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“É um momento mágico”, nos conta MC Guimê, após lançamento do CD “Sou Filho da Lua”

A gente teve a oportunidade de bater um papo com MC Guimê logo após o lançamento do single “Viva La Vida”, primeiro do seu disco de estreia, “Sou Filho da Lua”, e agora que o disco foi lançado, na última sexta-feira (11), voltamos a conversar com o brasileiro, para falar sobre onde chegou com a sua carreira até os dias atuais, um pouco mais sobre esse novo trabalho e quais serão seus próximos passos.



“Sou Filho da Lua” marca, antes de qualquer coisa, uma reinvenção de Guimê, que se distancia aos poucos do funk, com influências do pop internacional, e com colaborações que vão do seu velho amigo, Emicida, aos produtores eletrônicos do Tropkillaz, garante um compilado bastante diversificado, que ainda traz vocais de Negra Li e Claudia Leitte.

Confira nosso bate-papo com ele abaixo:

It: Quais foram suas maiores inspirações para compor o “Sou Filho da Lua”?
Mc Guimê: Eu sou um cara que me inspiro em todos os tipos de música, sou bastante eclético. O que eu trouxe de principal nesse álbum são as batidas eletrônicas, o que a galera lá fora tá fazendo. Eu trouxe também parte da minha ideia lírica, da minha vontade de escrever, do lado rapper. Eu tenho o lado funk festa, mas eu também tenho um lado rapper consciente. Eu juntei tudo isso que eu já tenho, coisas que eu vou absorvendo de cada música que eu ouço, tudo me traz ideias e inspirações. Gosto do que o produtor e DJ Diplo tem feito, ele é uma das minhas maiores influências agora e eu quis levar para o estúdio, isso é moderno, é legal e é o que eu gosto.

It: Suas músicas têm perdido um pouco a ostentação que te colocou na cena, principalmente as que estarão no próximo lançamento. Você não vê futuro nessas composições?
Mc Guimê: Meu foco como músico sempre foi evoluir e conseguir me qualificar melhor. Hoje em dia, graça a Deus, eu tenho a oportunidade de ter um bom estúdio para gravar, pra produzir, cada vez mais material, cada vez mais instrumentos, banda... A gente acaba querendo fazer outras coisas além do tamborzão e o beat. O passo do ser humano é evoluir cada vez mais, mas sem deixar para trás a essência do funk. A maioria das batidas deste disco tem o beat box presente, o tambor, tem a cara do funk, porém tem muita atualidade, muita mistura. Eu trouxe artistas de outros estilos musicais pra gravar comigo coisas do meu gênero, então a gente precisava misturar, precisava quebrar um pouco dessas fronteiras entre o funk e outros estilos musicais, isso trouxe muita modernidade, por isso o tema das músicas fica longe da ostentação direta que eu fazia. Tem ainda um pouco como na música “Viva la Vida”, em parceria com o Tropkillaz, que fala em viver, festas e curtição, porém a gente está mais maduro, com milhares de outras ideias ao redor, falando de fé, de alegria, falando de amigos e ouvindo o que os outros parceiros tem a falar no álbum. Mudou muito porquê não é mais uma parada que eu estou fazendo só. Quando eu fazia sozinho era algo mais underground, hoje em dia eu tenho muita gente trabalhando comigo, cada um põe a sua opinião, seu jeito de trabalhar. Isso agrega muito, me faz voltar para casa melhor e maior, crescendo na vida mesmo.



It: Como você caracteriza essa nova fase da sua carreira?
Mc Guimê: Eu caracterizo como uma frase de uma música minha mesmo: “olha só onde a gente chegou”. Graças a Deus, eu acho que estou nessa fase agora, eu trouxe esse disco com todas as parcerias que eu tinha vontade de fazer, vai ter uma festa de lançamento, muitas coisas legais, uma turnê, novos shows, acho que tudo isso está sendo uma parada que eu queria muito. Eu estou visando a arte da realização pessoal minha, porque eu gosto de me realizar primeiro pra passar essa verdade para o público. Com certeza essa parada que vai acontecer comigo agora é um momento mágico, Deus está me abençoando nesse momento e me dando esse álbum que é o “Filho da Lua”.

