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JoJo nos fala sobre vir ao Brasil em 2017, sua amizade com Alessia Cara, CD da Solange e mais

Dez anos separam o último disco de Jojo do seu novo trabalho, “Mad Love.”, e passada uma conturbada relação com sua antiga gravadora, a cantora chega disposta a reconquistar o espaço que possuía com o hit “Too Little Too Late”, buscando ainda encontrar novos fãs, com parcerias que vão do rapper Wiz Khalifa, dono de um dos maiores hits do ano passado, à revelação desse ano e sua amiga, Alessia Cara.



“Mad Love.”
foi inicialmente promovido pelo single “Fuck Apologies.” e, para a surpresa dos próprios fãs da cantora, estreou entre os mais vendidos dos EUA, mas depois de tanto tempo em espera, o caminho a ser percorrido por Jojo ainda é longo e, graças a sua gravadora no Brasil, Warner Music, tivemos a oportunidade de ter uma conversa com a moça sobre tudo isso e mais um pouco.


Confira a entrevista completa abaixo:

It Pop: Oi, Jojo! Eu sou o Gui, do site brasileiro It Pop, e primeiramente queria te agradecer pela oportunidade e confessar que estou muito nervoso, porque sou um grande fã do seu trabalho e é uma honra poder conversar com você.
JoJo: Oh, muito obrigado, querido! É um prazer conhecê-lo!

It Pop: Vamos lá? Você passou um bom tempo longe dos holofotes, mas agora está de volta às paradas com “Mad Love”. Pode falar um pouco sobre como está se sentindo com esse retorno?
JoJo: Eu diria que estou aliviada. Ver esse projeto sendo lançado agora faz eu me sentir como se estivesse fora de mim, e agora o disco está aí, para os meus fãs. Depois de toda a demora, me sinto aliviada, e é maravilhoso porque, como você disse, se passou muito tempo antes desse terceiro álbum e muitas coisas aconteceram. O que eu mais tenho sentido é alivio e gratidão.

It Pop: A gente percebeu que o CD “Mad Love.” traz pontos finais no fim de todos os títulos, você tem alguma explicação pra isso?
JoJo: É interessante. Eu tenho uma tatuagem na minha mão, que diz ‘truth.’, com um ponto final após a palavra. E, pra mim, é como se isso desse força à definição da palavra. Acredito que pontuá-las desse jeito as tornam mais significativas, pois meio que conclui a sua definição.

It Pop: “Vibe.” é uma música que tem chamado a atenção dos fãs e, muito provavelmente, será uma aposta da gravadora para single, mas nós precisamos pedir pra que você lance “I Can Only.” nas rádios em algum momento. Você já tem ideia sobre qual faixa sucederá “Fuck Apologies”?
JoJo: Não, nós estamos tentando focar na divulgação de “Apologies” por enquanto. “Vibe.” é uma música dançante e eu a amo, mas não diria que é a direção que eu quero tomar no meu próximo single. “I Can Only.” é muito boa também; tenho minhas possibilidades e sei a direção que quero seguir, mas acho que devemos continuar promovendo “Apologies”.

It Pop: Alessia Cara, Wiz Khalifa e Remy Ma colaboraram no “Mad Love.”, como foi trabalhar com eles? 
JoJo: Eu fiz poucas colaborações na minha carreira, então essas parcerias experimentais é algo que, definitivamente, eu quero fazer mais vezes. Alessia é uma pessoa que se tornou uma grande amiga e, sem dúvidas, eu a amo. Ela tem mostrado algo único ao mundo e é tão lindo, poderoso e importante. Eu acredito que isso [a parceria] começou quando a conheci, no backstage de um show, tivemos um tempo juntas e ela contou que cresceu ouvindo minhas músicas e era uma grande fã. Quando ela estava na cidade, eu havia voltado aos estúdios, fazendo esse álbum, e mostrei essa canção que ela realmente adorou. 



It Pop: Nós perguntamos aos nossos leitores, quanto aos artistas que eles gostariam de te ver trabalhando, e eles mencionaram Demi Lovato, Kesha e Azealia Banks. Podemos considerar a possibilidade?
JoJo: Oh, claro! Com certeza! Eu estou super aberta. Por que não? Demi é uma cantora incrível. E as outras também são ótimas, por que não?

It Pop: No Brasil, também temos uma cantora pop bem famosa, chamada Anitta, já ouviu falar?
JoJo: Quem? [Repetimos o nome] Hum, não, acho que não...
It Pop: Ela é da mesma gravadora que você no Brasil e achamos que a sonoridade dela combina bastante com esse seu novo trabalho.

It Pop: Algo que nos perguntaram bastante: você tem planos de se apresentar no Brasil com seu novo álbum? Nós amaríamos que sim!
JoJo: Sim! Eu estive no Brasil há algum tempo e foi um momento incrível, então eu realmente quero muito voltar! Eu espero que isso aconteça em 2017, mas quero, sim, voltar ao Brasil, e aproveitar mais tempo na América do Sul. Não tenho aqui uma data para te dizer agora, mas espero que isso aconteça o quanto antes.

It Pop: Sua sonoridade mudou bastante de “Too Little Too Late” para o que conferimos hoje com “Mad Love.”. Quais foram as principais inspirações para esse trabalho?
JoJo: Minhas maiores influências têm sido as coisas que tenho vivido. Eu tive alguns namorados ao longo dos últimos anos e, definitivamente, isso influenciou minhas composições. Meu pai faleceu e isso também me deu muito o que escrever. Mudanças na vida significam mudanças no álbum, então, quando eu voltei aos estúdios, no começo desse ano, tinha uma série de refrãos e letras que eu gostaria que refletissem sobre esse tempo.



Eu e meus produtores nos sentamos e falamos coisas como “sobre o que cantaremos hoje?”, então busquei uma forma da minha música representar o que eu sou hoje, sem tentar colocar pra fora nenhum personagem. Musicalmente, eu diria que minhas influências são também meus maiores ídolos, como Aretha Franklin, Etta James, Janet Jackson, Aaliyah, são artistas que se destacam além de sua música e me inspiram sempre que estou trabalhando em novas canções.

It Pop: E você tem alguma música favorita nesse disco?
JoJo: Eu realmente amo “Edibles.”. Essa música tem um fator que é especial pra mim, ela é maravilhosa, e, realmente, minha música favorita para cantar ao vivo, tanto por conta de sua letra quanto a mensagem que carrega. Minha favorita é “Edibles.”.

It Pop: Qual seu álbum favorito desse ano, com exceção do seu próprio?
JoJo: Meu disco favorito do ano? Hum... Deixa eu pensar... “A Seat At The Table”, da Solange!



It Pop:
Ele é realmente incrível. Por fim, gostaria que nos falasse sobre o quanto mudou da jovem Jojo para a mulher que você se tornou e o que podemos esperar do seu trabalho daqui pra frente?
JoJo: Eu acho que passei por uma evolução natural, como qualquer pessoa dos 13 aos 25, mas só agora caiu a ficha de que sou uma mulher, diferente da adolescente de ontem, e que as coisas mudaram bastante. Talvez a maior mudança tenha sido aprender a ser realmente grata por ser uma vitoriosa todos os dias e eu também acho que minhas músicas precisam compartilhar essas experiências, de uma forma que posso levá-las para outras pessoas que também precisem ouvir isso.

It Pop: É isso aí! Mais uma vez, muitíssimo obrigado, Jojo, e esperamos te ver no Brasil o quanto antes!
JoJo: Obrigado, eu quero muito voltar! Precisamos nos ver por aí!

***

Gente, ela disse que a gente precisa se ver, seria meu sonho? Mas vamos manter  a calma e seguir o protocolo: o disco “Mad Love.” está na íntegra pelo Spotify, incluindo a parceria com Alessia Cara, “I Can Only.”, e o single carro-chefe com Wiz Khalifa, “Fuck Apologies.”. 

Ouçam como se não houvesse amanhã, porque trabalho bom precisa ser divulgado e enaltecido:

A gente bateu um papo com a cantora Kiiara: “Eu não vejo TV, sou meio estranha”

Kiiara é uma das maiores revelações desse ano. A americana, que na verdade se chama Kiara Saunders, tem apenas 21 anos e vem, timidamente, conquistando seu espaço nos charts. Seu primeiro EP, "low kii savage", nos traz uma sonoridade pop-alternativa diferente do que estamos acostumados a ver, que brinca com o trap, r&b e até com o rap, e nos mostra o quanto a menina pode ser versátil. 

Em uma época onde a música pop está dominada por uma onda "tropical house", Kiiara tem conseguido ótimos resultados apostando em seu estilo e sonoridade marcantes. Com seu jeitinho estranho, como ela mesma gosta de se descrever, a garota chegou ao #13 da Billboard Hot 100 e entrou para o top 10 da Pop Songs Charts com "Gold", single do seu EP, mostrando que veio para ficar. E agora, com seu álbum de estréia chegando, podemos esperar coisas grandes da cantora.



Foi nesse período de "ascensão à fama" que tivemos a oportunidade de conversar com Kiiara sobre como ela está se adaptando a esse sucesso repentino, quem são suas inspirações e, claro, o que podemos esperar do seu primeiro disco que chega logo no comecinho do ano que vem. Ao conversarmos com a cantora tivemos a impressão de que ela é exatamente o que passa em suas canções - sua sonoridade diferente e por vezes "estranha" reflete sua personalidade bem tímida e reservada. Foi fácil nos vermos na Kiiara, afinal, com apenas 21 anos e todos começando a conhecer sua música e seu nome, tudo parece ser "too much"

Para começar, “Gold” é um sucesso! Como você vê as mudanças que sua carreira sofreu desde que essa música foi lançada?
Kiiara: Eu lancei “Gold” há um ano no SoundCloud. Desde então, eu percebi que as pessoas estavam ouvindo e comecei a me sentir próxima delas, então, tem sido bem legal.

