “Never Forget You”, “Ain’t My Fault” e “Lush Life”, fora a parceria com o trio Clean Bandit, “Symphony”, que rendeu mais uma homenagem maravilhosa para Marielle.



Do outro, Chance The Rapper não fez apenas uma apresentação, mas, sim,um verdadeiro culto. Ao som de seus dois trabalhos, “Acid Rap” e o ganhador de Grammy “Coloring Book”, o rapper mescla faixas apoteóticas, repletas de corais e camadas instrumentais grandiosas com músicas dançantes e letras chicletes, ganhando de vez a atenção do público com o seu hit ao lado de DJ Khaled e Justin Bieber, “I’m The One”, que todo mundo tinha na ponta da língua. Outro destaque fica para o seu próprio sucesso, “No Problem”, com direito ao logo de grandes gravadoras e corporações sendo desfigurados no telão, e para a sua parceria com Kanye West, “Ultralight Beam”, que ainda nos arrancou algumas lágrimas.



Em sua segunda vinda ao Brasil, o duo Oh Wonder também deixa uma impressão maravilhosa. Donos de um synthpop dançante e manjado para festivais, Josephine e Anthony compensam a falta de hits com muita simpatia e troca de energia com o público que, a cada refrão recém-aprendido, não tardava em retribuir todo o carinho. Sem dúvidas, é um nome que queremos ver mais vezes por aqui.



Uma das atrações mais aguardadas desta sexta (23), os caras do Red Hot Chili Peppers entregaram um show sem muita enrolação ou inovação, do jeitinho que, pela reação do público, seus fãs já esperavam. Sem grandes surpresas no repertório, o destaque fica mesmo para o baixista Flea, que é quem veio de corpo e alma, dando uma energia inumana para o show.



Já no palco eletrônico, o destaque é da dupla sueca Galantis, que só tem dois grandes hits, “Runaway” e “No Money”, e mesmo assim, embalou um dos shows mais animados da noite, não deixando o público parado com um set eletrônico na medida. Além de “Runaway”, outros destaques do show foram as apresentações de “Rather Be”, do Clean Bandit, e a repaginada em “I Wanna Dance”, da Whitney Houston, com ilustrações da cantora no telão e tudo mais.



O Lollapalooza Brasil 2018 ainda rola neste sábado e domingo, 24 e 25 de março, com apresentações de Liniker, Imagine Dragons, Mahmundi, Mano Brown, Khalid, The Killers e Lana Del Rey. A nossa cobertura, você pode acompanhar no nosso Instagram e, diariamente, também aqui no blog.

Atração dessa sexta de Lolla, What So Not decidiu virar músico após uma viagem pela América do Sul

Chegou! O Lollapalooza Brasil começa nesta sexta-feira (23), e é também nesse primeiro dia de festival que o artista australiano What So Not sobe no palco Perry's, às 17h05, pra fazer o Autódromo de Interlagos TREMER! Mas, antes desse momento chegar, conversamos com o cara por trás do projeto de música eletrônica, o Emoh Instead, e ele nos contou que conhece e gosta bastante do Brasil. Confira:


It Pop: O Lolla vai ser sua primeira vez aqui, né? Quais são suas expectativas?
Emoh: Então, na verdade eu já vim ao Brasil, quando eu era mais novo. E isso foi muito legal! Eu viajei pela América do Sul com meus amigos, e foi durante essa viagem que eu tomei a decisão de largar meu trabalho e me tornar um músico. Vai ser incrível voltar pra aí, dessa vez para performar, fazendo o que eu decidi fazer a minha vida toda. 

It Pop: Que demais! E você se inspira nas músicas da América do Sul pra criar seu som?
Emoh: Sim, eu adoro samplear instrumentos e coisas diferentes que vou coletando de todas as partes do mundo. Muito da minha música vem daí. Foi um lugar tão incrível. As pessoas são tão animadas para encontrar alegria nas coisas mais simples da vida. Foi muito legal ver a vida de uma forma tão simples assim. 

It Pop: Como você se sente quando pensa que vai tocar em um festival tão grande quanto o Lollapalooza, onde nomes importantes da música eletrônica, como Diplo e Skrillex, já tocaram? Algum dia imaginou que chegaria aí?
Emoh: Não sei... nunca pensei realmente nisso. Eu apenas vou fazendo música, criando vídeos, construindo designs de set para o meu palco, desenvolvendo o show... Você nunca imagina em que nível de sucesso vai chegar. Agora que você levantou essa questão, realmente, é um grande festival! Então, sim, é meio louco pensar nisso. 

