Single Review: Sia faz de "Chandelier" o hino da sua incompreensão


De volta às rádios clandestinamente por meio de singles de David Guetta, Flo Rida e Ne-Yo ainda entre 2012 e 2013, foi neste ano que a australiana Sia resolveu oficializar o seu retorno com um novo álbum, sucessor do ótimo "We Are Born", de 2010, e para isso escalou uma baladinha (tinha que ser!) como sua música de retorno, sendo ela "Chandelier".

Numa entrevista pouco depois do lançamento do novo single, a cantora e compositora que, entre tantas coisas, também esteve por trás de "Diamonds" da Rihanna e "Loved Me Back To Life" da Céline Dion, afirmou que compôs "Chandelier" tendo em mente uma grande música para Rihanna ou Beyoncé (pra quem compôs a baladinha "Pretty Hurts", do álbum "BEYONCÉ"), mas terminou se apegando demais à música que, no fim das contas, só funcionaria perfeitamente bem com seus vocais.

A fórmula todos já conhecem. O instrumental com uma percussão contida e orquestralmente simples, ora prestes a explodir, ora quase inotável, então eis que chegamos no refrão, quando tudo assume um clima apoteótico, mas terminamos assistindo ao espetáculo que só dá espaço para uma estrela: sua voz.

Depois de conquistar o mainstream pelo título de compositora, Sia Furler também tinha que nos convencer liricamente nesta música nova e faz isso com a mesma facilidade com que o boleiro prepara seus bolos, transformando em música a história de uma mulher que bebe para esquecer dos problemas, se sentir leve como se estivesse balançando no ritmo do lustre. 

Logo em seus primeiros versos, Sia denuncia uma certa insegurança, sobre desejar parecer forte como essas garotas que não se abalam com nada, mas são nos trechos entre o refrão, desmentindo a filosofia do YOLO ("Você só vive uma vez — you only live once"), que ela se desarma de vez, só desejando que, ao contrário da bebida, os seus problemas acabem. Tudo isso cantado por seus vocais roucos e trejeitos pra lá de característicos, nos remetendo à canções como "Cloud", do citado "We Are Born", ou até mesmo a sua composição para Rihanna — que, inclusive, emulou os vocais da australiana na canção —, "Diamonds".


De fato, com o sucesso absurdo de suas músicas para outros artistas, Sia se tornou alvo do superestimo público que, antes mesmo de ouvir, já sai por aí chamando qualquer coisa que tenha seu nome envolvido de hino, mas "Chandelier" é, sem dúvidas, uma grande produção, que só perde alguns pontos pelo timing, quando termina soando repetitiva ou mais do mesmo depois de já termos escutado a mesma fórmula em composições de Sia para outras cantoras. Por sorte, a australiana ainda tem à seu favor toda sua discografia, que não nos deixa mentir quando dissemos que ela não tentou soar radiofônica como nenhuma outra cantora e sim o contrário.

Stream: o fim da trilogia de Lykke Li com seu novo disco, "I Never Learn"!


Desde 2013, com o hype absurdo que o remix de sua canção "I Follow Rivers" recebeu, a cantora Lykke Li vem ganhando mais destaque na mídia musical. Depois de lançar o single "I Never Learn", o primeiro a anteceder o seu novo disco de inéditas, terceiro de sua carreira, eis que hoje, poucos dias antes de seu lançamento, o CD vazou e vocês podem conferir o stream aqui.

Como dito em uma entrevista para a NME, Lykke Li contou que o novo trabalho é o fim de uma trilogia iniciada com seu debut album "Youth Novels", lançado lá em 2008. Inicialmente promovido pelos vídeos "I Never Learn", "Love Me Like I'm Not Made Of Stone", "No Rest For The Wicked" e o seu mais recente "Gunshot", o CD mantém a mesma sonoridade pelo qual ela nos conquistou. Escutem abaixo:

Já pode começar a guardar dinheiro: Shinee anuncia seu primeiro show no Brasil!


O Shinee é sem dúvidas um dos nossos grupos coreanos favoritos e depois de passar por uma turnê sul-americana sem colocar o Brasil na lista, os fãs brasileiros do Shinee ficaram bem desapontados e tentaram de um tudo para trazer o grupo para se apresentar nas nossas terras. Mas agora as preces dos fãs foram atendidas. 