Você, Charli XCX, Lorde e Carly Rae Jepsen são o futuro da música pop, porque vocês experimentam novos sons que nós não costumamos ouvir nos rádios. Você acha que tem um “som” diferente? Você se vê ditando a próxima tendência na música pop?
Kiiara: Eu não sei o que dizer. Eu não penso muito nisso quando eu estou com meus produtores trabalhando e criando algo. Quero dizer, a gente só faz o que pode, e eu não sei, eu não sinto que essa é a nossa intenção.  

Quais são suas maiores influências musicais?
Kiiara: Eminem, Linkin Park, Rihanna, Yelawolf, Kendrick Lamar...

“Gold” tem feito bastante sucesso no Brasil! As pessoas estão ouvindo a música no Spotify, vendo seu clipe na MTV Brasil todos os dias... Você pensa em vir para o Brasil?
Kiiara: Sim! E eu espero que seja logo. Eu não tenho certeza se quando a minha agenda começar eu poderei ir aí. Mas seria muito divertido!

Falando em MTV, ontem nós tivemos o VMA [a entrevista aconteceu no dia 29 de agosto]. Você assistiu? Estava torcendo para alguém?
Kiiara: Ah, eu vi o VMA! Eu não deixo muito o som da TV ligado, mas deixei. Toda vez que eu o ligo tenho a sensação de que tem muita coisa acontecendo. Eu não vejo TV, sou meio estranha.

O EP “low kii savage” tem 6 músicas e elas são muito diferentes, não tem nada em comum. É possível saber o caminho que você vai tomar com seu primeiro álbum? Na verdade, você pode dizer alguma coisa pra gente sobre o seu primeiro álbum?
Kiiara: O novo álbum vai sair em Janeiro e... eu não quero revelar muita coisa!

Sobre o EP: “low kii” vai ganhar um novo single?
Kiiara: Bem, eu não tenho certeza, mas "low kii"... bem, não tenho certeza.

Última pergunta: você já passou por uma situação onde teve que desistir de algo ou alguém que você amava porque era a coisa certa a se fazer?
Kiiara: Sim, eu não estou vendo muito a minha família. Tem sido difícil. 

***

Ainda não sabemos como o álbum de estréia da Kiiara vai se chamar, mas, como ela mesma revelou, chega logo logo em Janeiro do ano que vem. Enquanto isso, escute o "low kii savage", primeiro e ótimo EP da garota, para já se viciar e ficar na expectativa para seu primeiro disco.



Aproveitamos o espaço para agradecer a Warner Music Brasil pela parceria e colaboração para que essa entrevista acontecesse e também a Kiiara que, mesmo tímida, foi super atenciosa e gente como a gente. 

Catfish Brasil estreia nesta quarta, na MTV, e a gente bateu um papo com seus apresentadores

Mais vale um crush na mão do que um fake nos enganando, né? E quem se passa por outras pessoas pela internet pode começar a ficar esperto, porque estreia nesta quarta-feira (31) o Catfish Brasil, na MTV, e nunca se sabe quando você será a pessoa desmascarada, né?

No formato americano, “Catfish” é uma série comandada por Max e Nev, uma dupla de stalkers formados, que buscam por histórias inusitadas de amores pela internet e vão atrás das pessoas por trás dos monitores, no intuito de saberem se eles realmente são quem dizem ser.


No Brasil, o programa será comandado por Ciro Sales e Ricardo Gadelha e, por seu primeiro episódio, qual assistimos com exclusividade, podemos garantir que o formato seguiu bem fiel ao original. Em tempo, batemos um papo com os apresentadores nesta segunda (29) e conversamos bastante sobre essa estreia do Catfish Brasil, suas expectativas e mais um pouco.

It Pop (Gui Tintel): Eu assisti agora há pouco ao primeiro episódio do “Catfish Brasil”, tivemos acesso à estreia. 

Ciro: Aaaaah! (Risos) Você também já assistiu? Não dá spoiler pra gente, porque não vimos ainda, hein!

It Pop: Não, pode deixar. Não vamos.

Sou muito fã da versão original de “Catfish”, acompanhei e pirava com várias ideias, e queria saber se vocês também assistiram, chegaram a fazer uma maratona para pegar pontos importantes nessa releitura ou algo do tipo?

Ciro: Na verdade, eu não conhecia o programa quando fui chamado pro teste. Mas depois eu fui me inteirar e, na verdade, eu achava que não conhecia, pois eu já tinha visto e gostado bastante. Me lembro que, quando eu assisti, não sabia que era um programa, algo que pudesse acompanhar, sabe? E fiquei muito impactado com esse primeiro episódio. Depois, quando soube o que tava rolando, de fato, eu comecei a ver vários episódios americanos e aí o interesse também vem para assistir ao filme.

Sobre a sua pergunta, se a gente assistiu muito ou fez uma maratona, o nosso processo de preparação para fazer [o programa] é engraçado, porque muita gente acha que tem um formatinho, todo engessado, e que a gente tem que ficar assistindo ao americano pra fazer exatamente igual, e, na verdade, o processo de preparação para isso é muito mais pra gente apurar o nosso faro e dominar as ferramentas que estão ao nosso alcance, do que exatamente estudar os episódios da versão americana. Óbvio, dentro disso, a gente assiste alguns episódios, pra ver as histórias desenrolando e também por questões de produção, enfim, mas é muito mais... Como a gente tá falando de um reality, de histórias reais, pessoas que estão ali com todo o seu sentimento e apostando muito naquilo, é muito mais uma preparação de como lidar com isso, sabe?

Ricardo: Eu também não conhecia o programa. Até a primeira etapa do teste, nunca tinha visto um episódio. A partir do momento em que fui permanecendo nessas etapas, foi que eu comecei a assistir e, claro, depois que confirmaram minha participação, vi alguns episódios, tanto do colombiano como do americano. Mas é como o Ciro te falou, a nossa preparação não exigia essa intimidade com as versões anteriores.

It Pop: Vocês falaram sobre ser um “reality show”, até aonde do que a gente assiste é realidade? Existe uma preparação, algo pré-discutido, ou o momento em que vocês revelam as descobertas é justamente aquilo que vemos na TV?

Ricardo: É absolutamente verdade. Sempre é gravado na primeira. Na verdade, existe um esforço contrário, pra que a gente concentre [neste momentos de revelações]. Nos momentos, por exemplo, em que você vai trocar a pilha de um microfone, a direção pode pedir “poxa, esperem um pouco, não se falem agora”, sabe? Tô eu e o Ciro, de frente pro computador, descobrimos que o “Joãozinho” não é o “Joãozinho”, ele é o “Fernando”. Automaticamente, a gente quer falar disso, é um impulso natural, né? Queremos falar sobre o que vimos. Mas se é uma cena mais delicada, a orientação é justamente pra que usemos o “ação!”, o “gravando!”, como o espaço do nosso trabalho. De maneira nenhuma existe algo pré-citado, acho que uma das grandes virtudes desse programa é isso: tudo está acontecendo em ordem cronológica, sequencial.

Ciro: Isso é o que confere essa capacidade que o Catfish tem de envovler quem está assistindo, porque, de fato, Ricardo, eu e a pessoa que está procurando o programa, a gente vive aquela história ali, em tempo real. Nem eu, nem o Ricardo sabemos nada sobre o que vai acontecer. Pra você ter uma noção, você vê que a gente viaja, mas a produção só nos manda assim “preparem uma mala com roupas de tantos à tantos grays”. A gente não sabe [para onde vão], porque a ideia é justamente que a gente vá descobrindo. Por exemplo, sei lá, se a gente vai para uma cidade do norte, no meio da Amazônia, é muito importante pro programa ter a nossa descoberta disso. Porque estaremos pesquisando e aí descobrimos que, na real, o cara não está em lugar X, ele está em lugar Y, e encontrar alguma pista que confirme isso, até que possamos dizer “então vamos pra tal lugar”, isso somos Ricardo e Ciro descobrindo em tempo real. Isso é um trunfo do Catfish.

It Pop: Eu percebi também que, fora a gravação da própria MTV, com o que vai para a TV, vocês também fazem algumas gravações entre vocês mesmos. Isso será utilizado em algum material posteriormente, pra internet, quem sabe?

Ciro: A gente faz o que chamamos de “self recorded”, como se fosse um diáro de bordo. Confesso que, sobre a utilização desse material, ainda não tenho muita certeza do que será feito, mas deverá se tornar um conteúdo exclusivo.

Ricardo: A gente produz ambas as coisas, Gui. Tem momentos que fazemos essa gravação de nós mesmos, como um diário de bordo, para uso do próprio episódio, tem momentos que é usado para veicular em mídia digital, para web, ou para assinantes. A gente gera muito conteúdo e pode, de repente, ir só para o aplicativo, só para o MTV Play, pra poder estimular que as pessoas passem por lá. A gente também grava cenas extras, o episódio termina e depois tem uma entrevista com o Catfish, para entender melhor porque aquela pessoa fez aquilo, como que ele, enfim, são coisas que não necessariamente estão no episódio, mas que existem esses materiais gravados e vamos explorá-lo. Quando formos reapresentar a temporada, acrescentando cenas extras... Enfim, tem aí um mundo de oportunidades.

It Pop: Bacana. Quantos programas foram gravados? Vocês podem adiantar isso?

Ricardo: A gente já gravou oito episódios da primeira temporada.

It Pop: E essa primeira temporada será composto apenas por esses?

Ciro: Isso, infelizmente. E a gente depende de você, pra que essa primeira temporada seja um sucesso, bombar no Brasil...

It Pop: Ah, vai ser, com certeza, gente! E pode deixar, vamos divulgar e enaltecer. (Risos) E sobre esses episódios da primeira temporada, não dando spoilers, mas teve algum caso que vocês ficaram super chocados, aconteceu alguma coisa inusitada ou reação que vocês não estavam esperando?

Os dois rindo: Cara, muitos!