It Pop: E quais são as suas expectativas para o show? Porque, não sei se você sabe, mas o público brasileiro é conhecido por ser bem animado...
Emoh: Na Austrália nós tivemos as Olimpíadas [em Sydney], nos anos 2000, e eu acho que o Brasil estava nessa final que eu estava assistindo. Eu lembro o quão insana era a torcida do Brasil naquele jogo... Talvez tenha sido uma semi-final? Não sei. Mas eu tenho certeza que o Brasil chegou a final da Olimpíada, né?! E foi tão legal que eu acho que estávamos torcendo pelo Brasil naquele jogo. Foi tão divertido! Tenho certeza que isso tem alguma correlação com a animação que vocês sentem nos shows. 

It Pop: Nós tivemos a oportunidade de escutar seu novo álbum antes do lançamento oficial. Vamos escutar essas músicas novas no seu set?
Emoh: Ah, com certeza! Eu vou tocar várias músicas novas. Vou tocar também algumas versões especialmente criadas para o show. Os visuais usados também combinam com as músicas e transformam tudo em uma experiência multissensorial.

(Abrimos um parêntesis aqui pra dizer que nessa época o disco do What So Not ainda não estava disponível, mas agora está! Se joga!)


It Pop: E quais são suas músicas favoritas do disco? Eu gostei bastante de "Beautiful" e de "Goh", com o Skrillex. 
Emoh: Ah, bom saber! Você é uma das primeiras pessoas a ouvir. Ainda não foi lançado, então é bem legal ouvir o que as pessoas tem a dizer, quais são suas músicas favoritas... Pra mim, o álbum é uma coisa só. Eu não tenho nem uma favorita em particular. Eu amo todas elas, igualmente, como se fossem meus filhos. 

It Pop: "Not All The Beautiful Things" tem colaborações com o Skrillex, o San Holo, Daniel Johns e mais. Tem algum artista, não só da música eletrônica, com quem você gostaria de colaborar?
Emoh: Sim, vários! Eu simplesmente adoro entrar numa sala com pessoas interessantes e ver o que rola. Pode ser de um gênero ou tipo de música que não tenha nenhuma correlação com o que eu faço.  Eu estou muito aberto a trabalhar com muitos artistas diferentes. Como vou ao Brasil, adoraria encontrar alguns músicos daí e tentar fazer algo. Eu sampleei uma parte acapella de uma música de uma artista brasileira há muitos anos [a música que recebeu o sample é "Like This Like That" e o sample foi retirado de uma música da Deize Tigrona]. Ela faz uma performance de rap em português que é incrível. Então, eu adoraria encontrar pessoas que façam coisas assim por aí. 



It Pop: O Brasil tá arrasado na música eletrônica! Temos Alok, Tropikillaz, e uma das nossas cantoras, Anitta, já colaborou com Major Lazer, Alesso e Marshmello. Você chegou a ouvir algumas dessas músicas eletrônicas Made In Brazil?
Emoh: Hmmm, eu acho que escutei algumas músicas do Major Lazer já, mas acho que essa com a Anitta não. Eu passei o último ano e meio trancado em um estúdio ouvindo Pink Floyd, então estou bem perdido com relação as músicas atuais. Mas tomara que, quando eu estiver aí, eu possa ouvir várias coisas novas. 

It Pop: Você deveria ouvir "Hear Me Now", do Alok, e "Sua Cara", em português mesmo, com Major Lazer, Anitta e Pabllo. São ótimas faixas!
Emoh: Ok, eu vou ouvir essas músicas! Estou anotando isso nesse momento!

It Pop: Seu som e muito diferente do som do Flume [ele já fez parte do What So Not"], mas eles se completam. Podemos esperar por novas reuniões?
Emoh: Não sei. Trabalhamos juntos no mesmo projeto, começamos juntos. Faz bastante tempo desde que paramos de trabalhar lado a lado. Eu estou bem feliz com tudo o que tenho feito agora e bem animado com tudo que construí para esse álbum, com as produções de palco que estou fazendo...