It: Além da Lexa e do Tropkillaz, quem mais está com você desse disco?
Mc Guimê: Esse disco eu tenho como parceiro Marcelo D2, Claudia Leitte, Negra Li, Emicida, Rael, Cone Crew Diretoria, Haikaiss, Mc Lon, Mc Rodolfinho e Mr Catra. Toda essa galera, essas pessoas que tem vínculo comigo, uns eu conhecia desde o começo da carreira, outros eu conheci pelos bastidores, todas essas pessoas que estavam ali eu chamei para fazer esse time, essa seleção.


It: O que essas parcerias agregam na sonoridade da sua música?
Mc Guimê: Para mim agrega muito. Primeiro, o aprendizado de você conseguir fazer uma parada diferente, porque fazer funk com um cara que já faz funk é fácil. Então compor funk com um cantor de axé ou de pop é legal, é uma realização pessoal para mim que eu gosto de trazer para o trabalho. Eu amo o estúdio, porque que você entra lá sem nada e sai com tudo, então com essas pessoas do disco foi assim. Eu tinha só uma ideia de fazer algo eu e a Negra Li, e ai a gente quebra a cabeça, eu mesmo fiz uma melodia, achei a cara dela e nós gravamos. Isso tudo agrega muito, você sai da sua zona de conforto e eu ganho reconhecimento e merecimento do meu trabalho. Eu acho que isso foi especial e essencial, sem essas parcerias o disco não seria o que está sendo.

It: Os maiores nomes do pop brasileiro hoje surgiram junto com você no funk. Você acha que o funk ajuda a lançar artistas para depois eles migrarem para outro estilo musical?
Mc Guimê: Eu acho que cada artista tem seu estilo próprio. Você vê que tem artista de sertanejo que vai mais para um sertanejo de raiz, outro que vai para o lado do pop moderno. O funk também é assim, eu gosto do pop e também gosto de uma parada mais underground, mas puxo mais para o lado do rap. O funk abre a porta para o artista e depois ele faz aquilo que mais condiz com o seu estilo. Geralmente o funk, o rap e até no sertanejo traz pessoas com histórias humildes, bem adversas e fazem aquele tipo de música para dar certo. Depois que ele dá certo, ele tem a liberdade de querer fazer o quadro do jeito que ele quer. O funk fez eu dar certo, a Anitta, minha namorada Lexa, meus parceiros, todo mundo se deu bem no funk. Quem quer se dar bem também segue por esse caminho.



It: A massa dos funkeiros surgem como independentes. Com você também foi assim? Como é trabalhar para uma grande gravadora agora?
Mc Guimê: Eu surgi independente. Apenas eu e uma câmera pequenininha ainda no Orkut, eu fazia meus vídeos na rua com os amigos. Eu tinha um amigo que trabalhava com evento e quis ser meu empresário, começou a dar muito certo e chegou em um nível que nem a gente esperava. Foi onde a gente começou a querer chegar em outros horizontes. Hoje eu tenho a gravadora, o trabalho começou a ter outras pessoas ao meu redor e fortalecimento, um alicerce diferente. Você não está mais sozinho, você sabe que precisa tomar cuidado, existem outras opiniões, pontos de vista, isso é muito bom para o artista.

It: Na última conversa com o It Pop, você falou que queria levar seu trabalho para fora do Brasil. Você já tem algo encaminhado?
Mc Guimê: Graça a Deus, eu começo agora em dezembro minha primeira turnê na Europa. Eu já estive lá só para curtir, mas agora eu vou para trabalhar mesmo, vou fazer show na França, Bélgica, Irlanda, Alemanha, Portugal e Espanha. São países que eu conheço desde moleque, na época do videogame e futebol de botão, eu nunca imaginei que eu fosse para lá fazer meu trabalho. Isso é um grande passo. Depois que você entra na Europa já está a dois passos dos Estados Unidos, então eu acho que está perto. As coisas estão dando certo, estão acontecendo. O disco é muito bom, qualificado, acho que a pessoa não vai precisar ser brasileira para querer ouvir e curtir. O gringo vai ouvir e pensar “mano, não estou entendendo nada que esse cara tá falando, mas eu vou ouvir que tá maneiro”. 