Ricardo: É impressionante, porque a cada episódio, a gente fica “cara, esse episódio foi foda!”, desculpa falar assim, mas “esse episódio foi incrível e nada vai superar”. Aí a gente vai gravar um outro episódio e, “MEU DEUS DO CÉU! O que foi isso? Isso é verdade!? Não acredito”. Enfim, a gente teve, realmente... Tivemos uma demanda muito grande de histórias reais acontecendo no Brasil, foram 1.301 histórias, então você imagina que a MTV fez um filtro das mais interessantes. Esse primeiro episódio que você assistiu, não me conta o que acontece, esse primeiro é um episódio muito interessante. Mas aí o segundo vai vir e você não vai acreditar no que vai acontecer.

Ciro: O episódio mais inusitado é aquele que você está fazendo naquela hora, pra gente. Porque é um envolvimento muito forte, assim, a gente sai do set e o nosso set é diurno, então a gente começa a gravar muito cedo, cinco, seis horas da manhã a gente já tá acordado, e ficamos até o pôr-do-sol. Quando chegamos no hotel, eu preciso de umas duas horas sozinho, pra digerir o dia, sabe? Você volta pro Rio depois de seis, sete dias de filmagens, e fico um dia inteiro na cama, em casa, então são histórias que te consomem muito. A gente é tragado pra dentro de uma “DR” enorme de pessoas que nunca se viram, estamos juntos ali, numa crise afetiva de proporções tsunâmicas, entendeu? Dentro da vida daqueles caras. Não é como se fosse um amigo pedindo ajuda, se fosse, ok, mas eu nunca vi aquela criatura na vida, então existe um esforço nosso de estar numa maneira muito empática, compassível com quem está nos procurando e com a pessoa que está por trás, do outro lado da história, que não necessariamente é um vilão ou cara mau caráter.

Ricardo: O que eu acho mais inusitado, que me prende sobre isso, é justamente a possibilidade das pessoas serem muito mais do que a gente vê a princípio. O Catfish tem me ensinado a olhar de forma mais compassível mesmo, se colocar no lugar do outro, é uma coisa de empatia. Eu não consigo receber uma história que diz “ai, falo há não sei quanto tempo com fulano” e pensar “AH, NÃO É POSSÍVEL!”, porque a gente está tão comprometido em entender o que está por trás, que não há espaço para julgamentos dessa natureza, sabe? Então isso muda a gente como pessoa, nos coloca numa posição muito positiva, que é essa de poder ajudar alguém a superar algo. E sobre o que mais nos surpreendeu, particularmente, é perceber quando o amor prevalece. Quando alguma coisa é revelada ou, de repente, a pessoa não era aquela, contou algo que não era verdade, mas eles construíram algo tão forte, tão concreto, que vale a pena dar uma chance para continuar.

Ciro: Tava aqui pensando, o que há de mais inusitado pra mim nesses casos, mais do que escolher um, é o fato dessas pessoas realmente estarem envolvidas. As expectativas, os sentimentos, são exatamente o que eu e você temos em nossas vidas amorosas. As pessoas que sofrem por amor presencialmente (risos), sem ser por meios virtuais, compartilham exatamente as mesmas dores do que o cara que está numa relação virtual. Isso, pra mim, foi uma surpresa. Talvez por ignorância, por não conhecer muito desse mundo, e acho que é um senso que paira um pouco pela opinião pública. Acredito que o programa tenha um papel importante de colocar esse pingo no “i”, sabe? Não é por ser um relacionamento online, que será um peguete, um crush, só uma transada. Tem gente que vê na internet um meio de encontrar seu grande amor, mesmo. No próprio Tinder, você lê as inscrições e tem algumas, tipo, “Cara, se você quer só me comer, não dê like, estou em busca de uma relação”. Então, eu acho que o programa qualifica um pouco isso, traz uma pegada mais madura, mais humana, mesmo.

Ciro: Nessa linha, mudou muito o meu olhar sobre a questão do relacionamento à distância. Eu e o Ricardo somos muito parecidos nisso. Sou uma pessoa muito ligada à presença, ao toque, se a gente tivesse fazendo essa entrevista pessoalmente, eu ia te dar um abraço no final, por essa coisa do toque, mesmo, do olhar. Então tem essas pessoas envolvidas nos casos, elas mostram que essa noção da presença é muito relativa. Um garoto, por exemplo, não tô dando spoilers, tem as fotos da garota impressas e coladas na parede do armário, e ele acorda toda manhã e dá “bom dia, meu amor”. Ele sente que ela está ali, ele grava áudios todos os dias. Ela tá tão presente na vida dele, que eu não consigo dizer que, “ah, não tem a presença”, sabe? São outras formas de se fazer presente e, às vezes, é uma presença muito mais qualitativamente rica do que uma pessoa que dorme contigo e você sai da cama sem dar bom dia – não que eu já tenha feito isso (risos).

It Pop: Se entregando! Hahaha! Gente, só pra fechar, eu quero saber o que vocês esperam da reação das pessoas num geral, tanto pra quem já conhecia o reality quanto pra quem terá agora o seu primeiro contato.

Ricardo: a nossa expectativa é que seja “CARACA QUE PARADA INCRÍVEL, VOU VER TOOOODOS!”.

Ciro: a nossa expectativa é... Você conhece a banda nova do Chay Suede, que ele lançou agora, Aymoreco? A nossa expectativa é que seja uma “Chuva de Like”. (Risos)

***

Eles são uns fofos, gente! Só não parecem tão legais enquanto estão desmascarando todo mundo, né? Chegaram pra expor a gente na internet. O Catfish Brasil estreia às 22h desta quarta (31), na MTV, e contará com episódios inéditos semanalmente. A gente divulga e enaltece porque vale a pena SIM.

Entrevistamos o MC Guimê: “Mulher tem que ser respeitada e valorizada”

O funk no Brasil surgiu como uma voz das periferias de uma forma um tanto parecida com o samba, cem anos atrás. Teve um período relativamente de alta entre 2005 e 2006, vi um cenário estável, porém promissor, a partir o meio dos anos 2000. Mas o ritmo sempre foi muito segmentado, sendo produzido principalmente no Rio de Janeiro. O Furacão 2000 que diga, já que foi responsável por quase 100% dos funks que estouraram década passada.

Até que os paulistas decidiram que também sabiam fazer um som que representasse a periferia. E fizeram. Daí surgiu o funk ostentação, que começou a bombar no Brasil todo no começo da década atual. Mesmo apesar do esforço de nomes como KondZilla, fundamentais até hoje para a vertente, o funk (tanto carioca quanto o paulista/ostentação) continuaram um tanto underground, e esse cenário só começou a mudar com o estouro de dois nomes.

Anitta no Rio e MC Guimê em São Paulo foram os dois grandes nomes que abriram os caminhos para o funk adentrar as lojas, os streamings, as rádios e, consequentemente, as paradas. Guimê, especialmente, fazia shows desde os 17 anos, mas só começou a ganhar espaço no mainstream aos 20, com o hit "Plaquê de Cem". E pra quem achava que seria só mais um funk a fazer sucesso, vieram outras sensações ainda maiores. 

"País do Futebol", de 2013, foi um grande hit que fez até parte de trilha sonora de novela da Globo. Vieram as parcerias: em "Suíte 14", ele arriscou misturar o funk com o sertanejo com a dupla Henrique & Diego e foi conhecido por novos públicos, além de ser um dos sucessos absolutos do ano passado; em "Lindona", ele se juntou com DJ Dennis; e mais recentemente, surpreendeu ao flertar com um estilo musical que também tem ganhado espaço no cenário nacional, a eletrônica, no single "Viva La Vida", com o Tropkillaz. Mas Guimê vai mais longe, e diz que não tem seus colaboradores apenas como parceiros: "Além de grandes músicos, tenho eles como amigos".


Quatro anos após estourar, Guimê assinou com a Warner no começo de 2016 e finalmente está prestes a lançar seu primeiro disco de estúdio, "Sou Filho da Lua", que como ele mesmo adianta, leva um pouco da sua realidade, como "um desabafo" (nada mais Guimê, né?). Remetendo à própria época em que ele escrevia as canções, bem como ao seu começo.

Sendo um dos representantes desse funk cada vez mais pop, o funkeiro topou bater um papo com a gente e, se você acha que já teve uma noção da nossa conversa por conta desse texto, pense duas vezes e continue lendo.


It: Você e a Anitta são alguns dos maiores nomes do funk, desde que ele reconquistou o mainstream. Como você enxerga isso? O que acha que contribuiu pra que abrissem esse espaço para o gênero?

Guimê:  Acho que era o momento do funk chegar com força. Graças a deus, eu cheguei com o meu trabalho e a Anitta com o dela. Acredito que a gente conseguiu representar esse movimento, esse gênero, e chegar longe. Eu cheguei a ir pra fora do país, meu trabalho chegou em trilha sonora de novela. Foram passos fundamentais pra que o gênero chegasse ao mainstream e a galera se ligasse no nosso trabalho. Tudo o que eu sempre fui fazendo, sempre quis chegar longe, mirar em algo alto... É a recompensa. O que a gente planta, a gente colhe. Eu plantei muito disso, muita coisa grande.

It: Algo bacana no seu trabalho são as parcerias além do funk. Teve “Suíte 14”, com Henrique e Diego, “País do Futebol”, com Emicida, e agora “Vila La Vida”, com Tropkillaz. Como surgiram essas colaborações?

Guimê: Pra mim, é muito maneiro trabalhar com essa galera. Além de serem grandes músicos, tenho eles como amigos. Todos eu conheço, encontro, vamos em ‘rolês’. Os caras são muito maneiros. O Emicida é um cara que, lá atrás, desde o meu começo, me apoiou. Acreditou em mim e me dava conselhos. As parcerias com ele foram coisas naturais. Quando eu ouvia uma música, pensava ‘mano, tenho que chamar o Emicida nessa’. Com ele, foi assim também. Ele fez o disco dele e me chamou. Estou junto e misturado com esse mano, sou ‘fanzão’ dele. Com Henrique e Diego, foi outro convite que eu recebi. Partiu deles, através dos empresários, e aí quando eu escutei o som, já imaginei que seria aquele sucesso e disse que queria fazer meu verso. Foi um grande dia, fico grato, os caras são parceiros. São histórias diferentes, mas com muitas semelhanças. São sonhadores, que acreditam na música, vêm de família difícil. Tropkillaz também, mesma parceria. O Laudz foi em vários shows comigo, sempre conversando sobre essa experiência musical. Sempre fui muito fã disso. Nessas parcerias, eu posso falar que dei um tiro certo. Só pessoas do bem e comprometidas com o trabalho.