It Pop: Os últimos anos tem sido incríveis para a música eletrônica. Artistas como Kygo, Zedd e The Chaismokers tem dominado os charts. Você acha que a música eletrônica está sendo mais aceita entre os artistas e os fãs de pop?
Emoh: Isso é muito legal! Nós começamos colocando nossas músicas em plataformas tipo SoundCloud e é louco pensar que agora nós chegamos nesse ponto onde pop stars querem trabalhar com a gente, porque você está fazendo um som que eles acreditam que vão levá-los para um outro nível. Isso é doido! É doido se tornar parte desse mundo. 

It Pop: Agora, falando de cantores pop especificamente. Rihanna, Sia, Selena Gomez, todas estão trabalhando com esses produtores. Gostaria de trabalhar com elas também?
Emoh: Sim, com certeza! Eu trabalhei com uma pop star da Albânia, a Era Istrefi, com a Tove Lo, e é muito legal me juntar com essas pessoas e apenas ver o que acontece.



It Pop: Pra terminar, a gente costuma pedir para os artistas descreverem quem eles são e como é o som deles, para que, quem está lendo essa entrevista, possa conhecê-los um pouco mais. 
Emoh: Bom, eu diria que a melhor coisa a se fazer é ir no Spotify e ouvir algumas coisas. Coloque como música de fundo do que quer que você esteja fazendo e curta! 

Solta o berimbau e vem conhecer a "Ginga" de IZA e Rincon Sapiência

Depois de mostrar a que veio com "Pesadão", IZA chega agora com muito gingado no segundo single de seu disco de estreia, o "Dona de Mim". Em parceria com o Rincon Sapiência, "Ginga" é um pop brasileiro de respeito e que só aumenta nossa fé nela. 

Se em "Pesadão" IZA se rendeu ao reggae-pop, aqui ela mistura um ritmo que de início nos lembra bastante "Sua Cara" (sim!) com o berimbau, instrumento característico da capoeira e muito importante para a cultura negra. E não é só o berimbau que sinaliza a resistência e a força. Assim como em seu antigo single, a letra de "Ginga" traz toda uma ideia de superação e empoderamento, com frases como "fé na sua mandinga" e "vou seguir de pé, vou seguir com fé", essa última cantada em coral, de forma a nos remeter bastante os cantoreios de religiões de matrizes africanas. 

Como se tudo isso já não fosse o suficiente para deixar a música incrível, tem também a participação de Rincon Sapiência, que assim como Falcão em "Pesadão", só engrandece a canção. 



Parece que temos um hit aqui. 

Nesta sexta-feira, às 14h30, Rincon Sapiência se apresenta no Lollapalooza, e trará IZA como convidada especial para a primeira performance de "Ginga". Nós estaremos lá acompanhando tudinho! Fique ligado nas nossas redes sociais, Twitter e Instagram, pra não perder nadinha!  

Charli XCX quer saber: quem você gostaria de ver em sua próxima mixtape?

Charli XCX adora colaborar e já disse que seu processo criativo funciona muito melhor com outros artistas ao seu redor. Não é atoa que, somente em 2017, ela lançou duas mixtapes cheias de parcerias, a "Number 1 Angel" e a "Pop 2". Mas quem você gostaria de ver em uma possível terceira mixtape?

É isso que Charli quis saber nesta quinta-feira (22). Em seu Instagram, ela comemorou a primeira semana de sua atual turnê, a "Pop 2 LA" e postou várias fotos com convidados do shows, entre eles Carly Rae Jepsen e Tove Lo, que participam do trabalho. Na legenda, aproveitou para pedir sugestões de nomes para futuras colaborações.

Não estou dizendo que já estou pronta para fazer outra mixtape... mas, se eu FOSSE fazer outra, quem vocês querem de ver nela?


Você quer uma lista? Então lá vai:

Allie X
Anne-Marie
Bebe Rexha
Billie Eilish
Dua Lipa
Foxes
Halsey
Hayley Kiyoko
Lorde
Sigrid
Tove Styrke
Zara Larsson

E é claro que não faria mal repetir algumas parcerias. Quanto mais Carly, Tove, Rita Ora, CupcakKe, ALMA e MØ, melhor! Anotou, Charli? A gente agradece! 



E pra você? Quem não pode deixar de participar de uma possível nova mixtape da Charli XCX?