O ouro do Brasil tá garantido com o MC Guimê na #OstentaçãoOrnamental da Parada Coca-Cola

O QUE RIMA COM “MC GUIMÊ”? PLAQUÊ!

Tá, de rimas a gente não entende. Mas temos certeza que ele sim. E a prova disso será a sua apresentação na Parada Coca-Cola nesta sexta-feira (19), representando uma modalidade que, literalmente, foi feita para ele: #OstentaçãoOrnamental.

Nos jogos da Coca-Cola com a MTV, o que não faltou foi música e, nesta etapa, MC Guimê precisa estar preparado para o desafio do do Lucas ‘T3ddy’, que já deve estar doido para aprontar com o funkeiro, já que foi encarregado de escolher palavras que serão reveladas para o Guimê no palco, ao vivo, pra que ele mande um improviso.

Parece difícil e, como o começo desse post já mostrou, a gente se daria muito mal, mas apostamos que isso não será um problema para Guimê, que é especialista quando o assunto é ostentação e rimas e, com certeza, sairá da parada com a sua medalha. #IssoÉOuro.

Guimê, que dá sequência a invasão do funk na Parada Coca-Cola, lançará em breve seu disco de estreia, “Sou Filho da Lua”, e deve aproveitar esse show para, além dos improvisos, mandar também alguns dos seus maiores sucessos, como a nova “Viva La Vida” e outras, tipo “País do Futebol” e “Não Rouba Minha Brisa”. 

Quem não estiver no Armazém 3, no Porto Maravilha, nesta noite, também poderá assistir a todo esse momento ao vivo, pelo Facebook da Coca-Cola, curtindo ainda os seus bastidores e outras novidades no Snapchat da MTV Brasil (mtvbrasil).

Sexta é ainda dia de MTV Hits e, na TV, a emissora tratará de mandar ainda mais #OstentaçãoOrnamental, com hits do Guimê e outros nomes que entendem do assunto. Vai ser incrível e sabe o que rima com isso? Imperdível! Rá, estamos melhorando.

Entrevistamos o MC Guimê: “Mulher tem que ser respeitada e valorizada”

O funk no Brasil surgiu como uma voz das periferias de uma forma um tanto parecida com o samba, cem anos atrás. Teve um período relativamente de alta entre 2005 e 2006, vi um cenário estável, porém promissor, a partir o meio dos anos 2000. Mas o ritmo sempre foi muito segmentado, sendo produzido principalmente no Rio de Janeiro. O Furacão 2000 que diga, já que foi responsável por quase 100% dos funks que estouraram década passada.

Até que os paulistas decidiram que também sabiam fazer um som que representasse a periferia. E fizeram. Daí surgiu o funk ostentação, que começou a bombar no Brasil todo no começo da década atual. Mesmo apesar do esforço de nomes como KondZilla, fundamentais até hoje para a vertente, o funk (tanto carioca quanto o paulista/ostentação) continuaram um tanto underground, e esse cenário só começou a mudar com o estouro de dois nomes.

Anitta no Rio e MC Guimê em São Paulo foram os dois grandes nomes que abriram os caminhos para o funk adentrar as lojas, os streamings, as rádios e, consequentemente, as paradas. Guimê, especialmente, fazia shows desde os 17 anos, mas só começou a ganhar espaço no mainstream aos 20, com o hit "Plaquê de Cem". E pra quem achava que seria só mais um funk a fazer sucesso, vieram outras sensações ainda maiores. 

"País do Futebol", de 2013, foi um grande hit que fez até parte de trilha sonora de novela da Globo. Vieram as parcerias: em "Suíte 14", ele arriscou misturar o funk com o sertanejo com a dupla Henrique & Diego e foi conhecido por novos públicos, além de ser um dos sucessos absolutos do ano passado; em "Lindona", ele se juntou com DJ Dennis; e mais recentemente, surpreendeu ao flertar com um estilo musical que também tem ganhado espaço no cenário nacional, a eletrônica, no single "Viva La Vida", com o Tropkillaz. Mas Guimê vai mais longe, e diz que não tem seus colaboradores apenas como parceiros: "Além de grandes músicos, tenho eles como amigos".