It: Ter escolhido uma parceria na EDM, que também tá em ascensão, foi algo proposital?

Guimê: Como eu disse, foi um lance de amizade, e de curiosidade também. Trabalhar junto e ver como ficaria uma música do Guimê com o Tropkillaz. Convidei os caras pra fazer um som no meu disco e eles aceitaram. Tínhamos o plano de fazer mais faixas, mas como o disco estava com o tempo apertado, a gente fez essa “Viva La Vida”. Temos planos de fazer mais, fazer mais shows também. Essa parceria é muito próxima. Não só eu, mas outros artistas provaram isso. A vinda do Jack Ü ao Brasil, que eles tocaram funk, tocaram Safadão... Até o próprio Diplo, a gente se conheceu e ele falou do meu trabalho. O eletrônico gosta do funk, da música de pista. Não tem porque a gente não se juntar e quebrar as barreiras.

It: Como artista, você também tem uma responsabilidade social, a partir do que transmite por o que já viveu. Acredita que a sua música contribui de alguma forma neste sentido?

Guimê: Acho que contribuiu de forma positiva. Têm dois pontos de vista. Tem pessoa que vai falar “poxa, isso não é legal”, mas eu já acredito muito que contribuo de forma positiva, porque é isso que meu trabalho leva para o público, a alegria, a inspiração. E é uma parada que eu peguei de artistas que me inspiravam. Sempre escutei funk e queria provar na minha casa que eu seria funkeiro, músico, que teria estúdio, seria trabalhador. Eu quis representar isso. Hoje não é diferente. Quero mostrar esse lado da pessoa chegar onde ela chega com o suor dela, com a dedicação dela, e meu trabalho é assim. Me dedico muito ao que eu faço e tenho que passar essa visão, tenho que ser espelho. Passo essa imagem de ser um cara que trabalha, corre atrás, sempre quando me dedico e faço as coisas, acontece. A galera que conhece minha realidade sabe que para um fã meu, chega a ser engraçado, mas o fã acreditava em mim lá atrás. Tem montagem na internet, com uma foto minha fazendo vídeo caseiro, lá atrás, e anos depois no Faustão. O fã viu esse crescimento acontecer. A gente tem que sonhar, os sonhos são possíveis de serem realizados. Você tem que acreditar no seu sonho, correr atrás. Minha contribuição é essa: inspirar a molecada, passar essa magia. A gente já vive muito sofrimento, muita tristeza e barato ruim que passa na tevê e outros lugares. Minha música é uma forma de correr pra alegria.


It: Há pouco tempo, você também colaborou com a Lexa. É diferente dividir estúdio com alguém que você tem algo além da música em comum?

Guimê: É mais especial ainda. Se, com amigos, já é especial, já tá feliz, com a mulher, então, é muito mais amor. Fico feliz de saber que sou casado com uma mulher que vive a mesma parada que eu. Podem ser trabalhos diferentes, mas é a mesma coisa. É uma honra. Conheci ela fazendo o trabalho dela e já falava, “essa mina tá vindo com tudo”. A gente se conheceu e, através do trabalho, se encantou. O profissionalismo, o jeito de ser dela, deu certo. A música tá dentro da gente, faz parte. É o [nosso] cupido.

It: Repetiriam essa parceria?

Guimê: Sim, tudo depende dos projetos. Esse trabalho que rolou foi natural, e gosto de fazer as coisas ao natural, música boa. O dia de amanhã quem sabe é Deus. (Risos)

It: E quanto aos outros nomes, tanto brasileiros quanto gringos, tem algum que gostaria de trabalhar?

Guimê: Muitos. Sou um cara que vive escutando música. Entro no carro, escuto música. Estou em casa, escuto música. Inclusive a Lexa brinca, diz “Eu gosto de música, mas você...”. Tenho vários sonhos. Do hip-hop americano, para ser sincero, quase todos. No rap nacional muita galera, Mano Brown por exemplo. Também gostaria de trabalhar com Seu Jorge, Jorge Ben Jor. Diversos nomes da música. Sertanejo, forró... Tudo! (Risos)


It: Hoje em dia se discute bastante sobre o machismo na música e, como muitos outros gêneros, o funk tende a objetificar a mulher. Como você enxerga esse cenário? Acredita que pode mudá-lo de alguma forma?

Guimê: Antes de artista, tem que ser humano. E ser humano é valorizar o próximo. A mulher tem mais valor ainda, é uma jóia rara. Todo mundo gosta de mulher, seja por amizade ou qualquer outra coisa, A mulher tem que ser respeitada. Temos que dar valor e não tem que ter essas paradas de machismo. Ninguém é maior do que ninguém, cada um tem o seu espaço. O artista tem que ser humano e passar essa visão, pra que outras pessoas se inspirem nisso,  e não se acharem que são mais do que ninguém. Também [serve] em relação às outras coisas, tipo cor, crença, sexualidade. Cada um tem o seu estilo, sua vida, e seu jeito de ser. Hoje em dia, tem mulher forte, mulher magra, homem forte, homem fraco. Isso [de preconceito] já era hoje em dia, foi criado na cabeça das pessoas. 


It: O que mudou do Guimê de hoje, para aquele de “Plaque de 100”, de 3 anos atrás?

Guimê: Evolução, como profissional e como pessoa. Aprendi muito, amadureci muito. Sempre fui muito sonhador. As coisas começaram a acontecer comigo quando eu era novo. Com 17, 18, comecei a fazer bastante show. Com 19, já tava numa fase top na minha vida, um sucesso e tanto. Hoje, com 23, parece pouco, mas sinto que muito tempo passou. Evoluí muito, amadureci, e acho que agora venho trazendo isso para meu trabalho, minha imagem, algo profissional, planejado. Não que aquela época não fosse, mas não tinha escritório, estrutura, recurso. Hoje estamos fazendo uma parada mais bem feita, fazendo como homem grande e representando.

It: Seu disco de estreia se chama “Sou Filho da Lua”. Pode falar um pouco sobre a escolha do nome?

Guimê: Estou há um ano trabalhando nele. Não sabia qual nome eu iria dar, estava naquela dúvida. Com o passar do tempo, uns 4 meses trabalhando nele, fiz o som chamado “Sou Filho da Lua”. E achei que ele tinha que ser o nome, a cara do disco, a turnê. Por todas [as músicas] tenho uma grande história e identificação, mas a “Sou Filho da Lua” passou minha realidade, um desabafo, o que eu estava vivendo quando fiz o disco e do meu começo também. Tem um verso que é “na luta, meu truta, sou filho da lua. Na rua sentei e na vida pensei. O trono de rei, por que não? Eu sei”. É meio que querer chegar cada vez mais longe, acreditar nessa parte mágica do mundo, e, além de qualquer coisa, é sobre algo que a gente não dá valor e que está muito próximo de nós, que é a natureza. É olhar pra lua, ver a lua. Quantas vezes as pessoas se pegam vidrada olhando o celular ou pensando em tantas coisas e não olham pra lua, pro céu? Claro que, com o celular, a gente olha menos, né? (Risos) Mas eu, graças a Deus, sempre olhei muito, quando criança principalmente. Trouxe isso para minha verdade hoje em dia. Sou filho da lua. Comecei a viver a noite, troquei o dia pela noite. Mas deu certo, as coisas aconteceram, Deus me abençoou. Eu olhava pra lua e imaginava que poderia crescer, viver, ser um cara realizado, e hoje eu sou. É isso que venho trazer, esse amor pela lua.

It: E quais são seus planos após o lançamento do CD?

Guimê: Ainda estamos parados, pra ser sincero. Eu estava muito focado em ver o disco ficar pronto. Agora, está em fase de mixagem, últimos detalhes, então não vejo a hora de ver esse lance pronto. Mas tenho outros planejamentos, que é fazer músicas novas, parcerias, videoclipes. Quero levar o meu trabalho lá pra fora, o que é um sonho meu. Conheci a galera de lá, então sei o quanto é grandioso e maneiro, o trabalho lá de fora. Tenho essa vontade de levar pra fora, fazer parcerias, e também sei que eles têm uma afinidade e carinho pelo funk, pela música de rua. Quero chegar cada vez mais longe.

Entrevistamos o Lukas Graham: “Não acho que ‘7 Years’ seja a melhor música do meu CD”

Lukas Graham foi o dono de uma das músicas mais irritantemente bem sucedidas do ano. O cara, vocalista da banda que leva o seu nome, emplacou ao redor do mundo o hit “7 Years”, do seu segundo CD, e por mais que fosse essa uma música cheia de mensagens positivas, como muito do que ele faz e diz, ela tocou tanto, mas tanto, que ninguém aguentava mais ouvir.

O sucesso, por sua vez, é merecido. Principalmente sendo Lukas Graham um dos acontecimentos mais próximos de uma banda de rock nas paradas esse ano, chegando ao #2 da Billboard Hot 100 e atingindo ainda o topo das paradas Mainstream e Adult Top 40.


Foi nessa agitada temporada de sucesso que tivemos a oportunidade de conversar com Graham por telefone e falar um pouco sobre essa figura que, aos poucos, vinha ganhando o mundo. Uma das nossas primeiras impressões é o fato do cara ser fofíssimo MESMO, exatamente como demonstra em suas músicas, e depois descobrimos ainda que, se não fosse músico, ele teria futuro em algum curso de humanas, sendo tão de boa quanto o pessoal que vende artesanato feito com as coisas que a natureza nos dá. Conhecê-lo só nos deixou ainda mais apegados ao seu trabalho. Confira nossa conversa abaixo:

Você já cansou de responder sobre “7 Years”, né? Mas nos conte algo sobre você de sete anos atrás.
Lukas: Como você sabe? (Risos) Há sete anos... Há sete anos eu estava viajando da Argentina para o Brasil, por causa da Semana Santa.

