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"Depois Daquela Montanha" se perde em meio aos clichês, porém emociona

É comum falarmos que algo é clichê com um certo desdém. Afinal de contas, não se trata de algo novo ou inesperado; é, apenas, mais do mesmo. Mas, fazendo uma breve reflexão, isso é tão ruim assim? Quantas vezes nos decepcionamos com o final de um filme porque o casal protagonista não viveu o “felizes para sempre”? Ou porque algum personagem querido foi a óbito depois de lutar contra uma grave doença – dentre outras inúmeras situações? Na maioria dos casos, esperamos pelo clichê, e não é desmérito nenhum o roteiro ficar nesse lugar-comum; basta saber como usá-lo. O que aconteceu e, ao mesmo tempo, nem tanto, em “Depois Daquela Montanha”, drama dirigido por Hany Abu-Assad (“Paradise Now”, “Omar”) e adaptado do livro “The Mountain Between Us”, de Charles Martin.

Com os figurões do cinema Kate Winslet e Idris Elba, o longa traz a história da jornalista Alex Martin (Winslet) e do neurocirurgião inglês Dr. Ben Bass que deveriam embarcar impreterivelmente num voo – Alex irá se casar e Dr. Ben fará uma cirurgia – que, por conta do mau tempo, foi cancelado. Alex vê o até então desconhecido Ben na mesma situação e dá a ideia de fazerem o trajeto num avião particular, já que ambos tinham pressa de chegar ao destino. Durante o voo, o piloto Walter (Beau Bridges) sofre um acidente vascular cerebral e perde controle do avião, que cai numa região montanhosa coberta por neve. É aí começa a jornada de Alex e Ben (acompanhados pelo cachorro do piloto, que estava no voo) pela sobrevivência e em busca de civilização – enquanto, aos poucos, se conhecem e criam uma conexão bastante intensa entre os dois.

Com ótimas atuações (e não era de se esperar o contrário, não é?), o casal protagonista mostra, sem forçação de barra, a criação de uma intimidade entre os dois estranhos. Apesar de ter visto as roupas íntimas de Alex e ajudá-la a fazer suas necessidades fisiológicas por um tempo, é na conversa, nos enfrentamentos de ideias opostas e na rotina de tentar encontrar maneiras de escapar da sina que lhes foi colocada que a amizade se desenvolve. E, daí, brota-se uma paixão proibida (já que Alex é noiva) – e aí começa o problema do clichê. Apesar de ser nítido o laço criado entre os dois sobreviventes, não há aquela tensão pairando no ar enquanto a relação é firmada. Sim, há momentos de carinho (abraços, beijos na cabeça), mas nada que explicite claramente o surgimento de um romance. 

Após a (não) esperada cena de sexo (eles encontram uma casa abandonada em determinado momento), é possível se acostumar com a ideia da paixão entre o casal. Não é nada tão inesperado. A cena é bastante delicada e romântica e, de qualquer forma, o nascimento de um romance num contexto de situações extremas de sobrevivência é até plausível. Aceitamos o clichê. 

Entretanto, é no próprio romance que o clichê perde o sentido e passa do aceitável ao pedante. E o problema, agora, é no desfecho. Além de ser um tanto quanto arrastado e longo, não havia necessidade do “final feliz” que teve – que, caso não existisse, não tornaria o filme triste, mas sim mais condizente com a realidade. Para botar mais açúcar ainda na água, a última cena consegue ser a mais esdrúxula possível, onde os dois, após um encontro pós-perrengue num café, vão embora em direções opostas, param onde estão e saem correndo de volta, a fim de se encontrar para darem um grande beijo apaixonado no meio da rua. 

Outro mau uso do lugar-comum é a história da falecida esposa de Ben. A situação certamente ficaria muito mais tocante sem o fato de que a moça havia morrido por conta de um tumor cerebral e que era, também, paciente do próprio Ben, já que neurocirurgia é sua especialidade. Não há dúvidas de que isso poderia, de fato, acontecer com um médico; mas, diferentemente da vida real, às vezes é importante ponderar para que o filme não fique muito “história de cinema”. 

Mas não é só de clichês melosos que “Depois Daquela Montanha” é feito. O filme realmente emociona e nos faz imaginar como lidaríamos naquele ambiente hostil. As cenas de perigo nos desperta uma sensibilidade e o casal carismático consegue transmitir o medo e a incerteza do desconhecido e do inesperado. A fotografia, também, está impecável. Com tomadas num plano bastante aberto é possível notar a pequeneza – e, até, insignificância – dos dois naquela cadeia de montanhas. Além disso, destaquemos a participação do cachorro (que depois é adotado por Ben), que os acompanha e também os ajuda no decorrer da trama. Além de ajudar a fortalecer o elo entre o casal, o artifício do animal é sempre certeiro, de qualquer forma. No momento em que ele vai defender Alex de um ataque de puma e é ferido, o ar fica preso por medo de o cachorro não ter sobrevivido, por exemplo. E em momentos que ele some, o coração fica apertado com a possibilidade de ele não voltar.