Na ultima madrugada (25) foi confirmada a presença do Shinee em um festival de k-pop aqui no Brasil, mas especificamente no Rio de Janeiro, que todos acreditam ser o Music Bank, especulado para junho desse ano. Não faz muito tempo que cogitavam em terras tupiniquins o programa que, para quem não sabe é da televisão coreano, onde grupos de k-pop se apresentam semanalmente e que de vez em quando filmam edições fora do país para serem exibidas na Coreia. 

Os outros grupos ainda não foram revelados, mas nomes com B.A.P, MBLAQ e Crayon Pop estão sendo cogitados. O que temos a fazer agora é começar a economizar nosso dinheiro e preparar nosso corpo para este momento.

Video Review: quantas Katy Perrys são necessárias para fazer um aniversário no clipe de "Birthday"?


Katy Perry nem sempre foi uma das primeiras cantoras que lembrávamos ao comentarmos o ramo dos videoclipes. Com a era "One of the Boys", nenhum dos clipes foi realmente memorável por si só ("I Kissed a Girl" é icônico mais pela música do que pelo próprio clipe). Foi com o "Teenage Dream" que a californiana conseguiu gravar seu lugar nos grandes nomes dos clipes musicais.

Com a era que a catapultou para os grandes números, Katy nos presentou com clipes fenomenais. Desde o colorido e empolgante "California Gurls" até a obra-prima "E.T.", seu melhor clipe até presente data, a cantora conseguiu reconhecimentos mundo afora, incluindo quatro prêmios no Video Music Awards, o "Oscar dos videoclipes". O número pode parecer tímido, mas foram em categorias fortes, incluindo o "Vídeo do Ano" de 2011 com o belíssimo "Firework".

Mesmo sendo sua era assumidamente doce e "insulinofóbica", não foi com o "Teenage Dream" que Perry usou e abusou do humor em seus clipes, foi com o "PRISM". Enquanto no sonho adolescente apenas "Last Friday Night (T.G.I.F.)" tinha o lado cômico como principal trunfo, o iluminado prisma parece depender disso. "Roar" e "Dark Horse" vieram regados de humor, e, claro, humor é algo totalmente subjetivo, o que faz uns amarem e outros odiarem seus clipes. "Unconditionally" por sua vez, o melhor clipe dessa nova era, foi o único a se manter longe do funny para adotar o lado artístico.

Aí então Katy lança "Birthday" como single. Nós ficamos com os dois pés atrás esperando o videoclipe, principalmente depois da sua single cover e do lyric video, com bolos e guloseimas até nosso pâncreas dizer chega, mas o clipe conseguiu o inimaginável: surpreender.

Não, Katy não vem coberta de açúcar como imaginávamos, e nem com um clipe convencional. No clipe a cantora interpreta cinco personagens diferentes que, com uso de MUITA maquiagem e perucas, a deixaram irreconhecível. Ela então usa a técnica já usada pelo Jackass, aquele grupo de pirados que saem se matando por aí e filmando para serem "maneiros". O clipe, inclusive, remete a todo o momento ao filme "Vovô Sem Vergonha", feito pelo (opa!) Jackass.

Usando câmeras escondidas, a cantora sai tocando o terror em festas. Sim, há partes bastante hilárias (as crianças em pânico chorando quando ela se engasga com o rato, as menininhas revoltadas com a pintura de rosto malfeita e os velhinhos perplexos com a safadeza de Katy são impagáveis) e tornam o clipe interessante por fugir do óbvio na sua concepção, todavia, o vídeo não consegue se tornar um videoclipe de fato, já que, se a música não estivesse tocando ao fundo durante a projeção, não faria diferença alguma, não acrescentando assim em nada na música, coisa que o lyric video conseguiu fazer.

O vídeo também poderia ter vindo sem sua introdução onde somos apresentados aos personagens, principalmente porque eles já haviam sido apresentados na prévia do clipe. Ah, mas nem todo mundo assistiu à prévia. Verdade, mas sem a apresentação o clipe funcionaria da mesma forma e ganharia em ritmo. Assista ao clipe:



O uso de maquiagem é incrível, o clipe diverte e é muito bom ver como Katy gosta de fazer o que faz (só ela conseguiria fazer tudo isso, ou você imagina Rihanna vestida de judeu cantando num Bar Mitzvah?), porém ela esquece que uso da "piada" em seus trabalho é algo arriscado, porque o clipe primeiramente funciona, mas, como toda piada, depois de contada várias vezes perde sua graça (quando tem graça). As crianças, como o clipe comprova, parecem estar bastante satisfeitas com o resultado ao menos.