Muitos dos artistas cantam sobre seus pais e relacionamentos quando essas histórias são tristes, cheias de tragédias, mas esse não é o seu caso. O que te motivou a cantar sobre seus pais?
Lukas: Eles me mostraram todas as coisas boas da vida e as ruins também. Pra mim, eles são as maiores inspirações para viver,  porque me mostraram que um casal pode ficar junto para sempre, sem precisar passar por separações, divórcios e todas essas coisas.

Sua música tem uma mensagem muito positiva e, de certa forma, isso contrasta com o seu visual. Acha que isso pode ser uma razão pra que as pessoas ouçam o seu trabalho?
Lukas: Eu não me importo com a maneira que me visto. O que me importo é sobre as músicas serem ou não boas. Quero é que se foda quem está preocupado com isso. (Risos)

Você ainda está longe dos 60 anos, mas você considera essa idade marcante, por conta do falecimento do seu pai. Como você se imagina aos 61?
Lukas: Olha, nós vamos ter que descobrir, porque eu realmente não sei. (Risos) Sabe? Eu gosto que as coisas sejam inesperadas. Então, só trabalho duro e espero conseguir dar sempre o meu melhor para as pessoas.

Sobre suas músicas, você tem uma sonoridade bem diversificada. No seu disco, você vai do soul à folk music em questão de minutos. Você acha que tem alguma música perfeita para suceder o sucesso de “7 Years”?
Lukas: Não acho que “7 Years” seja a melhor música do álbum. Eu gosto de misturar os gêneros, muitos instrumentos, e acho que isso depende muito do que você está sentindo no momento. Se isso vai funcionar [para as rádios], isso vai funcionar. Se não for para funcionar, isso não vai funcionar. Entende?

E você tem alguma música favorita no CD?
Lukas: “Strip No More”. Pra tocar ao vivo, é “Strip No More”, essa é uma música muito especial.

Algo que não deixei de perceber é que seu álbum não tem participações especiais. Agora, que ficou mais famoso, suponho que tenha mais oportunidades de trabalhar com outros artistas, há algum que gostaria de fazer isso?
Lukas: Não nos meus próprios CDs. Eu prefiro que meus discos sejam apenas comigo. Não que eu seja egoísta ou algo do tipo, mas tenho a impressão de que, se estiver numa música com outro artista, estarei comprometendo a minha integridade.

Você já falou algumas vezes sobre não fazer música pela fama e dinheiro, mas você já está relativamente famoso e, com isso, ganhando dinheiro também. Já teve tempo de fazer alguma extravagância com o que tem ganhado?
Lukas: Eu já fui estúpido com meu dinheiro e já fui cuidadoso também. Comprei uma casa pra minha mãe e comecei uma companhia, então acho que estou bem. O dinheiro não existe de verdade, somos nós que continuamos inventando-o. O que existe é o amor e a família, isso é real.

Essa é a minha última pergunta. Você canta sobre amor, sua família, etc, e isso te deu a fama do “cara mais legal das paradas” [no auge de “7 Years”]. Não acha que isso pode te atrapalhar de alguma forma, caso pense em mudar a direção dos próximos álbuns? Quero dizer, não consigo te imaginar cantando sobre “make that pussy rain often”, como o The Weeknd, sabe? (Risos)
Lukas: Quando você decide ser artista, você sabe o que quer significar. Eu sou um cara completamente normal. Vim de um lugar que a polícia não gostava de estar, mas, quando estava voltando pra casa, andava pela rua cumprimentando todos e isso é exatamente o que eu sou. 

***

O álbum “Lukas Graham” está disponível nas principais plataformas de streaming e, em seu lançamento, alcançou o topo das paradas dos EUA, Austrália, Canadá e Reino Unido. A última música de trabalho extraída do CD foi a baladinha “You’re Not There”, sucedendo as faixas “Mama Said”, “Strip No More” e o hit que durou “7 Years” nas paradas.


Aproveitamos o espaço pra agradecer a Warner Music Brasil pela parceria e colaboração pra que essa entrevista acontecesse e, mais uma vez, ao Lukas Graham, que foi gente boa demais nessa conversa.

A gente entrevistou o Albert Hammond Jr, dos Strokes: “O indie rock atual é meio entediante”

A gente está APAIXONADO pelo Albert Hammond Jr. Se não bastasse ser um puta guitarrista na banda Strokes, que fez nossa adolescência e há pouco, com o disco “Comedown Machine”, também a nossa felicidade, o cara tem um projeto solo desde 2006, com seu próprio nome, que ditou a setlist do seu show durante uma passagem pelo Lollapalooza Brasil 2016.



Com um show que agradou dos fãs do bom e velho Strokes aos curiosos que não faziam ideia de quem fosse o músico, Albert apresentou, em sua maioria, faixas do disco “Momentary Masters” (2015) e, minutos após a sua apresentação, nos recebeu em seu camarim, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, para um rápido bate-papo.

Simpático DEMAIS, o americano nos falou sobre as diferenças entre seu trabalho solo e com os Strokes, quais são suas parcerias dos sonhos e o que ele acha do cenário do rock indie atual. Rolou ainda um momento bem inusitado em que, por uma má tradução, ele pensou que Eminem e Marina & The Diamonds estavam tocando juntos no festival, hahaha!

Confira nossa conversa abaixo:

A gente tem a impressão de que você se sente mais confortável com suas músicas próprias do que com as dos Strokes. É mais fácil lidar com um trabalho que você é o líder?
Albert: “Bem, eu não acredito que nada que você faça bem será fácil. Eu amo ambas as músicas [solo e com os Strokes]. São duas formas diferentes de me expressar. Geralmente, se é você quem está cantando, é uma coisa com mais paixão, porque você tá expressando seus pensamentos.”

E você gosta mais de alguma delas?
Albert: “Ah, eu gosto de escrever músicas e também gosto de tocá-las, então eu não sei se eu gosto mais de uma do que da outra. Tipo, eu REALMENTE amo fazer as duas coisas, sabe? Isso é um fato.”




Tão rolando muitas especulações sobre novas músicas dos Strokes. A gente está próximo de um novo álbum?
Albert: “Sei que estou fazendo entrevistas por conta própria, mas acho que é um pouco estranho falar por um projeto no qual sou apenas o quinto de todos, então eu acho melhor todos nós esperarmos até que os Strokes esteja como um grupo para dar essa resposta, entende?”

Tem algum show que você gostaria de ver nesse Lollapalooza?
Albert: “Quem está tocando hoje?”, ele nos pergunta. “Eu adoraria ver a Florence + the Machine, ela é incrível! O Eminem já tocou?”

O Eminem tocou ontem. Ele e a Marina & The Diamonds, conhece?
Albert: “Pera, o Eminem tocou COM ELA?

NÃAO! Eles tocaram AO MESMO TEMPO. 

[Todos riem.]

Próxima questão: no seu projeto solo, você tem mais liberdade pra fazer umas coisas mais ousadas. Tem alguma parceria inusitada que você gostaria de fazer?
Albert: “Tenho umas treze ou quinze músicas para meu quarto disco e tem uma música que eu realmente acho que seria legal se o Josh [Homme, do Queens of the Stone Age] fizesse um solo comigo. Tem algumas pessoas diferentes que eu gostaria de trabalhar, tipo o Matt, do Arctic Monkeys. Eu adoraria colocá-lo pra tocar bateria em alguma canção.”

Talvez algum artista pop? [“Marina and The Diamonds?”, brincamos]
Albert: “Marina & The Diamonds? Hahahah. Oh, por que não?! É muito hipotético, mas sim. Eu adoraria colocar a Sia pra fazer alguns ‘ooohs’ e ‘aaahs’ incríveis ou talvez um backing vocal, sabe? Tipo, um vocal forte feminino ao fundo... Mas essa é uma boa questão porque, pra falar a verdade, eu nunca parei pra pensar nisso.”




A última questão é sobre a cena atual do indie-rock. O que você tem pensado sobre isso? E tem algum nome novo que você considera promissor?
Albert: “Eu não sei... Pra ser honesto, às vezes o cenário atual é meio entediante porque, pra mim isso se tornou... Eles meio que não dão novos passos e tocam músicas que te façam se sentir mais animado. Muitas das músicas são mais… Relaxantes. Sempre que eu ouço o indie rock de hoje, é assim que isso soa pra mim. ”

E o que você tem ouvido ultimamente?
Albert: “O meu iPod”, ele responde sério e então cai na risada. “Zoeira! Bom, como estou trabalhando num disco novo, provavelmente é ele que eu estou ouvindo...”. Ele pega o celular e abre o Spotify: “No verão passado, eu fiz essa coisa [uma playlist] para uma festa, não lembro direito, mas olha, tem The Clash, Temptation, Blondie, Joy Division, The Cure, Queen, Michael Jackson, David Bowie, The Knife, Pulp, Stevie Wonder, Estelle, Madonna, M.I.A., Roxy Music, New Order... Essa é uma boa resposta? Eu ouço o que meu coração mandar”, diz ele e ri outra vez.



Nós já dissemos que ficamos apaixonados pelo cara? Com o fim da entrevista, o músico nos cumprimentou e, de maneira bastante descontraída, comemorou seu merecido descanso, já que havia acabado de tocar há alguns minutos, e anunciou, quase que cantando, “agora finalmente é hora de comer!”.

O show de Albert Hammond Jr. foi uma das grandes surpresas desse Lollapalooza, principalmente se pensarmos na bomba que foi a performance do Casablancas com seu projeto paralelo em 2014, e faz um belo aquecimento para o tão aguardado retorno da banda que, se tudo der certo, deve voltar às suas raízes nesse novo material.