Quatro anos após estourar, Guimê assinou com a Warner no começo de 2016 e finalmente está prestes a lançar seu primeiro disco de estúdio, "Sou Filho da Lua", que como ele mesmo adianta, leva um pouco da sua realidade, como "um desabafo" (nada mais Guimê, né?). Remetendo à própria época em que ele escrevia as canções, bem como ao seu começo.

Sendo um dos representantes desse funk cada vez mais pop, o funkeiro topou bater um papo com a gente e, se você acha que já teve uma noção da nossa conversa por conta desse texto, pense duas vezes e continue lendo.


It: Você e a Anitta são alguns dos maiores nomes do funk, desde que ele reconquistou o mainstream. Como você enxerga isso? O que acha que contribuiu pra que abrissem esse espaço para o gênero?

Guimê:  Acho que era o momento do funk chegar com força. Graças a deus, eu cheguei com o meu trabalho e a Anitta com o dela. Acredito que a gente conseguiu representar esse movimento, esse gênero, e chegar longe. Eu cheguei a ir pra fora do país, meu trabalho chegou em trilha sonora de novela. Foram passos fundamentais pra que o gênero chegasse ao mainstream e a galera se ligasse no nosso trabalho. Tudo o que eu sempre fui fazendo, sempre quis chegar longe, mirar em algo alto... É a recompensa. O que a gente planta, a gente colhe. Eu plantei muito disso, muita coisa grande.

It: Algo bacana no seu trabalho são as parcerias além do funk. Teve “Suíte 14”, com Henrique e Diego, “País do Futebol”, com Emicida, e agora “Vila La Vida”, com Tropkillaz. Como surgiram essas colaborações?

Guimê: Pra mim, é muito maneiro trabalhar com essa galera. Além de serem grandes músicos, tenho eles como amigos. Todos eu conheço, encontro, vamos em ‘rolês’. Os caras são muito maneiros. O Emicida é um cara que, lá atrás, desde o meu começo, me apoiou. Acreditou em mim e me dava conselhos. As parcerias com ele foram coisas naturais. Quando eu ouvia uma música, pensava ‘mano, tenho que chamar o Emicida nessa’. Com ele, foi assim também. Ele fez o disco dele e me chamou. Estou junto e misturado com esse mano, sou ‘fanzão’ dele. Com Henrique e Diego, foi outro convite que eu recebi. Partiu deles, através dos empresários, e aí quando eu escutei o som, já imaginei que seria aquele sucesso e disse que queria fazer meu verso. Foi um grande dia, fico grato, os caras são parceiros. São histórias diferentes, mas com muitas semelhanças. São sonhadores, que acreditam na música, vêm de família difícil. Tropkillaz também, mesma parceria. O Laudz foi em vários shows comigo, sempre conversando sobre essa experiência musical. Sempre fui muito fã disso. Nessas parcerias, eu posso falar que dei um tiro certo. Só pessoas do bem e comprometidas com o trabalho.


It: Ter escolhido uma parceria na EDM, que também tá em ascensão, foi algo proposital?

Guimê: Como eu disse, foi um lance de amizade, e de curiosidade também. Trabalhar junto e ver como ficaria uma música do Guimê com o Tropkillaz. Convidei os caras pra fazer um som no meu disco e eles aceitaram. Tínhamos o plano de fazer mais faixas, mas como o disco estava com o tempo apertado, a gente fez essa “Viva La Vida”. Temos planos de fazer mais, fazer mais shows também. Essa parceria é muito próxima. Não só eu, mas outros artistas provaram isso. A vinda do Jack Ü ao Brasil, que eles tocaram funk, tocaram Safadão... Até o próprio Diplo, a gente se conheceu e ele falou do meu trabalho. O eletrônico gosta do funk, da música de pista. Não tem porque a gente não se juntar e quebrar as barreiras.