Em suma, “Depois Daquela Montanha” é um bom filme. Não estupendo ou memorável, mas na média; “light” (e um pouco decepcionante, dependendo do ponto de vista). Vale relembrar que o longa é uma adaptação de uma obra literária e pode até ser que essas questões problemáticas da versão das telonas sejam mais bem resolvidas nos livros. Mas, caso não sejam, é importante lembrar que o fato de um livro ganhar uma adaptação não significa, necessariamente, que certos pontos sejam realmente interessantes ou relevantes. Uma adaptação não é uma cópia, portanto, é válido arriscar em algumas mudanças para tornar o roteiro mais interessante para o cinema.

Idris Elba é um pistoleiro foderoso no primeiro trailer de "A Torre Negra"

Nem só de suspenses vive Stephen King, viu? O escritor, conhecido por obras como "Carrie, a Estranha" e "O Iluminado", também é dono de uma série literária de oito volumes intitulada "A Torre Negra". Assim com boa parte de seus livros, a série chegará aos cinemas.

A adaptação chega aos cinemas em 4 de agosto deste ano, contando com Idris fucking Elba e o oscarizado Matthew McConaughey nos papeis principais, e ganhou hoje seu primeiríssimo trailer, e que videozão da porra, hein?



A série de livros "A Torre Negra" acompanha o pistoleiro Roland Deschain (Elba), que busca encontrar a Torre Negra. Para isto, ele se envolve com um misterioso "homem de preto" (McConaughey), que aparenta saber segredos sobre a torre. A adaptação cinematográfica deve beber de vários livros ao mesmo tempo, e a ideia inicial é fazer uma trilogia.

Pare o que você estiver fazendo e vá ao cinema assistir "Mogli - O Menino Lobo"



O novo live action da Disney, "Mogli- O Menino Lobo", está entre nós desde a última quinta (14) e já provou ser um dos melhores realizados pelo estúdio até agora. Dirigido por Jon Favreau (de "Chef" e "Homem de Ferro"), o filme tem um grande elenco de vozes famosas tanto na versão legendada (Bill Murray, Ben Kingsley, Idris Elba, Lupita Nyong'o, Scarlett Johansson e outros) quanto na dublada (Marcos Palmeira, Dan Stulbach, Julia Lemmertz, Tiago Abravanel, Alinne Moraes e Thiago Lacerda), além de introduzir o fofíssimo Neel Sethi no papel de Mogli. O It Pop! conferiu o filme e garante: existem bons motivos para assistir a nova versão de "The Jungle Book", e a gente te conta os principais!

O motivo mais óbvio (ao menos para a gente) é o visual lindíssimo. Dá para pensar "nossa, quero visitar essa floresta! Onde ficam as locações?", até descobrir que todas as cenas foram gravadas em estúdios de Los Angeles, e os cenários e personagens produzidos inteiramente em computação gráfica. O primeiro live da Disney no estilo foi "Alice no País das Maravilhas" (2010), e os efeitos de "Mogli" tem uma aproximação forte com os de "As Aventuras de Pi" (2012) e "Avatar" (2009). Vale a pena gastar um pouquinho mais no ingresso para ver em 3D!

Confira os bastidores de "Mogli - O Menino Lobo" 

Outra razão super legal é a adaptação que o roteirista e o diretor realizaram do filme clássico de animação, lançado pela Disney em 1967, e do livro original, escrito por Rudyard Kipling e publicado em 1984. Todas as principais cenas estão lá, com diálogos praticamente iguais e as músicas que a gente já conhece (e que chegam cheias de sutileza e naturalidade às cenas). Ao mesmo tempo, a trama traz coisas novas, explorando mais o universo do filme e trazendo uma aventura que não torna a narrativa chata. 

O último ponto (e talvez o mais interessante) que vamos levantar é a discussão social e política que se constrói nas entrelinhas da história. Ela já até existia na outra versão do estúdio, mas as coisas mudaram bastante nos últimos tempos, né? Vamos explicar: Mogli é um "filhote" diferente de todos daquele meio e, apesar de ser criado por lobos, não se identifica com eles. Sabendo que ele é humano, os outros animais têm medo de que ele se torne perigoso, visto que nossa espécie domina o fogo ("flor vermelha", no filme). Todo esse preconceito é evidenciado pelo tigre Shere Khan, que faz questão de impor medo no ambiente e deixar claro que o garoto não é capaz de pertencer à uma família que não é tradicional (no caso, da mesma espécie).

O controlador tigre Shere Khan é o vilão da trama 

Dito isso, a fábula mostra questões de aceitação às diferenças, explorando também temas de amizade, lealdade e democracia. A verdadeira definição de "família" fica clara nos últimos minutos, com um final que difere da animação e traz para as telonas alguns valores da geração moderna (não podemos contar o que acontece, seria spoiler!). 

Com o sucesso e boa aceitação da crítica de "Mogli - O Menino Lobo", a Disney já iniciou as negociações para uma sequência, trazendo de volta o diretor, o roteirista e Neel Sethi. Estamos animados! E você, já viu o filme? Confira o trailer abaixo:

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