No Spotify, você pode conferir não só o último disco do guitarrista, “Momentary Masters”, como também os outros dois da sua discografia: “Yours to Keep” (2006) e “Como Te Llama?” (2008). 

A gente espera te ver de volta no Brasil logo, mozão Albert! <3

Entrevista por: Allan Correia e Gui Tintel
Colaborou: Lucas Matos
Agradecimento: T4F

Entrevistamos a Melanie Martinez, que falou sobre o futuro de “Cry Baby”, seu próximo clipe, parcerias dos sonhos e histeria dos fãs

Melanie Martinez é a cantora mais fofa do mundo! A menina, que foi uma das finalistas do “The Voice” americano, veio ao Brasil no mês passado, com uma série de shows que promovem seu álbum de estreia, “Cry Baby”, e a convite da gravadora dela no Brasil, Warner Music, a gente marcou presença no show e, horas antes, aproveitamos pra bater um papo com a moça.


Visto que seu disco de estreia já está perto de ter seus trabalhos encerrados, nossa conversa foi centrada no futuro de sua carreira, indo do fim da personagem “Cry Baby” às prováveis colaborações de Melanie. A cantora também respondeu sobre a euforia dos fãs brasileiros, que até rendeu uma situação desconfortável durante seu show no Rio de Janeiro.

Confira a entrevista completa logo abaixo:

It Pop: “Cry Baby” é o nome do seu álbum de estreia e também da personagem que protagoniza suas canções, a gente quer saber se você já idealizou um fim para a Cry Baby ou se pretende mantê-la em seus próximos projetos?

Melanie: Esse CD é sobre a história de Cry Baby, sua vida familiar, o que ela passa e tudo mais, e, para o próximo álbum, eu quero meio que estar na perspectiva dela, mas sem falar de sua vida, necessariamente. Quero falar sobre ela contando a história de outras pessoas, como se numa cidade estranha, sabe? Então, basicamente, todos os álbuns estarão conectados, de certa forma. Quando eu tiver 60 anos e olhar pra trás para ver os álbuns que eu fiz, quero que eles contem uma história contínua ou que se pareçam com um livro ou filme.


It Pop: Podemos dizer que sua música passeia entre o pop e o alternativo, quais são suas maiores influências? E tem algum artista da atualidade que você amaria colaborar?

Melanie: Eu gostaria de trabalhar com muitos artistas, eu nem consigo pensar em ninguém especificamente, mas, honestamente, minhas colaborações dos sonhos não seriam colaborações musicais, mas com Mark Ryden, que é um artista visual, e eu amo o Tim Burton, que é um diretor incrível. Eu amaria fazer um filme com Tim Burton sobre a história que meus álbuns contam. Então acho que essas seriam minhas “colaborações dos sonhos”.

It Pop: A maioria dos realities como o The Voice tentam “moldar” os artistas pra que eles fiquem mais apropriados para as paradas, mas, desde o começo do programa, você veio com personalidade, um trabalho consistente e um estilo próprio. Você já planejava os passos que deu dentro da competição? Acha que teria sido muito diferente caso tivesse ganhado o programa?

Melanie: Isso é interessante, porque eu olho para aquela experiência como se fosse um aprendizado. Obviamente que tiveram muitos problemas, eu me sentindo desconfortável no programa, por ter de cantar músicas de outras pessoas, enquanto eu queria cantar as minhas músicas, já que eu componho, então foi complicado para mim, especialmente depois do programa, conseguir mostrar para as pessoas que eu não canto covers, eu escrevo músicas. Em alguns shows, as pessoas gritavam “canta ‘Toxic’” e eu ficava “eu não quero cantar ‘Toxic’”. Eu não vou fazer isso. Eu tenho minhas músicas, você pode ouvi-las, ou você pode ir embora, sabe? Eu tenho que mostrar que é isso que eu quero fazer e eu acredito que quando você mostra isso pra pessoas e faz isso por um tempo, elas acabam entendendo. Em programas como o The Voice, as pessoas focam no fato de os outros conseguirem cantar muito bem, mas não sabem quem aquelas pessoas são como artistas. E é difícil descobrir isso depois do show, então foi nisso que eu me foquei; escrever minhas próprias músicas e descobrir qual história eu queria contar.


It Pop: Quais são seus objetivos para os passos seguintes da sua carreira? Esperava ter ido tão longe apenas com seu disco de estreia?

Melanie: Não, eu não costumo esperar nada, quando eu estou escrevendo músicas. Eu meio que estou só contando histórias, escrevendo músicas, e isso é tudo no que estou focada. Então é muito legal eu vir para o Brasil e saber que tem fãs que escutam a minha música. É incrível a quantidade de amor e suporte que eles têm me mostrado nas redes sociais, ou só o fato de eles ouvirem minhas músicas. É maluco! E eu amo isso! Meus objetivos são de continuar fazendo música, continuar contando uma história, e de dirigir videoclipes para mim, como fazer vídeos para todas as músicas do “Cry Baby” e álbuns futuros.

It Pop: Os fãs brasileiros são muito receptivos, eufóricos e intensos quando o assunto são shows de seus ídolos, mas você já reclamou no Twitter sobre o comportamento de alguns fãs. Será que essa animação nossa não vai causar uma má impressão em você?

Melanie: Interessante... É complicado dizer como você se sente numa rede social. Por exemplo, eu posso postar uma coisa e as pessoas olharão para aquilo de milhões de formas diferentes. Um exemplo foi quando escrevi sobre não gostar das pessoas gritando coisas pra mim enquanto me apresento. Aí as pessoas me falaram, “ah, mas você está indo para o Brasil, onde os fãs são muito barulhentos”. Não é sobre serem barulhentos, o problema é quando eu quero falar alguma coisa e, bem, sou só eu, falando baixinho, tentando conversar com eles, cantar minhas músicas e aí há pessoas gritando coisas tipo “senta na minha cara!”, sabe? É inapropriado e complicado pra mim numa performance. Eu adoro quando as pessoas cantam junto, é a melhor coisa, adoro ouvir a voz das pessoas, é incrível! Eu faço música pra que as pessoas se conectem com ela. Então é óbvio que eu não vou me estressar com eles por cantarem suas músicas favoritas, é sobre me tratarem como não me tratarem como um ser humano, porque eu sou um ser humano.


It Pop: A gente questionou aos seus fãs pelo Facebook, se tinha algo em especial que eles gostariam que perguntássemos e muitos falaram sobre qual será seu próximo videoclipe com esse álbum. Pode nos adiantar isso?

Melanie: Eu ainda estou pensando sobre isso. Eu sei qual vai ser a próxima música que vai ganhar um videoclipe, mas não vou dizer qual é. Só posso dizer que é o começo da história. Só isso que eu vou dizer, apesar de já ter entregado qual é. Mas eu ainda tenho que escrever a história do vídeo, resolver como vou fazer isso.

It Pop: E ainda falando sobre seus próximos passos, já tem alguma ideia de quando começará a escrever músicas novas? (Ela não entendeu a pergunta e terminou nos contando quando ela começou a compor músicas, tadinha, hahah!)

Melanie: Eu comecei a escrever minhas músicas quando eu tinha 14 anos e, quando eu sai do The Voice, comecei a escrever com mais mentalidade, com esse personagem e tudo isso. Então foi mais depois do The Voice. 

It Pop: Por fim, se pudesse ter um superpoder, qual seria, Melanie?

Melanie: Provavelmente ser invisível. Mas só algumas vezes. Eu acho que seria legal.

***

O álbum de estreia da Melanie, “Cry Baby”, estreou em agosto desse ano e, como falamos em nossa resenha, desenvolve uma sonoridade que vai do pop ao trip-hop, se assemelhando aos trabalhos de nomes como Lorde e Marina and The Diamonds. Um dos maiores sucessos do CD no Brasil foi a canção “Pity Party”, em que ela canta sobre uma festa que não teve a presença dos seus convidados:


Aproveitando o espaço, um obrigado especial ao pessoal da Warner Music Brasil pela oportunidade e ao fã-site Melanie Martinez Brasil pelo auxílio durante a entrevista. <3

It Entrevista: a sueca Miriam Bryant fala sobre parceria com Zedd, estreia nos EUA, influências, twerk e mais!


A gente não cansa de dizer: se o País das Maravilhas fosse real, ele se chamaria Suécia. Pra dizer a verdade, nem conhecemos muito dos seus pontos turísticos ou características regionais, mas o que dizer da sua vaaaasta leva de artistas pop? Um dos nossos álbuns pop favoritos dos últimos anos é o "Body Talk", da cantora Robyn, e além dela e sua ode pop à tecnologia, ainda tem a dupla do smash hit "I Love It", Icona Pop, aquela do ~"I-I-FO-LLOW"~ Lykke Li e, surpresa!, a Miriam Bryant.

Mas espera, It Pop, quenhé essa who? É SÓ a dona de um dos nossos discos favoritos desse ano, intitulado "Raised In Rain", e olhem que ele nem foi lançado no lado de cá do oceano. Pra quem perdeu a dica, a gente chegou a apresentá-la formalmente por aqui, mostrando também os clipes de "Finders Keepers" e "Push Play", e desde então ficamos de olho em cada um dos seus passos, acompanhando até mesmo sua tímida chegada nos EUA, por meio de um remix do seu ótimo single, "Push Play", no relançamento do disco de estreia do DJ Zedd (um dos produtores do "ARTPOP" da Lady Gaga), "Clarity". 



É claro que, entre nomes como Hayley Williams, Foxes e Matthew Koma, poucos notaram a sueca na tracklist do cd, mas a gente tava mais ansioso por esse remix do que qualquer outra coisa e ficamos agora na torcida pra quem sabe se tornar um single do Zedd na Terra do Obama, servindo como uma catapulta pra carreira da Miriam por lá. Antes disso, porém, Bryant topou retribuir nosso amor por ela nos concedendo uma entrevista, onde fala sobre influências, seus próximos passos e o famigerado twerk, e o resultado vocês podem conferir abaixo:

It Pop: Oi Miriam! Como você tá? Primeiramente, queria agradecê-la por essa entrevista. Você ainda será grande em algum momento e as pessoas já estão 'pushing and playing' suas músicas pelo mundo, o que é incrível.