It: Como artista, você também tem uma responsabilidade social, a partir do que transmite por o que já viveu. Acredita que a sua música contribui de alguma forma neste sentido?

Guimê: Acho que contribuiu de forma positiva. Têm dois pontos de vista. Tem pessoa que vai falar “poxa, isso não é legal”, mas eu já acredito muito que contribuo de forma positiva, porque é isso que meu trabalho leva para o público, a alegria, a inspiração. E é uma parada que eu peguei de artistas que me inspiravam. Sempre escutei funk e queria provar na minha casa que eu seria funkeiro, músico, que teria estúdio, seria trabalhador. Eu quis representar isso. Hoje não é diferente. Quero mostrar esse lado da pessoa chegar onde ela chega com o suor dela, com a dedicação dela, e meu trabalho é assim. Me dedico muito ao que eu faço e tenho que passar essa visão, tenho que ser espelho. Passo essa imagem de ser um cara que trabalha, corre atrás, sempre quando me dedico e faço as coisas, acontece. A galera que conhece minha realidade sabe que para um fã meu, chega a ser engraçado, mas o fã acreditava em mim lá atrás. Tem montagem na internet, com uma foto minha fazendo vídeo caseiro, lá atrás, e anos depois no Faustão. O fã viu esse crescimento acontecer. A gente tem que sonhar, os sonhos são possíveis de serem realizados. Você tem que acreditar no seu sonho, correr atrás. Minha contribuição é essa: inspirar a molecada, passar essa magia. A gente já vive muito sofrimento, muita tristeza e barato ruim que passa na tevê e outros lugares. Minha música é uma forma de correr pra alegria.


It: Há pouco tempo, você também colaborou com a Lexa. É diferente dividir estúdio com alguém que você tem algo além da música em comum?

Guimê: É mais especial ainda. Se, com amigos, já é especial, já tá feliz, com a mulher, então, é muito mais amor. Fico feliz de saber que sou casado com uma mulher que vive a mesma parada que eu. Podem ser trabalhos diferentes, mas é a mesma coisa. É uma honra. Conheci ela fazendo o trabalho dela e já falava, “essa mina tá vindo com tudo”. A gente se conheceu e, através do trabalho, se encantou. O profissionalismo, o jeito de ser dela, deu certo. A música tá dentro da gente, faz parte. É o [nosso] cupido.

It: Repetiriam essa parceria?

Guimê: Sim, tudo depende dos projetos. Esse trabalho que rolou foi natural, e gosto de fazer as coisas ao natural, música boa. O dia de amanhã quem sabe é Deus. (Risos)

It: E quanto aos outros nomes, tanto brasileiros quanto gringos, tem algum que gostaria de trabalhar?

Guimê: Muitos. Sou um cara que vive escutando música. Entro no carro, escuto música. Estou em casa, escuto música. Inclusive a Lexa brinca, diz “Eu gosto de música, mas você...”. Tenho vários sonhos. Do hip-hop americano, para ser sincero, quase todos. No rap nacional muita galera, Mano Brown por exemplo. Também gostaria de trabalhar com Seu Jorge, Jorge Ben Jor. Diversos nomes da música. Sertanejo, forró... Tudo! (Risos)


It: Hoje em dia se discute bastante sobre o machismo na música e, como muitos outros gêneros, o funk tende a objetificar a mulher. Como você enxerga esse cenário? Acredita que pode mudá-lo de alguma forma?

Guimê: Antes de artista, tem que ser humano. E ser humano é valorizar o próximo. A mulher tem mais valor ainda, é uma jóia rara. Todo mundo gosta de mulher, seja por amizade ou qualquer outra coisa, A mulher tem que ser respeitada. Temos que dar valor e não tem que ter essas paradas de machismo. Ninguém é maior do que ninguém, cada um tem o seu espaço. O artista tem que ser humano e passar essa visão, pra que outras pessoas se inspirem nisso,  e não se acharem que são mais do que ninguém. Também [serve] em relação às outras coisas, tipo cor, crença, sexualidade. Cada um tem o seu estilo, sua vida, e seu jeito de ser. Hoje em dia, tem mulher forte, mulher magra, homem forte, homem fraco. Isso [de preconceito] já era hoje em dia, foi criado na cabeça das pessoas. 