Reizinho da Colômbia, J Balvin mandou avisar que seu novo CD está finalizado

Prepara sua machika, porque o reizinho da Colômbia tá vindo, gente!

Dois anos após lançar o disco “Energia” e alguns hits mais tarde, o cantor J Balvin usou seu Instagram para avisar que seu novo álbum está mais do que pronto para ver a luz do dia, e ainda foi só gratidão por todos seus produtores e colaboradores.


O novo trabalho do colombiano chega após seu sucesso de faixas como “Mi Gente”, “Ahora Dice” e “Bonita”, além das parcerias em “Machika” (com Anitta e Jeon), “Hey Ma” (Pitbull e Camila) e “Buscando Huellas” (Major Lazer e Sean Paul).

Ainda sem qualquer previsão de lançamento, Balvin afirmou que não ver a hora de seus fãs ouvirem ao novo disco, completando com um: “só boas vibrações”.


Estamos prontos para os hits, né?

Aparentemente, esta é Marina & The Diamonds nos dando uma prévia de sua música nova, “Emotional Machine”

Ainda é cedo pra dizer que Marina & The Diamonds está de volta, mas a cantora, compositora e estudante de psicologia usou suas redes sociais para avisar que, aparentemente, está preparando músicas novas, e até nos deu uma prévia de uma delas.

No vídeo, com apenas alguns segundos, Marina mostra parte de seu instrumental, mas interrompe a gravação após cantar um pequeno trecho da faixa inédita, chamada por ela como “Emotional Machine”.

Olha só:

Uma publicação compartilhada por @ marinadiamandis em

Perfeição do pop!

Em estúdio com nomes como Jack Antonoff, da banda Bleachers, e a cantora Lana Del Rey, Marina & The Diamonds já tem três discos lançados, sendo eles “The Family Jewels”, “Electra Heart” e “Froot”. Com esse último, a artista chegou a se apresentar no Brasil, como atração do festival Lollapalooza.

Nos últimos anos, a cantora se dedicou a um tempo longe das redes sociais, se aprofundando nos estudos sobre psicologia e, neste meio tempo, também compondo novos materiais. Estamos sedentos pelo comeback.

Já dá pra ouvir “Flames”, a música nova e toda ensolarada do David Guetta com a Sia

David Guetta e Sia estão reunidos outra vez!

A dupla, que já produziu hits como “Titanium” e “She Wolf”, está de volta, desta vez para a faixa “Flames”, que chegou ao Spotify e outras plataformas na tarde desta quinta-feira (22).

A música nova dos dois é a mais nova aposta de Guetta, que no ano passado havia se unido com Charli XCX em “Dirty Sexy Money”, e desta vez investe numa sonoridade bem menos eletrônica que suas colaborações anteriores, caindo na tendência do pop ensolarado de Calvin Harris e o seu “Funk Wav Bounces”.

Já tem um lyric video, pra todo mundo aprender a letra:


É dupla versátil que você quer? Além dos hits eletrônicos, Sia já havia trabalhado com o produtor francês na canção “The Whisperer”, toda ao piano, e recentemente eles ainda se uniram para um remix de “Helium”, cantada pela australiana para a trilha de “50 Tons Mais Escuros”.


Será que “Flames” será mais um hit desses dois? Não vamos pagar pra ver.

Jaloo anuncia disco só com parcerias e retorna ao som da maravilhosa “Say Goodbye”

Jaloo lançou na última semana o clipe de “Say Goodbye”, primeiro single do seu novo álbum, “ft”. O clipe foi gravado na Índia e tem cenas lindas do cantor pelas paisagens do país, que ficam ainda mais incríveis junto às batidas da produtora BADSISTA.

As faixas do “ft” serão todas feitas em colaboração com artistas, compositores e produtores que Jaloo admira, sendo a primeira delas com a produtora paulistana. BADSISTA faz parte do coletivo de música eletrônica Bandida, composto só de mulheres DJs e produtoras, e foi a responsável pela produção do disco de estréia de Linn da Quebrada, “Pajubá”. Você pode saber mais sobre o trampo dela no Spotify.

O  “ft” deve ser lançado no meio desse ano, e já estamos super ansiosos para saber com quem serão as próximas parcerias de Jaloo. “Say Goodbye” já está disponível em todas as plataformas digitais e você pode conferir o clipe aí embaixo:

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