Pra começar essa conversa, queria te perguntar sobre algo que tem me tirado o sono. Qual o segredo dos suecos para serem tão talentosos? É algo na água?

Miriam: Olá! Estou muito bem, obrigada. Não tenho muita certeza da razão de tantos bons artistas e compositores virem da Suécia. Talvez seja algo na água... ou pode ser por conta dos longos e depressivos invernos que forçam as pessoas a serem criativas.

It Pop: "Raised In Rain" é um ótimo álbum de estreia. Foi você quem compôs todas as canções? Teve um muso inspirador ou algo assim?

Miriam: Muito obrigada! Eu escrevi todas as canções do álbum com meu grande amigo, Victor Rådström.

It Pop: Qual a sua favorita do cd? A nossa é "Bleeding Out".

Miriam: Legal! Bem, liricamente eu diria "Acapella Song"... mas "Bleeding Out" também. Quando o assunto são performances ao vivo, eu amo cantar "Finder Keepers" e "Raised In Rain", mas todas as músicas nesse cd são muito especiais pra mim.



It Pop: O DJ Zedd remixou sua "Push Play" para o relançamento do disco de estreia dele. Como rolou essa parceria? Pensou em recusar em algum momento?

Miriam: Quando Zedd escutou "Finder Keepers" em uma rádio alemã, ele gostou e decidiu que queria trabalhar comigo. Então ele entrou em contato e nós decidimos começar a parceria. Agora estou assinada com a mesma gravadora que ele (Interscope Records) e estamos bem ansiosos pra voltarmos a trabalhar juntos. E nunca pensei em recusar, sempre achei que fosse legal desde o começo.

It Pop: Ele também trabalhou no novo álbum da Lady Gaga, "ARTPOP". Se sente um pouco pressionada quanto a isso? Aliás, deve ser estranho ver você mesma como 'participação especial' em algo que fez primeiro, não?

Miriam: Nem um pouco! Zedd trabalhou com vários grandes artistas e eu vou acreditar que ele quis trabalhar comigo pelas mesmas razões que quis com os outros. Então vamos ver o que acontece! Pra mim, é inspirador e interessante ver alguém refazendo seu próprio trabalho.



It Pop: Aproveitando esse momento em exposição, você já pensou em trabalhar com outros DJs? Sua voz casa bem com muitas coisas, incluindo a música eletrônica.

Miriam: Obrigada! Eu nunca pensei especificamente em trabalhar com DJs ou música eletrônica, mas amo todos os tipos de música boa e na minha opinião Zedd é realmente um músico talentoso. Creio que seja interessante manter minha mente aberta sobre essas coisas.

It Pop: Além desse pessoal da EDM, você tem alguma colaboração dos sonhos? Lady Gaga? Adele? (Risos)

Miriam: Eu amaria colaborar com algum rapper, isso seria legal. Bon Iver também é uma grande inspiração!

It Pop: Quais são suas principais influências? 

Miriam: Minhas principais influências são grandes compositores como o Justin Vernon, do Bon Iver, e a Lady Gaga (não só por ter algumas letras incríveis, também a admiro seu forte perfil de artista). Também amo Florence + The Machine e Kings of Leon.

It Pop: E quais serão seus próximos passos? Podemos esperar por um disco de estreia nos EUA e, consequentemente, no resto do mundo? — "Living In Rain" seria um bom título [para o álbum].

Miriam: Valeu pela dica! Eu acabei de lançar um EP chamado "Push Play" nos EUA, com algumas músicas do meu primeiro cd. Agora estou focando na divulgação pela Suécia e em novembro também tem uma turnê pela Alemanha. E estou muito ansiosa para aproveitar alguns meses nos EUA no começo de 2014. Tem muitas coisas animadas e divertidas acontecendo.

It Pop: Você costuma acompanhar as paradas? O que acha da menina Lorde e seu smash hit, "Royals"? E sobre a Miley Cyrus?

Miriam: Eu realmente não acompanho as paradas... Costumo esbarrar com algumas músicas que gosto, mas acho que a Lorde é ótima. "Wrecking Ball" também é uma ótima canção.



It Pop: Pensando melhor, seu disco de estreia americano podia se chamar "Raised In Twerk". Eles andam apaixonados por essa dança. Você sabe twerkar?

Miriam: Não, eu não sei. (Risos) Certo, eu nunca tentei, mas realmente não parece tão difícil.

It Pop: Pra concluir, qual é a melhor e pior coisa na personalidade de Miriam Bryant e como isso reflete em suas músicas? — Sim, algo bem complexo depois de uma questão sobre twerk.

Miriam: Bem, acho que isso é para os outros decidirem... Mas eu realmente me preocupo com as pessoas, as amo bastante e tento mostrar isso. A pior é provavelmente o fato de eu ser muito teimosa e às vezes dizer ou fazer coisas sem pensar.

It Pop: É isso aí. Miriam, mais uma vez, muito obrigado pela entrevista. Espero que tenha gostado tanto quanto a gente (e perdão pelas brincadeiras com o sagrado Twerk).

Miriam: Eu que agradeço, o prazer é meu!

ACABÔ :( Mas pra muitos de vocês pode estar só começando. Ainda não conhecia a Miriam? Então corre pra baixar o cd dessa linda e depois volta pra contar o que acharam. "Raised In Twerk Rain" é um grande disco de estreia e traz, além de outras tão boas quanto "Push Play", umas canções que nos remetem a britânica Adele, o que é muito bom.



Pra fechar, acima vocês podem conferir o clipe do single mais comentado nessa entrevista e, claro, curtam a moça no Facebook e a sigam no Twitter, ela merece. rs

It Entrevista: Natalia Damini fala sobre parceria dos sonhos com Nicki Minaj, suas influências, disco de estreia e mais!


Vocês podem pensar o contrário, mas SIM, a gente continua de olho no pop nacional. Porém, enquanto a maioria do público sai por aí em busca dessa galerinha genérica da chamada neo-MPB, estamos é em busca de nomes que realmente possam nos representar quando o assunto for música pop, afinal, já deu de pensar nesse gênero e só lembrar da Wanessa, hein? Rs. Seja como for, no tempo em que estivemos preparando esse novo visual, a gente foi atrás de alguns desses nomes que consideramos promissores e, durante essa busca, nos reencontramos com a Natalia Damini, que nesse ano retornou com o single "Bad Girl".


Pra quem não conhece/lembra, Natalia é uma cantora pop nacional que já possui um certo público pelas noites de SP. Ao lado de nomes como Nicky Valentine e Patrick Sandim, ela começou a construir seu público com canções como "Can't Be Without You" e "One More Chance", mas agora se prepara para uma fase totalmente nova, com disco de estreia a caminho e contrato com uma grande gravadora. 

Seu novo EP, "Bad Girl", chegou ao iTunes há algumas semanas, com o novo single acompanhado por dois remixes e a inédita "Kiss It", e aproveitando esse período de divulgação nós tivemos uma conversa com nossa conterrânea. Vamos ver no que deu?

It Pop: Primeiramente, muito obrigado por aceitar o convite. Está ciente de que qualquer coisa dita poderá ser usada contra você mesma futuramente, certo?
Natalia: Estou preparada! kkkk

It Pop: Mas então, você sempre quis ser cantora, Natalia? Com quantos anos começou nesse meio musical?
ND: Desde meus 5 anos que eu comecei cantando em cima do sofá de casa, sonhando com uma plateia na minha frente (risos). Durante todo meu crescimento, meu pai e maior fã veio me preparando pra quando uma grande oportunidade chegasse, enquanto isso, fiz bastante aula de dança, teatro e canto. Aos 17, recebi um convite do meu amigo Alahin, de Fortaleza, para gravar meu primeiro single Feelin’ The Love e foi ai meu ponto de partida.

It Pop: É muito complicado conquistar seu próprio público cantando em inglês no Brasil. Em algum momento você decidiu que seguiria uma carreira desta forma ou as coisas simplesmente fluíram assim?
ND: As coisas fluíram assim, cantar em inglês é a minha maior realização. Desde pequena o meio pop internacional sempre me encantou e me inspirou em todos os sentidos.

It Pop: Muitos têm a Wanessa como maior referência do pop nacional nos dias de hoje. Gosta do trabalho dela? É uma espécie de influência ou algo do tipo?
ND: Admiro muito a Wanessa como pessoa e artista, assim como eu e todas as cantoras do meio estamos tentando fazer o segmento crescer e ganhar força.

It Pop: Se você tivesse a chance de ser por um dia qualquer animal quadrúpede que quisesse, qual seria? Por que?
ND: Nesse momento eu seria um coelho. Por ele ser ágil em muitas situações e alem de ser super fofinho.

It Pop: “Bad Girl”, o seu novo single, é bem diferente do que você apresentou enquanto se aventurava pelas pistas Brasil afora. Como foi essa transição musical? Natalia é uma artista de muitas facetas ou muito se deve aos produtores envolvidos nos tais lançamentos?
ND: Eu sou uma artista de muitas facetas sim, porem trabalhar com tantos produtores me deu experiência pra poder chegar na sonoridade que eu tenho hoje e descobrir o que eu realmente gosto.

It Pop: O EP “Bad Girl” antecede o lançamento do seu disco de estreia, ainda sem título ou detalhes revelados. Você já possui algo concreto deste material? Pode nos adiantar alguma coisa?
ND: Com o ep Bad Girl mostramos uma prévia do tipo de sonoridade que terá meu álbum. Terá bastante pop, R&B e eletrônico, teremos 14 faixas e a maioria inéditas!