It: O que mudou do Guimê de hoje, para aquele de “Plaque de 100”, de 3 anos atrás?

Guimê: Evolução, como profissional e como pessoa. Aprendi muito, amadureci muito. Sempre fui muito sonhador. As coisas começaram a acontecer comigo quando eu era novo. Com 17, 18, comecei a fazer bastante show. Com 19, já tava numa fase top na minha vida, um sucesso e tanto. Hoje, com 23, parece pouco, mas sinto que muito tempo passou. Evoluí muito, amadureci, e acho que agora venho trazendo isso para meu trabalho, minha imagem, algo profissional, planejado. Não que aquela época não fosse, mas não tinha escritório, estrutura, recurso. Hoje estamos fazendo uma parada mais bem feita, fazendo como homem grande e representando.

It: Seu disco de estreia se chama “Sou Filho da Lua”. Pode falar um pouco sobre a escolha do nome?

Guimê: Estou há um ano trabalhando nele. Não sabia qual nome eu iria dar, estava naquela dúvida. Com o passar do tempo, uns 4 meses trabalhando nele, fiz o som chamado “Sou Filho da Lua”. E achei que ele tinha que ser o nome, a cara do disco, a turnê. Por todas [as músicas] tenho uma grande história e identificação, mas a “Sou Filho da Lua” passou minha realidade, um desabafo, o que eu estava vivendo quando fiz o disco e do meu começo também. Tem um verso que é “na luta, meu truta, sou filho da lua. Na rua sentei e na vida pensei. O trono de rei, por que não? Eu sei”. É meio que querer chegar cada vez mais longe, acreditar nessa parte mágica do mundo, e, além de qualquer coisa, é sobre algo que a gente não dá valor e que está muito próximo de nós, que é a natureza. É olhar pra lua, ver a lua. Quantas vezes as pessoas se pegam vidrada olhando o celular ou pensando em tantas coisas e não olham pra lua, pro céu? Claro que, com o celular, a gente olha menos, né? (Risos) Mas eu, graças a Deus, sempre olhei muito, quando criança principalmente. Trouxe isso para minha verdade hoje em dia. Sou filho da lua. Comecei a viver a noite, troquei o dia pela noite. Mas deu certo, as coisas aconteceram, Deus me abençoou. Eu olhava pra lua e imaginava que poderia crescer, viver, ser um cara realizado, e hoje eu sou. É isso que venho trazer, esse amor pela lua.

It: E quais são seus planos após o lançamento do CD?

Guimê: Ainda estamos parados, pra ser sincero. Eu estava muito focado em ver o disco ficar pronto. Agora, está em fase de mixagem, últimos detalhes, então não vejo a hora de ver esse lance pronto. Mas tenho outros planejamentos, que é fazer músicas novas, parcerias, videoclipes. Quero levar o meu trabalho lá pra fora, o que é um sonho meu. Conheci a galera de lá, então sei o quanto é grandioso e maneiro, o trabalho lá de fora. Tenho essa vontade de levar pra fora, fazer parcerias, e também sei que eles têm uma afinidade e carinho pelo funk, pela música de rua. Quero chegar cada vez mais longe.

O clipe do MC Guimê para “Viva La Vida” é bem mais foda do que você imagina

Pode ser que MC Guimê não seja um nome que te traga boas lembranças de primeira, mas, prestes a lançar seu disco de estreia, o cara revelou o clipe do seu novo single e, em parceria com o Tropkillaz, além da colaboração do Headmedia na produção, a música “Viva La Vida” tem tudo pra te surpreender.

Sempre de olho nas tendências da gringa, Guimê cai no trap na sua música nova e, em seu videoclipe, aposta numa identidade visual já utilizada por artistas como Snoop Dogg, Azealia Banks e Jack Ü, mesclando a realidade com ilustrações non-senses, enquanto ensaia uma proposta interativa, te colocando dentro da sua festa.