Mas e quais os motivos das notas, It Pop? Nós explicamos. Três estrelas e meia para o Conceito por conseguir casar o tema da música com o vídeo, e, como falamos, não vir com uma resolução óbvia. Também três e meia para a Cenografia só e somente só pela maquiagem e caracterização dos personagens, já que não houve locações feitas para o clipe, certo? E duas e meia para o Roteiro por praticamente não ter roteiro rs. Os eventos foram inicialmente pensados de acordo com o personagem da vez, mas a partir do momento que Katy entra em cena, tudo depende da reação de terceiros. Mas tá melhor que o clipe de "Roar" e "Dark Horse", não? E esse remix V-I-D-A de "Birthday" que toca nos créditos finais? Tá, agora já pode lançar "Legendary Lovers" como single.

Demi Lovato escolhe "Really Don't Care", feat com Cher Lloyd, como próximo single do "DEMI"!


Demi continua promovendo seu quarto álbum de estúdio "DEMI", que foi lançado em maio de 2013 pela Hollywood Records. Atualmente, ela está no Brasil com a "Neon Lights Tour", ela irá passar por São Paulo (22, 24 e 25 de abril), Rio de Janeiro (27 e 28 de abril), Brasília (30 de maio), Belo Horizonte (1 de maio) e Porto Alegre (3 de maio).

Demi escolheu como quarto single oficial do álbum a música "Really Don't Care", feat com a cantora britânica Cher Lloyd, que está fazendo a abertura de alguns shows da turnê. A música foi escrita por Demi e Cher, com a colaboração de outros compositores.

Os primeiros singles foram, em ordem, "Heart Attack", "Made in the USA" e "Neon Lights", com o vídeo do primeiro recebendo um certificado VEVO. "Really Don't Care" foi a música que teve mais visualizações quando a Demi lançou seu álbum na internet e também foi o não-single mais vendável do álbum, o que daria certeza da escolha como single. A música é puro pop, bem genérica e do tipo que as rádios gostam, então vamos ver se fará tanto sucesso como single igual "Heart Attack" e subirá a moral do álbum depois dos últimos singles, que não repetiram o sucesso do lead single.

Enfim temos o primeiro trailer de "[REC] 4: Apocalipse" e estamos bem decepcionados!


"[REC]" foi com certeza um dos filmes mais "despretensiosos" e que deram certo, rendendo duas continuações e um remake americano ("Quarentena") que não é de todo ruim. Após dois longas extremamente bons, muito se especulou em relação à "[REC] 3: Genesis", porém todas as expectativas foram jogadas lá em baixo com um filme de terror bem trash e bem diferente (o "gênero" mudou drasticamente de found-footage para algo com filmagem "comum") de seus antecessores, desagradando todo o público. 

Visto que havia cometido um grande erro (lembrando que o propósito de [REC] 3: Genesis era ser bem ~ engraçado ~ como foi), o diretor do filme prometeu trazer uma continuação bem diferente do terceiro filme e prometia trazer de volta todo o clima dos dois primeiros longas. PROMETEU.

Quanto mais adiavam a estréia do quarto filme (cerca um ano para ser definida a real data) mais ficávamos animados com a ideia de poder ter um bom filme de volta à suas origens. Pois bem, temos enfim o primeiro trailer de "[REC] 4: Apocalipse" e podemos dizer que é uma mistura de "[REC] 3: Genesis" com os seus antecessores. Tá TUDO errado.

O grande erro foi ter mantido o estilo de filmagem do terceiro longa (um dos pontos que mais havia desagradado os fãs), deixando de lado sua marca registrada, e trazer alguns elementos que remetem ao longa tão detestado (o motor de barco lembrou muito a serra-elétrica usada no filme antecessor). Sem contar o salto considerável no tempo para que o título tivesse sentido. O trailer não impressiona muito, mas decepciona. As vezes estamos apenas sendo rígidos de mais, então tirem suas próprias conclusões:


Apesar do trailer não mostrar nada disso, aparentemente "[REC] 4: Apocalipse" terá seu início após os eventos do segundo longa e já queremos (apesar de tudo) uma explicação plausível para que Angela não manifeste o ser que não conseguimos dar um nome no trailer (o que foi um dos poucos pontos interessantes no trailer).

"[RED] 4: Apocalipse" estréia na Espanha no dia 31 de Outubro. Sem previsão para o Brasil ainda.

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