It Pop: Por aqui, as pessoas tendem a julgar muito cantoras de música eletrônica, até pela forma com que os produtores investem em coisas genéricas ou já feitas anteriormente na gringa, mas em contrapartida temos nomes como Rihanna arrancando suspiros do público com músicas bem semelhantes. Acredita que role um certo preconceito por conta da nacionalidade? Ter essas cantoras investindo em músicas assim contribui de alguma forma para uma aceitação mais instantânea do gênero?
ND: Eu vejo isso com muita naturalidade, as pessoas no Brasil tendem muito a ter preconceitos com elas próprias e analisando o mercado eu vejo que Britney, Rihanna e outras pessoas estão contribuindo com o pop, mas ainda acho que temos um longo caminho.

It Pop: O pop nacional tem apresentado nos últimos meses coisas bem versáteis, indo do funk-melody da Anitta e Naldo ao eletrobrega da Banda Uó e Gaby Amarantos, em sua maioria sucessos em português. O que tem achado da ascensão desses nomes? Já cogitou uma parceria ou algo do tipo?
ND: São projetos muito incríveis em seus segmentos, eu optei por um caminho diferente. Se eu tivesse que seguir um caminho parecido, talvez seria Anitta por ser o mais pop dentre eles.

It Pop: Quais são suas principais influências, Damini?
ND: Michael Jackson sem duvidas, Britney Spears, Beyonce, Rihanna... Uma lista imensa!

It Pop: Na versão remix de “Bad Girl” você colabora com os Shop Boyz e em trabalhos anteriores já esteve também com Mister Jam, Tommy Love e Patrick Sandim. Você tem algum artista qual sonha em gravar algo junto? Se sim, qual?
ND: Sim! Tenho vários. Um dos meus maiores sonhos nesse momento seria gravar algo com a Nicki Minaj, acho ela uma excelente rapper, e suas entradas nas musicas são muito divertidas. Pensando no nacional, um featuring com a Wanessa seria incrível!

It Pop: Você também já trabalhou com a Nicky Valentine, que assim como você prepara atualmente seu primeiro cd a frente de uma grande gravadora. Já pensou em um futuro próximo com fãs das duas se dividindo e brigando por concorrência tola? Rs.
ND: Eu fico muito feliz com o crescimento de cada uma das minhas companheiras do pop nacional, se no futuro existir uma rivalidade de fãs vou achar no mínimo engraçado. A vista de que isso também será uma prova do sucesso de cada uma.

It Pop: Entre nossos leitores temos uma grande divisão entre os fãs de cantoras como Lady Gaga, Katy Perry e Britney Spears. O que acha do trabalho delas?
ND: Amo as três, cada uma com uma proposta totalmente diferente umas das outras e fazendo muito sucesso. Elas so tem a acrescentar no meu Ipod.

It Pop: Muitos artistas nacionais visam hoje em dia se lançar no mercado internacional. Isso também está nos seus planos? Acredita que cantar em inglês pode ajuda-la a ultrapassar essa barreira?
ND: Ultrapassar essa barreira vai alem do meu sonho, é levar o nome do nosso país para o mundo. E estou totalmente empenhada a isso, inclusive minha gravadora Concore Entertainment de Los Angeles é quem atualmente produz e cuida das minhas músicas e do meu primeiro e novo álbum juntamente com os produtores The Transformaz, que já fizeram faixas da Lady Gaga e vários outras grandes artistas.

It Pop: Pra fechar, qual a melhor e a pior coisa na personalidade da Natalia Damini? Como isso influencia em sua música?
ND: Sou muito perfeccionista e emotiva, são duas coisas que me atrapalham e me ajudam, mas estou aprendendo a controlar ambas pra interferirem sim no meu trabalho, mas na medida certa.

A gente espera que tenha sido bom pra ela, pois pra nós foi, de verdade.

Só reforçando, o novo EP da Nat, "Bad Girl", já está disponível no iTunes, incluindo a inédita "Kiss It" e dois remixes da faixa, sendo um deles com a intervenção trap dos Pet Shop Boyz. Esse é o primeiro lançamento da cantora desde sua parceria com a Concore/Universal e antecede o lançamento do seu primeiro álbum, em produção desde o começo desse ano. 

It Entrevista: Fire Department Club fala sobre influências, origem da banda, Anitta e muito mais!


Ter uma banda de rock no Brasil não é fácil. As pessoas estão o tempo todo buscando por coisas que possam ser úteis para as rádios, pra depois criticá-las quando estiver na boca de todos, e não hesitam no momento de comparar o que temos aqui com o som lá de fora, mas aos poucos temos revertido essa situação, encontrando diversos nomes que sabem bem o que fazer com suas baterias e guitarras.

Há pouco tempo, revelamos aqui no blog o single "Merry Go Round", dos gaúchos da banda Fire Department Club, e adiantamos brevemente que logo traríamos uma entrevista com nossos conterrâneos aqui para o blog e eis que esse momento chegou. Formada por André Ache (baixo e vocal), Gabriel Gattardo (guitarra e synths), Meinel Waldow (guitarra) e Gui Schwertner (bateria), a Fire nasceu em Porto Alegre, mas foi na internet que ganhou forma com o EP "Colourise", partindo pra Los Angeles e conhecendo então Luc Silveira, o nome por trás de seu novo single.

Numa conversa com a gente, a banda falou sobre suas influências, de onde tiraram o nome da banda, o que acham de artistas como Clarice Falcão, Capital Cities, Anitta e Naldo, e muito mais! Vamos ver o que saiu? Confiram abaixo:

It: Essa é uma pergunta que vocês ainda ouvirão muito, mas é sempre bom saber. O nome da banda vem de onde?

Havia um clube dos bombeiros da cidade de Três Passos, RS – cidade natal do Meinel (guitarra) e Guilherme (bateria). E lá, os bailes eram os mais pirados da região, por isso Fire Department Club.

It: Em “Merry-Go-Round” vocês têm muito desse indie-rock com um pé no pop, assim como Foster The People e Two Door Cinema Club. Essas bandas serviram de alguma forma como influência? Quais são as principais influências de vocês?

Somos todos da mesma geração, por isso acredito que as influências sejam bem próximas, apesar da distância. Curtimos muito o trabalho de ambas. Nossas principais influências são Strokes, Killers, Franz Ferdinand e Incubus e Daft Punk.


It: No Brasil existe muito preconceito com bandas em geral e notamos que todo o material disponível online de vocês está em inglês. Acreditam que ajuda a causar uma “melhor impressão”?

A nossa música é naturalmente assim. Não foi nada forçado ou visando uma melhor impressão. Mas a verdade é que cantar em inglês amplia o nosso público, numa visão global.


It: O Cansei de ser Sexy é um bom exemplo de banda que vingou primeiramente na gringa, justamente por investir na língua de lá, tem um objetivo semelhante?

Sem dúvida. É muito importante termos referências de sucesso lá fora, esse também é o nosso objetivo.

It: “Merry-Go-Round”, o single de estreia da Fire Dept. Club, será lançado em mais de 130 países só neste mês e no site da banda vocês dizem que ele irá leva-los “to a whole new level”. Qual é esse “level” que vocês querem levar o single? Já tem um clipe a caminho?

É tanto sobre o nosso nível como banda (melhores composições, arranjos, novas ideias), quanto o alcance na nossa música. Merry-Go-Round está nos proporcionando uma maior visibilidade.
Sobre o clipe. Sim, estamos em processo de pré-produção.

It: Futuramente, é provável que vocês também gravem um CD. Podemos esperar por algo em português? [pitaco] Ao menos o título, soaria conceitual para os gringos.[/pitaco]

Olha, não é má ideia. Podem esperar qualquer coisa dos bombeiros. A gente tem até canção com refrão em holandês...

It: Se pudessem escolher três artistas, estejam eles vivos ou não, para gravar algo em parceria. Quais seriam?

Chamaríamos o Daniel Johns para compor algo com o Rodrigo Amarante, já pensou? Um Diorama misturado com Ventura, sente a cachaça. E aí, adicionaríamos um solo especial do Tom Morello.

It: Após a divulgação de “Merry-Go-Round”, pensam em trabalhar em cima do EP de estreia ou agora só material novo?

Já estamos em processo de gravação. Em breve deveremos lançar um novo EP.


It: Recentemente tivemos algumas surpresas vindas da música nacional, como Clarice Falcão e a banda Tereza. Vocês conhecem? Gostam?

Conhecemos pouco, mas gostamos da Clarice, a Zooey Deschanel brasileira.

It: Da gringa também tem uma banda bem legal, que até daria uma boa parceira pra vocês, chamada Capital Cities. Nesse ano eles lançaram seu disco de estreia e ele é fantástico. Já ouviram falar?

Safe and Sound é um baita hit. Vamos prestar mais atenção neles.

It: Antigamente a música brasileira era conhecida pela sua ótima bossa-nova, samba e MPB. Hoje o pop funk de artistas como Anitta e Naldo são a moda nacional. O que acham disso? Esses “artistas” representam vocês?

Nem eles nem o Feliciano (risos). A gente entende, não aprecia, mas sabe que é da nossa cultura. Como o nome mesmo diz, é moda, é passageiro. Pra mim tanto faz...

It: Como se imaginam daqui 10 anos? Se pudessem deixar uma mensagem para vocês no futuro, o que diriam?

Que a gente não perca a nossa amizade e cumplicidade. Somos antes de tudo, grandes irmãos. Só assim pra conseguirmos ficar tanto tempo juntos e produzindo com qualidade.

It: Pra fechar, que música está tocando na cabeça de vocês neste momento (caso estejam todos juntos, podem dar respostas individuais)?

André: The Royal Concept - Goldrushed
Gabriel : Elliott Smith – Between The Bars
Gui: Calvin Harris - Sweet Nothing ft. Florence Welch
Meinel : Foals – My Number

É muito amor, sim ou claro? Muito obrigado aos rapazes pela entrevista, esperamos poder falar sobre o clipe de "Merry Go Round" ou o cd de estreia deles muito em breve. Por enquanto, o que temos a fazer é curtí-los pelo Facebook e esperar pelas novidades. Claro, ao som do single lindo:

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