O mais legal é que no final do clipe você ainda... Bem, veja você mesmo:


Amamos? Adoramos? Achamos tudo? 

Curtimos demais. Tropkillaz tá fazendo um trabalho e tanto na música nacional. Ponto para o Guimê! 

MC Guimê, o “2PAC brasileiro”, será destaque no carnaval de São Paulo por suas tatuagens

Com seu disco de estreia prestes a ser lançado e o título de “2pac brasileiro”, dado pelo produtor Mike Will Made It (Rihanna, Miley Cyrus, Lil’ Wayne), o MC Guimê será uma das principais atrações do desfile da Sociedade Rosas de Ouro na noite desta sexta-feira (05), em São Paulo.


O enredo do desfile que contará com o hitmaker de “Fogo” se chama “Arte à flor da pele. A minha história vai marcar você” e, de maneira direta, faz referência às marcantes tatuagens do brasileiro, que fez a sua primeira tattoo há sete anos, numa homenagem a sua mãe, e hoje já tem mais de 50% do corpo tatuado.

A participação de Guimê acontece após um convite do carnavalesco André Cezari e, segundo sua equipe, permanece em segredo quanto ao momento em que ele aparecerá, apenas sendo revelado que o cara estará na ala do rap.
“Pra mim, representa bastante a minha cara, meu estilo de vida. Faço tatuagem desde cedo e queria mostrar o jeito que eu queria ser e, graças a Deus, a música me permite isso, então a tatuagem é isso: mostrar que a gente pode se vestir do jeito que a gente gosta”, disse Guimê (e bem poderia ter sido a Inês Brasil, cá entre nós).
O brasileiro, com apenas 22 anos, já foi indicado em premiações como o MTV Europe Music Awards e Kids Choice Awards e, após essa participação no desfile da Rosas de Ouro, volta aos estúdios para finalizar seu primeiro CD, que teve como primeiro single uma parceria com a cantora Lexa.

Na falta de carisma, tem muita dança e pegação em “Fogo”, clipe novo do MC Guimê com a Lexa

O MC Guimê está há tanto tempo lançando singles, que é um pouco surpreendente saber que o cara ainda não tem um CD, mas essa situação acabará em janeiro do próximo ano, quando ele lança o disco de estreia “Filho da Lua”, que ganhou nessa quarta-feira (23) seu primeiro single.

Com participação da Lexa, a música nova do MC se chama “Fogo” e já chegou ao público com seu videoclipe e, cof cof, que clipe, hein? Uma vez que, na produção, esses dois levam o título da faixa ao pé da letra, enquanto demonstram uma paquera, até que a cantora de “Para de Marra” acaba se rendendo ao tatuado.


Musicalmente falando, “Fogo” é bastante mediana, já que convence pela produção, mas soa como qualquer coisa que o Flo Rida tenha lançado há uns cinco anos, enquanto, em termos visuais, o clipe nos ganha pela coreografia, mas perde alguns pontos pela falta de carisma em frente as câmeras, coisa que a Lexa, que é bastante talentosa e tende a ser mais extrovertida em programas de TV, deve melhorar com o tempo.

Dá só uma olhada:


A parceria deles está aprovada?

Sendo uma das maiores revelações do pop nacional, Lexa já emplacou nas rádios brasileiras músicas como “Posso Ser” e “Pior Que Sinto Falta”, enquanto Guimê possui hits como “Na Pista Eu Arraso”, “Eu Vim Pra Ficar” e “País do Futebol”, sendo essa última outra colaboração, dessa vez com o rapper Emicida.

Anitta lança clipe de ‘No Meu Talento’, com MC Guimê, e se pudéssemos desvê-lo, nós desveríamos

Anitta passou um bom tempo cuidando da promoção do seu novo single pelas redes sociais, mas podia era ter dedicado mais tempo à sua produção. “No Meu Talento”, do CD “Ritmo Perfeito” (nossa resenha), repetiu um feito bem corriqueiro no mercado americano e, em sua versão single, trouxe uma participação do MC Guimê que, pra falar a verdade, fez pouca diferença no resultado final.

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